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aminoácidos Electrólitos

Nutriplasmal Aminoácidos + Electrólitos + Glucose + Lípidos bula do medicamento

Neste folheto:
1. O que é o Nutriplasmal e para que é utilizado
2. Antes de utilizar o Nutriplasmal
3. Como utilizar o Nutriplasmal
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar o Nutriplasmal
6. Outras informações


FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR

Nutriplasmal, emulsão para perfusão.

Leia atentamente este folheto informativo antes de utilizar o medicamento.
– Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico.
– Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-
lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
– Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundáriosnão mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

Neste folheto:

1. O QUE É O Nutriplasmal E PARA QUE É UTILIZADO
Grupo farmacoterapêutico: 11.2.3 Misturas de macronutrientes e micronutrientes
Código ATC: B05B ? Soluções I.V.

O Nutriplasmal pode ser utilizado nas seguintes situações:
O Nutriplasmal utiliza-se para alimentação parentérica total ou parcial em patologias que
conduzem a esta indicação, como por exemplo: coma, impossibilidade de deglutição,alterações no trânsito intestinal, fase pós-operatória ou pós-traumática com atoniagastrointestinal, digestão ou absorção insuficiente (por exemplo, como consequência de umainflamação intestinal, síndrome do intestino curto ou pancreatite), desnutrição por anorexianervosa, patologias malignas ou anorexia em gerontes.
A alimentação parentérica pode também estar indicada como forma de melhorar o estado
nutricional antes de uma intervenção cirúrgica ou como coadjuvante da quimioterapia ouradioterapia, para melhorar a tolerância a este tipo de abordagem terapêutica, assim comopara equilibrar as perdas de substâncias produzidas pela hemodiálise.
A relação aminoácidos/calorias proporcionada pelo Nutriplasmal garante um aproveitamento
anabólico suficiente da oferta de aminoácidos, inclusivamente em casos de catabolismo grave.
A sua formulação responde às exigências nutricionais através do aporte equilibrado de
nutrientes.
O Nutriplasmal permite o aporte combinado dos três macronutrientes principais:
aminoácidos, lípidos e glucose, cuja eficácia nutricional está comprovada pela bibliografiamédica e pelos ensaios clínicos realizados com esta especialidade farmacêutica.

2. ANTES DE UTILIZAR O Nutriplasmal

Não utilize o Nutriplasmal nos seguintes casos :

Se tem alergia (hipersensibilidade) às substâncias activas ou a qualquer dos componentes.
O Nutriplasmal contém óleo de soja (ver Composição qualitativa e quantitativa). Este

medicamento não deverá ser administrado a doentes alérgicos à soja ou ao amendoim.
As contra-indicações desta especialidade farmacêutica resultam das propriedades
fisiológicas dos componentes do Nutriplasmal. O Nutriplasmal está contra-indicado em casosde: alterações no metabolismo dos aminoácidos, insuficiência renal com valores de Azotoresidual aumentados, graves alterações na coagulação sanguínea, episódios trombo-
embólicos agudos, embolia gorda, colapso e choque, sépsis aguda com acidose e hipóxia,fase aguda do enfarte do miocárdio e apoplexia, gravidez.
Em caso de diabetes mellitus, o Nutriplasmal só deverá ser utilizado mediante estreita
vigilância dos valores de glicemia e mediante a administração de insulina, segundo asnecessidades do doente.
Em caso de acumulação de triglicéridos durante a perfusão, surgem as seguintes contra-
indicações: alterações no metabolismo dos lípidos, insuficiência hepática, patologias dosistema reticulo-endotelial e pancreatite.
As contra-indicações gerais de uma alimentação parentérica são: desidratação hipotónica,
hiperhidratação, hipocaliemia e hipernatremia, acidose de distinta etiologia, por exemplo,lactoacidose, cetoacidose devida a diabetes mellitus, insuficiência cardíaca declarada ecolestase intra-hepática.
Não se recomenda a utilização de Nutriplasmal em nutrição parentérica de lactentes e
crianças, dado que estes grupos etários apresentam necessidades específicas em nutrientes.

Tome especial cuidado com o Nutriplasmal:
Deverá fazer-se monitorização do equilíbrio hídrico e ácido-base, regularmente deverá ser
realizado um ionograma sérico e controlar a glicemia.
Tendo como base a prática clínica e a interpretação do ionograma sérico, poderá optar-se
pela administração de electrólitos adicionais, isto aplica-se especialmente no caso dosfosfatos, necessários para a metabolização dos substratos.
O bissulfito de sódio pode causar reacções de tipo alérgico, incluindo sintomas anafiláticos e
espasmo brônquico em indivíduos sensíveis, especialmente nos casos em que a históriaclínica refira asma ou alergias.
Antes de utilizar, agitar e só administrar se a emulsão estiver homogénea.
Não adicionar outros fármacos.

Utilizar o Nutriplasmal com outros medicamentos:
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente
outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.

A administração conjunta de alguns fármacos com o Nutriplasmal pode alterar a clearance,
distribuição e ligação a proteínas plasmáticas desses fármacos. Os estudos realizados indicamque existe um atraso no início do efeito farmacológico e um prolongamento do tempo de semi-
vida, com acumulação potencialmente tóxica. Isto acontece com os fármacos: clorpromazina,hidrocortisona, imipramina, propranolol e verapamil, entre outros fármacos.
Não se deve misturar o Nutriplasmal com outras soluções de perfusão, concentrados
electrolíticos ou fármacos, a não ser que esteja garantida a estabilidade da emulsão após asua adição. A administração de vasodilatadores, antiarrítmicos e antibióticos conjuntamentecom o Nutriplasmal pode alterar a estabilidade da emulsão.

Utilizar o Nutriplasmal com alimentos e bebidas
Não aplicável.

Gravidez e aleitamento
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
A administração de Nutriplasmal está contra-indicada durante a gravidez.

Durante o período de lactação deverá evitar-se a administração de Nutriplasmal, a menos que

seja absolutamente necessário, segundo critério médico.

Condução de veículos e utilização de máquinas
Não aplicável.

Informações importantes sobre alguns componentes de Nutriplasmal

O Nutriplasmal contém, como componentes:
Frasco de 1000 ml (emulsão de aminoácidos, glucose e lípidos)
Composição
por 100 ml
U s.a./excip

de solução
Oleato de sódio
0,006
g
excip.
Bissulfito de sódio
0,015
g
excip.
Ácido Cítrico
? 0,112
g excip.
monohidratado

Água para
qbp 100
ml
excip.
preparações
injectáveis

Notas:
s.a.:substância activa
excip:excipiente
U:unidades

O bissulfito de sódio pode causar reacções de tipo alérgico, incluindo sintomas anafiláticos e
espasmo brônquico em indivíduos sensíveis, especialmente nos casos em que a históriaclínica refira asma ou alergias.

3. COMO UTILIZAR O Nutriplasmal

Utilizar Nutriplasmal sempre de acordo com as instruções do médico. Fale com o seu médicoou farmacêutico se tiver dúvidas.

Na prática clínica as doses de Nutriplasmal a administrar, em função das necessidades dodoente, são as seguintes:
? 0,18-0,30 g de Azoto por kg de peso corporal e por dia.
? 2,5-6,0 mg de glucose por kg de peso corporal e por minuto.
? No máximo, 50% da energia não proteica é fornecida sob a forma de lípidos.
? Volume máximo de perfusão: 3 litros.

A dose máxima de Nutriplasmal é de 40 ml por kg de peso corporal e por dia e fornece:
? 0,23 g de Azoto por kg de peso corporal e por dia.
? 3,33 mg de glucose por kg de peso corporal e por minuto.
? 42% de kcal não proteicas sob a forma de lípidos.
? 141 kcal não proteicas por g de Azoto.

O volume máximo de Nutriplasmal a administrar é de:
?2000 ml para doentes com 50 kg de peso.

?2400 ml para doentes com 60 kg de peso.
?2800 ml para doentes com 70 kg de peso.
?Para doentes com 80 kg de peso, a dose máxima (3000 ml) deve ser de
37,5ml/kg de peso corporal, pelo que o aporte nutritivo nestes doentes será de 0,22g de Azoto por kg de peso corporal e por dia e de 3,22 mg de glucose por kg depeso corporal e por minuto, estes valores estão dentro dos aportes recomendados.

NORMAS PARA UMA CORRECTA ADMINISTRAÇÃO:
A perfusão deve iniciar-se a uma velocidade de gotejamento relativamente baixa (15-20
gotas/minuto). Ao fim de 10-15 minutos deverá aumentar-se a velocidade de perfusão para 30gotas/minuto, até um máximo de 40 gotas/minuto. Em doentes com carências nutricionais e emcrianças deverá adaptar-se a velocidade de gotejamento ao peso corporal.
Como regra geral, a duração máxima do tratamento não deverá ultrapassar as 4 semanas.
No entanto, este período de tempo pode ser alargado de acordo com as necessidadesindividuais.
Via de administração
Via intravenosa.
Instruções para a utilização
A solução polielectrolítica deve ser adicionada à emulsão no momento em que se vaiadministrar o Nutriplasmal.
Duração do tratamento médio
A duração média do tratamento é determinada através da avaliação do estado geral do doente.
É o médico quem decide quanto tempo deve durar o tratamento de acordo com asnecessidades nutricionais específicas desse doente.

Se utilizar mais Nutriplasmal do que deveria:
A sobredosagem com Nutriplasmal pode surgir como consequência de uma velocidade deperfusão demasiado elevada, podem surgir então os efeitos indesejáveis já mencionados e/ouperdas de hidratos de carbono e aminoácidos na urina.

Caso se tenha esquecido de utilizar Nutriplasmal

Não aplicável.

Se parar de utilizar Nutriplasmal:
Não aplicável.

Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou

farmacêutico.

4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS

Como os demais medicamentos, Nutriplasmal pode causar efeitos secundários em algumas
pessoas.

Tal como acontece com qualquer solução para perfusão que contenha lípidos, podem surgir
casos isolados das chamadas reacções agudas precoces, como sejam calafrios, ligeiradescida da temperatura corporal, cefaleias, dores retro-esternais, dificuldades respiratórias,sabor metálico ou náuseas. Sempre que surjam estes sintomas deverá interromper-se aperfusão até que eles desapareçam, depois poderá reiniciar-se a perfusão mas a umavelocidade mais lenta.
As chamadas reacções tardias que surgem após administração repetida de emulsões
lipídicas poderão ocorrer em casos isolados – Síndrome de sobrecarga. Este síndromeapresenta os seguintes sintomas: hepatomegalia com ou sem icterícia, esplenomegalia,alteração dos parâmetros da função hepática, anemia, leucopenia, trombopenia, tendência ahemorragias, alterações ou diminuição dos factores de coagulação do sangue.
As alterações no metabolismo lipídico, para as quais está contra-indicada a administração de
Nutriplasmal, podem ser facilmente identificadas por uma turvação lipídica do soro que semanifesta ao fim de 12 horas após terminar a perfusão. Nos doentes para os quais hajasuspeita de alterações do metabolismo lipídico, deveria despistar-se a possibilidade delipidemia em jejum, por exemplo da seguinte forma: recolher sangue em jejum e centrifugar a
1500 r.p.m.; se o sobrenadante (plasma) se apresentar turvo (leitoso), não se podemadministrar emulsões lipídicas. A repetição deste teste ao fim de 24 horas decidirá sobre aactuação terapêutica a seguir. Quando a administração de Nutriplasmal é diária deverá fazer-
se a monitorização dos triglicéridos plasmáticos.
Em nutrição parentérica, especialmente quando se administravam soluções nutritivas
concentradas, foram descritos casos de colestase intra-hepática com um aumento dabilirrubina e transaminases. Não se conhece a causa exacta destas alterações reversíveis dafunção hepática; se elas surgirem deverá reduzir-se a dose ou interromper-se a nutriçãoparentérica durante uns dias. Os valores da bilirrubina e das transaminases deverão serregularmente monitorizados.
Em casos de tolerância diminuída à glucose pode surgir hiperglicemia e eliminação de
glucose na urina. Geralmente, estes problemas podem evitar-se reduzindo a dose ouadministrando insulina.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários nãomencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

5. COMO CONSERVAR O Nutriplasmal

Conservar no frigorífico (2ºC e 8ºC), ao abrigo da luz. Não congelar.
Rejeitar se a emulsão não se apresentar límpida e o recipiente intacto.

Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Não utilizar o Nutriplasmal após o prazo de validade impresso no rótulo. O prazo de validadecorresponde ao último dia do mês indicado.

Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte aoseu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irãoajudar a proteger o ambiente.

6. OUTRAS INFORMAÇÕES

Qual a composição qualitativa e quantitativa do Nutriplasmal em substâncias activas:
Frasco de 1000 ml (emulsão de aminoácidos, glucose e lípidos)
Composição
por 100 ml
U s.a./excip

de solução
L-Isoleucina 0,220 g
s.a.
L-Leucina 0,386 g
s.a.
L-Lisina
0,269 g s.a.
monohidratada
L-Metionina 0,180 g
s.a.
L-Fenilalanina 0,220 g
s.a.
L-Treonina 0,176 g
s.a.
L-Triptofano 0,073 g
s.a.
L-Valina 0,210 g
s.a.
L-Arginina 0,080 g
s.a.
L-Histidina 0,080 g
s.a.
Glicina 0,483 g
s.a.
L-Alanina 0,830 g
s.a.
L-Prolina 0,390 g
s.a.
L-Asparagina
0,159 g
s.a.
monohidratada

L-Serina 0,106 g
s.a.
L-Tirosina 0,015 g
s.a.
N-Acetil-L-Tirosina 0,031 g
s.a.
Acetato de L-Ornitina
0,116 g s.a.
monohidratada
Glucose
13,20 g s.a.
monohidratada
Óleo de soja
1,90 g
s.a.
Triglicéridos de cadeia
1,90 g s.a.
média
? Ácido Caprílico
? Ácido Cáprico
Lecitina de ovo
0,228 g
s.a.

Frasco de 20 ml (solução polielectrolítica)
Substância por
20
ml
U
Cloreto de Sódio
2,046 g
Acetato de Potássio
2,944 g
Acetato de
0,322 g
Magnésio

tetrahidratado
Cloreto de zinco
0,010 g
Gluconato de Cálcio
0,785 g
monohidratado

Água para
qbp 20 ml
preparações
injectáveis

Notas:
s.a.:substância activa
excip:excipiente
U:unidades

Mistura (informação nutricional)
Azoto (N) total
5,81 g
Azoto (N) nos ?-
4,95 g/l
aminoácidos
AAE/AAT 0,47
Equivalência em Proteínas
36,31 g/l
Energia total
982,96 kcal/l
kcal não proteicas/g Azoto
141
Rel. kcal glucose/lípidos
58/42
Osmolaridade 1082
mOsm/l
pH aprox.
6,4-6,9

Os outros componentes são:

Frasco de 1000 ml (emulsão de aminoácidos, glucose e lípidos)
Composição
por 100 ml
U s.a./excip

de solução
Oleato de sódio
0,006
g
excip.
Bissulfito de sódio
0,015
g
excip.
Ácido Cítrico
? 0,112
g excip.
monohidratado

Água para
qbp 100
ml
excip.
preparações
injectáveis

Notas:
s.a.:substância activa
excip:excipiente
U:unidades

Ver secção 2. "Não utilize Nutriplasmal nos seguintes casos":

Qual o aspecto do Nutriplasmal e conteúdo da embalagem:

O Nutriplasmal apresenta-se numa caixa contendo um frasco de vidro de 1000 ml
(aminoácidos, glucose e lípidos) e uma ampola de polietileno de média densidade (soluçãopolielectrolítica); e caixa contendo 10 frascos de vidro de 1000 ml (aminoácidos, glucose e

lípidos) e 10 ampolas de polietileno de média densidade (solução polielectrolítica).

Titular da Autorização de Introdução no Mercado

B|Braun Medical Lda.
Queluz Park.
Est. Consiglieri Pedroso, 80.
Queluz de Baixo.
2730-053 Barcarena.

Para quaisquer informações sobre este medicamento, queira contactar o representante localdo titular da autorização de introdução no mercado.

Este folheto foi aprovado pela última vez em.

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Electrólitos vitamina

Soro Glucosado a 10% B.Braun Glucose bula do medicamento

Neste folheto:
1.O que é SORO GLUCOSADO a 10% B. BRAUN e para que é utilizado
2.Antes de utilizar SORO GLUCOSADO a 10% B. BRAUN
3.Como utilizar SORO GLUCOSADO a 10% B. BRAUN
4.Efeitos secundários possíveis
5.Como conservar SORO GLUCOSADO a 10% B. BRAUN
6.Outras informações

Folheto Informativo: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR

Leia atentamente este folheto informativo antes de utilizar o medicamento.
Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico.
Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento podeser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.

Neste folheto:

1.O QUE É SORO GLUCOSADO A 10% B. BRAUN E PARA QUE É UTILIZADO

Grupo farmacoterapêutico: 12.2.7- Correctivos da volémia e das alterações electrolíticas.
Correctivos das alterações helectrolítcias. Medicamentos captadores de iões.
Código ATC: B05BA03 ? Hidratos de carbono
Forma farmacêutica: solução para perfusão.

Apresentação: Frascos de polietileno de 250, 500 e 1000 ml; ampolas de polietileno de 10e 20 ml; sacos de plástico isentos de PVC de 100, 250, 500 e 1000 ml

SORO GLUCOSADO A 10% B. BRAUN está indicado para:
Fornecimento energético durante a nutrição parentérica periférica ou total.
Fornecimento de líquido durante a desidratação hipertónica.
Terapia da hipoglicemia.
Solução veículo para administrar medicação complementar.
Compensação de perdas aquosas com poucos electrólitos.
Como protector hepático.

2.ANTES DE UTILIZAR SORO GLUCOSADO A 10% B. BRAUN

Não utilize SORO GLUCOSADO A 10% B. BRAUN nos seguintes casos :
Hipersensibilidade à substância activa (glucose)
Desidratação hipotónica
Hiperhidratação
Hipocaliemia na ausência de terapia de substituição
Hiperglicemia não controlável com doses de insulina até 6 unidades por hora
Diabetes Mellitus descompensada, coma diabético

Diabetes Insipidus não sujeita a terapia
Anúria, na ausência de terapia de substituição renal
Hemorragia intracraniana ou intraespinal
Delirium tremens se o doente já se encontrar desidratado
Acidose

Tome especial cuidado com SORO GLUCOSADO A 10% B. BRAUN:
A administração de soluções de glucose não é recomendada após enfarte agudo domiocárdio, uma vez que está associada a um agravamento das lesões cerebrais isquémicase a redução da recuperação.
As soluções contendo glucose devem ser utilizadas com precaução em doentes comdiabetes mellitus subclínica, manifesta ou conhecida, ou com intolerância aos hidratos decarbono qualquer que seja o motivo.
Esta solução deve ser utilizada com precaução em doentes com hipervolemia,insuficiência renal e descompensação cardíaca manifesta ou limitativa.
A solução deve também ser administrada com precaução em doentes comhiperosmolaridade sérica.
Alterações do metabolismo (ex: pós-operatório ou situações pós-traumáticas, hipoxia,insuficiência de órgãos), provocam diminuição do metabolismo oxidativo da glucose epodem conduzir a acidose metabólica.
Estados hiperglicémicos devem ser adequadamente monitorizados e tratados cominsulina. A administração de insulina provoca um deslocamento do potássio para o meiointracelular, podendo aumentar ou causar hipocaliemia.
Após descontinuação súbita da perfusão de soluções de glucose realizada a elevadavelocidade, pode ocorrer hipoglicemia grave devido às elevadas concentrações séricas deinsulina que daí advêm. Esta situação é particularmente susceptível de ocorrer emcrianças com menos de 2 anos de idade, doentes com diabetes mellitus e doentes comestados patológicos em que a homeostase da glucose está alterada. A perfusão de glucosedeve ser gradualmente reduzida nos últimos 30-60 minutos de perfusão. Por precaução,recomenda-se que no primeiro dia após descontinuação abrupta da nutrição parentérica,cada doente seja monitorizado durante 30 minutos para detecção de hipoglicemia.
A monitorização clínica deve incluir glicemia, equilíbrio hidroelectrolítico e equilíbrio
ácido-base no geral. A frequência e tipo de exames laboratoriais depende do estado geraldo doente, da situação metabólica e da dose administrada. Deve também ser monitorizadoo volume total e a quantidade de glucose administrada.
O aporte excessivo em doentes malnutridos ou com estados de depleção pode causarhipocaliemia, hipofosfatemia e hipomagnesiemia. De acordo com o desvio aos valoresnormais, assim será necessário um suplemento electrolítico adequado.
Deve prestar-se particular atenção ao estado de hipocaliemia, pelo que o suplemento depotássio é absolutamente mandatório.
Os electrólitos e as vitaminas devem ser fornecidos conforme a necessidade. A vitamina
B, especialmente a tiamina, é necessária para o metabolismo da glucose.
As soluções de glucose para perfusão não devem administrar-se no mesmo equipamentode perfusão onde se administra o sangue, quer seja antes, durante ou depois da suaadministração, devido à possibilidade de pseudo-aglutinação.

Utilizar SORO GLUCOSADO A 10% B. BRAUN com outros medicamentos:
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentementeoutros medicamentos, incluindo medicamentos sem receita médica.
A compatibilidade desta solução com qualquer aditivo deve ser comprovada antes da suautilização na prática clínica.
Devido ao seu pH ácido, a solução pode ser incompatível com outros medicamentos.

