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Amlodipina

AMLODIPINA TENSIOVAS bula do medicamento

Neste folheto:

1. O que é AMLODIPINA TENSIOVAS e para que é utilizado
2. Antes de tomar AMLODIPINA TENSIOVAS
3. Como tomar AMLODIPINA TENSIOVAS
4. Efeitos secundários AMLODIPINA TENSIOVAS possíveis
5. Conservação do AMLODIPINA TENSIOVAS

AMLODIPINA TENSIOVAS COMPRIMIDOS

Leia atentamente este folheto antes de utilizar o medicamento.
Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico.
Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento
pode ser-lhes prejudicial, mesmo que apresentem os mesmos sintomas.

Denominação do medicamento

AMLODIPINA TENSIOVAS 5 mg COMPRIMIDOS

Amlodipina (sob a forma de Besilato)

AMLODIPINA TENSIOVAS 10 mg COMPRIMIDOS

Amlodipina (sob a forma de Besilato)

Descrição completa da substância activa e dos excipientes

A substância activa é a amlodipina. Os outros ingredientes são a celulose microcristalina, a lactose, o amido glicolato de sódio e o estearato de magnésio.

Nome e endereço do titular da autorização de introdução no mercado e do titular da
autorização de fabrico

TECNIMEDE – Sociedade Tecnico-Medicinal, S.A.

Rua Professor Henrique de Barros, Edifício Sagres, 3° A

2685 – 338 Prior Velho

Fabricado por:

West Pharma – Produções Especialidades Farmacêuticas, S.A.

Rua João de Deus, n.° 11, Venda Nova, 2700 Amadora

1.O QUE É AMLODIPINA TENSIOVAS E PARA QUE É UTILIZADO
Forma farmacêutica e conteúdo; grupo farmacoterapêutico

AMLODIPINA TENSIOVAS são comprimidos que contêm como princípio activo a amlodipina, estando disponíveis no mercado em duas dosagens: 5 mg e 10 mg. Pertence ao grupo dos anti-hipertensores.

AMLODIPINA TENSIOVAS comprimidos contendo 5 mg de amlodipina está disponível em embalagens de 10, 30, 60 e 100 comprimidos .

AMLODIPINA TENSIOVAS comprimidos contendo 10 mg de amlodipina está disponível em embalagens de 10, 30, 60 e 100 comprimidos.

Indicações terapêuticas

A amlodipina está indicada no tratamento de 1a linha da hipertensão e pode ser usada como agente único para controlo da pressão arterial na maioria dos doentes. Os doentes não suficientemente controlados com um único anti-hipertensor podem beneficiar da adição da amlodipina, a qual tem sido usada em combinação com um diurético tiazídico, um bloqueador a, um bloqueador p ou um inibidor do enzima de conversão da angiotensina (IECA).

A amlodipina está indicada no tratamento de primeira linha da isquémia do miocárdio, devido quer à obstrução fixa (angina estável) e/ou vasospasmo/vasoconstrição coronária (angina variante ou de Prinzmetal).

A amlodipina pode ser utilizada nos casos em que o quadro clínico sugere um componente vasospástico/vasoconstritor mas em que não é possível confirmar a existência dum tal componente.

A amlodipina pode ser usada como agente terapêutico único ou combinada com outros fármacos anti-anginosos nos doentes com angina refractária aos nitratos e/ou a doses adequadas de p-bloqueantes.

2. ANTES DE TOMAR AMLODIPINA TENSIOVAS

Enumeração das informações necessárias antes da toma do medicamento

Contraindicações

Não tome AMLODIPINA TENSIOVAS:

A amlodipina está contra-indicada nos doentes com reconhecida hipersensibilidade à amlodipina, às dihidropiridinas ou a algum dos componentes inactivos do medicamento.

Precauções de utilização adequadas; advertências especiais

Tome especial cuidado com AMLODIPINA TENSIOVAS:

Doentes com insuficiência cardíaca

Em doentes com insuficiência cardíaca das classes III e IV da NYHA, de etiologia não isquémica, a amlodipina foi associada a um maior número de relatos de edema pulmonar, apesar de não ter sido registada uma diferença significativa na incidência do agravamento da insuficiência cardíaca, comparativamente ao placebo.

Doentes com disfunção hepática

Nestes doentes a semi-vida sérica da amlodipina é prolongada, não tendo sido estabelecidas recomendações para a posologia apropriada. O medicamento deve ser administrado com precaução.

Este medicamento contem lactose.

Se foi informado que tem intolerância a algum açúcar, contacte o seu médico antes de tomar este medicamento.

Interacções com alimentos ou bebidas

Tomar AMLODIPINA TENSIOVAS com alimentos

Não são conhecidas interacções com os alimentos.

Utilização durante a gravidez e o aleitamento

Gravidez e aleitamento

No ser humano, a inocuidade da amlodipina, durante os períodos de gravidez e lactação, não se encontra estabelecida. Estudos de reprodução animal efectuados no rato, com uma dose cinquenta vezes superior à dose máxima recomendada no ser humano, não demonstraram outra toxicidade que não fosse o parto tardio e o trabalho de parto prolongado.

Em conformidade com este facto, a administração de amlodipina à mulher grávida só está recomendada quando não existir outra alternativa mais segura e a doença em si acarrete maior risco tanto para a mãe como para o feto.

Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.

Efeitos sobre a capacidade de conduzir ou utilizar máquinas

Condução de veículos e utilização de máquinas

A terapêutica com AMLODIPINA TENSIOVAS não afecta a capacidade de condução e utilização de máquinas.

Interacção com outros medicamentos

Tomar AMLODIPINA TENSIOVAS com outros medicamentos

Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos sem receita médica.

A amlodipina tem sido administrada, em segurança, com diuréticos tiazídicos, bloqueadores alfa, bloqueadores beta, IECA’s, nitratos de acção prolongada, nitroglicerina sublingual, anti-inflamatórios não esteróides, antibióticos e hipoglicemiantes orais.

Dados in vitro obtidos de estudos com plasma humano indicam que a amlodipina é destituída de efeito sobre a ligação às proteínas dos fármacos estudados (digoxina, fenitoína, varfarina ou indometacina).

3. COMO TOMAR AMLODIPINA TENSIOVAS

Instruções para uma utilização adequada

Tome o medicamento sempre à mesma hora: obterá um melhor efeito e evitará o esquecimento de alguma dose.

Posologia

Tanto para a hipertensão como para a angina, a dose inicial habitual é de 5 mg de amlodipina, uma vez ao dia. Consoante a resposta do doente, esta dose pode ser aumentada para, no máximo, 10 mg, uma vez dia.

A administração concomitante de diuréticos tiazídicos, inibidores do enzima de conversão da angiotensina (IECA) e p-bloqueantes (ex. atenolol) não exige um reajustamento na dose de amlodipina.

Idosos

Recomenda-se o esquema posológico normal. A amlodipina, administrada nas mesmas doses ao doente idoso e ao doente mais jovem, é igualmente bem tolerada.

Crianças

A segurança e a eficácia da amlodipina em crianças ainda não foi comprovada. Insuficiência renal

A amlodipina pode ser usada em doses normais nestes doentes. Não há correlação entre as alterações nas concentrações plasmáticas de amlodipina e o grau de insuficiência renal. A amlodipina não é dialisável.

Insuficiência hepática

Ver Precauções de utilização adequadas; advertências especiais.

Via e modo de administração

AMLODIPINA TENSIOVAS destina-se a ser administrado por via oral; deglutir os comprimidos com um pouco de água.

AMLODIPINA TENSIOVAS visa o tratamento de situações crónicas, pelo que deve ser tomado com a regularidade e durante o período definido pelo médico.

Sintomas em caso de sobredosagem e medidas a tomar

Caso tome mais AMLODIPINA TENSIOVAS do que deveria

No Homem, a experiência com a sobredosagem intencional é limitada. A lavagem gástrica poderá ser útil em alguns casos. Os dados disponíveis sugerem que uma sobredosagem importante pode provocar vasodilatação periférica excessiva seguida de acentuada e provavelmente prolongada hipotensão sistémica.

A hipotensão clinicamente importante, devida a sobredosagem com amlodipina, requer suporte cardiovascular activo incluindo monitorização frequente da função cardíaca e respiratória, elevação das extremidades e vigilância do volume líquido circulante e do débito urinário.

Um vasoconstritor pode ajudar a restabelecer o tónus vascular e a pressão arterial, desde que não haja contra-indicações ao seu emprego. O gluconato de cálcio intravenoso pode ser benéfico na resolução dos efeitos de bloqueio dos canais de cálcio.

Dada a elevada ligação às proteínas plasmáticas da amlodipina, não é provável que a diálise possa ser útil.

Acções a tomar quando houver esquecimento da toma de uma ou mais doses

Caso se tenha esquecido de tomar AMLODIPINA TENSIOVAS

Retome a administração do medicamento, logo que seja possível; no entanto, se estiver próxima a administração de outra dose não duplique as doses.

Indicação de que existe um risco de síndroma de privação

Efeitos da interrupção do tratamento com AMLODIPINA TENSIOVAS

Não deve suspender o tratamento com AMLODIPINA TENSIOVAS sem consultar o seu médico.

4. EFEITOS SECUNDÁRIOS AMLODIPINA TENSIOVAS POSSÍVEIS

Descrição dos efeitos secundários

Como os demais medicamentos, AMLODIPINA TENSIOVAS pode ter efeitos secundários.

Em ensaios clínicos controlados com placebo e que envolveram doentes com hipertensão ou angina, os efeitos secundários mais frequentemente observadas foram:

  • Sistema Nervoso Autónomo: rubor
  • Organismo em Geral: fadiga
  • Cardiovascular, Geral: edema
  • Sistema Nervoso Central e Periférico: tonturas, cefaleias
  • Gastrointestinal: dores abdominais, náuseas
  • Frequência / Ritmo Cardíaco: palpitações
  • Psiquiátricas: sonolência

Efeitos secundários menos frequentemente observados durante a experiência de comercialização incluem:

  • Sistema Nervoso Autónomo: secura de boca, hipersudorese
  • Organismo em Geral: astenia, dores lombares, mal-estar, dor, aumento / diminuição de peso
  • Cardiovascular, Geral: hipotensão, síncope
  • Sistema Nervoso Central e Periférico: hipertonia, hipoestesia / parestesias, neuropatia periférica, tremores
  • Endócrino: ginecomastia
  • Gastrointestinal: alteração dos hábitos intestinais, dispepsia, hiperplasia gengival, pancreatite, vómitos
  • Metabólicos / Nutricionais: hiperglicémia
  • Musculosquelético: artralgias, cãibras musculares, mialgias
  • Plaquetas / Hemorragia / Coagulação: púrpura, trombocitopénia
  • Psiquiátrico: impotência, insónias, alterações do humor
  • Respiratório: tosse, dispneia
  • Pele / Anexos cutâneos: alopécia
  • Sentidos especiais: alterações do paladar, zumbidos
  • Urinário: aumento da frequência urinária
  • Vascular (extra-cardíaco): vasculite
  • Visão: distúrbios da visão

Glóbulos Brancos Sanguíneos / S.R.E. (Sistema retículo-endotelial): leucopénia

Raramente, foram descritos casos de reacção alérgica incluindo prurido, rash, angioedema e eritema multiforme.

Foram também registados, muito raramente, casos de hepatite, icterícia e aumento das enzimas hepáticas (a maior parte deles relacionados com colestase). Registaram-se alguns casos relacionados com o uso da amlodipina cuja gravidade requereu hospitalização. Em muitos dos casos a relação causal é incerta.

Como acontece com outros antagonistas dos canais de cálcio, acontecimentos adversos, tais como, enfarte do miocárdio arritmia (incluindo bradicárdia, taquicárdia ventricular e fibrilhação auricular) e dor torácica, foram raramente referidos e não podem ser distinguidos da história natural da doença subjacente.

Caso detecte efeitos indesejáveis não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

5. CONSERVAÇÃO

Condições de conservação e prazo de validade

Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Não guardar acima de 30°C. Guardar na embalagem de origem.

Não utilize AMLODIPINA TENSIOVAS depois da data indicada na embalagem.

Se for caso disso, advertência em relação a sinais visíveis de deterioração

Este folheto foi aprovado em:07-12-2005

Para qualquer informação adicional acerca deste produto contactar:

TECNIMEDE – Sociedade Tecnico-Medicinal, S.A. Rua Professor Henrique de Barros, Edifício Sagres, 3°A

2685-338 Prior Velho

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Metoclopramida

Primperan Solução Oral 2,6mg / 1ml bula do medicamento

Neste folheto:

1.O que é Primperan e para que é utilizado
2.Antes de tomar Primperan
3.Como tomar Primperan
4.Efeitos secundários Primperan
5.Como conservar Primperan
6.Outras informações

Primperan 2.6 mg / 1ml

Solução oral

Metoclopramida, cloridrato

Leia atentamente este folheto antes de tomar o medicamento. Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico.

Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

1.   O QUE É PRIMPERAN E PARA QUE É UTILIZADO
Categoria Fármaco-Terapêutica

Modificadores da motilidade gástrica ou procinéticos

Antieméticos e antivertiginosos.

Indicações Terapêuticas

Náuseas e vómitos

  • Gastroenterites.
  • Intolerâncias alimentares e medicamentosas (digitálicos, antimitóticos, antibióticos, morfina, codeína, etc). -Síndrome vertiginoso. -Enxaqueca.
  • Náuseas e vómitos associados às técnicas cirúrgicas e/ou anestesiológicas.
  • Náuseas e vómitos, em cancerologia, induzidos pela quimioterapia e /ou radioterapia.

Perturbações da motilidade digestiva

  • Dispepsia-eructações, soluços, pirose, dores epigástricas, esvaziamento gástrico retardado.
  • Refluxo gastro-esofágico.
  • Esofagite péptica.
  • Úlcera duodenal.
  • Discinésia biliar.

Preparação para a realização de exames ao tubo digestivo

2. ANTES DE TOMAR PRIMPERAN

Não tome Primperan

  • Se tem hipersensibilidade à metoclopramida ou a qualquer dos excipientes.
  • Se tem hemorragia gastrointestinal, obstrução mecânica ou perfuração digestiva em que a estimulação da motilidade gastrointestinal constitui risco.
  • Se tem antecedente de discinésia tardia provocada pela metoclopramida ou neurolépticos.
  • Se tem feocromacitoma confirmado ou suspeito pela possibilidade de crise hipertensiva grave.
  • Quando associado com levodopa devido a antagonismo recíproco.

Tome especial cuidado com Primperan

  • Podem ocorrer sintomas extra piramidais principalmente nas crianças e adultos jovens e/ou quando doses mais elevadas são utilizadas (ver secção dos efeitos secundários). Estas reacções adversas cessam definitivamente após descontinuação do tratamento. Pode ser necessário tratamento sintomático (benzodiazepinas em crianças e/ou fármacos antiparkinsónicos anticolinérgicos em adultos).
  • Antes de utilizar Primperan tenha em atenção o intervalo entre as tomas de metoclopramida (de pelo menos 6 horas) especificado na secção da posologia e modo de administração, deve ser respeitado, mesmo no caso de vómitos e rejeição de dose, para evitar sobredosagem.
  • Metoclopramida não está recomendada em doentes epilépticos pois as benzamidas podem diminuir o limiar epileptogénico.
  • Quando em caso de insuficiência renal ou hepática, recomenda-se redução da dose
  • Como com outros neurolépticos, pode ocorrer Síndrome Maligno dos Neurolépticos (SMN) caracterizado por hipertermia, alterações extrapiramidais, instabilidade do sistema nervoso autónomo e aumento da CPK. Contudo, se a febre ou um dos sintomas do SMN ocorrer devem ser tomadas precauções, devendo interromper-se a terapêutica com metoclopramida se se suspeitar de SMN.
  • Foi notificada metahemoglobinemia a qual pode estar relacionada com a deficiência em NADH citocromo b5 reductase. Nestes casos, a metoclopramida deve ser espontânea e definitivamente descontinuada e tomarem-se medidas apropriadas.

Ao tomar Primperan com outros medicamentos

Associações contra-indicadas:

Levodopa – antagonismo recíproco da levodopa e metoclopramida

Associações a ter em conta: Anticolinérgicos e derivados morfínicos

Anticolinérgicos e derivados morfínicos têm ambos um antagonismo recíproco com a metoclopramida na motilidade gástrica.

