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Citarabina

Alexan bula do medicamento

Neste folheto:
1. O que é Alexan e para que é utilizado.
2. Antes de utilizar Alexan
3. Como utilizar Alexan
4. Efeitos secundários possíveis
5. Conservação de Alexan
6. Outras informações

Alexan, 50 mg/ml, solução para perfusão

Leia atentamente este folheto antes de utilizar o medicamento.
Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode
ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

1. O QUE É ALEXAN E PARA QUE É UTILIZADO

O Alexan é utilizado no tratamento do cancro. Pode ser utilizado em monoterapia mas é mais comumente utilizado em associação com outros agentes anti-cancerosos.

Alexan pode ser utilizado em monoterapia ou em associação com outros quimioterápicos em adultos e crianças com: Leucemia mielóide aguda Leucemia linfoblástica aguda Leucemia mielóide crónica
Linfomas não-Hodgkin de grau intermédio e de elevada malignidade (tais como linfomas linfoblásticos não-Hodgkin e linfomas não-Hodgkin tipo-Burkitt).
Profilaxia e tratamento de leucemias do sistema nervoso central: a citarabina pode ser administrada por via intratecal em associação com metotrexato e corticosteroides.

2. ANTES DE UTILIZAR ALEXAN

Não utilizar Alexan
– se tem alergia (hipersensibilidade) à citarabina ou a qualquer outro componente do Alexan.
– em doentes com depressão da medula óssea de origem medicamentosa, a não ser que se considere que esta terapêutica seja vital para o doente.

Tome especial cuidado com Alexan
O Alexan só pode ser administrado por especialistas com experiência na quimioterapia de doenças malignas.
O Alexan é um produto citotóxico. Os doentes tratados com Alexan devem ser submetidos a uma estrita supervisão.
A administração de doses intravenosas rápidas é melhor tolerada a nível gastrointestinal do que a administração intravenosa por perfusão lenta.
Dado que o produto é maioritariamente metabolizado no fígado, nos doentes com doenças hepáticas funcionais, a citarabina deverá ser administrada em doses baixas e com extrema precaução.
A citarabina não deve ser administrada a doentes com infecções agudas e/ou graves. Os doentes do sexo masculino e feminino em idade fértil devem utilizar métodos anticoncepcionais adequados durante o tratamento e até seis meses após o fim do tratamento com Alexan.
Não se observaram efeitos como resultado da exposição durante o manuseamento. É possível uma ligeira irritação dos olhos. Um contacto continuado e repetido com a pele pode provocar irritação. Após contacto acidental, lavar a área da pele afectada com grandes quantidades de água e sabão.
O tratamento de um doente com leucemia aguda provocará inevitavelmente depressão da medula óssea, temporária, mais ou menos grave. O controlo do número de plaquetas e granulocitos no sangue é fundamental para determinar se um tratamento de suporte é necessário. O efeito do tratamento é determinado pela medida do número de blastocitos leucémicos no sangue e na medula óssea.
É importante levar a cabo de forma regular as avaliações das funções hepática e renal. A citarabina pode provocar níveis elevados de ácido úrico no sangue, como resultado de uma lise das células neoplásicas. Recomenda-se a monitorização regular do nível de ácido úrico no sangue. Se necessário, devem tomar-se medidas farmacológicas ou de suporte para controlar a hiperuricémia. Recomenda-se a profilaxia da hiperuricémia em doentes com um número elevado de blastocitos ou massas tumorais grandes (linfomas não-Hodgkin).
Nalguns casos, além da previsível toxicidade hematológica, podem ocorrer outros efeitos secundários graves ou que ponham a vida em risco, que podem afectar o sistema nevoso central, o tracto gastrointestinal ou os pulmões.
Os doentes com úlceras gastrointestinais, ou que tenham sido submetidos a uma cirurgia recentemente, devem ser monitorizados a nível de possíveis hemorragias e, se necessário, deve administrar-se plaquetas por transfusão.

Toxicidade do Alexan por doses elevadas:
A toxicidade Do Alexan por doses elevadas pode ser mais severa do que a toxicidade por doses normais, e pode incluir toxicidade cerebelar e cerebral, conjuntivite (certifique-se que o doente recebe tratamento tópico ocular com esteróides durante o tratamento), queratite da córnea, exantema, hiperbilirrubinémia, danos hepáticos, perfuração gastrointestinal, pancreatite, edema pulmonar, pericardite e tamponamento cardíaco.

Ao utilizar Alexan com outros medicamentos
A associação do Alexan com outros agentes oncolíticos, substâncias mielodepressoras ou radioterapia pode, por vezes, reduzir o efeito imunosupressor destas substâncias. Pode ser necessário o ajuste da dose. O Alexan é administrado frequentemente com outras substâncias.
A absorção de digoxina pode ser diminuída quando combinada com substâncias quimioterápicas (incluindo Alexan). Isto é provavelmente dependente do dano temporal da mucosa. Os níveis plasmáticos de digoxina devem ser portanto monitorizados. Um estudo in vitro demostrou que o Alexan pode antagonizar o efeito da gentamicina contra a Klebsiella pneumoniae.
A administração concomitante de citarabina com outras substâncias citotóxicas pode potenciar a toxicidade, especialmente a toxicidade da medula óssea. A associação da fluorocitosina com o Alexan pode diminuir a eficácia da fluorocitosina.

Gravidez
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento. Durante a gravidez, o Alexan só poderá ser administrado sob indicação estrita, avaliando os benefícios do tratamento face aos riscos potenciais para o feto em cada caso. Em estudos em animais (ver secção 5.3 do resumo das características do medicamento) a citarabina mostrou ser teratogénica e embriotóxica.
Os doentes do sexo masculino e feminino em idade fértil devem utilizar métodos anticoncepcionais adequados durante o tratamento e até seis meses após o fim do tratamento com Alexan.

Aleitamento
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento. Não se sabe se o Alexan é excretado no leite materno.
Muitas substâncias são excretadas pelo leite materno e dado que o Alexan pode ser responsável por efeitos adversos graves no neonato, o aleitamento deve ser interrompido durante o tratamento com Alexan.

Condução de veículos e utilização de máquinas
O Alexan não tem efeitos no desempenho psicomotor. Não obstante, os doentes em tratamento quimioterápico têm uma reduzida capacidade de conduzir ou de utilizar máquinas, e devem ser advertidos do risco e aconselhados a evitar este tipo de actividades.
Os doentes susceptíveis a ocorrências incidentes de vómitos, tonturas e queixas nos olhos são aconselhados para não conduzir e não utilizar máquinas.

3. COMO UTILIZAR ALEXAN

Este medicamento é destinado à administração por pessoal médico; não o tome pessoalmente.

Se utilizar mais Alexan do que deveria: Caso aconteça sobredosagem ou sinta imediatamente o seu médico.

efeitos secundários marcados, contacte

Na eventualidade de uma sobredosagem, a terapêutica deve ser interrompida, e seguida de um tratamento para a depressão da medula óssea subsequente, incluindo transfusão de sangue ou de plaquetas e antiobióticos, conforme exigido.
Na eventualidade de uma sobredosagem intratecal, o liquor cefalorraquidiano deve ser imediatamente substituído por uma solução salina isotónica. O Alexan pode ser removido por hemodiálise.

Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.

Caso se tenha esquecido de utilizar Alexan: Não utilize uma dose a dobrar para compensar a dose esquecida. Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.

4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS

Como todos os medicamentos, o Alexan pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.

O Alexan pode provocar os seguintes efeitos secundários:
Os efeitos secundários do Alexan são dose dependentes. Os mais habituais são os efeitos gastrointestinais, o Alexan é tóxico para a medula óssea (mielosupressão) e causa efeitos indesejáveis hematológicos.

Doenças do sangue e do sistema linfático Frequentes
Anemia, megaloblastose, leucopénia, granulocitopénia, trombocitopénia, hemorragia.

Pouco frequentes Sepsis, imunossupressão

Doenças do sistema imunitário Muito frequentes
Síndrome da citarabina (Ara-C): febre, mialgia, dores ósseas, dores precordiais ocasionais, erupção maculopapular, conjuntivite e náuseas. Habitualmente, os sintomas aparecem 6al2 horas após o início do tratamento. Demonstrou-se que o uso de corticosteróides é benéfico no tratamento e na prevenção deste síndrome. Se estes forem eficazes, a terapêutica com a citarabina pode continuar. A mielossupressão pode ser grave e prolongada.

Pouco frequentes Edema alérgico, anafilaxia.
Foi reportado um caso de anafilaxia que resultou em paragem cardiopulmonar tendo que ser efectuada a reanimação. Isto aconteceu imediatamente após administração intravenosa da citarabina.
Doenças do sistema nervoso
A probabilidade de ocorrer toxicidade do SNC aumenta quando a citarabina é administrada por via intratecal. A terapêutica com citarabina por via intratecal é associada com outros tratamentos que também são tóxicos para o SNC, tais como radiação, terapia em dose elevada, metotrexato intratecal, ou se a citarabina é administrada por via intratecal em intervalos curtos ou em doses acima dos 30g/m2.

Frequentes
Nos casos de administração de doses elevadas: toxicidade cerebelar e cerebral com diminuição do nível de consciência, disartria, nistagmo, convulsões (quando administrado por via intratecal), dor de cabeça, tonturas, neurite.

Pouco frequentes
Paraplegia no caso de administração por via intratecal. Muito raros
Leucoencefalopatia necrotizante. Foram reportados casos de paraplegia ou quadriplegia quando administrada por via intratecal.

Afecções oculares Frequentes
Conjuntivite hemorrágica reversível (fotofobia, sensação de picadas, perturbações visuais, aumento da secreção lacrimal), queratite. Recomenda-se a administração local de corticoesteróides como profiláctico da conjuntivite hemorrágica.

Muito raros
Existem relatos de cegueira após administração por via intratecal.

Cardiopatias Pouco frequentes Pericardite, dor torácica.

Muito raros
Arritmia. Existem relatos de cardiomiopatia após terapêutica com citarabina.

Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino Pouco frequentes
Pneumonia, dispneia, dor de garganta, pneumonite intersticial, síndrome do stress respiratório evoluindo para edema pulmonar.

Doenças gastrointestinais
Os efeitos secundários no tracto gastrointestinal diminuem quando a citarabina é
administrada por perfusão.
Frequentes
Mucosite, estomatite, anorexia, disfagia, dor abdominal, náuseas, vómitos, diarreia, inflamação oral/anal ou ulceração.

Pouco frequentes
Esofagite, ulceração do esófago, pneumatose cistóide intestinal, colite necrosante, perfuração gastrointestinal, náuseas, vómitos após administração intratecal.

Afecções hepato-biliares Frequentes
Efeitos reversíveis no fígado com valores enzimáticos elevados.

Pouco frequentes Icterícia.

Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos Frequentes
Efeitos secundários reversíveis da pele, tais como eritema, bullosis, urticária, vasculite, alopécia.

Pouco frequentes
Lentigo, celulite no local de aplicação, ulceração da pele, prurido, dor tipo queimadura nas palmas das mãos e nas plantas dos pés.

Muito raros
Hidradenite écrina neutrófila.

Afecções músculo-esqueléticas, e dos tecidos conjuntivos Pouco frequentes Mialgia, artralgia.

Muito raros
Existem relatos de rabdomiólise após terapêutica com citarabina.

Doenças renais e urinárias Pouco frequentes
Perturbação da função renal, retenção urinária.

Perturbações gerais e alterações no local de administração Frequentes
Febre, tromboflebite no local de injecção, hiperuricémia. Pouco frequentes
Febre após administração por via intratecal.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

5. COMO CONSERVAR ALEXAN

Não conservar acima de 25°C.
Conservar na embalagem original.
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Não utilize Alexan após o prazo de validade impresso na embalagem exterior e no rótulo do frasco.O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.

Prazo de validade após reconstituição
A estabilidade química e física após diluição com cloreto de sódio a 0,9% (m/v) ou glicose a 5% (m/v) foi demostrada durante 4 dias a uma temperatura entre 2°C e 8°C e durante 24 horas quando conservado a uma temperatura não superior a 25°C. Se a diluição/mistura não tiver sido efectuada em condições assépticas, a validade da solução reconstituída (diluída), do ponto de vista microbiológico, não deverá ultrapassar as 24 horas a uma temperatura de 2 a 8°C, ou um máximo de 12 horas a uma temperatura não superior a 25°C.

6. OUTRAS INFORMAÇÕES

Qual a composição de Alexan A substância activa é a citarabina.
Os outros componentes são: lactato de sódio, ácido láctico e água para preparações injectáveis.

Qual o aspecto de Alexan e conteúdo da embalagem Os frascos para injectáveis contêm: 500 mg Alexan (citarabina) em 10 ml 1000 mg Alexan (citarabina) em 20 ml 2000 mg Alexan (citarabina) em 40 ml

Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
EBEWE Pharma Ges.m.b.H. Nfg.KG
Mondseestrasse 11
A-4866 Unterach,
Áustria

Para quaisquer informações sobre este medicamento, queira contactar o seu médico, farmacêutico ou o representante local do titular de Autorização de Introdução no Mercado.

A seguinte informação é dirigida exclusivamente aos profissionais médicos e de saúde: Instruções de utilização, manipulação e eliminação:
O Alexan para perfusão deve ser diluído numa solução fisiológica de cloreto de sódio ou numa solução de glicose a 5%.
Foi estudada a compatibilidade com soluções de cloreto de sódio a 0,9% e de glicose a 5% a concentrações de 0,2 – 3,2 mg/ml em sacos de PVC para perfusão, frascos para injectáveis PE e seringas de perfusão.
Para a administração por via intratecal, deve ser utilizado como diluente o cloreto de sódio a 0,9% sem conservante.
Em caso de contacto acidental da citarabina com a pele ou mucosas, as áreas afectadas devem ser lavadas de imediato com grande quantidade de água e sabão neutro. Em caso de contacto acidental com os olhos, lavar de imediato com grande quantidade de água e procurar assistência médica imediatamente. As mulheres grávidas não devem manipular esta substância.
Após utilização, as ampolas e material injectável, incluindo luvas, deve ser destruído de acordo com as normas orientadoras para substâncias citotóxicas.
Possíveis derrames ou fugas do medicamento podem ser inactivadas com uma solução de hipoclorito sódico a 5%. Todos os materiais de lavagem devem ser eliminados como indicado acima.

Extravasamento
Parar imediatamente a injecção/infusão
Substituir a seringa ou lead para perfusão com seringas de 5 ml descartáveis e aspirar devagar o máximo possível da substância extravasada: ATENÇÃO! Não exercer pressão na zona de extravasamento Remover o acesso i.v. enquanto se aspira Controlo regular (a posteriori)

Incompatibilidades
O Alexan é fisicamente incompatível com a heparina, insulina metotrexato, 5-fluorouracilo, nafcilina, oxacilina, benzilpenicilina e metilprednisolona (succinato de sódio).

Este folheto foi aprovado pela última vez em: 22-01-2009

Categorias
Codeína Fentanilo

Morfina FHC Morfina bula do medicamento

Neste folheto:
1. O que é Morfina FHC e para que é utilizada
2. Antes de utilizar Morfina FHC
3. Como utilizar Morfina FHC
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Morfina FHC
6. Outras informações


FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR

Morfina FHC 20 mg/ml solução injectável
Morfina

Leia atentamente este folheto antes de utilizar o medicamento.
– Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
– Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; omedicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmossintomas.
– Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitossecundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico oufarmacêutico.

Neste folheto:

1. O QUE É MORFINA FHC E PARA QUE É UTILIZADA

Grupo farmacoterapêutico: 2.12 ? Sistema Nervoso Central, Analgésicosestupefacientes

Este medicamento é utilizado em situações de dores intensas e/ou resistentes aanalgésicos mais fracos.

2. ANTES DE UTILIZAR MORFINA FHC

Não utilize Morfina FHC:
– se tem hipersensibilidade à morfina ou a qualquer outro componente de
Morfina FHC,
– se tem insuficiência respiratória severa,
– se tem doença hepática grave,
– se tem epilepsia não controlada,
– se tem uma lesão recente no crânio,
– em associação com buprenorfina, nalbufina e pentazocina (substâncias compropriedades semelhantes às da morfina),

– durante o aleitamento, em caso de iniciação ou continuação de um tratamentolongo, após o nascimento.

