RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO – Macugen
1. NOME DO MEDICAMENTO
Macugen 0,3 mg solução injectável
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada seringa pré-cheia para dose única dispensa 1,65 mg de pegaptanib sódico, correspondente a 0,3
mg de oligonucleótido na forma de ácido livre, num volume nominal de 90 microlitros.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Solução injectável.
A solução é límpida e incolor.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Macugen está indicado no tratamento da degeneração macular relacionada com a idade (DMI)
neovascular (húmida) (ver secção 5.1).
4.2 Posologia e modo de administração
APENAS PARA USO INTRAVÍTREO.
O tratamento com Macugen é feito apenas por injecção intravítreal e deve ser administrado por
oftalmologistas com experiência em injecções intravítreas.
Macugen 0,3 mg deve ser administrado uma vez a cada 6 semanas (9 injecções por ano) por injecção
intravítrea no olho afectado.
Macugen deve ser examinado visualmente para detecção de partículas e descoloração, antes da
administração (ver secção 6.6).
Deve-se realizar a técnica de injecção sob condições assépticas, incluindo a desinfecção cirúrgica das
mãos, utilização de luvas estéreis, de bata estéril e de um espéculo estéril para a pálpebra (ou
equivalente) e a existência de condições para efectuar paracentese estéril (se necessário). Deve-se
avaliar cuidadosamente a história clínica do doente relativa a reacções de hipersensibilidade antes de
se realizar o procedimento intravítreo (ver secção 4.4). Antes da injecção deve-se administrar
anestesia adequada e um microbicida tópico de largo espectro.
Após a injecção, observaram-se aumentos transitórios da pressão intra-ocular em doentes tratados
com Macugen. Assim, a perfusão da cabeça do nervo óptico e a pressão intra-ocular deverão ser
monitorizadas. Adicionalmente, os doentes deverão também ser cuidadosamente monitorizados
relativamente à ocorrência de endoftalmite durante as duas semanas seguintes à injecção. Os doentes
devem ser instruídos para relatar imediatamente quaisquer sintomas sugestivos de endoftalmite (ver
secção 4.4).
Deve considerar-se a interrupção ou a descontinuação da terapêutica com Macugen se, após 2
injecções consecutivas, o doente não demonstrar benefício clínico (perda da acuidade visual inferior a
15 letras) na visita da 12ª semana.
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Grupos específicos de doentes:
Insuficiência hepática:
Macugen não foi estudado em doentes com insuficiência hepática.
No entanto, não são necessárias considerações especiais nesta população (ver secção 5.2).
Insuficiência renal:
Macugen não foi estudado adequadamente em doentes com depuração da creatinina < 20 ml/min. Não
são necessárias considerações especiais em doentes cuja depuração da creatinina é superior a 20
ml/min (ver secção 5.2).
Crianças e adolescentes:
Macugen não foi estudado em doentes com menos de 18 anos de idade. Assim, não se recomenda a
sua utilização em crianças e adolescentes.
Doentes idosos:
Não são necessárias considerações especiais.
Género:
Não são necessárias considerações especiais.
4.3 Contra-indicações
Infecção ocular ou periocular, activa ou suspeita.
Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer um dos excipientes.
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Tal como esperado com injecções intravítreas, pode-se observar um aumento transitório da pressão
intra-ocular. Por conseguinte, deve-se verificar a perfusão da cabeça do nervo óptico e monitorizar
adequadamente o aumento da pressão intra-ocular após injecção.
Poderão ocorrer hemorragias intravítreas imediatas (no dia da injecção) ou retardadas após a injecção
de pegaptanib.
Os procedimentos de injecção intravítrea estão associados a um risco de endoftalmite; nos ensaios
clínicos com Macugen, a incidência de endoftalmite foi de 0,1% por injecção.
Na experiência pós-comercialização observaram-se casos de reacções de anafilaxia/anafilactóides,
incluindo angioedema, algumas horas após o procedimento de administração intravítreo de
pegaptanib. Nestes casos, não se estabeleceu uma relação directa ao Macugen ou a qualquer dos
variados medicamentos administrados como parte da técnica de preparação da injecção, ou a outros
factores.
4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
Não se realizaram estudos de interacção medicamentosa com Macugen. O pegaptanib é metabolizado
pelas nucleases e, portanto, as interacções medicamentosas mediadas pelo citocromo P450 são
improváveis.
Dois estudos clínicos realizados numa fase inicial em doentes que receberam Macugen isoladamente e
em combinação com TFD (terapêutica fotodinâmica) não revelaram qualquer diferença aparente na
farmacocinética plasmática do pegaptanib.
4
4.6 Gravidez e aleitamento
O pegaptanib não foi estudado em mulheres grávidas. Os estudos em modelos animais são
insuficientes mas demonstram toxicidade reprodutiva quando os níveis de exposição sistémica ao
fármaco são elevados (ver secção 5.3). Desconhece-se o risco potencial para o ser humano. Espera-se
que a exposição sistémica ao pegaptanib seja muito baixa, após administração ocular. No entanto, o
Macugen apenas deverá ser utilizado durante a gravidez se o potencial benefício para a mãe justificar
o potencial risco para o feto.
Desconhece-se se Macugen é excretado no leite humano. Não se recomenda a administração de
Macugen durante o aleitamento.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Os doentes podem apresentar temporariamente visão turva, após administração de Macugen por
injecção intravítrea. Não devem conduzir nem utilizar máquinas até ao desaparecimento destes
sintomas.
4.8 Efeitos indesejáveis
Administrou-se Macugen a 892 doentes, em estudos controlados com duração de um ano (número
total de injecções = 7545, número médio de injecções/doente = 8,5), nas doses de 0,3, 1,0 e 3,0 mg.
