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Colquicina

Características do COLCHICINE bula do medicamento

Resumo das Características do Medicamento
COLCHICINE

1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO COLCHICINE
COLCHICINE, 1mg, comprimidos

2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA DO COLCHICINE
Cada comprimido contém 1,0 mg de colquicina. Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.

3. FORMA FARMACÊUTICA DO COLCHICINE
Comprimidos

4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS DO COLCHICINE

4.1 Indicações terapêuticas
Gota

Acesso agudo de gota;
Terapêutica de prevenção de acessos de gota, quando no início de tratamentos hipouricemiantes com inibidores de síntese de ácido úrico ou com uricosíricos.
2. Outros depósitos microcristalinos:
condrocalcinose e reumatismo com hidroxiapatite.
3. Outras indicações mais raras: doença periódica, doença de Behçet.

4.2 Posologia e modo de administração
Gota e depósitos microcristalinos
Acessos agudos de gota:

1° dia: 3 comprimidos (1 cp. de manhã, 1 cp. ao meio dia, 1 cp. à noite). 2° e 3° dias: 2 comprimidos por dia (1 cp. de manhã e 1 cp. à noite). 4° dia: 1 comprimido à noite.
Dias seguintes: 1 comprimido à noite (ver prevenção).

Prevenção dos acessos de gota aquando dos tratamentos hipo-uricemiantes

A dose diária profilática de colquicina depende da frequência e da gravidade dos episódios anteriores e pode variar de 0,5 mg duas a quatro vezes por semana até 1,5 mg por dia. É normalmente eficaz numa dose oral de 0,5-1 mg por dia, ajustada de modo a não causar diarreia.
O tratamento com colquicina deve manter-se até pelo menos um mês após a redução da concentração de urato no sangue, sendo comum a cobertura profilática durante 3 a 4 meses.

Outras indicações
Doença periódica, doença de Behçet: habitualmente 1 comprimido por dia à noite, permanentemente.
Utilização em crianças

Na doença periódica, estudos realizados em doentes pediátricos com idade igual ou superior a 3 anos, que receberam tratamento profilático a longo termo, não demonstraram problemas relacionados com a idade, que limitem a utilização da colquicina nesta indicação, na dose de 0,5 mg a 1,0 mg por dia.

Em crianças com idade inferior a 5 anos a dose diária recomendada é de 0,5 mg/dia.
Em crianças com idade igual ou superior a 5 anos a dose recomendada é de 0,5 mg, duas vezes por dia.

Não foram realizados estudos sobre os efeitos da colquicina na população pediátrica, nas restantes indicações.

Utilização em idosos

Os doentes idosos, mesmo os que apresentam funções renal e hepática normais, podem ser mais susceptíveis a toxicidade cumulativa com colquicina. Recomenda-se redução da dose nestes doentes.

Utilização em doentes com hepática ou insuficiência renal

Nestes doentes existe um risco aumentado de toxicidade cumulativa. A dose deve ser reduzida ou devem ser aumentados os intervalos entre as doses.

Em doentes com depuração de creatinina inferior a 50 ml/min a dose dever ser reduzida para metade. Em doentes com depuração de creatinina inferior a 10 ml/min deve ser considerado um tratamento alternativo.

4.3 Contra-indicações

Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer dos excipientes Insuficiência renal grave. Insuficiência hepática grave.

4.4 Advertências e precauções especiais de utilização

Nos tratamentos de longo curso:

Nos indivíduos em idade de procriar, deverá ser instaurada uma contracepção eficaz, qualquer que seja o parceiro tratado.
É recomendado interromper o tratamento com colquicina três meses antes da concepção. A contracepção deverá manter-se até 3 meses após a interrupção da colquicina.
Em tratamento de ataque:

Deverá haver uma vigilância atenta em caso de insuficiência renal ou hepato-biliar. Deverá associar-se a retardadores do trânsito intestinal ou anti-diarreicos, em caso de aparecimento de diarreia ou colite.

Nos tratamentos de longo curso, nas doses de 0,5 a 1 mg, as complicações são raras. Por prudência, deve realizar-se a despistagem sistemática dos efeitos secundários:É aconselhada uma vigilância hematológica semestral.

A utilização concomitante de Colchicine e de pristinamicina ou macrólidos (com excepção de espiramicina) não é recomendada (Ver 4.5. Interacções medicamentosas e outras formas de interacção).

Este medicamento contém lactose. Doentes com doenças hereditárias raras de intolerância galactose, deficiência de lactase de Lapp ou malabsorção de glucose-galactose não devem tomar este medicamento.
Este medicamento contém sacarose. Doentes com doenças hereditárias raras de intolerância à frutose, malabsorção de glucose-galactose ou insuficiência de sacarase-isomaltase não devem tomar este medicamento

4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
Associações não recomendadas:

Macrólidos com excepção da espiramicina (telitromicina, azitromicina, claritromicina, diritromicina, eritromicina, josamicina, midecamicina, roxitromicina, troleandomicina). Podem aumentar significativamente os níveis séricos de colquicina e o risco de toxicidade, podendo esta tornar-se fatal.

Pristinamicina
Podem aumentar significativamente os níveis séricos de colquicina e o risco de toxicidade, podendo esta tornar-se fatal.
Associações que necessitam de precauções de utilização: Ciclosporina
Potencia os efeitos indesejáveis neuromusculares da colquicina. Em caso de associação com a ciclosporina deverá realizar-se vigilância clínica e biológica (doseamento do CPK). Não ultrapassar mais do que alguns dias de tratamento com a colquicina.

4.6 Gravidez e aleitamento
Ver secções 4.4 e 5.3.
Não existem estudos epidemiológicos controlados com mulheres tratadas com colquicina durante a gravidez. Foram descritos vários casos de gravidez normal em mulheres (geralmente com doença periódica) tratadas com colquicina em associação ou não com outros medicamentos. A revisão da história clínica de 36 mulheres com doença periódica em tratamento prolongado com
colquicina também não mostrou elevação significativa da incidência de aborto ou infertilidade. Dezasseis descendentes destas mães, que tomaram colquicina durante a gravidez, foram todos saudáveis e normais. Outro estudo a longo termo em 45 mulheres com doença periódica, que tomaram colquicina durante vários anos, concluiu que é segura a utilização da colquicina em doses terapêuticas durante a gravidez. A maior revisão realizada descreveu 225 casos de gravidez em116 mulheres com doença periódica que tomaram colchicine durante toda ou parte da gravidez. Os autores concluem que não houve aumento da frequência de efeitos adversos comparativamente com a população em geral apesar dos dois casos de síndrome de Down que se verificaram. Outro caso de síndrome de Down foi verificado num estudo que incluiu várias centenas de casos de gravidez e dois outros casos foram notificados em mulheres que engravidaram enquanto tomavam colquicina. Uma mulher que tomou inadvertidamente colquicina durante o primeiro trimestre de gravidez teve uma criança com malformações vertebrais.

Em caso de gravidez acidental, não existe indicação médica para a interrupção da gravidez, a não ser que a idade mãe faça correr um risco teratogénico suplementar. O tratamento pode continuar até ao final da gravidez se a patologia justificar. A realização de uma amniocentese é recomendada.

A colquicina está presente no leite materno. A quantidade ingerida pelo lactante é estimada em menos de um décimo da dose terapêutica (por quilograma) administrada ao adulto. O aleitamento por mulheres a tomar colquicina não foi associado a efeitos adversos nos lactentes expostos. Quando o uso do medicamento é estritamente necessário para a mãe, deverá esta suspender a amamentação.

4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não foram observados efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas.

4.8 Efeitos indesejáveis
Gastrointestinais
Muito frequentes:
Diarreias, náuseas, vómitos (até 80% dos doentes):. Podem ser os primeiros sinais de sobredosagem. É necessário então diminuir as doses ou mesmo parar com o tratamento.
Frequentes: Hemorragia gastrointestinal (no caso de sobredosagem). Hematológicos
Raros: Leucopenia, neutropenia, trombocitopenia, anemia aplástica. Neuromusculares
Raros: Neuropatia periférica. Miopatia. Distúrbios neuromiopáticos, os quais são reversíveis com a paragem do tratamento.

Renais
Frequentes:
Alteração da função renal (no caso de sobredosagem). Hepáticos
Raros: Alteração da função hepática.

Cutâneos Pouco frequntes: Raros: Alopécia.

Urticária e erupções morbiliformes.

Outros Muito raros: Azoospermia.

4.9 Sobredosagem

Dose tóxica: cerca de 10 mg.
Dose constatada mortal: acima de 40 mg.
Intoxicação rara, mas grave (30% de mortalidade), sobretudo voluntária.

Clínica

Prostração: 1 a 8 horas, em média 3 horas.
Perturbações digestivas: dores abdominais difusas, vómitos, diarreias profusas levando a desidratação e perturbações circulatórias.
Perturbações hematológicas: hiperleucocitose, depois leucopenia e hipoplaquetose por depressão medular.
Polipneia frequente. Alopécia ao 10° dia.
Evolução imprevisível. Morte, se ocorrer é em geral ao 2° ou 3° dia por desequilíbrio hidro-electrolítico, choque séptico.

Tratamento

Não há antídoto específico da colquicina. Vigilância clínica e biológica constante em meio hospitalar. Eliminação do tóxico por lavagem ao estômago e depois por aspiração duodenal. Tratamento unicamente sintomático: reequilíbrio hidro-electrolítico, antibioterapia oral e/ou intravenosa maciça, assistência respiratória.

5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS DO COLCHICINE
5.1 Propriedades farmacodinâmicas

Grupo Farmacoterapêutico: 9.3. Medicamentos usados para o tratamento da gota
Código ATC: M04 AC 01

Tem uma acção terapêutica como anti-gotoso e anti-inflamatório.
A colquicina diminui o fluxo leucocitário, inibe a fagocitose dos microcristais de uratos e impede a produção de ácido láctico mantendo o pH neutro no local ( a acidez favorece a precipitação dos cristais de urato que pode provocar as crises de gota).

5.2 Propriedades farmacocinéticas

A colquicina é rapidamente absorvida após administração oral e sofre um ciclo entero-hepático.
A biodisponibilidade é linear nas posologias habituais (0,5, a 1,5 mg).
O pico da concentração plasmática é atingido dentro de 2 horas e a semi-vida plasmática é de cerca de 17h.

O volume de distribuição é aproximadamente 2l/Kg.

A colquicina acumula-se em todos os tecidos, principalmente na mucosa intestinal, no fígado, nos rins e no baço, e em pequenas quantidades no miocárdio, nos músculos esqueléticos e nos pulmões.

A colquicina é metabolizada pelo fígado.

A maioria do fármaco é excretado pelas fezes mas cerca de 10-20% é excretado pela urina..
A fixação tecidular da colquicina pode levar a uma acumulação para posologias diárias superiores a 2 mg e, estar na origem de acidentes tóxicos.

5.3 Dados de segurança pré-clínica

A colquicina demonstrou potencial teratogénico e embrio-fetotóxico em diferentes espécies animais. A administração do fármaco a ratinhos, ratos ou coelhos machos conduziu a alterações na espermatogénese.
A colquicina evidenciou actividade genotóxica num conjunto de testes in vitro e in vivo. Não foram realizados estudos de carcinogenicidade.

6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS DO COLCHICINE
6.1. Lista dos excipientes

Laca insolúvel de eritrosina (E127) 0,004 mg
Povidona 3,000 mg
Estearato de magnésio 1,000 mg
Sacarose 20,000 mg
Lactose 49,996 mg

6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.

6.3 Prazo de validade
4 anos

6.4 Precauções especiais de conservação
Não conservar acima de 25 °C. Proteger da luz.

6.5 Natureza e conteúdo do recipiente

Comprimidos cor de rosa ranhurados em blisters de PVC/Alumínio. Embalagens de 20 e de 40 comprimidos.

6.6 Precauções especiais de eliminação
Não existem requisitos especiais.

7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Jaba Farmacêutica SA
Rua da Tapada Grande n° 2, Abrunheira
2710-089 Sintra

8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Embalagem de 20 comprimidos: 9949610 Embalagem de 40 comprimidos: 9949602

9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Data da primeira A.I.M.: 14/10/1966 Data da revisão da A.I.M.: 31/05/1996 Data de renovação da A.I.M.: 31/05/2001

10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO
12-05-2006

Categorias
Cimetidina

CARACTERÍSTICAS DO CIM bula do medicamento

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
CIM

1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO CIM
Cim., Comprimidos revestidos, 200 mg

2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA DO CIM
A substância activa_do medicamento é a cimetidina, que é a N-ciano-N’-metil-N”-2 (5-metil-1H imidazol-4-il)-metil-tio-etil-guanidina.
Cada comprimido contém 200 mg de cimetidina.
Excipientes, ver 6.1.

3. FORMA FARMACÊUTICA DO CIM
Comprimidos revestidos.

4. NFORMAÇÕES CLÍNICAS DO CIM
4.1 Indicações terapêuticas
As indicações terapêuticas de Cim são:

– tratamento da úlcera duodenal ou da úlcera gástrica benigna;
– doença do refluxo gastroesofágico (incluindo as situações de pirose e de esofagite péptica);
– úlceras recorrentes do tracto gastrintestinal superior;
– úlcera da boca anastomótica e de outras situações para as quais a redução da secreção ácida gástrica seja benéfica, nomeadamente, terapêutica sintomática da dispepsia sem causa orgânica identificada;
– tratamento da gastrite aguda ou crónica, assim como da agudização da gastrite crónica, obedecendo o diagnóstico de gastrite a critérios clínicos, endoscópicos e histológicos estabelecidos;
– na insuficiência pancreática, para reduzir a degradação dos suplementos de enzimas.
– profilaxia das recidivas da úlcera duodenal ou da úlcera gástrica benigna, em doentes com história prévia de recidivas ou de complicações, ou em doentes com doenças associadas, para quem a cirurgia constitua um risco superior ao habitual.
– profilaxia das úlceras de stress em doentes graves com risco de hemorragia; no tratamento de hipersecreção patológica, nomeadamente síndrome de Zollinger-Ellison, mastocitose sistémica e adenomas endócrinos múltiplos; como medida de suporte, no tratamento da hemorragia digestiva alta por úlcera péptica ou erosões.
– redução da acidez gástrica e do volume secretório com consequente redução do risco de lesão pulmonar causado por aspiração do conteúdo gástrico, em doentes submetidos a anestesia geral (p.e. cesariana).
– tratamento das lesões, úlceras e erosões, causadas por anti-inflamatórios não esteróides.
– profilaxia da recidiva das lesões em doentes que necessitem de terapêutica contínua com anti-inflamatórios não esteróides.

4.2 Posologia e modo de administração
Adultos
Cim -Via Oral

Nas situações de úlcera duodenal; úlcera gástrica benigna; úlcera recorrente pós-cirurgia gástrica, refluxo gastroesofágico (esofagite péptica), Cim é eficaz em doses que variam entre 800 mg e 1,6 g/dia. Pode ser administrado numa toma única, ao deitar ou fraccionada em duas (pequeno almoço e deitar) ou quatro (às refeições e ao deitar) tomas.
Em doentes com úlcera duodenal e úlcera gástrica benigna, a terapêutica de manutenção é feita com uma dose de 400 mg, administrados numa toma única, ao deitar.
Na Síndrome de Zollinger-Ellison têm sido utilizadas doses até 12 g/dia. O tratamento, dose administrada e duração, deve ser ajustado de acordo com as necessidades individuais de cada doente.
Na gastrite e na dispepsia não ulcerosa, aconselha-se uma dose de 200 mg quatro vezes ao dia, às refeições e ao deitar.
Na insuficiência pancreática (concomitante com a terapêutica enzimática) recomendam-se doses entre 800 mg e 1,6 g/dia, divididas em 4 tomas e administradas de uma hora, a hora e meia antes das refeições.
No tratamento das lesões iatrogénicas (úlcera e erosões) provocadas pelos anti-inflamatórios não esteróides, a posologia habitual é de 800 mg/dia, numa toma única ou em duas tomas diárias (400 mg ao pequeno almoço e 400 mg ao deitar). Nos doentes que responderam ao tratamento inicial e que requerem a continuação da terapêutica, recomenda-se a manutenção com 400 mg ao deitar, para profilaxia das recidivas.
Nas situações agudas, a duração média do tratamento varia entre 4 e 8 semanas, sendo frequente, na esofagite de refluxo, prolongar-se por 12 semanas.
Nas situações que requerem terapêutica de manutenção, a sua duração é estabelecida em função da patologia e das condições individuais do doente.

Crianças
Cim pode ser administrado a crianças, quer por via oral, quer por via parentérica.
1-12 anos:
20-25 mg/Kg/dia, fraccionados de 4 em 4 ou de 6 em 6 horas.
Idade inferior a 1 ano: 20 mg/Kg/dia, fraccionados de 4 em 4 horas ou de 6 em 6 horas. ■ Recém-nascidos: 10-15 mg/Kg/dia, fraccionados de 4 em 4 ou de 6 em 6 horas.
A experiência na administração deste medicamento a crianças com idade inferior a 16 anos é limitada, pelo que a sua utilização não deverá ser rotineira.
Em crianças ou recém-nascidos com alterações da função renal é necessário reduzir a dose de Cim. 4.3 Contra-indicações
Cim está contra-indicado nos doentes com hipersensibilidade à substância activa (cimetidina) ou a qualquer dos excipientes.

4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Em doentes com insuficiência renal, a posologia deve ser ajustada em função da clearance da creatinina. Sugerem-se as seguintes dosagens:

Clearance da creatinina Percentagem de redução da dose diária
<15 ml/min ~ 66%
15-30 ml/min 50%
30-50 ml/min 25%
>50 ml/min 0%
A hemodiálise interfere, reduzindo os níveis circulantes de cimetidina, que não são contudo, alterados pela diálise peritoneal. Assim, nos doentes em hemodiálise o Cim deve ser administrado no final de cada sessão de hemodiálise e cada 12 horas no período interdiálise.
Cim, tal como acontece com qualquer inibidor da secreção ácida, só deve ser prescrito a doentes com úlcera gástrica benigna, depois do clínico se certificar, através dos meios de diagnóstico adequados, da natureza benigna da lesão.
De facto, esta precaução é mandatória, na medida em que a inibição da secreção ácida pode, embora temporariamente, aliviar os sintomas e induzir a cicatrização do cancro gástrico, contribuindo assim para o atraso no seu diagnóstico.
A redução da acidez gástrica em doentes imunocomprometidos pode aumentar a probabilidade de superinfecção com Strongyloides Estercoralis.