Não utilize a Morfina FHC pela via epidural, intratecal:

– se apresenta problemas de hemostase no momento da injecção,
-se tem infecções cutâneas locais, regionais ou generalizadas, em evolução,
-se manifesta hipertensão intracraniana evolutiva.

Tome especial cuidado com a Morfina FHC

Advertências

O seu médico acompanhará o seu tratamento de uma monitorização adaptada àsua utilização.
Em tratamentos prolongados com a morfina, é fundamental não pararabruptamente o tratamento, pois isso poderá desencadear o aparecimento dasíndrome de abstinência. O aumento progressivo das doses, se for necessário emesmo que sejam doses elevadas, não aumenta o risco de habituação.
Este medicamento, se mal utilizado pode causar dependência física e psíquica.
A toxicodependência (anterior ou actual) não impede a prescrição de morfina,caso esta seja necessária.

Precauções especiais de utilização

A morfina deve ser utilizada com precaução nos seguintes casos:

– Doentes idosos
– Recém-nascidos
– Doentes com insuficiência respiratória
– Doentes com insuficiência renal
– Doentes com insuficiência hepática,
– Hipovolémia (volume sanguíneo insuficiente)
– Doentes com problemas urinários (dificuldade a urinar)
– Pressão elevada no crânio
– Obstipação (fale com o seu médico se tiver obstipação para que ele lhe possaaconselhar um tratamento adaptado)

Desportistas:
Se é desportista deverá ter em atenção que este medicamento contém morfina,que faz parte da lista das substâncias dopantes.

Utilizar Morfina FHC com outros medicamentos

Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomadorecentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos semreceita médica.

Associações contra-indicadas

– Agonistas-antagonistas opiáceos (buprenorfina, nalbufina, pentazocina):
Diminuição do efeito analgésico ou antitússico, com risco de aparecimento desíndrome de abstinência.

Associações desaconselhadas

– Naltrexona
Risco de diminuição do efeito analgésico.
Se necessário aumentar as doses do derivado da morfína.

– Consumo de álcool:
O álcool potencia o efeito sedativo destas substâncias.
A alteração da atenção pode ser perigosa para a condução de veículos e demáquinas.
Deve ser evitada a ingestão de bebidas alcoólicas e medicamentos contendo
álcool.

Associações que devem ser usadas com precaução

– Rifampicina
Diminuição das concentrações e eficácia da morfina e do seu metabolito activo.
É aconselhada vigilância clínica e uma eventual adaptação da posologia damorfina durante e após o tratamento com rifampicina.

Associações a ter em conta

– Outros analgésicos morfínicos agonistas (alfentanilo, codeína, dextromoramida,dextropropoxifeno, di-hidrocodeína, fentanilo, oxicodona, petidina, fenoperidina,remifentanilo, sufentanilo, tramadol).
– Antitússicos morfina-like (dextrometorfano, noscapina, folcodina)
– Antitússicos verdadeiramente morfínicos (codeína, etilmorfina)
-Barbitúricos
– Benzodiazepinas e substâncias aparentadas

Risco aumentado de depressão respiratória que pode ser fatal em caso desobredosagem.

-Outros medicamentos sedativos
Aumento da depressão central. A alteração no estado de vigília pode tornarperigosa a condução de veículos e utilização de máquinas.

Utilizar a Morfina FHC com alimentos e bebidas
A ingestão de álcool está fortemente desaconselhada.

Gravidez e aleitamento

Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento

Gravidez
A administração da morfina, se necessária e após aconselhamento do seumédico é possível durante a gravidez.
Devido à passagem deste medicamento para a circulação sanguínea do feto, asua utilização durante a gravidez impõe uma monitorização apertada do bebé.

Aleitamento
– Uma administração única parece não ter risco para o recém-nascido.
– No caso de administrações repetidas durante alguns dias, suspender oaleitamento momentaneamente.
– No caso de iniciação ou continuação de um tratamento longo após onascimento, o aleitamento está contra-indicado.

Condução de veículos e utilização de máquinas

Devido ao facto de este medicamento poder produzir alterações no estado devigília, a condução de veículos ou utilização de máquinas é desaconselhado.
Este risco é maior no início do tratamento ou quando o tratamento inclui aassociação de outros medicamentos.

Informações importantes sobre alguns componentes da Morfina FHC

Não aplicável.

3. COMO UTILIZAR MORFINA FHC

Utilizar Morfina FHC sempre de acordo com as indicações do médico. Fale como seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.

A relação dose-eficácia-tolerância varia de doente para doente. É importanteavaliar frequentemente a eficácia e a tolerância e adaptar a posologiaprogressivamente, em função das necessidades do doente. Não há uma dosemáxima desde que os efeitos indesejáveis possam ser controlados.
A via intramuscular não se encontra recomendada, visto que é dolorosa e nãoapresenta vantagens cinéticas em comparação com a via subcutânea.

A vias epidural e intratecal exigem que:

– a morfina utilizada seja SEM CONSERVANTES,
– a solução seja FILTRADA ANTES DA INJECÇÃO através de um filtro de 0,22
µm (para prevenir uma eventual contaminação após a abertura da ampola).

Ordem de equivalência das doses consoante a via de administração:

Via oral
Subcutânea
Intravenosa
Epidural
Intratecal
1 mg
1/2 a 1/3 mg
1/2 a 1/3 mg
1/10 a 1/20 mg 1/50 a 1/200
mg

A administração simultânea de morfina por duas vias de administraçãodiferentes deve ser evitada, pois corre-se o risco de sobredosagem, devido acinéticas diferentes entre as vias de administração.
Tratamento de dores agudas (pós-operatórias):

– Vias intravenosa e subcutânea:

Adultos: A morfina é administrada mais frequentemente por via intravenosa deforma fraccionada (por titulação) com uma dose de 1 a 3 mg (em função dodoente, principalmente da idade), de 10 em 10 minutos aproximadamente, até àobtenção de uma analgesia satisfatória (ou ocorrência de efeitos indesejáveis),encontrando-se o doente sob vigilância contínua.
Se um tratamento alternativo se revelar necessário, poderão ser utilizadasinjecções subcutâneas de 5 a 10 mg em intervalos de 4 a 6 horas ou umaanalgesia auto-controlada através da injecção intravenosa em bolus de 0,5 a 1mg seguida de um período sem injecção (?período refractário?) deaproximadamente 10 minutos.
A morfina em perfusão intravenosa (1 a 5 mg/h) está habitualmente reservada adoentes com ventilação assistida nos serviços de reanimação.

Crianças: A morfina é administrada mais frequentemente por via intravenosa deforma fraccionada (por titulação). Uma dose inicial de 0,025 a 0,1 mg/kg (emfunção do doente, principalmente da idade), seguida se necessário da injecçãoem bolus de aproximadamente 0,025 mg/kg em intervalos de 5-10 minutos, até àobtenção de uma analgesia satisfatória (ou ocorrência de efeitos indesejáveis),encontrando-se o doente sob vigilância contínua.
Se um tratamento alternativo se revelar necessário poderá recorrer-se aperfusão intravenosa continua de 0,01 a 0,02 mg/kg/h em sala de recobro ou decuidados intensivos.
A analgesia auto-controlada por via intravenosa pode ser realizada a partir dos 6anos, os bolus são de 0,015 a 0,02 mg/kg seguidos de um período sem injecçãopossível (?período refractário?) de 10 a 15 minutos. Pode ser associada umadose contínua de 0,005 a 0,02 mg/kg/h.
Por ser dolorosa, a via subcutânea não é recomendada nas crianças.

– Via epidural

Adultos: 2 a 6 mg cada 12 a 24 horas.
Crianças: 0,03 mg a 0,05 mg/kg, que podem ser repetidas em caso denecessidade, se a situação clínica o permitir, passadas 12 a 24 horas.

– Via intratecal

Adultos: 0,1 a 0,3 mg cada 12 a 24 horas

Tratamento de dores crónicas (principalmente de origem cancerosa):

Doses iniciais em função da via de administração

As doses na criança e no adulto são equivalentes, tendo em consideração opeso do doente.

– Via subcutânea:
Nos doentes que não tenham sido sujeitos a um tratamento preliminar commorfina por via oral, a posologia inicial será 0,5 mg/kg/dia (geralmente 30 mg/dianos adultos), preferencialmente em perfusão contínua (em relação a injecçõesrepetidas todas as 4-6 horas).
Em doentes a tomar anteriormente morfina por via oral, a posologia inicial serámetade da dose oral administrada. Se a posologia por via oral era insuficiente,poderá passar-se imediatamente para uma posologia superior (ver acertoposológico).

– Via intravenosa:
Nos doentes que não tenham sido sujeitos a um tratamento preliminar commorfina por via oral, a posologia inicial será de 0,3 mg/kg/dia (geralmente 20mg/dia no adulto), preferencialmente em perfusão contínua.
Nos doentes que apresentem dores de intensidade variável durante o dia, podeser utilizado um sistema de analgesia controlada pelo doente; a uma perfusãocontínua (com a posologia habitual), serão associadas injecções em bolus auto-
administráveis, equivalentes a aproximadamente uma hora de perfusão. Cadabolus será seguido de um período sem injecção possível (?período refractário?)de 10 minutos no mínimo.

Via epidural e intratecal:
No decurso da dor crónica, recorrer-se-á a estas vias de administração logo queas outras vias sejam responsáveis por efeitos indesejáveis inaceitáveis.

A título exemplificativo :
– a posologia diária inicial por via epidural, dividida por uma ou duas injecções, éde aproximadamente 1/10 da posologia por via parentérica.

– a posologia diária inicial por via intratecal, dividida por uma ou duas injecções éde aproximadamente 1/100 da posologia por via parentérica.

Acerto posológico:

Frequência de avaliação (grau de alívio da dor, presença de efeitosindesejáveis).
Não há necessidade de perder tempo com uma posologia manifestamenteineficaz. O doente deve ser cuidadosamente observado principalmente no iníciodo tratamento, uma vez que a dor não está controlada.

Aumento da posologia
Se a dor não está controlada, é conveniente aumentar a posologia diária demorfina em aproximadamente 30 a 50%.
Durante o processo de ajuste de doses, não existe limite máximo, desde que osefeitos indesejáveis possam ser controlados.

Modo de abertura das ampolas
A ampola está previamente limada no local de estrangulamento para abertura daampola. A zona colorida permite a orientação da mesma. Pegar na ampola coma zona colorida dirigida para si. A ampola abre-se facilmente, colocando opolegar na zona colorida e fazendo força de cima para baixo (ver figura).

Se utilizar mais Morfina FHC do que deveria

Se utilizou mais Morfina FHC do que deveria consulte imediatamente o seumédico ou farmacêutico.

Caso se tenha esquecido de utilizar Morfina FHC

Não aplicável

Se parar de utilizar Morfina FHC
Em função da duração do tratamento, da dose administrada e da evolução dador, a morfina poderá ser descontinuada de forma progressiva para evitar oaparecimento de sintomas de abstinência: ansiedade, irritabilidade, tremores,midríase (dilatação da pupila), sudação, lacrimejo, rinorreia (corrimento nasal),náuseas, vómitos, dor abdominal, diarreias e artralgias (dores articulares). Sódeverá suspender a utilização deste medicamento por aconselhamento médico.

Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seumédico ou farmacêutico

4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSIVEIS

Como os demais medicamentos, Morfina FHC pode causar efeitos secundários,no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.

Os efeitos indesejáveis mais frequentes são:
– – Sonolência, confusão, náuseas e vómitos, que são transitórios,
– Obstipação que deve ser prevenida com um tratamento adequado.

Foram igualmente notificados casos de:

– sedação, excitação, pesadelos, principalmente em idosos, com eventuaisepisódios de alucinação (percepção anormal de um objecto que não existe narealidade);
– depressão respiratória;
– aumento da pressão intracraniana (que se traduz da dor de cabeça aosvómitos);
– retenção urinária, principalmente em caso de alterações prostáticas ouestenose uretral;
– dependência psíquica;
– reacções cutâneas de tipo urticária, vermelhidão e prurido;
– síndrome de abstinência quando se suspende abruptamente o medicamento:bocejos, ansiedade, irritabilidade, tremores, dilatação das pupilas,afrontamentos, sudação, lacrimejar, corrimento nasal, náuseas, vómitos, dorabdominal, anorexia, diarreias, dores musculares ou articulares.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitossecundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico oufarmacêutico.

5. COMO CONSERVAR MORFINA FHC

Conservar na embalagem de origem para proteger da luz.
Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Não utilize a Morfina FHC após o prazo de validade impresso na ampola aseguir a Val..O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.

Não utilize a Morfina FHC se verificar que esta se encontra turva.

Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixodoméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos deque já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

6. OUTRAS INFORMAÇÕES

Qual a composição da Morfina FHC

– a substância activa é a morfina (como cloridrato tri-hidratado).
– os outros componentes são: cloreto de sódio e água para preparaçõesinjectáveis.

Qual o aspecto da Morfina FHC e conteúdo da embalagem

Ampolas de vidro contendo uma solução aquosa límpida.
Ampolas de 1 e 10 ml (embalagens de 1, 10, 50 e 100 ampolas).
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.

Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante

Titular da AIM
Fabricante
FHC Farmacêutica, Lda.
Laboratórios Basi,
Parque Industrial de Mortágua, Lt. 2
Indústria Farmacêutica, S.A.
3450-232 Mortágua
Rua do Padrão, 98
Portugal
3000-312 Coimbra

Portugal
Tel.: + 351 231 927 510
Tel.: + 351 239 827 021
Fax.: +351 231 927520
Fax.: + 351 239 492 845
e-mail: info@fhc.pt
e-mail: basi@basi.pt

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Electrólitos Metformina

Visipaque Iodixanol bula do medicamento

Neste folheto:
1. O que é Visipaque e para que é utilizado
2. Antes de utilizar Visipaque
3. Como utilizar Visipaque
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Visipaque
6. Outras informações

FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR

Visipaque 550 mg/ml, solução injectável
Visipaque 652 mg I/ml, solução injectável
Iodixanol

Leia atentamente este folheto antes de utilizar este medicamento.
Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico.
Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento podeser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitossecundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico.

Neste folheto:

1. O QUE É VISIPAQUE E PARA QUE É UTILIZADO

Este medicamento é apenas para uso em diagnóstico.

O Iodixanol é um meio de contraste radiológico não iónico, dimérico, hexaiodado esolúvel na água.
Meio de contraste radiológico para cardioangiografia, angiografia cerebral
(convencional e Angiografia arterial por Subtracção Digital – ASD i.a), arteriografiaperiférica (convencional e ASD i.a), angiografia abdominal (ASD i.a.), urografia,venografia e TC (tomografia axial computorizada – TAC). Mielografia lombar, cervicale torácica, Artrografia, colangiopancreatografia retrograda endoscópica (ERCP) ehisterosalpingografia (HSG) e estudos do trato gastrointestinal.
O Visipaque pode ser utilizado em todos os grupos etários, com as devidas precauções,especialmente nos mais jovens e nos idosos.
Nos doentes com insuficiência hepática ou renal devem ser tomadas precauçõesespeciais devido ao atraso significativo da depuração do meio de contraste (ver
Interacções medicamentosas e outras)

2. ANTES DE UTILIZAR VISIPAQUE

Não utilize Visipaque
– se tem alergia (hipersensibilidade) ao Iodixanol ou a qualquer outro componente de
Visipaque.
– se tem Tirotoxicose declarada.