Todas as três doses partilharam um perfil de segurança idêntico. Nos 295 doentes que foram expostos
à dose recomendada de 0,3 mg durante um ano (número total de injecções = 2478, número médio de
injecções/doente = 8,4), 84% dos mesmos experimentaram um acontecimento adverso atribuído pelo
investigador como estando relacionado com a técnica de injecção; 3% dos doentes experimentaram
um acontecimento adverso grave potencialmente relacionado com a técnica de injecção; e 1%
experimentaram um acontecimento adverso potencialmente relacionado com a técnica de injecção que
originou a interrupção ou descontinuação do tratamento em estudo. Vinte e sete por cento (27%) dos
doentes experimentaram um acontecimento adverso atribuído pelo investigador como estando
relacionado com o fármaco em estudo. Dois doentes (0,7%) experimentaram um acontecimento
adverso grave potencialmente relacionado com o fármaco em estudo. Um destes doentes sofreu um
aneurisma aórtico; o outro doente sofreu deslocamento da retina e hemorragia da retina, que levou à
interrupção do tratamento.
Os acontecimentos adversos oculares graves registados em doentes tratados com Macugen incluíram
endoftalmite (12 casos; 1%), hemorragia da retina (3 casos; <1%), hemorragia vítrea (2 casos, <1%) e
deslocamento da retina (4 casos, <1%).
Os dados de segurança abaixo descritos resumem todos os acontecimentos adversos potencialmente
relacionados com a técnica ou com o fármaco, nos 295 doentes no grupo de tratamento com 0,3 mg.
As reacções adversas estão listadas por classes de sistemas de órgãos e frequência (muito frequentes
(1/10), frequentes (1/100 e <1/10) e pouco frequentes (1/1000 e <1/100).
Perturbações do foro psiquiátrico
Pouco frequentes Pesadelos, depressão
Doenças do sistema nervoso
Frequentes Cefaleias
Afecções oculares
Estas reacções adversas oculares foram consideradas como potencialmente relacionadas com o
tratamento com Macugen (tanto com a técnica de injecção como com o Macugen), tendo a maioria
sido consideradas como relacionadas com a técnica de injecção.
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Muito frequentes Inflamação da câmara anterior, dor ocular, pressão intra-ocular
aumentada, queratite pontilhada, manchas flutuantes vítreas e opacidades
vítreas.
Frequentes Sensação anómala no olho, catarata, hemorragia da conjuntiva, hiperemia
conjuntival, edema conjuntival, conjuntivite, distrofia córnea, distúrbio
do epitélio córneo, afecção do epitélio córneo, edema córneo, olho seco,
endoftalmite, descarga ocular, inflamação ocular, irritação ocular, prurido
ocular, vermelhidão ocular, tumefacção ocular, edema da pálpebra,
lacrimação aumentada, degeneração macular, midríase, desconforto
ocular, hipertensão ocular, hematoma periorbital, fotofobia, fotopsia,
hemorragia da retina, visão turva, acuidade visual reduzida, perturbação
visual, descolamento do vítreo e afecção do vítreo.
Pouco frequentes Astenopia, blefarite, conjuntivite alérgica, depósitos córneos, hemorragia
ocular, prurido da pálpebra, queratite, hemorragia vítrea, reflexo pupilar
insuficiente, abrasão córnea, exsudados da retina, ptose da pálpebra,
cicatriz da retina, calázio, erosão córnea, pressão intra-ocular diminuída,
reacção no local de injecção, vesículas no local de injecção,
descolamento da retina, afecção da córnea, oclusão da artéria da retina,
ruptura da retina, ectrópio, distúrbios do movimento ocular, irritação da
pálpebra, hifaema, afecção pupilar, afecção da íris, icterícia ocular, uveíte
anterior, depósito ocular, irite, depressão do nervo óptico, deformação
pupilar, oclusão da veia da retina e prolapso do vítreo.
Afecções do ouvido e do labirinto
Pouco frequentes Surdez, agravamento da doença de Meniere, vertigem
Cardiopatias
Pouco frequentes Palpitações
Vasculopatias
Pouco frequentes Hipertensão, aneurisma aórtico
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
Frequentes Rinorreia
Pouco frequentes Nasofaringite
Doenças gastrointestinais
Pouco frequentes Vómitos, dispepsia
Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneas
Pouco frequentes Dermatite de contacto, eczema, alterações da coloração do cabelo,
erupção cutânea, prurido, suores nocturnos
Afecções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos
Pouco frequentes Dor no dorso
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Pouco frequentes Fadiga, rigidez, sensação de dor ao toque, dor no peito, sintomas gripais
Exames complementares de diagnóstico
Pouco frequentes Aumento da actividade da enzima gama-glutamiltransferase
Complicações de intervenções relacionadas com lesões e intoxicações
Pouco frequentes Abrasão
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Trezentos e setenta e quatro (374) doentes receberam tratamento contínuo até 2 anos com Macugen
(128 com 0,3 mg, 126 com 1 mg e 120 com 3 mg). Os dados totais de segurança foram consistentes
com os dados de segurança de 1 ano, não tendo surgido qualquer sinal de segurança novo. Nos 128
doentes que foram tratados com a dose recomendada de 0,3 mg até 2 anos (número total de injecções
no segundo ano =913, número médio de injecções no segundo ano = 6,9), não houve evidência de
aumento da frequência de eventos adversos, em relação ao observado durante o primeiro ano.
Experiência pós-comercialização: registaram-se casos raros de reacções de anafilaxia/anafilactóides,
incluindo angioedema, em doentes, algumas horas após a administração de pegaptanib e de vários
medicamentos que são administrados como parte da técnica de preparação da injecção (ver secções
4.2 e 4.4).