4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
Aparentemente, através de uma acção nos sistemas enzimáticos microssómicos, Cim pode causar alterações significativas no metabolismo de certos fármacos, causando um atraso na sua eliminação e provocando, por consequência, um prolongamento ou um aumento das suas concentrações sanguíneas.
Estão descritas interacções com anticoagulantes do tipo da varfarina, fenitoína, teofilina e nifedipina. No caso da medicação concomitante de Cim com anticoagulantes do tipo da varfarina, recomenda-se o ajustamento da posologia do anticoagulante oral e um controlo regular do tempo de protrombina.
É necessário fazer um ajuste da dose da fenitoína e da teofilina quando do início ou suspensão da terapêutica concomitante com cimetidina. É necessária a titulação periódica da nifedipina quando da terapêutica em simultâneo com a mesma.
Estão também descritas interacções com propanolol, clordiazepóxido, diazepam, alguns antidepressivos tricíclicos, metronidazole, triamterene e terfenadina.
A administração simultânea da cimetidina com certos fármacos como o cetoconazole pode resultar numa diminuição na absorção dos mesmos e potencial perda de eficácia. Por esta razão a cimetidina deve ser administrada pelo menos duas horas após a administração do cetoconazole.
A administração concomitante de cimetidina com antiácidos pode diminuir a absorção da cimetidina recomedando-se que a administração do antiácido seja feita com um intervalo de uma hora antes ou após a administração da cimetidina quer esta seja feita em jejum ou às refeições.

4.6 Gravidez e aleitamento
Não existem dados disponíveis sobre a utilização em seres humanos tanto na gravidez como na lactação. Foram contudo desenvolvidos alguns estudos em animais, nos quais foram utilizadas doses de cimetidina superiores a 950 mg/Kg/dia nas fases pré e pós-natal em ratos, ratazanas e coelhos não tendo sido identificado qualquer risco para a gravidez ou desenvolvimento embrio-fetal nem para a lactação.
Cimnão deve ser utilizado na gravidez, a não ser que, na opinião do médico assistente, os benefícios esperados superem os eventuais riscos.
Apesar dos estudos teratogénicos não terem demonstrado quaisquer riscos decorrentes da administração de Cim durante a gravidez, esta recomendação advém do facto de existir uma experiência relativamente limitada com a sua utilização em mulheres grávidas e de se ter demonstrado em estudos em animais e em humanos, que atravessa a barreira placentária.
Estudos realizados em animais sobre os possíveis efeitos adversos antiandrogénicos da cimetidina administrada durante a gravidez no desenvolvimento sexual do feto apresentam resultados contraditórios. É possível que a utilização deste medicamento em mulheres grávidas possa ter efeitos adversos no desenvolvimento sexual e fertilidade da descendência no caso de fetos masculinos.
Cim é excretado no leite materno, pelo que, em regra, se aconselha o não aleitamento a mulheres medicadas com o fármaco.
Esta questão do aleitamento não se coloca nas doentes submetidas a cesariana, que sejam medicadas com Cim concomitantemente com a anestesia geral, porque a semi-vida de Cim é curta (cerca de 2 horas) e o fármaco é eliminado antes da mãe recuperar o suficiente para iniciar a amamentação.

4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas

Não aplicável.

4.8 Efeitos indesejáveis
Sistema Gastro-intestinal

Episódios transitórios de diarreia têm sido descritos num reduzido número (1%) de doentes. Sistema Nervoso
Ocorreram estados confusionais reversíveis (confusão mental, agitação, psicose, depressão, ansiedade, desorientação, alucinações), principalmente, mas não exclusivamente em doentes graves. Em regra, estas alterações surgiram 2-3 dias depois do início da terapêutica com Cim e desapareceram 3-4 dias após a interrupção do tratamento. A sua incidência é de aproximadamente 0,02%. Episódios transitórios de tonturas e sonolência têm sido descritos num reduzido número (1%) de doentes. Foram referidos poucos casos de cefaleias, por vezes intensas, que melhoraram quando se suspendeu a terapêutica.

Pele
Episódios transitórios de erupção cutânea têm sido descritos num reduzido número (1%) de doentes. Embora de raridade extrema, foi descrita a ocorrência de alopécia reversível.

Sistema Endócrino
O aparecimento de ginecomastia foi referido por doentes tratados por períodos de tempo iguais ou superiores a 1 mês. A incidência de ginecomastia oscilou entre 0,3 a 1% nos vários estudos, embora possa atingir uma percentagem ligeiramente superior (até 4%) nos doentes com Síndrome de Zollinger-Ellison ou outras situações decorrentes de hipersecreção patológica. Não se demonstraram alterações endócrinas nestes doentes e a situação reverteu-se ou manteve-se estacionária com a continuação do tratamento.
Também foram referidos casos de impotência, particularmente em doentes com hipersecreção patológica, p.e. Síndrome de Zollinger-Ellison, submetidos a doses elevadas de cimetidina, por períodos de tempo superiores a um ano (média 38 meses). No entanto, com as doses habituais, a incidência de impotência nos doentes medicados com cimetidina não excedeu a referida na população geral.

Sangue
Leucopenia (cerca de 1 caso em 100.000 doentes), incluindo agranulocitose (aproximadamente 3 por milhão de doentes) foi descrita, em doentes tratados com cimetidina. A maioria destes casos ocorreu em doentes com doenças graves concomitantes e/ou submetidos a terapêuticas que reconhecidamente causam neutropenia. Também foram descritas, embora muito raramente, casos de trombocitopenia (cerca de 3 por milhão de doentes) e de anemia aplásica.
Alterações Laboratoriais
Têm sido detectadas pequenas elevações da creatinina plasmática, que não se agravam com a continuação da terapêutica e que normalizam no fim do tratamento. A elevação da creatinina plasmática não se associa a alterações da taxa de filtração glomerular.

Sistema Hepatobiliar
Foram ainda referidas elevações moderadas das transaminases séricas, assim como casos raros de hepatite, que resolveram com a suspensão do fármaco.

Sistema Urogenital
Foram também referidos casos raros de nefrite intersticial. Pâncreas
Foram descritos casos raros de pancreatite. Sistema Cardiovascular
Foram descritos casos raros de bradicárdia sinusal, taquicárdia e bloqueio cardíaco, bem como anafilaxia em doentes medicados com antagonistas H2.

4.9 Sobredosagem

Estudos em animais indicam que as doses tóxicas estão associadas a insuficiência respiratória e taquicardia, que podem ser controladas com ventilação assistida e beta-bloqueantes. A experiência em humanos é limitada, e doses até 20 g não estiveram associadas a manifestações clínicas significativas. Embora extremamente raros, podem ocorrer sintomas do SNC com doses inferiores a 20 g quando da administração concomitante de vários medicamentos activos sobre o SNC.
Em caso de sobredosagem, recomenda-se o recurso a medidas que facilitem a eliminação do fármaco e a terapêutica sintomática e de suporte. Não existe antídoto específico.

5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS DO CIM
5.1 Propriedades farmacodinâmicas

Grupo farmacoterapêutico: 6.2.2.2 Antiácidos e antiulcerosos. Modificadores da secreção gástrica. Antagonistas dos receptores H2
A cimetidina é um antagonista dos receptores H2 da histamina, pelo que a sua acção a nível dos receptores H2 das células parietais gástricas se caracteriza pela inibição da secreção do ácido clorídrico e da pepsina. No entanto, apesar da acção preponderante da cimetidina ser a inibição da secreção ácida
basal e estimulada, também lhe tem sido atribuída uma acção citoprotectora. A capacidade de inibir a secreção ácida basal (BAO) é um índice adequado da actividade anti-secretora.

5.2 Propriedades farmacocinéticas

Nos doentes em jejum, a cimetidina quando administrada por via oral, pode ser detectada no sangue, cerca de 30 minutos depois, atingindo-se as concentrações máximas plasmáticas entre os 45 e os 90 minutos.
A absorção é linear depois da administração oral das doses de 200 e 800 mg, parecendo haver uma relação directa entre a concentração máxima e a dose administrada. Quando se administra a cimetidina em simultâneo com os alimentos, as concentrações máximas sanguíneas são inferiores, atingem-se mais tardiamente e persistem elevadas durante mais tempo. Muitas vezes depois de uma administração oral detectam-se dois picos, sendo o segundo, muito provavelmente resultante da circulação entero-hepática.
A semi-vida da cimetidina é de cerca de 2 horas, tendo-se verificado a existência de uma forte correlação entre o início da acção anti-secretora e os níveis sanguíneos de cimetidina. Concentrações séricas de 0,5 mcg/ml e de 1 mcg/ml estão associadas a uma inibição da secreção ácida gástrica basal de 50 e de 80%, respectivamente.
A ligação da cimetidina às proteínas plasmáticas é fraca, cerca de 20%. Finalmente, devido ao metabolismo de primeira passagem, a biodisponibilidade média da cimetidina oral é de aproximadamente 76% da biodisponibilidade da cimetidina por via intravenosa.
Quando administrada por via oral, a cimetidina é rapidamente absorvida a nível do intestino delgado. Cerca de 25 a 40% de uma dose administrada são metabolizados no fígado, enquanto que 45 a 50% são eliminados pelo rim, na forma inalterada, nas 24 horas subsequentes à administração. A eliminação pelas fezes é mínima. A eliminação pela bílis também é desprezível não tendo significado clínico.
Sendo o rim a principal via de excreção da cimetidina, torna-se necessário ajustar a posologia, quando a cimetidina é administrada a doentes com insuficiência renal. A cimetidina não se acumula no corpo.

5.3 Dados de segurança pré-clínica
Os estudos animais indicam que a cimetidina se localiza nas células parietais da mucosa gástrica. A determinação post mortem das concentrações de cimetidina nos vários órgãos e tecidos de animais previamente tratados com cimetidina, revelou que cerca de 70% do conteúdo corporal se localizava no músculo esquelético e 10% aproximadamente, no fígado, tracto gastrintestinal e osso. Nos rins, coração e sangue apenas foi detectada uma fracção que não ultrapassava os 5%, enquanto que no pâncreas, coração, glândulas salivares, cérebro e líquido cefalo-raquidiano (LCR) essa fracção foi inferior a 1%. Não se detectou cimetidina no tecido adiposo. Verificou-se, contudo, que nos doentes com alterações da barreira hemato-encefálica, por exemplo doentes urémicos, podem encontrar-se níveis mais elevados de cimetidina no LCR, o que pode contribuir para os efeitos a nível do sistema nervoso central que se observam nalguns doentes.
Num estudo efectuado em doentes com úlcera duodenal, demonstrou-se que uma dose única de cimetidina de 200 ou 400 mg, reduzia o débito ácido basal médio de cerca de 88%, sendo a dose mais elevada ligeiramente mais eficaz. A redução era significativa 2 a 4 horas após a administração e persistia durante 4 horas.
A cimetidina também reduz a secreção ácida nocturna de uma forma altamente significativa, diminuindo não só o pH mas também o volume da secreção ácida.
Uma dose oral única de 400 mg de cimetidina, ao deitar, provoca uma inibição da secreção ácida nocturna (aproximadamente 90%) durante um período de pelo menos 6 horas. Doses de 400 mg b.i.d., 800 mg nocte e 1200 mg nocte, diminuíram o débito ácido nocturno de 91%, 95% e 99% respectivamente, quando administrados a doentes com úlcera duodenal cicatrizada. Este efeito da cimetidina sobre a secreção ácida nocturna é particularmente relevante, na medida em que muitos autores admitem que esta constitui um factor agressivo mais importante na patogenia da úlcera duodenal.
A cimetidina também reduz a secreção ácida estimulada, independentemente da via de estimulação: nervosa (vagal) ou hormonal (gastrina).
O principal estímulo fisiológico da secreção ácida gástrica é constituído pelos alimentos. A cimetidina na dose de 200 mg reduz de 50 a 60% o débito ácido pós-prandial. Doses totais diárias de 800 mg ou 1000 mg reduzem a acidez intragástrica das 24 horas: cerca de 70%, quando administrada antes das refeições, cerca de 72% quando administrada depois das refeições. O grau e a duração do efeito anti-secretor também variam directamente com a dose de cimetidina administrada e, também com a sua concentração sanguínea.
Finalmente, uma dose única de cimetidina, 800 mg ao deitar, reduz significativamente a actividade do H+ nas 24 horas e especialmente o débito ácido nocturno. Para além da sua acção sobre a secreção ácida, também se verificou que a cimetidina reduz a secreção de pepsina; não afecta as concentrações nocturnas de gastrina, embora tenham sido referidos aumentos dos níveis de gastrina estimulada; não interfere com a síntese de factor intrínseco nem com a absorção de vitamina B12; e não bloqueia o efeito estimulador dos alimentos sobre a função exócrina do pâncreas, nem a libertação da bílis pela vesícula.

6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS DO CIM
6.1. Lista dos excipientes

Amido de milho, polivinilpirrolidona (K30), laurilsulfato de sódio, celulose microcristalina (Avicel pH 101), glicolato amido sódico (Primogel), estearato de magnésio, água purificada*
Revestimento: hidroxipropilmetilcelulose E5 Prem, hidroxipropilmetilcelulose E15 Prem, propilenoglicol, sepisperse M 7006 branco, estearato de magnésio, água purificada *
(*) Não se encontra no produto final, evapora-se durante o processo de fabrico.

6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.

6.3 Prazo de validade
5 anos.

6.4 Precauções especiais de conservação
Não conservar acima de 25°C.
Conservar na embalagem de origem para proteger da luz.

6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
O produto está acondicionado em placas de blister constituídas por PVC e película de alumínio gravado, fechadas por termosoldagem e inseridos em caixas de cartão referentes ao produto. Existem caixas de 20, 60.
O produto está acondicionado em placas de strip constituídas por duas películas de alumínio gravado, fechadas por termosoldagem e inseridos em caixas de cartão referentes ao produto. Existem caixas de 100 comprimidos.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações. 6.6 Instruções de utilização e manipulação
Não existem requisitos especiais.

7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Decomed Farmacêutica, S.A. Rua Sebastião e Silva, 56
2745-838 Massamá

8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
embalagens de 20 comprimidos – 9462960 embalagens de 60 comprimidos – 9462978 embalagens de 100 comprimidos – 9462911

9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
17 de Agosto de 1977

10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO
14-09-2005

Categorias
Captopril

CARACTERÍSTICAS DO CAPTOPRIL bula do medicamento

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
CAPTOPRIL

1. Nome do Medicamento CAPTOPRIL

Captopril Cinfa 25 mg Comprimidos Captopril Cinfa 50 mg Comprimidos

2. Composição Qualitativa e Quantitativa Do CAPTOPRIL

Cada comprimido contém:

Captopril Cinfa 25 mg Comprimidos 25 mg de captopril como substância activa. Excipiente(s): 25 mg de lactose mono-hidratada.

Captopril Cinfa 50 mg Comprimidos 50 mg de captopril como substância activa. Excipiente(s): 50 mg de lactose mono-hidratada.

Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.

3. Forma Farmacêutica Do CAPTOPRIL
Comprimido.
Os comprimidos de Captopril Cinfa apresentam ranhuras que permitem o fraccionamento dos mesmos para ajustar a dose às necessidades do doente segundo indicação médica.

4. Informações Clínicas Do CAPTOPRIL
4.1 Indicações terapêuticas

Hipertensão: o Captopril Cinfa está indicado no tratamento da hipertensão.
Insuficiência cardíaca: o Captopril Cinfa está indicado no tratamento da insuficiência cardíaca crónica com redução da função ventricular sistólica, em combinação com diuréticos e, quando adequado, digitálicos e bloqueadores beta.

Enfarte do miocárdio:
– Tratamento a curto prazo (4 semanas): o Captopril Cinfa está indicado nas primeiras 24 horas de enfarte do miocárdio em qualquer doente clinicamente estável.
– Prevenção a longo prazo da insuficiência cardíaca sintomática: Captopril Cinfa está indicado em doentes clinicamente estáveis com disfunção ventricular esquerda assintomática (fracção de ejecção = 40%).

Nefropatia diabética do tipo I: o Captopril Cinfa está indicado no tratamento da nefropatia diabética macroproteinúrica em doentes com diabetes do tipo I. (Ver secção 5.1)

4.2 Posologia e modo de administração

A dose deve ser individualizada em função do perfil do doente (ver secção 4.4) e da resposta da pressão arterial. A dose diária máxima recomendada é de 150 mg. Captopril Cinfa pode ser tomado antes, durante ou após as refeições.

Hipertensão: a dose inicial recomendada é de 25-50 mg diariamente em duas tomas divididas. A dose pode ser gradualmente aumentada, com intervalos de pelo menos 2 semanas, para 100-150 mg/dia em duas tomas divididas conforme necessário para atingir a pressão arterial desejada. O Captopril Cinfa pode ser utilizado isoladamente ou com outros fármacos anti-hipertensores, especialmente diuréticos tiazídicos. Um regime de uma toma diária pode ser adequado quando for adicionada outra medicação anti-hipertensora concomitante, tal como diuréticos tiazídicos.

Em doentes com um sistema renina-angiotensina-aldosterona fortemente activo (hipovolemia, hipertensão renovascular, descompensação cardíaca) é preferível começar com uma dose única de 6,25 mg ou 12,5 mg. O início deste tratamento deve fazer-se preferencialmente com vigilância clínica cuidadosa. As doses serão então administradas em duas tomas por dia. A dose pode ser aumentada gradualmente para 50 mg por dia em uma ou duas tomas e, se necessário, para 100 mg por dia em uma ou duas tomas.

Insuficiência cardíaca: o tratamento com Captopril Cinfa para a insuficiência cardíaca deve ser iniciado com vigilância clínica rigorosa. A dose inicial usual é de 6,25 mg-12,5 mg, duas vezes ao dia ou três vezes ao dia. O ajuste para a dose de manutenção (75-150 mg por dia) deve ser realizado com base na resposta do doente, estado clínico e tolerância, até um máximo de 150 mg por dia, em tomas divididas. A dose deve ser aumentada com incrementos e com intervalos de, pelo menos, 2 semanas para avaliar a resposta dos doentes.

Enfarte do miocárdio: Tratamento a curto prazo
O tratamento com Captopril Cinfa deve iniciar-se no hospital tão cedo quanto possível após o aparecimento de sinais e/ou sintomas em doentes com hemodinâmica estável. Deve ser administrada uma dose teste de 6,25 mg, com uma dose de 12,5 mg
administrada 2 horas depois e uma dose de 25 mg administrada 12 horas depois. A partir do dia seguinte, o Captopril Cinfa deve ser administrado numa dose de 100 mg/dia, em duas tomas diárias durante 4 semanas, desde que não se verifiquem reacções hemodinâmicas adversas. No final das 4 semanas de tratamento, deve reavaliar-se o estado do doente antes de se tomar uma decisão quanto ao tratamento a seguir na fase do pós-enfarte do miocárdio. Tratamento crónico
Se o tratamento com o Captopril Cinfa não se tiver iniciado nas primeiras 24 horas do enfarte agudo do miocárdio, sugere-se que o tratamento se inicie entre o 3° e o 16° dia após o enfarte do miocárdio quando se tiverem obtido as condições de tratamento necessárias (hemodinâmica estável e tratamento de qualquer isquemia residual).

