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Triazolam

CARACTERÍSTICAS DO Halcion bula do medicamento

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

Halcion

1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO

Halcion®, 0,125 mg, Comprimido Halcion®, 0,25 mg, Comprimido

2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA DO HALCION

Cada comprimido de Halcion® contém 0,125 ou 0,25 mg de triazolam. Excipientes, ver secção 6.1.

3. FORMA FARMACÊUTICA DO HALCION

Comprimido.

4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS DO HALCION

4.1 Indicações terapêuticas

O triazolam (Halcion®) está indicado para o tratamento a curto prazo da insónia (1 a 2 semanas). Se for necessária a continuação do tratamento, deverá ser feita a completa reavaliação clínica do doente.

As benzodiazepinas só estão indicadas quando a doença é grave, incapacitante ou o doente está sujeito a angústia extrema.

4.2 Posologia e modo de administração

O tratamento deverá ser o mais curto possível. Em geral a duração do tratamento varia entre uns dias e duas semanas, com um máximo de quatro semanas incluindo a fase de redução gradual do medicamento.

Em certas situações o prolongamento do tratamento poderá ser necessário; neste caso não deverá ser feito sem uma reavaliação do estado do doente.

É importante individualizar a dose de Halcion® comprimidos, de modo a obter o máximo de eficácia evitando reacções adversas significativas.

A dose recomendada para a maioria dos adultos é de 0,25 mg, ao deitar. A dose de 0,125 mg pode ser suficiente para alguns doentes. A dose de 0,25 mg não deverá ser ultrapassada.

Em particular, em geriatria e/ou doentes debilitados, a dose recomendada está compreendida entre 0,125 mg – 0,25 mg. Neste grupo de doentes a terapêutica deverá ser sempre iniciada com 0,125 mg, reservando-se a dose de 0,25 mg apenas para os doentes excepcionais que não respondem a uma tentativa prévia de esquema posológico inferior. Tal como com todos os medicamentos, deve-se utilizar a dose eficaz mais baixa.

O Halcion deve ser tomado imediatamente antes de deitar.

4.3 Contra-indicações

Halcion® (triazolam) está contra-indicado nos doentes com hipersensibilidade reconhecida às benzodiazepinas, ou a qualquer dos excipientes, miastenia gravis, insuficiência respiratória grave, síndrome de apneia no sono, insuficiência hepática grave.

4.4 Advertências e precauções especiais de utilização

Devem tomar-se precauções no tratamento de doentes com insuficiência hepática ou renal, insuficiência pulmonar grave, ou apneia do sono. Em doentes com a função respiratória comprometida foram registadas com raridade depressão respiratória e apneia.

A segurança e eficácia do triazolam não foram ainda estabelecidas para doentes com idade inferior a 18 anos.

A dose inicial recomendada de Halcion® para doentes idosos e/ou debilitados é de 0,125 mg, de modo a diminuir a possibilidade de desenvolver uma sedação excessiva, tonturas ou descoordenação motora. Para os outros adultos a dose recomendada é de 0,25 mg (ver 4.2 Posologia e modo de administração).

Amnésia

Os doentes sujeitos a terapêutica com Halcion®, deverão tomar precauções, no caso de não ser possível uma noite completa de sono ou uma total eliminação do fármaco antes do início da sua actividade diurna, por exemplo, uma viagem de avião nocturna com duração inferior a 7-8 horas, uma vez que foram reportados episódios de amnésia nestas situações.

Dados de várias fontes sugerem que a amnésia anterograda pode ocorrer com maior frequência com triazolam do que com doses terapêuticas de outros hipnóticos benzodiazepínicos.

Dependência

A administração de Halcion® nas doses recomendadas para o tratamento de curta duração, evidência um baixo potencial de dependência. No entanto, como com todas as benzodiazepinas, o risco de dependência aumenta com doses superiores, e em doentes com história de alcoolismo ou abuso de drogas.

Quando se desenvolve a dependência a interrupção brusca pode ser acompanhada de síndrome de privação. Isto pode manifestar-se através de cefaleias, mialgias, ansiedade extrema, tensão, inquietação, confusão e irritabilidade. Em situações graves, podem ocorrer os seguintes sintomas: sensação de irrealidade, despersonalização, hiperacúsia, torpor e parestesias das extremidades, hipersensibilidade à luz, ao ruído e ao contacto físico, alucinações ou convulsões.