Depressores do sistema nervoso central (derivados morfínicos, hipnóticos, ansiolíticos, antihistamínicos Hl sedativos, antidepressivos sedativos, barbitúricos, clonidina e relacionados): potencialização dos efeitos sedativos da metoclopramida e dos depressores do sistema nervoso central.

Neurolépticos:

A metoclopramida pode ter um efeito aditivo com os neurolépticos na ocorrência de alterações extrapiramidais.

-Devido ao efeito pró-cinético da metoclopramida, a absorção de determinados fármacos pode ser alterada.

Digoxina:

A metoclopramida diminui a biodisponibilidade da digoxina. Deve monitorizar-se a concentração plasmática da digoxina.

Ciclosporina:

A metoclopramida aumenta a biodisponibilidade da ciclosporina. Deve monitorizar-se a concentração plasmática da ciclosporina.

Ao tomar Primperan com alimentos e bebidas

Associações a evitar:

Álcool: o álcool potencializa o efeito sedativo da metoclopramida

Gravidez e aleitamento Gravidez

Informação relativa a doentes grávidas (>1000) não indicaram malformações ou toxicidade feto/neonatal durante o primeiro trimestre de gravidez. Um quantidade limitada de informação em doentes grávidas (>300) não revelou toxicidade neonatal nos restantes trimestres. Os estudos em animais não revelaram toxicidade reprodutiva. O uso de metoclopramida durante a gravidez pode ser considerado, se necessário.

Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento Aleitamento

A metoclopramida é excretada no leite materno e a ocorrência de efeitos indesejáveis no lactente não pode ser excluída. A decisão pode ser tomada entre descontinuar a amamentação ou abster-se do tratamento com metoclopramida.

Condução de veículos e utilização de máquinas

Recomenda-se precaução na condução de veículos e uso de máquinas, devido ao possível risco de sonolência provocado pela metoclopramida, potenciado pelos antidepressivos de SNC ou álcool. A capacidade para conduzir ou operar maquinaria pode estar diminuída.

Informações importantes sobre alguns componentes de Primperan.

Este medicamento contém parabenos. (Para-hidroxibenzoato de metilo (1.3 mg / ml), Para-hidroxibenzoato de propilo 0.2 mg / ml)

Pode causar reacções alérgicas (possivelmente retardadas). Este medicamento contém sulfitos (Metabissulfito de Sódio 1.49 mg / ml)

Pode causar, raramente, reacções alérgicas (hipersensibilidade) graves e broncospasmo.

3. COMO TOMAR PRIMPERAN

Tomar Primperan sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.

A dose habitual é:

Até aos 2 anos:

10 a 20 gotas, 3 vezes ao dia. (1 gota <> 0,1 mg) Nas crianças a dose máxima oral é de 0,5 mg/Kg/dia. Modo e Via de Administração Administração por via oral.

Indicação do momento mais favorável à administração do medicamento Antes das refeições

Duração do tratamento médio

Variável consoante o caso clínico. Respeitar as indicações do médico.

Se tomar mais Primperan do que deveria

Pode ocorrer sonolência ou alterações extrapiramidais.diminuição do nível de consciência, confusão e alucinações

O único tratamento para as alterações extrapiramidais é sintomático (miorelaxantes e/ou antiparkinsónicos anticolinérgicos)

Caso se tenha esquecido de tomar Primperan

Não tome a dose a dobrar para compensar a que se esqueceu de administrar Se parar de tomar Primperan

O tratamento com Primperan não deve ser interrompido ou terminado prematuramente a não ser por indicação médica. Doutra forma a eficácia do tratamento fica comprometida.

Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.

4. EFEITOS SECUNDÁRIOS PRIMPERAN

Como todos os medicamentos, Primperan pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.

Doenças do sistema nervoso:

Os seguintes efeitos, por vezes associados, ocorreram com maior frequência quando doses mais elevadas são utilizadas:

  • Sintomas extrapiramidais: distonia aguda e discinésia, síndrome parkinsonico, acatisia, mesmo após a administração de uma dose única do fármaco, principalmente em crianças e adultos jovens (ver secção “Tome especial cuidado com Primperan”);
  • Sonolência, diminuição do nível de consciência, confusão, alucinações.

Outros efeitos podem ocorrer:

  • Discinésias tardias durante ou após tratamento prolongado, particularmente em doentes idosos.
  • Convulsões.
  • Síndrome maligno dos neurolépticos.
  • Depressão.

Doenças gastrointestinais: Diarreia.

Doenças do sangue e do sistema linfático:

Metahemoglobinemia que pode estar relacionada com a deficiência em NADH citocromo b5 reductase, particularmente em neonatos, (ver secção “Tome especial cuidado com Primperan”).

Sulfahemoglobinémia, sobretudo quando existe administração concomitante de doses elevadas de fármacos libertadores de enxofre.

Doenças endócrinas:

Alterações endócrinas durante o tratamento prolongado relacionadas com hiperprolactinémia (amenorreia, galactorreia, ginecomastia).

Perturbações gerais e alterações no local de administração:

Reacções alérgicas incluindo anafilaxia

Astenia

Cardiopatias:

Hipotensão especialmente com a formulação intravenosa

Foram referidos casos muito raros de bradicárdia e bloqueio cardíaco, principalmente com formulação intravenosa.

Paragem cardíaca, logo após a administração injectável, e que pode ser subsequente a bradicárdia.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico farmacêutico.

5. COMO CONSERVAR PRIMPERAN

Não conservar acima de 25°C. Conservar na embalagem de origem.

Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Não utilize Primperan após o prazo de validade impresso na embalagem exterior, após “VAL.”. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.

Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

6. OUTRAS INFORMAÇÕES

Qual a composição de Primperan

A substância activa é o Monocloridrato de Metoclopramida monohidratada

Os outros componentes são: para-hidroxibenzoato de metilo, para-hidroxibenzoato de propilo, sacarina sódica, metabissulfito de Sódio e água desmineralizada

Qual o aspecto de Primperan e conteúdo da embalagem

Frasco conta-gotas de vidro castanho, com tampa de plástico contendo líquido limpido praticamente incolor com odor sulfuroso. Administrado em gotas pediátricas bebíveis.

Embalagem de 50 ml de gotas pediátricas bebíveis.

Titular da Autorização de Introdução no Mercado

Sanofi-Aventis – Produtos Farmacêuticos, S.A. Empreendimento Lagoas Park Edifício 7- 3o Piso 2740-244 Porto Salvo

Fabricante

Sofarimex – Indústria Química e Farmacêutica, Lda. Avenida das Indústrias – Alto de Colaride – Agualva 2735-213 Cacém

Este Folheto Informativo foi revisto em 09-10-2008.

Categorias
Metoclopramida

Primperan Solução Oral 1 mg / 1ml bula do medicamento

Neste folheto:

1.O que é Primperan e para que é utilizado

2.Antes de tomar Primperan

3.Como tomar Primperan

4.Efeitos secundários Primperan

5.Como conservar Primperan

6.Outras informações

Primperan 1 mg / 1ml

Solução oral

Metoclopramida, cloridrato

Leia atentamente este folheto antes de tomar o medicamento. Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico.

Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

1.    O QUE É PRIMPERAN E PARA QUE É UTILIZADO

Categoria Fármaco-Terapêutica

Modificadores da motilidade gástrica ou procinéticos

Antieméticos e antivertiginosos.

Indicações Terapêuticas

Náuseas e vómitos

  • Gastroenterites.
  • Intolerâncias alimentares e medicamentosas (digitálicos, antimitóticos, antibióticos, morfina, codeína, etc). -Síndrome vertiginoso. -Enxaqueca.
  • Náuseas e vómitos associados às técnicas cirúrgicas e/ou anestesiológicas.
  • Náuseas e vómitos, em cancerologia, induzidos pela quimioterapia e /ou radioterapia.

Perturbações da motilidade digestiva

  • Dispepsia-eructações, soluços, pirose, dores epigástricas, esvaziamento gástrico retardado.
  • Refluxo gastro-esofágico.
  • Esofagite péptica.
  • Úlcera duodenal.
  • Discinésia biliar.

Preparação para a realização de exames ao tubo digestivo

2.    ANTES DE TOMAR PRIMPERAN

Não tome Primperan

  • Se tem hipersensibilidade à metoclopramida ou a qualquer dos excipientes.
  • Se tem hemorragia gastrointestinal, obstrução mecânica ou perfuração digestiva em que a estimulação da motilidade gastrointestinal constitui risco.
  • Se tem antecedente de discinésia tardia provocada pela metoclopramida ou neurolépticos.
  • Se tem feocromacitoma confirmado ou suspeito pela possibilidade de crise hipertensiva grave.
  • Quando associado com levodopa devido a antagonismo recíproco.

Tome especial cuidado com Primperan

  • Podem ocorrer sintomas extra piramidais principalmente nas crianças e adultos jovens e/ou quando doses mais elevadas são utilizadas (ver secção dos efeitos secundários). Estas reacções adversas cessam definitivamente após descontinuação do tratamento. Pode ser necessário tratamento sintomático (benzodiazepinas em crianças e/ou fármacos antiparkinsónicos anticolinérgicos em adultos).
  • Antes de utilizar Primperan tenha em atenção o intervalo entre as tomas de metoclopramida (de pelo menos 6 horas) especificado na secção da posologia e modo de administração, deve ser respeitado, mesmo no caso de vómitos e rejeição de dose, para evitar sobredosagem.
  • Metoclopramida não está recomendada em doentes epilépticos pois as benzamidas podem diminuir o limiar epileptogénico.
  • Quando em caso de insuficiência renal ou hepática recomenda-se redução da dose
  • Como com outros neurolépticos, pode ocorrer Síndrome Maligno dos Neurolépticos (SMN) caracterizado por hipertermia, alterações extrapiramidais, instabilidade do sistema nervoso autónomo e aumento da CPK. Contudo, se a febre ou um dos sintomas do SMN ocorrer devem ser tomadas precauções, devendo interromper-se a terapêutica com metoclopramida se se suspeitar de SMN.
  • Foi notificada metahemoglobinemia a qual pode estar relacionada com a deficiência em NADH citocromo b5 reductase. Nestes casos, a metoclopramida deve ser imediatamente e definitivamente descontinuada e tomarem-se medidas apropriadas.

Ao tomar Primperan com outros medicamentos Associações contra-indicadas:

Levodopa – antagonismo recíproco da levodopa e metoclopramida

Associações a ter em conta:

Anticolinérgicos e derivados morfínicos

Anticolinérgicos e derivados morfínicos têm ambos um antagonismo recíproco com a metoclopramida na motilidade gástrica.

Depressores do sistema nervoso central (derivados morfínicos, hipnóticos, ansiolíticos, antihistamínicos Hl sedativos, antidepressivos sedativos, barbitúricos, clonidina e relacionados): potencialização dos efeitos sedativos da metoclopramida e dos depressores do sistema nervoso central.

Neurolépticos:

A metoclopramida pode ter um efeito aditivo com os neurolépticos na ocorrência de alterações extrapiramidais.

-Devido ao efeito pró-cinético da metoclopramida, a absorção de determinados fármacos pode ser alterada.

Digoxina:

A metoclopramida diminui a biodisponibilidade da digoxina. Deve monitorizar-se a concentração plasmática da digoxina.

Ciclosporina:

A metoclopramida aumenta a biodisponibilidade da ciclosporina. Deve monitorizar-se a concentração plasmática da ciclosporina.

Ao tomar Primperan com alimentos e bebidas

Associações a evitar:

Álcool: o álcool potencializa o efeito sedativo da metoclopramida

Gravidez e aleitamento Gravidez

Informação relativa a doentes grávidas (>1000) não indicaram malformações ou toxicidade feto/neonatal durante o primeiro trimestre de gravidez. Um quantidade limitada de informação em doentes grávidas (>300) não revelou toxicidade neonatal nos restantes trimestres. Os estudos em animais não revelaram toxicidade reprodutiva. O uso de metoclopramida durante a gravidez pode ser considerado, se necessário.

Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento Aleitamento

A metoclopramida é excretada no leite materno e a ocorrência de efeitos indesejáveis no lactente não pode ser excluída. A decisão pode ser tomada entre descontinuar a amamentação ou abster-se do tratamento com metoclopramida.

Condução de veículos e utilização de máquinas

Recomenda-se precaução na condução de veículos e uso de máquinas, devido ao possível risco de sonolência provocado pela metoclopramida, potenciado pelos antidepressivos de SNC ou álcool. A capacidade para conduzir ou operar maquinaria pode estar diminuída.

Informações importantes sobre alguns componentes de Primperan.

Este medicamento contém parabenos (200 ml de solução tem para-hidroxibenzoato de metilo (0,26 g) e para-hidroxibenzoato de propilo (0.04 g)

Pode causar reacções alérgicas (possivelmente retardadas).

3.    COMO TOMAR PRIMPERAN

Tomar Primperan sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.

A dose habitual é:

Adultos

1 colher de sobremesa, 3 vezes ao dia (antes das refeições).

Crianças dos 2 aos 7 anos:

1 a 2 colheres de chá, 3 vezes ao dia.

Crianças até aos 2 anos:

1/2 a 1 colher de chá, 3 vezes ao dia.

1 ml de solução oral contém 1 mg de Metoclopramida.

N.B.-Recomenda-se certa prudência na prescrição do PRIMPERAN em doentes com alterações da consciência, sofrimento do tronco cerebral ou em estado de colapso. O aparecimento ou a exaltação de manifestações desta ordem em indivíduos tratados com PRIMPERAN deverá conduzir à interrupção do tratamento.

Nas crianças a dose máxima oral é 0,5 mg/Kg/dia Crianças

Modo e Via de Administração

Administração por via oral.

Indicação do momento mais favorável à administração do medicamento Antes das refeições. Duração do tratamento médio

Variável consoante o caso clínico. Respeitar as indicações do médico.

Se tomar mais Primperan do que deveria

Podem ocorrer sonolência ou alterações extrapiramidais, diminuição do nível de consciência, confusão e alucinações.

O único tratamento para as alterações extrapiramidais é sintomático (benzodiazepinas nas crianças e/ou fármacos antiparkinsónicos, anticolinérgicos, nos adultos).

Caso se tenha esquecido de tomar Primperan

Não tome a dose a dobrar para compensar a que se esqueceu de administrar

Se parar de tomar Primperan

O tratamento com Primperan não deve ser interrompido ou terminado prematuramente a não ser por indicação médica. Doutra forma a eficácia do tratamento fica comprometida.

Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.

4.    EFEITOS SECUNDÁRIOS PRIMERAN

Como todos os medicamentos, Primperam pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.

Doenças do sistema nervoso:

Os seguintes efeitos, por vezes associados, ocorreram com maior frequência quando doses mais elevadas são utilizadas:

  • Sintomas extrapiramidais: distonia aguda e discinésia, síndrome parkinsonico, acatisia, mesmo após a administração de uma dose única do fármaco, principalmente em crianças e adultos jovens (ver secção “Tome especial cuidado com Primperan”);
  • Sonolência, diminuição do nível de consciência, confusão, alucinações.

Outros efeitos podem ocorrer:

  • Discinésias tardias durante ou após tratamento prolongado, particularmente em doentes idosos.
  • Convulsões.
  • Síndrome maligno dos neurolépticos.
  • Depressão.

Doenças gastrointestinais: Diarreia.

Doenças do sangue e do sistema linfático:

Metahemoglobinemia que pode estar relacionada com a deficiência em NADH citocromo b5 reductase, particularmente em neonatos, (ver secção “Tome especial cuidado com Primperan”).

Sulfahemoglobinémia, sobretudo quando existe administração concomitante de doses elevadas de fármacos libertadores de enxofre.

Doenças endócrinas:

Alterações endócrinas durante o tratamento prolongado relacionadas com hiperprolactinémia (amenorreia, galactorreia, ginecomastia).

Perturbações gerais e alterações no local de administração:

Reacções alérgicas incluindo anafilaxia

Astenia

Cardiopatias:

Hipotensão especialmente com a formulação intravenosa

Foram referidos casos muito raros de bradicárdia e bloqueio cardíaco, principalmente com formulação intravenosa.

Paragem cardíaca, logo após a administração injectável, e que pode ser subsequente a bradicárdia.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico farmacêutico.

5.    COMO CONSERVAR PRIMPERAN

Não conservar acima de 25°C. Conservar na embalagem de origem.

Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Não utilize Primperan após o prazo de validade impresso na embalagem exterior, após “VAL.”. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.

Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

6. OUTRAS INFORMAÇÕES

Qual a composição de Primperan

A substância activa é o Monocloridrato de Metoclopramida monohidratada

Os outros componentes são: ácido cítrico monohidratado, essência de Abricot e essência de laranjas doces, hidroxietilcelulose 300 cps, para-hidroxibenzoato de metilo, para-hidroxibenzoato de propilo, sacarina sódica e água desmineralizada

Qual o aspecto de Primperan e conteúdo da embalagem

Líquido límpido a ligeiramente opalescente, viscoso incolor ou levemente amarelado com cheiro a laranja e pêssego contido em frasco de vidro âmbar com tampa Astra

Embalagem com 200 ml de solução oral.

Titular da Autorização de Introdução no Mercado

Sanofi-Aventis – Produtos Farmacêuticos, S.A. Empreendimento Lagoas Park Edifício 7- 3o Piso 2740-244 Porto Salvo

Fabricante

Sofarimex – Indústria Química e Farmacêutica, Lda. Avenida das Indústrias – Alto de Colaride – Agualva 2735-213 Cacém

Este Folheto Informativo foi revisto em 09-10-2008.

Categorias
Metoclopramida

Primperan Solução Injectável 100mg/5ml bula do medicamento

Neste folheto:

1.O que é Primperan e para que é utilizado
2.Antes de utilizar Primperan
3.Como administrar Primperan
4.Efeitos secundários Primperan
5.Como conservar Primperan
6.Outras informações

Primperan 100mg/5 ml

Solução injectável

Metoclopramida, cloridrato

Leia atentamente este folheto antes de administrar o medicamento. Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico.

Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

1.    O QUE É PRIMPERAN E PARA QUE É UTILIZADO

Categoria Fármaco-Terapêutica

Modificadores da motilidade gástrica ou procinéticos

Antieméticos e antivertiginosos.

Indicações Terapêuticas

Náuseas e vómitos

  • Gastroenterites.
  • Intolerâncias alimentares e medicamentosas (digitálicos, antimitóticos, antibióticos, morfina, codeína, etc). -Síndrome vertiginoso. -Enxaqueca.
  • Náuseas e vómitos associados às técnicas cirúrgicas e/ou anestesiológicas.
  • Náuseas e vómitos, em cancerologia, induzidos pela quimioterapia e /ou radioterapia.

Perturbações da motilidade digestiva

  • Dispepsia-eructações, soluços, pirose, dores epigástricas, esvaziamento gástrico retardado.
  • Refluxo gastro-esofágico.
  • Esofagite péptica.
  • Úlcera duodenal.
  • Discinésia biliar.

Preparação para a realização de exames ao tubo digestivo

2.    ANTES DE ADMINISTRAR PRIMPERAN

Não administre Primperan

  • Se tem hipersensibilidade à metoclopramida ou a qualquer dos excipientes.
  • Se tem hemorragia gastrointestinal, obstrução mecânica ou perfuração digestiva em que a estimulação da motilidade gastrointestinal constitui risco.
  • Se tem antecedente de discinésia tardia provocada pela metoclopramida ou neurolépticos.
  • Se tem feocromacitoma confirmado ou suspeito pela possibilidade de crise hipertensiva grave.
  • Quando associação com levodopa devido a antagonismo recíproco.

Tome especial cuidado com Primperan

  • -Podem ocorrer sintomas extra piramidais principalmente nas crianças e adultos jovens, e/ou quando doses mais elevadas são utilizadas (ver secção dos efeitos secundários). Estas reacções adversas cessam definitivamente após descontinuação do tratamento. Pode ser necessário tratamento sintomático (benzodiazepinas em crianças e/ou fármacos antiparkinsónicos, anticolinérgicos em adultos).
  • -Antes de utilizar Primperan tenha em atenção o intervalo entre as tomas de metoclopramida (de pelo menos 6 horas) especificado na secção da posologia e modo de administração, deve ser respeitado, mesmo no caso de vómitos e rejeição de dose, para evitar sobredosagem.
  • No caso de vómitos com rejeição da dose, tem que se respeitar o intervalo especificado antes da readministração da metoclopramida.
  • Metoclopramida não está recomendada em doentes epilépticos pois as benzamidas podem diminuir o limiar epileptogénico.
  • Quando em caso de insuficiência renal ou hepática recomenda-se redução da dose
  • Como com outros neurolépticos, pode ocorrer Síndrome Maligno dos Neurolépticos (SMN) caracterizado por hipertermia, alterações extrapiramidais, instabilidade do sistema nervoso autónomo e aumento da CPK. Contudo, se a febre ou um dos sintomas do SMN ocorrer devem ser tomadas precauções, devendo interromper-se a terapêutica com metoclopramida se se suspeitar de SMN.
  • Foi notificada metahemoglobinemia a qual pode estar relacionada com a deficiência em NADH citocromo b5 reductase. Nestes casos, a metoclopramida deve ser imediatamente e definitivamente descontinuada e tomarem -se medidas apropriadas.

Ao utilizar Primperan com outros medicamentos Associações contra – indicadas:

Levodopa – antagonismo recíproco da levodopa e metoclopramida

Associações a ter em conta: Anticolinérgicos e derivados morfínicos

Anticolinérgicos e derivados morfínicos têm ambos um antagonismo recíproco com a metoclopramida na motilidade gástrica.

Depressores do sistema nervoso central (derivados morfínicos, hipnóticos, ansiolíticos, antihistamínicos Hl sedativos, antidepressivos sedativos, barbi-túricos, clonidina e relacionados): potencialização dos efeitos sedativos da metoclopramida e dos depressores do sistema nervoso central.

Neurolépticos:

A metoclopramida pode ter um efeito aditivo com os neurolépticos na ocor-rência de alterações extrapiramidais.

-Devido ao efeito pró-cinético da metoclopramida, a absorção de determinados fármacos pode ser alterada.

Digoxina:

A metoclopramida diminui a biodisponibilidade da digoxina. Deve monitorizar – se a concentração plasmática da digoxina.

Ciclosporina:

A metoclopramida aumenta a biodisponibilidade da ciclosporina. Deve monitorizar-se a concentração plasmática da ciclosporina.

-Mivacurium e suxametónio: a injecção de metoclopramida pode prolongar a duração do bloqueio neuromuscular (através da inibição da colinesterase plasmática).

Ao utilizar Primperan com alimentos e bebidas

Associações a evitar:

Álcool: o álcool potencializa o efeito sedativo da metoclopramida

Gravidez e aleitamento Gravidez

Informação relativa a doentes grávidas (>1000) não indicaram malformações ou toxicidade feto/neonatal durante o primeiro trimestre de gravidez. Um quantidade limitada de informação em doentes grávidas (>300) não revelou toxicidade neonatal nos restantes trimestres. Os estudos em animais não revelaram toxicidade reprodutiva. O uso de metoclopramida durante a gravidez pode ser considerado, se necessário.

Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento Aleitamento

A metoclopramida é excretada no leite materno e a ocorrência de efeitos indesejáveis no lactente não pode ser excluída. A decisão pode ser tomada entre descontinuar a amamentação ou abster-se do tratamento com metoclopramida.

Condução de veículos e utilização de máquinas

Recomenda-se precaução na condução de veículos e uso de máquinas, devido ao possível risco de sonolência provocado pela metoclopramida, potenciado pelos antidepressivos de SNC ou álcool. A capacidade para conduzir ou operar maquinaria pode estar diminuída.

Informações importantes sobre alguns componentes de Primperan.

Este medicamento contém menos do que 1 mmol (23 mg) de sódio, ou seja, é praticamente “isento de sódio”.

3. COMO ADMINISTRAR PRIMPERAN

Tomar Primperan sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.

De acordo com a prescrição médica. A dose habitual é:

A administração de Primperan a 100 mg/5 ml (I.V.) deve ser iniciada na primeira sessão de quimioterapia, sobretudo se forem utilizados citostáticos cuja dose ou natureza induza com maior probabilidade náuseas ou vómitos

Frequência e intervalo: 30 minutos antes do inicio do citostático emetizante e 1/2 ; 3 1/2 ; 5 1/2 e 8 1/2 horas após o inicio da respectiva perfusão.

Dose: em média 10 mg/Kg, podendo variar conforme as situações clínicas.

Modo e Via de Administração

Administração por via endovenosa, de preferência lentamente (cerca de 15 minutos).

-A administração IV deve ser feita devagar, pelo menos durante 3 minutos.

Duração do tratamento médio

Variável consoante o caso clínico.

Se utilizar mais Primperam do que devia

Podem ocorrer sonolência ou alterações extrapiramidais, diminuição do nível de consciência, confusão e alucinações.

O único tratamento para as alterações extrapiramidais é sintomático (benzodiazepinas nas crianças e/ou fármacos antiparkinsónicos anticolinérgicos, nos adultos).

Caso se tenha esquecido de administrar Primperan

Não utilize a dose a dobrar para compensar a que se esqueceu de administrar Se parar administrar Primperan 100 mg / 5 ml

O tratamento com Primperan não deve ser interrompido ou terminado prematuramente a não ser por indicação médica. Doutra forma a eficácia do tratamento fica comprometida.

Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médioco ou farmacêutico.

4. EFEITOS SECUNDÁRIOS PRIMPERAN

Como todos os medicamentos, Primperan pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.

Doenças do sistema nervoso:

Os seguintes efeitos, por vezes associados, ocorreram com maior frequência quando doses mais elevadas são utilizadas:

  • sintomas extrapiramidais: distonia aguda e discinésia, síndrome parkinsonico, acatisia, mesmo após a administração de uma dose única do fármaco, principalmente em crianças e adultos jovens (ver secção ” Tome especial cuidado com Primperan );
  • sonolência, diminuição do nível de consciência, confusão, alucinações.

Outros efeitos podem ocorrer:

  • discinésias tardias durante ou após tratamento prolongado, particularmente em doentes idosos.
  • convulsões.
  • síndrome maligno dos neurolépticos.
  • depressão.

Doenças gastrointestinais: Diarreia.

Doenças do sangue e do sistema linfático:

Metahemoglobinemia que pode estar relacionada com a deficiência em NADH citocromo b5 reductase, particularmente em neonatos, (ver secção 4.4 “Tome especial cuidado com Primperan “).

Sulfahemoglobinémia, sobretudo quando existe administração concomitante de doses elevadas de fármacos libertadores de enxofre.

Doenças endócrinas:

Alterações endócrinas durante o tratamento prolongado relacionadas com hiperprolactinémia (amenorreia, galactorreia, ginecomastia).

Perturbações gerais e alterações no local de administração:

Reacções alérgicas incluindo anafilaxia

Astenia

Cardiopatias:

Hipotensão especialmente com a formulação intravenosa

Foram referidos casos muito raros de bradicardia e bloqueio cardíaco, principalmente com formulação intravenosa.

Paragem cardíaca, logo após a administração injectável, e que pode ser subsequente a bradicardia.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico farmacêutico.

5.  COMO CONSERVAR PRIMPERAN 100mg/5 ml Solução injectável

Não conservar acima de 25°C. Conservar na embalagem de origem.

Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Não utilize Primperan após o prazo de validade impresso na embalagem exterior, após “VAL.”. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.

Não utilize Primperan se verificar que está alterado. O produto deve ser inspeccionado visualmente antes da administração. Não utilizar uma solução que não esteja limpida ou na qual seja visivel ums cristalização.

Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

6.  OUTRAS INFORMAÇÕES

Qual a composição de Primperan

A substância activa é Monocloridrato de Metoclopramida anidra.

Os outros componentes são Cloreto de sódio e água para preparações injectáveis.

Qual o aspecto de Primperan e conteúdo da embalagem:

Ampolas de 5 ml doseadas a 100 mg de Metoclopramida contendo líquido limpido, praticamente incolor e inodoro .

Embalagem de 5 ampolas de vidro incolor , gravadas, acondicionadas em tabuleiro de PVC

Titular da Autorização de Introdução no Mercado

SANOFI-AVENTIS – Produtos Farmacêuticos, S.A. Empreendimento Lagoas Park Edifício 7- 3o Piso 2740-244 Porto Salvo

Fabricante

Sofarimex – Indústria Química e Farmacêutica, Lda. Avenida das Indústrias – Alto de Colaride – Agualva 2735-213 Cacém

Este Folheto Informativo foi revisto em 09-10-2008.

Categorias
Beta-histina

CARACTERÍSTICAS DO BETASERC bula do medicamento

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
BETASERC

1. NOME DO MEDICAMENTO BETASERC
Betaserc 16 mg comprimidos.

2. COMPOSIÇÃO QUANTITATIVA E QUALITATIVA DO BETASERC
Cada comprimido contém 16 mg de cloridrato de betahistina.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.

3. FORMA FARMACÊUTICA DO BETASERC
Comprimido.
Comprimidos brancos ou esbranquiçados, redondos, biconvexos, com ranhura, gravados com a inscrição numa das faces e ‘267’ em ambos os lados da ranhura na outra face.

O comprimido pode ser dividido em metades iguais.

4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS DO BETASERC

4.1 Indicações Terapêuticas
– Síndrome de Mèniére, caracterizado por vertigens, zumbidos e/ou perda de audição, geralmente acompanhados de náuseas, otalgias e/ou cefaleias.
– Tratamento sintomático da vertigem.
4.2 Posologia e modo de administração
A dose diária inicial é de 48 mg repartidos ao longo do dia.
As doses de manutenção variam entre 24 e 48 mg / dia.
A dosagem deve ser adaptada individualmente de acordo com a resposta à
terapêutica.

População pediátrica:
Devido a falta de dados de segurança e eficácia, Betaserc não é recomendado a crianças com menos de 18 anos.

4.3 Contra-Indicações
Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer um dos excipientes do medicamento.

4.4 Advertências e precauções especiais de utilização

Os doentes com feocromocitoma e doentes com asma brônquica necessitam de ser cuidadosamente vigiados durante o tratamento. Deve ser tida precaução durante o tratamento de doentes com história de úlcera péptica.

4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção

Não foram realizados estudos de interacção in vivo. Considerando os estudos in vitro, não é esperado inibição dos enzimas do Citocromo P450.

4.6 Gravidez e aleitamento
Gravidez:
Não existem dados adequados relativos ao uso da betahistina na mulher grávida. Os estudos em animais são insuficientes para determinar os efeitos sobre a gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parto e desenvolvimento
pós-natal

O risco potencial para o homem é desconhecido.
A Betahistina não deverá ser utilizada durante a gravidez, a menos que tal seja claramente necessário.

Aleitamento:
Desconhece-se se a betahistina é excretada no leite materno. Não há estudos em animais sobre a excreção da betahistina no leite. A importância deste medicamento para a mãe deve ser avaliada face aos benefícios do aleitamento e o risco potencial para a criança.

4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas

Os efeitos de Betaserc sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas são desprezíveis, dado que não foram encontrados efeitos relacionados com a Betahistina que influenciem essas capacidades nos ensaios clínicos.

4.8 Efeitos indesejáveis

Em ensaios clínicos controlados por placebo, foram observados os seguintes efeitos indesejáveis em doentes tratados com beta-histina, com as frequências abaixo indicadas [muito frequentes (> 1/10); frequentes (>1/100 a < 1/10); pouco frequentes ( 1/1000 a < 1/100); raros ( 1/10 000 a 1/1000) muito raros (< 1/10 000)].

Doenças gastrointestinais Frequentes: náusea e dispepsia.
Adicionalmente aos efeitos indesejáveis reportados durante os ensaios clínicos, foram reportados os seguintes efeitos indesejáveis, espontaneamente, durante a utilização pós-comercialização e na literatura científica. Como as frequências não puderam ser estimadas a partir dos dados disponíveis, foram classificadas como “desconhecidas”.

Doenças do sistema imunitário
Foram reportadas reacções de hipersensibilidade, por ex. anafilaxia. Doenças gastrointestinais
Foram observadas queixas gástricas (por ex. vómitos, dor gastro-intestinal, distensão abdominal e inchaço), o que normalmente pode ser evitado por administração da dose durante as refeições ou por redução da dose.

Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneas
Foram reportadas reacções de hipersensibilidade cutânea e subcutâneas, em particular edema angioneurótico, urticária, rash e prurido.