Utilizar SORO GLUCOSADO A 10% B. BRAUN com alimentos e bebidas
Não aplicável.

Gravidez e aleitamento
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Para as soluções de glucose a 10% para perfusão, não estão disponíveis estudos clínicosenglobado mulheres grávidas. Os estudos com animais não indicam efeitos adversosdirectos ou indirectos no que respeita à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal,parto ou desenvolvimento pós-natal.
No entanto, a utilização em mulheres grávidas ou a amamentar deve ser feita comprecaução, sendo necessária uma monitorização atenta da glicemia.

Condução de veículos e utilização de máquinas
Não aplicável.

Informações importantes sobre alguns componentes de SORO GLUCOSADO A 10% B.
BRAUN
SORO GLUCOSADO A 10% B. BRAUN contém água para preparações injectáveis

3.COMO UTILIZAR SORO GLUCOSADO A 10% B. BRAUN

Utilizar SORO GLUCOSADO A 10% B. BRAUN sempre de acordo com as instruçõesdo médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
A dose é determinada por vários factores como a idade, peso, alimentação, condiçõesclínicas do doente, e pode ser alterada segundo critério médico. As doses mais habituaissão as seguintes:
Adultos:De acordo com os requisitos individuais, até 30 ml/Kg de peso corporal e dia,com uma velocidade de infusão até 60 gotas/minuto (180 ml/hora).
Pediatria:
1º ano de vida: 8 -15 g de dextrose/Kg de peso corporal e dia.
2º ano de vida: 12 – 15 g de dextrose/Kg de peso corporal e dia.
3 – 5 anos: 12 g de dextrose/Kg de peso corporal e dia.
Velocidade de infusão: até 120 gotas/Kg de peso corporal e hora.

Via e modo de administração
Via intravenosa
A solução deve ser administrada por perfusão intravenosa.

A solução pode ser administrada perifericamente. No entanto, se se utilizar SORO
GLUCOSADO a 10% B. BRAUN como solução veículo, a administração periféricadependerá das características da mistura preparada.

4.INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO E MANIPULAÇÃO

Manipular o produto em condições de assepsia.
Rejeitar a solução caso se apresente turva ou com sedimento ou se o recipiente nãoestiver intacto.
Rejeitar qualquer volume residual da solução.
Não utilizar após expirar o prazo de validade indicado no rótulo.

Se utilizar mais SORO GLUCOSADO A 10% B. BRAUN do que deveria:
Sintomas:
A sobredosagem pode provocar hiperglicemia, glicosuria, hiperosmolaridade sérica,possivelmente conduzindo a coma hiperglicémico e hiperosmótico, hipehidratação ealterações hidroelectrolíticas.
Tratamento de emergência e antídotos
As perturbações mencionadas anteriormente podem ser corrigidas pela redução do aportede glucose, administração de insulina e/ou suplemento adequado de electrólitos.

Caso se tenha esquecido de utilizar SORO GLUCOSADO A 10% B. BRAUN
Não aplicável.

SE PARAR DE UTILIZAR SORO GLUCOSADO A 10% B. BRAUN:
Não aplicável.

5.EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS

Como os demais medicamentos, SORO GLUCOSADO A 10% B. BRAUN pode terefeitos secundários. No entanto, não existem efeitos indesejáveis associados ao uso de
SORO GLUCOSADO a 10% B. BRAUN desde que a administração se faça de acordocom as orientações descritas.
Podem ocorrer os seguintes efeitos indesejáveis embora não estejam directamenterelacionados com o produto mas com as condições de administração, perturbaçõessubjacentes ou terapêuticas concomitantes:
Hipocaliemia possivelmente relacionada com terapêutica com insulina. A hipocaliemia,hipomagnesiemia e hipofosfatemia podem também ser causadas por um aporte excessivode glucose particularmente em doentes mal nutridos.
A descontinuação abrupta e/ou administração de insulina podem causar hipoglicemia porretorno, especialmente em doentes com tolerância à glucose alterada.
Se ocorrerem sinais de irritação venosa, flebite ou tromboflebite durante a perfusãovenosa periférica, deve considerar-se a mudança do local de perfusão.

Caso detecte efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médicoou farmacêutico

COMO CONSERVAR SORO SORO GLUCOSADO A 10% B. BRAUN
Não conservar acima de 25 °C.
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Rejeitar a solução caso se apresente turva ou com sedimento ou se o recipiente nãoestiver intacto.
Rejeitar qualquer volume residual da solução.
Não utilizar após expirar o prazo de validade indicado no rótulo.

6.OUTRAS INFORMAÇÕES

Composição qualitativa e quantitativa em substâncias activas
Glucose
100,0 g
(equivalente em glucose monohidratada
110,0 g)

Titular da Autorização de Introdução no Mercado
B|Braun Medical Lda.
Queluz Park.
Est. Consiglieri Pedroso, 80.
Queluz de Baixo.
2730-053 Barcarena.
Para quaisquer informações sobre este medicamento, queira contactar o representantelocal do titular da autorização de introdução no mercado.

A informação que se segue destina-se apenas aos médicos e aos profissionais doscuidados de sáude

INSTRUÇÕES DE USO PARA SACO

1. Preparação da embalagem

1) Verifique se o saco e os protectores das portas de entrada estão intactos.
Certifique-se de que a solução se encontra límpida e sem alterações da coloração.
Abra a porta de entrada removendo o protector correspondente, por torção:

( ~ para sistema de perfusão)
( ~ para administração de aditivos)

Nota:
Após remoção do protector, a respectiva porta de entrada encontra-se estéril. Conecte osistema de perfusão imediatamente após a abertura. A porta de entrada deve serdesinfectada se o protector tiver sido removido antes do momento de utilização.

2. Perfusão por gravidade

2) Utilize sistemas de perfusão sem arejador (ou mantenha-o fechado).
Feche o clamp do sistema. Insira totalmente o "spike" do sistema de perfusão narespectiva porta de entrada.
3) Encha a câmara de gotejo até meio. Encha o sistema de perfusão com a solução,retirando assim todo o ar existente.
4) Remova o protector da extremidade do tubo de perfusão. Conecte o sistema deperfusão ao doente. Inicie a perfusão com o arejador fechado.

3. Perfusão sob pressão

5) Introduza o sistema de perfusão (utilize apenas sistemas resistentes à pressão).
Inverta a embalagem com o sistema de perfusão inserido.
Mantendo o clamp aberto, remova todo o ar existente no saco e encha a câmara de gotejoaté meio. Feche o clamp.
6) Introduza o saco na manga de pressão. Aplique pressão ao saco.
Abra o clamp e inicie a perfusão sob pressão.

4. Adição de fármacos com seringa
7) Abra a porta de administração de aditivos retirando o protector correspondente.
A porta de entrada após remoção do protector é estéril.
Adicione os fármacos (atenção às possíveis incompatibilidades).
Agite a embalagem para misturar eficazmente os fármacos adicionados.

5. Adição de fármacos com dispositivo de transferência
8) Abra o frasco do fármaco. Desinfecte o local de injecção do frasco.
Para adição de fármacos em pó, adapte correctamente, e em primeiro lugar, o dispositivode transferência ao frasco.

9) Abra a porta de administração de aditivos removendo o protector correspondente.
A porta de administração após remoção do protector é estéril.
Adapte firmemente o conjunto dispositivo de transferência/frasco à porta de adição.

10) Transfira solução para o frasco do fármaco pressionando repetidamente o saco
(atenção a possíveis incompatibilidades).
Agite o frasco do fármaco suavemente até que o conteúdo esteja completamentedissolvido.
Tenha cuidado durante a agitação; o saco, o dispositivo de transferência e o frasco damedicação estão conectados.

11) Segure no saco, no dispositivo de transferência e no frasco do fármaco e vire de cimapara baixo. Transfira a solução do fármaco para o saco pressionando o sacorepetidamente.
Este procedimento pode ser repetido para assegurar uma transferência completa dasolução do fármaco.
Remova o dispositivo de transferência com o frasco do fármaco.
Agite o saco para homogeneizar o conteúdo (atenção à completa dissolução e às possíveisincompatibilidades).

6. Fecho

12) Após completar a mistura, a porta de administração de aditivos pode ser fechada ereaberta, colocando o protector retirado anteriormente.

INSTRUÇÕES DE USO PARA FRASCO

1. Perfusão por gravidade
– Introduza o sistema de perfusão, encha a câmara de gotejo até meio e encha o tubo deperfusão, retirando assim todo o ar existente evitando bolhas.
– Feche o arejador do sistema de perfusão.
– Ligue o tubo de perfusão à cânula/catéter.
– Abra o clamp e inicie a perfusão com o arejador fechado.

2. Perfusão sob pressão
– Introduza o sistema de perfusão.
– Segure o frasco na vertical.
– Deixe o clamp aberto, remova todo o ar existente no frasco e encha a câmara de gotejoaté meio.
– Inverta o frasco e remova o ar do dispositivo de perfusão.
– Feche o clamp.

– Coloque o frasco na manga de pressão.
– Aplique pressão ao frasco.

– Abra o clamp e inicie a perfusão.

3. Mistura de aditivos
Adição através de agulha
– Introduza a agulha verticalmente

Adição através de adaptador de transferência (Ecoflac® Mix)
1.) Una o adaptador de transferência ao frasco.
2.) Una a ampola à outra extremidade (clic!).
3.) Transfira solução para a ampola contendo o aditivo, pressionando o frasco Ecoflac®plus.
Dissolva completamente o aditivo.
Inverta o frasco Ecoflac® plus com a ampola anexa, de cima para baixo.
Pressione o frasco até toda a solução ter sido transferida da ampola para o frasco
Ecoflac® plus.

Aplicação e fecho da porta de injecção com Ecopin®
1.) Insira Ecopin® na porta de injecção.
2.) Remova a pega do Ecopin®

Categorias
Prednisolona Varicela

Metilpren Metilprednisolona bula do medicamento

Neste folheto:
1.O que é Metilpren e para que é utilizado
2.Antes de utilizar Metilpren
3.Como utilizar Metilpren
4.Efeitos secundários possíveis
5.Como conservar Metilpren
6.Outras informações


FOLHETO INFORMATIVO

Metilpren 500 mg pó para solução injectável
Metilpren 1 g pó para solução injectável
(Metilprednisolona)

Leia atentamente este folheto antes de utilizar o medicamento.
– Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico
– Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhesprejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
– Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários nãomencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico

Neste folheto:

1.O QUE É METILPREN E PARA QUE É UTILIZADO

Metilpren é um pó liofilizado para a preparação de solução injectável extemporânea, doseada a
50mg de Metilprednisolona por mililitro. Apresenta-se como:

Metilpren 500 mg
(Metilprednisolona)
Pó para solução injectável
Embalagem com 1 frasco para injectáveis

Metilpren 1 g
(Metilprednisolona)
Pó para solução injectável
Embalagem com 1 frasco para injectáveis

Categoria fármaco-terapêutica: Metilpren pertence ao grupo Fármaco-Terapêutico 8.2.2 ?
Glucocorticóides.

Indicações:
O Metilpren® está indicado em qualquer situação que exija o efeito rápido e potente de umcorticosteróide:

?Choque anafilático; reacções alérgicas graves tais como asma bronquica, rinite alérgica sazonale perenial graves ou edema angioneurótico
?Doenças gastro-intestinais, tais como doença de Crohn ou colite ulcerosa
?Doenças dermatológicas graves, tais como eritema multiforme.
?Aspiração do conteúdo gástrico com tratamento de suporte apropriado
?Tuberculose (em combinação com a quimioterapia antituberculosa adequada, em particular nasituação de meningite tuberculosa ou tuberculose disseminada fulminante).
?Edema cerebral secundário a neoplasma.

?Rejeição de transplante de órgãos, como parte integrante de um regime terapêutico.

Modo de acção: É um corticosteróide anti-inflamatório potente com actividadepredominantemente glucocorticóide.

A Metilprednisolona succinato sódico é primariamente usada no tratamento agudo do choque,como parte dos regimes de rejeição pós-transplante, na artrite reumatóide grave, na doençavascular colagénia e em reacções alérgicas ou anafilácticas graves.

A Metilprednisolona pode causar efeitos metabólicos profundos e modificar a resposta imunecorporal. O uso da forma parentérica deverá deste modo ser confinada ao tratamento de curtoprazo.

A Metilprednisolona estabiliza as membranas lisossomais dos leucócitos, prevenindo a libertaçãode hidrolases ácidas destrutivas, inibindo a acumulação dos macrófagos, reduzindo a adesãoleucocitária, reduzindo a permeabilidade da parede capilar e antagonizando a actividade dahistamina.

O sistema imune é deprimido por redução da actividade e volume do sistema linfático,diminuição da imunoglobulina e complemento e diminuição da passagem de imunocomplexosatravés das membranas.

Farmacocinética: A Metilprednisolona é rapidamente removida do plasma e largamentedistribuída. O fármaco está extensamente ligado às proteínas plasmáticas. O fármaco podetambém atravessar a placenta e ser distribuído no leite.

O metabolismo é primariamente por redução no fígado em compostos biológicamente inactivos esubsequente excreção através do rim.

2.ANTES DE UTILIZAR METILPREN

Não utilize Metilpren
-se tem alergia (hipersensibilidade) à substância activa (Metilprednisolona) ou a qualquer outrocomponente de Metilpren
– Infecções sistémicas ou locais várias são contra-indicações para o uso de terapiacorticosteróide, a menos que uma terapia anti-infecciosa especifica seja empregada.

Tome especial cuidado com Metilpren
– em caso de infecções graves e choque séptico – parecem não responder à Metilprednisolona eeste fármaco preferivelmente não deverá ser usado nestes casos.

Precauções especiais de utilização:
A administração por períodos curtos de corticosteróides em geral e a administração de
Metilprednisolona em doses elevadas de forma intermitente, geralmente não provocam efeitosnocivos, desde que o fármaco seja administrado respeitando o fluxo recomendado. Contudo, sefor administrado por um período superior a 48 – 72 horas, de forma contínua, podem ocorrerefeitos adversos graves do foro cardiológico e endócrino. Foi referida a ocorrência deinsuficiência adrenocortical secundária, conducente a atrofia supra-renal e deplecção proteicageneralizada. Uma terapêutica antibiótica deverá ser iniciada em doentes tratados por longosperíodos de tempo.

Desenvolve-se atrofia cortical supra-renal durante a terapêutica prolongada que pode persistirdurante anos após a cessação do tratamento. A descontinuação dos corticosteróides apósterapêutica prolongada deve, deste modo, ser gradual para evitar insuficiência supra-renalaguda, durando semanas ou meses de acordo com a dose e duração do tratamento
Durante a terapêutica prolongada qualquer doença intercorrente, trauma ou procedimentocirúrgico que requeira um aumento temporário da dosagem e se os corticosteróides tiverem sidoretirados após terapêutica prolongada, poderá haver necessidade de os reintroduzirtemporariamente.

Os efeitos indesejáveis podem ser minimizados usando a dose eficaz mais baixa por um períodode tempo mínimo. É requerida a frequente monitorização do doente para ajustarapropriadamente a dose perante a actividade da doença.
Os doentes deverão ser portadores de informação sobre o "tratamento com esteróides" o qualdeverá fornecer um guia claro sobre as precauções a serem tomadas para minimizar o risco edetalhes do médico, fármaco, dosagem e duração do tratamento.

Uso no idoso: os efeitos adversos comuns dos corticosteróides sistémicos podem estarassociados com consequências mais graves no idoso, especialmente osteoporose, hipertensão,hipocaliémia, diabetes, susceptibilidade a infecções e adelgaçamento da pele. Supervisão clinicamuito apertada é requerida para evitar reacções de perigo de vida.

A supressão da resposta antiinflamatória aumenta a susceptibilidade às infecções e a suagravidade. A apresentação clínica pode por vezes ser atípica e infecções graves tais comosepticémia ou tuberculose podem ser mascaradas e podem alcançar um estadio avançado antesde serem reconhecidas.

A varicela é de particular preocupação dado que é normalmente uma doença menor e que podeser fatal em doentes imunodeprimidos. Doentes (ou pais da criança) sem história definida devaricela deverão ser avisados para evitar contacto muito próximo a doentes com varicela ou
Herpes zoster e, se expostos, devem procurar ajuda médica, de imediato. A imunização passivacom imunoglobulina varicela/zoster (VZIG) é necessária para doentes não imunes expostos eque estejam a receber corticosteróides sistémicos ou que a mesma tenha ocorrido nos 3 mesesantecedentes; isto deverá ocorrer dentro de 10 dias da exposição à varicela. Se o diagnóstico devaricela é confirmado, a doença necessita dos cuidados de um especialista e de tratamentourgente. Os corticosteróides não deverão ser parados e a dose pode necessitar de seraumentada.
Não devem ser administradas vacinas vivas a indivíduos com insuficiência imunitária. Aresposta dos anticorpos a outras vacinas pode estar diminuída.

A injecção intramuscular repetida no mesmo local pode causar atrofia subcutânea e deverá serevitada. Recomenda-se injecção profunda no músculo glúteo.

Quando utilizada em crianças, durante a infância e adolescência, a Metilprednisolona podeoriginar atraso no crescimento. Sempre que possível deve minimizar-se a depressão do eixohipotalâmico-pituitário-supra-renal, administrando o fármaco em dose única, em dias alternados.

A administração de doses elevadas por injecção intravenosa, deve ser feita sob a forma desolução diluída, e lentamente, durante pelo menos 30 minutos, a fim de evitar possibilidade deocorrência de toxicidade cardiovascular. A administração rápida de doses elevadas tem dadoorigem a casos esporádicos de arritmia cardíaca, colapso circulatório ou paragem cardíaca.
Quando da administração de Metilprednisolona em doses elevadas, devem estar disponíveis osmeios adequados a monitorização do doente.

O uso de Metilprednisolona no tratamento da tuberculose deve confinar-se à tuberculosedisseminada fulminante ou meningite tuberculosa. Se for administrada numa situação de doençaem fase latente pode causar a sua reactivação. Durante o tratamento prolongado os doentesdevem fazer quimioterapia antituberculósica a título profiláctico.

Precauções
Pode ocorrer irritação gástrica em doentes com edema cerebral induzido por trauma e pode seraconselhável o uso profiláctico de um antiácido

Precauções especiais

Deve haver uma precaução adicional quando se considera o uso de corticosteróides sistémicosnos doentes nas seguintes condições, os quais necessitam monitorização frequente:
Osteoporose (mulheres na post-menopausa estão particularmente em risco)
Hipotensão ou insuficiência cardíaca congestiva
História antecedente ou existente de alterações afectivas graves (especialmente psicosesesteróides anteriores)
História de tuberculose
Glaucoma (ou história familiar de glaucoma)
Insuficiência hepática
Predisposição a tromboflebite
Abcessos ou infecções piogénicas
Hipotiroidismo.
Diabetes mellitus (ou história familiar de diabetes)
Miopatia induzida por corticosteróide antecedente
Insuficiência renal
Epilepsia
Ulceração péptica
Mistenia grave
Colite ulcerosa, se há possibilidade de perfuração, abcesso ou outra infecção
Anastomoses recentes
Diverticulose
Gueratite de herpes simplex
Síndroma de Cushing
Edema cerebral na malária

Utilizar Metilpren com outros medicamentos
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outrosmedicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.

Interacções medicamentosas e outras:
O uso concomitante de anti-inflamatórios não-esteróides, pode aumentar o risco de úlceraulceração gastrointestinal.

Rifampicina, rifabutina, carbamazepina, fenobarbitona, fenitoína, primidona e aminoglutetimidaaumentam o metabolismo dos corticosteróides e o seu efeito terapêutico pode ser reduzido.

Os efeitos desejados dos agentes hipoglicémicos (incluindo insulina), anti-hipertensores ediuréticos são antagonizados pelos corticosteróides e os efeitos hipocaliémicos daacetazolamida, diuréticos de ansa, diuréticos tiazidicos e carbenoxolona são aumentados. Osdiuréticos expoliadores de potássio podem aumentar os efeitos de deplecção de potássio pelos

corticosteróides. Os níveis séricos de potássio deverão ser cuidadosamente monitorizadosdurante o tratamento.

A eficácias dos anticoagulantes cumarinicos podem ser aumentados pela terapêuticaconcomitante de corticosteróides e a monitorização cuidadosa do tempo de protrombina ou de
INR é necessário para evitar hemorragia espontânea.

A depuração renal dos salicilatos está aumentada pelos corticosteróides e a descontinuação dosesteróides pode resultar em intoxicação por salicilatos. Os salicilatos e agentes anti-inflamatóriosnão esteróides deverão ser usados cuidadosamente em conjunto com os corticosteróides nahipotrombinémia.

Foram reportadas convulsões com o uso concomitante de Metilprednisolona e ciclosporina. Dadoa administração concomitante destes agentes resultar em inibição mútua do metabolismo, épossível que as convulsões e outros efeitos adversos associados com o uso individual dequalquer um dos fármacos seja mais provável ocorrer.

Fármacos metabolizados pelo citócromo P450 (exemp.. eritromicina e cetoconazole) podeminibir o metabolismo dos corticosteróides e assim, diminuir a sua depuração.