O tratamento deve iniciar-se no hospital com rigorosa vigilância clínica (particularmente pressão arterial) até que se atinja a dose diária de 75 mg. A dose inicial tem que ser baixa (ver secção 4.4), em particular se o doente no início do tratamento apresentar uma pressão arterial normal ou baixa. O tratamento deve iniciar-se com a dose de 6,25 mg, seguida de 12,5 mg, 3 vezes ao dia durante 2 dias e depois 25 mg, 3 vezes ao dia, diariamente, desde que não se verifiquem reacções hemodinâmicas adversas. A dose recomendada para a cardioprotecção efectiva durante o tratamento a longo prazo é de 75 a 150 mg diariamente em duas ou três doses. Nos casos de hipotensão sintomática, como em insuficiência cardíaca, a dose de diuréticos e/ou outros vasodilatadores concomitantes pode ser reduzida de modo a atingir a dose de estado estacionário do Captopril Cinfa. Quando necessário, a dose de Captopril Cinfa deve ser ajustada em função da resposta clínica do doente. O Captopril Cinfa pode ser usado em combinação com outros tratamentos para o enfarte do miocárdio tais como trombolíticos, bloqueadores beta e ácido acetilsalicílico.

Nefropatia diabética do tipo I: em doentes com nefropatia diabética do tipo I, a dose diária recomendada de Captopril Cinfa é de 75-100 mg em doses divididas. Se for desejável uma redução adicional da pressão arterial pode adicionar-se medicação anti-hipertensora adicional.

Insuficiência renal: como o captopril é excretado principalmente pelo rim, no doente
com compromisso da função renal a dose deve ser reduzida ou o intervalo entre as
doses deve ser aumentado. Em doentes com insuficiência renal grave, quando é
necessário uma terapêutica diurética concomitante é preferível o tratamento com um
diurético de ansa (por exemplo, furosemida) a um diurético tiazídico.
Em doentes com insuficiência renal para evitar a acumulação de captopril pode
recomendar-se a dose diária seguinte:
Depuração da creatinina (ml/ min/1,73 m2) Dose inicial diária (mg) Dose máxima diária (mg)
>40 25-50 150
21-40 25 100
10-20 12,5 75
<10 6,25 37,5
Idosos: tal como com outros anti-hipertensores, deve considerar-se o início da terapêutica com uma dose inicial mais baixa (6,25 mg duas vezes ao dia) em doentes idosos, os quais podem ter função renal diminuída e outras disfunções orgânicas (ver acima e secção 4.4).
A dose deve ser ajustada em função da resposta da pressão arterial e ser mantida tão baixa quanto possível para obter o controlo adequado.

Crianças e adolescentes: a eficácia e a segurança do Captopril Cinfa não foram totalmente estabelecidas. O uso de Captopril Cinfa em crianças e adolescentes deve iniciar-se com rigorosa vigilância clínica. A dose inicial de Captopril Cinfa é de cerca de 0,3 mg/kg de peso corporal. Em doentes que requerem precauções especiais (crianças com disfunção renal, prematuros, recém-nascidos e lactentes, porque a função renal não é a mesma das crianças mais velhas e adultos) a dose inicial deve ser apenas 0,15 mg/kg peso. Geralmente, em crianças o Captopril Cinfa é administrado 3 vezes ao dia, mas a dose e o intervalo entre as doses deve ser adaptado em função da resposta do doente.

4.3 Contra-indicações

Hipersensibilidade à substância activa, a qualquer dos excipientes ou a qualquer outro inibidor da ECA.
História de angioedema associado a terapêutica prévia com inibidor da ECA.
Edema angioneurótico hereditário/idiopático.
Segundo e terceiro trimestres de gravidez (ver secções 4.4 e 4.6).

4.4 Advertências e precauções especiais de utilização

Hipotensão: raramente, é observada hipotensão em doentes hipertensos sem complicações. É mais provável que ocorra hipotensão sintomática em doentes hipertensos com depleção de volume e/ou sódio por terapêutica diurética intensa, restrição dietética do sal, diarreia, vómitos ou em hemodiálise. A depleção do volume e/ou sódio deve ser corrigida antes da administração do inibidor da ECA e deve considerar-se uma dose inicial mais baixa.
Os doentes com insuficiência cardíaca têm um risco maior de hipotensão e quando se inicia o tratamento com um inibidor da ECA recomenda-se uma dose inicial mais baixa. Em doentes com insuficiência cardíaca recomenda-se precaução sempre que se aumenta a dose de Captopril Cinfa ou de diurético.
Tal como outros anti-hipertensores, a redução excessiva da pressão arterial em doentes com isquemia cardiovascular ou doença cerebrovascular pode aumentar o risco de enfarte do miocárdio ou acidente vascular cerebral. Se se desenvolver hipotensão, o doente deve ser colocado em posição de supino. Pode ser necessária a reposição do volume com soro fisiológico intravenoso.
Hipertensão renovascular: há um risco aumentado de hipotensão e de insuficiência renal quando doentes com estenose da artéria renal bilateral ou estenose da artéria do único rim funcionante são tratados com inibidores da ECA. Pode ocorrer perda da função renal com apenas ligeiras alterações na creatinina sérica. Nestes doentes, o tratamento deve iniciar-se sob rigorosa vigilância clínica com doses baixas, ajustes posológicos cuidadosos e monitorização da função renal.

Insuficiência renal: em casos de insuficiência renal (depuração da creatinina = 40 m1/min), a dose inicial de Captopril Cinfa tem de ser ajustada em função da depuração da creatinina (ver secção 4.2), e em função da resposta do doente ao tratamento. Nestes doentes, a monitorização periódica do potássio e da creatinina constituem um procedimento normal.

Angioedema: o angioedema das extremidades, face, lábios, membranas mucosas, língua, glote ou laringe pode ocorrer em doentes tratados com inibidores da ECA, particularmente durante as primeiras semanas do tratamento. Contudo, em casos raros, pode desenvolver-se angioedema grave após o tratamento de longa duração com um inibidor da ECA. O tratamento deve ser imediatamente interrompido. O angioedema envolvendo a língua, glote ou laringe pode ser fatal. A terapêutica de emergência deve ser instituída. O doente deve ser hospitalizado e observado durante pelo menos 12 a 24 horas e não deve ter alta até à resolução completa dos sintomas.

Tosse: a tosse foi relatada com o uso de inibidores da ECA. Caracteristicamente, é uma tosse não-produtiva, persistente e resolve após a interrupção do tratamento.

Falência hepática: raramente, os inibidores da ECA foram associados com uma síndrome que se inicia com icterícia colestática e progride para necrose hepática fulminante e (por vezes) morte. Não está compreendido o mecanismo desta síndrome. Os doentes medicados com inibidores da ECA que desenvolvem icterícia ou aumentos acentuados nas enzimas hepáticas devem interromper a medicação com inibidores da ECA e devem submeter-se a controlo médico adequado.

Hipercaliemia: em alguns doentes tratados com inibidores da ECA, incluindo o Captopril Cinfa, foram observados aumentos do potássio sérico. Os doentes em risco de desenvolver uma hipercaliemia incluem os que têm insuficiência renal, diabetes mellitus e os que concomitantemente usam diuréticos poupadores do potássio, suplementos do potássio ou substitutos do sal contendo potássio; ou os doentes que tomam outros fármacos associados com o aumento do potássio sérico (por exemplo, heparina). Recomenda-se a monitorização regular do potássio sérico se for necessário o uso concomitante destes agentes.

Lítio: não é recomendada a associação de lítio e de Captopril Cinfa (ver secção 4.5).

Estenose aórtica ou da válvula mitral/Cardiomiopatia Hipertrófica Obstrutiva: os inibidores da ECA devem ser usados com precaução em doentes com obstrução do fluxo do ventrículo esquerdo e evitados nos casos de choque cardiogénico e de obstrução hemodinamicamente significativa.

Neutropenia/agranulocitose: neutropenia/agranulocitose, trombocitopenia e anemia foram relatados em doentes medicados com inibidores da ECA, incluindo o Captopril Cinfa. Em doentes com função renal normal e sem outras complicações, a neutropenia raramente ocorre. O Captopril Cinfa deve ser usado com extrema precaução em doentes com doença vascular do colagénio, terapêutica imunossupressora, tratamento com alopurinol ou procaínamida, ou uma combinação destes factores, especialmente se se houver verificado anteriormente o compromisso da função renal. Alguns destes doentes desenvolveram infecções graves, as quais em alguns casos não responderam a terapêutica antibiótica intensa.
Se o Captopril Cinfa for usado em tais doentes, recomenda-se fazer contagem dos glóbulos brancos e contagem diferencial antes de iniciar o tratamento, depois de 2 em 2 semanas nos primeiros 3 meses de tratamento com o Captopril Cinfa e depois periodicamente. Os doentes devem ser informados para relatar qualquer sinal de infecção (por exemplo, dor de garganta, febre) durante o tratamento, momento em que se deve realizar uma contagem diferencial dos glóbulos brancos. O Captopril Cinfa e outra medicação concomitante (ver secção 4.5) deve ser interrompido se for detectada ou se houver suspeita de neutropenia (neutrófilos menos que 1.000/mm3). Na maior parte dos doentes os neutrófilos regressam aos valores normais rapidamente após a interrupção do Captopril Cinfa.

Proteinúria: pode ocorrer proteinúria particularmente em doentes com compromisso da função renal ou com doses relativamente altas de inibidores da ECA. Valores da proteína urinária total superiores a 1 g por dia foram observados em cerca de 0,7% de doentes medicados com Captopril Cinfa. A maioria dos doentes tinha evidência de doença renal prévia ou tinha recebido doses relativamente altas de Captopril Cinfa (superiores a 150 mg/dia), ou ambas as situações. Em cerca de um quinto dos doentes com proteinúria ocorreu síndrome nefrótico. Na maioria dos casos, a proteinúria diminuiu ou desapareceu em seis meses quer se tenha continuado ou não a terapêutica com o Captopril Cinfa. Os parâmetros da função renal, tais como a ureia e a creatinina, estavam raramente alterados em doentes com proteinúria. Os doentes com doença renal anterior devem fazer a avaliação da proteína urinária (dip-stick na primeira urina da manhã) antes do tratamento e depois periodicamente.

Reacções anafilácticas durante dessensibilização: reacções anafilácticas potencialmente fatais foram relatadas raramente em doentes em tratamento para dessensibilização do veneno de Hymenoptera enquanto recebiam outro inibidor da ECA. Nos mesmos doentes, estas reacções foram evitadas quando temporariamente se suspendeu o inibidor da ECA, mas reapareceram quando inadvertidamente se reiniciou o tratamento. Como tal recomenda-se precaução em doentes tratados com inibidores da ECA e sujeitos a técnicas de dessensibilização.
Reacções anafilácticas durante diálise de alto fluxo/exposição a membranas de aférese de lipoproteínas: foram relatadas reacções anafilácticas em doentes hemodialisados com membranas de diálise de alto fluxo ou sujeitos a aférese de lipoproteínas de baixa densidade com absorção pelo sulfato de dextrano. Nestes doentes deve considerar-se o uso de um tipo diferente de membranas de diálise ou outra classe de medicação.

Cirurgia/anestesia: pode ocorrer hipotensão em doentes sujeitos a grande cirurgia ou durante o tratamento com anestésicos que se sabe que baixam a pressão arterial. Se ocorrer hipotensão, esta pode ser corrigida pela expansão de volume.

Diabéticos: os níveis de glicemia deverão ser cuidadosamente monitorizados no doente diabético previamente medicado com antidiabéticos orais ou insulina, principalmente durante o primeiro mês de tratamento com um inibidor da ECA.

Lactose: Captopril Cinfa contém lactose pelo que não deve ser usado em doentes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose, malabsorção de glucose -galactose ou deficiência de lactase (doenças metabólicas raras).

Diferenças étnicas: tal como outros inibidores da enzima de conversão da angiotensina, o captopril é aparentemente menos eficaz na redução da pressão sanguínea nos doentes de raça negra do que nos doentes que não sejam de raça negra, possivelmente devido a uma incidência superior de estados da renina baixa na população hipertensa de raça negra.

Gravidez: os IECA não devem ser iniciados durante a gravidez. A não ser em situações em que a manutenção da terapêutica com IECA seja considerada essencial, nas doentes que planeiem engravidar o tratamento deve ser alterado para anti-hipertensores cujo perfil de segurança durante a gravidez esteja estabelecido. Quando é diagnosticada a gravidez, o tratamento com IECA deve ser interrompido imediatamente e, se apropriado, deverá ser iniciada terapêutica alternativa (ver secção 4.3. e 4.6.).

4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção

Diuréticos poupadores de potássio ou suplementos de potássio: os inibidores da ECA atenuam a perda de potássio induzida por diuréticos. Os diuréticos poupadores de potássio (por exemplo, espironolactona, triamterene, ou amilorida), suplementos do potássio ou substitutos do sal contendo potássio podem conduzir a aumentos significativos do potássio sérico. Se a utilização concomitante estiver indicada devido a hipercaliemia demonstrada, devem ser utilizados com precaução e com monitorização frequente do potássio sérico (ver secção 4.4).

Diuréticos (tiazídicos ou de ansa): o tratamento prévio com doses elevadas de diuréticos pode resultar na depleção de volume e em risco de hipotensão quando se inicia a terapêutica com Captopril Cinfa (ver secção 4.4). Os efeitos hipotensores podem ser reduzidos pela interrupção do diurético, pelo aumento do volume ou ingestão de sal ou
pelo início da terapêutica com uma dose baixa de Captopril Cinfa. No entanto, em estudos específicos com hidroclorotiazida ou furosemida não foram observadas interacções farmacológicas clinicamente significativas.

Outros fármacos anti-hipertensores: o Captopril Cinfa tem sido co-administrado com segurança com outros fármacos anti-hipertensores utilizados frequentemente (por exemplo, bloqueadores-beta e bloqueadores dos canais de cálcio de longa duração). O uso concomitante destes fármacos pode aumentar os efeitos hipotensores do Captopril Cinfa.
O tratamento com nitroglicerina e outros nitratos, ou outros vasodilatadores, deve ser usado com precaução.

Tratamento do enfarte do miocárdio agudo: o Captopril Cinfa pode ser usado concomitantemente com ácido acetilsalicílico (em doses para cardiologia), trombolíticos, bloqueadores beta e/ou nitratos em doentes com enfarte do miocárdio.

Lítio: aumentos reversíveis nas concentrações séricas de lítio e toxicidade foram referidos durante a administração concomitante de lítio com inibidores da ECA. O uso concomitante de diuréticos tiazídicos pode aumentar o risco de toxicidade pelo lítio e potenciar o risco já existente de toxicidade pelo lítio com inibidores da ECA. A utilização do Captopril Cinfa com lítio não é recomendada, mas se a associação for considerada necessária, deve ser realizada a monitorização cuidadosa dos níveis séricos de lítio (ver secção 4.4).

Antidepressivos tricíclicos/antipsicóticos: os inibidores da ECA podem aumentar os efeitos hipotensivos de certos antidepressivos tricíclicos e de antipsicóticos (ver secção 4.4). Pode ocorrer hipotensão postural.

Alopurinol, procaínamida, citostáticos ou fármacos imunossupressores: a administração concomitante com inibidores da ECA pode conduzir a um risco aumentado de leucopenia, especialmente quando os inibidores da ECA são utilizados em doses superiores às recomendadas.

Anti-inflamatórios não esteróides: foi descrito que os anti-inflamatórios não esteróides (AINE) e os inibidores da ECA exercem um efeito aditivo no aumento do potássio sérico, enquanto a função renal pode diminuir. Estes efeitos são, em princípio, reversíveis. Pode ocorrer, raramente, falência renal aguda, particularmente em doentes com compromisso da função renal, tais como idosos ou doentes desidratados. A administração crónica de AINE pode reduzir o efeito anti-hipertensivo de um inibidor
da ECA.

Simpaticomiméticos: podem reduzir os efeitos anti-hipertensivos dos inibidores da ECA; os doentes devem ser cuidadosamente monitorizados.
Antidiabéticos: estudos farmacológicos mostraram que nos diabéticos os inibidores da ECA, incluindo o Captopril Cinfa, podem potenciar os efeitos da insulina e dos antidiabéticos orais, tal como a sulfonilureia, na redução da glucose sanguínea. Se esta interacção muito rara ocorrer, pode ser necessário reduzir a dose do antidiabético durante o tratamento simultâneo com inibidores da ECA.

Química clínica: o Captopril Cinfa pode causar um teste da acetona na urina falso-positivo.

4.6 Gravidez e aleitamento Gravidez
A administração de IECA não é recomendada durante o primeiro trimestre de gravidez (ver secção 4.4.). A administração de IECA está contra-indicada durante o segundo e terceiro trimestres de gravidez (ver secções 4.3 e 4.4).

A evidência epidemiológica relativa ao risco de teratogenicidade após a exposição aos IECA durante o primeiro trimestre de gravidez não é conclusiva; contudo, não é possível excluir um ligeiro aumento do risco. A não ser que a manutenção do tratamento com IECA seja considerada essencial, nas doentes que planeiem engravidar a medicação deve ser substituída por terapêuticas anti-hipertensoras alternativas cujo perfil de segurança durante a gravidez esteja estabelecido. Quando é diagnosticada a gravidez, o tratamento com IECA deve ser interrompido imediatamente e, se apropriado, deverá ser iniciada terapêutica alternativa.
A exposição ao IECA durante o segundo e terceiro trimestres de gravidez está reconhecidamente associada à indução de toxicidade fetal em humanos (diminuição da função renal, oligohidrâmnio, atraso na ossificação do crânio) e toxicidade neonatal (insuficiência renal, hipotensão, hipercaliemia) (ver secção 5.3). No caso da exposição ao IECA ter ocorrido a partir do segundo trimestre de gravidez, recomenda-se a monitorização ultrassonográfica da função renal e dos ossos do crânio. Recém-nascidos cujas mães estiveram expostas a IECA devem ser cuidadosamente observados no sentido de diagnosticar hipotensão (ver secções 4.3 e 4.4).