4.9 Sobredosagem
Não foram observados casos de sobredosagem com Macugen em ensaios clínicos.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: Outros medicamentos oftalmológicos; Código ATC: S01LA03.
O pegaptanib é um oligonucleótido peguilado modificado, que se liga com elevada especificidade e
afinidade ao Factor de Crescimento Endotelial Vascular extracelular (VEGF165), inibindo a sua
actividade. O VEGF é uma proteína secretada que induz a angiogénese, a permeabilidade vascular e a
inflamação; pensa-se que todas elas contribuem para a progressão da forma neovascular (húmida) da
DMI. O VEFG165 é a isoforma do VEFG preferencialmente envolvido na neurovascularização ocular
patológica. A inibição selectiva do pegaptanib em modelos animais demonstrou ser tão eficaz a
suprimir a neovascularização patológica como inibição pan-VEFG, no entanto, pegabtanib respeitou a
vasculatura normal, enquanto que a inibição pan-VEGF não o fez. As reduções observadas no
crescimento da dimensão total média da lesão, a dimensão de Neovascularização da Coroideia (NVC)
e a dimensão da perda de fluoresceína, foram demonstradas em doentes com DMI tratados com
Macugen.
O pegaptanib foi estudado em dois estudos controlados, com dupla ocultação, de desenho idêntico e
aleatorizados (EOP1003; EOP1004) em doentes com DMI neovascular. Um total de 1190 doentes foi
tratado (892 com Macugen, 298 com simulação da administração do fármaco (controlo)), sendo a
média de idades de 77 anos. Os doentes receberam, em média, 8,4-8,6 tratamentos de um número total
possível de 9, transversal a todos os braços do tratamento no primeiro ano.
Os doentes foram distribuídos aleatoriamente para receberem o controlo (simulação da administração
do fármaco) ou 0,3 mg, 1 mg, ou 3 mg de Macugen em injecções intravítreas a cada 6 semanas,
durante 48 semanas. Permitiu-se a utilização de terapia fotodinâmica com verteporfina (TFV), à
consideração dos investigadores, nos doentes com lesões predominantemente clássicas.
Os dois ensaios envolveram doentes com todos os sub-tipos de lesões de DMI neovascular (25%
predominantemente clássicas, 39% ocultas sem lesões clássicas e 36% minimamente clássicas), de
dimensões de lesão até áreas de 12 discos das quais mais de 50% poderiam estar comprometidas pela
existência de hemorragia subretinal e/ou, até 25%, pela existência de cicatrizes fibróticas ou danos
atróficos. Os doentes foram submetidos previamente a uma TDF e a acuidade visual basal estava
compreendida entre 20/40 e 20/320 no olho em estudo.
7
Ao fim de um ano, Macugen 0,3 mg demonstrou benefício terapêutico estatisticamente significativo
em relação ao endpoint primário de eficácia, proporção de doentes com perda da acuidade visual
inferior a 15 letras (análise de pool de dados pré-estabelecida, pegaptanib 0,3 mg 70% versus a
simulação da administração do fármaco 55%, p=0,0001; EOP 1003 pegaptanib a 0,3 mg 73% versus a
simulação da administração 59%, p= 0,0105; EOP 1004 pegaptanib a 0,3 mg 67% versus a simulação
da administração 52%, p=0,0031).
Alteração média na acuidade visual ao longo do tempo; Ano 1; ITT (LOCF)
-25
-20
-15
-10
-5
0
5
0 6 12 18 24 30 36 42 48 54
0.3 mg N=265
Sham N=272
Alteração da AV desde a semana 0 (em letras)
Ano 1
A
Semanas
Controlo N=272
N: número de doentes envolvidos
O pegaptanib a 0,3 mg apresentou benefício terapêutico independentemente do sub-tipo de lesão,
dimensão da lesão e acuidade visual iniciais, bem como da idade, sexo, pigmentação da íris e
utilização anterior e/ou no período inicial de TFV.
No final do primeiro ano (semana 54), 1053 doentes iniciais foram re-aleatorizados, por forma a
continuar ou a interromper o durante a semana 102.
Em média, os benefícios do tratamento mantiveram-se por 102 semanas com a manutenção da
acuidade visual dos doentes que foram re-aleatorizados para continuarem o tratamento com
pegaptanib. Os doentes que na re-aleatorização interromperam o tratamento com pegaptanib após um
ano, tiveram perdas da acuidade visual durante o segundo ano.
8
Resumo das alterações médias na acuidade visual relativamente aos valores basais
nas semanas 6, 12, 54 e 102 (LOCF)
EOP 1003 EOP 1004
0,3-0,3 0,3-
descontinuação
Controlocontrolo/
controlo+
descontinuação
0,3-0,3 0,3-
descontinuação
Controlocontrolo/
controlo+
descontinuação
N 67 66 54 66 66 53
Alteração
média na AV
Semana 6
-1,9 -0,0 -4,4 -1,9 -2,0 -3,4
Alteração
média na AV
Semana 12
-4,3 -2,0 -4,8 -2,8 -2,2 -4,7
Alteração
média na AV
Semana 54
-9,6 -4,3 -11,7 -8,0 -7,6 -15,6
Alteração
média na AV
Semana 102
-10,8 -9,7 -13,1 -8,0 -12,7 -21,1
Os dados do período de 2 anos indicam que o tratamento com Macugen deverá ser iniciado o mais
cedo possível. O potencial de visão do olho deverá ser considerado no início ou na continuação da
terapêutica com Macugen nos estadios mais avançados da doença.
A administração de Macugen simultaneamente em ambos os olhos não foi estudada.