Há indicações para as quais a síndrome de privação pode manifestar-se durante o intervalo das tomas, especialmente quando a dosagem é alta.

Insónia rebound e ansiedade: uma síndrome transitória no qual os sintomas que levaram ao tratamento com benzodiazepinas regressam mas de forma intensificada, podendo ocorrer aquando da descontinuação do medicamento. Este facto pode ser acompanhado de outros sintomas como alterações de humor, ansiedade ou distúrbios do sono e inquietação. Como o risco da síndrome de abstinência / rebound é maior após interrupção brusca do tratamento, é recomendado que a dosagem seja diminuída gradualmente.

A duração do tratamento deverá ser o mais curta possível não devendo exceder as quatro semanas para a insónia, incluindo o tempo de diminuição gradual da dose. O prolongamento da terapêutica para além deste período não deverá ocorrer sem que seja feita uma reavaliação da situação.

As benzodiazepinas não estão recomendadas no tratamento de primeira linha da doença psicótica. Deverá haver cuidado adicional quando o triazolam é prescrito a doentes com sinais ou sintomas de depressão passíveis de intensificação pelo uso de fármacos hipnóticos. Nestes doentes podem estar presentes tendências suicidas, podendo ser necessárias medidas protectoras. A sobredosagem intencional é mais comum nestes doentes e deverá disponibilizar-se apenas a menor quantidade possível de fármaco ao doente.

Reacções psiquiátricas e paradoxais

Tal como com outras benzodiazepinas e fármacos com actividade sobre o SNC, três conjuntos de sintomas idiosincráticos, que podem sobrepor-se, foram mencionados na terapêutica com Halcion®: sintomas amnésicos (amnésia anterograda, com ou sem alteração de comportamento); estados confusionais (desorientação, sensação de irrealidade, despersonalização e / ou obnubilação) e um estado de agitação (inquietação, irritabilidade e excitação). Frequentemente, outros factores podem contribuir para estas reacções idiosincráticas, tais como: ingestão concomitante de álcool ou outros fármacos, privação de sono, situação pré-mórbida anormal, etc.

Os doentes tratados com Halcion® ou outras benzodiazepinas devem ser alertados quanto ao desempenho de funções que exijam acuidade mental tais como operar com maquinaria ou conduzir veículos imediatamente após a ingestão do fármaco, até se estabelecer que a medicação não provoca sonolência ou tonturas diurnas.

Doentes com problemas raros de intolerância à galactose, deficiência em lactase de Lapp ou malabsorção à glucose e galactose não devem tomar este medicamento.

4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção

As benzodiazepinas produzem um efeito aditivo quando co-administradas com álcool ou outros fármacos que por si só provocam a depressão do SNC, nomeadamente, antipsicóticos (neurolépticos), hipnóticos, ansiolíticos/sedativos, antidepressivos, analgésicos opiáceos, antiepilépticos, anestésicos e anti-histamínicos sedativos. Este facto afecta a capacidade de conduzir ou utilizar máquinas.

No caso dos analgésicos narcóticos pode ocorrer a intensificação da euforia, provocando um aumento da dependência psíquica.

As interacções farmacocinéticas podem ocorrer quando o triazolam é co-administrado com fármacos que interferem com o seu metabolismo. Compostos inibidores de determinados enzimas hepáticos (particularmente o citocromo P450IIIA4) podem aumentar a concentração do triazolam e provocar um aumento da sua actividade. Dados de ensaios clínicos com triazolam, estudos in vitro com triazolam e ensaios clínicos com fármacos metabolizados de modo semelhante ao triazolam fornecem provas de vários graus de interacção e várias interacções possíveis entre o triazolam e outros fármacos. Com base no grau de interacção e no tipo de dados disponíveis, fazem-se as seguintes recomendações: é contra-indicada a co-administração de triazolam com cetoconazol, itraconazol e nefazodona. Não se recomenda a co-administração de triazolam com outros antifúngicos do tipo azol. Recomenda-se precaução e ter em consideração a hipótese de diminuir a dose, nos casos em que o triazolam é co-administrado com cimetidina ou antibióticos macrólidos, tais como eritromicina, claritromicina e troleandomicina. Recomenda-se cuidado quando o triazolam é co-administrado com isoniazida, fluvoxamina, sertralina, paroxetina, diltiazem e verapamil.

4.6 Gravidez e aleitamento

Se o fármaco for prescrito a uma mulher em idade fértil, esta deve ser avisada para contactar o seu médico no sentido de descontinuar a terapêutica se tiver a intenção de engravidar ou se suspeitar poder estar grávida.