4.9 Sobredosagem

Têm sido reportados alguns casos de sobredosagem. Alguns doentes sofreram sintomas ligeiros a moderados com doses até 640 mg (por ex. náusea, sonolência e dor abdominal).

Em casos de sobredosagem intencional foram observadas complicações mais graves (por ex. convulsões, complicações cardíacas ou pulmonares), em particular quando em associação com outros medicamentos também em sobredosagem.

O tratamento da sobredosagem deve incluir medidas gerais de suporte.

5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS DO BETASERC
5.1 Propriedades farmacodinâmicas

Grupo farmacoterapêutico: 2.7 – Medicamentos que actuam no Sistema Nervoso Central. Antiemético e antivertiginoso.

Código ATC: N07CA01

O mecanismo de acção da betahistina é parcialmente conhecido. Nos estudos bioquimicos, a betahistina possui acção agonista ligeira sobre os receptores H1 e propriedades H3-antagonistas potentes a nível do SNC e no sistema nervoso autónomo. Os ensaios farmacológicos nos animais têm demonstrado que a circulação sanguínea na estria vascular do ouvido interno melhora, provavelmente devido ao relaxamento dos esfincters pré-capilares da microcirculação do ouvido interno.
Foi também determinado que a betahistina possui um efeito inibidor, dose-dependente, na geração do “spike” neuronal nos núcleos vestibular lateral e medial.

A betahistina acelera recuperação vestibular após neuroctomia unilateral, através da promoção e facilitação da compensação vestibular central. Este efeito caracterizado por “up-regulação” do “turn-over” da histamina e libertação, é mediado por via do antagonismo do receptor-H3

Estas propriedades em conjunto contribuem para os efeitos terapêuticos benéficos sobre a Doença de Mèniére e a vertigem vestibular.

A beta-histina aumenta o “turnover” da histamina e libertação, através do bloqueio dos receptores H3- pré-sinápticos e indução de “down-regulação” dos receptores H3. Este efeito sobre o sistema histaminérgico explica a eficácia da betahistina sobre o tratamento da vertigem e doenças vestibulares.

5.2 Propriedades farmacocinéticas

O dicloridrato de betahistina é rapidamente e completamente absorvido em todas as partes do tracto gastro-intestinal após administração oral. Após absorção, a droga é rápida e praticamente toda metabolizada em 2-PAA (o qual não tem actividade farmacológica).
Os níveis plasmáticos da betahistina são muito diminutos (i.é abaixo do limite de detecção de 100 pg/mL). Pelo que todas as análises farmacocinéticas são baseadas em determinações dos níveis do 2-PAA no plasma e na urina. As concentrações plasmáticas do 2-PPA atingem o seu máximo 1 hora após a administração e diminuem ao fim de uma semi-vida de 3,5 horas. O metabolito 2-PAA é rapidamente excretado pela urina. No intervalo de dose entre 8 a 48 mg, cerca de 85% da dose original é recuperada na urina. A excreção renal ou fecal da betahistina por si só é de importância minor. As taxas de recuperação são constantes no intervalo de doses entre 8 a 48 mg, indicativo que a farmacocinética da betahistina é linear e sugerindo que a via metabólica envolvida não é saturável. Sob condições de alimentação, o Cmax é inferior por comparação com condições de jejum. No entanto, a absorção total da betahistina é semelhante sob ambas as condições, indicando que a ingestão de alimentos apenas atrasa a absorção da betahistina.

5.3 Dados de segurança pré-clínica

Doses orais até 250 mg/kg/dia de dicloridrato de betahistina em ratos e cães respectivamente, administradas durante 3 meses, não resultaram em efeitos adversos. Foram observados efeitos secundários no sistema nervoso em cães e babuínos após doses intravenosas até 120 mg/kg. Observou-se emese com doses até 300 mg/kg e doses até 120 mg/kg após administração oral e i.v. a cães e esporadicamente a babuinos. A beta-histina não mostrou qualquer efeito mutagénico.

6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS DO BETASERC

6.1 Lista dos excipientes

Betaserc contém celulose microcristalina, manitol, ácido cítrico monohidratado, sílica coloidal anidra e talco.

6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.

6.3 Prazo de validade
5 anos

6.4 Precauções especiais de conservação
Não conservar acima de 25°C.
Conservar na embalagem original de modo a proteger da luz.

6.5 Natureza e conteúdo do recipiente

Embalagens de 20 e 60 comprimidos acondicionados em blisters em PVC/PVDC e folha de alumínio

6.6 Precauções especiais de eliminação
Não existem requisitos especiais.

7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

SOLVAYFARMA, Lda.
Lagoas Park, Edifício 5-C, Piso 6
2740-298 PORTO SALVO

8. NÚMEROS DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO DO MERCADO

N° de registo: 8354969 – 20 comprimidos, 16mg, blister PVC/PVDC/Alumínio N° de registo: 8364951 – 60 comprimidos, 16mg, blister PVC/PVDC/Alumínio

9. DATA DA AUTORIZAÇÃO / RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO

Data da primeira autorização: 17 de Fevereiro de 2002

10. DATA DE REVISÃO DO TEXTO
10-09-2008

Categorias
Metoclopramida

Primperan Solução Injectável 10mg/2ml bula do medicamento

Primperan 10 mg/2 ml

Solução injectável

Metoclopramida, cloridrato

Leia atentamente este folheto antes de administrar o medicamento. Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico.

Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

Neste folheto:

1.O que é Primperan e para que é utilizado
2.Antes de utilizar Primperan
3.Como administrar Primperan
4.Efeitos secundários Primperan
5.Como conservar Primperan
6.Outras informações

1. O QUE É PRIMPERAN E PARA QUE É UTILIZADO

Categoria Fármaco-Terapêutica

Grupo Modificadores da motilidade gástrica ou procinéticos

Grupo Antieméticos e antivertiginosos.

Indicações Terapêuticas

Náuseas e vómitos

  • Gastroenterites.
  • Intolerâncias alimentares e medicamentosas (digitálicos, antimitóticos, anti-bióticos, morfina, codeína, etc).
  • Síndrome vertiginoso.
  • Enxaqueca.
  • Náuseas e vómitos associados às técnicas cirúrgicas e/ou anestesiológicas.
  • Náuseas  e vómitos,  em  cancerologia,  induzidos  pela  quimioterapia  e /ou radioterapia.

Perturbações da motilidade digestiva

  • Dispepsia-eructações, soluços, pirose, dores epigástricas, esvaziamento gástrico retardado.
  • Refluxo gastro-esofágico.
  • Esofagite péptica.
  • Úlcera duodenal.
  • Discinésia biliar.

Preparação para a realização de exames ao tubo digestivo

2.    ANTES DE ADMINISTRAR PRIMPERAN

Não utilize Primperan

  • Se tem hipersensibilidade à metoclopramida ou a qualquer dos excipientes.
  • Se tem hemorragia gastrointestinal, obstrução mecânica ou perfuração digestiva em que a estimulação da motilidade gastrointestinal constitui risco.
  • Se tem antecedente de discinésia tardia provocada pela metoclopramida ou neurolépticos.
  • Se tem feocromacitoma confirmado ou suspeito pela possibilidade de crise hipertensiva grave.
  • Quando associado com levodopa devido a antagonismo recíproco.

Tome especial cuidado com Primperan

  • Podem ocorrer sintomas extrapiramidais principalmente nas crianças e adultos jovens, e/ou quando doses mais elevadas são utilizadas (ver secção dos efeitos secundários). Estas reacções adversas cessam definitivamente após descontinuação do tratamento. Pode ser necessário tratamento sintomático (benzodiazepinas em crianças e/ou fármacos antiparkinsónicos anticolinérgicos em adultos).
  • Antes de utilizar Primperan tenha em atenção o intervalo entre as tomas de metoclopramida (de pelo menos 6 horas) especificado na secção da posologia e modo de administração, deve ser respeitado, mesmo no caso de vómitos e rejeição de dose, para evitar sobredosagem.
  • Metoclopramida não está recomendada em doentes epilépticos pois as benzamidas podem diminuir o limiar epileptogénico.
  • Quando em caso de insuficiência renal ou hepática recomenda-se redução da dose.
  • Como com outros neurolépticos, pode ocorrer Síndrome Maligno dos Neurolépticos (SMN) caracterizado por hipertermia, alterações extrapira-midais, instabilidade do sistema nervoso autónomo e aumento da CPK. Contudo, se a febre ou um dos sintomas do SMN ocorrer devem ser tomadas precauções, devendo interromper-se a terapêutica com metoclopramida se se suspeitar de SMN.
  • Foi notificada metahemoglobinemia a qual pode estar relacionada com a deficiência em NADH citocromo b5 reductase. Nestes casos, a metoclopramida deve ser imediatamente e definitivamente descontinuada e tomarem -se medidas apropriadas.

Ao utilizar Primperan com outros medicamentos Associações contra – indicadas:

Levodopa – antagonismo recíproco da levodopa e metoclopramida

Associações a ter em conta:

Anticolinérgicos e derivados morfínicos

Anticolinérgicos e derivados morfínicos têm ambos um antagonismo recíproco com a metoclopramida na motilidade gástrica.

Depressores do sistema nervoso central (derivados morfínicos, hipnóticos, ansiolíticos, antihistamínicos Hl sedativos, antidepressivos sedativos, barbi-túricos, clonidina e relacionados): potencialização dos efeitos sedativos da metoclopramida e dos depressores do sistema nervoso central.

Neurolépticos:

A metoclopramida pode ter um efeito aditivo com os neurolépticos na ocorrência de alterações extrapiramidais.

-Devido ao efeito pró-cinético da metoclopramida, a absorção de determinados fármacos pode ser alterada.

Digoxina:

A metoclopramida diminui a biodisponibilidade da digoxina. Deve monitorizar-se a concentração plasmática da digoxina.

Ciclosporina:

A metoclopramida aumenta a biodisponibilidade da ciclosporina. Deve monitorizar-se a concentração plasmática da ciclosporina.

-Mivacurium e suxametónio: a injecção de metoclopramida pode prolongar a duração do bloqueio neuromuscular (através da inibição da colinesterase plasmática).

Ao utilizar Primperan com alimentos e bebidas

Associações a evitar:

Álcool: o álcool potencializa o efeito sedativo da metoclopramida

Gravidez e aleitamento Gravidez

Informação relativa a doentes grávidas (>1000) não indicaram malformações ou toxicidade feto/neonatal durante o primeiro trimestre de gravidez. Um quantidade limitada de informação em doentes grávidas (>300) não revelou toxicidade neonatal nos restantes trimestres. Os estudos em animais não revelaram toxicidade reprodutiva. O uso de metoclopramida durante a gravidez pode ser considerado, se necessário.

Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento Aleitamento

A metoclopramida é excretada no leite materno e a ocorrência de efeitos indesejáveis no lactente não pode ser excluída. A decisão pode ser tomada entre descontinuar a amamentação ou abster-se do tratamento com metoclopramida.

Condução de veículos e utilização de máquinas

Recomenda-se precaução na condução de veículos e uso de máquinas, devido ao possível risco de sonolência provocado pela metoclopramida, potenciado pelos antidepressivos de SNC ou álcool. A capacidade para conduzir ou operar maquinaria pode estar diminuída.

Informações importantes sobre alguns componentes de Primperan.

Este medicamento contém menos do que 1 mmol (23 mg) de sódio, ou seja, é praticamente “isento de sódio”.

3.COMO ADMINISTRAR PRIMPERAN

Utilize Primperan sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.

A dose habitual é:

Via intramuscular:

1 a 4 ampolas nas 24 horas.

Via intravenosa

No decurso de síndromas agudos, 1 ampola a repetir eventualmente na hora seguinte.

Modo e Via de Administração

Administração por via intramuscular ou endovenosa.

Indicação do momento mais favorável à administração do medicamento

De acordo com o critério clínico.

-A administração IV deve ser feita devagar, pelo menos durante 3 minutos.

Duração do tratamento médio

Variável consoante o caso clínico. Respeitar as indicações do médico.

Se utilizar mais Primperam do que devia

Podem ocorrer sonolência ou alterações extrapiramidais, diminuição do nível de consciência, confusão e alucinações.

O único tratamento para as alterações extrapiramidais é sintomático (benzodiazepinas nas crianças e/ou fármacos antiparkinsónicos anticolinérgicos, nos adultos).

Caso se tenha esquecido de administrar Primperan

Não utilize a dose a dobrar para compensar a que se esqueceu de administrar Se parar administrar Primperan 10 mg / 2 ml

O tratamento com Primperan não deve ser interrompido ou terminado prematuramente a não ser por indicação médica. Doutra forma a eficácia do tratamento fica comprometida.

Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.

4. EFEITOS SECUNDÁRIOS PRIMPERAM

Como todos os medicamentos, Primperam pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.

Doenças do sistema nervoso:

Os seguintes efeitos, por vezes associados, ocorreram com maior frequência quando doses mais elevadas são utilizadas:

  • sintomas extrapiramidais: distonia aguda e discinésia, síndrome parkinsonico, acatisia, mesmo após a administração de uma dose única do fármaco, principalmente em crianças e adultos jovens (ver secção 4.4 “Tome especial cuidado com Primperan”);
  • sonolência, diminuição do nível de consciência, confusão, alucinações.

Outros efeitos podem ocorrer:

  • discinésias tardias durante ou após tratamento prolongado, particularmente em doentes idosos.
  • convulsões.
  • síndrome maligno dos neurolépticos.
  • depressão.

Doenças gastrointestinais: Diarreia.

Doenças do sangue e do sistema linfático:

Metahemoglobinemia que pode estar relacionada com a deficiência em NADH citocromo b5 reductase, particularmente em neonatos, (ver secção 4.4 “Tome especial cuidado com Primperan”);.

Sulfahemoglobinémia, sobretudo quando existe administração concomitante de doses elevadas de fármacos libertadores de enxofre.

Doenças endócrinas:

Alterações endócrinas durante o tratamento prolongado relacionadas com hiperprolactinémia (amenorreia, galactorreia, ginecomastia).

Perturbações gerais e alterações no local de administração:

Reacções alérgicas incluindo anafilaxia

Astenia

Cardiopatias:

Hipotensão especialmente com a formulação intravenosa

Foram referidos casos muito raros de bradicardia e bloqueio cardíaco, principalmente com formulação intravenosa.

Paragem cardíaca, logo após a administração injectável, e que pode ser subsequente a bradicardia.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico farmacêutico.

5. COMO CONSERVAR PRIMPERAN 10 mg/2 ml Solução injectável

Não conservar acima de 30°C.

Conservar na embalagem de origem.

Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Não utilize Primperan após o prazo de validade impresso no embalagem exterior, após “VAL.”. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.

Não utilize Primperan se verificar que está alterado. O produto deve ser inspeccionado visualmente antes da administração. Não utilizar uma solução que não esteja límpida ou na qual seja visivel uma cristalização.

Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

6. OUTRAS INFORMAÇÕES

Qual a composição de Primperan

A substância activa é Monocloridrato de Metoclopramida anidra.

Os outros componentes são Cloreto de sódio e água para preparações injectáveis.

Qual o aspecto de Primperan e conteúdo da embalagem

Ampolas de 2 ml doseadas a 10 mg de Metoclopramida contendo líquido limpido, praticamente incolor e inodoro.

Embalagem de 6 ampolas de vidro incolor, gravadas, acondicionadas em tabuleiro de PVC

Embalagem de 60 ampolas de 2 ml de solução injectável (Embalagem Hospitalar)

Titular da Autorização de Introdução no Mercado

SANOFI-AVENTIS – Produtos Farmacêuticos, S.A. Empreendimento Lagoas Park Edifício 7- 3o piso 2740-244 Porto Salvo

Fabricante responsável pela libertação de lotes:

Sanofi Winthrop Industrie 6, boulevard de 1’Europe – 21800 Quetigny País : França

Telef: 01-33.80.48.30.30 Telefax 01-33.80.46.36.1

Este Folheto Informativo foi revisto em 09-10-2008.

Categorias
Butilescopolamina

CARACTERÍSTICAS DO BUSCOPAN bula do medicamento

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
BUSCOPAN

1- DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO BUSCOPAN:
BUSCOPAN, 10 mg, comprimido revestido

2- COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA DO BUSCOPAN:
Cada comprimido contém 10 mg de brometo de N-butilhioscina (Butilescopolamina).
Excipientes: ver secção 6.1

3- FORMA FARMACÊUTICA DO BUSCOPAN
Comprimido revestido.