Aleitamento
Dados farmacocinéticos limitados demonstraram concentrações muito reduzidas no leite materno (ver secção 5.2). Apesar destas concentrações poderem não ter relevância clínica, a utilização de Captopril Cinfa não está recomendada durante o aleitamento de crianças pré-termo e nas primeiras semanas após o nascimento, devido ao risco hipotético de efeitos cardiovasculares e renais e à insuficiente experiência clínica. No caso de uma criança mais velha, a utilização de Captopril Cinfa pela mãe em aleitamento poderá ser considerada, se a terapêutica for necessária para a mãe e a criança for acompanhada de modo a detectar efeitos adversos.

4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas

Tal como outros anti-hipertensores, a capacidade de conduzir e usar máquinas pode estar reduzida, principalmente no início do tratamento ou quando se modifica a posologia, e também quando utilizado em combinação com bebidas alcoólicas, mas estes efeitos dependem da susceptibilidade individual.

4.8 Efeitos indesejáveis

Os efeitos indesejáveis relatados para a terapêutica com o Captopril Cinfa e/ou inibidores da ECA incluem:

Doenças do sangue e do sistema linfático
Muito raros:
neutropenia/agranulocitose (ver secção 4.4), pancitopenia particularmente em doentes com disfunção renal (ver secção 4.4), anemia (incluindo aplásica e hemolítica), trombocitopenia, linfoadenopatia, eosinofilia, doenças auto-imunes e/ou títulos positivos de anticorpos antinucleares.

Doenças do metabolismo e da nutrição Raros: anorexia.
Muito raros:
hipercaliemia, hipoglicemia (ver secção 4.4).

Perturbações do foro psiquiátrico Frequentes: alterações do sono. Muito raros: confusão, depressão.

Doenças do sistema nervoso Frequentes: perda do paladar, tonturas. Raros: sonolência, cefaleias e parestesia.
Muito raros: incidentes cerebrovasculares, incluindo acidente vascular cerebral e síncope.

Afecções oculares Muito raros: visão turva.

Cardiopatias
Pouco frequentes:
taquicardia ou taquiarritmia, angina de peito, palpitações. Muito raros: paragem cardíaca, choque cardiogénico.

Vasculopatias
Pouco frequentes:
hipotensão (ver secção 4.4), síndrome de Raynaud, rubor, palidez. Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
Frequentes: tosse seca, irritativa (não produtiva) (ver secção 4.4) e dispneia. Muito raros: broncospasmo, rinite, alveolite alérgica/pneumonia eosinofílica.
Doenças gastrointestinais
Frequentes:
náuseas, vómitos, irritação gástrica, dor abdominal, diarreia, obstipação, secura da boca.
Raros: estomatite/ulcerações aftosas.
Muito raros: glossite, úlcera péptica, pancreatite.

Afecções hepatobiliares
Muito raros:
compromisso da função hepática e colestase (incluindo icterícia), hepatite incluindo necrose, enzimas hepáticas aumentadas e bilirrubina.

Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneas
Frequentes:
prurido com ou sem exantema, exantema e alopecia.
Pouco frequentes: angioedema (ver secção 4.4).
Muito raros: urticária, síndrome de Stevens-Johnson, eritema multiforme, fotossensibilidade, eritroderma, reacções penfigóides e dermatite exfoliativa.

Afecções músculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos
Muito raros:
mialgia, artralgia.

Doenças renais e urinárias
Raros:
alterações da função renal incluindo falência renal, poliúria, oligúria, aumento da frequência urinária.
Muito raros: síndrome nefrótico.

Doenças dos órgãos genitais e da mama Muito raros: impotência, ginecomastia.

Distúrbios gerais:
Pouco frequentes: dor torácica, fadiga, mal-estar. Muito raros: febre.

Ensaios laboratoriais
Muito raros:
proteinúria, eosinofilia, aumento do potássio sérico, diminuição do sódio sérico, aumento da ureia sérica, creatinina sérica e bilirrubina sérica, diminuição da hemoglobina, hematócrito, leucócitos, trombócitos e dos títulos de anticorpos antinucleares positivos e aumento da velocidade de sedimentação eritrocitária.

4.9 Sobredosagem

Os sintomas de sobredosagem são hipotensão grave, choque, letargia, bradicardia, desequilíbrio electrolítico e falência renal.
As medidas para evitar a absorção (por exemplo, lavagem gástrica, administração de adsorventes e sulfato de sódio nos 30 minutos após a ingestão) e acelerar a eliminação devem ser aplicadas se a ingestão for recente.
Se ocorrer hipotensão, o doente deve ser colocado na posição adequada e deve ser administrado rapidamente suplemento salino e fluidos. Deve ser equacionado o tratamento com angiotensina II.
A bradicardia e as reacções vagais extensas devem ser tratadas com a administração de atropina. Pode ser considerado o uso de pacemaker. O captopril pode ser removido da circulação por hemodiálise.

5. Propriedades Farmacológicas Do CAPTOPRIL
5.1 Propriedades farmacodinâmicas

Grupo farmacoterapêutico: 3.4.2.1 Aparelho Cardiovascular. Anti-hipertensores. Modificadores do eixo renina angiotensina. Inibidor da enzima de conversão da angiotensina.
Código ATC: C09AA01.

O captopril é um inibidor competitivo, altamente específico da enzima de conversão da angiotensina (inibidor da ECA).

Os efeitos benéficos dos inibidores da ECA parecem resultar primariamente da supressão no plasma do sistema renina-angiotensina-aldosterona. A renina é uma enzima endógena sintetizada pelo rim e libertada na circulação onde converte o angiotensinogénio em angiotensina I, um decapéptido relativamente inactivo. A angiotensina I é então convertida pela enzima de conversão da angiotensina, uma peptidilpeptidase, em angiotensina II. A angiotensina II é um vasoconstritor potente, responsável pela vasoconstrição arterial e pressão arterial aumentada, assim como pela estimulação da glândula supra-renal para produzir aldosterona. A inibição da ECA resulta na diminuição plasmática da angiotensina II, o que conduz a actividade vasopressora diminuída e a produção reduzida de aldosterona. Apesar desta redução da produção de aldosterona ser pequena, podem ocorrer aumentos pequenos nas concentrações do potássio sérico, assim como perda de sódio e fluidos. A cessação do feedback negativo da angiotensina II na secreção de renina resulta num aumento da actividade da renina plasmática.
Outra função da enzima de conversão é degradar o potente vasoconstritor péptido bradiquinina em metabolitos inactivos. Portanto, a inibição da ECA resulta numa actividade aumentada do sistema calicreína-quinina local e circulante o qual contribui para a vasodilatação periférica pela activação do sistema prostaglandina; é possível que este mecanismo esteja envolvido nos efeitos hipotensivos dos inibidores da ECA e seja responsável por certas reacções adversas.
As reduções da pressão arterial geralmente são máximas 60 a 90 minutos após a administração oral de uma dose individual de captopril. A duração do efeito está dependente da dose. A redução na pressão arterial pode ser progressiva, pelo que para atingir os efeitos terapêuticos máximos podem ser necessárias várias semanas de tratamento. Os efeitos redutores da pressão arterial do captopril e dos diuréticos tiazídicos são aditivos.

Em doentes com hipertensão, o captopril causa uma redução na pressão arterial tanto em supino como em pé, sem induzir qualquer aumento compensatório na frequência cardíaca nem na retenção de líquidos ou sódio.
Em estudos de hemodinâmica, o captopril causou uma redução marcada na resistência arterial periférica. Em geral não houve alterações clinicamente relevantes no débito renal plasmático ou na taxa de filtração glomerular.

Em muitos doentes, os efeitos anti-hipertensivos iniciam-se cerca de 15 a 30 minutos após a administração oral de captopril; os efeitos máximos foram obtidos depois de 60 a 90 minutos. A redução máxima na pressão arterial de uma dose definida de captopril foi visível geralmente após três a quatro semanas.

Na dose diária recomendada, os efeitos anti-hipertensivos persistem mesmo durante o tratamento a longo prazo. A interrupção temporária do captopril não provoca qualquer aumento rápido, excessivo na pressão arterial (rebound). O tratamento da hipertensão com o captopril conduz a uma diminuição na hipertrofia ventricular esquerda.

Os estudos de hemodinâmica em doentes com insuficiência cardíaca mostraram que o captopril causou uma redução na resistência sistémica periférica e um aumento na capacidade venosa. Isto resultou numa redução na pré-carga e na pós-carga (redução na pressão de enchimento ventricular). Além disso, durante o tratamento com o captopril foram observados aumentos do débito cardíaco, do índice cardíaco e da capacidade de tolerância ao esforço.

Num grande estudo controlado por placebo em doentes com disfunção ventricular esquerda (Fracção de ejecção do ventrículo esquerdo = 40%) após o enfarte do miocárdio observou-se que o captopril (iniciado entre o 3° e o 16° dia depois do enfarte) prolongou o tempo de sobrevivência e reduziu a mortalidade cardiovascular. A redução na mortalidade cardiovascular foi manifestada como um atraso no desenvolvimento de insuficiência cardíaca sintomática e uma redução na necessidade de hospitalização por insuficiência cardíaca comparada com o placebo. Houve também uma redução no re-enfarte e nas técnicas de revascularização cardíaca e/ou na necessidade de medicação adicional com diuréticos e/ou digitálicos ou um aumento da dose em comparação com o placebo.

A análise retrospectiva mostrou que o captopril reduziu os enfartes recorrentes e as técnicas de revascularização cardíaca (nenhum era critério no estudo).

Outro grande estudo controlado com placebo em doentes com enfarte do miocárdio mostrou que o captopril (administrado nas 24 horas do evento e durante um mês) reduziu significativamente a mortalidade global depois de 5 semanas comparado com o placebo. Os efeitos favoráveis do captopril na mortalidade total ainda eram detectados ao fim de um ano. Não se verificou nenhuma indicação de um efeito negativo em relação à mortalidade precoce no primeiro dia de tratamento.

Os efeitos cardioprotectores do captopril são observados independentemente da idade ou do sexo do doente, da localização do enfarte e dos tratamentos concomitantes com eficácia comprovada durante o período de pós-enfarte (trombolíticos, bloqueadores beta e ácido acetilsalicílico).

Nefropatia diabética do tipo I
Num ensaio clínico multicêntrico com dupla ocultação controlado com placebo em diabéticos insulino-dependentes (tipo 1) com proteinúria, com ou sem hipertensão (foi permitida a administração simultânea de outros anti-hipertensores para controlar a pressão arterial), o captopril reduziu significativamente (por 51%) o tempo para duplicar as concentrações basais de creatinina comparado com o placebo; a incidência de insuficiência renal terminal (diálise, transplante) ou morte foi também significativamente menos frequente nos doentes que receberam o captopril do que nos do placebo (51%). Em doentes com diabetes e microalbuminúria, o tratamento com captopril reduziu a excreção de albumina nos dois anos.

Os efeitos do tratamento com captopril na preservação da função renal são adicionais a qualquer benefício que possa derivar da redução na pressão arterial.

5.2 Propriedades farmacocinéticas

O captopril é um fármaco activo por via oral que não necessita de biotransfomação para ter actividade. A absorção mínima média é de cerca de 75%. As concentrações plasmáticas máximas obtêm-se nos 60 a 90 minutos. A presença de alimentos no tracto gastrointestinal reduz a absorção em cerca de 30-40%. Aproximadamente 25-30% do fármaco circulante está ligado às proteínas plasmáticas.
A semi-vida de eliminação aparente do captopril inalterado no sangue é de cerca de 2 horas. Mais de 95% da dose absorvida é eliminada na urina em 24 horas; 40-50% é fármaco inalterado e o restante é metabolitos dissulfito inactivos (dissulfito de captopril e dissulfito-cisteína de captopril). A insuficiência renal pode conduzir a acumulação do fármaco. Portanto, em doentes com compromisso da função renal a dose deve ser reduzida e/ou o intervalo entre doses aumentado (ver secção 4.2). Os estudos em animais indicam que o captopril não atravessa a barreira hematoencefálica de modo significativo.

Aleitamento
Em doze mulheres a tomar por via oral 100mg de captopril 3 vezes/dia, o valor médio do nível máximo no leite foi de 4,7 |ig/L e ocorreu 3,8 horas após a administração da dose. Com base nestes dados, é estimado que a criança em aleitamento receba uma dose diária inferior a 0,002% da dose materna diária.

5.3 Dados de segurança pré-clínica

Estudos em animais realizados durante a organogénese com captopril não mostraram efeito teratogénico, mas o captopril produziu toxicidade fetal em diversas espécies, incluindo mortalidade fetal durante o final da gravidez, atraso no crescimento e mortalidade pós-natal no rato. Com base nos estudos convencionais de farmacologia de segurança, de toxicidade de dose repetida, de genotoxicidade e de carcinogenicidade, os dados pré-clínicos não revelaram outros perigos específicos para o ser humano.

6. Informações Farmacêuticas Do CAPTOPRIL

6.1 Lista dos excipientes

Celulose microcristalina, amido de milho, lactose mono-hidratada, ácido esteárico e sílica coloidal anidra.

6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.

6.3 Prazo de validade
18 meses

6.4 Precauções especiais de conservação
O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.

6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Blisteres de PVC-PVDC/Alumínio.

Captopril Cinfa 25 mg Comprimidos: embalagens de 20, 60 e 100 comprimidos. Captopril Cinfa 50 mg Comprimidos: embalagens de 60 e 100 comprimidos.

É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.

6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento

Os comprimidos de Captopril Cinfa apresentam ranhuras que permitem o fraccionamento dos mesmos para ajustar a dose às necessidades do doente segundo indicação médica. As fracções não administradas devem ser guardadas em local seco.

7. Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Cinfa Portugal, Lda
Av.Tomás Ribeiro, n.°43, Bloco 1 – 4.° B Edifício Neopark
2790-221 Carnaxide

8. Números da Autorização de Introdução no Mercado

N.° de registo: 5342282 – 20 comprimidos, 25 mg, blister de PVC-PVDC/Alumínio. N.° de registo: 5342381 – 60 comprimidos, 25 mg, blister de PVC-PVDC/Alumínio. N.° de registo: 5342480 – 100 comprimidos, 25 mg, blister de PVC-PVDC/Alumínio.

N.° de registo: 5342589 – 60 comprimidos, 50 mg, blister de PVC-PVDC/Alumínio. N.° de registo: 5342688 – 100 comprimidos, 50 mg, blister de PVC-PVDC/Alumínio.

9. Data da Primeira Autorização / Renovação da Autorização de Introdução no Mercado
Data da primeira autorização: 07 de Março de 2005

10. Data da Revisão do Texto
03-03-2009

Categorias
Iodopovidona

CARACTERÍSTICAS DO BETADINE bula do medicamento

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
BETADINE

1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO BETADINE
BETADINE 40mg/ml espuma cutânea

2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA DO BETADINE
Princípio activo:
Iodopovidona 4g
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1

3. FORMA FARMACÊUTICA DO BETADINE

Espuma cutânea.

4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS DO BETADINE
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS

Desinfecção e higiene da pele e mucosas.
Adjuvante no tratamento ou profilaxia da infecção em Micoses interdigitais (ex: pé de atleta)
Adjuvante no tratamento da infecção na Dermatite seborreica. Profilaxia da Dermatite seborreica.
Úlceras da perna: terapêutica adjuvante como desinfectante Em cirurgia:
Lavagem das mãos antes e depois das intervenções cirúrgicas, como produto bactericida. Como sabão líquido para uso no consultório.
Para os cuidados de limpeza e assepsia local do doente antes das intervenções cirúrgicas.

Em obstetrícia-ginecologia: Assepsia ginecológica
Desinfecção da vulva, períneo e face interna das coxas antes do parto.

4.2 POSOLOGIA E MODO DE ADMINISTRAÇÃO
Desinfecção e higiene da pele e mucosas:
Aplicar a Betadine Espuma Cutânea, ensaboar e de seguida enxaguar bem com água. Dermatite seborreica:
1) Deitar 2 colheres de café de Betadine Espuma Cutânea no côncavo da mão e friccionar os cabelos e o couro cabeludo com água tépida, até formar espuma. Passar de seguida por água limpa.
2) Deitar novamente mais 2 colheres de café de Betadine e, sem adicionar água, friccionar a fundo. Deixar actuar durante 5 minutos, no mínimo. Em seguida enxaguar bem. Este tratamento deve ser aplicado 2 vezes por semana, até se notar uma melhoria. Em seguida continua-se com um só tratamento por semana.

Desinfecção pré-operatória das mãos:
1. Molhar as mãos e os antebraços com água. Deitar cerca de 5ml de Betadine sobre a palma das mãos e espalhar sobre as mãos e antebraços.
Lavar as áreas a tratar durante cerca de 2 minutos.
Pode usar-se com cuidado uma escova para o sulco sub-ungueal e unhas. No entanto, a escovagem das mãos e antebraços não é aconselhável, porque pode ser lesiva para a pele. Acrescentar seguidamente um pouco de água e continuar a lavar, a fim de produzir uma espuma abundante. Em seguida passar por água limpa.
2. Repetir o procedimento descrito em 1. a fim de garantir a desinfecção desejada.
Uso quotidiano no consultório médico:
Utilizar a Betadine Espuma Cutânea em todas as zonas em que uma solução bactericida esteja indicada.

Preparação do campo operatório:
Depois de ter rapado o campo operatório (se necessário), aplicar a Betadine Espuma Cutânea e friccionar cuidadosamente durante 5 minutos, produzindo espuma. De seguida enxaguar com um pouco de água e secar, enxugando com uma toalha esterilizada.

Obstetrícia-ginecologia:
Aplicar do mesmo modo como se procede para a desinfecção do campo operatório.

4.3 CONTRA-INDICAÇÕES
Este medicamento não deve ser utilizado nas seguintes situações:
Antecedentes de alergia a qualquer dos constituintes, em particular à povidona. Não existem reacções cruzadas com os produtos de contraste iodados. As reacções de intolerância (reacções anafilactoides) aos produtos de contraste iodados ou a anafilaxia aos mariscos não constituem uma contra indicação à utilização de Betadine Espuma Cutânea.
Desinfecção de material médico-cirúrgico 1° trimeste da gravidez No recém-nascido até 1 mês
De forma prolongada durante o 2° e 3° trimestre da gravidez. No aleitamento está contra indicado no caso de tratamento prolongado.
Não utilizar este medicamento em associação com anti-sépticos derivados de mercúrio.

4.4 ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES ESPECIAIS DE UTILIZAÇÃO
A Betadine Espuma Cutânea é destinada a uso externo.
A aplicação repetida de Betadine Espuma Cutânea em grandes superfícies cutâneas ou em zonas de pele lesada, pode provocar uma excessiva absorção de iodo. A utilização em crianças com menos de 30 meses só deve ser efectuada se for considerada indispensável e deve limitar-se a uma aplicação breve e pouco extensa. A iodopovidona deve ser utilizada com precaução no caso de utilização prolongada em doentes com disfunção da tiróide (em especial bócio multinodular colóide, bócio endémico e tiróidite de Hashimoto), alteração da função renal.