Se por razões médicas, o fármaco for administrado durante a última fase da gravidez, ou durante o trabalho de parto em doses elevadas, os efeitos no recém-nascido, tais como hipotermia, hipotonia e depressão respiratória moderada, podem ser esperados devido à acção farmacológica do fármaco.

Mais ainda, os recém-nascidos de mães que tomaram benzodiazepinas de modo crónico durante a última fase da gravidez podem desenvolver dependência física e podem de algum modo estar em risco de desenvolver sintomas de privação no período pós natal.

Como as benzodiazepinas são excretadas no leite materno, não devem ser administradas a mães a amamentar.

4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas

Sedação, amnésia, dificuldades de concentração e alteração da função muscular podem afectar negativamente a capacidade de conduzir ou de utilizar máquinas. Se a duração do sono for insuficiente há maior possibilidade de a capacidade de reacção estar diminuída (ver também 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção).

4.8 Efeitos indesejáveis

Em ensaios clínicos controlados com placebo, efectuados em doentes a receber triazolam, o efeito indesejável mais frequente foi a sedação (sonolência, tonturas, dificuldade de coordenação e/ou ataxia), considerada como extensão da actividade farmacológica do fármaco.

Verificaram-se com menor frequência: estados confusionais ou alterações de memória, depressão do SNC e perturbações visuais.

Durante a experiência clínica mundial com Halcion® foram, embora raramente, mencionadas as seguintes reacções: agressividade, lipotimia, insónia transitória após interrupção da medicação, alucinações, síncope e sonambulismo.

Depressão

Uma depressão pré-existente pode ser revelada durante a utilização das benzodiazepinas. Dependência

O uso (mesmo em doses terapêuticas) pode conduzir ao desenvolvimento de dependência física: a interrupção da terapêutica pode dar origem à síndrome de abstinência ou ao fenómeno de rebound (Ver 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização). Pode ocorrer dependência psíquica. O uso abusivo das benzodiazepinas tem sido referido.

Apesar da ocorrência real de reacções adversas com Halcion® ser baixa, pode estar relacionada com a dose. Os efeitos indesejáveis das benzodiazepinas que são prolongamentos da sua acção farmacológica tais como sonolência, tonturas, “sensação de cabeça vazia”, ou amnésia, estão claramente relacionadas com a dose. A relação dose-risco de outras reacções adversas não foi ainda estabelecida. De acordo com a ética clínica, recomenda-se que a terapêutica se inicie com a administração da dose eficaz mais baixa (ver 4.2 Posologia e modo de administração).

Amnésia

Amnésia anterógrada pode ocorrer com dosagens terapêuticas; o risco aumenta nas dosagens mais elevadas. Os efeitos amnésicos podem estar associados a comportamentos inadequados (ver “Advertências e precauções especiais de utilização”).

Reacções psiquiátricas e paradoxais

Reacções de inquietação, agitação, irritatibilidade, agressividade, ilusões, ataques de raiva, pesadelos, alucinações, psicoses, comportamento inadequado e outros efeitos adversos de comportamento sabe-se estarem associadas à utilização das benzodiazepinas e das benzodiazepinas-like. Podem mesmo ser severas com estes fármacos. São mais comuns nas crianças e nos idosos.

4.9 Sobredosagem

Tal como com outras benzodiazepinas, a sobredosagem não coloca a vida em risco excepto se utilizadas em associação com outras substâncias depressoras do SNC (incluindo o álcool).

No tratamento destas situações deve-se ter em conta que múltiplos fármacos podem ter sido ingeridos.

Na sobredosagem com as benzodiazepinas por via oral, o vómito deve ser induzido (dentro de uma hora) se o doente estiver consciente ou fazer uma lavagem gástrica com protecção das vias respiratórias se o doente estiver insconsciente. Se não houver vantagem em esvaziar o estômago, deve ser dado carvão activado para reduzir a absorção. Deve ser dada particular atenção às funções respiratória e cardíaca nos cuidados intensivos.

A sobredosagem com benzodiazepinas manifesta-se em geral por depressão do SNC de grau variado, podendo ir da sonolência ao coma. Em situações ligeiras os sintomas incluem sonolência, confusão mental e letargia, em casos mais graves os sintomas podem incluir ataxia, hipotonia, hipotensão, depressão respiratória, raramente coma e muito raramente morte.