Os esteróides tem sido reportados interagirem com os agentes bloqueantes neuromuscularestais como o pancurónio com inversão parcial do bloqueio neuromuscular.

A vacinação não é aconselhável durante a terapêutica com Metilprednisolona, devido ao seuefeito inibitório sobre as respostas imunitárias do organismo.

Gravidez e aleitamento
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.

Uso na gravidez
A capacidade dos corticosteróides atravessarem a placenta varia entre os fármacos individuais;no entanto, a Metilprednisolona atravessa a placenta.
A administração de corticosteróides a animais grávidas pode causar anormalidades dodesenvolvimento fetal incluindo fenda palatina, atraso do crescimento intra-uterino e afecta ocrescimento cerebral e seu desenvolvimento. Não há evidência de que os corticosteróidesresultem numa incidência aumentada de anomalias congénitas tais como fenda palatina/lábioleporino no homem. No entanto, quando administrados por períodos prolongados ourepetidamente durante a gravidez, os corticosteróides podem aumentar o risco de atraso docrescimento intra-uterino.
Em teoria pode ocorrer hipoadrenalismo no recém-nascido após exposição pré-natal aoscorticosteróides mas geralmente com resolução espontânea a seguir ao nascimento e éraramente clinicamente importante.
Como com todos os fármacos, os corticosteróides deverão somente ser prescritos quando osbenefícios para a mãe e criança se sobrepuserem aos riscos. Quando os corticosteróides sãoessenciais, no entanto, as doentes com uma gravidez normal podem ser tratadas como seestivessem no estado de não gravidez. As doentes com pré-eclampsia ou retenção de líquidosrequerem monitorização cuidada.

Uso no aleitamento
Os corticosteróides são excretados em pequenas quantidades no leite materno. No entanto,doses até 40 mg por dia de Metilprednisolona são improváveis causar efeitos sistémicos nacriança. Crianças de mães tomando doses mais elevadas que esta tem um grau de supressão

supra-renal mas os benefícios da amamentação estão provavelmente sobrepostos a qualquerrisco teórico.

Uso na gravidez
A capacidade dos corticosteróides atravessarem a placenta varia entre os fármacos individuais;no entanto, a Metilprednisolona atravessa a placenta.

A administração de corticosteróides a animais grávidas pode causar anormalidades dodesenvolvimento fetal incluindo fenda palatina, atraso do crescimento intra-uterino e afecta ocrescimento cerebral e seu desenvolvimento. Não há evidência de que os corticosteróidesresultem numa incidência aumentada de anomalias congénitas tais como fenda palatina/lábioleporino no homem. No entanto, quando administrados por períodos prolongados ourepetidamente durante a gravidez, os corticosteróides podem aumentar o risco de atraso docrescimento intra-uterino.
Em teoria pode ocorrer hipoadrenalismo no recém-nascido após exposição pré-natal aoscorticosteróides mas geralmente com resolução espontânea a seguir ao nascimento e éraramente clinicamente importante.
Como com todos os fármacos, os corticosteróides deverão somente ser prescritos quando osbenefícios para a mãe e criança se sobrepuserem aos riscos. Quando os corticosteróides sãoessenciais, no entanto, as doentes com uma gravidez normal podem ser tratadas como seestivessem no estado de não gravidez. As doentes com pré-eclampsia ou retenção de líquidosrequerem monitorização cuidada.

Uso no aleitamento

Os corticosteróides são excretados em pequenas quantidades no leite materno. No entanto,doses até 40 mg por dia de Metilprednisolona são improváveis causar efeitos sistémicos nacriança. Crianças de mães tomando doses mais elevadas que esta tem um grau de supressãosupra-renal mas os benefícios da amamentação estão provavelmente sobrepostos a qualquerrisco teórico.

Relativamente à utilização em crianças, idosos e doentes com patologias especiais, ver
"Posologia".

Condução de veículos e utilização de máquinas
Não há conhecimento de efeitos que impeçam a condução e utilização de máquinas.

3.COMO UTILIZAR METILPREN

Utilizar Metilpren sempre de acordo com as indicações do médico.
Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
A dose habitual é a seguinte:

Posologia, modo e via de administração:
Quando reconstituída com água para injectáveis a solução resultante deve ser utilizada deimediato.
Injecção intravenosa
Perfusão intravenosa nos solventes recomendados

Doses elevadas devem ser administradas por perfusão intermitente, com a duração mínima de
30 minutos.
Injecção intramuscular

A dose usual no adulto é de 10 ? 500 mg, repetida a cada 4 horas. No choque grave, podem serutilizados 100 ? 250 mg de 4 em 4 horas, ou até 30 mg/kg a cada 4 horas, por períodoslimitados. As doses a administrar por via intramuscular são as mesmas que se utilizam por viaintravenosa.
Após tratamento prolongado, a retirada da terapêutica deve ser gradual para evitar efeitos dainsuficiência supra-renal.

O Metilpren pode ser administrado por perfusão intravenosa, diluindo a solução resultante dareconstituição do liofilizado, num dos seguintes solventes de perfusão: Solução injectável de
Dextrose a 5%, Solução injectável de Cloreto de Sódio a 0,9%, Solução injectável de Dextrose a
5% em Solução injectável de Cloreto de Sódio a 0,9%.
No tratamento da rejeição de transplante de órgãos e também em alterações imunes, tem sidousada a perfusão intermitente de 1 grama em 100 ml de cloreto de sódio a 0,9%. Este regimepode ser dado diariamente ou em dias alternados, dependendo da indicação.

Em situação aguda ou de crise clínica, deverá ser administrada a injecção intravenosa directadurante pelo menos cinco minutos.

No tratamento de doentes com rejeição de transplantes, administram-se 3 doses diárias de
Metilpren 1 g, diluidas após reconstituição em 100 ml de solução injectável para perfusãoadequada, com a duração de 30 minutos, por um período máximo de 72 horas.
Na terapêutica de doenças auto-imunes, têm sido usados vários regimens diferentes, incluindo 3doses de Metilpren 1 g, diluídas após reconstituição em 100 ml de solução injectável paraperfusão adequada, administradas em dias alternados. Quando necessário esta sequência podeser repetida a intervalos regulares.
Nas situações de reacção anafilática, deve-se administrar adrenalina ou noradrenalina antes da
Metilprednisolona, a fim de obter o efeito hemodinâmico pretendido.
Nas reacções alérgicas o efeito pode começar dentro de 1 – 2 horas. Na crise asmáticaadministram-se doses de 40 mg I.V., repetidas, segundo seja necessário.

Edema cerebral: deve-se usar um esquema posológico programado de forma a evitar osaumentos por rebound, da pressão intracraneana. A seguir apresentam-se alguns dos esquemasrecomendados:

ESQUEMA A DOSE VIA INTERVALO DURAÇÃO
Pré-operatório 20 mg I.M. 3/6 horas

Durante a cirurgia 20 / 40 mg I.V. de hora a hora

Pós-operatório 20 mg I.M. de 3 em 3 horas 1º dia
16 mg I.M. de 3 em 3 horas 2º dia
12 mg I.M. de 3 em 3 horas 3º dia
8 mg I.M. de 3 em 3 horas 4º dia
4 mg I.M. de 3 em 3 horas 5º dia
4 mg I.M. de 6 em 6 horas 6º dia
4 mg I.M. de 12 em 12 horas 7º dia

ESQUEMA B DOSE VIA INTERVALO DURAÇÃO

Pré-operatório 40 mg I.M. de 6 em 6 horas 2/3 dias

Pós-operatório 40 mg I.M. de 6 em 6 horas 3/5 dias
20 mg oral de 6 em 6 horas 24 horas
12 mg oral de 6 em 6 horas 24 horas

8 mg oral de 8 em 8 horas 24 horas
4 mg oral de 12 em 12 horas 24 horas
4 mg oral 24 horas

Crianças e Idosos:
Nas crianças a dosagem pode ser determinada pelo estadio da doença e o tipo de resposta, masnão deve ser superior a 1g/dia. As doses usuais são de 30 mg/kg/dia no tratamento de situaçõeshematológicas, reumáticas, renais ou dermatológicas. As doses podem ser repetidas em diasseguidos ou alternados, durante 3 dias.
Nas reacções de rejeição de órgão transplantado utilisam-se doses de 10 ? 20 mg/kg/dia.
Repetidas até três dias para um máximo de 1 grama por dia
No tratamento de crises asmáticas administrar 1 – 4 mg/kg/dia, repetidos até 3 dias.
N.B.- os corticosteróides causam atraso no crescimento relacionado com a dose na infância,crianças e adolescentes, a qual pode ser irreversível

Nos idosos não há indicação de que seja necessário um ajustamento da posologia, ainda queem caso de tratamento, se devam considerar todos os cuidados e precauções mencionadosanteriormente.

Duração do tratamento médio:
Variável com a situação clínica e o protocolo utilizado.

Se utilizar mais Metilpren do que deveria
Sobredosagem, medidas a adoptar:
Pode ocorrer depressão adrenal devendo ser tomadas as medidas adequadas durante o períodode retirada do fármaco. Não há nenhum antídoto conhecido para a acção do succinato sódico de
Metilprednisolona.

Caso se tenha esquecido de utilizar Metilpren
Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu.

4.EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSIVEIS
Como os demais medicamentos, Metilpren pode causar efeitos secundários, no entanto estesnão se manifestam em todas as pessoas.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários nãomencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

Efeitos secundários indesejáveis:
A incidência de efeitos indesejados predictiveis, incluindo depressão do eixo hipotálamo-
pituitário-supra-renal correlaciona-se com a potência relativa do fármaco, tempo e administraçãoe duração do tratamento (ver secção Advertências).

? Cardíacos: arritmia cardíaca, insuficiência cardíaca congestiva, colapso circulatório ou paragemcardíaca foram já reportadas após doses elevadas administradas, num curto período de tempo.
? Gastrointestinais: insuficiência hepática, dispepsia; úlcera péptica com perfuração e/ouhemorragia. Distenção abdominal, ulceração esofágica ou candídiase, pancreatite aguda. Comadministração repetida podem ocorrer náuseas, vómitos e mau sabor.
?Musculo-esqueléticos: fracturas vertebrais e dos ossos longos. Miopatia proximal, osteoporose,osteonecrose avascular, ruptura dos tendões.
?Metabólicos: perda de potássio, retenção de sódio e água, hipertensão, alcalose hipocaliémica.

?Dermatológicos: cura retardada de feridas, atrofia da pele, estrias, nódoas negras,telangectasia, acne.
?Endócrinos: depressão do eixo hipotálamo-pituitário-supra-renal, supressão do crescimento emcrianças e adolescentes, irregularidades menstruais e amenorreia; fácies de Cushing; hirsutismo;aumento de peso; insuficiente tolerância aos carbohidratos com aumento da necessidade daterapêutica anti-diabética; equilíbrio negativo do azoto.
?Neuropsiquiátricos: alterações afectivas graves, euforia; dependência psicológica; depressão;insónia; hipertensão intracraniana com papiloedema na criança (pseudotumor cerebral)geralmente após descontinuação do tratamento; psicose, agravamento da esquizofrenia eepilepsia.
?Oftálmicos: Aumento da pressão intra-ocular; glaucoma; papilo-edema; catarata subcapsularposterior; adelgaçamento da córnea ou da esclera; exacerbação de viroses oftálmicas ou doençafúngica.
?Efeitos anti-inflamatórios e imunosupressivos: susceptibilidade aumentada e gravidade dasinfecções com supressão dos sintomas e sinais clínicos, recorrência de tuberculose dormente
(ver Cuidados e Precauções).
?Gerais: Foi reportada hipersensibilidade incluindo anafilaxia. Leucocitose, tromboembolismo.

Descontinuação:

Em doentes que receberam mais do que as doses fisiológicas de corticosteróides sistémicos
(aproximadamente 6 mg de metilprednisolona) por mais de 3 semanas a descontinuação nãodeverá ser abrupta. A redução da dose deverá ser efectuada de acordo com a probabilidade dadoença se a dose de corticosteróide sistémico for reduzida. A avaliação clínica da actividade dadoença pode ser necessária durante a descontinuação do corticosteróide. Se for improvável umarecidiva da doença quando da descontinuação de corticosteróides sistémicos, mas hajaincerteza acerca da supressão da HPA, a dose de corticosteróide sistémico pode ser reduzidarapidamente para doses fisiológicas. Uma vez alcançada a dose diária de 6 mg demetilprednisolona, a redução da dose deverá ser mais lenta permitindo a recuperação do eixo
HPA.

A descontinuação abrupta do tratamento corticosteróide sistémico, que foi continuo até 3semanas, é apropriada se se considerar que a doença é improvável de recidivar. Adescontinuação abrupta de doses até 32 mg de dexametasona durante 3 semanas é improvávellevar à supressão relevante do eixo HPA, na maioria dos doentes. No seguinte grupo de doentesdeverá considerar-se a descontinuação gradual da terapêutica corticosteróide sistémica mesmoapós ciclos de 3 semanas ou menos:

* doentes que tiveram ciclos repetidos de corticosteróides sistémicos, particularmente setomados por mais de 3 semanas
* quando um período curto foi prescrito no período de um ano após o termo de terapêutica alongo prazo (meses ou anos)
* doentes que podem ter razões para insuficiência supra-renal para lá da terapêuticacorticosteróide exógena
* doentes recebendo doses de corticosteróides sistémicos superiores a 32 mg por dia de
Metilprednisolona
* doentes tomando repetidamente doses durante a noite

Sintomas e sinais de privação: uma redução muito rápida da dose de corticosteróide apóstratamento prolongado pode levar a uma insuficiência supra-renal aguda, hipotensão e morte.
O "síndroma de privação" também pode ocorrer com febre, mialgia, artralgia, rinite, conjuntivite,prurido doloroso e perda de peso.

5. COMO

CONSERVAR
METILPREN

Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Não utilize Metilpren após o prazo de validade impresso no rótulo e embalagem exterior, a seguira VAL. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.

Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte aoseu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irãoajudar a proteger o ambiente.

Estabilidade, prazo de validade:
Quando mantido na sua embalagem original fechada, nas condições de armazenagem neladescritas, o produto mantêm-se estável por um período de 2 anos, até ao termo do prazo devalidade (VAL).

As soluções de Metilprednisolona para perfusão, preparadas com os solventes recomendados,são estáveis durante 24 horas, à temperatura ambiente, expostas à luz.

Tal como para qualquer outro medicamento, verificar o prazo de validade (VAL), inscrito no rótuloe embalagem, antes de usar.

Precauções particulares de conservação:
Metilpren®, pó liofilizado para a preparação de solução injectável extemporânea, deve serarmazenado à temperatura ambiente, inferior a 25°C, ao abrigo da luz.

Após reconstituição, com os solventes recomendados, as soluções obtidas devem serarmazenadas entre 2 e 8°C, e utilizadas dentro das 24 horas seguintes à reconstituição.

6. OUTRAS INFORMAÇÕES

Qual a composição de Metilpren

A substância activa é a Metilprednisolona (como Hemissucinato sódico)
Os outros componentes são Fosfato Dissódico e Fosfato Monossódico

Qual o aspecto de Metilpren e conteúdo da embalagem
Frasco para injectáveis, de vidro incolor, do tipo I (de 20 ml para a dosagem de 500 mg e de 30ml para a dosagem de 1 g), fechados com rolhas de borracha de 20 mm e cápsulas involáveis dealumínio.
Embalagens de um frasco para injectáveis (de 500 mg ou de 1 g de Metilprednisolona)

Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Mayne Pharma (Portugal), Lda.
Rua Amália Rodrigues, nº. 240
2750-228 Cascais

Folheto
revisto
em:
Janeiro
de
2007

Categorias
aminoácidos Electrólitos

Lipovenoes 10% Plr Óleo de soja + Lecitina de ovo + Glicerol bula do medicamento

Neste folheto:
1.O que é LIPOVENOES 10% PLR e para que é utilizado
2.Antes de utilizar LIPOVENOES 10% PLR
3.Como utilizar LIPOVENOES 10% PLR
4.Efeitos secundários possíveis
5.Como conservar LIPOVENOES 10% PLR
6.Outras informações

FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR

LIPOVENOES 10% PLR, Emulsão para perfusão

Associação

Leia atentamente este folheto antes de utilizar este medicamento.
Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamentopode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitossecundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico oufarmacêutico.

Neste folheto:

1. O QUE É LIPOVENOES 10% PLR E PARA QUE É UTILIZADO

O Lipovenoes 10% PLR pertence ao grupo farmaco terapêutico 11.2.1.3 :
11.2.1.3 Nutrição. Nutrição parentérica. Macronutrientes. Lípidos

O Lipovenoes 10% é usado na nutrição parentérica para compensar anecessidade em ácidos gordos essenciais e em energia.

2. ANTES DE UTILIZAR LIPOVENOES 10% PLR

O Lipovenoes 10% PLR não deve ser administrado em caso de:metabolismo lipídico comprometido;diátese hemorrágica grave;diabetes mellitus descompensada por metabolismo instável;primeiro trimestre de gravidez;
Hipersensibilidade às proteínas do ovo, soja ou amendoim ou a qualquer outrasubtância activa ou excipiente.

e ainda, em todas as doenças agudas e as que ameaçam a vida, tais como:colapso e choque;enfarte cardíaco recente;derrame cerebral;embolia;coma de estado indefinido.

As contra-indicações gerais para a nutrição parentérica são:hipocaliémia;hiperhidratação;desidratação hipotónica.

Tome especial cuidado com Lipovenoes 10% PLR

Não adicionar medicamentos à emulsão. Se outros nutrientes, tais como,aminoácidos, carbohidratos ou electrólitos, forem adicionados ao Lipovenoes
10%, a compatibilidade deve ser previamente testada.

Os níveis de triglicéridos no soro devem ser controlados diariamente. O perfil deaçúcar no sangue, o metabolismo ácido-base, o balanço de electrólitos e de
água, devem ser controlados em intervalos regulares.

A aplicação de Lipovenoes 10% PLR em pacientes de pediatria comhiperbilirrubinémia, deve ser cuidadosamente monitorizada (risco/benefício). Abilirrubina tem de ser rigorosamente controlada quando se administra umaemulsão (óleo/água). Existe o risco de Kernicterus.

Agitar bem antes de usar.

Usar apenas se a preparação estiver homogénea e o recipiente não seencontrar danificado.

Este medicamento contém óleo de soja e fosfolípidos do ovo que podem,raramente provocar reacções alérgicas. Têm sido observadas reacçõesalérgicas cruzadas entre o óleo de soja e amendoim.

Ao utilizar Lipovenoes 10% PLR com outros medicamentos

Não são conhecidas interacções.

Podem ocorrer incompatibilidades devido à adição de catiões polivalentes (ex.:cálcio) especialmente em conexão com a heparina.

Lipovenoes 10% PLR pode unicamente ser misturado com outras soluções paraperfusão, concentrados de electrólitos ou medicamentos, quando for provada acompatibilidade da mistura.

Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomadorecentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos semreceita médica.

Gravidez e aleitamento
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Não existe informação disponível sobre o uso de Lipovenoes 10% PLR nagravidez e lactação. Tal como com todos os outros medicamentos, o Lipovenoes
10% PLR deve ser evitado durante os primeiros três meses da gravidez.

Condução de veículos e utilização de máquinas
Não se aplica.

3. COMO UTILIZAR Lipovenoes 10% PLR

Utilizar Lipovenoes 10% PLR sempre de acordo com as indicações do médico.
Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.

Salvo prescrição médica em contrário, a posologia diária recomendada é:

Recém-nascidos e crianças:
Se não for prescrito de outra forma, 1 a 2 g de gordura/kg peso corporal/dia =
10-20 ml de Lipovenoes 10% PLR/kg p.c./dia.

Necessidade de aumento de energia:
Superior a 3 g de gordura/kg pc e dia = 30 ml de Lipovenoes 10% PLR/ Kg pc
/dia.

Adultos:
Se não for prescrito de outra forma, 1 a 2 g de gordura/Kg p.c./dia=10-20 ml de
Lipovenoes 10% PLR/Kg p.c./dia.

Velocidade de perfusão:
Pode ser administrado até um máximo de 0,125/kg pc/hora = 1,25 ml. Contudo,no início da nutrição parentérica com lípidos, é recomendada uma pequena doseno máximo de 0,05 g de gordura/Kg pc/hora.

Para um peso corporal de 70 kg, a perfusão é iniciada com 10 gotas/min. eaumentada gradualmente após 30 minutos para um máximo de 26 gotas porminuto.

Se utilizar mais Lipovenoes 10% PLR do que deveria
A síndrome da sobrecarga lipídica caracteriza-se pelos seguintes sintomas :dilatação do fígado, com e sem icterícia

modificação ou redução de alguns factores de coagulação (tempo dehemorragia, tempo de protrombina, contagem de trombócitos e outros)dilatação do baçoanemia, leucopenia e trombocitopeniatendência para perdas de sangue e hemorragiasmodificação nos testes de funcionamento hepático.

Se tais sintomas aparecerem, a perfusão deve ser interrompida imediatamente.

Caso se tenha esquecido de utilizar Lipovenoes 10% PLR
De acordo com o critério médico.

Se parar de utilizar Lipovenoes 10% PLR
Não se aplica.

Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seumédico ou farmacêutico.

4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSIVEIS

Como todos os medicamentos, LIPOVENOES 10% PLR pode causar efeitossecundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.