4- INFORMAÇÕES CLÍNICAS DO BUSCOPAN
4.1.- Indicações terapêuticas

Espasmos do aparelho gastrintestinal, espasmos e disquinésias das vias biliares e espasmos do aparelho genito-urinário.

4.2.- Posologia e modo de administração
Exceptuando indicação médica em contrário, recomendam-se as seguintes doses: Adultos e crianças com mais de 6 anos: 1 – 2 comprimidos revestidos, 3 – 5 vezes por dia. Os comprimidos revestidos devem ser deglutidos inteiros com um líquido.

4.3.- Contra-indicações
BUSCOPAN está contra-indicado na miastenia gravis e megacolon. BUSCOPAN não deve ser usado por doentes que demonstraram sensibilidade ao brometo de N-butil-hioscina ou qualquer outro componente do medicamento.

4.4.- Advertências e precauções especiais de utilização
Devido ao potencial risco de complicações anticolinérgicas, deve-se ter precaução em doentes com predisposição para glaucoma de ângulo estreito, em doentes susceptíveis a obstruções urinárias e intestinais e naqueles com tendência para taquicardia.

4.5.- Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
O efeito anticolinérgico de antidepressivos tricíclicos, amantadina, quinidina, antihistamínicos ou
disopiramida pode ser potenciado pela toma concomitante de BUSCOPAN.
O tratamento concomitante com antagonistas da dopamina, tais como a metoclopramida, pode resultar na diminuição dos efeitos de ambos os fármacos no aparelho gastrintestinal.
Os efeitos taquicárdicos dos agentes beta-adrenérgicos podem ser evidenciados pela toma de BUSCOPAN.

4.6.- Gravidez e aleitamento
Uma longa experiência não evidenciou quaisquer efeitos nocivos sobre a gestação humana. Estudos pré-clínicos em ratos e coelhos não mostraram efeitos embriotóxicos nem teratogénicos. No entanto, é conveniente observar as habituais recomendações quanto à toma de medicamentos durante o período da gravidez e, particularmente, durante o primeiro trimestre.
No aleitamento também não foi estabelecida a segurança. No entanto, não foram reportados efeitos adversos nos recém nascidos.

4.7.- Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não está descrito qualquer efeito deste medicamento sobre a capacidade de condução e utilização de máquinas.

4.8.- Efeitos indesejáveis
Podem ocorrer efeitos indesejáveis anticolinérgicos, incluindo xerostomia, disidria, taquicardia e potencial retenção urinária, mas são geralmente moderados e limitados.
Muito raramente foram reportadas reacções de hipersensibilidade, incluindo reacções cutâneas. Foram observados casos isolados de anafilaxia com episódios de dispneia e choque.

4.9.- Sobredosagem
Sintomas
Em caso de sobredosagem podem observar-se efeitos anticolinérgicos. Tratamento
Se necessário, devem ser administrados fármacos parassimpaticomiméticos. Nos casos de glaucoma, deve-se procurar uma consulta médica urgentemente. As complicações cardiovasculares devem ser tratadas de acordo com os princípios terapêuticos habituais. Em caso de paralisia respiratória: intubação e respiração artificial devem ser consideradas. A cateterização pode ser necessária no caso de retenção urinária. Se necessário, devem ser empregues medidas de suporte adequadas.

5- PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS DO BUSCOPAN

5.1.- Propriedades farmacodinâmicas
Classificação do medicamento: ATC: A03BB01 – Butilescopolamma CFT: 6.4 — Antiespasmódicos.
BUSCOPAN exerce uma acção espasmolítica sobre a musculatura lisa do aparelho gastrintestinal e das vias biliares e genito-urinárias. Como um derivado de amónio quaternário, o brometo de N-butil-hioscina não passa para o sistema nervoso central. Consequentemente, não ocorrem efeitos adversos anticolonérgicos no sistema nervoso central. A acção anticolinérgica periférica resulta da acção bloqueadora dos gânglios na parede visceral, assim como da actividade antimuscarínica.

5.2.- Propriedades farmacocinéticas
Como um composto de amónio quaternário, o brometo de N-butil-hioscina é altamente polar e, consequentemente, é apenas parcialmente absorvido após administração por via oral (8%) ou rectal (3%). A biodisponibilidade sistémica determinou-se como sendo inferior a 1%.
No entanto, apesar dos níveis sanguíneos baixos por curto espaço de tempo, concentrações relativamente elevadas de brometo de N-butil-hioscina marcado radioactivamente e/ou seus metabolitos têm sido detectados no local de acção: no aparelho gastrintestinal, vesícula biliar, ductos biliares, figado e rins. O brometo de N-butil-hioscina não passa a barreira hematoencefálica e a sua ligação às proteinas plasmáticas é baixa.
A depuração total, determinada após administração endovenosa é de 1,2 l/min., aproximadamente metade da depuração é renal. Os metabolitos principais encontrados na urina ligam-se fracamente aos receptores muscarínicos.

5.3.- Dados de segurança pré-clínica
De forma aguda, o brometo de N-butil-hioscina tem um baixo índice de toxicidade: a DL50 determinada por via oral foi de 1000-3000 mg/kg no murganho, 1040-3300 mg/kg no rato e 600 mg/kg no cão. Os sinais de toxicidade foram ataxia e tónus muscular diminuído, adicionalmente tremor e convulsões no murganho, e midríase, secura das membranas mucosas e taquicardia no cão . Mortes por dificuldade respiratória ocorreram no espaço de 24 horas. A DL50 do brometo de N-butil-hioscina determinada por via intravenosa foi de 10-23 mg/kg no murganho e de 18 mg/kg no rato.
Em estudos de toxicidade reiterada por via oral efectuados durante 4 semanas, o NOAEL (“no observed adverse effect level”) tolerado pelo rato foi de 500 mg/kg. Com 2000 mg/kg, por acção nos gânglios parasimpáticos da área visceral, o brometo de N-butil-hioscina paralisou a função gastrintestinal, causando obstipação. Morreram 11 em 50 ratos . Nem os dados de hematologia, nem a informação laboratorial mostraram variações relacionadas com a dose.
Durante 26 semanas os ratos toleraram 200 mg/kg, mas com 250 e 1000 mg/kg, a função gastrintestinal foi dimuinuída e ocorreram mortes.
Num estudo de 4 semanas uma dose intravenosa de 1 mg/kg, administrada repetidamente, foi bem tolerada no rato. Imediatamente após a administração de 3 mg/kg ocorreram convulsões. Com a administração de 9 mg/kg os ratos morreram de paralisia respiratória.
A administração intravenosa de 2×1, 2×3 e 2×9 mg/kg, a cães, durante 5 semanas, causou midríase dose-dependente em todos os animais e, adicionalmente com 2×9 mg/kg, foi observada ataxia, salivação e diminuição do peso corporal e da ingestão de alimentos. As soluções foram bem toleradas localmente. Após administração intramuscular repetida, a dose de 10 mg/kg foi bem tolerada sistemicamente, mas ocorreu um aumento do número de lesões dos músculos no local da injecção, relativamente aos ratos do grupo controlo. Com 60 e 120 mg/kg, a mortalidade foi elevada e houve um aumento dose-dependente das lesões a nível local. O brometo de N-butil-hioscina não foi embriotóxico nem teratogénico no Seg.II quando administrado ao rato, por via oral em doses até 200 mg/kg e ao coelho NZW, por sonda naso-gástrica em doses de 200 mg/kg ou doses de 50 mg/kg por via subcutânea. A fertilidade não foi diminuída no Seg. I com doses até 200 mg/kg administradas _per os. Os supositórios de brometo de N-butil-hioscina foram bem tolerados localmente.
Em estudos que visavam a tolerância a nível local, foi administrada por via intramuscular uma injecção de 15 mg/kg de BUSCOPAN, repetidamente durante 28 dias, em macacos e cães. Apenas no cão foi observada necrose focal local no sítio da injecção. BUSCOPAN foi bem tolerado nas veias e artérias da orelha do coelho. In vitro, uma solução injectável de BUSCOPAN a 2% não mostrou acção hemolítica quando misturada com 0,1 ml de sangue humano.
O brometo de N-butil-hioscina não mostrou potencial mutagénico no teste de Ames, no teste de mutação genética in vitro com células de mamífero V79 (Teste HPRT), nem no teste in vitro de mutação cromossómica em linfócitos periféricos humanos.
Não existem testes de carcinogenicidade in vivo. No entanto, o brometo de N-butil-hioscina não mostrou potencial tumorígeno em dois estudos de 26 semanas em ratos, com administração por via oral de doses até 1000 mg/kg.

6- INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS DO BUSCOPAN
6.1.- Lista dos excipientes

Fosfato dibásico de cálcio, amido de milho, amido solúvel, sílica coloidal, ácido tartárico, ácido esteárico, povinilpirrolina, sacarose, talco, acácia, dióxido titânico, polietilenoglicol 6000, cera de carnaúba, cera branca.

6.2.- Incompatibilidades
Não aplicável.

6.3.- Prazo de validade
5 anos.

6.4.- Precauções especiais de conservação
Conservar em local fresco e seco.

6.5.- Natureza e conteúdo do recipiente
Placas de Blister PVC.
Embalagens de 20 e 40 comprimidos revestidos. 6.6.- Instruções de utilização e de manipulação
Não existem requisitos especiais.

7- TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Unilfarma – Unilfarma- União Internacional Laboratórios Farmacêuticos, Lda Avenida António Augusto de Aguiar, 104-1° 1069-029 – Lisboa (domicílio)

8- NÚMERO(S) DE AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Embalagem de 20 comprimidos revestidos: 9901728 Embalagem de 40 comprimidos revestidos: 9901710

9- DATA DA RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
31 de Maio de 2001

10- DATA DE REVISÃO DO TEXTO

Março de2005

Categorias
Hidroxizina

CARACTERÍSTICAS DO ATARAX bula do medicamento

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
ATARAX

1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO ATARAX

ATARAX, 25 mg, comprimido revestido por película
ATARAX, 2mg/ml, xarope

2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA DO ATARAX

Comprimidos revestidos por película Por comprimido:
Hidroxizina 25 mg

Xarope: Por ml
Hidroxizina 2 mg
Excipientes, ver secção 6.1.

3. FORMA FARMACÊUTICA DO ATARAX

Comprimido revestido por película. Xarope.

4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS DO ATARAX
4.1 Indicações terapêuticas

O Atarax está indicado:
– no tratamento sintomático da ansiedade, nos adultos;
– no tratamento sintomático do prurido;
– na pré-medicação em cirurgia.

4.2 Posologia e modo de administração

Os comprimidos devem ser deglutidos com líquido e o xarope deve ser administrado por via oral, puro ou diluído em água ou sumo.

Adultos

– para tratamento sintomático da ansiedade:
50 mg/dia em três administrações separadas de 12,5-12,5-25 mg. nos casos mais graves, podem ser utilizadas doses até 300 mg/dia.
– para tratamento sintomático do prurido:
a dose inicial é de 25 mg ao deitar, seguida, se necessário, de doses até 25 mg, 3 a 4 vezes por dia.
– para pré-medicação em cirurgia:
50 a 200 mg/dia, em 1 ou 2 administrações: administração única 1 hora antes da cirurgia, podendo ser precedida por uma administração na noite anterior à anestesia.
Nos adultos, a dose única máxima não deve exceder 200 mg, ao passo que a dose diária máxima não deve exceder 300 mg.

Crianças (a partir dos 12 meses)

– para tratamento sintomático do prurido:
– dos 12 meses aos 6 anos: 1 a 2mg/Kg/dia, num máximo de 50 mg/dia, em administrações divididas;
– a partir dos 6 anos: 1 a 2 mg/Kg/dia, num máximo de 100 mg/dia, em administrações divididas;
– para pré-medicação em cirurgia:
administração única de 0,6 mg/Kg/dia, 1 hora antes da cirurgia.

Ajuste da dose

A dose deve ser adaptada, dentro dos valores recomendados, de acordo com a resposta do doente ao tratamento.
Idosos: recomenda-se que se inicie o tratamento com metade da dose recomendada, devido a uma acção prolongada.
Doentes com disfunção hepática: recomenda-se redução da dose diária em 33%.
Doentes com insuficiência renal moderada a grave: a dose deve ser reduzida, devido ao decréscimo de excreção do metabolito cetirizina.

4.3 Contra-indicações

O Atarax está contra-indicado nos doentes com história de hipersensibilidade a qualquer um dos seus constituintes, à cetirizina, a outros derivados da piperazina, à aminofilina ou à etilenodiamina.
Doentes com porfíria.

Na gravidez e aleitamento (ver secção 4.6.).
O Atarax, xarope, 2 mg/ ml contém 0,75 g de sacarose por ml. Doentes com problemas hereditários raros de intolerância à frutose, mal-absorção de glucose¬galactose ou insuficiência de sacarase-isomaltase não devem tomar este medicamento.
O Atarax, comprimidos, 25 mg contém lactose. Doentes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose, deficiência de Lapp ou mal-absorção glucose-galactose não devem tomar este medicamento.

4.4 Advertências e precauções especiais de utilização

O Atarax deve ser administrado com precaução nos doentes com potencial convulsivo aumentado.
As crianças de pequena idade são mais susceptíveis de desenvolver efeitos adversos relacionados com o sistema nervoso central (ver secção 4.8.). As convulsões foram reportadas com mais frequência nas crianças que nos adultos.
Devido à sua actividade anticolinérgica, o Atarax deverá ser utilizado com precaução em doentes com glaucoma, obstrução urinária, motilidade gastrointestinal diminuída, miastenia grave ou demência.
É necessário fazer um ajuste da dose do Atarax caso este seja administrado concomitantemente com outros medicamentos depressores do sistema nervoso central ou com medicamentos com actividade anticolinérgica (ver secção 4.5.).

O uso concomitante de álcool e Atarax deve ser evitado (ver secção 4.5.).
Administrar com precaução nos doentes com um factor predisponente conhecido para arritmia cardíaca, ou que estejam a ser tratados concomitantemente com medicamentos potencialmente arritmogénicos.
Nos idosos é aconselhável iniciar a terapêutica com metade da dose recomendada devido à acção prolongada do Atarax.
A dose do Atarax também deve ser reduzida nos doentes com disfunção hepática ou com insuficiência renal moderada ou grave (ver secção 4.2.).
O tratamento com Atarax deve ser interrompido 5 dias antes da realização de testes de alergia ou da prova de provocação brônquica com metacolina, para evitar que influencie os resultados dos testes.
Para doses superiores a 6,5 ml de Atarax, xarope, 2 mg/ ml, o teor de sacarose deve ser tomado em consideração em doentes com diabetes mellitus. A sacarose pode ser prejudicial para os dentes.

O Atarax, xarope, 2 mg/ ml contém uma pequena quantidade de etanol (0,1vol%; álcool). A concentração de álcool após administração de 100 ml de xarope (equivalente a 200 mg de hidroxizina) é de aproximadamente 100 mg, equivalente a 2 ml de cerveja ou 1 ml de vinho. Este facto deve ser tido em consideração em doentes com alcoolismo, em mulheres grávidas ou a amamentar, crianças, grupos de alto risco tais como doentes com doença hepática ou epilepsia.

4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
Deve ser considerada uma acção potenciadora do Atarax quando este for utilizado em conjunto com outros medicamentos com acção depressora do sistema nervoso central ou com propriedades anticolinérgicas, pelo que as doses devem ser reduzidas e individualizadas.

O álcool também potencia os efeitos do Atarax.
O Atarax antagoniza o efeito da betahistina e de medicamentos anticolinesterásicos.

Deve-se evitar a administração simultânea de Atarax e inibidores da monoamino-oxidase.

O Atarax contraria a acção hipertensora da adrenalina.
A administração de 600 mg de Cimetidina, duas vezes por dia, demonstrou aumentar as concentrações séricas da hidroxizina em 36% e diminuiu as concentrações pico, do metabolito cetirizina, em 20%.

O Atarax é um inibidor do citocromo P450 2 D6 (Ki: 3,9 |iM; 1,7 |ig/ml) e em doses elevadas pode causar interacções medicamentosas com substractos do CYP2D6.

O Atarax não tem um efeito inibitório, a 100 | M, sobre as isoformas 1A1 e 1A6 da UDP-glucoronil transferase nos microssomas hepáticos. Inibe o citocromo P450 2C9, 2C19 e isoforma 3A4 em concentrações nitidamente acima das concentrações plasmáticas pico (CI50: 103-140 | M; 46-52 | g/ml). Por conseguinte, é improvável que o Atarax diminua o metabolismo de medicamentos que sejam substratos destas enzimas.