4.5 INTERACÇÕES MEDICAMENTOSAS E OUTRAS FORMAS DE INTERACÇÃO

Tendo em conta possíveis interacções (antagonismo, inactivação) a utilização em simultâneo ou sucessiva com outros anti-sépticos é de evitar. Possível interferência com exames à função da tiróide. Associações desaconselhadas:
Anti-sépticos mercuriais: formação de um complexo cáustico no caso de utilização concomitante de anti-sépticos iodados e mercuriais.

4.6 GRAVIDEZ E ALEITAMENTO

Os estudos em animais não evidenciaram qualquer efeito teratogénico. Na ausência de efeito teratogénico nos animais, não é de prever efeito de malformação no homem. Na realidade, as substâncias responsáveis por malformações na espécie humana revelaram-se teratogénicas nos animais no decurso de estudos bem conduzidos em duas espécies. Não existe actualmente dados suficientes para avaliar um eventual efeito de malformação da povidona iodada quando administrada no 1° trimestre da gravidez. A tiróide fetal começa a fixar iodo após 14 semanas de amenorreia. A sobredosagem de iodo devido à utilização prolongada deste produto pode provocar hipotiroidismo fetal, biológico ou clínico. Esta situação é reversível se a administração ocorrer no decurso do 2° trimestre mas no final da gravidez, pode conduzir a bócio.
Como consequência, recomenda-se como medida de precaução não utilizar o produto durante o 1° trimestre da gravidez. No caso de utilização prolongada a sua utilização está contra indicada a partir do 2° trimestre. A sua utilização só deve ser feita se considerado necessário.
Aleitamento: O iodo passa para o leite em concentrações superiores às do plasma materno. Devido ao risco de hipotiroidismo no recém-nascido, não deve ser utilizado durante o aleitamento, no caso de tratamento prolongado.

4.7 EFEITOS SOBRE A CAPACIDADE DE CONDUZIR E UTILIZAR
MÁQUINAS

Não relevante.

4.8 EFEITOS INDESEJÁVEIS

No caso de administração repetida e prolongada, pode produzir-se uma sobredosagem de iodo susceptível de provocar disfunção da tiróide, nomeadamente no prematuro e em situações de grandes queimaduras.
Excepcionalmente foram descritas reacções de hipersensibilidade: urticária, edema de Quincke, choque anafiláctico, reacção anafilactóide.
No caso de aplicação em grandes superfícies e em grandes queimaduras, foram observados efeitos sistémicos: alterações da função renal com acidose metabólica, hipernatrémia.
Podem produzir-se reacções cutâneas locais: dermatite cáustica e eczema de contacto.

4.9 SOBREDOSAGEM

A ingestão oral massiva, susceptível de provocar intoxicação deve ser tratada em meio hospitalar.

5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS DO BETADINE

5.1 PROPRIEDADES FARMACODINÂMICAS

Grupo farmacoterapêutico: 13.1.1 Medicamentos usados em afecções cutâneas. Anti-infecciosos de aplicação na pele. Anti-sépticos e desinfectantes
Código ATC: D08A G02
Antiséptico de largo espectro bactericida, fungicida, virucida
A Betadine possui a eficácia e o largo espectro de acção do iodo, mas ao contrário deste é hidrossolúvel. A Betadine exerce uma acção bactericida, virucida, fungicida. Os iodóforos são instáveis a pH alcalino.

5.2 PROPRIEDADES FARMACOCINÉTICAS

O iodo disponível da iodopovidona pode atravessar a barreira cutânea. A sua eliminação faz-se principalmente por via urinária. A polividona não dá lugar à passagem sistémica.

5.3 DADOS DE SEGURANÇA PRÉ-CLÍNICA

Não existem dados pré-clínicos relevantes para o prescritor com informações adicionais às já incluídas noutras secções do RCM.

6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS DO BETADINE

6.1 LISTA DE EXCIPIENTES

Lauramida dea, sulfato de polioxietileno alquilfenol de etilamónio, hidróxido de sódio, água purificada.

6.2 INCOMPATIBILIDADES

Não utilizar ao mesmo tempo que Betadine, sabões, soluções ou pomadas contendo sais mercuriais.
6.3 PRAZO DE VALIDADE
3 anos.

6.4 PRECAUÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO
Conservar à temperatura ambiente.

6.5 NATUREZA E CONTEÚDO DO RECIPIENTE
Frascos de polietileno/ tampas de polietileno Embalagens de 125ml e 500ml.

6.6 PRECAUÇÕES ESPECIAIS DE ELIMINAÇÃO E MANUSEAMENTO

Não existem requisitos especiais.

7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

MEDA Pharma – Produtos Farmacêuticos, S.A. Rua do Centro Cultural, 13 – 1749-066 Lisboa

8. NÚMERO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

N° de registo: 8436006 – 125ml,espuma cutânea, 40mg/ml, frasco de polietileno
N° de registo: 8436014 – 500ml, espuma cutânea, 40mg/ml, frasco de polietileno

9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO / RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Data da primeira autorização: 27 Novembro1975
Data de revisão: 15 Julho 1994
Data da última renovação: 15 Julho 2004

10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO
31-07-2006

Categorias
Sulbutiamina

CARACTERÍSTICAS DO ARCALION bula do medicamento

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
ARCALION

1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO ARCALION
Arcalion 200 mg comprimido revestido

2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA DO ARCALION
Sulbutiamina 200 mg por comprimido revestido
Excipientes: Sacarose, Lactose e Etanol
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.

3. FORMA FARMACÊUTICA DO ARCALION
Comprimido revestido.

4. INFORMAÇÕES CLINICAS DO ARCALION
4.1. Indicações terapêuticas

Tratamento dos estados de astenia de causa identificada.

4.2. Posologia e modo de administração
1 a 3 comprimidos revestidos em uma ou várias tomas diárias por via oral. Em média, no adulto, 2 comprimidos revestidos ao pequeno-almoço.

Idosos
Não é necessário efectuar qualquer ajustamento de posologia em idosos.
Insuficiência renal
Não é necessário efectuar qualquer ajustamento de posologia em doentes com insuficiência renal.
Insuficiência hepática
Não é necessário efectuar qualquer ajustamento de posologia em doentes com insuficiência hepática.
Crianças e adolescentes
A eficácia e a segurança da utilização em crianças e adolescentes não está estabelecida. Assim, não se recomenda a utilização do medicamento em crianças e adolescentes.

4.3. Contra-indicações
– Hipersensibilidade à sulbutiamina ou a qualquer um dos excipientes (ver secção 6.1),
– Crianças e adolescentes,
– Gravidez e aleitamento (ver secção 4.6).

4.4. Advertências e precauções especiais de utilização
Este medicamento contém lactose, como tal, doentes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose, deficiência de lactase ou malabsorção de glucose-galactose não devem tomar este medicamento.
Este medicamento contém Sacarose, como tal, doentes com problemas hereditários raros de intolerância à frutose ou insuficiência de sacarase-isomaltase não devem tomar este medicamento.

4.5. Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
Não relevante.

4.6. Gravidez e Aleitamento
Gravidez: Até hoje não foram reportados efeitos malformativos ou fetotóxicos. No entanto na ausência de estudos e por precaução não se aconselha a administração de sulbutiamina durante a gravidez.
Aleitamento: na ausência de estudos não se aconselha a administração de sulbutiamina durante o aleitamento.

4.7. Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas

Não relevante.

4.8. Efeitos indesejáveis
Doenças gastrointestinais:

Pouco frequentes(>1/1000;< 1/100): náuseas, vómitos Doenças do sistema nervoso:
Pouco frequentes(>1/1000;<1/100): agitação, cefaleias, tremores
Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos: Pouco frequentes(>1/1000;<1/100): rash

4.9. Sobredosagem
Em caso de absorção massiva de ARCALION, pode observar-se uma agitação com euforia e tremor das extremidades que pode ser reduzida pela administração de benzodiazepinas.

5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS DO ARCALION
5.1. Propriedades farmacodinâmicas

Grupo farmacoterapêutico:2.13.1 Medicamentos utilizados no tratamento sintomático das alterações das funções cognitivas, Código ATC: A11DA 02
A Sulbutiamina é uma molécula original, resultante de importantes modificações estruturais do núcleo tiaminico: formação duma ponte dissulfureto, introdução dum ester lipofilo, abertura do ciclo tiazole.
Estas diferentes modificações explicam:
•a sua liposolubilidade, favorecendo uma absorção digestiva rápida e permitindo a passagem da barreira hematomeníngea;
•o seu neurotropismo especifico para a substância reticulada, corno d’Ammon e o corpo pregueado, assim como para as células de Purkinje e os glomérulos da camada de grãos ao nível da crosta cerebelosa, demonstrada em histofluorescência, enquanto que a tiamina, nas mesmas condições, não produz nenhuma fluorescência;
No animal:
•a administração de ARCALION no animal, permite evidenciar uma melhoria da coordenação motora e da resistência à fadiga muscular, particularmente nas provas onde um déficite motor é induzido pelos neurolépticos;
•ao nível cortical, ARCALION, melhora a resistência do cortex cerebral sensibilizado por anoxias repetitivas. Por outro lado, o estado de vigilia dos animais é aumentado pelo ARCALION;
•observou-se durante os testes de aprendizagem no animal, um efeito benéfico sobre a realização motora e sobre a memorização.
No Homem:
ARCALION foi estudado nas astenias funcionais por meio de estudos controlados (placebo ou produtos de referência), utilizando testes psicométricos (Weschler), escalas de avaliação (Middlesex Hospital Questionnary, escala de observação clinica dos estados depressivos não psicóticos de Crocq, escala de auto-avaliação de Lipman), com avaliação estatistica dos resultados.
Estes ensaios são a favor duma actividade de ARCALION, no tratamento sintomático das astenias funcionais.

5.2. Propriedades farmacocinéticas
A sulbutiamina é rapidamente absorvida, tanto no animal como no Homem, e a concentração sanguínea é máxima entre 1 e 2 horas após a administração. A concentração sanguínea diminui, em seguida de modo exponencial. O produto distribui-se rapidamente no organismo, com uma fixação cerebral importante, observada no animal. É em seguida eliminado com uma semi-vida biológica de cerca de 5 horas, sendo a eliminação urinária máxima 2 a 3 horas após a administração.

5.3. Dados de Segurança Pré-cliníca
A sulbutiamina não revelou riscos especiais para a utilização clínica, com base em estudos de toxicidade aguda, sub-crónica e crónica e toxicidade na reprodução. A sulbutiamina não foi mutagénica no teste de Ames. Não foram realizados estudos de carcinogenicidade.

6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS DO ARCALION
6.1. Lista dos excipientes

Núcleo
Lactose, Amido de milho, Amido milho snow flake, Glucose, Talco, Estearato magnésio, Água purificada.

Revestimento
Etilcelulose (E462), Monoleato de glicerilo, Etanol, Povidona K 25, Carmelose, Aerosil 200, Goma arábica, Polissorbato 80, Dióxido titânio (E171), Laca amarelo alaranjada, Sacarose, Capol 600.

6.2. Incompatibilidades
Não aplicável.

6.3. Prazo de validade
5 anos.

6.4. Precauções particulares de conservação
O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.

6.5. Natureza e conteúdo do recipiente

Blister de alumínio/PVC embalados em caixa de cartão.
Embalagens contendo 20 e 60 comprimidos revestidos em placas termoformadas PVC/aluminio.

6.6. Precauções especiais de eliminação

Não existem requisitos especiais.

7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO SERVIER PORTUGAL
– Especialidades Farmacêuticas, Lda. Av. António Augusto de Aguiar, 128 1069 -133 LISBOA

8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Caixas de 20 comprimidos revestidos: 9524207 Caixas de 60 comprimidos revestidos: 9524215

9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização de introdução no mercado: 29-05-1981 Data da renovação da autorização de introdução no mercado: 01-09-2002

10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO
19-06-2006

Categorias
Ácido acetilsalicílico

CARACTERÍSTICAS DA ASPIRINA Mastigável bula do medicamento

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
ASPIRINA Mastigável

1. NOME DO MEDICAMENTO ASPIRINA Mastigável

ASPIRINA Mastigável 500 mg comprimidos para mastigar

2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA DA ASPIRINA Mastigável

1 comprimido para mastigar contém 500 mg de ácido acetilsalicílico como substância activa.

Excipientes:
Sódio – 14,97 a 16,26 mg (sob a forma de carbonato de sódio e carboximetilcelulose sódica) Manitol (E421) – 375 mg Amarelo sunset (E110) – 3,5 mg Aspartamo (E951) – 16,5 mg

Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.

3. FORMA FARMACÊUTICA DA ASPIRINA Mastigável
Comprimido para mastigar

4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS DO ASPIRINA Mastigável

4.1. Indicações Terapêuticas

Dores de intensidade ligeira a moderada como p.ex. dores de cabeça, dores de dentes, dores musculares, dores menstruais. Estados febris associados a resfriados ou gripe.

4.2. Posologia e modo de administração

Adultos: 500 – 1000 mg como dose individual (correspondendo a 1 – 2 comprimidos mastigáveis em cada administração). A posologia diária máxima não deve exceder 8 comprimidos mastigáveis, observando-se um intervalo de 4 – 8 horas entre as administrações.
Crianças a partir de 12 anos: 500 mg de ácido acetilsalicílico como dose individual, o que corresponde a 1 comprimido mastigável em cada administração. Se necessário pode repetir-se a administração até 3 vezes por dia, observando-se um intervalo de 4 – 8 horas entre as administrações.

Insuficiência hepática e renal:
Nestas situações o ácido acetilsalicílico deverá ser usado com precaução. Idosos e crianças:
Nestes grupos, o ácido acetilsalicílico deverá ser usado com precaução, devido a uma maior susceptibilidade aos efeitos tóxicos dos salicilados.

Modo de administração

Os comprimidos mastigáveis deverão ser mastigados e engolidos com ou sem água, se possível após a ingestão de alimentos.

4.3. Contra-indicações

Aspirina Mastigável não deve ser utilizada nas seguintes situações:
– Hipersensibilidade conhecida à substância activa, ácido acetilsalicílico, a outros salicilados ou a qualquer um dos excipientes do medicamento;
– Em presença de diátese hemorrágica (risco de hemorragia);
– História de hemorragia gastrointestinal ou perfuração, relacionada com terapêutica anterior com anti-inflamatórios não esteróides (AINE).
– Úlcera péptica/hemorragia activa ou história de úlcera péptica/hemorragia recorrente (dois ou mais episódios distintos de ulceração ou hemorragia comprovada).
– Antecedentes de asma induzida pela administração de salicilados ou substâncias de acção similar, em particular fármacos anti-inflamatórios não esteróides;
– Associação com doses de metotrexato iguais ou superiores a 15 mg/semana (ver secção 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção);
– Durante o terceiro trimestre de gravidez.

4.4. Advertências e precauções especiais de utilização
A Administração concomitante de Aspirina Mastigável com AINE, incluindo inibidores selectivos da cicloxigenase-2, deve ser evitada. Os efeitos indesejáveis podem ser minimizados utilizando a menor dose eficaz durante o menor período de tempo necessário para controlar a sintomatologia.

Idosos: os idosos apresentam uma maior frequência de reacções adversas, especialmente de hemorragias gastrointestinais e de perfurações que podem ser fatais (ver secção 4.2 Posologia e modo de administração).

Hemorragia, ulceração e perfuração gastrointestinal: têm sido notificados casos de hemorragia, ulceração e perfuração gastrointestinal potencialmente fatais, em várias fases do tratamento, associados ou não a sintomas de alerta ou história de eventos gastrointestinais graves.

O risco de hemorragia, ulceração ou perfuração é maior com doses mais elevadas, em doentes com história de úlcera péptica, especialmente se associada a hemorragia ou perfuração (ver secção 4.3 Contra-indicações) e em doentes idosos. Nestas situações os doentes devem ser instruídos no sentido de informar o seu médico assistente sobre a ocorrência de sintomas abdominais e de hemorragia digestiva, sobretudo nas fases iniciais do tratamento.

Nestes doentes o tratamento deve ser iniciado com a menor dose eficaz. A co-administração de agentes protectores (ex misoprostol ou inibidores da bomba de protões) deverá ser considerada, assim como em doentes que necessitem de tomar simultaneamente outros medicamentos susceptíveis de aumentar o risco de úlcera ou hemorragia, tais como corticosteróides, anticoagulantes (como a varfarina), inibidores selectivos da recaptação da serotonina ou antiagregantes plaquetários (ver secção 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção).

Em caso de hemorragia gastrointestinal ou ulceração em doentes a tomar Aspirina Mastigável o tratamento deve ser interrompido.

Os AINE devem ser administrados com precaução em doentes com história de doença inflamatória do intestino (colite ulcerosa, doença de Crohn), na medida em que estas situações podem ser exacerbadas (ver secção 4.8 Efeitos indesejáveis)

Nas seguintes situações, este medicamento só deverá ser utilizado por receita médica:

– Em caso de tratamento concomitante com anticoagulantes;
– Em presença de insuficiência hepática e renal;
– Hipersensibilidade a anti-inflamatórios/anti-reumatismais ou a outras substâncias alergéneas.

Devido à eventualidade de ocorrência de síndrome de Reye – uma doença rara mas que põe a vida em risco e que tem sido observada em crianças com sinais de patologias virais (em particular varicela e síndrome do tipo gripal) – os medicamentos com ácido acetilsalicílico apenas devem ser utilizados em crianças e adolescentes com sintomas febris por recomendação médica, quando outras medidas falharem. Se na continuação do tratamento ocorrerem sintomas como vómitos persistentes, diminuição da consciência ou comportamento anormal, a administração de ácido acetilsalicílico deverá ser suspensa de imediato.

O ácido acetilsalicílico pode desencadear broncospasmo e induzir crises de asma ou outras reacções de hipersensibilidade. Como factores de risco, podem referir-se a existência de asma brônquica, febre dos fenos, pólipos nasais ou doença respiratória crónica. Isto aplica-se também a doentes que desenvolvem reacções alérgicas (p.ex. reacções cutâneas, prurido e urticária) a outras substâncias.

Devido ao seu efeito inibidor sobre a agregação plaquetária, o ácido acetilsalicílico pode provocar um aumento da tendência para hemorragias, durante e após intervenções cirúrgicas (incluindo pequena cirurgia, como por exemplo extracções dentárias).