O flumazenil pode ser utilizado como antídoto.

5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS DO HALCION

5.1 Propriedades farmacodinâmicas

Grupo farmacoterapêutico: II – 8 – a) 5. Sistema nervoso cerebrospinal. Psicofármacos. Ansiolíticos, sedativos e hipnóticos. Hipnóticos não barbitúricos. Código ATC: N05C D05

O Halcion® (triazolam) é um potente agente hipnótico de acção curta, que produz a sua actividade hipnótica a partir da primeira noite de administração. Nem o Halcion® nem os seus metabolitos se acumulam no sangue após a administração de doses múltiplas.

Nos estudos de tolerância com doses terapêuticas usuais que produziram um sono farmacológico, não se registou depressão cardiovascular ou respiratória significativa nem alterações no EEG de vigília. Em estudos realizados em laboratórios de sono no homem o Halcion® reduziu a lactência do sono, aumentou a sua duração e diminuiu o número de interrupções do sono durante a noite em comparação com a linha de base, sem afectar significativamente a fase REM ou as fases III e IV do sono. A lactência da fase REM foi significativamente aumentada. A preponderância dos dados dos laboratórios do sono e/ou estudos sobre a eficácia, de duração entre 4 a 90 dias, demonstraram não ter havido desenvolvimento significativo de tolerância, acumulação do fármaco ou sintomas de abstinência após a paragem do tratamento.

5.2 Propriedades farmacocinéticas

Após administração por via oral de doses únicas de Halcion® (Triazolam 14C) no homem, a média da concentração máxima no sangue ocorreu num tempo médio de 1,5 ± 0,7 horas. Os níveis de Halcion® diminuíram com uma semi-vida média aparente de 2,7 ± 0,5 horas.

Os níveis dos metabolitos diminuíram segundo um processo bifásico, com uma semi-vida média aparente para a fase inicial de 3,36 ± 0,88 horas e de 7,8 ± 1,49 horas para a fase terminal. A recuperação média de 14C foi de 89,6% (81,8% na urina e 7,85% nas fezes). A excreção de 14C na urina, fezes e em ambas foi bifásica. As semi-vidas de excreção para a urina mais fezes, correspondendo às fases de excreção inicial e terminal, foram de 7,4 ± 0,5 horas e 30 ± 8 horas.

Só aparecem na urina pequenas quantidades de Halcion® não metabolizado. Os metabolitos principais são o 1-hidroximetil triazolam e 4-hidroxitriazolam. Estes dois metabolitos correspondem respectivamente a 69% e 11% da excreção urinária no homem.

In vitro, o Halcion® liga-se (89%) às proteínas séricas humanas e é rapidamente dissociado, conforme demonstrado pela semi-vida relativamente curta no plasma de 2,7 horas.

Embora se pudesse esperar que o Halcion® (triazolam) se dissociasse rapidamente, a concentração sérica do fármaco livre foi sempre extremamente baixa. A conclusão que se tira destas observações é que o Halcion® é um fármaco de elevada potência intrínseca.

As concentrações plasmáticas de triazolam podem duplicar quando se administra conjuntamente cimetidina. A administração conjunta de triazolam e cimetidina ocasiona uma redução da depuração do triazolam com uma alteração na semi-vida de eliminação na maioria dos doentes. A semi-vida de eliminação pode prolongar-se em alguns doentes, não provocando, no entanto, acumulação do fármaco sob o regime posológico de uma toma diária.

As concentrações plasmáticas de triazolam podem duplicar quando se administra concomitantemente eritromicina. A administração conjunta de triazolam e eritromicina provoca uma redução da depuração do triazolam e um aumento na semi-vida de eliminação.

5.3 Dados de segurança pré-clínica

Experiências realizadas em animais indicam que pode ocorrer colapso cardiopulmonar após grandes doses intravenosas de triazolam (cerca de 100mg/kg, 10 000 vezes o máximo da dose humana por dia). Foi possível a reanimação dos animais com ventilação mecânica positiva e perfusão intravenosa de bitartarato de norepinefrina ou bitartarato de metaraminol. Estudos efectuados em animais sugeriram que a diurese forçada ou hemodiálise se mostraram provavelmente de pouco valor no tratamento da sobredosagem.

6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS DO HALCION

6.1. Lista dos excipientes

Lactose, celulose microcristalina, sílica anidra coloidal, amido de milho, docusato de sódio e benzoato de sódio, laca de alumínio e eritrosina sódica, laca de alumínio de indigotina e estearato de magnésio.