As reacções imediatas possíveis com a aplicação dos 500 ml iniciais são:ligeira subida de temperatura;sensação de calor/frio;arrepios;sensação anormal de calor (rubor) ou aparecimento de cor azulada (cianose);falta de apetite, náuseas, vómitos;depressão respiratória;dores de cabeça, costas, ossos, tórax e lombares;priapismo (em casos muito raros).

Se tais sintomas aparecerem ou se o nível de triglicéridos subir durante aperfusão da emulsão para valores à volta de 3 mmol/l para adultos e 1,7 mmol/lpara crianças, a perfusão da emulsão deve ser interrompida ou se necessário,continuada a uma dose inferior.

Deve-se verificar cuidadosamente o doente por forma a detectar possíveis sinaisde síndrome de sobrecarga lipídica. Esta situação pode desenvolver-se comoresultado de uma predisposição genética, consoante as diferentes patologiasindividuais de base e relacionadas com diferentes dosagens.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitossecundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico oufarmacêutico.

5. COMO CONSERVAR LIPOVENOES 10% PLR

Conservar o Lipovenoes 10% PLR protegido da luz, num lugar seco, a umatemperatura não superior a 25ºC.

Não congelar

Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Não utilize LIPOVENOES 10% PLR após o prazo de validade impresso norótulo da embalagem. O prazo de validade corresponde ao último dia do mêsindicado.

Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixodoméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos deque já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

6. OUTRAS INFORMAÇÕES

Qual a composição de LIPOVENOES 10% PLR
As substâncias activas são:
1 litro contém:

Glicerina (glicerol)
25,00 g
Fosfolípidos do ovo
6,00 g
[com 73-80% (3-sn-fosfatidil colina)]
Óleo de soja
100,00 g

Osmolaridade teórica
272 mOsm/l
Valor de pH
6,5-8,7
4522 KJ/l = 1080 Kcal/l

Os outros componentes são:
Oleato de sódio
Hidróxido de sódio
Água para preparaçõesinjectáveis

Qual o aspecto de LIPOVENOES 10% PLR e conteúdo da embalagem

O Lipovenoes 10% PLR apresenta-se em frascos de vidro. Nas seguintescapacidades:

10 x 100 ml 1 x 100 ml
10 x 250 ml 1 x 250 ml
10 x 500 ml 1 x 500 ml

Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante

Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Fresenius Kabi Pharma Portugal, Lda.
Avenida do Forte, 3 ? Edifício Suécia
2795-504 Carnaxide

Este folheto foi aprovado pela última vez em

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A informação que se segue destina-se apenas aos médicos e aos profissionaisdos cuidados de saúde:

Modo e via de administração
Administração por via intravenosa.

O Lipovenoes 10% PLR pode ser administrado em paralelo com outras soluçõesde aminoácidos e/ou soluções de hidratos de carbono, mas contudo através desistemas de perfusão e veias separados.

Pode ser considerado clinicamente necessário a perfusão simultânea de duassoluções por uma via de secção final comum (by-pass, tubo em y), acompatibilidade de ambas as soluções deve ser assegurada em todos osaspectos.

Indicação do momento mais favorável à administração do medicamento
De acordo com o critério médico.

Duração do tratamento médio
De acordo com o critério médico.

Categorias
Fenobarbital vitamina

Hidantina Fenitoína bula do medicamento

Neste folheto:
1.O que é Hidantina e para que é utilizado
2.Antes de tomar Hidantina
3.Como tomar Hidantina
4.Efeitos secundários possíveis
5.Como conservar Hidantina
6.Outras informações

FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR

Hidantina 100 mg, comprimido revestido
Fenitoína

Leia atentamente este folheto antes de utilizar o medicamento, mesmo que não seja a primeira vez que o toma,pois alguma informação do folheto anterior poderá ter mudado.
-Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
-Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico.
-Este medicamento foi-lhe receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros; pode ser-lhes prejudicial mesmoque apresentem os mesmos sintomas.
-Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionadosneste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

Neste folheto:

1. O QUE É HIDANTINA E PARA QUE É UTILIZADO

Hidantina é um dos agentes anti-epilépticos de maior utilização, mostrando-se eficaz na maior parte das formasde epilepsia, como é o caso de epilepsia generalizada: crises do tipo tónico-clónico (grande mal) e pequeno mal.
Hidantina é usada em Cardiologia para :
– tratamento de arritmias auriculares ou ventriculares associadas à intoxicação por digitálicos;
– arritmias ventriculares surgidas durante a anestesia, cateterismo cardíaco e cirurgia cardíaca;
– profilaxia das arritmias recidivantes, quer supraventriculares, quer ventriculares.

2. ANTES DE TOMAR HIDANTINA

Não tome Hidantina
-Se tem alergia (hipersensibilidade) à substância activa (fenitoína ou a outras hidantoínas) ou a qualquer outrocomponente de Hidantina.
-Está também contra-indicado na bradicardia sinusal, bloqueio sino-atrial, bloqueio A-V de segundo e terceirograus, em doentes com síndrome de Adams-Stokes e em doentes com perturbações graves da função hepática.

Tome especial cuidado com Hidantina
Deve controlar-se regularmente a fórmula sanguínea e vigiar o estado do doente (fadiga, palidez, febre).
A fenitoína pode afectar o metabolismo da glucose. Já foi reportada hiperglicémia e aconselha-se cuidado notratamento de doentes diabéticos.
Um controlo anual de fosfatase alcalina sérica, permite detectar uma eventual osteomalácia medicamentosa, aqual reage à Vitamina D.

A fenitoína está altamente ligada às proteínas e é extensivamente metabolizada no fígado, pode ser necessáriouma redução na dose de manutenção em doentes com função hepática insuficiente, para prevenir a acumulação ea toxicidade. Quando a ligação às proteínas está reduzida, como na urémia, os níveis séricos de fenitoína estãoreduzidos em conformidade.

Os produtos naturais ou extractos vegetais contendo Hypericum perforatum não devem ser utilizadosconcomitantemente com Hidantina, devido ao risco de diminuição das concentrações plasmáticas de Hidantina, econsequente diminuição dos seus efeitos terapêuticos (ver secção Tomar Hidantina com outros medicamentos).

Utilizar com cuidado no idoso ou doente debilitado, ou em qualquer condição associada a níveis baixos dealbumina, o que aumenta a fracção livre da fenitoína e a resposta farmacológica. Sedação, estados confusionaisou disfunção cerebelosa (perda da coordenação motora) podem ocorrer com elevadas concentrações ou combaixas concentrações, quando a fracção livre de fenitoína se encontra aumentada. A descida rápida poderá causarestados de epilepsia.

Um pequeno número de pessoas que iniciaram tratamento com antiepilépticos como a Hidantina tevepensamentos de auto-agressão e suicídio. Se a qualquer momento tiver estes pensamentos deve contactarimediatamente o seu médico.

Tomar Hidantina com outros medicamentos
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos,incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.

-Fármacos que podem aumentar os níveis séricos de fenitoína incluem: cloranfenicol, anticoagulantes à base decumarina, sulfafenazol, derivados de acetilureia, sulfonamidas, dicumarol, disulfiram, isoniazida, cimetidina,sultiamo, fenilbutazona, tolbutamida, salicilatos, clordiazepóxido, fenotiazinas, diazepam e alcoolismo agudo.

-Fármacos que podem diminuir os níveis séricos de fenitoína incluem: carbamazepina e abuso crónico de álcool; ácido fólico.

Fármacos que podem aumentar ou diminuir os níveis séricos de fenitoína incluem: fenobarbital, valproato desódio e certos antiácidos. O efeito da fenitoína sobre os níveis séricos do fenobarbital, ácido valpróico evalproato de sódio são também imprevisíveis.

-Fármacos com potencial epilepticogénico, tais como os antidepressivos tricíclicos ou as fenotiazinas, podemprecipitar convulsões em doentes susceptíveis e a dose de fenitoína pode necessitar ser ajustada.

-Fármacos cuja eficácia é reduzida pela fenitoína incluem: corticosteróides, dicumarol. doxiciclina,contraceptivos orais, quinidina, vitamina D, digoxina, rifampicina, estrogénios e furosemida.

-Fármacos cujos efeitos são melhorados pela fenitoína incluem a varfarina.

– Interferência com exames laboratoriais:
A fenitoína pode originar diminuição nos níveis séricos do iodo ligado às proteínas. Pode originar valores maisbaixos que os normais para os testes da dexametasona ou da metirapona. A fenitoína pode causar aumento dosníveis séricos da glucose, fosfatase alcalina, gama glutamil-transpeptidase e diminuir os níveis séricos do cálcioe do acido fólico.

-Acelera a degradação dos corticosteróides, bem como as sulfamidas incluindo os antidiabéticos deste tipo.

-A Hidantoína desaloja os anticoagulantes dos locais de ligação proteica. É portanto necessário praticar provasde coagulação mais frequentes nos doentes tratados com estes medicamentos.

-Os níveis séricos de fenitoína podem ser reduzidos pela utilização concomitante de preparações contendo
Hypericum perforatum, atribuindo-se este facto à sua propriedade de induzir enzimas envolvidas nametabolização de determinados fármacos. Assim, as preparações contendo Hypericum perforatum não devem serutilizadas simultaneamente com Hidantina. Caso o doente já se encontre a tomar qualquer tipo de preparaçãocontendo Hypericum perforatum, os níveis séricos de anticonvulsivantes devem ser avaliados e deve sersuspensa a utilização de Hypericum perforatum. Pode haver um aumento dos níveis séricos deanticonvulsivantes após a suspensão de Hypericum perforatum, pelo que a dose de anticonvulsivante podenecessitar de ser ajustada.

O efeito de indução enzimática do Hypericum perforatum pode persistir pelo menos durante duas semanas apósa suspensão da sua utilização.

Para além das interacções acima referidas devem ainda ser consideradas as interacções da fenitoína com asseguintes substâncias: acetaminofeno, acetazolamida, aciclovir, alopurinol, disopiramide, propafenona,amiodorona, SAS, antineoplásicos (cisplatina, bleomicina, carmustine, metotrexato), benzodiazepinas,betabloqueadores e antagonistas dos canais de cálcio, capecitabine, ciprofloxacina, ciclosporina e tacrolimus,substratos do CYP2B6, CYP2C8/9, CYP2C19, CYP3A4, indutores do CYP2C8/9, CYP2C19, inibidores do
CYP2C8/9, CYP2C19, digoxina, dopamina, inibidores da HMG-Coa reductase, itraconazol, levodopa, lítio,metadona, metronidazol, agentes bloqueadores neuromusculares, omeprazol, primidona, sucralfato, teofilina,hormonas tiróideias e ticlopidina.

Gravidez e aleitamento
Consulte primeiro o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento se está grávida, pretendeengravidar ou está a amamentar.

A fenitoína atravessa a barreira placentária. Durante a gravidez o medicamento não deve ser administrado senãoapós avaliação da relação entre o benefício terapêutico esperado e o risco para a mãe e filho. O risco pode sermantido a um nível mínimo, reduzindo a dose e controlando, se possível, os níveis sanguíneos.

Todas as mulheres em idade fértil (com possibilidade de engravidar) deverão receber aconselhamento médicoespecializado antes de iniciarem o tratamento, devido ao aumento do risco de malformações congénitas.

O tratamento com medicamentos anti-epilépticos deverá ser reavaliado sempre que a mulher pretendaengravidar.

O risco de malformações congénitas é 2 a 3 vezes maior nos descendentes de grávidas medicadas com anti-
epilépticos. As malformações mais frequentes são dos lábios e cavidade oral, aparelho cardiovascular e tuboneural.

O tratamento com vários anti-epilépticos (politerapia) poderá estar associado a um maior risco de malformaçõescongénitas relativamente ao tratamento com um único medicamento (monoterapia). Sempre que possível deveráser utilizado um regime de medicamento único (monoterapia).

O tratamento com anti-epilépticos não deverá ser interrompido subitamente uma vez que pode aumentar o riscode crises epilépticas com consequências graves para a mãe e/ou para o feto.
Há alguma evidência de que a fenitoína pode originar anomalias congénitas na descendência de um pequenonúmero de doentes com epilepsia. Deste modo, a fenitoína não deve ser usada como fármaco de primeira escolhadurante a gravidez, especialmente no seu início, a menos que o médico considere que o potencial beneficio sesobreponha ao risco.
Além da incidência aumentada de malformações congénitas em crianças de mulheres que receberam fenitoína eoutros agentes antiepilépticos, foi mais recentemente descrito o sindrome fetal de hidantoína. O síndromeconsiste de deficiência de crescimento pré-natal, microencefalia e deficiência mental nas crianças de mulheresque receberam fenitoína, álcool, barbitúricos ou trimetadiona. No entanto, todas estas situações estãointerrelacionadas e estão frequentemente associadas com atraso de crescimento intrauterino devido a outrascausas.
Há relatórios isolados de malignidades, incluindo neuroblastoma, em crianças de mulheres que receberamfenitoína durante a gravidez.

Devido à absorção alterada de fenitoína ou do seu metabolismo durante a gravidez uma pequena percentagem dedoentes experimentou um aumento na frequência das convulsões; avaliações periódicas da fenitoína séricaservem como guia valioso para ajuste apropriado da dose no tratamento da epilepsia durante a gravidez. Temsido relatado defeitos de coagulação neo-natais ocorrendo nas primeiras 24 horas em bebés nascidos de mulheresrecebendo fenitoína. A vitamina K pode ser usada para prevenir ou corrigir este defeito e pode ser administrada àmãe antes do parto e ao recém-nascido após o parto.

A fenitoína é excretada em pequenas quantidades no leite materno, pelo que não se aconselha o aleitamentonesta situação.

Condução de veículos e utilização de máquinas
As reacções do doente podem ser diminuídas, exigindo-se prudência na condução de veículos e utilização demáquinas.

3. COMO TOMAR HIDANTINA

Administração por via oral.

A dose óptima da Hidantina só pode ser determinada pelo médico, através da observação diária dos seus efeitosnos ataques e do aparecimento de sinais de intolerância.

As concentrações plasmáticas eficazes situam-se habitualmente entre 5-12 µg/ml no adulto e 10-20 µg/ml nacriança.
Não existem valores de referência para os níveis séricos tóxicos, uma vez que se observam variações acentuadasentre os indivíduos em relação aos níveis séricos de fenitoína em que pode ocorrer toxicidade.
A dose letal em adultos está estimada em 2 a 5 g, desconhecendo-se a dose letal em pacientes pediátricos.
Os níveis séricos deverão ser ajustados quando existe hipoalbuminemia.

A Hidantina é mais rapidamente activa quando ingerida em jejum (aliás com bastante água para defender oestômago da excessiva alcalinidade), mas quando não for bem tolerada, passar a tomar o medicamento no finaldas refeições.

Adultos: a dose inicial é de 100 mg, três vezes ao dia; se necessário pode ser aumentada lentamente até 200 mg,também três vezes ao dia.

Crianças: – acima de 6 anos, começar com 100 mg três vezes ao dia; se ao fim de uma semana a dose se mostrainsuficiente, passar a 100 mg quatro vezes ao dia.

– abaixo de 4 anos pode iniciar-se o tratamento com 30 mg (1/3 de comprimido) misturado com creme ou leite,duas vezes ao dia; se insuficiente, a dose pode ser reforçada por mais uma ou duas tomas diárias (total: 3 a 4vezes 1/3 de comprimido).

Idoso, insuficiência renal (incluindo a diálise), insuficiência hepática: nestes casos, o ajuste da dose e posologiadevem estar de acordo com a avaliação dos níveis séricos.

Se tomar mais Hidantina do que deveria
Os sintomas iniciais de sobredosagem são nistagmo, ataxia e disartria. Outros sinais são tremor, hiperreflexia,sonolência, tonturas, letargia, afasia, visão turva, náuseas e vómitos. O paciente pode tornar-se comatoso ehipotenso. A morte é decorrente da depressão respiratória e circulatória.

Caso se tenha esquecido de tomar Hidantina
Em caso de omissão de uma ou mais doses, o doente deve manter o esquema terapêutico definido pelo seumédico.
Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.

Se parar de tomar Hidantina
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.

4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSIVEIS

Como os demais medicamentos, Hidantina pode causar efeitos secundários em algumas pessoas.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados nestefolheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

Hipersensibilidade: síndrome de hipersensibilidade pode ocorrer. A existência de casos raros de reacçõescruzadas entre a fenitoína, carbamazepina e o fenobarbital deve tornar-se prudente a substituição da fenitoína porambas estas moléculas.

Digestivas: náuseas, vómitos.

Orais: hipertrofia gengival (relativamente frequente – 20% dos casos).

Nervosos: vertigens, perturbação visual, ataxia, confusão mental, síndrome cerebelo vestibular; habitualmentevinculada à sobredosagem ou a um defeito do metabolismo hepático com níveis séricos anormalmente elevados.
Tonturas, nistagmo e parestesia, geralmente são passageiros. Já foram reportados casos de convulsões tónicas.

Hematológicos: – complicações raras e por vezes fatais: trombocitopénia, granulocitopénia, agranulocitose,pancitopénia.
-casos raros de anemia megaloblástica; uma correcção terapêutica é frequentemente desejável durante agravidez.
-adenopatia pseudolinfomatosa.

Cardiovasculares: arritmias atriais e ventriculares, hipotensão que pode levar a colapso cardiovascular em casosgraves.

Sistema respiratório: podem ocorrer alterações na função respiratória incluindo paragem respiratória.

Cutâneos: rash cutâneo, bastante frequente; hirsutismo, eritema polimorfo; urticária relativamente raro;pigmentação cutânea no rosto e pescoço.

Diversos: icterícia colestática, hiperglicémia, osteomalácia.

5. COMO CONSERVAR HIDANTINA

Conservar ao abrigo da luz directa e humidade, na embalagem de origem e a uma temperatura não superior a
30ºC.

Não utilize Hidantina após o prazo de validade impresso na embalagem exterior.
O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.

Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêuticocomo eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

6. OUTRAS INFORMAÇÕES

Qual a composição de Hidantina
A substância activa é a fenitoína sódica.
Os outros componentes são: amido de milho, carboximetilamido sódico, celulose microcristalina, talco, ácidoesteárico, sílica coloidal anidra e estearato de magnésio. Revestimento: hipromelose.

Qual o aspecto de Hidantina e conteúdo da embalagem
Embalagem com 20 ou 60 comprimidos contendo comprimidos revestidos doseados a 100 mg.

Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante

Laboratórios Vitória, S.A.
Rua Elias Garcia, 28
Venda Nova

2700-327 Amadora

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Anandron Nilutamida bula do medicamento

FOLHETO INFORMATIVO Leia atentamente este folheto antes de utilizar o medicamento – Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente. – Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico. – Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode serlhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas

ANANDRON 50 mg Comprimidos ANANDRON 100 mg Comprimidos (nilutamida)

COMPOSIÇÃO Cada comprimido contém: Nilutamida ………… 50 mg Nilutamida …………100 mg Excipientes: amido de milho, lactose, polividona, docusato de sódio, estearato de magnésio, talco.

FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO Comprimidos brancos. Embalagens de 90 comprimidos doseados a 50 mg. Embalagens de 30 comprimidos doseados a 100 mg.

INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS Cancro da próstata metastisado, em combinação com a castração cirúrgica ou médica, observando-se a eficácia nos doentes não tratados anteriormente.

TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Sanofi-Aventis – Produtos Farmacêuticos,S.A.

Empreendimento Lagoas Park – Edifício 7, 3ºAndar 2740-244 Porto Salvo
CLASSIFICAÇÃO FARMACOTERAPÊUTICA 16.2.2.2 Antiandrogénios A nilutamida é um antiandrogénio específico não esteróide.

PROPRIEDADES FARMACODINÂMICAS In vitro, fixa-se ao receptor androgénio, impedindo, assim, que os androgénios se liguem a ele. In vivo, graças à sua biodisponibilidade e à sua cinética, interage de maneira permanente com o receptor sem efeito androgénio tendo como consequências: – inibição dos efeitos dos androgénios de origem surrenaliana – inibição dos efeitos potenciais de aumento da testosterona provocada por um análogo da LHRH, nos primeiros dias de tratamento.

PROPRIEDADES FARMACOCINÉTICAS Após administração única: – a nilutamida é rapidamente e totalmente absorvida; – o produto circulante é essencialmente do produto inalterado; – a semi-vida de eliminação é, em média, de 56 horas nos pacientes; – o produto é eliminado essencialmente por via urinária sob a forma de metabolitos glucoro e/ou sulfoconjugados, a proporção de produto inalterado nas urinas não tem valor a ter em conta;

Após administração repetida no doente: – o estado estável é atingido em 2 semanas sem que se observe em seguida acumulação – as concentrações plasmáticas observadas no equilíbrio são proporcionais às doses, independentes da creatininémia e do número de tomas por dia com dose diária constante.

CONTRA-INDICAÇÕES Hipersensibilidade à nilutamida ou a qualquer outro componente de ANANDRON. Insuficiência hepática grave. Insuficiência respiratória grave.