Tome especial cuidado com Visipaque:

Precauções especiais de utilização de meios de contraste não iónicos em geral:
Uma história clínica de alergia, asma ou reacções adversas aos meios de contrasteiodados, indica a necessidade de cuidados especiais. A pré-medicação comcorticosteróides ou com antagonistas dos receptores de histamina H1 e H2 pode serconsiderada nestes casos.
O risco de reacções graves relacionadas com o uso de Visipaque é considerado mínimo.
No entanto, os meios de contraste iodados podem provocar reacções anafilácticas ououtras manifestações de hipersensibilidade. Assim, o decorrer da acção deve serplaneado com antecedência, com os fármacos necessários e equipamento disponível,para um tratamento imediato, caso ocorra uma reacção grave. Durante todo oprocedimento com raios-x, é sempre recomendável a existência de um micro-cateterpara acesso endovenoso rápido.
Os meios de contraste não iónicos possuem um menor efeito sobre a coagulação "invitro" que os meios de contraste iónicos. Quando se realizam procedimentos decateterização vascular, é necessário prestar uma meticulosa atenção à técnicaangiográfica, assim como lavar frequentemente o cateter (por exemplo, com umasolução salina heparinisada), para desta forma minimizar o risco de trombose ouembolia relacionadas com o procedimento.
Deve ser assegurada uma hidratação adequada antes e depois da administração do meiode contraste. Isto aplica-se especialmente aos doentes com mieloma múltiplo, diabetesmellitus, disfunção renal, assim como em crianças em idade pré-escolar (1 a 5 anos),crianças em idade escolar e idosos. Os lactentes (idade < 1 ano) e especialmente osrecém-nascidos, são mais susceptíveis a perturbações electrolíticas e alteraçõeshemodinâmicas.
Deve ter-se também cuidado especial com os pacientes com doença cardíaca grave ehipertensão pulmonar, uma vez que, estes podem desenvolver alteraçõeshemodinâmicas ou arritmias.
Os doentes com patologia cerebral aguda, tumores ou história de epilepsia têm maiorpropensão à apoplexia e merecem um cuidado especial. Os alcoólicos etoxicodependentes têm igualmente um maior risco de apoplexia e reacçõesneurológicas.
Para prevenir o aparecimento de insuficiência renal aguda após a administração do meiode contraste, deve ter-se cuidados especiais nos pacientes com insuficiência renal pré-
existente e diabetes mellitus, uma vez que são considerados doentes de risco. Osdoentes com paraproteinémias (mielomatoses e macroglobulinémia de Waldenström)são considerados igualmente de risco.

Antes do tratamento com Visipaque

As medidas preventivas incluem:
– Identificação dos doentes de alto risco
– Garantir uma hidratação adequada. Se necessário manter uma perfusão I.V. desde oinício do procedimento até que o meio de contraste seja eliminado pelos rins.
– Evitar o esforço adicional sobre os rins sob a forma de fármacos nefrotóxicos, agentescolecistográficos orais, bloqueio temporário (clampping) arterial, angioplastia arterialrenal ou grande cirurgia, até o meio de contraste estar eliminado.
– Após finalização do exame, a sua repetição com meio de contraste só deve serefectuada quando a função renal voltar aos níveis de pré-exame.

De forma a prevenir a acidose láctica, o nível sérico da creatinina deverá ser avaliadonos doentes diabéticos tratados com metformina, antes da administração intravenosa ouintra-arterial de meios de contraste iodados. Se a creatinina sérica/função renal fornormal, a administração de metformina deverá ser interrompida aquando daadministração do meio de contraste e ser restabelecida somente após 48 horas ouquando a função renal/ creatinina sérica volte aos valores normais. Se a creatininasérica/função renal for anormal, a metformina deverá ser interrompida e o exame commeio de contraste retardado por 48 horas. A administração de metformina só deverá serretomada quando a função renal/ creatinina sérica estabilizar. Em situações deemergência quando a função renal esteja alterada ou seja desconhecida, os clínicosdeverão avaliar o risco/ beneficio de um exame com meio de contraste, e deverão sertomadas as seguintes precauções: A administração de metformina deverá serimediatamente interrompida, o doente deverá ser hidratado, a função renal monitorizadae observação dos sintomas da acidose láctica.
São necessários cuidados particulares em doentes com perturbações graves das funçõeshepática e renal, porque estes podem apresentar atraso significativo na depuração domeio de contraste. Os doentes em hemodiálise podem receber meio de contraste paraestudos radiológicos. Não é necessário uma relação de tempo entre a hora da injecçãodo meio de contraste e a sessão de hemodiálise.
A administração de meios de contraste iodados pode agravar os sintomas de miasteniagrave. Aos doentes com feocromocitoma, sujeitos a procedimentos intervencionais commeios de contraste iodados, devem ser administrados alfa-bloqueadores comoprofilácticos, para prevenir a ocorrência de crises hipertensivas. Devem ser exercidoscuidados especiais em doentes com hipertiroidismo. Doentes com bócio multinodularpodem correr o risco de desenvolver hipertiroidismo após injecção de meios decontraste iodados. Deve ser igualmente considerada a possibilidade de ocorrência dehipotiroidismo transitório em crianças prematuras às quais se administre o meio decontraste.
Não se tem registado extravasão do Visipaque, e é previsível que este produto devido àsua isotonicidade origine menores dor local e edema, do que um meio de contrastehiperosmolar. No caso de extravasão, pode ser recomendável a elevação e oarrefecimento do local afectado, como medidas de rotina. A descompressão cirúrgicapode ser necessária nos casos de síndroma de compartimento.

Tempo de observação
Após administração do meio de contraste, o doente deverá ser observado, pelo menos,durante 30 minutos, uma vez que a maioria dos efeitos secundários graves ocorredurante esse período. No entanto, a experiência demonstrou que as reacções dehipersensibilidade podem aparecer várias horas ou dias após a injecção.

Uso intratecal:
A seguir á mielografia o doente deverá ficar deitado com a cabeça e o tórax elevados a
20º durante 1 hora. A seguir o doente poderá deslocar-se cuidadosamente evitandobaixar a cabeça. A cabeça e o tórax deverão ficar elevados durante as 6 horas seguintesse permanecer deitado. Doentes com suspeita de inicio de derrame cerebral deverãoficar em observação durante esse período. Doentes externos nunca deverão ficarcompletamente sozinhos durante as primeiras 24 horas.

Ao utilizar Visipaque com outros medicamentos
Informe o seu médico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outrosmedicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.

O uso de meios de contraste iodados pode resultar numa perturbação transitória dafunção renal, o que pode desencadear acidose láctica em diabéticos que estejam a tomar
(metformina). (ver secção 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização).
Tem sido associado ao tratamento prévio com interleucina II, um aumento de reacçõestardias (sintomatologia gripal ou reacções cutâneas).
Todos os meios de contraste iodados podem interferir nas provas de estudo da funçãotiroideia, uma vez que a capacidade de fixação de iodo pela tiroide pode ficar reduzidadurante várias semanas.

Altas concentrações do meio de contraste no soro e na urina podem interferir com ostestes laboratoriais de bilirrubina, proteínas ou substâncias inorgânicas (ex.: ferro,cobre, cálcio e fosfato). Assim, estas substâncias não devem ser doseadas no dia doexame.

Gravidez e aleitamento
Consulte o seu médico antes de tomar qualquer medicamento.
A segurança do Visipaque quanto ao seu uso durante a gravidez nos seres humanos nãofoi ainda estabelecida. A avaliação dos estudos experimentais em animais não indicouefeitos directos ou indirectos na reprodução, no desenvolvimento embrionário ou fetal,na evolução da gestação e no desenvolvimento pré e pós-natal.
No entanto, sempre que possível, devem evitar-se as exposições às radiações durante agravidez, e os benefícios de qualquer exame radiológico, com ou sem meio decontraste, devem ser avaliados cuidadosamente contra os possíveis riscos. Assim, esteproduto não deve ser utilizado durante a gravidez, a menos que o benefício seja superiorao risco e a sua utilização seja considerada essencial pelo médico.

O aleitamento pode ser mantido normalmente mesmo quando a mãe tenha sidosubmetida a um exame radiológico com a utilização de meio de contraste.
O Visipaque apenas induz pequenos efeitos na função renal dos doentes. Em doentesdiabéticos com níveis de creatinina sérica entre 1,3-3,5 mg/dl, a utilização de Visipaquelevou à ocorrência de uma subida da creatinina = 0,5 mg/dl em 3% dos doentes e a umasubida = 1,0 mg/dL em 0% dos doentes. A libertação de enzimas (fosfatase alcalina e
N-acetil- -glucosaminidase) das células tubulares proximais é inferior à produzidaapós injecção de meios de contraste monoméricos não-iónicos, observando-se a mesmatendência ao comparar-se com os meios de contraste diméricos iónicos. O Visipaque ébem tolerado pelo rim.

Condução de veículos e utilização de máquinas

Não é aconselhável conduzir ou utilizar maquinas durante as primeiras 24 horas aseguir a um exame intratecal.

Informações importantes sobre alguns componentes de VISIPAQUE

Substância activa
Dosagem
Concentração por ml
Iodixanol (D.C.I.)
270 mg I/ml
550 mg equiv. 270 mg I
Iodixanol (D.C.I.)
320 mg I/ml
652 mg equiv. 320 mg I

3. COMO UTILIZAR VISIPAQUE

Utilizar Visipaque sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seumédico se tiver dúvidas.

A dosagem pode variar dependendo do tipo de exame, da idade, do peso, do rendimentocardíaco, do estado geral do doente e da técnica utilizada. Normalmente, é usada amesma concentração e volume aproximados de iodo que se utilizam com outros meiosde contraste radiológico iodados utilizados actualmente, embora tenha sido igualmenteobtida informação diagnóstica adequada em diversos estudos realizados com o
Iodixanol injectável com concentração inferior de iodo.
Deve assegurar-se uma hidratação adequada antes e depois da administração, tal comose faz com outros meios de contraste.
O Visipaque é para administração intravenosa, intra-arterial, intratecal e nas cavidadescorporais.

As dosagens seguintes podem servir como guia. As doses indicadas para uso intra-
arterial são para administração de injecção única, a qual pode ser repetida se necessário.

Indicação/Investigação
Concentração Volume

Uso intra-arterial:

Arteriografias

Cerebral selectiva
270/320 (1) mg I/ml
5 – 10 ml por injecção
Cerebral selectiva ASD i.a
150 mg I/ml
5 – 10 ml por injecção
Aortografia
270/320 mg I/ml
40 – 60 ml por injecção
Periférica
270/320 mg I/ml
30 – 60 ml por injecção
Periférica ASD i.a.
150 mg I/ml
30 – 60 ml por injecção
Visceral selectiva ASD i.a
270 mg I/ml
10 – 40 ml por injecção

Cardioangiografia,

adultos

Injecção no ventrículo
320 mg I/ml
30 ? 60 ml por injecção
esquerdo e na aorta.

Arteriografia coronária
320 mg I/ml
4 – 8 ml por injecção
selectiva.

Crianças
270 / 320 mg I/ml
Dependendo da idade, pe-

so e patologia (dose total

máxima recomendada 10ml/kg)
Uso Intravenoso:

Urografia

Adultos
270/320 mg I/ml
40 – 80 ml (2)
Crianças < 7 kg
270/320 mg I/ml
2-4 ml/kg
Crianças > 7 kg
270/320 mg I/ml
2-3 ml/kg

Todas as doses dependem

da idade, peso e patologia

(máx. 50 ml)

Venografia
270 mg I/ml
50 – 150 ml/perna
TC (tomografia axial

Computorizada )

TC da cabeça, adulto
270/320 mg I/ml
50 – 150 ml
TC do corpo, adulto
270/320 mg I/ml
75 – 150 ml

Crianças, TC da cabeça e Corpo
270/320 mg I/ml
2-3 ml/kg até 50 ml (Em

alguns casos podem ser

administrados volumes até
150 ml).

Indicação/Investigação
Concentração Volume

Uso intratecal

Mielografia lombar e torácica
270 mg I/ml ou
10 ? 12 ml(3)
( injecção lombar )
320 mg I/ml
10 ml(3)

Mielografia cervical
270 mg I/ml ou
10 ?12 ml(3)
( injecção lombar ou cervical )
320 mg I/ml
10 ml(3)

Utilização nas cavidades corporais:
A dosagem deve ser ajustada

individualmente para permitir

uma visualização óptima.

Artrografia

1 ? 15 ml

270 mg I/ml

Colangeopancreatografia

5 ? 20 ml
retrograda endoscópica (CPRE)
150 mg I/ml
A dose recomendada pode ser

excedida várias vezes devido à

injecção no interior do

duodeno (foram estudados

volumes até 140 ml).
Histerosalpingografia (HSG)

5 ? 10 ml

270 mg I/ml
A dose recomendada pode ser

excedida várias vezes devido

ao refluxo no interior da

vagina (foram estudadosvolumes até 40ml)
Estudos gastrointestinais:

Administração oral
320 mg I/ml
80-200 ml
Adultos:

(tem sido estudado)

320 mg I/ml
10-200 ml
Esófago
320 mg I/ml
20-200 ml
Estômago

(tem sido estudado)

150/270/320 mg I7ml
5 ml/Kg p.c. 10-240 ml
Crianças:

(tem sido estudado)

Administração rectal
150/270/320 mg I7ml
30-400 ml (tem sido estudado)
Crianças
(1) Ambas as dosagens estão documentadas, mas recomenda-se a de 270 mg I/ml na maioria dos casos.
(2) 80 ml podem ser excedidos em casos seleccionados

(3) De forma a minimizar as reacções adversas a dose total não deve exceder 3,2 g de
Iodo.
Idosos: Igual à de adultos

Se utilizar mais Visipaque do que deveria

A sobredosagem é improvável em doentes com uma função renal normal. A duração doprocedimento é importante para a tolerabilidade renal a doses elevadas do meio decontraste (T1/2 = 2 horas). No caso de sobredosagem acidental, a perda de água e deelectrólitos deve ser compensada por perfusão. A função renal deve ser monitorizada,pelo menos durante os três dias seguintes. Se for necessário, poder-se-à recorrer ahemodiálise para eliminar o iodixanol do organismo do doente.
Não há antídoto específico.

Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico.

4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSIVEIS

Como todos os medicamentos, Visipaque pode causar efeitos secundários, no entantoestes não se manifestam em todas as pessoas.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitossecundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico.

Seguidamente estão mencionados os possíveis efeitos indesejáveis relacionados com osprocedimentos radiológicos que incluam a utilização de Visipaque

Utilização intravascular:
Os efeitos indesejáveis associados à utilização de meios de contraste iodados sãonormalmente ligeiros a moderados e de natureza transitória, e menos frequentes commeios de contraste não-iónicos do que com iónicos. É extremamente raro haverreacções graves, tais como a morte.
O efeito indesejável mais frequente é uma sensação geral moderada de calor ou frio. Asensação de calor na angiografia periférica é habitual ( Incidência :>1:10 ), enquantoque a dor distal ocorre ocasionalmente ( Incidência < 1:10, mas >1:100).
Dor / desconforto abdominal é muito raro (Incidência < 1:1000) e reacçõesgastrointestinais tais como náuseas ou vómitos são raros (Incidência <1:100, mas >
1:1000 ).
Ocorrem ocasionalmente reacções de hipersensibilidade e normalmente apresentam-secomo sintomas cutâneos ou respiratórios moderados, tais como dispneia, erupção,eritema, urticária, prurido e angioedema. Estes sintomas podem aparecer querimediatamente após a injecção quer alguns dias mais tarde. Podem ocorrer febre ouhipotensão. Foram registadas reacções cutâneas tóxicas graves. Manifestações graves

tais como edema laringeo, broncoespasmo, edema pulmonar e choque anafilático sãomuito raras.
Podem ocorrer reacções anafilácticas independentemente da dose e do modo deadministração. Sintomas moderados de hipersensibilidade podem representar osprimeiros sinais de uma reacção grave. Assim, a administração do meio de contrastedeve ser interrompida imediatamente e, se necessário deve ser utilizada terapêuticaespecífica por via vascular. Os pacientes a utilizar beta-bloqueadores podem apresentarsintomas atípicos de anafilaxia o que pode ser confundido com reacção vagal.
Foram observadas reacções vagais, originando hipotensão e bradicardia, em ocasiõesmuito raras.
Iodismo ou ?parotidite iodada? é uma complicação muito rara associada aos meios decontraste iodados, resultando na tumefacção e fragilidade das glândulas salivares,aproximadamente 10 dias depois do exame.
Um pequeno aumento transitório da S-creatinina é vulgar após a administração dosmeios de contraste iodados, mas normalmente não tem relevância clínica. A falênciarenal é muito rara. Contudo, foram registados alguns casos fatais em grupos de doentesde alto risco.
Pode ocorrer espasmo arterial após injecção nas artérias coronárias, cerebrais ou renais,o qual resulta em isquémia transitória.
São muito raras as reacções neurológicas, no entanto, quando ocorrem podem incluircefaleias, vertigens, apoplexia ou perturbações sensoriais ou motoras transitórias. Emocasiões muito raras, os meios de contraste podem atravessar a barreira hemato-
encefálica resultando numa absorção do meio de contraste pelo cortex cerebral, o qual évisível no exame TC até ao dia seguinte ao exame, sendo algumas vezes associada comestado confusional transitório ou cegueira cortical.
São muito raras as complicações cardíacas, podendo estas incluir arritmias, depressãoou sinais de isquémia. Pode ocorrer hipertensão.
São muito raras as tromboses ou tromboflebites após exames flebográficos. Foramregistados poucos casos de artralgia.
Podem ocorrer sintomas respiratórios severos e sinais (incluindo dispneia e edemapulmunar não-cardiogénico), assim como tosse.