6.2  Incompatibilidades

Não aplicável

6.3  Prazo de validade

3 anos.

6.4  Precauções especiais de conservação

Não conservar acima de 30°C.

Proteger da humidade.

6.5 Natureza e conteúdo do recipiente

Halcion® Comprimidos encontra-se acondicionado em blisters de PVC/Alumínio. Halcion® apresenta-se em embalagens de 14 unidades.

6.6 Instruções de utilização, manipulação e eliminação

Não existem requisitos especiais.

7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

LABORATÓRIOS PFIZER, LDA Lagoas Park Edificio 10

2740-244 Porto Salvo

8. NÚMEROS DE AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Embalagem de 14 comprimidos a 0,125 mg: 9518365. Embalagem de 14 comprimidos a 0,25 mg: 9518373. Embalagem de 14 comprimidos a 0,25 mg: 8518373.

9.DATA DA RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Comprimidos a 0,125 mg: 24 de Junho de 2003 Comprimidos a 0,25 mg: 13 de Janeiro de 2001


10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO

30-01-2004.

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Halcion bula do medicamento

Neste folheto:

1.      O que é o Halcion e em que situações é utilizado?

2.      Quais os efeitos indesejáveis que o Halcion pode provocar?

3.      Quais as precauções a ter durante o tratamento com Halcion?

4.      O que é necessário ter mais em consideração?

HALCION

Triazolam

Esta informação sobre Halcion Comprimidos é de carácter geral e destina-se a ser consultada em conjunto com o seu médico, não substituindo a opinião nem as indicações específicas, instruções ou advertências dadas pelo mesmo ou pelo seu farmacêutico.

Composição:

Cada comprimido contém 0,125 mg ou 0,25 mg de triazolam, lactose e outros excipientes q.b.

Forma farmacêutica: Comprimidos

Apresentação:Embalagens de 14 comprimidos doseados a 0,125 ou 0,25 mg, acondicionados em “blisters” de PVC/alumínio.

Categoria fármaco – II – Sistema nervoso cerebrospinal. Psicofármacos. terapêutica:Ansiolíticos, sedativos e hipnóticos. Hipnóticos não barbitúricos.

O Halcion destina-se a administração sob prescrição médica para o tratamento a curto prazo (1 a 2 semanas) da insónia (acentuada dificuldade em adormecer).

1.      O que é o Halcion e em que situações é utilizado?

O Halcion (triazolam) é um potente agente hipnótico de acção curta, que produz a sua actividade hipnótica a partir da primeira noite de administração. O Halcion é um indutor de sono do grupo das benzodiazepinas, de acção rápida, que possibilita um adormecer rápido e um sono sem interrupção.

As benzodiazepinas só estão indicadas quando a doença é grave, incapacitante ou o indivíduo está sujeito a angústia extrema.

Quando é que o Halcion não deve ser utilizado?

O Halcion está contra-indicado nos doentes com hipersensibilidade às benzodiazepinas, ou a qualquer dos excipientes, miastenia gravis, insuficiência respiratória grave, síndrome de apneia (falta de ar) no sono, insuficiência hepática grave.

EM CASO DE DÚVIDA, CONSULTAR O SEU MÉDICO ASSISTENTE OU FARMACÊUTICO.

2.      Quais os efeitos indesejáveis que o Halcion pode provocar?

Em ensaios clínicos controlados com placebo, efectuados em doentes a receber triazolam, o efeito secundário mais frequente foi sedação (sonolência, tonturas, dificuldade de coordenação e/ou ataxia), consideradas extensões da actividade farmacológica do fármaco. Verificaram-se com menor frequência: estados confusionais ou alterações de memória, depressão do sistema nervoso central e perturbações visuais.

Reacções psiquiátricas e paradoxais

Durante a experiência clínica mundial com Halcion foram, embora raramente, mencionadas as seguintes reacções: agressividade, lipotimia, insónia transitória após interrupção da medicação, alucinações, síncope e sonambulismo. Estes e outros efeitos adversos como irritabilidade, ilusões, ataques de raiva, pesadelos e psicoses podem ser severos com este fármaco. São mais comuns nas crianças e idosos.