EFEITOS INDESEJÁVEIS Visuais Perturbações da acomodação à obscuridade e à visão das cores (cerca de 25% dos doentes tratados). Estas perturbações que podem diminuir com a continuação do tratamento são pouco graves e sempre reversíveis com a paragem do tratamento. Podem ser melhoradas com o uso de óculos escuros. Respiratórios

Síndroma pulmonar intersticial (frequência 1 a 2%) apresentando-se como dispneia com tosse, dor torácica e febre. Isto ocorre mais frequentemente nos primeiros 3 meses de tratamento e exige interrupção do tratamento. Hepáticos Aumento transitório das transaminases que podem normalizar-se mesmo continuando o tratamento. Contudo, se houver um aumento de mais de 3 vezes acima do limite do nível normal, deve-se interromper o tratamento (ver também Precauções de utilização). Gastrintestinais Náusea, vómitos. Hematológicos Excepcionalmente, anemia aplástica, não se tendo determinado se é devida ao medicamento. Endócrinos Impotência, diminuição da líbido, acessos de calor, ginecomastia, suores e perda de pelos são consequência do efeito terapêutico esperado. Se notar qualquer efeito indesejável, deverá comunicá-lo ao seu médico ou farmacêutico.

INTERACÇÕES MEDICAMENTOSAS
A nilutamida pode reduzir o metabolismo hepático de certas substâncias, tais como: antivitaminas K, fenitoína, propranolol, clordiazepoxide, diazepam e teofilina, cuja eliminação pode ser retardada e as taxas sanguíneas aumentadas. A posologia destes medicamentos ou de outros tendo um metabolismo semelhante, pode necessitar de um ajustamento, quando são coadministrados com a nilutamida. Em caso de tratamento conjunto por antivitaminas K, é recomendado controlar atentamente a coagulação (taxa de protrombina) e reduzir, em caso excedente, a posologia das antivitaminas K durante o tratamento pela nilutamida.

PRECAUÇÕES DE EMPREGO -antes do tratamentoO estado hepático e respiratório do doente deve ser avaliado e a necessidade de assinalar qualquer sintoma sugestivo de lesão hepática ou qualquer sintoma respiratório deve ser sublinhado. -durante o tratamentoEm caso de aparecimento duma dispneia inexplicada ou de agravamento duma dispneia préexistente, fazer uma radiografia pulmonar. A descoberta duma pneumonia intersticial deve interromper o tratamento. A administração de corticosteróides pode ser considerada. Em caso de sinais clínicos fazendo suspeitar de uma hepatite: náuseas, vómitos, dores abdominais, icterícia, verificar as transaminases; se estiverem elevadas, acima de 3 vezes o

limite superior ao normal, tem de se interromper o tratamento. Deve evitar-se a ingestão de bebidas alcoólicas se causarem manifestações de intolerância, tal como mal estar e rubor vasomotor. Síndroma de supressão de antiandrogénio: Em doentes medicados com um antiandrogénio, cuja doença está em progressão, a supressão do antiandrogénio pode estar associada com uma resposta de privação. EFEITOS SOBRE A CAPACIDADE DE CONDUÇÃO E UTILIZAÇÃO DE MÁQUINAS Os condutores e utilizadores de máquinas devem ser avisados do risco de distúrbios oculares e intolerância ao álcool quando se toma nilutamida.

MODO DE EMPREGO E POSOLOGIA
O tratamento com a nilutamida deve ser iniciado desde a castração, quer seja médica ou cirúrgica. – Tratamento inicial: 300 mg/dia durante 4 semanas – Tratamento de manutenção: 150 mg/dia. A dose quotidiana pode ser indiferentemente tomada em 1 ou mais tomas. A passagem ao tratamento de manutenção pode ser mais precoce em caso de aparecimento de efeitos indesejáveis em particular digestivos ou visuais.

SUSPENSÃO DO TRATAMENTO Na insuficiência respiratória, todo o agravamento da dispneia deve fazer interromper o tratamento e deve ser feita uma aspiração.

SOBREDOSAGEM A absorção de doses superiores a 300 mg/dia pode provocar efeitos secundários tais como perturbações digestivas, vertigens.

ADVERTÊNCIAS Os comprimidos contêm lactose. Se foi informado pelo seu médico que tem intolerância a alguns açúcares, contacte-o antes de tomar este medicamento. O utente deve comunicar ao seu médico ou farmacêutico os efeitos indesejáveis detectados e que não constem neste folheto informativo.

COMUNICAÇÃO DE EFEITOS SECUNDÁRIOS Se notar qualquer reacção adversa deverá informar o seu médico assistente ou o farmacêutico.

PRAZO DE VALIDADE O utente deve verificar o prazo de validade inscrito na embalagem ou no recipiente.

PRECAUÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO Manter fora do alcance e da vista das crianças. Não conservar acima de 25º C.

PRECAUÇÕES ESPECIAIS PARA A DESTRUIÇÃO DO PRODUTO NÃO UTILIZADO Não existem requisitos especiais.

Data da última revisão:

Anandron Nilutamida bula do medicamento

FOLHETO INFORMATIVO Leia atentamente este folheto antes de utilizar o medicamento – Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente. – Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico. – Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode serlhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas

ANANDRON 50 mg Comprimidos ANANDRON 100 mg Comprimidos (nilutamida)

COMPOSIÇÃO Cada comprimido contém: Nilutamida ………… 50 mg Nilutamida …………100 mg Excipientes: amido de milho, lactose, polividona, docusato de sódio, estearato de magnésio, talco.

FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO Comprimidos brancos. Embalagens de 90 comprimidos doseados a 50 mg. Embalagens de 30 comprimidos doseados a 100 mg.

INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS Cancro da próstata metastisado, em combinação com a castração cirúrgica ou médica, observando-se a eficácia nos doentes não tratados anteriormente.

TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Sanofi-Aventis – Produtos Farmacêuticos,S.A.

Empreendimento Lagoas Park – Edifício 7, 3ºAndar 2740-244 Porto Salvo
CLASSIFICAÇÃO FARMACOTERAPÊUTICA 16.2.2.2 Antiandrogénios A nilutamida é um antiandrogénio específico não esteróide.

PROPRIEDADES FARMACODINÂMICAS In vitro, fixa-se ao receptor androgénio, impedindo, assim, que os androgénios se liguem a ele. In vivo, graças à sua biodisponibilidade e à sua cinética, interage de maneira permanente com o receptor sem efeito androgénio tendo como consequências: – inibição dos efeitos dos androgénios de origem surrenaliana – inibição dos efeitos potenciais de aumento da testosterona provocada por um análogo da LHRH, nos primeiros dias de tratamento.

PROPRIEDADES FARMACOCINÉTICAS Após administração única: – a nilutamida é rapidamente e totalmente absorvida; – o produto circulante é essencialmente do produto inalterado; – a semi-vida de eliminação é, em média, de 56 horas nos pacientes; – o produto é eliminado essencialmente por via urinária sob a forma de metabolitos glucoro e/ou sulfoconjugados, a proporção de produto inalterado nas urinas não tem valor a ter em conta;

Após administração repetida no doente: – o estado estável é atingido em 2 semanas sem que se observe em seguida acumulação – as concentrações plasmáticas observadas no equilíbrio são proporcionais às doses, independentes da creatininémia e do número de tomas por dia com dose diária constante.

CONTRA-INDICAÇÕES Hipersensibilidade à nilutamida ou a qualquer outro componente de ANANDRON. Insuficiência hepática grave. Insuficiência respiratória grave.

EFEITOS INDESEJÁVEIS Visuais Perturbações da acomodação à obscuridade e à visão das cores (cerca de 25% dos doentes tratados). Estas perturbações que podem diminuir com a continuação do tratamento são pouco graves e sempre reversíveis com a paragem do tratamento. Podem ser melhoradas com o uso de óculos escuros. Respiratórios

Síndroma pulmonar intersticial (frequência 1 a 2%) apresentando-se como dispneia com tosse, dor torácica e febre. Isto ocorre mais frequentemente nos primeiros 3 meses de tratamento e exige interrupção do tratamento. Hepáticos Aumento transitório das transaminases que podem normalizar-se mesmo continuando o tratamento. Contudo, se houver um aumento de mais de 3 vezes acima do limite do nível normal, deve-se interromper o tratamento (ver também Precauções de utilização). Gastrintestinais Náusea, vómitos. Hematológicos Excepcionalmente, anemia aplástica, não se tendo determinado se é devida ao medicamento. Endócrinos Impotência, diminuição da líbido, acessos de calor, ginecomastia, suores e perda de pelos são consequência do efeito terapêutico esperado. Se notar qualquer efeito indesejável, deverá comunicá-lo ao seu médico ou farmacêutico.

INTERACÇÕES MEDICAMENTOSAS
A nilutamida pode reduzir o metabolismo hepático de certas substâncias, tais como: antivitaminas K, fenitoína, propranolol, clordiazepoxide, diazepam e teofilina, cuja eliminação pode ser retardada e as taxas sanguíneas aumentadas. A posologia destes medicamentos ou de outros tendo um metabolismo semelhante, pode necessitar de um ajustamento, quando são coadministrados com a nilutamida. Em caso de tratamento conjunto por antivitaminas K, é recomendado controlar atentamente a coagulação (taxa de protrombina) e reduzir, em caso excedente, a posologia das antivitaminas K durante o tratamento pela nilutamida.

PRECAUÇÕES DE EMPREGO -antes do tratamentoO estado hepático e respiratório do doente deve ser avaliado e a necessidade de assinalar qualquer sintoma sugestivo de lesão hepática ou qualquer sintoma respiratório deve ser sublinhado. -durante o tratamentoEm caso de aparecimento duma dispneia inexplicada ou de agravamento duma dispneia préexistente, fazer uma radiografia pulmonar. A descoberta duma pneumonia intersticial deve interromper o tratamento. A administração de corticosteróides pode ser considerada. Em caso de sinais clínicos fazendo suspeitar de uma hepatite: náuseas, vómitos, dores abdominais, icterícia, verificar as transaminases; se estiverem elevadas, acima de 3 vezes o

limite superior ao normal, tem de se interromper o tratamento. Deve evitar-se a ingestão de bebidas alcoólicas se causarem manifestações de intolerância, tal como mal estar e rubor vasomotor. Síndroma de supressão de antiandrogénio: Em doentes medicados com um antiandrogénio, cuja doença está em progressão, a supressão do antiandrogénio pode estar associada com uma resposta de privação. EFEITOS SOBRE A CAPACIDADE DE CONDUÇÃO E UTILIZAÇÃO DE MÁQUINAS Os condutores e utilizadores de máquinas devem ser avisados do risco de distúrbios oculares e intolerância ao álcool quando se toma nilutamida.

MODO DE EMPREGO E POSOLOGIA
O tratamento com a nilutamida deve ser iniciado desde a castração, quer seja médica ou cirúrgica. – Tratamento inicial: 300 mg/dia durante 4 semanas – Tratamento de manutenção: 150 mg/dia. A dose quotidiana pode ser indiferentemente tomada em 1 ou mais tomas. A passagem ao tratamento de manutenção pode ser mais precoce em caso de aparecimento de efeitos indesejáveis em particular digestivos ou visuais.

SUSPENSÃO DO TRATAMENTO Na insuficiência respiratória, todo o agravamento da dispneia deve fazer interromper o tratamento e deve ser feita uma aspiração.

SOBREDOSAGEM A absorção de doses superiores a 300 mg/dia pode provocar efeitos secundários tais como perturbações digestivas, vertigens.

ADVERTÊNCIAS Os comprimidos contêm lactose. Se foi informado pelo seu médico que tem intolerância a alguns açúcares, contacte-o antes de tomar este medicamento. O utente deve comunicar ao seu médico ou farmacêutico os efeitos indesejáveis detectados e que não constem neste folheto informativo.

COMUNICAÇÃO DE EFEITOS SECUNDÁRIOS Se notar qualquer reacção adversa deverá informar o seu médico assistente ou o farmacêutico.

PRAZO DE VALIDADE O utente deve verificar o prazo de validade inscrito na embalagem ou no recipiente.

PRECAUÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO Manter fora do alcance e da vista das crianças. Não conservar acima de 25º C.

PRECAUÇÕES ESPECIAIS PARA A DESTRUIÇÃO DO PRODUTO NÃO UTILIZADO Não existem requisitos especiais.

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Categorias
Hidrolisado cerebral de porco Medicamento para alterações funções cognitivas

Cerebrolysine bula do medicamento

Neste folheto:
1.O que é CEREBROLYSINE e para que é utilizado
2.Antes de utilizar CEREBROLYSINE
3.Como utilizar CEREBROLYSINE
4.Efeitos secundários de CEREBROLYSINE
5.Como conservar CEREBROLYSINE
6.Outras informações

CEREBROLYSINE, associação, solução injectável

Hidrolisado cerebral de porco

Leia atentamente este folheto antes de utilizar este medicamento.
– Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
– Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode serlhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
– Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

1. O QUE É CEREBROLYSINE E PARA QUE É UTILIZADO
Cada ml de solução aquosa de CEREBROLYSINE contém hidrolisado cerebral de porco isento de proteínas correspondente a 40 mg de substância seca e um conteúdo total em nitrogénio de 5,3 mg.
CEREBRLYSINE é um medicamento complexo produzido por hidrólise controlada, que permite manter uma relação final constante entre aminoácidos e péptidos de baixo peso molecular.
CEREBROLYSINE pertence a um grupo de medicamentos utilizados no tratamento sintomático das alterações das funções cognitivas CEREBROLYSINE é utilizado em demência degenerativa primária, como demência do tipo Alzheimer, demência de origem vascular e formas mistas de demência e em funções cerebrais alteradas após acidente vascular cerebral.
O medicamento contém péptidos biologicamente activos com uma acção altamente específica a nível cerebral, cujo mecanismo de acção multimodal protege e restaura a actividade cerebral.

A acção multimodal engloba uma acção de regulação do metabolismo energético neuronial, uma modulação da plasticidade sináptica e uma acção neurotrófica específica, do tipo Factor de Crescimento Nervoso (NGF), que se pode detectar até 8 horas após a administração. Daqui resulta uma melhoria na capacidade de aprendizagem, um aumento do crescimento dos neurónios in vitro e in vivo e um efeito neurotrófico positivo.

Foi experimentalmente demonstrado que a administração de Cerebrolysine melhora a taxa de transporte de glucose através da barreira hemato-encefálica e estimula o metabolismo da glucose, reduzindo simultaneamente a concentração de ácido láctico cerebral.

2.ANTES DE UTILIZAR CEREBROLYSINE
Não utilize CEREBROLYSINE
-Se tem alergia (hipersensibilidade) às substâncias activas ou a qualquer outro componente de CEREBROLYSINE.
-Se tiver epilepsia. No estado epiléptico e grande mal epiléptico pode surgir um aumento da frequência dos ataques.
-Se tiver a função renal gravemente alterada.

Tome especial cuidado com CEREBROLYSINE
Antes do tratamento, fale com o seu médico:
Se tiver epilepsia. No estado epiléptico e grande mal epiléptico pode surgir um aumento da frequência dos ataques.
Se tiver problemas renais. Doentes com alterações renais graves devem ser excluídos da terapia com CEREBROLYSINE.

Utilizar CEREBROLYSINE com outros medicamentos
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.
– Devido às propriedades farmacológicas de CEREBROLYSINE, a administração simultânea com medicamentos antidepressores ou inibidores da MAO (monoaminoxidase) pode levar a efeitos aditivos. O seu médico poderá ter necessidade de ajustar a dose destes medicamentos.
– CEREBROLYSINE não deve ser administrado simultaneamente com soluções equilibradas de aminoácidos.

Gravidez e aleitamento
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
O uso de CEREBROLYSINE durante a gravidez e lactação deve ser rigorosamente controlado e seguido pelo médico.

Condução de veículos e utilização de máquinas
Os efeitos de CEREBROLYSINE sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas são nulos ou desprezíveis.

Informações importantes sobre alguns componentes de CEREBROLYSINE
Este medicamento contém menos do que 1 mmol (23 mg) de sódio por ampola, ou seja, é praticamente “isento de sódio” (informação relativa a um valor calculado com base na quantidade total de Na+ no medicamento).

3.COMO UTILIZAR CEREBROLYSINE
Utilizar CEREBROLYSINE sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
As ampolas que contêm o medicamento só devem ser abertas imediatamente antes da sua administração.
A terapêutica com Cerebrolysine deve ser criteriosamente aplicada. Dosagens, frequência de aplicação e duração do tratamento vão depender da idade, peso do paciente e grau de severidade da doença.
Recomenda-se a administração de uma injecção diária, de acordo com um plano de tratamento de pelo menos 10 – 20 dias no total.
Doses de 1 a 2 ml diários são utilizadas nos casos mais leves, até 5 ml em casos moderados e, de 10 a 30 ml diários nos casos mais graves.
Estes planos terapêuticos podem ser repetidos várias vezes, de acordo com o estado clínico.
Em alguns casos há conveniência de uma terapia de ataque com doses mais elevadas, a que se segue uma terapia de manutenção com doses mais baixas, até porque nos casos mais graves não se recomenda a interrupção abrupta da terapia, mas sim a sua continuação com uma injecção em dias alternados ou 2 a 3 injecções por semana.
A administração IM é preferida nas doses mais baixas até 5 ml e a administração IV para as doses mais altas até 10 ml. Também pode ser administrada na forma de perfusão de 10 a 30 ml de Cerebrolysine em 250 ml de solução salina fisiológica, que se injecta lentamente (60 – 120 min.).

Se utilizar mais CEREBROLYSINE do que deveria
Não existem registos de intoxicação por dosagem excessiva com CEREBROLYSINE nem de medidas de urgência ou antídotos específicos, uma vez que se trata de um medicamento cuja matéria-prima é de origem natural. Em caso de eventual sobredosagem deverá contactar o seu médico ou ir ao serviço de urgências do hospital mais próximo. O tratamento deverá ser o geral para este tipo de medicamento, tendo em conta a sintomatologia apresentada.

Caso se tenha esquecido de utilizar CEREBROLYSINE
Tome-o assim que se lembrar e em seguida continue o tratamento como antes. Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.

4.EFEITOS SECUNDÁRIOS DE CEREBROLYSINE
Como todos os medicamentos, CEREBROLYSINE pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.
Cerebrolysine é geralmente bem tolerado. Se for rapidamente injectado pode causar uma leve sensação de calor.
Em casos muito raros, ocorreu reacção de hipersensibilidade, que se manifestou por arrepios, dor de cabeça ou um ligeiro aumento da temperatura corporal e febre. Em caso algum os efeitos indesejáveis persistiram ou se mostraram nocivos para o doente.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

5.COMO CONSERVAR CEREBROLYSINE
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Não utilize CEREBROLYSINE após o prazo de validade impresso no rótulo das ampolas e na embalagem exterior, após VAL. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Conservar a temperatura inferior a 25ºC.
Conservar na embalagem de origem para proteger da luz e da humidade.
Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

6.OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição de CEREBROLYSINE
1ml de solução aquosa contém hidrolisado cerebral de porco isento de proteínas correspondente a 40 mg de substância seca e um conteúdo total em nitrogénio de 5,3 mg.

Conteúdo em aminoácidos por ml de solução injectável:
Ác. L-Aspártico – 3,0 mg/ml
Ác. L-Glutâmico – 4,5 mg/ml
Glicina – 1,5 mg/ml
L-Alanina – 3,0 mg/ml
L-Arginina – 0,3 mg/ml
L-Histidina – 1,3 mg/ml
L-Isoleucina – 2,0 mg/ml
L-Leucina – 6,0 mg/ml
L-Lisina – 6,0 mg/ml
L-Metionina – 0,5 mg/ml
L-Fenilalanina – 2,0 mg/ml
L-Prolina – 2,0 mg/ml
L-Serina – 0,3 mg/ml
L-Treonina – 0,3 mg/ml
L-Triptofano – 0,5 mg/ml
L-Valina – 2,0 mg/ml

Os outros componentes são:
Hidróxido de sódio, 2,1 mg/ml
Água para injectáveis

Qual o aspecto de CEREBROLYSINE e conteúdo da embalagem
CEREBROLYSINE é uma solução injectável âmbar, transparente para injecção intramuscular ou intravenosa.

Apresentação:
Embalagens de 10 ampolas de vidro de tipo I, âmbar, com a capacidade de 1 ml
Embalagens de 5 ampolas de vidro de tipo I, âmbar, com a capacidade de 5 ml
Embalagens de 5 ampolas de vidro de tipo I, âmbar, com a capacidade de 10 ml
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.

Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
BIOPORTUGAL Químico-Farmacêutica, Lda.
Alameda Fernão Lopes, 19-E, Miraflores, 1495-135 Algés
Telefone: 214139750
Fax: 214108928

Fabricante
EBEWE Pharma Ges.m.b.H. Nfg.KG
A-4866 Unterach, Áustria

Este folheto foi aprovado pela última vez em: 03-10-2007

Categorias
Fluvastatina

CARACTERÍSTICAS DO LESCOL XL bula do medicamento

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
LESCOL XL

1. NOME DO MEDICAMENTO
Lescol XL, 80 mg, comprimidos de libertação prolongada.

2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA DO LESCOL XL
Substância activa: [R*, S*-(E)]-(±)-7-[3-(4-fluorofenil)-1-(1 -metiletil)-1 H-indol-2-il]-3,5-dihidroxi-6-heptenoato (fluvastatina sódica)

Um comprimido de libertação prolongada de Lescol XL contém 84,24 mg de fluvastatina sódica equivalente a 80 mg de fluvastatina base.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.