O metabolito cetirizina, a 100| M, não tem efeito inibitório no citocromo P450 (1A2, 2A6, 2C9, 2C19, 2D6, 2E1 e 3A4) e nas isoformas da UDP-glucoronil transferase.
Dado que a hidroxizina é metabolizada pela álcool-desidrogenase e CYP3A4/5, pode-se verificar um aumento da sua concentração sanguínea sempre que for co-administrada com medicamentos que sejam inibidores potentes destas enzimas hepáticas.
Contudo, quando está inibida apenas uma via metabólica, a outra via pode compensar parcialmente.

4.6 Gravidez e aleitamento
Os estudos em animais demonstraram toxicidade na função reprodutora.
A hidroxizina atravessa a barreira placentária originando concentrações fetais superiores às maternas. Até à data não existem dados epidemiológicos relevantes disponíveis, relacionados com a exposição ao Atarax durante a gravidez.
Nos recém-nascidos cujas mães receberam Atarax no final da gravidez e/ou durante o trabalho de parto, foram observados os seguintes efeitos imediatamente ou algumas horas após o nascimento: hipotonia, disfunções do movimento incluindo sinais extra-piramidais, movimentos clónicos, depressão do SNC, situações de hipóxia neonatal ou retenção urinária.

Por conseguinte, o Atarax não deve ser usado durante a gravidez.

O Atarax está contra-indicado durante o aleitamento. Caso seja necessário utilizar o Atarax durante este período, deve-se interromper a amamentação.

4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas

O Atarax pode reduzir a capacidade de concentração e o tempo de reacção. Os doentes devem ser advertidos de forma a evitar conduzir ou operar máquinas perigosas.

O uso concomitante do Atarax com álcool, ou com outros medicamentos sedativos, deve ser evitado, pois agrava estes efeitos.

4.8 Efeitos indesejáveis

Os efeitos indesejáveis são principalmente relacionados com efeitos depressores do SNC ou com efeitos paradoxais de estimulação do SNC, com a actividade anticolinérgica ou com reacções de hipersensibilidade. Foram reportadas espontaneamente as seguintes reacções adversas (termos MedDRA):

Cardiopatias: taquicardia.

Afecções oculares: perturbações da acomodação, visão turva.
Doenças gastrointestinais: obstipação, xerostomia, náuseas, vómitos, alterações nos testes de função hepática.
Perturbações gerais e alterações no local de administração: fadiga, mal-estar, pirexia.

Doenças do sistema imunitário: choque anafilático, hipersensibilidade.
Doenças do sistema nervoso: convulsões, vertigens, discinésia, cefaleias, insónia, sedação, sonolência, tremores.
Perturbações do foro psiquiátrico: agitação, confusão, desorientação, alucinação, irritabilidade.
Doenças renais e urinárias: retenção urinária.
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino: broscospasmo.

Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneas: edema angioneurótico, dermatite, erupção medicamentosa fixa, prurido, exantema eritematoso, exantema máculo-papular, aumento da diaforese, urticária.
Vasculopatias: hipotensão.

4.9 Sobredosagem

Os sintomas observados após uma dose excessiva importante são associados maioritariamente com um efeito anticolinérgico excessivo, depressão do SNC ou estimulação paradoxal do SNC. Incluem náuseas, vómitos, taquicardia, febre, sonolência, diminuição do reflexo pupilar, tremores, confusão ou alucinações. Podem-se seguir depressão do nível de consciência, depressão respiratória, convulsões, hipotensão ou arritmia cardíaca. Pode seguir-se coma profundo e colapso cardio-respiratório.
As vias aéreas, a situação respiratória e circulatória devem ser monitorizadas com ECG contínuo e deve ser disponibilizado um adequado fornecimento de oxigénio. A monitorização cardíaca e da pressão sanguínea deve ser mantida até 24 h após o doente estar livre de sintomas. Caso os doentes apresentem estado mental alterado, deve-se investigar se ocorreu toma simultânea de outros medicamentos ou álcool e, caso seja necessário, deve-se administrar oxigénio, naloxona, glucose e tiamina.
A norepinefrina e o metaraminol devem ser utilizados caso seja necessário um vasopressor. A epinefrina não deve ser utilizada.

O xarope de ipecacuanha não deve ser administrado em doentes sintomáticos ou nos que rapidamente possam ficar obnubilados, em estado de coma ou entrar em convulsões, dado que pode conduzir a uma pneumonia por aspiração. Caso tenha ocorrido uma ingestão significativa pode ser realizada uma lavagem gástrica com entubação endotraqueal prévia. Pode administrar-se carvão activado embora sejam raros os dados que suportam a sua eficácia.
Existem dúvidas acerca do valor da utilização da hemodiálise e da hemoperfusão no tratamento da sobredosagem com Atarax.
Não existe antídoto específico.
Os dados da literatura indicam que, uma dose de ensaio terapêutico, de fisostigmina, pode ser útil na presença de efeitos anticolinérgicos não tratáveis, graves e com risco vital, que não respondem a outros agentes. A fisostigmina não deve ser utilizada para manter o doente vigil. Se foram co-administrados antidepressivos cíclicos, o uso de fisostigmina pode precipitar convulsões, paragem cardíaca irreversível. Deve-se também evitar a administração de fisostigmina em doentes com alterações da condução cardíaca.

5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS DO ATARAX
5.1 Propriedades farmacodinâmicas

Grupos farmacoterapêuticos: 2.9.1 – Ansiolíticos, sedativos e hipnóticos; 10.1.1 – Anti-histamínicos H1 sedativos. Código ATC: N05B B01

O Atarax é um agente psicoléptico e ansiolítico (ataráxico).

A substância activa, dicloridrato de hidroxizina, é um derivado do difenilmetano, quimicamente não relacionado com as fenotiazinas, reserpina, meprobamato ou benzodiazepinas.

Mecanismo de acção

O dicloridrato de hidroxizina não é um depressor cortical mas a sua acção poderá ser devida a uma supressão de actividade em certas regiões chave da área sub-cortical do sistema nervoso central.
Efeitos farmacodinâmicos

As actividades anti-histamínicas e broncodilatadoras foram demonstradas experimentalmente e confirmadas clinicamente. O efeito anti-emético foi demonstrado pelo teste da apomorfina e pelo teste do “Veriloid”. Os estudos farmacológicos e clínicos demonstram que a hidroxizina, em doses terapêuticas, não aumenta a secreção ou acidez gástrica e que na maioria dos casos tem uma actividade antisecretória ligeira. Foi demonstrada uma redução de pápulas e da máculas após a administração por via intradérmica, de histamina ou antigénios, a voluntários adultos saudáveis e a crianças. A hidroxizina também revelou a sua eficácia no alívio do prurido em várias formas de urticária, eczema e dermatite.
Na insuficiência hepática o efeito anti-histamínico de uma dose única pode ser prolongado até 96h após a toma.

Os registos do electroencefalograma (EEG) realizados em voluntários saudáveis demonstram um perfil ansiolítico-sedativo. O efeito ansiolítico foi confirmado em doentes através da utilização de vários testes psicométricos clássicos. Registos polisonográficos em doentes ansiosos e com insónia evidenciaram um aumento do tempo total de sono, uma redução do tempo total de despertar durante a noite e uma redução da latência ao sono, após uma dose única ou doses diárias repetidas de 50 mg. Foi demonstrada uma redução da tensão muscular, em doentes ansiosos, com doses diárias de 3 x 50 mg. Não foi observado défice de memória. Não se verificaram sinais nem sintomas de privação, em doentes com ansiedade, após 4 semanas de tratamento.
Início de acção:
O efeito anti-histamínico inicia-se aproximadamente 1 h após a administração das formas farmacêuticas orais.
O efeito sedativo observa-se aos 5-10 min após a administração do xarope e aos 30¬45 min após a administração dos comprimidos.
A hidroxizina possui também efeitos espasmolíticos e simpaticolíticos. Tem fraca afinidade para os receptores muscarínicos. A hidroxizina possui uma actividade analgésica ligeira.

5.2 Propriedades farmacocinéticas
Absorção

A hidroxizina é rapidamente absorvida no tracto gastrointestinal. A concentração plasmática pico (Cmáx) é atingida duas horas após a toma oral. Em adultos, após doses únicas orais de 25 mg e 50 mg, as Cmáx são 30 e 70 ng/ ml, respectivamente. A velocidade e extensão da exposição à hidroxizina é semelhante quer nos comprimidos quer no xarope. Após administração única diária repetida, as concentrações são aumentadas 30%. A biodisponibilidade oral da hidroxizina, relativamente à via intramuscular (IM) é de cerca de 80%. Após administração única de 50 mg IM a Cmáx é tipicamente 65 ng/ ml.
Distribuição
A hidroxizina distribui-se largamente por todo o organismo e geralmente concentra-se mais nos tecidos que no plasma. O volume aparente de distribuição, nos adultos, é de 7-16 l/ Kg. A hidroxizina penetra na pele após a administração oral. As concentrações na pele são superiores às concentrações séricas após administração única ou administração de doses múltiplas.
A hidroxizina atravessa a barreira hemato-encefálica e a barreira placentária originando maiores concentrações fetais que maternas.
Metabolização
A hidroxizina é extensivamente metabolizada. A formação do metabolito principal cetirizina, um metabolito ácido carboxílico (aproximadamente 45% da dose oral) é mediada pela álcool-desidrogenase. Este metabolito possui uma significativa actividade antagonista-H1 periférica. Os outros metabolitos identificados incluem um metabolito N-desalquilado e um metabolito O-desalquilado, com semi-vida plasmática de 59 h. Estas vias metabólicas são mediadas principalmente pela CYP3A4/5.
Eliminação
A semi-vida da hidroxizina nos adultos é de, aproximadamente, 14 horas (7-20h). A depuração corporal total aparente, calculada durante os estudos, é de 13 ml/ min/ Kg. Apenas 0,8% da dose é excretada inalterada na urina. O principal metabolito cetirizina é excretado inalterado na urina (25% da dose oral de hidroxizina).
Populações especiais
Doentes idosos:

A farmacocinética da hidroxizina foi investigada em 9 indivíduos idosos saudáveis
(69,5 ± 3,7 anos) após uma dose oral única de 0,7 mg/ Kg. A semi-vida de eliminação da hidroxizina prolongou-se por 29 h e o volume de distribuição aparente aumentou para 22,5 l/ Kg. Recomenda-se que a dose diária de hidroxizina seja reduzida nos doentes idosos (ver secção 4.2).

Doentes pediátricos:
A farmacocinética da hidroxizina foi avaliada em 12 doentes pediátricos (6,1 ± 4,6 anos; 22,0 ± 12,0 Kg) após uma dose oral única de 0,7 mg/ Kg. A depuração plasmática aparente foi aproximadamente 2,5 vezes a do adulto. A semi-vida foi mais curta que nos adultos, sendo de, aproximadamente, 4 h nos doentes com 1 ano e 11 h nos doentes com 14 anos. A dosagem deve ser ajustada na população pediátrica (ver secção 4.2).

Insuficiência hepática:
Em doentes com disfunção hepática secundária a cirrose biliar primária, a depuração corporal total foi de, aproximadamente, 66% da dos indivíduos normais. A semi-vida aumentou para 37 h e as concentrações séricas do metabolito carboxílico, cetirizina, foram superiores às dos doentes jovens, com função hepática normal. A dose diária e a frequência de administração deve ser reduzida nos doentes com insuficiência hepática (ver secção 4.2).
Insuficiência renal:
A farmacocinética da hidroxizina foi estudada em 8 indivíduos com insuficiência renal grave (Depuração da creatinina: 24 ± 7 ml/ min). A extensão da exposição (AUC) à hidroxizina não foi alterada de forma relevante, enquanto que a do metabolito carboxílico, cetirizina, aumentou. Este metabolito não é removido eficientemente por hemodiálise. A dose diária de hidroxizina deve ser reduzida nos doentes com insuficiência renal, de modo a evitar uma acumulação importante do metabolito cetirizina após administrações múltiplas de hidroxizina (ver secção 4.2).

5.3 Dados de segurança pré-clínica

Em estudos de toxicidade crónica, com administração da hidroxizina por via oral, o fármaco foi bem tolerado no rato e cão, em doses até 50 e 20 mg/kg/dia, respectivamente.
A hidroxizina demonstrou potencial teratogénico e embriotóxico, em roedores, em doses iguais ou superiores a 50 mg/kg/dia.
O fármaco não foi genotóxico no teste de Ames. Um estudo no linfoma do rato demonstrou aumento marginal de mutações de pequena magnitude na presença de S9 a > 15 |jg/ml. Este valor esteve próximo do nível máximo de toxicidade, para este estudo. Um estudo de indução de micronúcleos, em ratos, foi negativo. Dado que apenas foram registados efeitos marginais no estudo in vitro e o estudo in vivo deu resultado negativo, considera-se que a hidroxizina não é um mutagénio.
O potencial carcinogénico da hidroxizina não foi avaliado em estudos convencionais de carcinogenicidade. Não foi carcinogénico num modelo de ratinho recém-nascido. No coelho, a injecção intra-arterial de hidroxizina provocou lesões tecidulares importantes.
Contudo, a hidroxizina não é mutagénica e não tem sido associada com qualquer risco tumorogénico aumentado, desde há várias décadas de utilização clínica.
Em fibras de Purkinje de cão isoladas, a hidroxizina, a 3 x 10-6 M, aumentou duração do potencial de acção sugerindo que ocorreu uma interacção com os canais de potássio envolvidos na fase de repolarização.
A concentrações superiores, 3 x 10-5 M, ocorreu uma diminuição marcada do potencial de acção sugerindo uma interacção possível com o cálcio e/ou correntes iónicas. A hidroxizina produziu uma inibição da corrente de K+ {Ik(vr)} em células humanas de neuroblastoma em oócitos de Xenopus manipulados (transfected Xenopus oocytes) com uma CI50 de 10,7 | M, uma concentração muito acima das concentrações terapêuticas. Contudo, as concentrações de hidroxizina necessárias para produzir efeitos sobre a electrofisiologia cardíaca são de 10 a 100 vezes superiores às necessárias para bloquear os receptores H1 e 5-HT2. Em cães conscientes, monitorizados por telemetria, a hidroxizina (21mg/Kg po) aumentou ligeiramente a pressão arterial, frequência cardíaca e encurtou os intervalos QT e PR. Não ocorreram efeitos sobre os intervalos QRS e QTC, portanto, é improvável que a ocorrência de alterações ligeiras em doses terapêuticas normais sejam uma preocupação clínica.

6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS DO ATARAX
6.1 Lista dos excipientes

Comprimidos revestidos por película a 25 mg:
Núcleo: lactose, celulose microcristalina, sílica anidra coloidal, estearato de magnésio. Revestimento: Opadry Y-1-7000 (dióxido titânio, hidroxipropilmetilcelulose, macrogol
400).

Xarope a 2 mg/ ml: etanol, sacarose, benzoato de sódio, mentol, essência de avelã, água purificada.

6.2 Incompatibilidades
Não se aplica.

6.3 Prazo de validade
Atarax comprimidos revestidos por película: 5 anos
Atarax xarope: 3 anos

6.4 Precauções especiais de conservação

Não conservar acima de 25°C. Conservar na embalagem de origem.

6.5 Natureza e conteúdo do recipiente

Comprimidos revestidos por película:
Blister PVC/ Alumínio acondicionados em caixa de cartão.
Embalagens de 10 e 60 comprimidos.
Xarope:
Frasco de vidro neutro âmbar tipo III (Ph. Eur.) com fecho roscado, acondicionado em caixa de cartão.
Embalagem com frasco de 200 ml.

6.6 Instruções de utilização e manipulação

Não existem requisitos especiais.