Utilização intratecal:
Os efeitos indesejáveis após uma utilização intratecal podem ser retardados eapresentarem-se algumas horas ou dias depois do exame. A sua frequência é semelhantea uma punção lombar per si.
Dores de cabeça, náuseas, vómitos ou vertigens são frequentes e podem ser atribuídas àperda de pressão no espaço subaracnoideo resultante do derramamento no local dapunção. Nalguns dos doentes pode surgir uma cefaleia grave e que perdura por váriosdias. Uma remoção excessiva do líquido cerebrospinal deve ser evitado de forma aminimizar o abaixamento da pressão.
Pode ocorrer uma dor local ou radicular ligeira.
Tais como com outros meios de contraste iodados não iónicos, foram observadosirritação meníngea que se manifesta por fotofobia e meningismo e uma importante

meningite química. Deverá ser considerada a possibilidade de uma meningiteinfecciosa.

Á semelhança de outros meios de contraste não iónicos podem ocorrer raramentedisfunções cerebrais transitórias. Estas incluem derrame cerebral, perturbação cerebral emotora transitória ou disfunção sensorial. Foram referidas nalguns doentes alterações anível do EEG.

Utilização nas cavidades corporais:
São raras as reacções de hipersensibilidade sistémica.

Colangiopancreatografia retrograda endoscópica (CPRE): É comum a elevação ligeiradas amilase e lipase. Ocasionalmente tem sido observada pancreatite; contudo esta éuma complicação bem conhecida que ocorre com a CPRE. Ocasionalmente ocorremfebre, dor abdominal, náuseas e vómitos.

Histerosalpingografia (HSG): É comum a ocorrência tardia, transitória e ligeira de dorna parte inferior do abdómen. Foram comunicados outros efeitos tardios, tais comodescarga/excudação vaginal, náuseas, vómitos, cefaleias e febre. Estes acontecimentossão todos conhecidos e a sua ocorrência está relacionada possivelmente com o HSG.

Artrografia: Ocasionalmente são descritas sensação de pressão no local daadministração e dor após este procedimento.

Estudos do trato gastrointestinal:
Podem ocorrer ocasionalmente (<1:10, >1:100) reacções gastrointestinais tais comodiarreia, náuseas/vómitos e dor abdominal, e reacções de hipersensibilidade sistémica.

5. COMO CONSERVAR VISIPAQUE

Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Não utilize Visipaque após o prazo de validade impresso na embalagem exterior.

O Visipaque deve ser armazenado à temperatura ambiente (inferior a 30º C), ao abrigoda luz e dos raios-X secundários. O produto pode ser armazenado durante 1 mês a 37º
C.

6. OUTRAS INFORMAÇÕES

As soluções aquosas puras de Iodixanol, em todas as concentrações clínicas relevantes,apresentam uma osmolalidade menor que a do sangue e do que as dosagenscorrespondentes aos meios de contraste monoméricos não iónicos. À solução de

iodixanol foram adicionados electrólitos para que o Visipaque seja isotónico com osfluídos orgânicos normais

Grupo farmacoterapêutico: 19. 1. 1 ? Meios de diagnóstico. Meios de contrasteradiológico. Produtos iodados. Código ATC: V08A B09

Qual a composição de Visipaque

A(s) substância(s) activa é o Iodixanol
O(s) outro(s) componente(s) (são)
Trometamol, cloreto de sódio, cloreto de cálcio, edetato de cálcio e sódio, ácidohidroclórico (para ajustamento do pH) e água para injectáveis.

Qual o aspecto de Visipaque e conteúdo da embalagem

– Solução injectável. O Visipaque é fornecido pronto a utilizar, sob a forma de soluçãoaquosa límpida, de tonalidade incolor a ligeiramente amarelada.
Visipaque 270 mg I/ml, frascos de vidro de 50, 75, 100, 200 e 500 ml e embalagens depolipropileno de 10, 20, 50, 75, 100, 200 e 500 ml.
Visipaque 320 mg I/ml, frascos de vidro de 50, 100, 200 e 500 ml e embalagens depolipropileno de 10, 50, 100, 200 e 500 ml.

Titular da Autorização de Introdução no Mercado

Satis, Radioisotopos e Protecções contra Sobretensões Eléctricas, Unipessoal Lda.
Av do forte, nº6-6A Edificio Ramazzotti
2790-072 Carnaxide

Fabricante

GE Healthcare Ireland
IDA Business Park – Carrigtohill County Cork
Irlanda

GE Healthcare A.S.
Nycoveien, 1-2, Nydalen Oslo
Noruega

Nycomed Amersham, S.A.
Ronda de Poniente, 12 – Euronova Tres Cantos – Madrid
Espanha

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Codeína Fentanilo

Morfina Labesfal (sem conservantes) Morfina bula do medicamento

Neste folheto:
1. O que é Morfina Labesfal (sem conservantes) e para que é utilizada
2. Antes de utilizar Morfina Labesfal (sem conservantes)
3. Como utilizar Morfina Labesfal (sem conservantes)
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Morfina Labesfal (sem conservantes)
6. Outras informações


FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR

MORFINA LABESFAL (sem conservantes), 10 mg/1 ml, Solução injectável
MORFINA LABESFAL (sem conservantes), 20 mg/1 ml, Solução injectável
MORFINA LABESFAL (sem conservantes), 20 mg/2 ml, Solução injectável
MORFINA LABESFAL, (sem conservantes), 40 mg/2 ml, Solução injectável
Cloridrato de morfina tri-hidratado

Leia atentamente este folheto antes de utilizar este medicamento.
– Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
– Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento podeser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
– Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundáriosnão mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

Neste folheto:

1. O QUE É MORFINA LABESFAL (SEM CONSERVANTES) E PARA QUE É

UTILIZADA

Grupo farmacoterapêutico: 2.12 ? Sistema nervoso central. Analgésicos estupefacientes.

A morfina está indicada no tratamento sintomático da dor moderada a severa, (associadaa doenças neoplásicas, enfarte do miocárdio e cirurgia, ou outras) na sedação préoperatória e como adjuvante da anestesia..

2. ANTES DE UTILIZAR MORFINA LABESFAL (SEM CONSERVANTES)

Não utilize Morfina Labesfal (sem conservantes):
– se tem alergia (hipersensibilidade) à morfina ou a qualquer outro componente de
Morfina Labesfal (sem conservantes),
– se tem insuficiência respiratória severa, episódios agudos de asma ou broncospasmoassociado a doenças pulmonares obstrutivas,

– se tem insuficiência hepática grave,
– se tem epilepsia não controlada,
– se tem uma lesão recente do crânio

– em associação com buprenorfina, nalbufina e pentazocina (substâncias compropriedades semelhantes às da morfina),
– durante o aleitamento, em caso de iniciação ou continuação de um tratamento longo,após o nascimento.
– Lactentes e sobretudo recém-nascidos. Apresentam uma sensibilidade aumentada aosopiáceos dado que a depressão provocada no centro respiratório é maior e o seu sistemade destoxificação de fármacos ainda se encontra incompleto.
– Cólicas biliares, Íleus paralítico ou doença intestinal obstrutiva,
– Feocromocitoma,
– Choque hipovolémico,
– Estados convulsivos,
– Mixedema não tratado,
– Utilização concomitante com inibidores da monoamino oxidase (IMAO) ou duassemanas após a sua interrupção.
É contra-indicada ainda na presença de alcoolismo agudo

Não utilize Morfina Labesfal (sem conservantes) pela via epidural, intratecal:
– se apresenta problemas de hemostase no momento da injecção,
-se tem infecções cutâneas locais, regionais ou generalizadas, em evolução,
-se manifesta hipertensão intracraniana evolutiva.

Tome especial cuidado com a Morfina Labesfal (sem conservantes)

Advertências
O seu médico acompanhará o seu tratamento de uma monitorização adaptada à suautilização.
Em tratamentos prolongados com a morfina, é fundamental não parar abruptamente otratamento, pois isso poderá desencadear o aparecimento da síndrome de abstinência. Oaumento progressivo das doses, se for necessário e mesmo que sejam doses elevadas, nãoaumenta o risco de habituação.
Este medicamento, se mal utilizado pode causar dependência física e psíquica
A toxicodependência (anterior ou actual) não impede a prescrição de morfina, caso estaseja necessária.

Precauções especiais de utilização

A morfina deve ser utilizada com precaução nos seguintes casos:
– Doentes idosos
– Recém-nascidos
– Doentes com insuficiência respiratória
– Doentes com insuficiência renal
– Doentes com patologia hepatobiliar ou icterícia obstrutiva colestática e em doentes compancreatite litiásica ou obstrutiva,
– Doentes com insuficiência hepática,
– Hipovolémia (volume sanguíneo insuficiente)
– Doentes com problemas urinários (dificuldade a urinar)

– Pressão elevada no crânio
– Obstipação (fale com o seu médico se tiver obstipação para que ele lhe possa aconselharum tratamento adaptado)

Desportistas:
Se é desportista deverá ter em atenção que este medicamento contém morfina, que fazparte da lista das substâncias dopantes.
Deve ser administrada com precaução ou em doses reduzidas a doentes comhipotiroidismo e insuficiência adreno-cortical.

Ao utilizar Morfina Labesfal (sem conservantes) com outros medicamentos
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentementeoutros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.

Associações contra-indicadas
– Agonistas-antagonistas opiáceos (buprenorfina, nalbufina, pentazocina):
Diminuição do efeito analgésico ou antitússico, com risco de aparecimento de síndromede abstinência.
– Inibidores da monoamino oxidase (IMAO).

Associações desaconselhadas
– Naltrexona
Risco de diminuição do efeito analgésico.
Se necessário aumentar as doses do derivado da morfína.
– Consumo de álcool:
O álcool potencia o efeito sedativo destas substâncias.

A alteração da atenção pode ser perigosa para a condução de veículos e de máquinas.

Deve ser evitada a ingestão de bebidas alcoólicas e medicamentos contendo álcool.

Associações que devem ser usadas com precaução
– Rifampicina
Diminuição das concentrações e eficácia da morfina e do seu metabolito activo. Éaconselhada vigilância clínica e uma eventual adaptação da posologia da morfina durantee após o tratamento com rifampicina.

– Outros analgésicos morfínicos agonistas (alfentanilo, codeína, dextromoramida,dextropropoxifeno, di-hidrocodeína, fentanilo, oxicodona, petidina, fenoperidina,remifentanilo, sufentanilo, tramadol).
– Antitússicos morfina-like (dextrometorfano, noscapina, folcodina)
– Antitússicos verdadeiramente morfínicos (codeína, etilmorfina)
-Barbitúricos
– Benzodiazepinas e substâncias aparentadas
Risco aumentado de depressão respiratória que pode ser fatal em caso de sobredosagem.
-Outros medicamentos sedativos

Aumento da depressão central. A alteração no estado de vigília pode tornar perigosa acondução de veículos e utilização de máquinas.
– Metoclopramida e domperidona ? pelo risco de antagonismo nos seus efeitosgastrointestinais

Ao utilizar a Morfina Labesfal (sem conservantes) com alimentos e bebidas
A ingestão de álcool está fortemente desaconselhada.

Gravidez e aleitamento
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento

A morfina deverá ser evitada durante a gravidez ou amamentação. Usar apenas quando obenefício supera o risco da sua utilização para a mãe e recém-nascido.
Gravidez
A administração da morfina, se necessária e após aconselhamento do seu médico épossível durante a gravidez.
Devido à passagem deste medicamento para a circulação sanguínea do feto, a suautilização durante a gravidez impõe uma monitorização apertada do bebé.

Aleitamento
– No caso de administrações repetidas durante alguns dias, suspender o aleitamentomomentaneamente.
– No caso de iniciação ou continuação de um tratamento longo após o nascimento, oaleitamento está contra-indicado.

Condução de veículos e utilização de máquinas
Devido ao facto de este medicamento poder produzir alterações no estado de vigília, acondução de veículos ou utilização de máquinas é desaconselhado. Este risco é maior noinício do tratamento ou quando o tratamento inclui a associação de outros medicamentos.

3. COMO UTILIZAR MORFINA LABESFAL (sem conservantes)

Utilizar Morfina Labesfal (sem conservantes) sempre de acordo com as indicações domédico.
Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.

A relação dose-eficácia-tolerância varia de doente para doente. É importante avaliarfrequentemente a eficácia e a tolerância e adaptar a posologia progressivamente, emfunção das necessidades do doente. Não há uma dose máxima desde que os efeitosindesejáveis possam ser controlados.

A morfina pode ser administrada por via subcutânea, intramuscular, intravenosa, epiduralou intra-tecal. As doses parenterais podem ser administradas em injecções intermitentesou contínuas ou infusões intermitentes ajustadas de acordo com as necessidadesanalgésicas individuais.

As doses devem ser geralmente reduzidas nos idosos e debilitados e nos pacientes cominsuficiência renal.

Adultos:
A dose usual por via subcutânea ou intramuscular é de 10mg de 4 em 4 horas podendovariar entre 5 e 20mg.

Via intravenosa:
Têm sido administradas doses até 15mg em injecção intravenosa lenta, por vezes comodose de carga em pacientes sob infusão controlada ou injecção intravenosa contínua. Paraadministração intravenosa contínua, as doses de manutenção variam, geralmente de 0,8 a
80mg por hora, podendo ser necessárias doses mais elevadas. Podem ser administradasdoses idênticas por infusão subcutânea contínua.

Epidural
As doses são de 5mg para uma injecção epidural inicial; No caso de ser necessário,adicionar 1 ou 2 mg adicionais ao fim de uma hora, até uma dose total de 10 mg/24 h.
Perfusão epidural contínua: a dose inicial recomendada para perfusão epidural contínua éde 2 a 4mg durante 24 horas, podendo ser aumentada até 1-2mg por dia.

Intratecal
As doses por via intratecal variam entre 0,2 a 1mg envolvendo a administração de umadose única.

Crianças:

Via intramuscular e subcutânea
– 1 a 5 anos: 2,5 a 5mg de 4 em 4 horas, se necessário;
– 5 a 12 anos: 5 a 10mg de 4 em 4 horas, se necessário.

Em crianças com idade superior são administradas doses semelhantes às dos adultos.

Via intravenosa: administrar durante pelo menos 5minutos
– 1 a 12 anos: 100 – 200µg/kg de 4 em 4 horas;
– 12 a 18 anos: 2,5 a 10mg de 4 em 4 horas, se necessário.
Doses similares são também administradas por injecção I.V. lenta, como dose de cargapara perfusão intravenosa contínua, seguindo-se doses de perfusão contínua que variamentre 10 a 20 µg/kg/h consoante a idade do paciente.

Via Epidural
Bloqueio epidural caudal: 100µg/kg
Bloqueio epidural torácico ou lombar: 50 µg/kg.

Via intratecal
Doses de 20/30 µg/kg foram administradas na dor pós-operatório.

Via epidural e intratecal:

No decurso da dor crónica, recorrer-se-á a estas vias de administração sempre que asoutras vias sejam responsáveis por efeitos indesejáveis inaceitáveis.

A título exemplificativo:
– a posologia diária inicial por via epidural, dividida por uma ou duas injecções, é deaproximadamente 1/10 da posologia por via parentérica.
– a posologia diária inicial por via intratecal, dividida por uma ou duas injecções é deaproximadamente 1/100 da posologia por via parentérica.

Acerto posológico:
Frequência de avaliação (grau de alívio da dor, presença de efeitos indesejáveis).
Não há necessidade de perder tempo com uma posologia manifestamente ineficaz. Odoente deve ser cuidadosamente observado principalmente no início do tratamento, umavez que a dor não está controlada.

Aumento da posologia
Se a dor não está controlada, é conveniente aumentar a posologia diária de morfina emaproximadamente 30 a 50%. Durante o processo de ajuste de doses, não existe limitemáximo, desde que os efeitos indesejáveis possam ser controlados.