3. FORMA FARMACÊUTICA DO LESCOL XL
Comprimidos de libertação prolongada.

4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS DO LESCOL XL
4.1 Indicações terapêuticas

O Lescol XL está indicado como adjuvante da dieta na redução dos níveis elevados de colesterol total, colesterol das lipoproteínas de baixa densidade (colesterol-LDL), apolipoproteína B (apo-B) e triglicéridos e no aumento do colesterol das lipoproteínas de alta densidade (colesterol-HDL) em doentes com hipercolesterolemia e dislipidemia mista primárias (Tipos IIa e IIb de Fredrickson).

O Lescol XL está indicado para retardar a progressão da aterosclerose das artérias coronárias em doentes com hipercolesterolemia primária, incluindo as formas ligeiras, e doença cardíaca coronária.

O Lescol XL está também indicado na prevenção secundária de efeitos adversos cardíacos maiores (morte cardíaca, enfarte do miocárdio não fatal e revascularização coronária) em doentes com doença cardíaca coronária após cateterismo coronário.

4.2 Posologia e modo de administração
Posologia para adultos

Antes de iniciar o tratamento com Lescol XL o doente deve ser submetido a uma dieta padrão de redução do colesterol que deve manter-se durante o tratamento.
A dose inicial recomendada é de 40 mg (1 cápsula de Lescol 40 mg) ou 80 mg (1 comprimido de Lescol XL 80 mg ou duas cápsulas de Lescol 40 mg) uma vez por dia. A dose de 20 mg de fluvastatina (1 cápsula de Lescol 20 mg) pode ser adequada em casos ligeiros. As doses iniciais devem ser individualizadas de acordo com os níveis basais de colesterol-LDL e com o objectivo terapêutico a atingir.

Em doentes com doença cardíaca coronária após cateterismo coronário a dose adequada é de 80 mg por dia.

Lescol XL pode ser administrado como uma dose única em qualquer momento do dia, com ou sem alimentos. Os comprimidos devem ser engolidos inteiros com um copo de água. O efeito hipolipemiante máximo com uma dada dose do fármaco é obtido em 4 semanas. As doses devem ser ajustadas de acordo com a resposta do doente e os ajustamentos posológicos devem ser realizados em intervalos de 4 semanas ou mais. O efeito terapêutico de Lescol XL mantém-se com a administração prolongada.

Lescol XL é eficaz em monoterapia. Existem dados que suportam a eficácia e a segurança da fluvastatina em combinação com ácido nicotínico, colestiramina ou fibratos (ver secção 4.5 Interacções medicamentosas e outras).

Crianças e adolescentes com hipercolesterolemia familiar heterozigótica Antes do início do tratamento com Lescol em crianças e adolescentes com 9 ou mais anos de idade que sofram de hipercolesterolemia familiar heterozigótica, o doente deve ser submetido a uma dieta padrão de redução do colesterol, que deve ser mantida durante o tratamento.

A dose inicial recomendada é de 40 mg (1 cápsula de Lescol 40 mg) ou 80 mg (1 comprimido de libertação prolongada de Lescol XL) uma vez por dia. A dose de 20 mg de fluvastatina (1 cápsula de Lescol 20 mg) pode ser adequada em casos ligeiros. As doses iniciais devem ser individualizadas de acordo com os níveis basais de colesterol-LDL e com o objectivo terapêutico a atingir.

O uso da fluvastatina em combinação com o ácido nicotínico, colestiramina, ou fibratos em crianças e adolescentes não foi estudado.

Doentes com insuficiência da função renal
A fluvastatina é depurada pelo fígado sendo excretados pela urina menos de 6 % da dose administrada. A farmacocinética da fluvastatina permanece inalterada em doentes com insuficiência renal ligeira a grave. Não são assim necessários ajustamentos posológicos nestes doentes.

Doentes com insuficiência da função hepática
Lescol XL está contra-indicado em doentes com doença hepática activa ou elevações inexplicadas e persistentes das transaminases séricas (ver secção 4.3 e secção 4.4).
Idosos
Nos estudos clínicos com Lescol XL foram demonstradas a eficácia e a tolerabilidade em grupos etários acima e abaixo de 65 anos. No grupo dos idosos (>65 anos), verificou-se um aumento da resposta ao tratamento e não houve evidência de redução da tolerabilidade. Por conseguinte, não são necessários ajustamentos posológicos com base na idade.

4.3 Contra-indicações
Lescol XL é contra-indicado:
-em doentes com hipersensibilidade conhecida à fluvastatina ou a qualquer um dos excipientes.
-em doentes com doença hepática activa ou elevações inexplicadas e persistentes das transaminases séricas; colestase. -distúrbios miopáticos.
-durante a gravidez e aleitamento (ver secção 4.6).

4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Função Hepática
Tal como com outros fármacos hipolipemiantes, recomenda-se que sejam realizadas provas de função hepática antes do início do tratamento, e 12 semanas após o início do tratamento ou aumento da dose e periodicamente depois disso, em todos os doentes. Se um aumento da aspartato aminotransferase ou alanina aminotransferase exceder 3 vezes o limite superior do normal e persistir, o tratamento deve ser interrompido. Em casos muito raros foi observada a ocorrência de hepatite possivelmente relacionada com o fármaco, que regrediu com a interrupção do tratamento.

Deve ser tida precaução quando Lescol XL é administrado a doentes com antecedentes de doença hepática ou elevada ingestão de álcool.

Músculo Esquelético
Com a fluvastatina casos de miopatia foram relatados raramente, enquanto que casos de miosite e de rabdomiólise foram relatados muito raramente. Em doentes com mialgias difusas não explicadas, sensibilidade muscular ou fraqueza muscular e/ou um aumento acentuado dos valores da creatinina cinase (CK), terão de ser consideradas miopatia, miosite ou rabdomiólise. Os doentes devem assim ser aconselhados a comunicar imediatamente dores musculares não explicadas, sensibilidade muscular ou fraqueza muscular, em particular se acompanhados de febre ou mal estar.

Determinação da creatinina cinase:
Não existe evidência actual para requerer a monitorização por rotina da creatinina cinase total no plasma ou de outros níveis de enzimas musculares nos doentes assintomáticos a tomar estatinas. Se a creatinina cinase tiver de ser medida, a determinação não deve ser efectuada após exercício violento ou na presença de alguma
causa alternativa plausível de aumentar a CK, já que isto dificulta a interpretação dos valores.

Antes do tratamento:
Tal como com todas as outras estatinas, os médicos devem prescrever fluvastatina com cuidado em doentes com factores de predisposição para rabdomiólise e suas complicações. Antes de iniciar o tratamento com fluvastatina o nível de creatinina cinase deve ser determinado nas seguintes situações:

Insuficiência renal Hipotiroidismo
Antecedentes pessoais ou familiares de perturbações musculares hereditárias Antecedentes de toxicidade muscular com uma estatina ou fibrato Abuso de álcool
Nos idosos (idade > 70 anos), a necessidade de tal determinação deve ser considerada, de acordo com a presença de outros factores de predisposição para rabdomiólise.

Nestas situações, o risco do tratamento deve ser considerado em relação ao possível benefício e é recomendada monitorização clínica. Se os níveis basais de CK estiverem significativamente elevados (> 5xULN), devem ser novamente determinados 5 a 7 dias mais tarde para confirmar os resultados. Se os níveis basais de CK ainda estiverem significativamente elevados (> 5xULN), o tratamento não deve ser iniciado.

Durante o tratamento:
Se ocorrerem sintomas musculares como dor, fraqueza ou cãibras em doentes a tomar fluvastatina, os seus níveis de CK devem ser medidos. O tratamento deve ser interrompido se se verificar que estes níveis estão significativamente elevados (> 5xULN).
Se os sintomas musculares forem graves e causarem desconforto diário, mesmo que os níveis de CK estejam elevados < 5xULN, deve ser considerada a interrupção do tratamento.

Se os sintomas desaparecerem e os níveis de CK voltarem ao normal, pode então ser considerada a reintrodução da fluvastatina ou de outra estatina na dose mais baixa e sob monitorização cuidadosa.

Foi observado risco aumentado de miopatia em doentes medicados com fármacos imunossupressores (incluíndo a ciclosporina), fibratos, ácido nicotínico ou eritromicina juntamente com outros inibidores da HMG-CoA redutase. No entanto, em ensaios clínicos com doentes tratados com fluvastatina em combinação com ácido nicotínico, fibratos ou ciclosporina, não foi observada miopatia. Após a comercialização foram reportados casos isolados de miopatia durante a administração concomitante de fluvastatina com ciclosporina e fluvastatina com colchicina. Lescol XL deve ser usado com precaução em doentes a receber esta medicação concomitante (ver secção 4.5 ).
Hipercolesterolemia familiar homozigótica
Não há dados disponíveis sobre a utilização de fluvastatina em doentes com uma situação rara conhecida como hipercolesterolemia familiar homozigótica.

Crianças e adolescentes com hipercolesterolemia familiar heterozigótica Nos doentes com idade inferior a 18 anos, a eficácia e segurança não foram estudadas em períodos de tratamento superiores a 2 anos. Não existem dados disponíveis acerca da maturação física, intelectual e sexual em períodos de tratamento prolongado. Não foi estabelecida a eficácia a longo termo da terapêutica com Lescol na infância para reduzir a morbilidade e mortalidade no estado adulto (ver secção 5.1).

A fluvastatina só foi estudada em crianças com 9 ou mais anos de idade com hipercolesterolemia familiar heterozigótica (ver secção 5.1). No caso de crianças pré-pubertais, devido ao facto da experiência ser limitada neste grupo, os potenciais riscos e benefícios devem ser avaliados cuidadosamente antes de se iniciar o tratamento.

Precauções adicionais
Os resultados clínicos não indicam qualquer efeito adverso da fluvastatina ao nível do cristalino do Homem. Porém, tal como com outros compostos desta classe, foram observados casos isolados de opacidade do cristalino num estudo em cães. Por este motivo recomenda-se a realização de um exame oftalmológico antes do início do tratamento com fluvastatina, tal como com outros inibidores da HMG-CoA redutase, o qual deve ser repetido anualmente.

Em casos raros a administração de inibidores da HMG-CoA redutase pode estar associada a distúrbios da potência sexual. Até à data os resultados clínicos não evidenciaram nenhum efeito deste tipo com a fluvastatina.

4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção

Interacção com alimentos
Não existem diferenças aparentes nos efeitos hipolipemiantes da fluvastatina quando administrada com a refeição da noite ou 4 horas após a refeição da noite. Com base na ausência de interacção da fluvastatina com outros substratos do CYP3A4, não é expectável que a fluvastatina interaja com o sumo de toranja.

Interacções medicamentosas

Efeito de outros fármacos sobre a fluvastatina Sequestrantes dos ácidos biliares
A fluvastatina deve ser administrada pelo menos 4 horas após a resina (ex: colestiramina) para evitar uma interacção significativa devida à ligação da resina ao fármaco.

Derivados do ácido fíbrico (fibratos) e niacina (ácido nicotínico)
A administração concomitante de fluvastatina com bezafibrato, gemfibrozil, ciprofibrato ou niacina (ácido nicotínico) não tem efeito clinicamente significativo na biodisponibilidade da fluvastatina ou do outro agente hipolipemiante. No entanto, uma vez que foi observado um risco aumentado de miopatia em doentes a receber outros inibidores da HMG-CoA redutase concomitantemente com qualquer destas moléculas, estas associações devem ser usadas com precaução (ver secção 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização).

Itraconazol e eritromicina
A administração concomitante de fluvastatina com os potentes inibidores do citocromo P450 (CYP) 3A4 itraconazol e eritromicina tem efeitos mínimos na biodisponibilidade da fluvastatina. Dado o envolvimento mínimo desta enzima no metabolismo da fluvastatina, não é de esperar que outros inibidores do CYP 3A4 (ex. cetoconazol, ciclosporina) alterem a biodisponibilidade da fluvastatina.

Fluconazol
A administração de fluvastatina a voluntários saudáveis previamente tratados com fluconazol (inibidor do CYP 2C9) resultou num aumento da exposição e das concentrações-pico de fluvastatina em cerca de 84% e 44%. Ainda que não exista evidência clínica de que o perfil de segurança da fluvastatina foi alterado em doentes previamente tratados com fluconazol durante 4 dias, deve ter-se precaução quando se administra fluvastatina concomitantemente com fluconazol.

Ciclosporina
Estudos em doentes transplantados renais indicam que a biodisponibilidade da fluvastatina (até 40 mg/dia) não se eleva de forma clinicamente significativa em doentes em regimes estáveis de ciclosporina. Não foi observado qualquer efeito da fluvastatina (dose máxima 40 mg/dia) nos níveis sanguíneos de ciclosporina durante a administração concomitante. Os resultados de um outro estudo em que Lescol XL foi administrado a doentes transplantados renais medicados com um regime estável de ciclosporina mostrou que a exposição à fluvastatina (AUC) e a concentração máxima (Cmax) foram aumentadas em 2 vezes comparativamente com dados históricos em voluntários saudáveis. Ainda que estes aumentos dos níveis de fluvastatina não tenham sido clinicamente significativos, a combinação com ciclosporina deve ser usada com precaução (ver secção 4.4. Advertências e precauções especiais de utilização).

Rifampicina
A administração de fluvastatina a voluntários saudáveis previamente tratados com rifampicina resultou numa redução da biodisponibilidade da fluvastatina de cerca de 50%. Apesar de actualmente não existir evidência clínica de que a eficácia da fluvastatina na redução dos níveis lipídicos seja alterada em doentes submetidos a terapêutica prolongada com rifampicina (ex. tratamento da tuberculose), deve ser efectuado um ajustamento posológico adequado da fluvastatina, de forma a assegurar uma redução satisfatória dos níveis lipídicos.
Antagonistas dos receptores H2 da histamina e inibidores da bomba de protões A administração concomitante de fluvastatina com cimetidina, ranitidina ou omeprazol resulta num aumento da biodisponibilidade da fluvastatina que não tem relevância clínica. Embora não tenham sido realizados estudos de interacção adicionais, não é de esperar que outros antagonistas dos receptores H2/inibidores da bomba de protões alterem a biodisponibilidade da fluvastatina.

Fenitoína
O efeito mínimo da fenitoína na farmacocinética da fluvastatina indica que não é necessário ajustamento posológico da fluvastatina quando administrada concomitantemente com a fenitoína.

Agentes cardiovasculares
Não ocorrem interacções farmacocinéticas clinicamente significativas quando a fluvastatina é administrada concomitantemente com propranolol, digoxina, losartan ou amlodipina. Com base nos resultados de farmacocinética, não é necessária monitorização nem ajustamentos posológicos quando a fluvastatina é administrada concomitantemente com estes agentes.

Efeitos da fluvastatina sobre outros fármacos

Ciclosporina
Tanto Lescol (40mg) como Lescol XL (80mg) não tiveram efeito sobre a biodisponibilidade da ciclosporina quando administrados concomitantemente com esta (ver também: Efeitos de outros fármacos sobre a fluvastatina).

Colchicinas
Não existe informação disponível acerca da interacção farmacocinética entre a fluvastatina e a colchicina. No entanto, foram reportados anedoticamente casos de miotoxicidade, incluindo dor muscular, fraqueza e rabdomiólise com a administração concomitante com a colchicina.

Varfarina e outros derivados cumarínicos
Em voluntários saudáveis a utilização de fluvastatina e varfarina (dose única) não influenciou negativamente os níveis plasmáticos da varfarina e os tempos de protrombina em comparação com a varfarina isolada. No entanto, foram relatados, muito raramente, casos isolados de tempos de protrombina aumentados e/ou episódios de hemorragias em doentes tratados concomitantemente com fluvastatina e varfarina ou outros derivados cumarínicos. Recomenda-se que os tempos de protrombina sejam monitorizados quando se inicia ou interrompe o tratamento com fluvastatina ou se altera a posologia em doentes medicados com varfarina ou outros derivados cumarínicos.

Agentes antidiabéticos orais
Em doentes tratados com sulfonilureias orais (glibenclamida, tolbutamida) para o tratamento de diabetes mellitus não insulino-dependente (tipo 2) (DMNID), a administração de fluvastatina não levou a alterações clinicamente significativas no controlo da glicémia.

Em doentes com DMNID tratados com glibenclamida (n=32), a administração de fluvastatina (40mg duas vezes por dia durante 14 dias) aumentou a média de Cmax, AUC e t1/2 de glibenclamida em aproximadamente 50%, 69% e 121%, respectivamente. A glibenclamida (5 a 20 mg por dia) aumentou os valores médios de Cmax e AUC da fluvastatina em 44% e 51% respectivamente. Neste estudo não se registaram alterações nos níveis de glucose, insulina e péptido C. No entanto, os doentes com terapêutica concomitante com glibenclamida (gliburida) e fluvastatina devem continuar a ser apropriadamente monitorizados quando a sua dose de fluvastatina é aumentada para 80 mg por dia.

Os inibidores do CYP 2C9 podem interferir no metabolismo da fluvastatina. Como consequência, os doentes a receber concomitantemente fluvastatina e inibidores do CYP 2C9 devem ser monitorizados.

4.6 Gravidez e aleitamento
(ver secção 4.3)
Gravidez
Uma vez que os inibidores da HMG-CoA redutase diminuem a síntese de colesterol e, possivelmente, de outras substâncias biologicamente activas derivadas do colesterol, eles podem ser nocivos para o feto quando administrados a mulheres grávidas. Por este motivo, Lescol XL está contra-indicados durante a gravidez.
As mulheres em idade fértil devem utilizar precauções contraceptivas efectivas. Se uma mulher engravidar enquanto está a tomar Lescol XL, o tratamento deve ser interrompido.

Aleitamento
Lescol XL está contra-indicado em mães a amamentar.

4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas

Não existe informação sobre possíveis efeitos da fluvastatina na capacidade de condução de veículos e utilização de máquinas.

4.8 Efeitos indesejáveis

As reacções adversas estão indicadas por estimativas de frequência, as mais frequentes em primeiro lugar, de acordo com a seguinte convenção: muito frequentes (> 1/10); frequentes >1/100, <1/10); pouco frequentes (>1/1.000, <1/100); raras (>1/10.000, <1/1.000); muito raras (<1/10.000), desconhecido (não pode ser calculado a partir dos
dados disponíveis). Dentro de cada categoria de frequência, as reacções adversas estão organizadas por ordem decrescente de gravidade.
As reacções adversas medicamentosas relatadas com mais frequência são sintomatologia gastrointestinal menor, insónias e dores de cabeça.

Doenças do sangue e do sistema linfático Muito raros: trombocitopénia

Doenças do sistema imunitário Muitro raros: reacção anafilática

Perturbações do foro psiquiátrico Frequentes: insónia

Doenças do sistema nervoso Frequentes: cefaleias
Muito raros: parestesias, disestesias, hipoestesia, que também se sabe estarem associadas com as desordens hiperlipidémicas subjacentes.

Vasculopatias Muito raros: vasculite

Doenças gastrointestinais Frequentes: dispepsia, dor abdominal, náuseas Muito raros: pancreatite

Afecções hepatobiliares Muito raros: hepatite

Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneas
Raros: reacções de hipersensibilidade (por exemplo eritema, urticária) Muito raros: outras reacções cutâneas (por exemplo eczema, dermatite, exantema bolhoso), edema facial, angioedema

Afecções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos Raros: mialgia, fraqueza muscular, miopatia
Muito raros: rabdomiólise, miosite e reacções do tipo lúpus eritematoso Exames complementares de diagnóstico
Os inibidores da HMG-CoA redutase e outros agentes hipolipemiantes têm sido associados a anomalias bioquímicas da função hepática. Aumentos confirmados dos níveis das transaminases para mais de 3 vezes o limite superior do normal (ULN) ocorreram num pequeno número de doentes (1-2%).
Aumentos acentuados dos níveis de CK para mais de 5x ULN ocorreram num número muito pequeno de doentes (0,3-1,0%).
Crianças e adolescentes com hipercolesterolemia familiar heterozigótica O perfil de segurança da fluvastatina em crianças e adolescentes com hipercolesterolemia familiar heterozigótica determinada em 114 doentes, com idades compreendidas entre os 9-17 anos, tratadas em dois ensaios clínicos abertos não comparativos foi semelhante ao observado em adultos. Não foi observado nenhum efeito no crescimento ou na maturação sexual em qualquer dos ensaios clínicos. No entanto, a capacidade dos ensaios clínicos para determinar qualquer efeito do tratamento nesta área foi baixa.

4.9 Sobredosagem

Num estudo controlado com placebo, que incluiu 40 doentes hipercolesterolémicos, foram bem toleradas doses até 320 mg/dia (n=7 por grupo de dose) administradas como Lescol XL 80 mg comprimidos durante duas semanas. Não podem ser feitas recomendações específicas relativas ao tratamento de uma sobredosagem. Se ocorrer uma sobredosagem, esta deve ser tratada sintomaticamente e devem ser tomadas medidas de suporte, se necessário.

5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS DO LESCOL XL
5.1 Propriedades farmacodinâmicas

Grupo farmacoterapêutico: 3.7 – Aparelho cardiovascular. Antidislipidémicos,
código ATC: C10A A 04

A fluvastatina, um agente hipocolesterolémico inteiramente sintético, é um inibidor competitivo da HMG-CoA redutase, que é responsável pela conversão da HMG-CoA em mevalonato, um precursor dos esteróides, incluindo o colesterol. A fluvastatina exerce o seu principal efeito no fígado e é uma mistura racémica de dois eritro enantiómeros, dos quais um exerce a actividade farmacológica. A inibição da biossíntese do colesterol reduz o colesterol nas células hepáticas, o que estimula a síntese de receptores das LDL, e desse modo aumenta a absorção de partículas LDL. O resultado final destes mecanismos é uma redução da concentração plasmática de colesterol.