Em doses baixas, o ácido acetilsalicílico reduz a excreção de ácido úrico. Por conseguinte, poderá desencadear gota em doentes que já manifestem tendência para uma excreção baixa de ácido úrico.

Este medicamento contém 16,01 mg de sódio por comprimido mastigável. Esta quantidade deve ser levada em consideração nos doentes submetidos a uma ingestão controlada de sódio.

Este medicamento apresenta na sua composição uma fonte de fenilalanina, aspartamo (E951), que pode ser prejudicial para as pessoas com fenilcetonúria.

Este medicamento contém um corante amarelo sunset (E110) que pode originar reacções alérgicas.

Os fármacos contendo ácido acetilsalicílico não devem ser utilizados durante períodos prolongados ou em posologias elevadas, sem vigilância médica.
Nos alcoólicos crónicos (3 ou mais bebidas por dia) apresentam um aumento do risco de hemorragia do estômago devido ao ácido acetilsalicílico.

Durante o tratamento a longo prazo com elevadas doses de analgésico, podem ocorrer dores de cabeça que não devem ser tratadas com doses mais elevadas.

O uso habitual de analgésicos pode provocar lesões graves e irreversíveis nos rins. Este risco será especialmente acentuado se o doente tomar simultaneamente diferentes analgésicos. A Aspirina Mastigável não deve ser associada com outros medicamentos que também contenham ácido acetilsalicílico.

O doente deverá ser instruído para em caso de agravamento ou persistência dos sintomas consultar o médico.

4.5. Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Interacções contra-indicadas:
– Metotrexato em doses iguais ou superiores a 15 mg/semana:
Aumento da toxicidade hematológica do metotrexato (diminuição da depuração renal do metotrexato por medicamentos anti-inflamatórios em geral e deslocação do metotrexato da sua ligação às proteínas plasmáticas pelos salicilados) (ver secção 4.3 Contra-indicações).

Associações que requerem precaução:
– Metotrexato em doses inferiores a 15 mg/semana:
Aumento da toxicidade hematológica do metotrexato (diminuição da depuração renal de metotrexato por medicamentos anti-inflamatórios em geral e deslocação do metotrexato da sua ligação às proteínas plasmáticas pelos salicilados).

– Anticoagulantes, ex. cumarina, heparina, varfarina:
Aumento do risco de hemorragias através da inibição da função plaquetária, lesão da mucosa gastroduodenal e deslocação dos anticoagulantes orais dos seus locais de ligação às proteínas plasmáticas (ver secção 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização).
– Outros fármacos anti-inflamatórios não esteróides com salicilados: Aumento do risco de úlceras e hemorragias gastrointestinais devido a um efeito sinérgico.
– Uricosúricos tais como a benzobromarona e o probenecide:
Diminuição do efeito uricosúrico (competição da eliminação tubular renal do ácido úrico).
– Digoxina: a concentração plasmática da digoxina é aumentada devido a uma diminuição da excreção renal.
– Antidiabéticos, ex. insulina, sulfonilureias:
Com a administração de doses elevadas de ácido acetilsalicílico, verifica-se um aumento do efeito hipoglicémico devido à acção hipoglicémica do ácido acetilsalicílico e à deslocação da sulfonilureia da sua ligação às proteínas plasmáticas.

– Trombolíticos / outros medicamentos antiagregantes plaquetários, ex. ticlopidina:
Aumento do risco de hemorragias.
– Inibidores selectivos da recaptação da serotonina: aumento do risco de hemorragia gastrointestinal (ver secção 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização).
– Diuréticos, Inibidores da Enzima de Conversão da Angiotensina (IECA) e Antagonistas da Angiotensina II (AAII): A administração de ácido acetilsalicílico (> 3 g/dia) pode diminuir a eficácia dos diuréticos assim como de outros medicamentos anti-hipertensores. Nalguns doentes com função renal diminuída (ex.: doentes desidratados ou idosos com comprometimento da função renal) a co-administração de um IECA ou AAII e agentes inibidores da cicloxigenase pode ter como consequência a progressão da deterioração da função renal, incluindo a possibilidade de insuficiência renal aguda, que é normalmente reversível. A ocorrência destas interacções deverá ser tida em consideração em doentes a tomar ácido acetilsalicílico em associação com IECA ou AAII. Consequentemente, esta associação medicamentosa deverá ser administrada com precaução, sobretudo em doentes idosos. Os doentes devem ser adequadamente hidratados e deverá ser analisada a necessidade de monitorizar a função renal após o início da terapêutica concomitante, e periodicamente desde então.
– Glucocorticóides sistémicos, com excepção da hidrocortisona usada no tratamento de substituição na doença de Addison:
Diminuição dos níveis sanguíneos dos salicilados durante o tratamento com corticosteróides e risco de sobredosagem com salicilados, após a suspensão deste tratamento devido ao aumento da eliminação dos salicilados pelos corticosteróides.
– Corticosteróides: aumento do risco de ulceração ou hemorragia gastrointestinal (ver secção 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização).
– Ácido valpróico:
Aumento da toxicidade do ácido valpróico devido à sua deslocação dos locais de ligação às proteínas.

– Álcool: aumento das lesões da mucosa gastrointestinal e prolongamento do tempo de hemorragia devido aos efeitos aditivos do álcool e do ácido acetilsalicílico.

4.6. Gravidez e aleitamento Gravidez:
Durante a gravidez, os salicilados apenas deverão ser utilizados por receita médica.

Administração de doses baixas (até 100 mg/dia):
Os dados dos ensaios clínicos sugerem que a administração de doses até 100 mg/dia em indicações obstétricas restritas (por exemplo no caso de abortamentos de repetição de etiologia supostamente imunológica e do hidrâmnios), que requerem monitorização especializada, é aparentemente segura.

Administração de doses entre 100 e 500 mg/dia:
A experiência clínica relativa ao uso de doses entre 100 mg/dia e 500 mg/dia é insuficiente.
Consequentemente, as recomendações que em seguida se enunciam relativas à administração de doses superiores a 500 mg/dia, aplicar-se-ão também a este intervalo posológico.

Administração de doses de 500 mg/dia ou superiores: A inibição da síntese das prostaglandinas pode afectar negativamente a gravidez e/ou o desenvolvimento embrio-fetal. Os dados dos estudos epidemiológicos sugerem um aumento do risco de aborto espontâneo, de malformações cardíacas e de gastroschisis na sequência da utilização de um inibidor da síntese de prostaglandinas no inicio da gravidez. O risco absoluto de malformações cardiovasculares aumentou de valores inferiores a 1% para aproximadamente 1,5%. Presume-se que o risco aumenta com a dose e duração do tratamento.

Vários estudos epidemiológicos associaram o uso de salicilados, nos primeiros 3 meses de gravidez, a uma elevação de malformações (fenda palatina, malformações cardíacas). Com as doses terapêuticas usuais este risco parece ser reduzido, uma vez que um estudo prospectivo envolvendo cerca de 32.000 pares mãe-filho não evidenciou qualquer associação com um aumento da taxa de malformações.

Nos animais, demonstrou-se que a administração de inibidores de síntese de prostaglandinas tem como consequência o aumento de abortamentos peri e post-implantatórios e da mortalidade embrio-fetal. Adicionalmente, registou-se maior incidência de várias malformações, incluindo malformações cardiovasculares em animais expostos a inibidores da síntese das prostaglandinas durante o período organogenético.

Durante o 1° e 2° trimestres de gravidez, o ácido acetilsalicílico não deverá ser administrado a não ser que seja estritamente necessário. Se o ácido acetilsalicílico for usado por mulheres que estejam a tentar engravidar, ou durante o 1° e 2° trimestres de gravidez, a dose administrada deverá ser a menor e durante o mais curto espaço de tempo possível.

Durante o 3° trimestre de gravidez, todos os inibidores da síntese das prostaglandinas podem expor o feto a:
– Toxicidade cardiopulmonar (com fecho prematuro do ductus arteriosus (canal de Botal) e hipertensão pulmonar).
– Disfunção renal, que pode progredir para insuficiência renal com oligohidrâmnios.

Na fase final da gravidez a mãe e o recém-nascido podem estar expostos a:
– Possível prolongamento do tempo de hemorragia, um efeito antiagregante que pode verificar-se mesmo com doses muito baixas.
– Inibição das contracções uterinas com consequente atraso ou prolongamento do trabalho de parto.

A administração de ácido acetilsalicílico em posologias elevadas (> 300 mg/dia) pouco antes do nascimento pode provocar hemorragias intracranianas, particularmente em prematuros.

Assim, a administração de doses iguais ou superiores a 100 mg/dia de ácido acetilsalicílico está contra-indicada durante o terceiro trimestre de gravidez.

Aleitamento:
Durante o aleitamento, os salicilados apenas poderão ser utilizados por receita médica.
Os salicilados e os seus metabolitos são excretados para o leite materno em pequenas quantidades. Não tendo sido observados até agora efeitos adversos na criança decorrentes do uso ocasional, nestes casos, considera-se
desnecessária a interrupção do aleitamento. Num tratamento prolongado ou com a utilização de doses elevadas recomenda-se suspender o aleitamento.

4.7. Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas

Não foram observados efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas.
Em caso de sobredosagem podem ocorrer zumbidos, vertigens ou confusão mental, caso estes ocorram o doente não deve conduzir ou utilizar máquinas.

4.8. Efeitos indesejáveis Efeitos gastrointestinais:
Os eventos adversos mais frequentemente observados são de natureza gastrointestinal. Podem ocorrer, em particular nos idosos, úlceras pépticas, perfuração ou hemorragia gastrointestinal potencialmente fatais (ver secção 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização). Náuseas, dispepsia, vómitos, hematemeses, flatulência, dor abdominal, diarreia, obstipação, melenas, estomatite aftosa, exacerbação de colite ou doença de Crohn (ver secção 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização) têm sido notificados na sequência da administração destes medicamentos. Menos frequentemente têm vindo a ser observados casos de gastrite. Foram descritos casos isolados de alterações da função hepática (aumento das transaminases).

Reacções de hipersensibilidade:
Ex: Urticária, reacções cutâneas, reacções anafilácticas, asma e edema de Quincke.

Efeitos sobre o sistema nervoso central:
Tonturas e zumbidos, são sintomas usualmente indicativos de sobredosagem, especialmente em crianças e indivíduos idosos.

Efeitos hematológicos:
Devido ao efeito sobre a agregação plaquetária, o ácido acetilsalicílico pode estar associado a um risco aumentado de hemorragias (hemorragia intracerebral, hemorragia intraocular, porfíria, hemólise associada a deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase).

4.9. Sobredosagem
Em caso de sobredosagem acidental dever-se-á contactar o médico, o hospital ou o Centro de Informação Anti-Venenos (Tel. 808 250 143). Mesmo que não sejam notados sinais ou sintomas, é imprescindível recorrer imediatamente a cuidados médicos tanto no caso de adultos como de crianças.

Deve considerar-se a possibilidade de intoxicação em indivíduos idosos e principalmente em crianças de tenra idade (sobredosagem terapêutica ou envenenamento acidental frequente) nos quais pode ser fatal.

Sintomatologia

Intoxicação moderada:
Em casos de sobredosagem observam-se zumbidos, sensação de diminuição da audição, cefaleias, vertigens e confusão mental, que podem ser controlados diminuindo a posologia.

Intoxicação grave:
Febre, hiperventilação, cetose, alcalose respiratória, acidose metabólica, coma, choque cardiovascular, insuficiência respiratória e hipoglicémia grave.

Tratamento de emergência:
Transferência imediata para uma unidade hospitalar especializada. Lavagem gástrica, administração de carvão activado, monitorização do equilíbrio ácido -base, diurese alcalina por forma a obter uma urina com um pH entre 7,5 e 8; a diurese alcalina forçada deve considerar-se quando a concentração plasmática de salicilados é superior a 500 mg/litro (3,6 mmol/litro) em adultos ou 300 mg/litro (2,2 mmol/litro) em crianças. Possibilidade de hemodiálise na intoxicação grave. As perdas de fluidos devem ser compensadas. Tratamento sintomático.

5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS DO ASPIRINA Mastigável
5.1. Propriedades farmacodinâmicas

Grupo farmacoterapêutico: 2.10 – Sistema nervoso central. Analgésicos e antipiréticos

Código ATC: N02B A01

Na sua qualidade de salicilato, o ácido acetilsalicílico pertence ao grupo dos analgésicos/anti-inflamatórios não esteróides. Sendo um éster do ácido salicílico, o ácido acetilsalicílico é uma substância dotada de propriedades analgésicas, antipiréticas e anti-inflamatórias. O seu mecanismo de acção
baseia-se na inibição irreversível das enzimas da cicloxigenase, envolvidas na síntese das prostaglandinas.

O ácido acetilsalicílico em doses orais de 0,3 g a 1,0 g é usado no alívio de dores ligeiras a moderadas e em situações de febris menores, tais como gripes e constipações, para diminuição da temperatura e alívio das dores musculares e articulares.

É também usado em perturbações inflamatórias agudas e crónicas, tais como artrite reumatóide, osteoartrite e espondilite anquilosante. As doses diárias geralmente utilizadas nestas situações são de 4 g a 8 g em doses divididas.

O ácido acetilsalicílico também inibe a agregação plaquetária, bloqueando a síntese do tromboxano A2, nas plaquetas. Por conseguinte, é usado em várias indicações cardiovasculares geralmente em doses de 75 mg a 300 mg, por dia.

5.2. Propriedades farmacocinéticas

Após administração oral, o ácido acetilsalicílico é rápido e completamente absorvido a partir do tracto gastrointestinal. Durante e após a absorção, o ácido acetilsalicílico é convertido no seu principal metabolito activo – o ácido salicílico. Os níveis plasmáticos máximos são atingidos após 10 – 20 minutos para o ácido acetilsalicílico e após 0,3-2 horas para o ácido salicílico, respectivamente.

Tanto o ácido acetilsalicílico como o ácido salicílico apresentam uma elevada taxa de ligação às proteínas plasmáticas, distribuindo-se rapidamente por todas as partes do corpo. O ácido salicílico é detectado no leite materno e atravessa a placenta.

O ácido salicílico é eliminado essencialmente por metabolização hepática; os metabolitos incluem o ácido salicilúrico, glucoronido salicil fenólico, salicilacil glucoronido, ácido gentísico e ácido gentisúrico.

A cinética de eliminação do ácido salicílico é dependente da dose, uma vez que o metabolismo é limitado pela capacidade das enzimas hepáticas. Assim, a semi-vida de eliminação varia entre 2 – 3 horas após doses baixas, até cerca de 15 horas com doses elevadas. O ácido salicílico e os seus metabolitos são excretados predominantemente por via renal.

5.3. Dados de Segurança pré-clínica
O perfil pré-clínico de segurança do ácido acetilsalicílico está bem documentado. Em estudos realizados em animais verificou-se que os salicilados causaram lesões nos rins mas não originaram outras lesões orgânicas.

O ácido acetilsalicílico foi devidamente testado no que respeita à mutagenicidade e carcinogenicidade, não se tendo observado evidências relevantes de potencial mutagénico ou carginogénico.

6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS DO ASPIRINA Mastigável

6.1. Lista dos excipientes

Estearato de cálcio Amido de milho
Manitol (E421)
Amarelo sunset (E 110; contém óxido de alumínio hidratado)
Aspartamo (E951)
Ácido ascórbico
Ácido cítrico
Carbonato de magnésio
Amido pré-gelificado
Aroma de sumo de tangerina
Aroma de laranja
Carbonato de sódio
Carboximetilcelulose sódica
Aroma “Special dry”

6.2. Incompatibilidades Não aplicável.

6.3. Prazo de validade 3 anos

6.4. Precauções especiais de conservação Não conservar acima de 30°C.
6.5. Natureza e conteúdo do recipiente

Fita termossoldada: folha composta de papel/PE/alumínio/Surlyn (0210) Embalagem de 10 comprimidos mastigáveis.

6.6. Precauções especiais de eliminação e manuseamento

Os comprimidos deverão ser mastigados e engolidos com ou sem água, se possível após ingestão de alimentos.

Não utilizar o medicamento após expirar o prazo de validade inscrito na embalagem e na fita contentora.

Manter fora do alcance e da vista das crianças

7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

BAYER PORTUGAL S.A. R. Quinta do Pinheiro, 5 2794-003 Carnaxide

8. NÚMERO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

N° de Registo: 2001980 – 10 comprimidos mastigáveis, 500 mg, fita termossoldada de papel/PE/alumínio/Surlyn

MEDICAMENTO NÃO SUJEITO A RECEITA MÉDICA

9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO
DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Data da primeira autorização: 09/08/1991 Data da última renovação da AIM: 27/01/2006

10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO
23-06-2008

Categorias
Ciproterona

CARACTERÍSTICAS DO ANDROCUR bula do medicamento

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
ANDROCUR

1. Denominação do medicamento Androcur
Androcur, 10 mg, comprimidos

2. Composição qualitativa e quantitativa do Androcur
1 comprimido de Androcur contém 10 mg de acetato de ciproterona.
Excipiente:
Lactose 63,4 mg
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.

3. Forma farmacêutica do Androcur
Comprimidos

4. Informações clínicas do Androcur
4.1 Indicações terapêuticas

Sintomas moderadamente graves e graves de androgenização na mulher, tais como:
– hirsutismo moderadamente grave
– alopécia androgenética moderadamente grave ou grave
– formas graves e moderadamente graves de acne e seborreia

Se o quadro clínico não responder a outras terapêuticas nem se consiga um resultado satisfatório administrando, unicamente, uma associação de 2 mg de acetato de ciproterona com 0,035 mg de etinilestradiol.

Posologia e modo de administração

Androcur está absolutamente contra-indicado em grávidas. Antes do início do tratamento deve excluir-se a existência de uma gravidez.

Os comprimidos de Androcur 10 mg devem ser tomados conjuntamente com uma associação de 2 mg de acetato de ciproterona e 0,035 mg de etinilestradiol, a fim de se alcançar a necessária contracepção e de se evitarem hemorragias irregulares.

Deve iniciar-se a toma dos dois medicamentos no 1° dia do ciclo (= 1° dia da hemorragia).
Geralmente, a toma de Androcur 10 mg deve ser feita à razão de 1 comprimido por dia e desde o 1° ao 15° dia (=15 dias) conjuntamente com a associação de 2 mg de acetato de ciproterona com 0,035 mg de etinilestradiol do 1° ao 21° dia (= 21 dias).

Depois de finalizada a toma dos 21 comprimidos revestidos da embalagem da associação de 2 mg de acetato de ciproterona com 0,035 mg de etinilestradiol intercala-se uma pausa de 7 dias, durante a qual se produz uma hemorragia.