A segurança e a eficácia de Macugen não foram estudadas em períodos superiores a 2 anos.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Absorção:
Em animais, pegaptanib é absorvido lentamente para a circulação sistémica a partir do olho, após
administração intravítrea. A velocidade de absorção a partir do olho é o passo limitante na
disponibilidade de pegaptanib em animais, e é provável que também o seja no ser humano. No ser
humano, a semi-vida plasmática aparente média ± desvio padrão de pegaptanib após uma dose
monocular de 3 mg (10 vezes a dose recomendada) é de 10 ± 4 dias.
A concentração plasmática média máxima de cerca de 80 ng/ml ocorre 1 a 4 dias após uma dose
monocular de 3 mg, no ser humano. Com esta dose, a área sob a curva da concentração plasmáticatempo
(AUC) média é cerca de 25 g.h/ml. Pegaptanib não se acumula no plasma quando
administrado por via intravítrea a cada 6 semanas. Com doses inferiores a 0,5 mg/olho, é improvável
que as concentrações plasmáticas de pegaptanib excedam os 10 ng/ml.
A biodisponibilidade absoluta de pegaptanib após administração intravítrea não foi avaliada no ser
humano, mas é aproximadamente 70-100% no coelho, no cão e no macaco.
Os modelos animais que receberam doses de pegaptanib até 0,5 mg/olho em ambos os olhos, as
concentrações plasmáticas atingiram 0,03% a 0,15% das registadas no humor vítreo.
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Distribuição/Metabolismo/Excreção:
Em ratinhos, ratos, coelhos, cães e macacos, pegaptanib distribui-se principalmente no volume
plasmático e não se distribui extensivamente nos tecidos periféricos após administração intravenosa.
Vinte e quatro horas após a administração intravítrea de uma dose de pegaptanib marcada
radioactivamente em ambos os olhos de coelhos, a radioactividade distribuiu-se principalmente no
humor vítreo, retina e humor aquoso. Após administrações intravítrea e intravenosa de pegaptanib
marcado radioactivamente em coelhos, as concentrações de radioactividade mais elevadas (excluindo
o olho para a dose intravítrea) foram obtidas no rim. Nos coelhos, detecta-se o componente
nucleótido, 2’-fluoruridina no plasma e na urina, após doses únicas intravenosas e intravítreas de
Macugen marcado radioactivamente. Pegaptanib é metabolizado pelas endo- e exonucleases. Nos
coelhos, pegaptanib é eliminado na sua forma inalterada e respectivos metabolitos, principalmente na
urina.
Populações especiais:
A farmacocinética do pegaptanib é semelhante em mulheres e homens com idades compreendidas
entre os 50 e os 90 anos.
O pegaptanib não foi adequadamente estudado nos doentes com a depuração de creatinina acima de
20 ml/min. A diminuição da depuração da creatinina para valores inferiores a 20 ml/min pode estar
associada com um aumento de até 2,3 vezes a AUC do pegaptanib. Não são necessários cuidados
especiais em doentes com níveis de depuração de creatinina acima de 20 ml/min e que foram tratados
com a dose recomendada de 0,3 mg de pegaptanib sódico.
Não se estudou a farmacocinética do pegaptanib em doentes com insuficiência hepática. Espera-se
que a exposição sistémica esteja incluída num intervalo bem tolerado em doentes com insuficiência
hepática, uma vez que uma dose 10 vezes superior (3 mg/olho) foi bem tolerada.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Os dados não-clínicos não revelaram riscos especiais para o ser humano, segundo estudos
convencionais de farmacologia de segurança, toxicidade de dose repetida e genotoxicidade. Não se
estudou o potencial carcinogénico do pegaptanib.
O pegaptanib não produziu toxicidade materna nem evidência de teratogenicidade ou mortalidade
fetal em ratinhos com doses intravenosas de 1 a 40 mg/kg/dia. Observou-se peso corporal reduzido
(5%) e atraso mínimo na ossificação nas falanges das patas dianteiras; apenas em níveis de exposição
baseados numa AUC cerca de 300 vezes superior à esperada em seres humanos. Assim, considera-se
que estes dados têm uma relevância clínica limitada. No grupo com 40 mg/kg/dia, as concentrações de
pegaptanib no líquido amniótico corresponderam a 0,05% dos níveis plasmáticos maternos. Não
existem estudos de toxicidade reprodutiva em coelhos.
Não existem dados disponíveis para avaliar os índices de acasalamento ou fertilidade masculinos e
femininos.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Cloreto de sódio
Fosfato monossódico mono-hidratado
Fosfato dissódico hepta-hidratado
Hidróxido de sódio
Ácido clorídrico
Água para preparações injectáveis.
10
6.2 Incompatibilidades
Na ausência de estudos de compatibilidade, este medicamento não deve ser misturado com outros
medicamentos.
6.3 Prazo de validade
18 meses.
6.4 Precauções especiais de conservação
Conservar no frigorífico (2ºC-8oC). Não congelar.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Macugen apresenta-se numa embalagem de dose única.
Cada embalagem contém uma bolsa acondicionada numa cartonagem contendo uma seringa pré-cheia
de vidro Tipo 1de 1 ml, selada com uma rolha de elastómero e uma haste do êmbolo pré-fixa, segura
por grampo de plástico. A seringa tem um adaptador de plástico de policarbonato pré-fixo
demoninado luer lock e a extremidade é selada com uma cápsula de fecho de elastómero A
embalagem é fornecida sem a agulha.
6.6 Precauções especiais de eliminação
Macugen destina-se apenas a uma utilização única. Não utilizar Macugen se a solução se apresentar
turva, se observarem partículas ou se houver evidência de danos na seringa ou se a seringa não tiver
um grampo de plástico ou se o mesmo não estiver fixo à seringa.