Amnésia

Apesar da ocorrência real de reacções adversas com Halcion ser baixa pode estar relacionada com a dose. Os efeitos indesejáveis das benzodiazepinas que são prolongamentos da sua acção farmacológica tais como sonolência, tonturas, “leveza de cabeça”, ou amnésia (perturbações da memória), estão claramente relacionadas com a dose, os efeitos amnésicos podem estar associados a comportamentos inadequados. A relação dose-risco de outras reacções adversas não foi ainda estabelecida. De acordo com a ética clínica, recomenda-se que a terapêutica se inicie com a administração da dose eficaz mais baixa.

Dependência

O uso (mesmo em doses terapêuticas) pode conduzir ao desenvolvimento de dependência física: a interrupção da terapêutica pode dar origem à síndrome de privação ou ao fenómeno de recaída (rebound – síndrome transitória no qual os sintomas que levaram ao tratamento com benzodiazepinas regressam mas de forma intensificada). Pode ocorrer dependência psíquica. O uso abusivo das benzodiazepinas tem sido referido.

Depressão

Uma depressão pré-existente pode ser revelada durante a utilização das benzodiazepinas.

O Halcion foi-lhe prescrito para o tratamento da sua situação clínica específica e actual. A utilização de um medicamento inadequado ou doseado de forma indevida pode provocar complicações. Por isso, nunca o deve utilizar para o tratamento de outras doenças ou de outras pessoas.

No caso da ocorrência destes efeitos indesejáveis ou de outros relacionados com a utilização de Halcion e que não constem neste folheto informativo, deverá comunicá-los de imediato ao seu médico assistente ou farmacêutico.

Que interacções medicamentosas podem surgir com Halcion?

Não é recomendada a ingestão concomitante de álcool.

O efeito sedativo pode estar aumentado quando é utilizado em simultâneo com o álcool. Este facto afecta a capacidade de conduzir ou utilizar máquinas.

Ter em atenção: a associação com os depressores do Sistema Nervoso Central, nomeadamente, antipsicóticos (neurolépticos), hipnóticos, ansiolíticos/sedativos, antidepressivos, analgésicos opiáceos, antiepilépticos, anestésicos e anti-histamínicos sedativos.

No caso dos analgésicos narcóticos, pode ocorrer a intensificação da euforia, provocando um aumento da dependência psíquica.

As substâncias que inibem certos enzimas hepáticos (particularmente o citocromo P450), podem aumentar a concentração do Halcion e provocar um aumento da sua actividade. Com base no grau de interacção e no tipo de dados disponíveis, fazem-se as seguintes recomendações: é contra-indicada a co-administração de triazolam com cetoconazol, itraconazol e nefazodona. Não se recomenda a co-administração de triazolam com outros antifúngicos do tipo azol. Recomenda-se precaução e ter em consideração a hipótese de diminuir a dose, nos casos em que o triazolam é co-administrado com cimetidina ou antibióticos macrólidos, tais como eritromicina, claritromicina e troleandomicina. Recomenda-se cuidado quando o triazolam é co-administrado com isoniazida, fluvoxamina, sertralina, paroxetina, diltiazem e verapamil.

3.      Quais as precauções a ter durante o tratamento com Halcion?

O Halcion deve ser tomado imediatamente antes de deitar.

Tal como com outras benzodiazepinas e fármacos com actividade sobre o SNC, três conjuntos de sintomas idiossincráticos, que podem sobrepôr-se, foram mencionados na clínica com Halcion: sintomas amnésicos (amnésia com ou sem alteração de comportamento); estados confusionais (desorientação, sensação de irrealidade, despersonalização e / ou obnubilação) e um estado de agitação (inquietação, irritabilidade e excitação). Frequentemente, outros factores podem contribuir para estas reacções idiossincráticas, tais como: ingestão concomitante de álcool ou outros fármacos, privação de sono, situação pré-mórbida anormal etc.

Devem tomar-se precauções no tratamento de doentes com função hepática ou renal alterada, insuficiência pulmonar grave, ou apneia do sono. Em doentes com compromisso da função respiratória foram reportados com raridade depressão respiratória e apneia.

Dependência

O efeito de Halcion é intensificado pela administração simultânea de sedativos e de outros medicamentos que actuam sobre o sistema nervoso central, bem como pela ingestão de bebidas alcoólicas. Deve existir um cuidado especial no tratamento de doentes com história actual ou antecedentes de alcoolismo.

A administração de Halcion nas doses recomendadas e em tratamento de curta duração evidencia um baixo potencial de dependência. No entanto, como com todas as benzodiazepinas, o risco de dependência aumenta com doses superiores, duração mais longa do tratamento, ou em doentes com história de alcoolismo ou abuso de drogas.