Após a pausa de 7 dias retoma-se o tratamento combinado de Androcur com a associação de 2 mg de acetato de ciproterona e 0,035 mg de etinilestradiol, independentemente da hemorragia ter cessado ou ainda persistir.

A duração do tratamento depende da gravidade dos sintomas patológicos de androgenização e da sua resposta ao tratamento. O tratamento deve ser feito durante vários meses. A acne e a seborreia respondem com maior rapidez que o hirsutismo ou a alopécia.

Uma vez obtida a melhoria clínica, deve tentar manter-se o efeito terapêutico, exclusivamente, com a associação de 2 mg de acetato ciproterona com 0,035 mg de etinilestradiol.

Ausência de hemorragia

Se, excepcionalmente, a hemorragia não surgir durante a semana de pausa, deve interromper-se o tratamento e excluir uma gravidez antes de se reiniciar a toma da medicação.

Falha na toma

Se a doente esquecer a toma, à hora habitual, dos comprimidos revestidos da associação de 2 mg de acetato de ciproterona com 0,035 mg de etinilestradiol, deve tomar o comprimido revestido, o mais tardar, nas 12 horas seguintes. Se o esquecimento ultrapassar as 12 horas da toma habitual, a segurança contraceptiva, durante o ciclo em questão, pode estar comprometida. Deverá ser tomado em consideração o folheto informativo dos comprimidos revestidos da associação de 2 mg de acetato de ciproterona com 0,035 mg de etinilestradiol (especialmente as indicações especiais sobre como actuar no caso de falha de toma e segurança contraceptiva). Se, após este ciclo de tratamento, não aparecer uma hemorragia deve excluir-se uma gravidez antes de se reiniciar a toma da medicação.

A falha da toma de comprimidos de Androcur pode diminuir a eficácia terapêutica e originar hemorragias intermenstruais. O comprimido de Androcur esquecido deve ser desconsiderado (não devem ser ingeridas duas doses para compensar a falha) e deve ser retomada a medicação à hora habitual, conjuntamente com o comprimido revestido.

4.3 Contra-indicações

Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer um dos excipientes.
Gravidez.
Aleitamento.
Doenças hepáticas.
Síndromes de Dubin-Johnson e de Rotor.
Icterícia ou prurido persistente durante uma gravidez anterior.
Antecedentes de herpes durante a gravidez.
Tumores hepáticos, actuais ou anteriores.
Doenças consumptivas.
Depressão crónica grave.
Processos tromboembólicos existentes ou anteriores. Diabetes grave com alterações vasculares. Anemia de células falciformes.
Devem também observar-se as contra-indicações mencionadas no folheto informativo da associação estroprogestagénica (2 mg de acetato de ciproterona e 0,035 mg de etinilestradiol) que se administra em simultâneo com Androcur.

4.4 Advertências e precauções especiais de utilização

Antes de iniciar o tratamento, deve efectuar-se um rigoroso exame geral e ginecológico (incluindo o da mama e o teste de Papanicolau) e excluir-se uma gravidez.

Durante o tratamento, a função hepática deve ser controlada periodicamente.

Foram observados após a utilização de esteróides sexuais aos quais a substância activa contida em Androcur também pertence, casos raros de tumores benignos hepáticos e casos ainda mais raros de tumores malignos hepáticos que levaram em casos isolados à ocorrência de hemorragias intra-abdominais com risco de vida. Se surgirem dores abdominais superiores intensas, hepatomegália ou indícios de uma hemorragia intra-abdominal há que incluir no diagnóstico diferencial um tumor hepático.

É necessária uma rigorosa vigilância médica no caso da doente sofrer de diabetes.

Se durante o tratamento combinado ocorrer spotting durante as 3 semanas de toma dos comprimidos, o tratamento não deve ser interrompido. No entanto, se ocorrer uma hemorragia persistente ou recorrente, em intervalos regulares, deve efectuar-se um exame ginecológico no sentido de excluir uma doença orgânica.

Em relação à toma adicional da associação estroprogestagénica (2 mg de acetato de ciproterona e 0,035 mg de etinilestradiol), devem também observar-se as instruções contidas no respectivo folheto informativo.
Androcur contém lactose. Doentes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose, deficiência de lactase ou malabsorção de glucose-galactose não devem tomar este medicamento.

4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
A necessidade de antidiabéticos orais ou de insulina pode ser alterada.

4.6 Gravidez e aleitamento
A administração de Androcur durante a gravidez e aleitamento está contra-indicada.
Num estudo com 6 mulheres que tomaram uma dose única oral de 50 mg de acetato de ciproterona, 0.2% da dose foi excretada no leite materno.

4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não aplicável.

4.8 Efeitos indesejáveis
Os efeitos secundários mais graves associados à utilização de Androcur são listados na secção “Advertências e precauções especiais de utilização”. Os outros efeitos secundários reportados em doentes utilizadores de acetato de ciproterona (dados pós-comercialização).

Estão listados os termos MedDRA (versão 8.0) mais adequados para descrever uma determinada reacção adversa. Não estão descritos sinónimos ou condições relacionadas, mas devem ser igualmente considerados.

A ovulação encontra-se inibida pelo tratamento combinado, existindo, por isso, uma situação de infertilidade.

Em relação à toma adicional da associação estroprogestagénica (2 mg de acetato de ciproterona e 0,035 mg de etinilestradiol) devem também observar-se os efeitos secundários contidos no respectivo folheto informativo.

4.9 Sobredosagem

Ensaios de toxicidade aguda, após administração única, mostraram que o acetato de ciproterona, a substância activa do Androcur, pode ser classificado como praticamente não tóxico. Não é de esperar qualquer risco de intoxicação aguda, após uma única e inadvertida toma múltipla da dose terapêutica.

5. Propriedades farmacológicas

Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: 16.2.2.2 -Medicamentos antineoplásicos e imunomoduladores. Hormonas e anti-hormonas. Anti-hormonas. Antiandrogénios Código ATC: G03H A 01

Androcur é um medicamento hormonal antiandrogénico.

As patologias androgenodependentes como o crescimento de cabelo patológico no hirsutismo, a alopécia androgenética e o aumento da função da glândula sebácea na acne e seborreia são favoravelmente influenciadas pela deslocação competitiva dos androgénios nos orgãos alvo. A redução da concentração de androgénios, que resulta da propriedade antigonadotrófica do acetato de ciproterona, tem um efeito terapêutico adicional.

Estas alterações são reversíveis após a interrupção da terapêutica.

Durante o tratamento combinado com a associação estroprogestagénica de 2 mg de acetato de ciproterona e 0,035 mg de etinilestradiol, a função ovárica encontra-se inibida.

5.2 Propriedades farmacocinéticas

Após a administração oral, o acetato de ciproterona é completamente absorvido numa ampla escala de dosagens. A ingestão de 10 mg de acetato de ciproterona origina um nível plasmático máximo de aproximadamente 75 ng/ml após cerca de 1,5 horas. Seguidamente, os níveis plasmáticos descem, em duas fases, com semi-vidas de 0,8 horas e 2,3 dias, respectivamente. A depuração total do acetato de ciproterona no plasma foi de 3,6 ml/min/Kg. O acetato de ciproterona é metabolizado através de várias vias que envolvem reacções como hidroxilações e conjugações. O metabolito principal no plasma humano é o 15|3-hidroxi derivado.

Algumas fracções da dose são excretadas inalteradas com a bílis. A maior parte da dose é eliminada sob a forma de metabolitos, por via urinária e biliar numa relação de 3:7. A excreção renal e biliar é realizada com uma semi-vida de 1,9 dias. Os metabolitos plasmáticos foram eliminados a uma taxa similar (semi-vida de 1,7 dias).

O acetato de ciproterona encontra-se quase exclusivamente ligado à albumina plasmática. Cerca de 3,5%-4% dos níveis totais do fármaco estão livres. Devido ao facto da ligação às proteínas ser inespecífica, as alterações dos níveis da SHBG (sex hormone binding globulin) não afectam a farmacocinética do acetato de ciproterona.

A longa semi-vida da fase terminal de eliminação do fármaco do plasma (soro) e o regime de toma diária, podem condicionar uma acumulação do acetato de ciproterona no soro, cerca de 2 a 2,5 vezes durante um ciclo de tratamento.
A biodisponibilidade absoluta do acetato de ciproterona é quase completa (88% da dose).

5.3 Dados de segurança pré-clínica

Os ensaios efectuados em animais de laboratório para avaliação da toxicidade associada à administração oral repetida revelaram efeitos predominantemente relacionados com as acções antiandrogénicas e progestagénicas do fármaco. Para além disso, o acetato de ciproterona provocou indução de enzimas hepáticas e hipertrofia hepática em ratinhos e ratos.

Não foram realizadas investigações experimentais sobre um possível efeito sensibilizante do acetato de ciproterona.

Os estudos de toxicidade reprodutiva não revelaram efeito teratogénico geral quando a exposição ao fármaco ocorreu durante a organogénese fetal, antes do desenvolvimento dos orgãos genitais externos. No entanto, a administração de doses elevadas de acetato de ciproterona durante a fase hormonodependente de diferenciação dos orgãos genitais provocou feminização em fetos masculinos.

Os testes de genotoxicidade de primeira linha, internacionalmente reconhecidos, forneceram resultados negativos quando realizados com o acetato de ciproterona. Contudo, outros testes, revelaram que o acetato de ciproterona induzia a formação de aductos com o ADN (e um aumento da actividade reparadora do ADN) nas células hepáticas de ratos e macacos e em hepatócitos humanos isolados a fresco, enquanto que não foram detectados aductos ADN nas células hepáticas de cães. O acetato de ciproterona apresentou actividade mutagénica sobre bactérias geneticamente modificadas com expressão de sulfotransferase hidroxiesteróide humana ou de rato e in vivo, em ratos transgénicos com um gene bacteriano como alvo de mutação. A relevância destes achados para a utilização clínica não está esclarecida.

A formação de aductos de ADN ocorreu com exposições semelhantes às que ocorreriam nos regimes posológicos recomendados para o acetato de ciproterona

Os estudos de carcinogenicidade realizados em ratinhos e ratos revelaram aumento na incidência de tumores da hipófise, fígado e/ou glândula mamária. Nos roedores, as especificidades dos mecanismos de feedback próprios de cada espécie demonstraram estar envolvidos na indução de tumores da hipófise e mamários.

A experiência clínica e ensaios epidemiológicos até à data não indiciam um aumento da incidência de tumores hepáticos no homem. Porém, é conhecido que os esteróides sexuais podem promover o crescimento de certos tecidos hormonodependentes e de tumores.

6. Informações farmacêuticas do Androcur
6.1 Lista dos excipientes

Lactose monohidratada Amido de milho Povidona 25 Sílica coloidal anidra Estearato de magnésio

6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.

6.3 Prazo de validade
5 anos.

6.4 Precauções especiais de conservação
Conservar a temperatura inferior a 25°C.

6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Blisters em tiras de película de cloreto de polivinilo com fecho por folha de alumínio com revestimento selável a quente.

6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Armazenar em local apropriado e fora do alcance e da vista das crianças.

7. Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Bayer Portugal, S.A. Rua Quinta do Pinheiro, 5
2794-003 Carnaxide

8. Número(s) da Autorização de Introdução no Mercado
N.° de registo: 5000203 – embalagem de 15 comprimidos a 10 mg, blister de PVC/Alu

9.Data da primeira Autorização/Renovação da Autorização da Introdução no Mercado Data da primeira A.I.M.: 17 de Setembro de 1982
Data de revisão da AIM: 21/09/1998
Renovação da A.I.M.: 13 de Abril de 2003

10. Data da revisão do texto
23-02-2007

Categorias
Ácido acetilsalicílico Ácido ascórbico

CARACTERÍSTICAS DA ASPIRINA C bula do medicamento

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
ASPIRINA C

1. NOME DO MEDICAMENTO ASPIRINA C

ASPIRINA C 400 mg + 240 mg comprimidos efervescentes

2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA DA ASPIRINA C

Cada comprimido efervescente contém 400 mg de ácido acetilsalicílico e 240 mg de ácido ascórbico.

Excipientes:
Sódio (sob a forma de citrato monossódico, bicarbonato de sódio e carbonato de sódio), 466,7 mg.

Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.

3. FORMA FARMACÊUTICA DA ASPIRINA C
Comprimido efervescente.
Branco, marcado numa das faces com “Bayer” na vertical e na horizontal (em cruz)

4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS DA ASPIRINA C

4.1 Indicações Terapêuticas

Dores de intensidade ligeira a moderada como por ex. dores de cabeça, dores de dentes, dores musculares, dores menstruais. Estados febris associados a resfriados ou gripe.

4.2 Posologia e modo de administração

Adultos: 1 – 2 comprimidos efervescentes em cada administração.
A posologia diária máxima não deve exceder 8 comprimidos efervescentes,
observando-se um intervalo de 4 – 8 horas entre as administrações.

Crianças a partir de 12 anos: 400 mg de ácido acetilsalicílico como dose individual, o que corresponde a 1 comprimido efervescente em cada administração. Se necessário pode repetir-se a administração até 3 vezes por dia, observando-se um intervalo de 4 – 8 horas entre as administrações.

Insuficiência hepática e renal:
Nestas situações o ácido acetilsalicílico deverá ser usado com precaução. Idosos e crianças:
Nestes grupos, o ácido acetilsalicílico deverá ser usado com precaução, devido a uma maior susceptibilidade aos efeitos tóxicos dos salicilatos.

Modo de administração

Os comprimidos efervescentes devem ser dissolvidos em água, e tomados, se possível, após a ingestão de alimentos.

4.3 Contra-indicações

Aspirina C não deve ser utilizada nas seguintes situações:
– Hipersensibilidade às substâncias activas (ácido acetilsalicílico e ácido ascórbico), a outros salicilatos ou a qualquer dos excipientes do medicamento;
– Em presença de diátese hemorrágica (risco de hemorragia);
– História de hemorragia gastrointestinal ou perfuração, relacionada com terapêutica anterior com anti-inflamatórios não esteróides (AINE);
– Úlcera péptica/hemorragia activa ou história de úlcera péptica/hemorragia recorrente (dois ou mais episódios distintos de ulceração ou hemorragia comprovada);
– Antecedentes de asma induzida pela administração de salicilatos ou substâncias de acção similar, em particular fármacos anti-inflamatórios não esteróides;
– Associação com doses de metotrexato iguais ou superiores a 15 mg/semana (ver secção 4.5 “Interacções medicamentosas e outras formas de interacção);
– Durante o terceiro trimestre de gravidez.

4.4 Advertências e precauções especiais de utilização

A administração concomitante de Aspirina C com AINE, incluindo inibidores selectivos da cicloxigenase-2, deve ser evitada.
Os efeitos indesejáveis podem ser minimizados utilizando a menor dose eficaz durante o menor período de tempo necessário para controlar a sintomatologia.
Idosos: os idosos apresentam uma maior frequência de reacções adversas, especialmente de hemorragias gastrointestinais e de perfurações que podem ser fatais (ver secção 4.2).

Hemorragia, ulceração e perfuração gastrointestinal: têm sido notificados casos de hemorragia, ulceração e perfuração gastrointestinal potencialmente fatais, em várias fases do tratamento, associados ou não a sintomas de alerta ou história de eventos gastrointestinais graves.

O risco de hemorragia, ulceração ou perfuração é maior com doses mais elevadas, em doentes com história de úlcera péptica, especialmente se associada a hemorragia ou perfuração (ver secção 4.3) e em doentes idosos. Nestas situações os doentes devem ser instruídos no sentido de informar o seu médico assistente sobre a ocorrência de sintomas abdominais e de hemorragia digestiva, sobretudo nas fases iniciais do tratamento.

Nestes doentes o tratamento deve ser iniciado com a menor dose eficaz. A co-administração de agentes protectores (ex. misoprostol ou inibidores da bomba de protões) deverá ser considerada, assim como em doentes que necessitem de tomar simultaneamente outros medicamentos susceptíveis de aumentar o risco de úlcera ou hemorragia, tais como corticosteróides, anticoagulantes (como a varfarina), inibidores selectivos da recaptação da serotonina ou anti-agregantes plaquetários (ver secção 4.5).

Em caso de hemorragia gastrointestinal ou ulceração em doentes a tomar Aspirina C o tratamento deve ser interrompido.

Os AINE devem ser administrados com precaução em doentes com história de doença inflamatória do intestino (colite ulcerosa, doença de Crohn), na medida em que estas situações podem ser exacerbadas (ver secção 4.8).

Nas seguintes situações, este medicamento só deverá ser utilizado por receita médica: Em caso de tratamento concomitante com anticoagulantes; Em presença de insuficiência hepática e renal;
Hipersensibilidade a anti-inflamatórios/ anti-reumatismais ou a outras substâncias alergénias.

Devido à eventualidade de ocorrência de síndrome de Reye – uma doença rara mas que põe a vida em risco e que tem sido observada em crianças com sinais de patologias virais (em particular varicela e síndrome do tipo gripal) – os medicamentos com ácido acetilsalicílico apenas devem ser utilizados em crianças e adolescentes com sintomas febris por recomendação médica, quando outras medidas falharem. Se na continuação do tratamento ocorrerem sintomas como vómitos persistentes, diminuição da consciência ou comportamento anormal, a administração de ácido acetilsalicílico deverá ser suspensa de imediato.
O ácido acetilsalicílico pode desencadear broncospasmo e induzir crises de asma ou outras reacções de hipersensibilidade. Como factores de risco, podem referir-se a existência de asma brônquica, febre dos fenos, pólipos nasais ou doença respiratória crónica. Isto aplica-se também a doentes que desenvolvem reacções alérgicas (por ex. reacções cutâneas, prurido e urticária) a outras substâncias.

Devido ao seu efeito inibidor sobre a agregação plaquetária, o ácido acetilsalicílico pode provocar um aumento da tendência para hemorragias, durante e após intervenções cirúrgicas (incluindo pequena cirurgia, como por exemplo extracções dentárias).

Em doses baixas, o ácido acetilsalicílico reduz a excreção de ácido úrico. Por conseguinte, poderá desencadear gota em doentes que já manifestem tendência para uma excreção baixa de ácido úrico.

Este medicamento contém aproximadamente 466,7 mg de sódio por comprimido efervescente. Esta informação deve ser tida em consideração em doentes com ingestão controlada de sódio.

Os fármacos contendo ácido acetilsalicílico não devem ser utilizados durante períodos prolongados ou em posologias elevadas, sem vigilância médica.

Nos alcoólicos crónicos (3 ou mais bebidas por dia) apresentam um aumento do risco de hemorragia do estômago devido ao ácido acetilsalicílico.

Durante o tratamento a longo prazo com elevadas doses de analgésico, podem ocorrer dores de cabeça que não devem ser tratadas com doses mais elevadas.