Antes da administração, a seringa deve ser removida do grampo de plástico e a cápsula de fecho
removida. Uma agulha de 27 ou 30 G x ½ polegadas deve ser adicionada ao adaptador luer lock, para
permitir a administração do medicamento.
A seringa deverá ser inspeccionada, direccionando a agulha para cima para identificar a presença de
bolhas. Se existirem bolhas, deverão aplicar-se pequenos toques com o dedo até que estas atinjam a
parte superior da seringa. Posteriormente, deverá empurrar-se suavemente o êmbolo para cima para
forçar a saída das bolhas. O êmbolo rolha não deve ser puxado para trás.
A parte final do êmbolo rolha (mais próxima da haste do êmbolo) não deve ser puxada para trás da
linha da dose, impressa na seringa. Imediatamente antes da administração, esta parte da rolha mais
próxima da haste do êmbolo deve ser alinhada com a linha da dose, de modo a assegurar que é
administrada a dose correcta. Nesta altura deverá ser injectado todo o conteúdo da seringa.
Macugen deve ser conservado no frigorífico. A solução a injectar deverá atingir a temperatura
ambiente antes da administração. Macugen deve ser rejeitado se for conservado à temperatura
ambiente durante mais de 2 semanas. De forma a prevenir a contaminação, a seringa de Macugen só
deve ser retirada da bolsa quando o doente estiver pronto para a injecção.
Os produtos não utilizados ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais.
11
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Pfizer Limited
Ramsgate Road
Sandwich, Kent
CT13 9NJ
Reino Unido
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/05/325/002
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
31/01/2006
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO
MM/YYYY
Informação pormenorizada sobre este medicamento está disponível na Internet no site da Agência
Europeia do Medicamento (EMEA) http://www.emea.europa.eu/
12
ANEXO II
A. TITULAR(ES) DE AUTORIZAÇÃO DE FABRICO
RESPONSÁVEL(EIS) PELA LIBERTAÇÃO DO LOTE
B. CONDIÇÕES DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO
MERCADO
13
A TITULAR(ES) DE AUTORIZAÇÃO DE FABRICO RESPONSÁVEL(IES) PELA
LIBERTAÇÃO DO LOTE
Nome e endereço do(s) fabricante(s) responsável(veis) pela libertação do lote
Pfizer Ireland Pharmaceuticals
Pottery Road
Dun Loghaire
Co Dublin
Ireland
B. CONDIÇÕES DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RELATIVAS AO FORNECIMENTO E UTILIZAÇÃO
IMPOSTAS AO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Medicamento de receita médica restrita, de utilização reservada a certos meios especializados (ver
anexo I: Resumo das Características do Medicamento, secção 4.2.)
CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RELATIVAS À UTILIZAÇÃO SEGURA E EFICAZ
DO MEDICAMENTO
O Titular da Autorização de Introdução no Mercado deve implementar nacionalmente, antes de
iniciar a comercialização, e tal como acordado com as autoridades competentes dos Estados
Membros:
Um plano educacional para médicos e técnicos de saúde, que se destina a minimizar o risco e
apoiar a utilização segura e eficaz do medicamento. Este plano deverá consistir de medidas
destinadas a minimizar os acontecimentos adversos associados ao procedimento de injecção
intravítrea (por exemplo, endoftalmite) através de educação adequada acerca de:
a) O procedimento intravítreo tal como foi realizado nos ensaios clínicos piloto
b) Técnicas estéreis para minimizar o risco de infecção
c) Utilização de antibióticos
d) Utilização de iodopovidona
e) Realização de limpeza das pálpebras
f) Utilização de anestésicos para assegurar o conforto do doente
g) Técnicas para a injecção intravítrea
h) Gerir a pressão intraocular (PIO)
i) Gerir a endoftalmite
j) Compreender os factores de risco envolvidos no desenvolvimento de endoftalmite
k) Reporte de acontecimentos adversos graves
Um plano educacional para doentes, que se destina a minimizar o risco e apoiar a utilização
segura e eficaz do medicamento. Este plano deverá consistir de medidas para fornecer
educação adequada acerca de:
l) Principais sinais e sintomas de acontecimentos adversos graves associados à técnica de injecção
intravítrea
m) Quando procurar assistência médica com urgência
14
OUTRAS CONDIÇÕES
Sistema de Farmacovigilância
O Titular da Autorização de Introdução no Mercado tem de assegurar que o sistema de
farmacovigilância, descrito na versão 2.0 incluída no Módulo 1.8.1 do pedido de Autorização de
Introdução no Mercado, está implementado e em funcionamento antes do início da comercialização
do medicamento, e durante o período em que o medicamento esteja a ser comercializado.
Plano de Gestão do risco
O Titular da Autorização de Introdução no Mercado comprometeu-se a realizar e monitorizar os
estudos que estão detalhados no plano de gestão de risco, que são parte do plano de
Farmacovigilância.
Adicionalmente, o Titular da Autorização de Introdução no Mercado comprometeu-se a fornecer uma
proposta de metodologia para avaliar a eficácia das medidas de minimização de risco na EU,
incluindo datas para essa avaliação. Esta proposta deve estar em linha com a norma orientadora sobre
Sistemas de Gestão de Risco para Medicamentos de uso Humano e deve ser submetida nos 30 dias
após a Decisão da Comissão.
15
ANEXO III
ROTULAGEM E FOLHETO INFORMATIVO
16
A. ROTULAGEM
17
INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO
Cartonagem
1. NOME DO MEDICAMENTO
Macugen 0,3 mg solução injectável
pegaptanib sódico
2. DESCRIÇÃO DA(S) SUBSTÂNCIA(S) ACTIVA(S)
Uma seringa pré-cheia de dose única dispensa 1,65 mg de pegaptanib sódico, correspondente a 0,3 mg
de ácido livre do oligonucleótido, num volume nominal de 90 microlitros.