Quando se desenvolve a dependência a interrupção brusca pode ser acompanhada de síndrome de privação. Isto pode manifestar-se através de dores de cabeça, dores musculares, ansiedade extrema, tensão, inquietação, confusão e irritabilidade. Em situações graves, podem ocorrer os seguintes sintomas: sensação de irrealidade, despersonalização, alteração da audição, torpor e sensação de formigueiro das extremidades, hipersensibilidade à luz, ao ruído e ao contacto físico, alucinações ou convulsões.

Duração do tratamento

A duração do tratamento deve ser a mais curta possível (ver “Como deve utilizar o Halcion?”), mas não deve exceder as quatro semanas, incluindo o tempo de diminuição gradual da dose. O prolongamento da terapêutica para além deste período não deverá ocorrer sem que seja feita uma reavaliação da situação.

É possível a ocorrência do chamado fenómeno de recaída (rebound), uma síndrome transitória no qual os sintomas que levaram ao tratamento com benzodiazepinas regressam mas de forma intensificada, podendo ocorrer aquando da descontinuação do medicamento. Este facto pode ser acompanhado de outros sintomas como alterações de humor, ansiedade ou distúrbios do sono e inquietação. Como o risco da síndrome de abstinência / recaída é maior após interrupção brusca do tratamento, é recomendado que a dosagem seja diminuída gradualmente.

Amnésia

Dados de várias fontes sugerem que a amnésia (perturbações da memória) pode ocorrer com maior frequência com triazolam do que com doses terapêuticas de outros hipnóticos benzodiazepínicos.

Reacções psiquiátricas e paradoxais

As reacções de inquietação, agitação, irritabilidade, agressividade, ilusão, ataques de raiva, pesadelos, alucinações, psicoses, comportamento inadequado e outros efeitos adversos comportamentais estão associados ao tratamento com benzodiazepinas. Se isto ocorrer, o tratamento deve ser interrompido.

Grupos de doentes especiais

Deverá haver cuidado adicional quando o triazolam é prescrito a doentes com sinais ou sintomas de depressão passíveis de intensificação pelo uso de fármacos hipnóticos. Nestes doentes podem estar presentes tendências suicidas, podendo ser necessárias medidas protectoras. A sobredosagem intencional é mais comum nestes doentes e deverá disponibilizar-se apenas a menor quantidade possível de fármaco ao doente.

A dose inicial recomendada de Halcion para doentes idosos e/ou debilitados é de 0,125 mg, de modo a diminuir a possibilidade de desenvolver uma sedação excessiva, tonturas ou descoordenação motora. Para os outros adultos a dose recomendada é de 0,25 mg.

Caso ocorram quaisquer alterações de humor ou de comportamento, o seu médico deve ser imediatamente avisado.

Deve informar sempre o seu médico ou o seu farmacêutico, no caso de:

  • sofrer de uma outra doença
  • ter antecedentes alérgicos
  • estar a tomar outros medicamentos

Uso em Pediatria

A segurança e eficácia do triazolam não foram ainda estabelecidas para indivíduos com idade inferior a 18 anos.

EM TODAS AS SITUAÇÕES SEGUIR ESTRITAMENTE AS INSTRUÇÕES DO SEU MÉDICO ASSISTENTE.

O Halcion pode ser utilizado durante a gravidez ou no período de aleitamento?

O Halcion está contra-indicado na gravidez e não deve ser administrado no período de aleitamento.

Se por razões médicas, o fármaco for administrado durante a última fase da gravidez, ou durante o trabalho de parto em doses elevadas, os efeitos no recém-nascido, tais como hipotermia, hipotonia e depressão respiratória moderada, podem ser esperados devido à acção farmacológica do fármaco.

Mais ainda, os recém-nascidos de mães que tomaram benzodiazepinas de modo crónico durante a última fase da gravidez podem desenvolver dependência física e podem de algum modo estar em risco de desenvolver sintomas de privação no período pós natal.

Se estiver em idade fértil e lhe for prescrito o Halcion, deve contactar o seu médico no sentido de descontinuar a terapêutica se tiver a intenção de engravidar ou se suspeitar poder estar grávida.

Quais os efeitos de Halcion sobre a capacidade de condução de veículos e utilização de máquinas?