7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

UCB Pharma (Produtos Farmacêuticos), Lda. Rua Gregório Lopes, 1597 -1°
1400-195 Lisboa

8. NÚMEROS DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

5475397- embalagem de 20 comprimidos revestidos por película a 25 mg 9641621 – embalagem de 60 comprimidos revestidos por película a 25 mg 9934604 – embalagem com frasco de 200 ml de xarope a 2 mg/ ml

9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Comprimidos revestidos por película: Data da AIM: 07-05-1986 Data da Revisão da AIM: 21-09-1998 Data da Renovação da AIM: 21-09-2003
Xarope:
Data da AIM: 10-08-1981
Data da Revisão da AIM: 21-09-1998
Renovação da autorização de introdução no mercado: 21-09-2003

10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO
Junho de 2005

Categorias
Donepezilo

CARACTERÍSTICAS DO ARICEPT bula do medicamento

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
ARICEPT

1 .DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO ARICEPT
ARICEPT comprimidos revestidos por película

2.COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA DO ARICEPT
Cada comprimido contém 10 mg de cloridrato de donepezilo, equivalente a 9,12 mg de donepezilo na
forma de base livre.
Excipientes:
Lactose 174,33 mg por comprimido revestido por película. Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.

3.FORMA FARMACÊUTICA DO ARICEPT
Comprimido revestido por película.
Comprimidos amarelos, de forma redonda e biconvexa, gravados com “ARICEPT” numa das faces e “10” na outra face.

4.INFORMAÇÕES CLÍNICAS DO ARICEPT
4.1 Indicações terapêuticas

ARICEPT comprimidos está indicado para o tratamento sintomático da doença de Alzheimer ligeira a moderadamente severa.

4.2 Posologia e modo de administração
Adultos/Idosos:

O tratamento é iniciado com 5 mg/dia (dose única diária). ARICEPT deve ser administrado por via oral, à noite, imediatamente antes de deitar. A dose de 5 mg/dia deve ser mantida pelo menos durante um mês a fim de permitir que as respostas clínicas iniciais ao tratamento sejam avaliadas e para que sejam alcançadas as concentrações de cloridrato de donepezilo do estado de equilíbrio. Após a avaliação clínica do tratamento com 5 mg/dia durante um mês, a dose de ARICEPT pode ser aumentada para 10 mg/dia (dose única diária). A dose diária máxima recomendada é de 10 mg. Doses superiores a 10 mg/dia não foram estudadas em ensaios clínicos.
O tratamento deve ser iniciado e monitorizado por um médico com experiência no diagnóstico e tratamento da demência de Alzheimer. O diagnóstico deve ser efectuado de acordo com as guidelines aceites (por exemplo, DSM IV, ICD 10). A terapêutica com donepezilo apenas deve ser iniciada se existir um prestador de cuidados de saúde disponível para monitorizar regularmente a toma do medicamento pelo doente. O tratamento de manutenção poderá ser continuado enquanto se mantiver o benefício terapêutico para o doente. Consequentemente, o benefício clínico de donepezilo deve ser reavaliado regularmente. A descontinuação deve ser considerada quando existir evidência de que o efeito terapêutico já não existe. A resposta individual ao donepezilo não pode ser prevista.
Após a descontinuação do tratamento, observa-se uma redução gradual dos efeitos benéficos do ARICEPT.
Insuficiência Renal e Hepática:
Pode ser adoptada uma posologia semelhante para doentes com insuficiência renal, uma vez que a depuração do cloridrato de donepezilo não é afectada por esta condição.
Em virtude do possível aumento de exposição em doentes com insuficiência hepática ligeira a moderada (ver secção 5.2), deverá ser prescrita uma escalada da dose de acordo com a tolerabilidade individual. Não há informação para doentes com insuficiência hepática severa.
Crianças:
Não é recomendada a utilização de ARICEPT em crianças.

4.3 Contra-indicações
ARICEPT está contra-indicado em doentes com hipersensibilidade conhecida ao cloridrato de donepezilo, derivados da piperidina, ou a qualquer dos excipientes utilizados na formulação.

4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
A utilização de ARICEPT em doentes com doença de Alzheimer grave, com outras formas de demência, ou com outros tipos de alterações de memória (ex: deterioração cognitiva relacionada com a idade), não foi avaliada.
Anestesia: ARICEPT, como inibidor da colinesterase, poderá potenciar o relaxamento muscular tipo succinilcolina, durante a anestesia.

Doenças Cardiovasculares:
Devido à sua acção farmacológica, os inibidores da colinesterase podem ter efeitos vagotónicos no ritmo cardíaco (ex: bradicardia). O potencial para esta acção pode ser particularmente importante nos doentes com doença do nódulo sinusal ou outras doenças de condução cardíaca supraventricular, tais como bloqueio sinoauricular ou auriculoventricular.
Têm havido relatos de síncope e de convulsões. No estudo desses doentes deve ser considerada a possibilidade de bloqueio cardíaco ou de pausas sinusais prolongadas.

Doenças gastrointestinais:
Doentes com risco elevado de desenvolvimento de úlceras, por ex., com história clínica de úlcera ou com medicação concomitante com anti-inflamatórios não esteróides (AINEs), devem ser monitorizados para pesquisa de sintomas. Contudo, os estudos clínicos com ARICEPT não evidenciaram aumento na incidência de úlcera péptica ou de hemorragia gastrointestinal, em relação ao placebo.
Tracto geniturinário: Embora não se tivessem observado nos ensaios clínicos com ARICEPT, os colinomiméticos podem provocar sintomas de obstrução urinária.

Doenças neurológicas: Convulsões:
crê-se que os colinomiméticos têm algum potencial para provocar convulsões generalizadas. Contudo, a actividade convulsiva pode ser uma manifestação da doença de Alzheimer.
Os colinomiméticos podem ter a capacidade de exacerbar ou induzir sintomas extrapiramidais.

Doenças pulmonares:
Devido à sua acção colinomimética, os inibidores da colinesterase devem ser prescritos com precaução aos doentes com história de asma ou doença pulmonar obstrutiva.
A administração de ARICEPT concomitantemente com outros inibidores da acetilcolinesterase, agonistas ou antagonistas do sistema colinérgico deve ser evitada.

Insuficiência hepática grave:
Não há informação para doentes com insuficiência hepática grave.
Este medicamento contém lactose. Os doentes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose, deficiência de lactase ou malabsorção de glucose-galactose não devem tomar este medicamento.

Mortalidade em ensaios clínicos na Demência Vascular
Foram realizados três ensaios clínicos, de 6 meses de duração, em indivíduos que cumpriam com os critérios NINDS-AIREN para provável ou possível demência vascular (DV). Os critérios NINDS-AIREN destinam-se à identificação de doentes cuja demência parece estar associada, apenas, a causas vasculares e a excluir doentes com doença de Alzheimer. No primeiro estudo, as taxas de mortalidade foram de 2/198 (1,0%) para o grupo com 5 mg de cloridrato de donepezilo, 5/206 (2,4%) para o grupo com 10 mg de cloridrato de donepezilo e 7/199 (3,5%) para o grupo placebo. No segundo estudo, as taxas de mortalidade foram de 4/208 (1,9%) para o grupo com 5 mg de cloridrato de donepezilo, 3/215 (1,4%) para o grupo com 10 mg de cloridrato de donepezilo e 1/193 (0,5%) para o grupo placebo. No terceiro estudo, as taxas de mortalidade foram de 11/648 (1,7%) para o grupo com 5 mg de cloridrato de donepezilo e 0/326 (0%) para o grupo placebo. A taxa de mortalidade para o conjunto dos três estudos de demência vascular, no grupo de cloridrato de donepezilo (1,7%), foi numericamente superior à do grupo placebo (1,1%). No entanto, esta diferença não foi estatisticamente significativa. A maioria das mortes em doentes a tomar cloridrato de donepezilo ou placebo parece resultar de várias causas vasculares, como pode ser esperado nesta população de idosos com doença vascular subjacente. A análise de todos os eventos vasculares graves, não fatais e fatais, demonstrou não existir diferença na taxa de ocorrência no grupo de cloridrato de donopezilo, relativamente ao grupo placebo.
No conjunto de estudos na doença de Alzheimer (n=4146), e na combinação destes com outros estudos na demência, incluindo estudos na demência vascular (n total = 6888), a taxa da mortalidade no grupo placebo excedeu, numericamente, a do grupo de cloridrato de donepezilo.

4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
O cloridrato de donepezilo e/ou qualquer dos seus metabolitos não inibem o metabolismo da teofilina, varfarina, cimetidina ou digoxina no ser humano. O metabolismo do cloridrato de donepezilo não é afectado pela administração simultânea de digoxina ou cimetidina. Estudos in vitro demonstraram que as isoenzimas do citocromo P450 3A4, e em menor extensão 2D6, estão envolvidas no metabolismo do donepezilo. Os estudos in vitro de interacção medicamentosa mostram que o cetoconazol e a quinidina, inibidores da CYP3A4 e 2D6, respectivamente, inibem o metabolismo do donepezilo. Consequentemente, estes e outros inibidores do CYP3A4, tais como o itraconazol e a eritromicina, e os inibidores do CYP2D6, tal como a fluoxetina, podem inibir o metabolismo do donepezilo. Num estudo com voluntários saudáveis, o cetoconazol aumentou as concentrações médias de donepezilo em cerca de 30%. Indutores enzimáticos, tais como a rifampicina, fenitoína, carbamazepina e o álcool, podem reduzir os níveis de donepezilo. Atendendo a que a magnitude do efeito inibidor ou indutor é desconhecida, a utilização de tais associações medicamentosas requer precaução. O cloridrato de donepezilo tem potencial para interferir com medicamentos com actividade anticolinérgica. Existe ainda potencial de actividade sinérgica com o tratamento concomitante envolvendo medicamentos tais como a succinilcolina, outros agentes bloqueadores neuro-musculares ou agonistas colinérgicos ou agentes beta-bloqueadores com efeitos na condução cardíaca.

4.6 Gravidez e aleitamento
Gravidez:

Não existem dados suficientes sobre a utilização de donepezilo na gravidez.
Estudos realizados em animais não demonstraram efeito teratogénico, mas mostraram toxicidade peri e pós-natal (ver secção 5.3 Dados de segurança pré-clínica). Desconhece-se o risco potencial para o ser humano.
Aricept não deverá ser utilizado na gravidez, a menos que tal seja claramente necessário.
Aleitamento:
O donepezilo é excretado no leite de rato. Desconhece-se se o cloridrato de donezepilo é excretado no leite humano e não existem estudos realizados em mulheres que amamentam. Deste modo, as mulheres medicadas com donepezilo não devem amamentar.

4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
O donepezilo tem um efeito mínimo ou moderado sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas.
A demência pode prejudicar a capacidade de condução ou comprometer a capacidade de utilizar máquinas. Além disso, o donepezilo pode induzir fadiga, tonturas e cãibras musculares, principalmente no início da terapêutica, ou aquando do aumento da dose. A capacidade dos doentes tratados com donepezilo continuarem a conduzir ou utilizar máquinas complexas, deverá ser avaliada por rotina pelo médico responsável.

4.8 Efeitos indesejáveis
Os eventos adversos mais frequentes são a diarreia, cãibras, fadiga, náuseas, vómitos e insónias. As reacções adversas relatadas em mais do que um caso isolado, estão listadas na tabela abaixo por classes de sistemas de órgãos e por frequência. A frequência está definida como: muito frequente £ 1/10), frequente £1/100, <1/10), pouco frequente £1/1000, <1/100), raros £1/10000, <1/1000), muito raros (<1/10000) e desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis).

Classes de Sistemas de Órgãos Muito frequentes Frequentes Pouco frequentes Raros
Infecções e infestações Constipação
Doenças do metabolismo e da nutrição Anorexia
Perturbações do foro psiquiátrico Alucinações ** Agitação** Comportamento agressivo**
Doenças do sistema nervoso Síncope* Tonturas Insónia Convulsões* Sintomas extrapiramidais
Cardiopatias Bradicardia Bloqueio
sinoauricular
Bloqueio
aurículoventricular
Doenças Gastrointestinais Diarreia Naúseas Vómitos
Perturbações
abdominais Hemorragia gastrointestinal Úlceras gástricas e duodenais
Afecções hepato-biliares Insuficiência hepática incluindo hepatite***
Afecções dos tecidos subcutâneos e subcutâneas Exantema Prurido
Afecções
musculosqueléticas e dos tecidos Cãibras musculares
conjuntivos
Doenças renais e urinárias Incontinência urinária
Perturbações gerais e alterações no local de administração Cefaleia Fadiga Dores
Exames
complementares de diagnóstico Aumentos mínimos nas concentrações séricas de creatina cinase muscular
Complicações de intervenções relacionadas com lesões e intoxicações Acidentes
* A possibilidade de bloqueio cardíaco ou pausas sinusais prolongadas deverá ser considerada em doentes onde foram investigadas situações de síncope e convulsões (ver secção 4.4)
** Notificações de alucinações, agitação e comportamento agressivo, resolveram-se com a redução da dose ou descontinuação do tratamento.
***Em casos de insuficiência hepática inexplicada, deve considerar-se a interrupção da terapêutica com ARICEPT.

4.9 Sobredosagem
A dose letal média estimada para o cloridrato de donepezilo após a administração de uma dose oral única em ratinhos e ratos é de 45 e 32 mg/kg, respectivamente, ou aproximadamente 225 e 160 vezes a dose máxima de 10 mg por dia recomendada no ser humano. Foram observados sinais de estimulação colinérgica, relacionados com a dose, em animais, tendo incluído redução dos movimentos espontâneos, posição em pronação, marcha cambaleante, lacrimejo, convulsões clónicas, depressão respiratória, salivação, miose, fasciculação e temperatura corporal mais baixa.
A sobredosagem com inibidores da colinesterase pode causar crise colinérgica caracterizada por náuseas acentuadas, vómitos, salivação, sudação, bradicardia, hipotensão, depressão respiratória, colapso e convulsões. O aumento da fraqueza muscular é uma possibilidade e pode causar a morte se os músculos respiratórios estiverem envolvidos.
Como em qualquer caso de sobredosagem, devem ser utilizadas medidas gerais de suporte. Podem ser utilizados anticolinérgicos de terceira geração, tais como a atropina, como antídotos na sobredosagem com ARICEPT. É recomendada a administração de sulfato de atropina por via intravenosa, doseada para o efeito: uma dose inicial de 1,0 a 2,0 mg IV e doses subsequentes baseadas na resposta clínica. Têm sido relatadas respostas atípicas na pressão arterial e no ritmo cardíaco com outros colinomiméticos quando administrados com anticolinérgicos de quarta geração, como o glicopirrolato. Não se sabe se o cloridrato de donepezilo e/ou os seus metabolitos podem ser eliminados por diálise (hemodiálise, diálise peritoneal ou hemofiltração).

5.PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS DO ARICEPT
5.1 Propriedades farmacodinâmicas

Grupo Farmacoterapêutico: 2.13.1 – Sistema Nervoso Central. Outros medicamentos com acção no Sistema Nervoso Central. Medicamentos utilizados no tratamento sintomático das alterações das funções cognitivas.
Código ATC: N06DA02.
O cloridrato de donepezilo é um inibidor específico e reversível da acetilcolinesterase, a colinesterase predominante no cérebro. O cloridrato de donepezilo, in vitro, é um inibidor desta enzima cerca de 1000 vezes mais potente do que a butiril-colinesterase, uma enzima presente principalmente fora do sistema nervoso central.
Doença de Alzheimer
Em doentes com doença de Alzheimer que participaram em ensaios clínicos, a administração de doses únicas diárias de 5 mg e 10 mg de ARICEPT produziu uma inibição em estado de equilíbrio da actividade da acetilcolinesterase (avaliada nas membranas eritrocitárias) de 63,6% e 77,3%, respectivamente, quando medidas após a administração. A inibição da acetilcolinesterase (AChE) produzida pelo cloridrato de donepezilo nos glóbulos vermelhos revelou-se correlacionada com alterações na ADAS-cog, uma escala sensível que avalia aspectos seleccionados da cognição. O potencial do cloridrato de donepezil em alterar o curso da neuropatologia subjacente não foi estudado. Por conseguinte, o ARICEPT não pode ser considerado como tendo qualquer efeito sobre a progressão da doença.
A eficácia do tratamento com ARICEPT foi avaliada em quatro ensaios clínicos controlados com placebo, 2 com duração de 6 meses e 2 com duração de 1 ano.
Nos ensaios clínicos de 6 meses foi efectuada uma análise aquando da conclusão do tratamento com donepezilo, utilizando uma associação de três critérios de eficácia: o ADAS-cog (avaliação do desempenho cognitivo), a Clinical Interview Based Impression of Change with Caregiver Input (uma medida da função global) e a subescala Activities of Daily Living da Clinical Dementia Rating Scale (avaliação das capacidades nos meios comunitários, domicílio, passatempos e cuidados pessoais).
Os doentes que satisfizeram os critérios apresentados abaixo foram considerados como doentes que respondem ao tratamento.
Resposta = Melhoria do ADAS-Cog em pelo menos 4 pontos Sem deterioração do CIBIC
Sem deterioração da Sub-escala Activities of Daily Living da Clinical Dementia Rating Scale

% de Resposta
População População
em intenção de tratar elegível
n = 365 n = 352
Grupo Placebo 10% 10%
Grupo ARICEPT 5 mg 18%* 18%*
Grupo ARICEPT 10 mg 21%* 22%**
* p < 0,05 ** p < 0,01
O ARICEPT provocou um aumento dose-dependente estatisticamente significativo na percentagem de doentes que foram considerados como doentes que respondem ao tratamento.