Se utilizar mais Morfina Labesfal (sem conservantes) do que deveria

Se utilizou mais Morfina Labesfal (sem conservantes) do que deveria consulteimediatamente o seu médico ou farmacêutico.

Caso se tenha esquecido de utilizar Morfina Labesfal (sem conservantes)

Não utilize uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de utilizar.

Se parar de utilizar Morfina Labesfal (sem conservantes)

Em função da duração do tratamento, da dose administrada e da evolução da dor, amorfina poderá ser descontinuada de forma progressiva para evitar o aparecimento desintomas de abstinência: ansiedade, irritabilidade, tremores, midríase (dilatação dapupila), sudação, lacrimejo, rinorreia (corrimento nasal), náuseas, vómitos, dorabdominal, diarreias e artralgias (dores articulares). Só deverá suspender a utilizaçãodeste medicamento por aconselhamento médico.

Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médicoou farmacêutico

4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSIVEIS

Como todos os medicamentos, Morfina Labesfal (sem conservantes) pode causar efeitossecundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.

Em doses normais, os efeitos indesejáveis mais comuns da morfina são náuseas, vómitos,obstipação e sonolência. A obstipação pode ser tratada com um laxante adequado.

Cardiopatias e vasculopatias:
Pouco frequentes (>1/1000, <1/100): mudanças clínicas relevantes da pressão sanguínea.
Raros (>1/10000, <1/1000): rubor facial, palpitações, diminuição grave da pressãosanguínea, bradicardia, taquicardia, angioedema, hipotensão ortostática e arritmias

Doenças do sistema nervoso periférico e central:
Muito frequentes(>1/10): dependendo da dose de sedação e depressão respiratória.
Frequentes (>1/100, <1/10): cefaleia, tonturas.
Raros (>1/10000, <1/1000): pressão intracraniana aumentada.
Muito raros (<1/10000), incluindo comunicações isoladas: tremores, fasciculações dosmúsculos, convulsões epileptiformes.
Especialmente sob hiperalgesia em alta dosagem e alodinia não respondendo a umaumento da dosagem de morfina.

Perturbações do foro psiquiátrico:
Muito frequentes (>1/10): alterações de humor.
Frequentes (>1/100, <1/10): Podem ocorrer efeitos secundários psíquicos após aadministração de morfina, que variam individualmente em intensidade e natureza
(dependendo da personalidade e da duração do tratamento). Esses efeitos incluem asalterações de humor (comummente elação, ocasionalmente disforia), perturbações dosono, alterações de actividade (comummente supressão, ocasionalmente excitação) ealterações na capacidade cognitiva e sensorial (ex.: capacidade de decisão, distúrbios dapercepção, alucinações, pesadelos, principalmente em idosos).

Afecções oculares:
Frequentes (>1/100, <1/10): miose.
Muito raros (<1/10000), incluindo comunicações isoladas: visão turva.

Doenças respiratórias:
Raros (>1/10000, <1/1000): broncoespasmo e laringospasmo.
Muito raros (<1/10000), incluindo comunicações isoladas: dispneia.

Doenças gastrointestinais:
Muito frequentes: náuseas, boca seca.
Frequentes (>1/100, <1/10): vómitos, obstipação, dispepsia, perda de apetite.
Raros (>1/10000, <1/1000): pancreatite.
Muito raros (<1/10000), incluindo comunicações isoladas: dor abdominal.

Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos:
Frequentes (>1/100, <1/10): sudação, reacções de hipersensibilidade, tais como urticáriae prurido.
Muito raros (<1/10000), incluindo comunicações isoladas: reacções dérmicas (ex.:exantema, edema periférico).

Afecções musculosqueléticas:
Muito raros (<1/10000), incluindo comunicações isoladas: cãibras musculares.

Afecções hepatobiliares:
Raros (>1/10000, <1/1000): cólica biliar.
Muito raros (<1/10000), incluindo comunicações isoladas: actividade aumentada dasenzimas hepáticas.

Doenças renais e urinárias:
Frequentes (>1/100, <1/10): alterações na micção (dificuldade de passagem de urina eretenção da urina).
Raros (>1/10000, <1/1000): cólica renal.

Corpo como um todo:
Os seguintes sintomas de abstinência, similares aos de abstinência de opióides, podemocorrer:agitação, ansiedade, nervosismo, insónia, hipercinesia, tremores e sintomasgastrointestinais.
O efeito da morfina tem conduzido ao seu abuso, podendo desenvolver-se dependênciacom o uso regular e não apropriado.

Podem ocorrer ainda difunção sexual com diminuição da líbido e impotência.
Foram referidas dermatites de contacto, dor e irritação com a injecção.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundáriosnão mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

5. COMO CONSERVAR MORFINA LABESFAL (sem conservantes)

Conservar a temperatura inferior a 25ºC.
Conservar na embalagem de origem para proteger da luz e da humidade.
Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Não utilize a Morfina Labesfal (sem conservantes) após o prazo de validade impresso naampola a seguir a Val..
O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.

Não utilize a Morfina Labesfal (sem conservantes) se verificar que esta se encontra turva.

Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita.
Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

6. OUTRAS INFORMAÇÕES

Qual a composição de Morfina Labesfal (sem conservantes)

– A substância activa é o cloridrato de morfina tri-hidratado.

MORFINA LABESFAL (sem conservantes), 10 mg/1 ml, Solução injectável
Cada ampola com 1 mililitro de solução injectável contém 10 mg de cloridrato demorfina tri-hidratado.

MORFINA LABESFAL (sem conservantes), 20 mg/1 ml, Solução injectável
Cada ampola com 1 mililitro de solução injectável contém 20 mg de cloridrato demorfina tri-hidratado.

MORFINA LABESFAL (sem conservantes), 20 mg/2 ml, Solução injectável
Cada ampola com 2 mililitros de solução injectável contém 20 mg de cloridrato demorfina tri-hidratado.

MORFINA LABESFAL (sem conservantes), 40 mg/2 ml, Solução injectável
Cada ampola com 2 mililitros de solução injectável contém 40 mg de cloridrato demorfina tri-hidratado.

– O outro componente é: água para preparações injectáveis.

Qual o aspecto da Morfina Labesfal (sem conservantes) e conteúdo da embalagem

Ampolas de vidro Tipo I âmbar contendo uma solução aquosa límpida.

Ampolas auto-quebráveis com 1 ou com 2 ml de solução injectável (embalagens de 6, 10,
12 e 50 ampolas).

É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.

Titular da Autorização de Introdução no Mercado

Labesfal – Laboratórios Almiro, S.A.
Zona Industrial do Lagedo
3465-157 Santiago de Besteiros
Portugal

Fabricante

Labesfal – Laboratórios Almiro, S.A.
Zona Industrial do Lagedo
3465-157 Santiago de Besteiros
Portugal

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Antineoplásicos Citarabina

Citaloxan Citarabina bula do medicamento

Neste folheto:
1.O que é Citaloxan e para que é utilizado
2.Antes de utilizar de Citaloxan
3.Como utilizar de Citaloxan
4.Efeitos secundários possíveis
5.Como conservar Citaloxan
6.Outras informações


FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR

Citaloxan 100 mg/ml solução injectável
Citaloxan 20 mg/ml solução injectável
Citarabina

Leia atentamente este folheto antes de utilizar o medicamento.
-Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
-Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; omedicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmossintomas.
-Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitossecundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico oufarmacêutico.

Neste folheto:

1. O QUE É CITALOXAN E PARA QUE É UTILIZADO

Citaloxan pertence ao grupo Fármaco-Terapêutico 16.1.3., Antineoplásicos e
Imunomoduladores – Citotóxicos ? Antimetabolitos e o código ATC: L01BC01

A Citarabina, é um agente antineoplásico, e é um antimetabolito análogo àpirimidina com uma potente acção imunossupressora. A Citarabina (Ara-C) étransformada, em meio intracelular, em trifosfato de Citarabina (Ara-CTP) que éresponsável pela inibição da síntese do DNA.

A incorporação da Citarabina (Ara-C) no DNA está intimamente ligada ao efeitocitotóxico deste fármaco sobre as células leucémicas. A formação de Ara-C-DNArequer a acumulação intracelular de Ara-CTP (o metabolito activo: trifosfato deadenosina), que por sua vez depende de vários processos: transporte namembrana, anabolismo de Ara-C em Ara-CTP e degradação de Ara-CTP emmetabolitos inactivos.

Indicações:

Citaloxan pode ser utilizado só ou em associação com outros agentesantineoplásicos para indução da remissão de leucemias, particularmente naleucemia mielóide aguda dos adultos e crianças.
Citaloxan tem sido utilizado nas seguintes situações:e/ou tratamento de manutenção em doentes com leucemia mielóide aguda ,leucemia aguda não-linfoblástica, leucemias linfoblásticas agudas, leucemialinfocítica aguda, eritroleucemia, crises blásticas da leucemia mieloide crónica,linformas histiocíticos difusos (linfomas não-Hodgkin de elevada malignidade),leucemia meningica e neoplasmas meningicos.

2. ANTES DE UTILIZAR CITALOXAN

Não utilize Citaloxan
-se tem alergia (hipersensibilidade) à substância activa ou a outro componentedo Citaloxan
-A citarabina não deve ser utilizada em doentes com mielossupressão pré-
existente induzida por medicamentos, a não ser nos casos clínicos que possamjustificar o risco.

A Citarabina não deve usada no tratamento de doenças malignas, excepto paramielossupressão

Tome especial cuidado com Citaloxan
A citarabina deve ser usada apenas por médicos especialistas em quimioterapiaantineoplásica.
Devido à possibilidade de reacções tóxicas graves, o doente deverá serdevidamente informado pelo médico sobre os riscos a que está sujeito e dever-
se-á manter sob a sua constante supervisão.
A citarabina é um potente mielossupressor pelo que se deverão efectuarcontagens de plaquetas e leucócitos frequente e diariamente durante a indução.
Após o desaparecimento dos blastócitos no sangue circulante devem serefectuados exames frequentes da medula óssea. Os meios necessários para acorrecção das complicações clínicas da mielossupressão devem estar sempredisponíveis.
Poderá surgir uma hiperuricémia secundária à lise rápida das célulasneoplásicas pelo que as concentrações séricas de ácido úrico devem sermonitorizadas.
Devem, também, ser efectuadas determinações periódicas da função hepática erenal, devendo o medicamento ser utilizado com especial precaução em doentescom insuficiência hepática. Nos insuficientes renais parece não ser necessáriauma redução da dose.
A citarabina é mutagénica e carcinogénica em modelos farmacológicos animaispelo que a possibilidade de ocorrência destes efeitos, deve ser tomada emconsideração quando o fármaco é utilizado em tratamentos prolongados.

Ao utilizar Citaloxan com outros medicamentos
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomadorecentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos semreceita médica.

Cardioglicosidos: A absorção oral de comprimidos de Digoxina pode sersubstancialmente reduzida em doentes recebendo regimens de quimioterapiacombinada (incluindo regimens contendo Citarabina), possivelmente comoresultados da afecção temporária da mucosa intestinal causada pelos agentescitotóxicos. Os dados limitados sugerem que a extensão da absorçãogastrointestinal da Digoxina não é substancialmente afectada pela administraçãoconcomitante de regimens de quimioterapia de associação conhecidos comodiminuidores da absorção da Digoxina.

Antibióticos: Um estudo in vitro indica que a Citarabina pode antagonizar aactividade da Gentamicina contra a Klebsiella pneumoniae. Os dados limitadossugerem que a Citarabina pode antagonizar a actividade antibiótica da
Flucitosuna, possivelmente por inibição competitiva do antibiótico pelo fungo.

Tem havido evidências contraditórias relativamente à interação entre a
Citarabina e Flucitosina. A monitorização cuidadosa dos níveis plasmáticos de
Flucitosina é requerida se os dois medicamentos são dados concomitantemente.

Gravidez e aleitamento
Não utilizar Citarabina em mulheres grávidas ou que possam vir a engravidar,especialmente durante o primeiro trimestre, , a não ser nos casos clínicos emque os benefícios ultrapassem largamente os potenciais riscos de teratogénesee mutagénese. As mulheres nestas condições devem ser devidamenteinformadas pelo médico dos riscos a que estão sujeitas.
A amamentação não está aconselhada às mulheres sob tratamento com
Citarabina, visto desconhecer-se se o fármaco ou os seus metabolitos sãoexcretados no leite materno.

Condução de veículos e utilização de máquinas
Não há dados sobre os efeitos sobre a capacidade de condução ou operar commaquinaria

Informações importantes sobre alguns componentes de Citaloxan
Citaloxan 20 mg/ml solução injectável contém 0.12 mmol/ml de sódio. Estainformação deve ser tida em consideração em doentes com ingestão controladade sódio.

3. COMO UTILIZAR CITALOXAN

Posologia, modo de administração:
A posologia e o método de administração da citarabina variam com o protocolode tratamento utilizado.
As posologias são indicadas como referência, devendo o médico consultar osprotocolos para as dosagens de citarabina e outros agentes antineoplásicos.
Habitualmente a tioguanina, a doxorrubicina ou a daunorrubicina podem seradministradas em associação com a citarabina.
A maioria das dosagens são dadas em mg/kg mas podem ser convertidas emdoses relacionadas com a área corporal (mg/m2), através da utilização defactores de conversão, que variam com a idade e respectivo tipo somático dodoente.

Indução da remissão
?Doses contínuas: A dose habitual para adultos e crianças, na leucemia é de
2mg/kg administrados por injecção I.V. rápida, diariamente, durante 10 dias. Seapós este período de tempo não se registarem nem resposta terapêutica nemtóxica, a dose pode ser aumentada para 4mg/kg. Devem ser diariamenteefectuadas contagens sanguíneas.
Quase todos os doentes podem manifestar toxicidade com estas doses. Comoalternativa pode-se administrar por perfusão I.V., durante 1 – 24 horas, uma dosede 0,5 ? 1 mg/kg, durante 10 dias, e depois uma dose de 2 mg/kg/dia até que seobservem sinais de toxicidade ou remissão. Os resultados obtidos comperfusões de 1 hora foram satisfatórios para a maioria dos doentes.

?Doses intermitentes: A citarabina pode ser administrada em doses I.V.intermitentes, de 3 ? 5 mg/kg/dia, durante 5 dias consecutivos. Este ciclo detratamento pode ser repetido após um intervalo de 2 a 9 dias, até que seobservem sinais de toxicidade ou efeitos terapêuticos.
Como agente único na indução de remissões em doentes com leucemia aguda,a citarabina foi utilizada em doses de 200 mg/m2/dia, em perfusão I.V. contínua,durante 5 dias, com intervalos de aproximadamente 2 semanas.

?Tratamento de manutenção: Para manter a remissão podem ser administradas,doses de 1 ? 1,5 mg/kg, via I.V., ou então por via S.C., uma a duas vezes porsemana, a intervalos de 1 a 4 semanas, ou doses de 70 ? 200 mg/m2/dia, porinjecção I.V. rápida ou perfusão contínua, durante 2 – 5 dias, com intervalos deum mês.

?Leucemia meníngea: A terapia, para a meningite estabelecida, emprega umagrande variedade de regimens de dosagem, mas a dose total diáriarecomendada não excede os 100 mg, em alternância com o metotrexato
(administrados por via sistémica ou intratecal).

A solução injectável de citarabina tem sido administrada via intratecal, em dosesde 10 ? 30 mg/m2, 3 vezes por semana, até que os parâmetros do LCR voltemao normal.

A solução injectável de Citaloxan®, na concentração de 100 mg/ml, NÃO DEVE
SER ADMINISTRADA POR VIA INTRATECAL devido à ligeira hipertonicidadeda sua formulação.

*Administração intratecal: a quimioterapia intratecal deve idealmente serprescrita num contexto de ensaios clínicos ou protocolos estabelecidos, eapenas por clínicos com experiência no tratamento de neoplasiashematológicas. A dose intratecal não deve ser calculada com base na área desuperfície corporal (BSA). As crianças com menos de 3 anos de idade recebemhabitualmente doses de 50 mg três vezes por semana no caso de meingiteleucémica. Embora tenham sido utilizadas doses até 100 mg, mas com aincidência de efeitos secundários tóxicos, são dose dependentes, a utilização dedoses relativamente elevadas deve ser efectuada com cautela. Como alternativadevem ser considerados esquemas de Citarabina e Metotrexato

Na maioria dos doentes submetidos a tratamentos diários (perfusão ouinjecção), ocorrem mielossupressão, anemia e trombocitopenia. Melhoriassignificativas a nível da medula óssea podem ser esperadas 7 – 64 dias (média
28) após o início do tratamento.