Sedação, amnésia (perturbações da memória), dificuldades de concentração e alteração da função muscular podem afectar negativamente a capacidade de conduzir ou de utilizar máquinas. Se a duração do sono for insuficiente há maior possibilidade de a capacidade de reacção estar diminuída.

Qual é a composição do Halcion? Aviso: Este medicamento contém lactose.

Se foi informado pelo seu médico de que tem intolerância a alguns açucares, contacte-o antes de tomar este medicamento.

Como deve utilizar o Halcion?

Administração por via oral: O seu médico fixará a posologia exacta para o seu caso específico e, em nenhum caso, deve aumentar a dose prescrita. Deve usar-se a dose mínima eficaz. A dose recomendada para a maioria dos adultos é de 0,25 mg; deve ser tomada imediatamente antes de deitar, durante o período de tempo mais curto possível (1 a 2 semanas), e nunca deve ser ultrapassada. A dose de 0,125 mg pode ser suficiente para alguns indivíduos.

Em doentes idosos e/ou debilitados, a dosagem recomendada é de 0,125 mg, podendo ir até 0,25 mg, em casos excepcionais. A dose de 0,25 mg nunca deve ser ultrapassada.

Em que altura do dia é que deve tomar o Halcion?

A acção de Halcion é rápida, razão pela qual deve ser tomado ao deitar. Além disso, o doente deve poder dispor de uma noite completa de sono (com duração nunca inferior a 7­8 horas), uma vez que foram reportados episódios de amnésia (perturbações da memória) nestas situações.

Qual a duração do tratamento médio com Halcion?

O tratamento deverá ser o mais curto possível. Em geral a duração do tratamento varia entre uns dias e duas semanas, com um máximo de quatro semanas incluindo a fase de redução gradual do medicamento.

Se for necessária a continuação do tratamento, deverá ser feita pelo médico uma reavaliação clínica completa do doente.

Como suspender o tratamento com Halcion?

O uso de Halcion pode – como todas as preparações que contenham benzodiazepinas -levar a uma dependência. Esta manifesta-se sobretudo durante uma administração ininterrupta por um período longo (em alguns casos após algumas semanas), e em casos de interrupção brusca do medicamento, por sintomas de privação, podendo ocorrer agitação, angústia, insónias, incapacidade de concentração, dores de cabeça, transpiração. Estes sintomas desaparecem geralmente após 2 ou 3 semanas. No entanto, as possibilidades de dependência são particularmente reduzidas se a administração do Halcion for feita de acordo com as doses recomendadas e em tratamento de curta duração.

A fim de reduzir ao máximo os riscos de dependência, fazem-se as seguintes recomendações:

  • usar Halcion apenas sob prescrição médica
  • nunca aumentar a dose prescrita pelo médico
  • informar o seu médico sobre a suspensão do tratamento
  • o seu médico decidirá periodicamente sobre a continuação ou não do tratamento
  • uma administração prolongada (superior a 2 semanas) só deve ter lugar sob vigilância médica.

Quais as medidas a adoptar em caso de sobredosagem?

Tal como com outras benzodiazepinas, a sobredosagem não coloca a vida em risco excepto se utilizadas em associação com outras substâncias depressoras do SNC (incluindo o álcool).

No tratamento destas situações deve-se ter em conta que múltiplos fármacos podem ter sido ingeridos.

A dosagem excessiva com Halcion pode manifestar-se por: sonolência, confusão mental, descoordenação motora, discurso arrastado, e, por último, coma. Podem ocorrer ainda manifestações de depressão respiratória e apneia (dificuldade em respirar) e ocasionalmente, convulsões. Como em todos os casos de dosagem excessiva, as funções vitais devem ser controladas e, quando necessário, apoiadas por medidas gerais. Deve, de imediato, proceder-se a uma lavagem gástrica, mantendo-se uma ventilação (apoio da função respiratória) adequada. Pode tornar-se conveniente recorrer à administração intravenosa de fluídos.

O flumazenil pode ser utilizado como antídoto.

4.      O que é necessário ter mais em consideração?

Não conservar acima de 30°C. Proteger da humidade.

Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Não deve ser utilizado para além do prazo de validade inscrito na embalagem do medicamento, com a designação “VAL” (=data de validade mês/ano).

Para informação mais detalhada sobre o medicamento, consulte o seu médico ou farmacêutico.

Titular da Introdução no Mercado:

LABORATÓRIOS PFIZER, LDA Lagoas Park Edificio 10 2740-244 Porto Salvo

Data de elaboração deste folheto: 30-01-2004.