3. LISTA DOS EXCIPIENTES
Cloreto de sódio, fosfato sódico monobásico mono-hidratado, fosfato sódico dibásico heptahidratado,
hidróxido de sódio, ácido clorídrico e água para preparações injectáveis.
4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO
Solução injectável, 90 μl.
Esta embalagem contém uma seringa pré-cheia, um êmbolo rolha e uma haste do êmbolo pré-fixa e é
fornecida sem agulha
5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO
Uso intravítreo. Leia o folheto informativo antes de utilizar.
6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO
FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO
8. PRAZO DE VALIDADE
VAL.:
9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO
Conservar no frigorífico. Não congelar.
18
10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO
UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE
APLICÁVEL
11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO
MERCADO
Pfizer Limited
Ramsgate Road
Sandwich, Kent
CT13 9NJ
Reino Unido
12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/05/325/002
13. NÚMERO DO LOTE
Lote:
14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO
Medicamento sujeito a receita médica.
15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO
16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE
A justificação para não incluir a informação em Braille foi aceite.
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INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE
ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO
Seringa pré-cheia
1. NOME DO MEDICAMENTO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO
Macugen 0,3 mg injectável
pegaptanib
2. MODO DE ADMINISTRAÇÃO
3. PRAZO DE VALIDADE
4. NÚMERO DO LOTE
5. CONTEÚDO EM DE PESO, VOLUME OU UNIDADE
90 l
6. OUTRAS
20
INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE
ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO
Bolsa que contém a seringa pré-cheia, um êmbolo rolha e a haste do êmbolo pré-fixa
1. NOME DO MEDICAMENTO
Macugen 0,3 mg solução injectável
pegaptanib sódico
Uso intravítreo.
2. MODO DE ADMINISTRAÇÃO
3. PRAZO DE VALIDADE
VAL.:
4. NÚMERO DO LOTE
Lote:
5. CONTEÚDO EM TERMOS DE PESO, VOLUME OU UNIDADE
90 μl
6. OUTRAS
A bolsa não deve ser aberta até o doente estar preparado para a injecção.
Pfizer
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B. FOLHETO INFORMATIVO
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FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Macugen 0,3 mg solução injectável
Pegaptanib sódico
Leia atentamente este folheto antes de iniciar o seu tratamento com Macugen.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
- Caso ainda tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico.
Neste folheto:
1. O que é Macugen e para que é utilizado
2. Antes de utilizar Macugen
3. Como é que a injecção intravítrea de Macugen é administrada
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Macugen
6. Outras informações
1. O QUE É MACUGEN E PARA QUE É UTILIZADO
Macugen é um medicamento oftálmico, o que significa que é apenas para tratamento do olho. É uma
solução injectável contida numa seringa pré-cheia de vidro. O seu médico administrar-lhe-á a
injecção.
Macugen é utilizado para o tratamento da forma húmida da degeneração macular relacionada com a
idade (DMI). Esta doença leva à perda de visão resultante da lesão na parte central da retina
(designada de mácula), na parte posterior do olho. A mácula proporciona ao olho a capacidade de
oferecer uma visão central nítida, que é necessária para actividades como conduzir veículos, ler
impressões de grande definição e outras tarefas semelhantes.
Na forma húmida da degeneração macular relacionada com a idade, desenvolvem-se vasos sanguíneos
anómalos, sob a retina e mácula. Estes novos vasos sanguíneos podem sangrar e derramar fluido,
causando uma saliência ou elevação da mácula, distorcendo ou destruindo a visão central. Nestas
circunstâncias, a perda de visão poderá ser rápida e grave. Macugen actua inibindo o desenvolvimento
destes vasos sanguíneos anómalos e detendo a hemorragia e o derrame. Macugen é utilizado para o
tratamento de todos os tipos de crescimento de vasos sanguíneos anómalos em doentes com
degeneração macular relacionada com a idade.
Cada embalagem de Macugen contém uma seringa pré-cheia, um êmbolo rolha de elastómero e uma
haste do êmbolo pré-fixa dentro de uma bolsa selada. A seringa pré-cheia apenas é utilizada uma vez,
sendo depois eliminada.
2. ANTES DE UTILIZAR MACUGEN
Não utilize Macugen:
Se tem hipersensibilidade (alergia) ao pegaptanib sódico ou a qualquer outro componente de
Macugen.
Se tem uma infecção dentro ou em volta do olho.
23
Tome especial cuidado com Macugen:
Por favor contacte o seu médico no caso de ser alérgico a qualquer substância.
Macugen é administrado através de uma injecção no olho. Pode ocorrer ocasionalmente uma infecção
na porção interna do olho após o tratamento com Macugen (nas duas semanas seguintes). É
importante identificar e tratar este tipo de infecções o mais rapidamente possível. Por favor contacte
imediatamente o seu médico, caso repare em algum dos seguintes sintomas: dor no olho ou aumento
do desconforto, agravamento da vermelhidão do olho, visão turva ou diminuída, aumento da
sensibilidade à luz, aumento do número de pequenas partículas na sua visão. No caso de não
conseguir contactar o seu médico por qualquer razão, deverá contactar imediatamente um médico
substituto.
Em alguns doentes pode ocorrer um aumento da pressão no interior do olho tratado durante um curto
período após a injecção. O seu médico pode monitorizar a pressão intra-ocular após cada injecção.
Utilizar Macugen com outros medicamentos:
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros
medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.