Crianças: De um modo geral, as crianças parecem tolerar melhor doses maiselevadas de citarabina que os adultos, devendo-lhes ser administrada a maiordose possível.

Idosos: Não existem dados que sugiram ser necessária uma modificação dadose nos idosos. Contudo os doentes mais idosos são mais susceptíveis deapresentar reacções tóxicas, pelo que deve ser dada especial atenção areacções induzidas pelo fármaco, tais como leucopenia, trombocitopenia eanemia.

Via de administração:
Citaloxan® 100 mg/ml pode ser administrada por via I.V. (injecção rápida ouperfusão contínua), ou por via S.C. No caso do Citaloxan®, na concentração 20mg/ml, solução injectável isotónica é também possível a administração por via
I.T..
Para administração por perfusão I.V. a solução injectável de Citaloxan ® podeser diluída com solução injectável de glucose a 5%, ou solução injectável decloreto de sódio a 0,9%.
Por questões de segurança microbiológica, recomenda-se que as perfusões I.V.,obtidas por diluição nas soluções acima mencionadas, sejam utilizadas deimediato. Em alternativa, as perfusões diluídas podem ser guardadas no

frigorífico (2 ? 8º C), ao abrigo da luz. As porções remanescentes não utilizadasdurante um período máximo de 24 horas, devem ser rejeitadas.

Duração do tratamento médio:
Variável com a situação e o protocolo clínico seguido pelo médico.

Utilização da apresentação ONCOFRASCO®
?Retirar o revestimento protector do conjunto.
?Retirar a cobertura cilíndrica de plástico transparente do adaptador e a tampaprotectora do frasco.
?Colocar o adaptador no frasco. Rodar três vezes no sentido dos ponteiros dorelógio até sentir uma ligeira resistência. Depois rodar mais meia volta.
?Retirar a tampa do adaptador. Fixar uma seringa luer lock comum vazia, com o
êmbolo completamente inserido dentro do corpo da seringa, rodando no sentidodos ponteiros de relógio até ajustar.
?Segurar o conjunto aproximadamente na vertical, com a seringa vazia em baixo.
Puxar o êmbolo para fora, de modo a retirar para o interior da seringa aquantidade de solução desejada. Retirar a seringa rodando no sentido contrárioao dos ponteiros do relógio.

Se utilizar mais Citaloxan do que deveria
Em caso de sobredosagem deve-se interromper o tratamento e proceder àrecuperação da consequente depressão da medula óssea, que pode incluirtransfusão de sangue completa ou das plaquetas, e antibioterapia.

4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSIVEIS

Citaloxan deve ser usado somente por médicos especialistas em quimioterapiaantineoplásica. Devido à possibilidade de reacções tóxicas graves, o doentedeverá ser devidamente informado pelo médico sobre os riscos a que estásujeito e dever-se-á manter sob a sua constante supervisão.
A Citarabina é um potente mielossupressor, pelo que se deverão efectuarcontagens leucocitárias e de plaquetas frequente e diariamente durante aindução. Houve um caso reportado de anafilaxia que resultou em falhacardiopulmonar, pelo que foi necessária reanimação. Isto decorreuimediatamente após a administração intravenosa de Citarabina.

Pode haver situações graves e por vezes fatais, de toxicidade do sistemanervoso central (SNC), gastrointestinal (GI) e pulmonar; estas diferem dasobservadas nos regimens posológicos convencionais. Estas reacções incluemtoxicidade córnea reversível, disfunção cerebral and cereberal, habitualmentereversível, ulceração gastrointestinal grave incluindo pneumatose cisteroideintestinal, conduzindo a peritonite, sépsia e abcesso hepático, e edemapulmonar.

Sistema Nervoso central: raramente, efeitos neurológicos, tais comoquadriplegia e paralisia têm sido notificados com a Citosina arabinosida e têmsido predominantemente associados à administração intratecal. Casos isoladostêm sido reportados com doses intravenosas elevadas durante regimensquimioterapêuticos de associação.

A Citarabina demonstrou ser mutagénica e carcinogénica em animais.

Poderá surgir uma hiperuricémia secundária à lise rápida das célulasneoplásicas pelo que as concentrações séricas do ácido úrico devem sermonitorizadas.

Devem também ser efectuadas determinações periódicas das funções hepáticae renal, devendo-se utilizar o fármaco com precaução em doentes cominsuficiência hepática. Nos insuficientes renais parece não ser necessária umaredução da dose. O fígado humano aparentemente destoxifica uma fracção umafracção substancial da dose administrada. O fármaco deve ser usado comcuidado e a dose deve reduzida quando a função hepática está enfraquecida. Acontagem de plaquetas e leucócitos é mandatária. A terapêutica deve sersuspensa ou modificada quando o fármaco induz mielossupressão, resultandonuma concentração plaquetária inferior a 50,000 ou uma contagempolimorfonuclear inferior 1000 mm3. As contagens baixas podem continuar apósa interrupção da terapia e podem registar-se valores baixos após 5 a 7 dias. Aterapia pode ser reiniciada quando a mielossupressão pareça estar recuperadaapós várias análises sucessivas. Não se deve esperar pela normalização dosvalores sanguíneos para reiniciar a terapia.

Quando doses intravenosas são administradas rapidamente, os doentes podemapresentar-se nauseados e podem vomitar durante várias horas. O problematende a ser menos grave quando se administra o produto por perfusão.

Quando administrado por via intratecal, tal como com outros fármacos, devehaver um cuidado particular se a radioterapia foi usada durante ou após otratamento; é também reconhecido que pode haver exacerbação da toxicidadeda radioterapia.

A segurança do fármaco não foi estabelecida em neonatologia.

Quaisquer outros efeitos adversos, não descritos neste folheto, queeventualmente ocorram, devem ser comunicados ao médico ou ao farmacêutico.

5. COMO CONSERVAR CITALOXAN

Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Não conservar acima de 25°C. Manter o recipiente na cartonagem.

Não utilize Citaloxan após o prazo de validade impresso no rótulo e naembalagem exterior, após ?VAL.?. O prazo de validade corresponde ao último diado mês indicado.

Não utilize Citaloxan se verificar partículas em suspensão.

Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixodoméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos deque já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

6. OUTRAS INFORMAÇÕES

Qual a composição de Citaloxan

A substância activa é a Citarabina

Citaloxan na concentração de 100 mg/ml tem como único excipiente a água parainjectáveis, e na concentração de 20 mg/ml tem como excipientes o cloreto desódio e a água para injectáveis.

Qual o aspecto de Citaloxan e conteúdo da embalagem
Solução injectável. Solução límpida e incolor.
Citaloxan 100 mg/5 ml
Embalagem com 5 frascos para injectáveis
Citaloxan 500 mg/5 ml
Embalagem com 5 frascos para injectáveis
Citaloxan 500 mg/25 ml
Embalagem com 1 frasco para injectáveis
Citaloxan 1 g/10 ml
Embalagem com 1 frasco para injectáveis
Citaloxan 2 g/20 ml
Embalagem com 1 frasco para injectáveis
Citaloxan 500 mg/5 ml
Embalagem com 1 ONCOFRASCO
Citaloxan 1 g/10 ml
Embalagem com 1 ONCOFRASCO
Citaloxan 2 g/20 ml
Embalagem com 1 ONCOFRASCO

Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante

Titular da AIM:
Hospira Portugal, Lda.
Rua Amália Rodrigues, n.º 240
2750-228 Cascais

Fabricante
Hospira UK Limited
Queensway – Royal Leamington Spa
CV31 3RW Warwickshire
Reino Unido

Este folheto foi aprovado pela última vez em

A informação que se segue destina-se apenas aos médicos e aos profissionaisde saúde:

Contaminação acidental:
No caso de contacto acidental da citarabina, com a pele ou os olhos, as áreasafectadas devem ser lavadas de imediato com grande quantidade de água ousolução salina isotónica. Para a possibilidade de surgirem picadas na pele pode-
se utilizar um creme suave de protecção. No caso dos olhos serem afectadosdever-se-á consultar o médico.
No caso de derrame da solução deve-se pedir apoio a outro pessoalespecializado que, com os respectivos cuidados de protecção, limpe as áreascontaminadas fazendo duas lavagens com água abundante e esponja própriapara o efeito.
Após descontaminação devem-se colocar todas as soluções e esponjas emsaco de plástico, que será selado e rotulado com a designação "DESPERDÍCIO
CITOTÓXICO" e incinerado a 1000ºC.
Todas as seringas, frascos, materiais absorventes ou quaisquer outros materiaisque tenham estado em contacto com a solução de citarabina, devem sercolocados num saco e incinerados como acima se indica.

Categorias
Baclofeno

CARACTERÍSTICAS DO LIORESAL INTRATECAL bula do medicamento

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
LIORESAL INTRATECAL

1. NOME DO MEDICAMENTO LIORESAL INTRATECAL

LIORESAL INTRATECAL, 0,05 mg/1 ml, Solução injectável
LIORESAL INTRATECAL, 10 mg/5 ml, Solução injectável
LIORESAL INTRATECAL, 10 mg/20 ml, Solução injectável

2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA DO LIORESAL INTRATECAL

Cada ml contém 0,05 mg, 0,5 mg ou 2 mg de baclofeno [mistura racémica dos isómeros R (-) e S (+) do ácido beta-(aminometil) -p-clorohidrocinâmico].

Excipientes
Cada ml contém 9 mg de cloreto de sódio que corresponde a 3,54 mg de sódio. Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.

3. FORMA FARMACÊUTICA DO LIORESAL INTRATECAL
Solução injectável e para perfusão, por via intratecal.

4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS DO LIORESAL INTRATECAL
4.1 Indicações terapêuticas

Lioresal Intratecal está indicado em doentes com espasticidade crónica grave de origem espinhal (associada a lesão traumática, esclerose múltipla ou outras doenças da medula espinhal) ou de origem cerebral que não respondam à administração oral de antiespásticos (incluindo Lioresal oral) e/ou que apresentam efeitos secundários intoleráveis com doses eficazes por via oral.

Para doentes com espasticidade devida a traumatismo craniano, é recomendado que não se proceda a uma terapêutica a longo termo com Lioresal Intratecal até que os sintomas de espasticidade estejam estáveis (i.e., pelo menos um ano após o traumatismo).

Um pequeno número de doentes com tétano foi tratado com êxito com Lioresal Intratecal para reduzir a hiperreflexia, clónus e trismus.

4.2 Posologia e modo de administração

Lioresal Intratecal destina-se à administração em doses teste únicas em bólus (através de um cateter espinhal ou punção lombar) e, para uso crónico, em bombas implantáveis apropriadas para a administração contínua de Lioresal Intratecal no espaço intratecal.
O estabelecimento do regime posológico óptimo requer que cada doente seja submetido a uma fase inicial de determinação da dose eficaz com um bólus intratecal, seguindo-se uma titulação muito cuidadosa da dose individual antes da terapêutica de manutenção. Este procedimento deve-se à grande variabilidade individual da dose terapêutica eficaz.

A Medtronic, Inc., realizou investigações controladas e aleatórias que demonstraram a eficácia de Lioresal Intratecal utilizando o Sistema de Perfusão Programável SynchroMed. Este dispositivo é um sistema de administração do fármaco implantável com reservatórios recarregáveis, que é implantado numa bolsa subcutânea, geralmente na parede abdominal. O sistema é ligado a um cateter intratecal que passa, por via subcutânea, para o espaço subaracnoideu. Podem utilizar-se outras bombas que demonstrem ser apropriadas para a administração de Lioresal Intratecal.

A administração intratecal de Lioresal através de um sistema implantado só deverá ser efectuada por médicos com experiência e conhecimentos necessários. As instruções específicas para implantação, programação e/ou recarga da bomba implantável são facultadas pelos respectivos fabricantes e devem ser rigorosamente cumpridas.

Fase de determinação da dose eficaz
Antes do início da perfusão crónica de Lioresal Intratecal, determina-se a dose eficaz para um determinado doente, através da resposta obtida à administração de uma dose teste em bólus de Lioresal Intratecal por punção lombar ou cateter intratecal. Em adultos, a dose teste inicial geralmente administrada, é de 25 ug ou 50 ug, elevando-se gradualmente em incrementos de 25 ug com intervalos mínimos de 24 horas até se observar uma resposta com a duração aproximada de 4 a 8 horas; a dose deve ser administrada no espaço subaracnoideu durante, pelo menos, um minuto. Em crianças a dose teste inicial recomendada é de 25 ug.

Para a dose teste, existem à disposição ampolas de baixa concentração, contendo 0,05 mg/ml.

A primeira dose deve ser administrada dispondo-se de equipamento de reanimação para utilização imediata.

Considera-se que os doentes responderam ao tratamento quando evidenciam uma redução significativa do tónus muscular e/ou da frequência e/ou gravidade dos espasmos.

A sensibilidade a Lioresal Intratecal é muito variável. Observaram-se sinais de sobredosagem grave (coma) num doente adulto após uma dose teste única de 25 ug.

Os doentes que não respondem a uma dose teste de 100 ug, não devem ser submetidos a incrementos de dose adicionais, nem a perfusão intratecal contínua.

Fase de titulação da dose
Após se confirmar que o doente responde a Lioresal Intratecal mediante a administração de doses teste em bólus, estabelece-se a perfusão intratecal utilizando um sistema de administração apropriado.

Para determinar a dose diária total inicial de Lioresal Intratecal na sequência do implante, deve-se duplicar a dose teste que deu um efeito positivo e administrá-la durante um período de 24 horas, salvo nos casos em que a eficácia da dose em bólus persistir durante um período superior a 12 horas. Neste caso, a dose diária inicial deve corresponder à dose teste administrada durante um período de 24 horas. Não devem ser efectuados aumentos de dose nas primeiras 24 horas.

Doentes com espasticidade de origem espinhal: Após as primeiras 24 horas, a dose deve ser ajustada lentamente, para se obter o efeito clínico desejado; os aumentos de dose devem ser feitos com um intervalo de 24 horas e limitar-se a 10 a 30 % para evitar a ocorrência de uma possível sobredosagem.

Doentes com espasticidade de origem cerebral: Após as primeiras 24 horas, a dose deve ser ajustada lentamente, para se obter o efeito clínico desejado; os aumentos de dose devem ser feitos com um intervalo de 24 horas e limitar-se a 5 a 15 % para evitar a ocorrência de uma possível sobredosagem.

Nos casos em que se utilizam bombas programáveis, a dose deve ser aumentada apenas uma vez em cada 24 horas. Para bombas não-programáveis com um cateter de 76 cm, que administra 1 ml/dia, sugerem-se intervalos de 48 horas para avaliação da resposta. No caso de se aumentar significativamente a dose diária sem se obter um efeito clínico, deve-se verificar o funcionamento da bomba e o estado do cateter.

A experiência com doses superiores a 1000 ug/dia é limitada.

Durante a fase de determinação da dose eficaz e no período de titulação imediatamente a seguir ao implante, os doentes devem ser mantidos sob rigorosa monitorização num ambiente que disponha de equipamento e pessoal especializados. Deve-se dispor de equipamento de reanimação para uso imediato em caso de risco de vida ou de reacções adversas intoleráveis. O implante de bombas deve ser realizado apenas em centros experimentados, a fim de reduzir ao mínimo os riscos na fase peri-operatória.

Terapêutica de manutenção
O objectivo clínico é manter o tónus muscular tão próximo do normal quanto possível e
reduzir ao mínimo a frequência e gravidade dos espasmos sem induzir efeitos secundários
intoleráveis, ou, no caso de doentes com espasticidade cerebral, titular a dose até ao nível
desejado de tónus muscular para uma funcionalidade óptima.
Dever-se-á utilizar a dose mais baixa que permita obter uma resposta adequada.
A maioria dos doentes requer aumentos graduais da dose ao longo do tempo para manter
uma resposta óptima durante a terapêutica crónica devido a uma diminuição da
capacidade de resposta ou progressão da doença.
Para doentes com espasticidade de origem espinhal, a dose diária pode ser gradualmente aumentada 10 a 30 % de modo a manter-se o controlo adequado da sintomatologia, regulando a velocidade de administração da bomba e/ou a concentração de Lioresal Intratecal no reservatório. A dose diária pode igualmente ser reduzida 10 a 20 % se os doentes evidenciarem efeitos secundários.