Lescol XL reduz o colesterol total, colesterol-LDL, apo-B e triglicéridos e aumenta o colesterol-HDL em doentes com hipercolesterolemia e dislipidemia mista. A resposta terapêutica é bem demonstrada em 2 semanas e a resposta máxima é obtida em 4 semanas a partir do início do tratamento e mantida durante o tratamento crónico. Em três ensaios multicêntricos, sob dupla ocultação, controlados em quase 1700 doentes com hipercolesterolemia e dislipidemia mista primárias, Lescol XL 80 mg foi comparado com Lescol 40 mg administrado ao deitar ou b.i.d. durante 24 semanas de tratamento.

As taxas de respondedores na altura em que foi obtida a resposta terapêutica máxima estão ilustradas na Figura 1 para as doses de Lescol 40 mg (redução média do colesterol-LDL de 26%) e Lescol XL 80 mg (redução média do colesterol-LDL de 36%).

Semana 4
(Resultados combinados de 3 estudos comparativos de aumento de dose)
Nestes estudos, o Lescol/Lescol XL reduziu de forma significativa o colesterol total, colesterol-LDL, apo-B e triglicéridos e aumentou o colesterol-HDL após 24 semanas de tratamento de uma forma determinada pela dose (Tabela 1).

Tabela 1
Alteração percentual média a partir dos valores basais após 24 semanas (Todos os doentes)

Dose C-total C-LDL C-HDL C-HDL (valor basal <35 mg/dL) Apo-B TG*
Lescol 40 -17% -25% +6% +10% -18% -12%
Lescol XL 80 -23% -34% +9% +14% -26% -19%
* alteração percentual média

Dos 857 doentes randomizados para Lescol XL 80 mg, 271 com dislipidemia mista primária (Tipo IIb de Fredrickson), definida pelos níveis plasmáticos basais de triglicéridos >200 mg/dL, apresentaram uma redução média dos triglicéridos de 25%.
Nestes doentes, o Lescol XL 80 mg produziu aumentos significativos do colesterol-HDL de 13%. Este efeito foi ainda mais pronunciado nos doentes com níveis basais de colesterol-HDL muito baixos (i.e. <35 mg/dL), que apresentaram aumentos médios do colesterol-HDL de 16%. Foram também obtidas reduções significativas no colesterol total, colesterol-LDL e apo-B (Tabela 2). Nestes estudos, foram excluídos os doentes com triglicéridos >400 mg/dL.

Tabela 2
Alteração percentual média a partir dos valores basais após 24 semanas (Dislipidemia Mista Primária)

Dose C-total C-LDL C-HDL Apo-B TG*
Lescol 40 -17% -23% +7% -17% -18%
Lescol XL 80 -24% -33% +13% -24% -25%
* alteração percentual média

No estudo LCAS (‘Lipoprotein and Coronary Atherosclerosis Study’), o efeito da fluvastatina na aterosclerose das artérias coronárias foi avaliado através de angiografia coronária quantitativa em doentes de ambos os sexos (35-75 anos de idade) com doença das artérias coronárias e hipercolesterolemia ligeira a moderada (valores basais de colesterol-LDL 115-190 mg/dL). Neste estudo clínico randomizado, sob dupla ocultação e controlado foram tratados 429 doentes com fluvastatina 40 mg/dia ou placebo. Os angiogramas coronários quantitativos foram avaliados no início e após 2,5 anos de tratamento.

O tratamento com fluvastatina retardou a progressão das lesões ateroscleróticas das artérias coronárias em 0,07 mm (intervalos de confiança de 95% para diferença de -0,1222 a -0,022 mm no tratamento) durante 2,5 anos, tal como determinado pela alteração no diâmetro mínimo do lúmen (fluvastatina -0,028 mm versus placebo -0,100 mm).

No estudo LIPS (‘Lescol Intervention Prevention Study’), o efeito da fluvastatina sobre os efeitos adversos cardíacos maiores (MACE) foi avaliado em doentes de ambos os sexos (18-80 anos de idade) com doença cardíaca coronária e um largo espectro de níveis de colesterol (CT basal: 3,5-7,0 mmol/L). Neste ensaio randomizado, sob dupla ocultação, controlado com placebo, a fluvastatina (N = 844), administrada em 80 mg por dia durante 4 anos, reduziu significativamente o risco do primeiro MACE em 22% (p = 0,013) em comparação com o placebo (N = 833). Estes efeitos benéficos foram particularmente notáveis em diabéticos e nos doentes com doença multivasos. A terapêutica com fluvastatina reduziu o risco de morte cardíaca e/ou enfarte do miocárdio em 31% (p = 0,065).
Crianças e adolescentes com hipercolesterolemia familiar heterozigótica A segurança e a eficácia de Lescol em crianças e adolescentes doentes com idades compreendidas entre os 9 – 16 anos com hipercolesterolemia familiar heterozigótica foi avaliada em dois ensaios clínicos abertos, não controlados, com a duração de 2 anos. Foram tratados 114 doentes (66 rapazes e 48 raparigas) com fluvastatina, administrada quer na forma farmacêutica de cápsulas de 20 mg e 40 mg duas vezes ao dia, quer na de comprimidos de libertação prolongada de 80 mg usando um regime de titulação de dose baseada nos valores de colesterol-LDL.

Fizeram parte do primeiro estudo 29 rapazes pré-pubertais, com idades compreendidas entre os 9 – 12 anos de idade, que apresentavam um nível de colesterol – LDL > percentil 90 para a idade e um progenitor com hipercolesterolemia primária e um familiar com história de doença isquémica cardíaca prematura ou com xantomas no tendão. O valor basal médio do colesterol-LDL foi de 226 mg/dL, equivalente a 5,8 mmol/L (intervalo: 137-354 mg/dL, equivalente a 3,6 – 9,2 mmol/L). Todos os doentes iniciaram a terapêutica com 20 mg de Lescol cápsulas diariamente, com ajustes de dose realizados em intervalos de 6 semanas para 40 mg diariamente e depois para 80 mg diariamente (40 mg duas vezes por dia), de forma a alcançar o objectivo terapêutico de 96,7 a 123,7 mg/dL (2,5 mmol/L a 3,2 mmol/L) de colesterol – LDL.

Para o segundo estudo foram recrutados 85 doentes, de sexo masculino e feminino, com idades compreendidas entre os 10 e 16 anos de idade, com valores de colesterol – LDL > 190 mg/dL (equivalente a 4,9 mmol/L) ou colesterol – LDL > 160 mg/dL (equivalente a 4,1 mmol/L) e com um ou mais factores de risco de doença coronária, ou colesterol – LDL > 160 mg/dL (equivalente a 4,1 mmol/L) e com defeito comprovado no receptor LDL.
O valor basal médio de colesterol – LDL foi de 225 mg/dL, equivalente a 5,8 mmol/L (intervalo: 148 – 343 mg/dL, equivalente a 3,8 – 8,9 mmol/L). Todos os doentes iniciaram a terapêutica com 20 mg de Lescol cápsulas diariamente, com ajustes de dose realizados em intervalos de 6 semanas para 40 mg diariamente e depois 80 mg diariamente (40 mg duas vezes por dia) para alcançar o objectivo terapêutico de valores de colesterol – LDL< 130 mg/dL (3,4 mmol/L).

No primeiro estudo, doses diárias de Lescol de 20 mg a 80 mg diminuíram os níveis plasmáticos de colesterol total e de colesterol – LDL em 21% e 27%, respectivamente. O valor médio de colesterol – LDL foi de 161 mg/dL equivalente a 4,2 mmol/L (intervalo: 74 – 336 mg/dL, equivalente a 1,9 – 8,7 mmol/L). No segundo estudo, doses diárias de LESCOL de 20 mg a 80 mg diminuíram os níveis plasmáticos de colesterol total e de colesterol – LDL em 22% e 28%, respectivamente. O valor médio de colesterol – LDL foi de 159 mg/dL, equivalente a 4,1 mmol/L (intervalo: 90 – 295 mg/dL, equivalente a 2,3 – 7,6 mmol/L).

A maioria dos doentes em ambos os estudos (83% no primeiro estudo e 89% no segundo) foram sujeitos a um regime de titulação de dose até um máximo de uma dose diária de 80 mg. No final do estudo foi alcançado em 26 a 30% dos doentes, em ambos
os estudos, o objectivo terapêutico referente ao valor do colesterol-LDL < 130 mg/dL/
(3,4 mmol/L).

5.2 Propriedades farmacocinéticas Absorção
A fluvastatina é rápida e completamente (98%) absorvida após a administração oral de uma solução a voluntários em jejum. Após a administração oral de Lescol XL 80, e em comparação com as cápsulas, a taxa de absorção da fluvastatina é quase 60% mais lenta enquanto que o tempo de permanência médio da fluvastatina é aumentado em aproximadamente 4 horas. Após as refeições o fármaco é absorvido mais lentamente.

Distribuição
A fluvastatina exerce o seu principal efeito no fígado, que é também o orgão principal do seu metabolismo. A biodisponibilidade absoluta avaliada a partir das concentrações sanguíneas sistémicas é de 24%. O volume de distribuição aparente do fármaco é de 330 L. Mais de 98% do fármaco presente na circulação encontra-se ligado às proteínas plasmáticas e esta ligação não é afectada nem pela concentração de fluvastatina nem pela varfarina, ácido salicílico e glibenclamida.

Metabolismo
A fluvastatina é metabolizada principalmente no fígado. Os principais componentes presentes na circulação sanguínea são a fluvastatina e o metabolito farmacologicamente inactivo ácido N-desisopropil-propiónico. Os metabolitos hidroxilados têm actividade farmacológica mas não se encontram presentes na circulação sistémica. As vias metabólicas hepáticas do metabolismo da fluvastatina em humanos foram completamente esclarecidas. Existem múltiplas vias metabólicas do citocromo P450 (CYP450) alternativas para a biotransformação da fluvastatina e assim o metabolismo da fluvastatina é relativamente insensível à inibição do CYP450, a principal causa de interacções farmacológicas adversas.

Diversos estudos in vitro avaliaram o potencial de inibição da fluvastatina nas isoenzimas comuns do CYP. A fluvastatina inibiu apenas o metabolismo de compostos que são metabolizados pelo CYP2C9. Apesar do potencial que existe assim para interacção competitiva entre a fluvastatina e compostos que sejam substratos do CYP2C9, tais como o diclofenac, a fenitoína, a tolbutamida e a varfarina, os resultados clínicos indicam que esta interacção não é provável.

Eliminação
Após a administração de 3H-fluvastatina a voluntários saudáveis, a excreção de radioactividade é de cerca de 6% na urina e 93% nas fezes, contribuindo a fluvastatina com menos de 2% da radioactividade total excretada. A depuração plasmática da fluvastatina no Homem está calculada em 1,8 ± 0,8 L/min. As concentrações plasmáticas no estado estacionário após a administração de 80 mg por dia não mostram
evidência de acumulação da fluvastatina. Após a administração oral de 40 mg, a semi-vida terminal da fluvastatina é de 2,3 ± 0,9 horas.
Não foi observada diferença significativa na AUC quando a fluvastatina foi administrada com a refeição da noite ou 4 horas após a refeição da noite.

Características dos doentes
As concentrações plasmáticas de fluvastatina não variam em função da idade ou do sexo na população geral. No entanto, foi observada uma resposta aumentada ao tratamento nas mulheres e nos idosos.

Uma vez que a fluvastatina é eliminada principalmente por via biliar e está sujeita a um significativo metabolismo pré-sistémico, existe potencial para acumulação do fármaco em doentes com insuficiência hepática (ver secção 4.3 e secção 4.4 ).

Crianças e adolescentes com hipercolesterolemia familiar heterozigótica Não se encontram disponíveis dados farmacocinéticos em crianças.

5.3 Dados de segurança pré-clínica

Toxicidade aguda
A DL50 oral da fluvastatina é superior a 2 g/kg nos ratinhos e superior a 0,7 g/kg nos ratos.

Toxicidade de doses repetidas
A segurança da fluvastatina foi extensivamente investigada em estudos de toxicidade em ratos, coelhos, cães, macacos, ratinhos e hamsters. Foram identificadas várias alterações que são comuns aos inibidores da HMG-CoA redutase, por exemplo hiperplasia e hiperqueratose da região não glandular do estômago dos roedores, cataratas em cães, miopatia em roedores, alterações hepáticas ligeiras na maioria dos animais de laboratório, com alterações da vesícula biliar em cães, macacos e hamsters, aumentos do peso da tiróide no rato e degeneração testicular no hamster. A fluvastatina não provoca alterações vasculares e degenerativas no SNC observadas com outros compostos desta classe em cães.

Carcinogenicidade
Foi realizado um estudo de carcinogenicidade em ratos com doses de 6, 9 e 18 mg/kg por dia (escalonada para 24 mg/kg por dia após 1 ano) para estabelecer a dose máxima tolerada. Estes níveis de tratamento resultaram em níveis plasmáticos de fármaco de aproximadamente 9, 13 e 26 a 35 vezes a concentração plasmática de fármaco média no Homem após uma dose oral de 40 mg. Foi observada uma baixa incidência de papilomas das células escamosas do estômago anterior e um carcinoma do estômago anterior com a dose de 24 mg/kg por dia. Para além disso, foi observado um aumento da incidência de adenomas e carcinomas das células foliculares da tiróide nos ratos macho tratados com 18-24 mg/kg por dia.
O estudo de carcinogenicidade efectuado em ratinhos com doses de 0,3, 15 e 30 mg/kg por dia, revelou, tal como nos ratos, um aumento estatisticamente significativo de papilomas das células escamosas do estômago anterior em machos e fêmeas com a dose de 30 mg/kg por dia, e nas fêmeas com a dose de 15 mg/kg por dia. Estes níveis de tratamento resultaram em níveis plasmáticos de fármaco de aproximadamente 0,2, 10 e 21 vezes a concentração plasmática de fármaco média no Homem após uma dose oral de 40 mg.

As neoplasias do estômago anterior observadas em ratos e ratinhos reflectem a hiperplasia crónica causada pelo contacto directo com a fluvastatina e não um efeito genotóxico do fármaco. O aumento da incidência de neoplasias das células foliculares da tiróide nos ratos macho aos quais foi administrada fluvastatina parece ser consistente com os achados específicos da espécie também verificados com outros inibidores da HMG-CoA redutase. Ao contrário de outros inibidores da HMG-CoA redutase, não foram observados quaisquer aumentos relacionados com o tratamento da incidência de adenomas ou carcinomas hepáticos.

Mutagenicidade
Não se observou qualquer evidência de mutagenicidade in vitro, com ou sem activação metabólica com fígado do rato, nos seguintes estudos: testes de mutagénios microbianos utilizando estirpes mutantes de Salmonella typhimurium ou Escherichia coli; teste de transformação maligna em células BALB/3T3; desmarcação da síntese de DNA em hepatócitos primários de rato, aberrações cromossómicas em células V79 de hamster chinês, HGPRT em células V79 de hamster chinês. Para além disso, não houve evidência de mutagenicidade in vivo no teste do micronúcleo no rato ou no ratinho.

Toxicidade sobre a reprodução
Num estudos em ratos com doses de 0,6, 2 e 6 mg/kg por dia em fêmeas e 2, 10 e 20 mg/kg por dia em machos, a fluvastatina não apresentou quaisquer efeitos adversos sobre a fertilidade ou capacidade reprodutiva. Os estudos de teratogenicidade em ratos (1, 12 e 36 mg/kg) e coelhos (0,05, 1 e 10 mg/kg) mostraram toxicidade materna com doses elevadas, mas não houve evidência de qualquer potencial embriotóxico ou teratogénico. Um estudo em que se administraram 12 e 24 mg/kg por dia a ratos fêmea durante a fase final da gravidez até o desmame das crias resultou em mortalidade materna no termo da gravidez ou próximo e após o parto, acompanhada de letalidade fetal e neo-natal. Não ocorreram efeitos sobre fêmeas grávidas ou fetos com doses baixas de 2 mg/kg por dia.

Um segundo estudo com doses de 2, 6, 12 e 24 mg/kg por dia durante a fase final da gravidez e início do aleitamento mostrou efeitos semelhantes com 6 mg/kg por dia e doses superiores causados pela cardiotoxicidade. Num terceiro estudo, administraram-se 12 ou 24 mg/kg por dia a ratas grávidas durante a fase final da gravidez até o desmame das crias, com ou sem a presença de suplementação concomitante com ácido mevalónico, um derivado do HMG-CoA que é essencial para a biossíntese do colesterol. A administração concomitante de ácido mevalónico preveniu por completo a
cardiotoxicidade e mortalidade materna e neo-natal. Assim, a letalidade materna e neo-natal observada com a fluvastatina reflecte o seu efeito farmacológico exagerado durante a gravidez.

6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS

6.1 Lista dos excipientes

Celulose microcristalina; hipromelose; hidroxipropilcelulose; hidrogenocarbonato de potássio; povidona; estearato de magnésio e Opadry OY-1-S-22814 amarelo.

6.2 Incompatibilidades
Não aplicável

6.3 Prazo de validade
3 anos

6.4 Precauções especiais de conservação
Não conservar acima de 30°C.
Os comprimidos devem ser mantidos no blister até ser utilizados. Lescol XL deve ser mantido fora do alcance e da vista das crianças.

6.5 Natureza e conteúdo do recipiente

Embalagens de 7, 28 e 56 comprimidos de libertação prolongada em blisters de Alu/Alu.

6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Não aplicável.

7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Novartis Farma – Produtos Farmacêuticos, S.A. Rua do Centro Empresarial, Edifício 8 Quinta da Beloura
2710-444 Sintra
Portugal
Tel: 21 000 86 00

8. NÚMERO (S) DE AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
N° de registo: 3420197 – 7 comprimidos de libertação prolongada, 80 mg, blisters Alu/Alu
N° de registo: 3264892 – 28 comprimidos de libertação prolongada, 80 mg, blisters Alu/Alu
N° de registo: 5496294 – 56 comprimidos de libertação prolongada, 80 mg, blisters Alu/Alu

9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO /RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Data da primeira autorização: 28de Julho de 2000
Data da última renovação: 29 de Junho de 2004.

10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO
18-02-2009

Categorias
Atorvastatina

CARACTERÍSTICAS DO SORTIS bula do medicamento

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
SORTIS

1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO

Sortis ® 10 mg Comprimidos revestidos por película

2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA DO SORTIS
Cada comprimido revestido por película contém 10,85 mg de atorvastatina cálcica (2:1) 3 H2O, equivalente a 10 mg de atorvastatina.

3. FORMA FARMACÊUTICA DO SORTIS

Comprimidos revestidos por película para administração por via oral.

4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS DO SORTIS

4.1. Indicações terapêuticas
Sortis está indicado como adjuvante da dieta na redução de níveis elevados de colesterol total, colesterol LDL, apolipoproteína B e triglicéridos nos doentes com hipercolestero lémia primária incluindo hipercolesterolémia familiar (variante heterozigótica) ou hiperlipidémia combinada (mista) (correspondente aos Tipos IIa e IIb da Classificação de Fredrickson), quando a resposta à dieta e a outras medidas não farmacológicas é inadequada.
Sortis também está indicado na redução do colesterol total e colesterol LDL nos doentes com hipercolesterolémia familiar homozigótica em adjunção a outras terapêuticas de redução de lípidos (por ex., aferese das LDL), ou quando essas terapêuticas não estão disponíveis.

4.2. Posologia e Modo de Administração

O doente deve seguir uma dieta-padrão de redução dos lípidos antes de receber Sortis e mantê-la durante o tratamento com Sortis. A dose inicial habitual é de 10 mg em toma diária única. As doses devem ser individualizadas de acordo com os níveis basais de C-LDL, o objectivo terapêutico e a resposta do doente. O ajustamento posológico deve ser feito a intervalos mínimos de 4 semanas. A dose máxima é de 80 mg em toma diária única. A dose pode ser administrada em qualquer momento do dia, com ou sem alimentos.

Hipercolesterolémia Primária e Hiperlipidémia Combinada (mista)

A maioria dos doentes é controlada com Sortis 10 mg em toma diária única. A resposta terapêutica é evidente dentro de 2 semanas, e a resposta máxima obtém-se habitualmente em 4 semanas. A resposta mantém-se durante o tratamento crónico.

As seguintes directivas de tratamento podem ajudar a definir os objectivos terapêuticos.

Sociedade Europeia de Aterosclerose Objectivos Terapêuticos para Controlo dos Lípidos

População de Doentes Objectivo Terapêutico mg/dl mmol
Sem factores de risco e sem DC C-LDL 155-175 4,0 – 4,5
Um factor de risco e sem DC C-LDL 135-155 3,5 – 4,0
Dois ou vários factores de risco, DC, DVP, ou hipercolesterolémia familiar C-LDL 115-135 3,0 – 3,5
DC = Doença Coronária; DVP = Doença Vascular Periférica.
Adaptado de: Nutrition, Metabolism and Cardiovascular Diseases (1992) 2:113-156.