Gravidez:
Não há experiência de utilização de Macugen em mulheres grávidas; desta forma, desconhece-se o
potencial risco para o ser humano. Se está grávida ou planeia engravidar, por favor fale com o seu
médico antes de iniciar o tratamento com Macugen.
Aleitamento:
Desconhece-se se o Macugen é excretado no leite humano. Não se recomenda a administração de
Macugen durante o aleitamento. Aconselhe-se com o seu médico ou farmacêutico antes do tratamento
com Macugen.
Condução de veículos e utilização de máquinas:
Poderá sentir temporariamente a visão turva após a administração de Macugen. Neste caso, não
conduza nem utilize máquinas até ao desaparecimento dos sintomas.
3. COMO É QUE A INJECÇÃO INTRAVÍTREA DE MACUGEN É ADMINISTRADA
Todas as injecções de Macugen serão administradas pelo seu médico.
Macugen é administrado através de uma injecção única dentro do seu olho, de 6 em 6 semanas (isto é,
9 vezes por ano). A injecção é administrada no vítreo do olho, que é a substância gelatinosa que existe
no interior do olho. O seu médico irá monitorizar o seu estado e recomendar a duração do tratamento
com Macugen.
Antes de iniciar o tratamento, o seu médico poderá pedir-lhe para utilizar um colírio com antibiótico,
ou para lavar cuidadosamente os seus olhos. Por favor contacte o seu médico no caso de ser alérgico a
qualquer substância. Deverá seguir rigorosamente estas instruções.
Antes de administrar a injecção, o seu médico aplicar-lhe-á um anestésico local (medicamento que
provoca entorpecimento). Isto irá reduzir ou prevenir qualquer dor que possa vir a sentir com a
injecção, que é um procedimento rápido e simples.
Após cada injecção poder-lhe-á ser pedido para utilizar um colírio com antibiótico (ou outro tipo de
tratamento antibiótico) para prevenir uma infecção ocular.
Caso se tenha esquecido de comparecer a uma consulta:
Contacte o hospital ou clínica o mais rapidamente possível para remarcar a sua consulta.
24
4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSIVEIS
Como os demais medicamentos, Macugen pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se
manifestam em todas as pessoas. Os efeitos secundários registados mais frequentemente (que
ocorreram em mais de um em cada 10 doentes, em ensaios clínicos), foram, provavelmente, causados
pela técnica de injecção em vez de pelo medicamento, e incluíram: inflamação ocular, dor ocular,
aumento da pressão no interior do olho, pequenas marcas na superfície do olho (queratite pontuada),
pequenas partículas ou manchas na sua visão (manchas flutuantes ou opacidades vítreas). .
Ocasionalmente, pode ocorrer uma infecção na porção interna do olho durante duas semanas após o
tratamento com Macugen. Os sintomas que poderá vir a sentir estão descritos na secção 2 deste
folheto (“Tome especial cuidado com Macugen”). Por favor, leia a secção 2 que lhe dará informações
sobre como proceder se ocorrerem estes sintomas.
Registaram-se outros efeitos secundários frequentes no olho, possivelmente relacionados com o
medicamento ou com a técnica de injecção (ocorreram em mais que um de 100 doentes em ensaios
clínicos), nomeadamente: visão turva, distúrbios visuais, desconforto ocular, diminuição da visão,
aumento da sensibilidade à luz, aparecimento de luzes a piscar, hemorragia em torno do olho
(hemorragia periorbitária), olho vermelho (hemorragia conjuntival), distúrbio da parte interna
gelatinosa do olho (doença vítrea) tais como deslocamento ou lesão (deslocamento do corpo vítreo),
opacificação do cristalino (catarata), distúrbio da superfície do olho (córnea), inchaço ou inflamação
das pálpebras , inchaço da área interna da pálpebra ou da superfície externa do olho (conjuntiva),
inflamação ocular, lágrimas, inflamação da conjuntiva (conjuntivite), secura, descargas oculares,
irritação do olho, comichão no olho, olho vermelho ou dilatação da pupila.
Outros efeitos secundários frequentes não visuais, possivelmente relacionados com o medicamento ou
com a técnica de injecção (ocorreram em mais que um de 100 doentes em ensaios clínicos) incluíram:
dor de cabeça ou descarga nasal.
Os efeitos secundários oculares pouco frequentes, possivelmente relacionados com o medicamento ou
com a técnica de injecção, (ocorreram em menos que um em100 doentes mas mais que um em 1000
doentes em ensaios clínicos) incluíram: inflamação do olho ou da superfície externa do olho,
hemorragia no olho ou na parte interna do olho (corpo vítreo), lesão ocular, inflamação da parte
central da superfície do olho (queratite), pequenos depósitos no olho ou na superfície do olho
(córnea), depósitos na parte posterior do olho, comichão nas pálpebras, perturbações na reacção do
seu olho à luz (reflexo pupilar diminuído), pequena erosão na parte central da superfície do olho
(córnea), pálpebra descaída, cicatriz no interior do olho (cicatriz da retina), pequeno alto na pálpebra
devido a inflamação (calázio), diminuição da pressão no interior do olho, reacção no local de injecção,
vesículas no local de injecção, deslocação ou ruptura de uma camada na parte posterior do olho
(retina), afecção da pupila, da parte colorida do olho (íris), oclusão da artéria retinal, inversão da
pálpebra, alteração do movimento do olho, irritação da pálpebra, sangue no olho, olho descolorido,
depósito no olho, inflamação do olho (irite), formação de uma cavidade no nervo óptico, deformação
da pupila, oclusão da veia na parte posterior do olho, descarga do interior gelatinoso do olho.