A dose de manutenção da perfusão contínua, a longo prazo, de Lioresal Intratecal em doentes com espasticidade de origem espinhal varia entre 12 ug/dia e 2003 ug/dia, sendo a maioria dos doentes adequadamente mantidos com 300 ug a 800 ug/dia.

Para doentes com espasticidade de origem cerebral, a dose diária pode ser gradualmente aumentada 5 a 20 % (não mais de 20 %) de modo a manter-se o controlo adequado da sintomatologia, regulando a velocidade de administração da bomba e/ou a concentração de Lioresal Intratecal no reservatório. A dose diária pode igualmente ser reduzida 10 a 20 % se os doentes evidenciarem efeitos secundários.

Em doentes com espasticidade de origem cerebral, a dose de manutenção para perfusão contínua a longo termo, de Lioresal Intratecal varia entre 22 ug/dia e 1400 ug/dia, com uma dose média diária de 276 ug/dia aos 12 meses e 307 ug/dia aos 24 meses.

Os doentes pediátricos com menos de 12 anos de idade requerem, geralmente, doses mais baixas do que doentes mais idosos; a dose varia entre 24 a 1199 ug/dia, com uma dose média diária de 274 ug/dia.

A necessidade súbita de aumentar substancialmente a dose sugere a existência de uma complicação ao nível do cateter (i.e., cateter torcido ou deslocado) ou mau funcionamento da bomba.

No decurso do tratamento a longo prazo, aproximadamente 5 % dos doentes tornam-se refractários a doses crescentes. Isto pode dever-se a tolerância ou a uma falha de fornecimento do fármaco (ver secção “Interrupção do tratamento”). A experiência existente é insuficiente para estabelecer recomendações definitivas sobre o tratamento da tolerância; no entanto, esta “tolerância” tem sido tratada ocasionalmente, no hospital, mediante uma paragem temporária do fármaco (drug holiday) que consiste numa redução gradual de Lioresal Intratecal durante um período de 2 a 4 semanas e mudando para métodos alternativos de tratamento da espasticidade (por exemplo, terapêutica intratecal com sulfato de morfina isento de conservantes). A sensibilidade a Lioresal Intratecal pode ser recuperada decorridos alguns dias: o tratamento deve ser retomado com a dose de perfusão contínua inicial e seguido de uma fase de titulação para evitar acidentes de sobredosagem.

É indispensável efectuar exames clínicos regulares no decurso do tratamento, a fim de avaliar quais as doses correctas, o funcionamento do sistema de administração, bem como proceder ao despiste de possíveis reacções adversas ou sinais de infecção.

Descontinuação
Excepto no caso de emergências relacionadas com sobredosagem, o tratamento com Lioresal Intratecal deve ser sempre descontinuado gradualmente por reduções de dose sucessivas. Lioresal Intratecal não deve ser descontinuado repentinamente (ver secção 4.4. “Advertências e precauções especiais de utilização”).

Especificações de administração
As ampolas de Lioresal de 10 mg/5 ml e 10 mg/20 ml foram desenvolvidas, especificamente, para utilizar com bombas de perfusão.

A concentração específica a usar depende da dose diária total requerida bem como da velocidade de administração da bomba. Dever-se -á consultar o manual do fabricante no que se refere a recomendações específicas.

Regime de administração
Lioresal Intratecal é, na maioria dos casos, administrado por perfusão contínua imediatamente após o implante. Logo que se verifique estabilização do doente em termos de dose diária e do estado funcional e, desde que a bomba o permita, poder-se-á iniciar um modo de administração mais complexo a fim de optimizar o controlo da espasticidade em diferentes momentos do dia. Por exemplo, os doentes que sofrem agravamento dos espasmos durante a noite podem necessitar de elevar 20 % a velocidade de perfusão. As alterações do débito devem ser programadas de forma a começarem duas horas antes do início do efeito clínico desejado.

4.3 Contra-indicações

Hipersensibilidade ao baclofeno ou a qualquer um dos excipientes.
O fármaco não deve ser administrado por via intravenosa, intramuscular, subcutânea ou
epidural.

4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Este medicamento contém sódio.
Assistência médica
O sistema de bomba só deve ser implantado após conveniente avaliação da resposta do doente à injecção de Lioresal Intratecal em bólus e/ou titulação da dose. Devido aos riscos associados à administração inicial e titulação de Lioresal Intratecal (depressão geral das funções do SNC, colapso cardiovascular e/ou depressão respiratória), estas operações devem ser realizadas num local devidamente equipado e sob vigilância médica, segundo as instruções descritas na secção “Posologia e modo de administração”. Deve-se dispor de equipamento de reanimação para uso imediato no caso de ocorrerem sintomas que ponham a vida em risco, ou de sobredosagem grave. Os médicos devem ser adequadamente treinados na terapêutica por perfusão intratecal crónica.

Monitorização dos doentes
A seguir à implantação cirúrgica da bomba, em particular durante as fases iniciais da sua utilização e sempre que se procede ao ajustamento do seu débito e/ou da concentração de baclofeno no reservatório, o doente deve ser submetido a um rigoroso controlo até se assegurar que a sua resposta à perfusão é satisfatória e razoavelmente estável.

É indispensável que o doente, os seus médicos responsáveis e todo o pessoal envolvido no seu tratamento se encontrem devidamente informados sobre os riscos deste tratamento. Todos os indivíduos responsáveis pelo tratamento e assistência ao doente devem estar familiarizados com os sinais e sintomas de sobredosagem, as medidas a adoptar em caso de sobredosagem e a conveniente assistência domiciliária da bomba e do local de inserção.

Determinação da dose eficaz
Durante a administração da dose teste inicial (fase de determinação da dose eficaz), é essencial proceder a uma cuidadosa monitorização das funções respiratória e cardiovascular, em especial nos doentes com patologias cardiopulmonares e fraqueza dos músculos respiratórios, bem como nos que estão a ser tratados concomitantemente com preparados do tipo das benzodiazepinas ou com opiáceos, que têm maior risco de sofrer depressão respiratória.

Antes do início do ensaio de determinação da dose eficaz com Lioresal Intratecal deve-se averiguar se o doente não é portador de nenhuma infecção sistémica, dado que esta pode interferir na avaliação da resposta ao bólus de Lioresal Intratecal .

Implantação da bomba
Antes de proceder à implantação da bomba, os doentes devem estar igualmente isentos de infecções, uma vez que a presença destas pode aumentar o risco de complicações cirúrgicas. Além disso, a ocorrência de infecções sistémicas pode complicar as tentativas de ajustamento da dose. Uma infecção local ou uma má colocação do cateter também podem levar a uma falha de administração que pode resultar numa interrupção repentina de Lioresal Intratecal com todos os sintomas associados (Ver “Interrupção do tratamento”).

Recarga do reservatório
A recarga do reservatório deve ser efectuada por pessoal devidamente treinado e qualificado de acordo com as instruções facultadas pelo fabricante da bomba. Os intervalos de recarga devem ser cuidadosamente calculados de modo a evitar a depleção do reservatório, que pode induzir recidiva da espasticidade grave ou potencial risco de vida devido a sintomas associados a uma interrupção repentina de Lioresal Intratecal (Ver “Interrupção do tratamento”).

É indispensável que o enchimento se processe em condições rigorosamente assépticas para evitar a contaminação microbiana e a ocorrência de infecções graves do SNC. Cada recarga ou manipulação do reservatório do fármaco deve ser seguida de um período de observação apropriado à situação clínica.
Deve-se usar da máxima precaução durante o processo de enchimento de uma bomba implantável equipada com um sistema injectável que permita o acesso directo ao cateter intratecal. A injecção directa no cateter através do orifício de acesso pode dar origem a uma sobredosagem susceptível de pôr a vida em risco.

Considerações adicionais referentes ao ajustamento posológico
A fim de evitar a ocorrência de fraqueza excessiva e quedas, Lioresal Intratecal deve ser usado com precaução nos casos em que é necessário manter a espasticidade para preservar a postura ortostática e o equilíbrio na locomoção, ou quando a espasticidade tenha que ser utilizada para obter capacidade funcional e cuidados óptimos.

Poderá ser importante manter um certo grau de tónus muscular e permitir que espasmos ocasionais preservem a função circulatória e, possivelmente, evitem a formação de tromboses venosas profundas.

Antes de iniciar a perfusão com Lioresal Intratecal, deve-se procurar suspender a medicação antiespástica oral concomitante, sob rigorosa vigilância médica, para evitar uma possível sobredosagem ou a ocorrência de interacções medicamentosas adversas. Dever-se -á, no entanto, evitar a redução ou suspensão súbita da administração concomitante de antiespásticos durante a terapêutica intratecal crónica com Lioresal Intratecal.

Precauções em doentes pediátricos
A bomba implantável para perfusão crónica só deve ser utilizada em crianças que sejam portadores de uma massa corporal suficiente para a acomodar, pelo que os dados clínicos do uso de Lioresal Intratecal em crianças com menos de 6 anos é muito limitado e não está estabelecido em crianças com menos de 4 anos.

Precauções em populações especiais de doentes
Nos doentes com fluxo de LCR anormal, a difusão do fármaco e, consequentemente, a distribuição da actividade antiespática podem ser insuficientes.

Os doentes que sofrem de perturbações psicóticas, esquizofrenia, estados de confusão ou doença de Parkinson devem ser tratados, com precaução, com Lioresal Intratecal e ser mantidos sob rigorosa vigilância médica, dado terem sido observados casos de exacerbação destas patologias durante a administração oral de Lioresal.

Deve-se prestar particular atenção aos doentes com história de epilepsia, uma vez que foi referida, ocasionalmente, a ocorrência de crises convulsivas durante a sobredosagem e suspensão do tratamento com Lioresal Intratecal, bem como em doentes submetidos a doses terapêuticas de Lioresal Intratecal.

Lioresal Intratecal deve ser usado, com precaução, em doentes com antecedentes de disreflexia autonómica. A presença de estímulos nociceptivos ou a suspensão abrupta de Lioresal Intratecal pode provocar uma crise disrefléxica autonómica.
Lioresal deve ser utilizado com precaução em doentes com insuficiência cerebrovascular ou respiratória, uma vez que estas patologias podem ser exacerbadas pelo baclofeno.

É improvável que se verifique interacção de Lioresal Intratecal com doenças subjacentes não relacionadas com o SNC, dado que a disponibilidade sistémica do fármaco após a administração intratecal é substancialmente menor que após a administração oral.

Contudo, as observações efectuadas após uma terapêutica com Lioresal oral sugerem que devem adoptar-se medidas de precaução nas seguintes situações: antecedentes de úlcera péptica, hipertonia esfincteriana pré-existente, insuficiência renal.

Em casos raros, foram referidos, durante a administração de Lioresal por via oral, níveis séricos elevados de TGO, fosfatase alcalina e glucose.

No decurso dos ensaios clínicos foram tratados com Lioresal Intratecal diversos doentes com mais de 65 anos de idade, sem que tenham ocorrido problemas específicos. Os doentes idosos podem ter mais tendência para sofrer efeitos adversos com Lioresal oral na fase de titulação, bem como com Lioresal Intratecal. No entanto, dado que a titulação das doses é individual, não é provável que surja qualquer problema específico durante o tratamento de doentes idosos.

Interrupção do tratamento
A suspensão abrupta de Lioresal Intratecal, independentemente da causa, manifestada pelo aumento da espasticidade, prurido, parestesia e hipotensão, resultou em sequelas incluindo estados de hiperactividade com espasmos rapidamente não controlados, hipertermia e sintomas consistentes com o síndrome maligno dos neurolépticos (SMN), como por exemplo, alteração do estado mental e rigidez muscular. Em casos raros avançou para convulsões/estados epilépticos, rabdomiólise, coagulopatia, insuficiência orgânica múltipla e morte. Todos os doentes a quem se administrou baclofeno intratecal, estão em risco potencial de interrupção do tratamento.
Algumas características clínicas associadas com a interrupção do tratamento com o baclofeno intratecal poderão assemelhar-se a disreflexia autonómica, infecção (sépsis), hipertermia maligna, síndrome maligno dos neurolépticos, ou com outras condições associadas a um estado hipermetabólico ou rabdomiólise generalizada.

Os doentes, e todo o pessoal envolvido, devem ser sensibilizados acerca da importância da manutenção das visitas marcadas para o recarregamento da bomba e devem ser informados acerca dos sinais e sintomas da interrupção do tratamento com baclofeno, particularmente os que aparecem precocemente no síndroma de interrupção.

Na maioria dos casos, os sintomas da interrupção do tratamento aparecem em horas a alguns dias após a interrupção da terapêutica com baclofeno. As razões comuns para a interrupção abrupta da terapêutica intratecal com baclofeno incluem mau funcionamento do cateter (principalmente desconexão), baixo volume no reservatório da bomba ou esgotamento da bateria da bomba; erro humano pode ser causa destes casos. A prevenção da desconexão abrupta da terapêutica intratecal de baclofeno requer atenção cuidada na programação e monitorização do sistema de infusão, procedimentos e planeamento da recarga e alarmes da bomba.

As instruções para implantação, programação e/ou recarga da bomba implantável são facultadas pelos respectivos fabricantes e devem ser rigorosamente cumpridas.

4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção

A experiência sistemática sobre o uso de Lioresal Intratecal em associação com outros medicamentos é insuficiente para permitir prever a ocorrência de interacções medicamentosas específicas.

O uso combinado de morfina e de baclofeno intratecal foi responsável pela ocorrência de hipotensão num doente. Não se pode excluir o potencial desta associação induzir dispneia ou outros sintomas a nível do SNC.

Não foi testada a administração concomitante de outros agentes intratecais com Lioresal Intratecal, desconhecendo-se a sua segurança.

Os efeitos depressivos ao nível do sistema nervoso central do álcool e de outros compostos que afectam o SNC podem ser aditivos aos efeitos de Lioresal.

Durante a administração de Lioresal por via oral, o tratamento concomitante com antidepressivos tricíclicos pode potenciar o efeito de Lioresal, dando origem a hipotonia muscular. Recomenda-se precaução quando Lioresal Intratecal é utilizado nesta associação.

Dado ser provável que o tratamento concomitante de Lioresal Intratecal com antihipertensores potencie uma possível diminuição da tensão arterial, poderá ser necessário controlar os valores da desta, ajustando, em conformidade, a dose da medicação antihipertensiva.

Em doentes com doença de Parkinson tratados com Lioresal e concomitantemente com levodopa associado a carbidopa, podem ocorrer episódios de alucinações, agitação e confusão mental.

4.6 Gravidez e aleitamento
Gravidez

Não foram realizados estudos adequados e bem controlados na mulher grávida.

Baclofeno atravessa a barreira placentária. Lioresal Intratecal não deve ser utilizado durante a gravidez a não ser que o seu potencial benefício compense o potencial risco para o feto. A administração de baclofeno por via oral demonstrou aumentar a incidência de onfalocelos (hérnias umbilicais) em fetos de ratos tratados com doses cerca de
13 vezes a dose oral máxima recomendada para uso humano (numa base de mg/kg).Esta alteração não foi observada no ratinho ou no coelho.

Lactação
Em mães submetidas a doses terapêuticas orais de Lioresal, a substância activa passa para o leite materno, embora em quantidades tão pequenas que não é previsível a ocorrência de efeitos indesejados no lactente.
Desconhece-se se o leite materno das mães lactantes tratadas com Lioresal Intratecal contém níveis detectáveis do fármaco.

4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas

Foram referidos casos de sonolência em alguns doentes tratados com Lioresal Intratecal. Os doentes devem ter precaução ao conduzir veículos ou utilizar máquinas , uma vez que a sua actividade pode ser afectada pela diminuição do estado de alerta.

4.8 Efeitos indesejáveis

Em muitos casos não é possível estabelecer, com segurança, uma relação causal entre os efeitos observados e a administração de baclofeno, visto saber-se que muitos dos efeitos indesejáveis referidos ocorrem em associação com as patologias subjacentes em tratamento. No entanto, algumas das reacções geralmente notificadas – torpor/sonolência, tonturas, cefaleias, náuseas, hipotensão, hipotonia – parecem estar relacionadas com o fármaco.