5.2 Propriedades farmacocinéticas
Absorção: Os níveis plasmáticos máximos foram obtidos aproximadamente 3 a 4 horas após a administração oral. As concentrações plasmáticas e a área sob a curva aumentam proporcionalmente com a dose. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 70 horas, pelo que a administração múltipla de
doses únicas diárias conduz a uma aproximação gradual do estado de equilíbrio. O estado de equilíbrio aproximado é alcançado em 3 semanas após o início da terapêutica. Quando é atingido o estado de equilíbrio, as concentrações plasmáticas de cloridrato de donepezilo e a respectiva actividade farmacodinâmica apresentam pouca variabilidade ao longo do dia. Os alimentos não afectaram a absorção do cloridrato de donepezilo.
Distribuição: Aproximadamente 95% do cloridrato de donepezilo liga-se às proteínas plasmáticas humanas. A ligação às proteínas plasmáticas do metabolito activo 6-O-desmetildonepezilo não é conhecida. A distribuição do cloridrato de donepezilo em vários tecidos do organismo não foi definitivamente estudada. Contudo, num estudo ajustado para a massa corporal realizado em voluntários saudáveis do sexo masculino, 240 horas após a administração de uma dose única de 5 mg de cloridrato de donepezilo marcado com 14C, não foi possível recuperar aproximadamente 28% do fármaco. Este facto sugere que o cloridrato de donepezilo e/ou seus metabolitos podem persistir no organismo durante mais de 10 dias.
Metabolismo/Excreção: O cloridrato de donepezilo é excretado na urina sob a forma inalterada e metabolizado pelo sistema do citocromo P-450 em múltiplos metabolitos, dos quais nem todos foram identificados. Após a administração de uma dose única de 5 mg de cloridrato de donepezilo marcado com 14C, a radioactividade plasmática, expressa em termos de percentagem da dose administrada, esteve presente primariamente sob a forma de cloridrato de donepezilo intacto (30%), 6-O-desmetil donepezilo (11% – o único metabolito que evidencia actividade semelhante ao cloridrato de donepezilo), donepezilo-cis-N-óxido (9%), 5-O-desmetil donepezilo (7%) e conjugado glucoronido de 5-O-desmetil donepezilo (3%). Aproximadamente 57% da radioactividade total administrada foi recuperada na urina (17% sob a forma de donepezilo inalterado) e 14,5% nas fezes, sugerindo a biotransformação e a excreção urinária como principais vias de eliminação. Não existe evidência que sugira circulação entero-hepática do cloridrato de donepezilo e/ou de qualquer dos seus metabolitos.
As concentrações plasmáticas do donepezilo declinam com uma semi-vida de aproximadamente 70 horas.
Factores como sexo, raça e tabagismo não têm influência clinicamente significativa nas concentrações plasmáticas do cloridrato de donepezilo. A farmacocinética do donepezilo não foi estudada formalmente em idosos saudáveis ou em doentes com doença de Alzheimer ou vascular. No entanto, os níveis plasmáticos médios em doentes revelaram-se de acordo com aqueles encontrados em voluntários jovens saudáveis.
Doentes com insuficiência hepática ligeira a moderada apresentaram concentrações de donepezilo aumentadas no estado de equilíbrio; AUC média de 48% e Cmáx. média de 39% (ver secção 4.2)

5.3 Dados de segurança pré-clínica
Ensaios extensos realizados em modelos animais demonstraram que este composto causa poucos efeitos para além dos efeitos farmacológicos desejados, o que está de acordo com a sua acção como estimulador colinérgico (ver secção 4.9). O donepezilo não é mutagénico em ensaios de mutação de células bacterianas e de mamíferos. Observaram-se alguns efeitos clastogénicos in vitro em concentrações claramente tóxicas para as células e cerca de 3000 vezes superiores às concentrações plasmáticas no estado de equilíbrio. Não se observaram efeitos clastogénicos ou outros efeitos genotóxicos nos modelos de micronúcleos do ratinho in vivo. Nos estudos de carcinogenicidade a longo prazo efectuados em ratos e ratinhos não houve evidência de potencial oncogénico.
O cloridrato de donepezilo não teve qualquer efeito na fertilidade em ratos e não foi teratogénico em ratos ou coelhos, mas manifestou um ligeiro efeito sobre os nados mortos e sobrevivência das crias recém-nascidas quando administrado em ratos-fémea grávidas, em doses 50 vezes superiores à dose utilizada no ser humano (ver secção 4.6).

6.INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS DO ARICEPT
6.1 Lista de excipientes
Núcleo:
Lactose mono-hidratada
Amido de milho
Celulose microcristalina
Hidroxipropilcelulose
Estearato de magnésio
Revestimento:
Talco
Macrogol
Hipromelose
Dióxido de titânio
Óxido de ferro amarelo (E172)
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.

6.3 Prazo de validade
3 anos.

6.4 Precauções especiais de conservação
Não conservar acima dos 30°C.

6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Frascos (HDPE) contendo 28, 30 e 100 comprimidos
Blisters (PVC/Alumínio):
Embalagens contendo 7, 28, 30, 50, 56, 60, 84, 98 ou 120 comprimidos. É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações. 6.6Precauções especiais de eliminação Não existem requisitos especiais.

7.TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Laboratórios Pfizer, Lda Lagoas Park, Edifício 10
2740-271 Porto Salvo

8.NÚMERO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
N.° de registo: 2574887 – 28 comprimidos revestidos, 10 mg, 2 blisters de PVC/Alumínio N.° de registo: 2574986 – 56 comprimidos revestidos, 10 mg, 4 blisters de PVC/Alumínio

9.DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO
NO MERCADO

Data da primeira autorização: 23 Outubro 1997 Data da última renovação: 08 Março 2007

10.DATA DA REVISÃO DO TEXTO
08-03-2007

Categorias
Piracetam

Nootropil bula do medicamento

Neste folheto:

1.  O que é NOOTROPIL e para que é utilizado

2.  Antes de tomar NOOTROPIL

3.  Como tomar NOOTROPIL

4.  Efeitos secundários NOOTROPIL

5.  Como conservar NOOTROPIL

6.  Outras informações

Nootropil

Nootropil 1,6 g pó para solução oral

Nootropil 1,2 g/6ml solução oral

Piracetam

Leia atentamente este folheto antes de tomar este medicamento. Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.

Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

1. O QUE É NOOTROPIL E PARA QUE É UTILIZADO

Tipo de actividade e Classificação farmacoterapêutica

Sistema nervoso central. Outros medicamentos com acção no sistema nervoso central. Medicamentos utilizados no tratamento sintomático das alterações das funções cognitivas.

Indicações terapêuticas

Tratamento do deficit cognitivo ligeiro associado à idade, cujos sintomas são perda de memória, perturbações da atenção e falta de energia.

2. ANTES DE TOMAR NOOTROPIL

Não tome NOOTROPIL

Se tem alergia (hipersensibilidade) à substância activa, o piracetam, a outros derivados da pirrolidona ou a qualquer outro componente de NOOTROPIL.

O piracetam é contra-indicado em doentes com hemorragia cerebral.

O piracetam é contra-indicado em doentes com Doença Renal Terminal.

O piracetam não deve ser usado em doentes que sofram de Coreia de Huntington.

Tome especial cuidado com NOOTROPIL

Devido ao efeito do piracetam na agregação plaquetária, recomenda-se precaução em doentes com perturbações da hemostase, grandes cirurgias ou hemorragias graves, subjacentes.

Dado que o piracetam é principalmente eliminado pelos rins, recomenda-se precaução nos doentes com insuficiência renal, nos quais se sugere, a par da vigilância clínica e laboratorial habitual, uma posologia adaptada ao valor da função renal (ver posologia).

Idosos

Em doentes com idade superior a 65 anos, a posologia deve ser adaptada em função da depuração da creatinina, de acordo com as instruções do médico (ver posologia).

Insuficiência renal

Em caso de insuficiência renal orgânica ou funcional, recomenda-se a adaptação da posologia (ver posologia).

Tomar NOOTROPIL com outros medicamentos

Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.

Durante o tratamento simultâneo com hormonas da tiróide foi reportada confusão, irritabilidade e distúrbios do sono.

Em doentes com trombose venosa recorrente, existem referências a uma possível interacção com fármacos anticoagulantes, como o acenocumarol.

A administração concomitante de piracetam e de fármacos antiepilépticos (carbamazepina, fenitoína, fenobarbitona, valproato) não modificou os níveis sanguíneos deste tipo de fármacos, em doentes epilépticos estabilizados.

Dado que o piracetam não inibe as principais isoformas do citocromo P450, é improvável a ocorrência de interacção metabólica de piracetam com outros fármacos.

Tomar NOOTROPIL com alimentos e bebidas

A ingestão concomitante de álcool e de piracetam não teve efeito sobre os níveis sanguíneos do piracetam.

Gravidez e aleitamento

Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.

Estudos realizados em animais não evidenciaram riscos para o feto, mas não se dispõe de estudos controlados em mulheres grávidas.

Uma vez que o piracetam atravessa a barreira placentária, não se deve administrar Nootropil durante a gravidez.

Visto que o Nootropil é segregado no leite materno não deve ser administrado durante o período de aleitamento.

Condução de veículos e utilização de máquinas

Atendendo aos efeitos adversos observados com o piracetam, é possível a existência de influência sobre a capacidade de conduzir ou utilizar máquinas, devendo a mesma ser tomada em consideração.

Informações importantes sobre alguns componentes de NOOTROPIL

Nootropil 1,2 g/6 ml solução oral contêm glicerol. Podem causar dor de cabeça, distúrbios no estômago e diarreia.

Nootropil 1,2 g/6 ml solução oral contêm metilparabeno (E 218) e propilparabeno (E 216) como conservantes. Podem causar reacções alérgicas (possivelmente retardadas).

Nootropil 1,6 g pó para solução oral contém sacarose. Se foi informado pelo seu médico que tem intolerância a alguns açúcares, contacte-o antes de tomar este medicamento.

Contém 6,149 g de sacarose por saqueta. Esta informação deve ser tida em consideração em doentes com diabetes mellitus.

Nootropil 1,6 g pó para solução oral contém tartrazina (E102). Pode causar reacções alérgicas.

3. COMO TOMAR NOOTROPIL

Tomar Nootropil sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.

Nootropil pode ser administrado com ou sem alimentos. O pó deverá ser dissolvido num líquido.

A dose diária recomendada varia de 2,4 g até 4,8 g, dividida em duas ou três sub-doses. Ajuste posológico em idosos

É recomendado o ajuste posológico em doentes idosos com função renal alterada (ver “Ajuste posológico em doentes com insuficiência renal” abaixo).

Para tratamentos prolongados em idosos, é necessário proceder-se à avaliação regular da depuração da creatinina, para permitir a adaptação da dose, se necessário.

Ajuste posológico em doentes com insuficiência renal

A dose diária deve ser individualizada de acordo com a função renal. Consultar a tabela seguinte e ajustar a dose, como indicado. Para utilizar esta tabela posológica, é necessária a determinação da depuração da creatinina (CLcr) dos doentes, em ml/min. A CLcr expressa em ml/min pode ser estimada a partir da determinação da creatinina sérica (mg/dl), utilizando a seguinte fórmula:

[140 – idade (anos)] x peso (kg)

CLcr =…………………………………………………….. (x0,85 para as mulheres)

72 x creatinina sérica (mg/dl)

Grupo Depuração da creatinina (ml/min) Posologia e frequência
Normal Ligeira >80 50-79 dose diária habitual, em 2-4 sub-doses 2/3 da dose diária habitual, em 2-3 sub-doses
1/3 da dose diária habitual, em 2 sub-
Moderada 30-49 doses
1/6 da dose diária habitual, em 1 toma
Grave única
contra-indicado
Doença Renal
Terminal

Ajuste posológico em doentes com insuficiência hepática

Não é necessário ajuste posológico em doentes com insuficiência hepática exclusiva. Em doentes com insuficiência hepática e renal, é recomendado o ajuste posológico (ver “Ajuste posológico em doentes com insuficiência renal” acima).

Indicação do momento mais favorável à administração do medicamento

Segundo critério médico.

Duração do tratamento médio

Salvo em certos casos agudos em que o efeito se manifesta quase imediatamente, a melhoria começa geralmente a manifestar-se a partir da terceira ou quarta semana de tratamento, estando descritos casos em que se manifesta apenas a partir da sexta semana.

Se tomar mais NOOTROPIL do que deveria Sintomas

Não foi relatado nenhum caso que apontasse para eventos adversos, especificamente relacionados com uma sobredosagem.

Tratamento da sobredosagem

Em caso de sobredosagem aguda e significativa, pode ser feita lavagem gástrica ou indução da emese. Não existe antídoto específico para a sobredosagem com piracetam. O tratamento para uma sobredosagem deverá ser sintomático e pode incluir hemodiálise. A eficiência da extracção do dializador é de 50 a 60% para o piracetam.

Em caso de sobredosagem acidental deve contactar imediatamente o médico ou dirigir-se a um hospital.

Caso se tenha esquecido de tomar NOOTROPIL

Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.

Tomar o medicamento logo que se lembre e informar o seu médico.

Se parar de tomar NOOTROPIL Segundo critério do médico assistente.

Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.

4. EFEITOS SECUNDÁRIOS NOOTROPIL

Como todos os medicamentos, NOOTROPIL pode ter efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.

Nos ensaios clínicos realizados com o piracetam, os efeitos indesejáveis descritos com maior frequência foram: hipercinésia, aumento de peso, nervosismo, sonolência, depressão e astenia. Dos dados obtidos após a comercialização do produto, foram ainda descritos os seguintes efeitos indesejáveis: vertigem, dor abdominal, diarreia, náusea e vómito, reacções alérgicas. A nível do sistema nervoso, foram descritas perturbações dos movimentos e do equilíbrio, agravamento da epilepsia, dores de cabeça, insónia. Foram também reportados casos de agitação, ansiedade, confusão e alucinação, edema angioneurótico, dermatite, prurido e urticária.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

5. COMO CONSERVAR NOOTROPIL

Nootropil 1,2 g/6 ml solução oral:

Não são necessárias precauções especiais de conservação.

6. OUTRAS INFORMAÇÕES

Qual a composição de NOOTROPIL

–  A substância activa é o piracetam

–  Os outros componentes são:

Nootropil 1,6 g pó para solução oral:

Sacarose; Sacarina sódica; Essência de limão; Tartrazina (E 102); Glicirrizinato de sódio.

Nootropil 1,2 g/6 ml solução oral:

Sacarina sódica; Glicerol; Acetato de sódio; Metilparabeno; Propilparabeno; Aroma de alperce; Aroma de caramelo; Ácido acético glacial; Água purificada

Qual o aspecto de NOOTROPIL e conteúdo da embalagem

NOOTROPIL, Embalagens de 20 saquetas a 1,6 g de piracetam.

NOOTROPIL, Embalagens de 20 e 30 ampolas de solução oral a 20% (1,2 g/6 ml) de piracetam.

TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Vedim Pharma (Produtos Químicos e Farmacêuticos), Lda. Rua Carlos Calisto, 4-B

1400-043 LISBOA

FABRICANTES

Nootropil 1,2 g/6 ml solução oral Nextpharma S.A.S 17, Route de Meulan Limay França

Comunique ao seu médico ou farmacêutico qualquer efeito indesejável que não conste neste folheto.

Verifique o prazo de validade inscrito na embalagem ou no recipiente.

Este folheto foi aprovado pela última vez em: 11-10-2007.