Outros efeitos secundários pouco frequentes não visuais, relacionados com o medicamento ou com a
técnica de injecção (ocorreram em menos que um de 100 mas mais que um de 1000 doentes em
ensaios clínicos) incluíram: pesadelos, depressão, surdez, vertigem, palpitações, aumento da pressão
arterial, dilatação da aorta (o principal vaso sanguíneo), inflamação do tracto respiratório superior,
vómitos, indigestão, irritação e inflamação da pele, alterações da cor do cabelo, erupção cutânea,
suores nocturnos com comichão, dor nas costas, fadiga, tremuras, flacidez, dor no peito, febre súbita,
dor generalizada, aumento das enzimas hepáticas, abrasão.
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Em alguns casos raros registou-se uma reacção alérgica grave logo após a injecção. Por favor procure
ajuda médica imediata caso apresente os seguintes sintomas logo após a injecção: dificuldade súbita
em respirar ou sibilos, boca, face, mãos ou pés inchados, pele irritada, desmaio, pulso acelerado,
cãibras no estômago, náuseas, vómitos ou diarreia.
Caso detecte efeitos secundários não mencionados neste folheto informativo, informe o seu médico ou
farmacêutico.
5. COMO CONSERVAR MACUGEN
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Conservar no frigorífico (2ºC – 8C).
Não congelar.
Macugen deve ser rejeitado se for conservado à temperatura ambiente durante mais de 2 semanas.
Não utilize Macugen após expirar o prazo de validade indicado no rótulo e na cartonagem.
Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu
farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a
proteger o ambiente.
6. OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição de MACUGEN
- A substância activa é pegaptanib sódico. Cada seringa pré-cheia de dose única dispensa uma
dose de 0,3 mg de pegaptanib.
- Os outros componentes são cloreto de sódio, fosfato monossódico mono-hidratado, fosfato
dissódico hepta-hidratado, hidróxido de sódio, ácido clorídrico e água para preparações
injectáveis.
Qual o aspecto de MACUGEN e conteúdo da embalagem:
Macugen apresenta-se numa embalagem de dose única.
Cada embalagem contém uma bolsa acondicionada numa cartonagem contendo uma seringa pré-cheia
de vidro Tipo 1de 1 ml, selada com uma rolha de elastómero e uma haste do êmbolo pré-fixa, segura
por grampo de plástico. A seringa tem um adaptador de plástico de policarbonato pré-fixo
demoninado luer lock e a extremidade é selada com uma cápsula de fecho de elastómero. A
embalagem é fornecida sem a agulha.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Pfizer Limited
Ramsgate Road
Sandwich
CT13 9NJ
Reino Unido
Fabricante
Pfizer Ireland Pharmaceuticals
Pottery Road
Dun Loghaire
Co Dublin
Irlanda
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Para quaisquer informações sobre este medicamento, queira contactar o representante local do Titular
da Autorização de Introdução no Mercado.
België/Belgique/Belgien
Pfizer S.A. / N.V.
Tél/Tel: +32 (0)2 554 62 11
Luxembourg/Luxemburg
Pfizer S.A.
Tél/Tel: +32 (0)2 554 62 11
Пфайзер Люксембург САРЛ, Клон
България
Тел.: +359 2 970 4333
Magyarország
Pfizer Kft.
Tel. + 36 1 488 37 00
Česká republika
Pfizer s.r.o.
Tel: +420 283 004 111
Malta
V.J. Salomone Pharma Ltd.
Tel: + 356 21 22 01 74
Danmark
Pfizer ApS
Tlf: +45 44 20 11 00
Nederland
Pfizer bv
Tel: +31 (0)10 406 43 01
Deutschland
Pfizer Pharma GmbH
Tel: +49 (0) 30 550055 51000
Norge
Pfizer AS
Tlf: +47 67 52 61 00
Eesti
Pfizer Luxembourg SARL, Eesti filiaal
Tel: +372 6 405 328
Österreich
Pfizer Corporation Austria Ges.m.b.H.
Tel: +43 (0)1 521 15-0
Ελλάδα
Pfizer Hellas A.E.
Τλ: +30 210 678 5800
Polska
Pfizer Polska Sp. z o.o.,
Tel.: +48 22 335 61 00
España
Pfizer S.A.
Tel: +34 91 490 99 00
Portugal
Laboratórios Pfizer, Lda.
Tel: +351 21 423 5500
France
Pfizer
Tél: +33 (0)1 58 07 34 40
România
Pfizer Romania S.R.L.
Tel: +40 (0)21 207 2800
Ireland
Pfizer Healthcare Ireland
Tel: 1800 633 363 (toll free)
+44 (0)1304 616161
Slovenija
Pfizer Luxembourg SARL, Pfizer podružnica za
svestovanje s področja farmacevtske dejavnosti,
Ljubljana
Tel: + 386 (0)1 52 11 400
Ísland
Vistor hf
Sími: +354 535 7000
Slovenská republika
Pfizer Luxembourg SARL, organizačná zložka
Tel: +421-2-3355 5500
Italia
Pfizer Italia S.r.l.
Tel: +39 06 33 18 21
Suomi/Finland
Pfizer Oy
Puh./Tel: +358 (0)9 43 00 40
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Κύπρος
GEO. PAVLIDES & ARAOUZOS LTD,
Τηλ: +35722818087
Sverige
Pfizer AB
Tel: +46 (0)8 550 520 00
Latvija
Pfizer Luxembourg SARL, filiāle Latvijā
Tel: +371 670 35 775
United Kingdom
Pfizer Limited
Tel: +44 (0)1304 616161
Lietuva
Pfizer Luxembourg SARL, filialas Lietuvoje
Tel. +3705 2514000
Este folheto foi aprovado pela última vez em
Informação pormenorizada sobre este medicamento está disponível na Internet no site da Agência
Europeia de Medicamentos (EMEA) http://www.emea.europa.eu.