Alguns dos efeitos indesejáveis a seguir descritos foram relatados em doentes com espasticidade de origem espinhal mas podem também ocorrer em doentes com espasticidade de origem cerebral. Os efeitos indesejáveis mais frequentes nestas populações estão a seguir indicados.

Tabela 1
Os efeitos indesejáveis são apresentados por classe de frequência, usando a seguinte convenção: muito frequentes (> 1/10); frequentes (> 1/100, < 1/10); pouco frequentes (> 1/1000, < 1/100), raros (> 1/10000, < 1/1000); muito raros (< 1/10000), desconhecido (.não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis)

Doenças    do    sistema nervoso

Muito Frequentes:

Torpor/ sonolência

Frequentes:

Sedação, tonturas/sensação de “cabeça oca”, crises convulsivas, cefaleias, parestesias, perturbações de acomodação/visão turva/diplopia, discurso arrastado, letargia, astenia, depressão respiratória, insónia, confusão/desorientação, ansiedade/agitação, depressão.

Pouco: Frequentes:

Hipotermia, nistagmo, disfagia, ataxia, perda de memória,
ideação e tentativa de suicídio, euforia, disforia, alucinações,
paranóia.

Crises convulsivas e cefaleias ocorrem mais frequentemente em

doentes com espasticidade de origem cerebral do que em doentes com espasticidade de origem espinhal.
Cardiopatias
: Frequentes: Hipotensão
Pouco Frequentes: Hipertensão, bradicardia, trombose venosa profunda, rubor cutâneo, palidez.
Doenças     respiratórias, torácicas e do mediastino
Frequentes: Dispneia, bradipneia, pneumonia
Doenças gastrointestinais
: Frequentes: Náuseas/vómitos, obstipação, xerostomia, diarreia, diminuição de apetite, sialorreia.
Pouco Frequentes: Desidratação, íleo, diminuição do paladar. Náuseas e vómitos ocorrem mais frequentemente em doentes com espasticidade de origem cerebral do que em doentes com espasticidade de origem espinhal.
Afecções   dos   tecidos cutâneos e subcutâneas
: Frequentes: Urticária/prurido, edema facial/periférico.
Pouco Frequentes: Alopecia, diaforese.
Doenças      renais      e
urinárias
Frequentes: Incontinência urinária, retenção urinária.

A retenção urinária ocorre mais frequentemente em doentes com espasticidade de origem cerebral do que em doentes com espasticidade de origem espinhal.

Afecções

musculosqueléticas e dos

tecidos conjuntivos
MuitoFrequentes: Hipotonia muscular.
frequentes: Hipertonia muscular.
Doenças    dos    órgãos
genitais e da mama
Frequentes: Disfunção
Perturbações   gerais   e alterações no local de administração
Frequentes: Dor, febre/arrepios.
Raros: Sintomas de interrupção que põem a vida em risco devido a falha na administração (Ver “Interrupção do tratamento”).

Não estão incluídos os efeitos indesejáveis associados com o sistema de administração (por exemplo, deslocamento dos cateteres, infecção a nível da bolsa, meningite, sobredosagem por deficiente manipulação do sistema).

4.9 Sobredosagem

Deve-se prestar sempre particular atenção à identificação dos sinais e sintomas de sobredosagem, especialmente durante a fase inicial de “determinação da dose eficaz” e de “titulação da dose” do tratamento, bem como durante a reintrodução de Lioresal Intratecal, após um período de interrupção da terapêutica.

Os sinais de sobredosagem podem manifestar-se de modo súbito ou insidioso.

Sintomas de sobredosagem: hipotonia muscular excessiva, torpor, sensação de “cabeça oca”, tonturas, sonolência, crises convulsivas, perda de consciência, hipotermia, sialorreia, náuseas e vómitos.

A sobredosagem grave provoca depressão respiratória, apneia e coma.

Pode ocorrer sobredosagem grave, por exemplo, devido à administração inadvertida do conteúdo do cateter no decurso da análise para verificação do estado/posição do cateter. Outras causas possíveis de sobredosagem são erros na programação, aumentos excessivamente rápidos da dose e tratamento concomitante com Lioresal oral. Dever-se -á igualmente investigar se existe um eventual funcionamento deficiente da bomba.

Tratamento
Embora não exista um antídoto específico para o tratamento da sobredosagem de Lioresal Intratecal, devem ser geralmente adoptadas as seguintes medidas:
1. A solução residual de baclofeno deve ser removida da bomba logo que possível.
2. Os doentes com depressão respiratória devem ser entubados se necessário, até à eliminação do fármaco.

Existem referências não publicadas sugestivas de que a fisiostigmina endovenosa pode reverter os efeitos secundários a nível central, em especial, sonolência e depressão respiratória.

Dever-se -á, contudo, ter precaução ao administrar fisiostigmina por via endovenosa, uma vez que o seu uso tem sido associado à indução de crises convulsivas, bradicardia e perturbações do ritmo cardíaco.

Em doentes adultos, pode-se tentar administrar, por via endovenosa, uma dose total de 1 a 2 mg de fisiostigmina durante 5 a 10 minutos. Os doentes devem ser cuidadosamente monitorizados durante esse período. Se o doente evidencia uma resposta positiva, podem¬se administrar doses repetidas de 1 mg, a intervalos de 30 a 60 minutos, visando manter a respiração e estado de alerta adequados.

Em doentes pediátricos, pode-se tentar uma dose de 0,02 mg/kg de fisiostigmina, administrada por via intravenosa a não mais de 0,5 mg por minuto. A administração pode ser repetida em intervalos de 5 a 10 minutos até ser obtido um efeito terapêutico ou uma dose máxima de 2 mg.

A fisiostigmina pode não ser eficaz na reversão de casos graves de sobredosagem, podendo os doentes requerer suporte ventilatório.

Nos casos em que a punção lombar não está contra-indicada, deve-se considerar a hipótese de extrair 30 a 40 ml de LCR, numa fase precoce da intoxicação, para reduzir a concentração de baclofeno no LCR.

Devem ser adoptadas medidas de suporte das funções cardiovasculares. Na eventualidade de ocorrerem convulsões, deve-se administrar, cuidadosamente, diazepam por via intravenosa.

5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS DO LIORESAL INTRATECAL
5.1 Propriedades farmacodinâmicas

Grupo farmacoterapêutico: 2.3.1 Sistema nervoso central. Relaxantes musculares. Acção central.
Código ATC: M03BX01 Mecanismo de acção
Baclofeno deprime tanto a transmissão reflexa monosináptica como polisináptica na medula espinhal, estimulando os receptores GABAft. O baclofeno é um análogo químico do neurotransmissor inibidor ácido gama-aminobutírico (GABA).

A transmissão neuromuscular não é afectada pelo baclofeno. Baclofeno exerce um efeito antinociceptivo. Nas doenças neurológicas associadas a espasmos da musculatura esquelética, os efeitos clínicos de Lioresal traduzem-se por uma acção benéfica sobre as contracções musculares reflexas e um acentuado alívio dos espasmos dolorosos, automatismo e clónus. Lioresal melhora a mobilidade do doente, permitindo-lhe movimentar-se sem auxílio e facilitando a fisioterapia.

Os benefícios importantes consequentes incluem uma melhor ambulação, prevenção e cura de úlceras de decúbito e melhores padrões de sono devido à eliminação dos espasmos musculares dolorosos. Além disso, os doentes evidenciam melhoria da função vesical e esfincteriana e maior facilidade de cateterização; todos estes efeitos representam melhorias significativas na qualidade de vida do doente.
O baclofeno demonstrou possuir propriedades depressoras gerais sobre o SNC, provocando sedação, sonolência e depressão respiratória e cardiovascular.

Lioresal Intratecal pode ser considerado uma alternativa a técnicas neurocirúrgicas invasivas.

Ao ser introduzido directamente no espaço intratecal, o baclofeno permite tratar eficazmente a espasticidade com doses pelo menos 100 vezes inferiores às utilizadas na administração oral.

Bólus intratecal
O início da acção ocorre geralmente meia a uma hora após a administração de uma dose intratecal única. O efeito espasmolítico máximo regista-se cerca de 4 horas após a administração, persistindo durante 4 a 8 horas. O início da acção, a resposta máxima e a duração da acção podem variar de indivíduo para indivíduo, dependendo da dose, da gravidade dos sintomas, do método e da velocidade de administração do fármaco.

Perfusão contínua
A acção antiespástica do baclofeno manifesta-se 6 a 8 horas após o início da perfusão contínua. A eficácia máxima observa-se decorridas 24 a 48 horas.

5.2 Propriedades farmacocinéticas

Os parâmetros cinéticos seguintes têm de ser interpretados à luz da administração intratecal associada a uma circulação lenta no LCR.

Absorção
A perfusão directa no espaço subaracnoideu espinhal evita os processos de absorção e permite uma exposição ao nível dos receptores no corno posterior da medula espinhal.

Distribuição
Após uma injecção única em bólus intratecal/perfusão de curta duração, o volume de distribuição, calculado a partir dos níveis de LCR, varia entre 22 e 157 ml.

A perfusão intratecal contínua de doses diárias de 50 a 1200 ug induz concentrações de baclofeno no LCR lombar que chegam a atingir 130 a 1240 ng/ml em estado de equilíbrio dinâmico. De acordo com a semivida determinada no LCR, as concentrações no estado de equilíbrio dinâmico, no LCR serão atingidas em 1 a 2 dias. Não estão disponíveis dados para os doentes pediátricos.

Durante a perfusão intratecal, as concentrações plasmáticas não excedem 5 ng/ml, confirmando que o baclofeno atravessa apenas lentamente a barreira hemato-encefálica. Nos doentes pediátricos, as respectivas concentrações plasmáticas são de 10 ng/ml ou abaixo desse valor.

Eliminação
A semi-vida de eliminação no LCR, após uma injecção única em bólus intratecal/perfusão de curta duração, de 50 a 136 ug de baclofeno varia entre 1 e 5 horas.

Não foi determinada a semivida de eliminação do baclofeno após atingir o estado de equilíbrio no LCR.

Tanto após uma injecção única em bólus como após perfusão subaracnoideia lombar crónica, utilizando sistemas de bomba implantáveis, a depuração média no LCR foi de aproximadamente 30 ml/h.

Em estado de equilíbrio dinâmico, durante uma perfusão intratecal contínua, forma-se um gradiente de concentração de baclofeno de 1,8:1 a 8,7:1 (média: 4:1) entre o LCR lombar e o cisternal. Esta observação é importante sob o ponto de vista clínico, na medida em que a espasticidade nos membros inferiores pode ser eficazmente tratada afectando apenas ligeiramente os membros superiores, e com menos reacções adversas a nível do SNC devidas a efeitos sobre os centros cerebrais.

5.3 Dados de segurança pré-clínica

Os estudos subagudos e subcrónicos com a perfusão contínua de baclofeno intratecal realizados em duas espécies (rato, cão) não revelaram, no exame histológico, sinais de irritação ou de inflamação local.

Um estudo de dois anos efectuado em ratos (administração oral), demonstrou que o baclofeno não é carcinogénico. No mesmo estudo foi observado um aumento, relacionado com a dose, da incidência de quistos ováricos e um aumento menos acentuado de hipertrofia e/ou hemorragia das glândulas supra-renais.

Foram detectados quistos ováricos, por palpação, em cerca de 5 % das doentes com esclerose múltipla que foram tratadas com Lioresal oral durante um período máximo de um ano. Na maioria dos casos estes quistos desapareceram espontaneamente enquanto as doentes continuavam a ser medicadas com o fármaco. Sabe-se que os quistos ováricos ocorrem espontaneamente numa percentagem da população feminina saudável. Os ensaios de mutagenicidade in vitro e in vivo não revelaram evidência de efeitos mutagénicos.

6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS DO LIORESAL INTRATECAL
6.1 Lista dos excipientes

Cloreto de sódio; água para injectáveis.

6.2 Incompatibilidades
Em regra, as ampolas de Lioresal para administração intratecal não devem ser misturadas com outras soluções injectáveis ou para perfusão.
A glucose demonstrou ser incompatível devido a uma reacção química com baclofeno.

6.3 Prazo de validade

Lioresal Intratecal, 0.05 mg/1ml, Solução injectável: 3 anos Lioresal Intratecal, 10 mg/5 ml, Solução injectável: 3 anos Lioresal Intratecal, 10 mg/20 ml, Solução injectável: 5 anos

6.4 Precauções especiais de conservação

Não conservar acima de 30°C.
Manter fora do alcance e da vista das crianças.

6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Ampolas de vidro incolor, vidro tipo I.
Uma ampola de Lioresal Intratecal de 1 ml contém 0,05 mg de baclofeno (0,05 mg/ml) Uma ampola de Lioresal Intratecal de 20 ml contém 10 mg de baclofeno (0,5 mg/ml). Uma ampola de Lioresal Intratecal de 5 ml contém 10 mg de baclofeno (2 mg/ml).

É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.

6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento

Lioresal Intratecal destina-se a ser administrado por injecção intratecal e perfusão intratecal contínua, de acordo com as especificações de administração do sistema de perfusão.

Cada ampola destina-se a ser utilizada apenas uma vez. Deve-se rejeitar o produto que não seja utilizado. Não congelar. Não submeter a esterilização por calor.

Estabilidade
Lioresal Intratecal demonstrou ser estável no Sistema de Perfusão Programável implantado SynchroMed durante 11 semanas.

Sempre que a solução e o recipiente o permitirem, os produtos para administração parentérica devem ser submetidos a exames para pesquisa de partículas estranhas e de alterações da cor antes de se proceder à sua administração.

Especificações de administração
A concentração específica a utilizar depende da dose diária total requerida bem como da taxa de administração da bomba. No que se refere a recomendações específicas, dever-se -á consultar o manual do fabricante.

Instruções para diluição
No caso de doentes que requeiram outras concentrações para além de 50 ug/ml, 500 ug/ml ou 2000 ug/ml, Lioresal Intratecal tem de ser diluído, em condições assépticas, com cloreto de sódio isento de conservantes para uso injectável.

Sistemas de administração do fármaco
Têm sido utilizados diversos sistemas de administração para a aplicação intratecal, a longo prazo, de Lioresal. Estes incluem o Sistema de Perfusão Programável Medtronic SynchroMed,que é um sistema de administração do fármaco implantável, com reservatórios recarregáveis, o qual, após anestesia geral ou local, é implantado numa bolsa subcutânea, geralmente na parede abdominal.

Este sistema é ligado a um cateter intratecal que passa por via subcutânea para o espaço subaracnoideu. Poder-se-ão solicitar pormenores sobre este sistema de administração ao fabricante:
Drug Administration Systems Medtronic, Inc.
Neurological, 710 Medtronic Parkway N.E.
Minneapolis, MN 55432.5604
EUA
Telefone: +1 763 505 5000 Fax: + 1 763 505 1000

Medtronic Europe S.A. Route du Molliau 31 1131 Tolochenaz, Suíça
Telefone: + 41 21 802 7000
Fax: + 41 21 802 7900

Antes de utilizar qualquer outro tipo de sistemas, dever-se -á confirmar se as especificações técnicas, incluindo a estabilidade química do baclofeno no reservatório, satisfazem os requisitos para a administração intratecal de Lioresal.

7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

NOVARTIS FARMA – Produtos Farmacêuticos, S.A. Rua do Centro Empresarial, Edifício 8 Quinta da Beloura
2710-444 Sintra Tel: 21 000 86 00

8. NÚMEROS DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

N° de registo: 2506681 – 1 ampola de 1ml, 0,05 mg/1 ml, ampola de vidro incolor – tipo I.
N° de registo: 2506889 – 1 ampola de 5ml, 10 mg/5 ml, ampola de vidro incolor – tipo I. N° de registo: 2506780 – 1 ampola de 20ml, 10 mg/20 ml, ampola de vidro incolor – tipo I.

9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO / RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Lioresal Intratecal, 0.05 mg/1ml, Solução injectável Data da primeira autorização:30 Abril 1997 Data da última renovação: 31 Maio 2005

Lioresal Intratecal, 10 mg/5 ml, Solução injectável Data da primeira autorização: 30 Abril 1997 Data da última renovação: 31 Maio 2005

Lioresal Intratecal, 10 mg/20 ml, Solução injectável Data da primeira autorização:30 Abril 1997 Data da última renovação: 31 Maio 2005

10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO
06-02-2009