Hipercolesterolémia Familiar Heterozigótica

Os doentes deverão iniciar o tratamento diário com Sortis 10 mg. As doses deverão ser individualizadas e ajustadas cada 4 semanas até 40 mg diários. Posteriormente, ou se aumenta a posologia para a dose máxima de 80 mg diários, ou se combina um sequestrante de ácidos biliares com Sortis 40 mg.

Hipercolesterolémia Familiar Homozigótica

Num estudo de uso compassivo envolvendo 64 doentes, 46 doentes forneceram informação confirmada sobre receptores LDL. Nestes 46 doentes, a redução média observada no C-LDL foi de 21%, aproximadamente. Sortis foi administrado a doses até 80 mg/dia.
A posologia de Sortis em doentes com hipercolesterolémia familiar homozigótica varia entre 10 e 80 mg diários. Sortis deve ser administrado em adjunção a outras terapêuticas hipolipemiantes (por exemplo, aferese das LDL), ou quando essas terapêuticas não estão disponíveis.
Posologia em Doentes com Insuficiência Renal

A doença renal não afecta as concentrações plasmáticas nem os efeitos lipídicos de Sortis: não é necessário, portanto, ajustar a dose.

Utilização no Idoso

A eficácia e a segurança nos doentes com mais de 70 anos medicados com as doses recomendadas são similares às observadas na população geral.

Utilização em Crianças
O uso pediátrico só deve ser efectuado por especialistas. A experiência em pediatria limita-se a um pequeno número de doentes (4 a 7 anos de idade) com dislipidémias graves, designadamente hipercolesterolémia familiar homozigótica. A dose inicial recomendad nesta população é de 10 mg. A dose poderá ser aumentada para 80 mg diários em função da resposta e da tolerabilidade. Os dados de segurança de desenvolvimento nesta população ainda não foram avaliados.

4.3. Contra-indicações
Sortis está contra-indicado em doentes com hipersensibilidade a qualquer um dos componentes do medicamento, na doença hepática activa ou em caso de elevações persistentes e inexplicáveis das transaminases séricas mais de 3 vezes o limite superior da normalidade, na miopatia, na gravidez, durante o aleitamento e nas mulheres em idade fértil que não usam métodos contraceptivos adequados.

4.4. Advertências e Precauções Especiais de Utilização
Advertências e Precauções Especiais de Utilização Efeitos Hepáticos
Recomenda-se a realização de estudos da função hepática antes do início do tratamento e posteriormente com periodicidade. Nos doentes que desenvolvam sinais ou sintomas sugestivos de lesão do fígado deverão ser efectuados estudos da função hepática. Os doentes com níveis aumentados de transaminases deverão ser vigiados até ao desaparecimento da anomalia ou anomalias. Quando persistir um aumento das transaminases mais de 3 vezes o limite superior da normalidade, recomenda-se a redução da dose ou a retirada de Sortis.

Sortis deve ser utilizado com precaução nos doentes que consomem quantidades consideráveis de álcool e/ou que têm uma história de doença hepática. Efeitos no Músculo Esquelético
Descreveu-se mialgia não complicada, tal como cãibras musculares, em doentes tratados com Sortis. O tratamento com Sortis deve ser interrompido quando se registarem níveis muito elevados de creatina fosfoquinase CPK, ou em caso de diagnóstico ou suspeição de miopatia. Nos doentes que desenvolvem sinais ou sintomas sugestivos de miopatia, os níveis de CPK devem ser determinados. Quando persistirem aumentos significativos de CPK (> 10 vezes o limite superior da normalidade), recomenda-se a redução da dose ou a retirada de Sortis. (Ver 4.5. Interacções medicamentosas e outras Formas de Interacção).
Antes de iniciar o tratamento:

A atorvastatina deverá ser prescrita com precaução em doentes com factores predisponentes para a rabdomiólise. Recomenda-se a determinação dos níveis de creatina fosfoquinase (CPK) antes de iniciar o tratamento com estatinas, em doentes em que se verifique alguma das seguintes situações:
– Insuficiência renal
– Hipotiroidismo
– Antecedentes pessoais ou familiares de alterações musculares hereditárias
– Antecedentes de toxicidade muscular devida a estatinas ou fibratos
– Antecedentes de doença hepática e/ou hábitos de grande consumo de álcool
– Nos idosos (idade > 70 anos), deverá ser considerada a necessidade de determinação dos níveis de CPK, de acordo com a presença de outros factores predisponentes para a rabdomiólise.
Nestas situações, o risco do tratamento deverá ser ponderado relativamente ao potencial benefício, pelo que se recomenda monitorização clínica.

Se antes do tratamento, os níveis de CPK se encontrarem significativamente elevados (> 5 vezes o Limite Superior Normal), então o tratamento não deverá ser iniciado.

Determinação da Creatina Fosfoquinase

Os valores de creatina fosfoquinase (CPK) não deverão ser determinados após exercício físico intenso ou na presença de uma outra causa plausível de elevação da CPK, uma vez que estas situações dificultam a interpretação dos resultados. Se os níveis de CPK se encontrarem significativamente elevados (> 5 vezes o Limite Superior Normal) antes do tratamento, a determinação deverá ser repetida após 5 a 7 dias para confirmação dos resultados.

Durante o tratamento:

– Os doentes deverão ser alertados para reportarem de imediato dores musculares, cãibras ou
fraqueza, especialmente quando acompanhada de mal-estar ou febre.
– Se estes sintomas ocorrerem durante o tratamento com atorvastatina, deverão ser determinados os níveis de CPK destes doentes. Caso estes níveis se encontrem significativamente elevados (> 5 vezes o Limite Superior Normal), o tratamento deverá ser interrompido.
– Se os sintomas musculares forem intensos e causarem desconforto diário, mesmo que os níveis de CPK se encontrem elevados < 5 vezes o Limite Superior Normal, a descontinuação do tratamento deverá ser considerada.
– Se os sintomas desaparecerem e os valores de CPK voltarem ao normal, poderá considerar-se a re-administração da atorvastatina ou a introdução de uma estatina alternativa, na dosagem mais baixa e com estreita monitorização.
– O tratamento com atorvastatina deve ser interrompido caso ocorra uma elevação clinicamente significativa dos níveis de CPK (> 10 vezes o Limite Superior Normal), ou em caso de diagnóstico ou suspeita de rabdomiólise.
O risco de rabdomiólise é aumentado quando a atorvastatina é administrada concomitantemente com determinados fármacos, nomeadamente com a ciclosporina, eritromicina, claritromicina, itraconazol, ketoconazol, niacina, gemfibrozil, outros derivados do ácido fíbrico (Ver 4.5. Interacções Medicamentosas e outras Formas de Interacção e 4.8 Efeitos indesejáveis).

4.5. Interacções Medicamentosas e outras Formas de Interacção
O risco de miopatia durante o tratamento com outros fármacos desta classe terapêutica aumenta com a administração concomitante de ciclosporina, derivados do ácido fíbrico, antibióticos macrólidos, antifúngicos azólicos, ou niacina e, em casos raros, resultou em rabdomiólise com disfunção renal secundária a mioglobinúria.

A atorvastatina é metabolizada pelo citocromo P450 3A4.

Os inibidores do citocromo P450 3A4 (por exemplo, ciclosporina, antibióticos macrólidos incluindo eritromicina, e antifúngicos azólicos incluindo itraconazole) podem interferir no metabolismo da atorvastatina. Como consequência deve ser evitado o uso concomitante desta substância com inibidores do CYP 3A4.
Eritromicina: Em indivíduos sãos, a administração concomitante de Sortis e eritromicina (500 mg, quatro vezes ao dia), um conhecido inibidor do citocromo P450 3A4, foi associada a concentrações plasmáticas mais elevadas de atorvastatina.

Indutores do citocromo P450 3A4: Os efeitos dos indutores do citocromo P450 3A4 (por exemplo, rifampicina ou fenitoína) sobre Sortis ainda não são conhecidos. A possível interacção com outros substratos desta isozima não é conhecida, mas deveria ser considerada com outros fármacos com estreito índice terapêutico como, por exemplo, agentes antiarrítmicos da Classe III, incluindo amiodarona.

Outras terapêuticas concomitantes:
Gemfibrozil / derivados do ácido fíbrico: o risco de o tratamento com atorvastatina induzir miopatia pode aumentar com o uso concomitante de derivados do ácido fíbrico. De acordo com os resultados de estudos in vitro a via metabólica da atorvastatina por glucoronidação é inibida pelo gemfibrozil. Este facto pode conduzir a aumentos dos níveis plasmáticos da atorvastatina (ver secção 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização).

Digoxina: A administração concomitante de doses repetidas de Sortis e digoxina aumentou as concentrações plasmáticas de digoxina em estado de equilíbrio quase 20%. Os doentes medicados com digoxina deverão ser adequadamente vigiados.

Contraceptivos orais: A administração concomitante de Sortis e contraceptivos orais aumentou as concentrações de noretindrona e etinilestradiol. O aumento destas concentrações deverá ser ponderado na selecção da dose do contraceptivo oral.
Colestipol: As concentrações plasmáticas de atorvastatina e dos seus metabolitos activos foram mais baixas (quase 25%) quando se administrou concomitantemente colestipol e Sortis. Contudo, quando Sortis e colestipol foram administrados em concomitância, os efeitos lipídicos excederam os efeitos observados com qualquer um dos fármacos em administração isolada.
Antiácidos: A administração concomitante de Sortis e antiácidos em suspensão oral contendo hidróxidos de magnésio e alumínio reduziu as concentrações plasmáticas da atorvastatina e dos seus metabolitos activos em cerca de 35%: contudo, a redução do C-LDL não se alterou.
Varfarina: A administração concomitante de Sortis e varfarina causou uma pequena redução no tempo de protrombina durante os primeiros dias de dosagem, que normalizou dentro de 15 dias de tratamento com Sortis. Contudo, os doentes medicados com varfarina devem ser rigorosamente vigiados quando se adiciona Sortis ao seu tratamento.
Fenazona: A administração concomitante de doses repetidas de Sortis e fenazona teve poucos ou mesmo nenhuns efeitos detectáveis na depuração de fenazona.
Cimetidina: Realizou-se um estudo de interacção com cimetidina e Sortis, nno se tendo observado interacções.
Outros:
Nos estudos clínicos, quando se administrou Sortis com agentes anti-hipertensivos ou hipoglicémicos, não se observaram interacções clinicamente significativas.

4 6. Gravidez e aleitamento
Sortis está contra-indicado durante a gravidez e o aleitamento. As mulheres em idade fértil devem usar métodos contraceptivos adequados. A segurança da atorvastatina durante a gravidez e a lactação ainda não foi comprovada.
Nos estudos realizados em animais, há evidência de os inibidores da HMG-CoA redutase poderem afectar o desenvolvimento dos embriões ou fetos. O desenvolvimento das crias de ratos sofreu atrasos e a sobrevida pós-natal diminuiu com a exposição das progenitoras a atorvastatina a doses superiores a 20 mg/kg/dia (a exposição sistémica clínica).
No rato, as concentrações de atorvastatina e dos seus metabolitos activos no plasma são similares às detectadas no leite. Não se sabe se o fármaco ou os seus metabolitos são excretados no leite humano.

4.7. Efeitos sobre a Capacidade de Conduzir e Utilizar de Máquinas
Não existe nenhum padrão de efeitos secundários registados, sugestivos de afectar negativamente a capacidade dos doentes medicados com Sortis para conduzir e utilizar máquinas perigosas.

4.8 Efeitos Indesejáveis
Sortis é geralmente bem tolerado. Menos de 2% dos doentes abandonou os ensaios clínicos por efeitos secundários atribuídos a Sortis.

Os efeitos secundários mais frequentes (>1%) associados ao tratamento com Sortis nos doentes incluídos nos estudos clínicos controlados consistiram em obstipação, flatulência, dispepsia, dor abdominal, cefaleias, náuseas, mialgia, astenia, diarreia e insónia.

Tal como com outros inibidores da HMG-CoA redutase, registaram-se aumentos das transaminases séricas nos doentes medicados com Sortis. Estas variações foram, geralmente, ligeiras e transitórias, e não obrigaram à interrupção do tratamento. Em 0,8% dos doentes tratados com Sortis, ocorreram aumentos clinicamente importantes (> 3 vezes o limite superior da normalidade) nas transaminases séricas. Estes aumentos mostraram ter relação com a dose e foram reversíveis em todos os doentes.

Registaram-se aumentos nos níveis de creatina fosfoquinase (CPK) mais de 3 vezes o limite superior da normalidade em 2,5% dos doentes medicados com Sortis, tal como com outros inibidores da HMG-CoA redutase em ensaios clínicos. Observaram-se níveis mais de 10 vezes o limite superior da normalidade em 0,4% dos doentes tratados com Sortis (ver secção 4.4 Advertências e Precauções Especiais de Utilização, Efeitos no músculo esquelético).
Descreveram-se os seguintes efeitos secundários, embora nem todos tenham sido, necessariamente, associados ao tratamento com Sortis: alterações musculares (mialgia, artralgia, miopatia, miosite, rabdomiólise), parestesia, neuropatia periférica, pancreatite, hepatite, icterícia colestática, anorexia, vómitos, alopécia, prurido, erupções cutâneas, impotência, hiperglicemia, hipoglicemia, dores torácicas, tonturas, trombocitopenia e reacções alérgicas, designadamente edema angioneurótico.

4.9 Sobredosagem

Não existe nenhum tratamento específico para a sobredose de Sortis. Na sua ocorrência, recomenda-se o tratamento sintomático do doente e a instituição de medidas de suporte, caso seja necessário. É aconselhável efectuar estudos da função hepática e vigiar os níveis séricos de CPK. Devido à extensa ligação do fármaco às proteínas plasmáticas, não se prevê que a hemodiálise aumente de modo significativo a depuração de atorvastatina.

5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS DO SORTIS
Categoria Fármaco-Terapêutico (F.N.M): V-6 Antidislipémicos.
Código ATC: C10A A05.

5.1. Propriedades Farmacodinâmicas

A atorvastatina é um inibidor selectivo, competitivo, da HMG-CoA redutase, uma enzima de limitação de taxas que é responsável pela conversão da 3-hidroxi-3-metil-glutaril coenzima A em mevalonato, um percursor de esteróis, incluindo o colesterol. No fígado, os triglicéridos e o colesterol são incorporados nas VLDL e libertados no plasma para suprimento dos tecidos periféricos. A lipoproteína de baixa densidade (LDL) forma-se a partir da VLDL e é principalmente catabolisada pelo receptor LDL de alta afinidade.

A atorvastatina reduz os níveis plasmáticos de colesterol e lipoproteínas, inibindo a HMG-CoA redutase e a síntese do colesterol no fígado, e aumenta o número de receptores LDL hepáticos nas superfícies celulares para promover a captação e o catabolismo das LDL.
A atorvastatina reduz a produção de LDL e o número de partículas LDL. A atorvastatina induz um aumento acentuado e sustentado na actividade dos receptores LDL em conjunção com uma alteração benéfica na qualidade das partículas LDL circulantes. A atorvastatina foi eficaz a reduzir o C-LDL em doentes com hipercolesterolémia familiar homozigótica, uma população que, de uma forma geral, não respondeu a agentes hipolipemiantes.

Num estudo de dose-resposta, a atorvastatina demonstrou reduzir o CT (30% – 46%), o C-LDL (41% – 61%), a apolipoproteína B (34% – 50%) e os triglicéridos (14% – 33%) e simultaneamente induzir aumentos variáveis no C-HDL e na apolipoproteína A. Estes resultados são consistentes em doentes com hipercolesterolémia familiar heterozigótica, nas formas não familiares de hipercolesterolémia e na hiperlipidémia mista, incluindo os doentes com diabetes mellitus não insulino-dependente.

Demonstrou-se que as reduções em CT, C-LDL e apoliproteína B reduzem o risco de eventos cardiovasculares e a mortalidade cardiovascular. Os estudos de mortalidade e morbilidade com atorvastatina ainda não foram completados.

5 2. Propriedades Farmacocinéticas Farmacocinética e metabolismo
Absorção: A atorvastatina é rapidamente absorvida após administração oral: as concentrações plasmáticas máximas ocorrem dentro de 1 a 2 horas. O grau de absorção aumenta em proporção com a dose de atorvastatina. A biodisponibilidade dos comprimidos de atorvastatina é de 95% a 99% comparada com a das soluções. A biodisponibilidade absoluta da atorvastatina é cerca de 12%, e a disponibilidade sistémica da actividade de inibição da HMG-CoA aproximadamente 30%. A reduzida disponibilidade sistémica é atribuída à depuração pré-sistémica na mucosa gastro-intestinal e/ou ao metabolismo de primeira passagem hepática.
Distribuição: O volume médio de distribuição da atorvastatina é de cerca de 381 litros. A atorvastatina (> 98%) liga-se às proteínas plasmáticas.
Metabolismo: A atorvastatina é metabolizada pelo citocromo P450 3A4 em derivados orto e para-hidroxilados e em vários produtos de oxidação beta. Para além de outras vias estes produtos são ainda metabolizados por glucoronidação. In vitro, a inibição da HMG-CoA redutase pelos metabolitos orto e para-hidroxilados é equivalente à da atorvastatina. Cerca de 70% da actividade de inibição da HMG-CoA redutase circulante é atribuída aos metabolitos activos.
Excreção: A atorvastatina é maioritariamente eliminada na bílis após metabolismo hepático ou extra-hepático. O fármaco, contudo, não parece sofrer recirculação entero-hepática significativa. A semi-vida de eliminação da atorvastatina no plasma humano é de cerca de 14 horas. A semi-vida da actividade de inibição da HMG-CoA redutase é aproximadamente de 20 – 30 horas, graHas ao contributo dos metabolitos activos.

Populações especiais

Idosos: As concentrações plasmáticas da atorvastatina e dos seus metabolitos activos são mais elevadas nos idosos sãos que nos adultos jovens, mas os efeitos lipídicos são comparáveis aos observados em populações de doentes mais jovens.
Crianças: Não existem dados sobre a farmacocinética numa população pediátrica.

Sexo: As concentrações de atorvastatina e dos seus metabolitos activos nas mulheres são diferentes (cerca de 20% mais elevadas para Cmax e 10% mais baixas para AUC) das registadas nos homens. Estas divergências não tiveram significado clínico, resultando em diferenças não clinicamente significativas nos efeitos lipídicos entre homens e mulheres.
Insuficiência renal: A doença renal não afecta as concentrações plasmáticas nem os efeitos lipídicos da atorvastatina e dos seus metabolitos activos.
Insuficiência hepática: As concentrações plasmáticas de atorvastatina e dos seus metabolitos activos aumentaram acentuadamente (cerca de 16 vezes em Cmax e 11 vezes em AUC) nos doentes com hepatopatia alcoólica crónica (Childs-Pugh B).

5.3. Dados de Segurança Pré-clínica

A atorvastatina não foi carcinogénica no rato. A dose máxima utilizada era 63 vezes superior à dose humana mais elevada (80 mg/dia) com base no peso corporal, expressa em mg/kg, e 8 a 16 vezes superior com base nos valores de AUC (0-24), conforme foi determinado pela actividade de inibição total. Num estudo de 2 anos no ratinho, as incidências de adenoma hepatocelular nos machos e de carcinomas hepatocelulares nas fêmeas aumentaram com a dose máxima utilizada, que era 250 vezes superior à dose humana mais elevada com base no peso corporal, expressa em mg/kg. A exposição sistémica foi 6 a 11 vezes mais elevada com base em AUC(0-24). A atorvastatina não demonstrou nenhum potencial mutagénico ou clastogénico em quatro ensaios in vitro com ou sem activação metabólica e num ensaio in vivo. Nos estudos realizados em animais, a atorvastatina não teve efeitos sobre a fertilidade dos machos ou das fêmeas a doses até, respectivamente, 175 e 225 mg/kg/dia, e não foi teratogénica.

6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS DO SORTIS
6.1 Lista de Excipientes

Os comprimidos revestidos por película contêm os seguintes excipientes:

Carbonato de cálcio Celulose microscristalina Lactose mono-hidratada Croscarmelose sódica Polissorbato 80 Hidroxipropilcelulose Estearato de magnésio Opadry White YS-1-7040
Hidroxipropilmetilcelulose
Polietilenoglicol
Dióxido de titânio
Talco
Emulsão de Simeticone, USP
Dimeticone
Dióxido de silício Cera de candelila
6.2. Incompatibilidades

Não aplicável.

6.3. Prazo de validade

3 anos.

6.4. Precauções Especiais de Conservação
Não são necessárias precauções especiais de conservação.

6.5 Natureza e Conteúdo do Recipiente
Fitas contentoras tipo folha/folha formadas por alvéolos unitários de poliamida/folha de alumínio/cloreto de polivinilo e por uma protecção revestida, termo-selada, de papel/poliéster/folha de alumínio/vinilo ou protecção revestida, termo-selada, de folha de alumínio/vinilo.
Sortis 10mg é apresentado em embalagens de 14 e 28 comprimidos revestidos por película. 6.6. Instruções de Utilização e Manipulação
Não existem requisitos especiais.

7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
LABORATÓRIOS PFIZER, Lda Laboratórios Pfizer, Lda., Lagoas Park, Edifício 10
2740-244, Porto Salvo, Portugal

8. NÚMEROS DE AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Sortis de 10mg em embalagem de 14 comprimidos: 3235587 Sortis de 10mg em embalagem de 28 comprimidos: 3235686

9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO:
20 de Julho de 2000

10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO:
Janeiro de 2004