O uso habitual de analgésicos pode provocar lesões graves e irreversíveis nos rins. Este risco será especialmente acentuado se o doente tomar simultaneamente diferentes analgésicos. A Aspirina C não deve ser associada com outros medicamentos que também contenham ácido acetilsalicílico.

O doente deverá ser instruído para em caso de agravamento ou persistência dos sintomas consultar o médico.

4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Interacções contra-indicadas:
– Metotrexato em doses iguais ou superiores a 15 mg/semana:
Aumento da toxicidade hematológica do metotrexato (diminuição da depuração renal do metotrexato por medicamentos anti-inflamatórios em geral e deslocação do metotrexato da sua ligação às proteínas plasmáticas pelos salicilatos) (ver secção 4.3 “Contra-indicações”).

Associações que requerem precaução:
Metotrexato em doses inferiores a 15 mg/semana:
Aumento da toxicidade hematológica do metotrexato (diminuição da depuração renal do metotrexato por medicamentos anti-inflamatórios em geral e deslocação do metotrexato da sua ligação às proteínas plasmáticas pelos salicilatos).

– Anticoagulantes, ex. cumarina, heparina, varfarina:
Aumento do risco de hemorragias através da inibição da função plaquetária, lesão da mucosa gastroduodenal e deslocação dos anti-coagulantes orais dos seus locais de ligação às proteínas plasmáticas (ver secção 4.4 “Advertências e precauções especiais de utilização”).
– Outros fármacos anti-inflamatórios não esteróides com salicilatos: Aumento do risco de úlceras e hemorragias gastrointestinais devido a um efeito sinérgico.
– Uricosúricos, tais como a benzobromarona e o probenecida:
Diminuição do efeito uricosúrico (competição da eliminação tubular renal do ácido úrico).
– Digoxina: A concentração plasmática da digoxina é aumentada devido a uma diminuição da excreção renal.
– Antidiabéticos, ex. insulina, sulfonilureias:
Com a administração de doses elevadas de ácido acetilsalicílico, verifica-se um aumento do efeito hipoglicémico, devido à acção hipoglicémica do ácido acetilsalicílico e à deslocação da sulfonilureia da sua ligação às proteínas plasmáticas.
– Trombolíticos / outros medicamentos antiagregantes plaquetários, ex. ticlopidina: Aumento do risco de hemorragias.
– Inibidores selectivos da recaptação da serotonina: aumento do risco de hemorragia gastrointestinal (ver secção 4.4 “Advertências e precauções especiais de utilização”).
– Glucocorticóides sistémicos, com excepção da hidrocortisona usada no tratamento de substituição na doença de Addison:
Diminuição dos níveis sanguíneos dos salicilatos durante o tratamento com corticosteróides e risco de sobredosagem com salicilatos, após a suspensão deste tratamento devido ao aumento da eliminação dos salicilatos pelos corticosteróides.
– Corticosteróides: aumento do risco de ulceração ou hemorragia gastrointestinal (ver secção 4.4 “Advertências e precauções especiais de utilização”).
– Ácido valpróico:
Aumento da toxicidade do ácido valpróico devido à sua deslocação dos locais de ligação às proteínas.
– Álcool: aumento das lesões da mucosa gastrointestinal e prolongamento do tempo de hemorragia devido aos efeitos aditivos do álcool e do ácido acetilsalicílico.
– Diuréticos, Inibidores da Enzima de Conversão da Angiotensina (IECA) e Antagonistas da Angiotensina II (AAII): A administração de ácido acetilsalicílico (> 3g/dia) pode diminuir a eficácia dos diuréticos assim como de outros medicamentos anti-hipertensores. Nalguns doentes com função renal diminuída (ex.: doentes desidratados ou idosos com comprometimento da função renal) a co-administração de um IECA ou AAII e agentes inibidores da cicloxigenase pode ter como consequência a progressão da deterioração da função renal, incluindo a possibilidade de insuficiência renal aguda, que é normalmente reversível. A ocorrência destas interacções deverá ser tida em consideração em doentes a tomar ácido acetilsalicílico em associação com IECA ou AAII. Consequentemente, esta associação medicamentosa deverá ser administrada com precaução, sobretudo em doentes idosos. Os doentes devem ser adequadamente hidratados e deverá ser analisada a necessidade de monitorizar a função renal após o início da terapêutica concomitante, e periodicamente desde então.

4.6 Gravidez e aleitamento

Gravidez:
Durante a gravidez, os salicilatos apenas deverão ser utilizados por receita médica. Administração de doses baixas (até 100 mg/dia):
Os dados dos ensaios clínicos sugerem que a administração de doses até 100 mg/dia em indicações obstétricas restritas (por exemplo, no caso de abortos de repetição de etiologia supostamente imunológica e de hidrâmnio), que requerem monitorização especializada, é aparentemente segura.

Administração de doses entre 100 e 500 mg/dia:
A experiência clínica relativa ao uso de doses entre 100 mg/dia e 500 mg/dia é insuficiente.
Consequentemente, as recomendações que em seguida se enunciam relativas à administração de doses superiores a 500 mg/dia, aplicar-se-ão também a este intervalo posológico.

Administração de doses de 500 mg/dia ou superiores:
A inibição da síntese das prostaglandinas pode afectar negativamente a gravidez e/ou o desenvolvimento embrio-fetal. Os dados dos estudos epidemiológicos sugerem um aumento do risco de aborto espontâneo, de malformações cardíacas e de gastroschisis na sequência da utilização de um inibidor da síntese das prostaglandinas no inicio da gravidez. O risco absoluto de malformações cardiovasculares aumentou de valores inferiores a 1% para aproximadamente 1,5%. Presume-se que o risco aumenta com a dose e duração do tratamento.
Vários estudos epidemiológicos associaram o uso de salicilatos, nos primeiros 3 meses de gravidez, a uma elevação do risco de malformações (fenda palatina, malformações cardíacas). Com as doses terapêuticas usuais este risco parece ser reduzido, uma vez que um estudo prospectivo envolvendo cerca de 32.000 pares mãe – filho não evidenciou qualquer associação com um aumento da taxa de malformações.

Nos animais, demonstrou-se que a administração de inibidores de síntese de prostaglandinas tem como consequência o aumento de abortos peri e post-implantatórios e da mortalidade embrio-fetal. Adicionalmente, registou-se maior incidência de várias malformações, incluindo malformações cardiovasculares em animais expostos a inibidores da síntese das prostaglandinas durante o período organogenético.

Durante o 1° e 2° trimestres de gravidez, o ácido acetilsalicílico não deverá ser administrado a não ser que seja estritamente necessário. Se o ácido acetilsalicílico for usado por mulheres que estejam a tentar engravidar, ou durante o 1° e 2° trimestres de gravidez, a dose administrada deverá ser a menor e durante o mais curto espaço de tempo possível.

Durante o 3° trimestre de gravidez, todos os inibidores da síntese das prostaglandinas podem expor o feto a:
-Toxicidade cardiopulmonar (com fecho prematuro do ductus arteriosus (canal de Botal) e hipertensão pulmonar).
-Disfunção renal, que pode progredir para insuficiência renal com oligohidrâmnios.

Na fase final da gravidez a mãe e o recém-nascido podem estar expostos a:
-Possível prolongamento do tempo de hemorragia, um efeito anti-agregante que pode verificar-se mesmo com doses muito baixas.
-Inibição das contracções uterinas com consequente atraso ou prolongamento do trabalho de parto.

A administração de ácido acetilsalicílico em posologias elevadas (>300 mg/dia) pouco antes do nascimento pode provocar hemorragias intracranianas, particularmente em prematuros.

Assim, a administração de doses iguais ou superiores a 100 mg/dia de ácido acetilsalicílico está contra-indicada durante o terceiro trimestre de gravidez.

Ácido ascórbico: nas doses utilizadas na Aspirina C não são conhecidos possíveis efeitos indesejáveis quando utilizado por mulheres grávidas ou a amamentar. O ácido ascórbico não possui propriedades teratogénicas no Homem. A ingestão de doses elevadas durante a gravidez pode predispor os descendentes a um risco aumentado de desenvolvimento de escorbuto. Porém dadas as necessidades aumentadas de ácido ascórbico durante a gravidez a ingestão de quantidades moderadas pela mulher é considerada segura.
Aleitamento:
Durante o aleitamento, os salicilatos apenas deverão ser utilizados por receita médica. Os salicilatos e os seus metabolitos são excretados para o leite materno em pequenas quantidades. Não tendo sido observados até agora efeitos adversos na criança decorrentes do uso ocasional, nestes casos, considera-se desnecessária a interrupção do aleitamento. Num tratamento prolongado ou com a utilização de doses elevadas recomenda-se suspender o aleitamento.

4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não foram observados efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. Em caso de sobredosagem podem ocorrer zumbidos, vertigens e confusão mental, caso estes ocorram o doente não deve conduzir ou utilizar máquinas.

4.8 Efeitos indesejáveis

Efeitos gastrointestinais: os eventos adversos mais frequentemente observados são de natureza gastrointestinal. Podem ocorrer, em particular nos idosos, úlceras pépticas, perfuração ou hemorragia gastrointestinal potencialmente fatais (ver secção 4.4 “Advertências e precauções especiais de utilização”). Náuseas, dispepsia, vómitos, hematemeses, flatulência, dor abdominal, diarreia, obstipação, melenas, estomatite aftosa, exacerbação de colite ou doença de Crohn (ver secção 4.4 “Advertências e precauções especiais de utilização”) têm sido notificados na sequência da administração destes medicamentos. Menos frequentemente têm vindo a ser observados casos de gastrite.
Foram descritos casos isolados de alterações da função hepática (aumento das transaminases).

Reacções de hipersensibilidade:
Ex: urticária, reacções cutâneas, reacções anafilácticas, asma e edema de Quincke. Efeitos sobre o sistema nervoso central:
Tonturas e zumbidos são sintomas usualmente indicativos de sobredosagem, especialmente em crianças e indivíduos idosos.

Efeitos hematológicos:
Devido ao efeito sobre a agregação plaquetária, o ácido acetilsalicílico pode estar associado a um risco aumentado de hemorragias (hemorragia intracerebral, hemorragia intraocular, porfíria, hemólise associada a deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase).

Ácido ascórbico: nas doses utilizadas na Aspirina C não são conhecidos efeitos indesejáveis.

4.9 Sobredosagem
Em caso de sobredosagem acidental dever-se-á contactar o médico, o hospital ou o Centro de Informação Anti-Venenos (Tel. 808250143). Mesmo que não sejam notados sinais ou sintomas, é imprescindível recorrer imediatamente a cuidados médicos tanto no caso de adultos como de crianças.

Deve considerar-se a possibilidade de intoxicação em indivíduos idosos e principalmente em crianças de tenra idade (sobredosagem terapêutica ou envenenamento acidental frequente), nos quais pode ser fatal.

Sintomatologia

Intoxicação moderada:
Em caso de sobredosagem observam-se zumbidos, sensação de diminuição da audição, cefaleias, vertigens e confusão mental, que podem ser controlados diminuindo a posologia.

Intoxicação grave:
Febre, hiperventilação, cetose, alcalose respiratória, acidose metabólica, coma, choque cardiovascular, insuficiência respiratória e hipoglicemia grave.

Tratamento de emergência:

Transferência imediata para uma unidade hospitalar especializada.
Lavagem gástrica, administração de carvão activado, monitorização do equilíbrio ácido base, diurese alcalina de forma a obter uma urina com um pH entre 7,5 e 8; a diurese alcalina forçada deve considerar-se quando a concentração plasmática de salicilatos é superior a 500 mg/litro (3,6 mmol/litro) em adultos ou 300 mg/litro (2,2 mmol/litro) em crianças.
Possibilidade de hemodiálise na intoxicação grave. As perdas de fluidos devem ser compensadas. Tratamento sintomático.

5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS DA ASPIRINA C

Grupo farmacoterapêutico: 2.10 – Sistema Nervoso Central. Analgésicos e antipiréticos
Código ATC: NO2BA51

5.1 Propriedades farmacodinâmicas

Na sua qualidade de salicilato, o ácido acetilsalicílico pertence ao grupo dos analgésicos/anti-inflamatórios não-esteróides. Sendo um éster do ácido salicílico, o ácido acetilsalicílico é uma substância dotada de propriedades analgésicas, antipiréticas
e anti-inflamatórias. O seu mecanismo de acção baseia-se na inibição irreversível das enzimas da cicloxigenase, envolvidas na síntese das prostaglandinas.

O ácido acetilsalicílico em doses orais de 0,3 a 1,0 g é usado no alívio de dores ligeiras a moderadas e em situações de febris menores, tais como gripes e constipações, para diminuição da temperatura e alívio das dores musculares e articulares.

É também usado em perturbações inflamatórias agudas e crónicas tais como, artrite reumatóide, osteoartrite e espondilite anquilosante. As doses diárias geralmente utilizadas nestas situações são de 4 a 8 g em doses divididas.

O ácido acetilsalicílico também inibe a agregação plaquetária, bloqueando a síntese do tromboxano A2, nas plaquetas. Por conseguinte, é usado em várias indicações cardiovasculares geralmente em doses de 75 a 300 mg por dia.

O ácido ascórbico, vitamina solúvel em água, faz parte do sistema protector do organismo contra os radicais de oxigénio e outros agentes oxidantes de origem endógena ou exógena, tem também uma função importante no processo inflamatório e na função dos leucócitos.

Os ensaios realizados tanto in vivo como em ex vivo, indicam que o ácido ascórbico apresenta um efeito positivo na resposta imunitária leucocitária nos humanos.

O ácido ascórbico é essencial para a síntese das substâncias intracelulares básicas (mucopolissacarídeos), que juntamente com as fibras de colagénio, são responsáveis pela integridade das paredes dos capilares.

5.2 Propriedades farmacocinéticas

Após administração oral, o ácido acetilsalicílico é rápida e completamente absorvido a partir do tracto gastrointestinal. Durante e após a absorção, o ácido acetilsalicílico é convertido no seu principal metabolito activo – o ácido salicílico. Os níveis plasmáticos máximos são atingidos após 10 – 20 minutos para o ácido acetilsalicílico e após 0,3 – 2 horas para o ácido salicílico, respectivamente.

Tanto o ácido acetilsalicílico como o ácido salicílico apresentam uma elevada taxa de ligação às proteínas plasmáticas, distribuindo-se rapidamente por todas as partes do corpo. O ácido salicílico é detectado no leite materno e atravessa a placenta.

O ácido salicílico é eliminado essencialmente por metabolização hepática; os metabolitos incluem o ácido salicilúrico, glucoronido salicil fenólico, salicilacil glucoronido, ácido gentísico e ácido gentisúrico.

A cinética de eliminação do ácido salicílico é dependente da dose, uma vez que o metabolismo é limitado pela capacidade das enzimas hepáticas. Assim, a semi-vida de
eliminação varia entre 2 – 3 horas após doses baixas, até cerca de 15 horas com doses elevadas. O ácido salicílico e os seus metabolitos são excretados predominantemente por via renal.

Depois da ingestão oral, o ácido ascórbico é absorvido no intestino por um sistema Na+ – transporte activo dependente, mais efectivo no intestino proximal. A absorção não é proporcional à dose: à medida que a dose oral aumenta, a concentração do ácido ascórbico no plasma e nos outros líquidos do organismo não aumenta proporcionalmente, mas em vez disso tende a aproximar-se do limite superior.

O ácido ascórbico é filtrado nos glomérulos e é reabsorvido no tubo proximal por um processo activo dependente do Na+. Os metabolitos principais excretados através da urina são o oxalato e ácido dicetogulonico.

5.3 Dados de Segurança pré-clínica

O perfil pré-clínico de segurança do ácido acetilsalicílico está bem documentado. Em estudos realizados em animais verificou-se que os salicilatos causaram lesões nos rins mas não originaram outras lesões orgânicas.

O ácido acetilsalicílico foi devidamente testado no que respeita à mutagenicidade e carcinogenicidade, não se tendo observado evidências relevantes de potencial mutagénico ou carginogénico.

6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS DA ASPIRINA C

6.1 Lista dos excipientes

Citrato monossódico Bicarbonato de sódio Ácido cítrico anidro Carbonato de sódio anidro

6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.

6.3 Prazo de validade
3 anos

6.4 Precauções especiais de conservação
Não conservar acima de 25°C

6.5 Natureza e conteúdo do recipiente

Fita contentora: folha composta de papel/PE/alumínio/Surlyn (0210) Embalagem de 10 comprimidos efervescentes.

6.6 Instruções de utilização e manipulação

Os comprimidos efervescentes devem ser dissolvidos em água e tomados se possível após ingestão de alimentos.

7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

BAYER PORTUGAL S.A. R. Quinta do Pinheiro,5
2794-003 Carnaxide Telefone: 21 416 4300 Fax: 21 416 42 76

8. NÚMERO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

N.° de registo: 8683300 – 10 comprimidos efervescentes, 400 mg + 240 mg, fita contentora de papel/PE/alumínio/Surlyn (0210)

9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO /RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO
DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Data da primeira autorização: 21 Julho 1988
Data de revisão: 14 Setembro 1995
Data da última renovação: 23 Janeiro 2008

10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO
23-01-2008

Categorias
Ácido fólico Multivitaminas Sais minerais

Prenatal bula do medicamento

Neste folheto:

1.  O que é Prenatal e para que é utilizado

2.  Antes de tomar Prenatal

3.  Como tomar Prenatal

4.  Efeitos secundários Prenatal

5.  Como conservar Prenatal

6.  Outras informações

Prenatal

Comprimidos revestidos

Associações de vitaminas com sais minerais

Leia atentamente este folheto antes de tomar este medicamento. Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.

Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

1. O QUE É Prenatal E PARA QUE É UTILIZADO

Prenatal, está incluído no grupo farmacoterapêutico: Nutrição. Vitaminas com sais minerais. Associações de vitaminas com sais minerais.

Prenatal, constitui um suplemento minero-vitamínico especialmente recomendado para prevenir e corrigir as deficiências nutritivas durante a gravidez e o aleitamento.

2. ANTES DE TOMAR Prenatal

Não tome Prenatal:

  • Se tem alergia (hipersensibilidade) às substâncias activas ou a qualquer outro componente de Prenatal,
  • Prenatal, está contra-indicado no tratamento da anemia perniciosa por carência de vitamina B12, pois pode mascarar o seu quadro clínico, em doentes com insuficiência renal grave

Tome especial cuidado com Prenatal

A administração prolongada de doses elevadas de vitamina A e D pode provocar hipervitaminoses.

A vitamina A tomada em doses elevadas durante a gravidez, particularmente no primeiro trimestre, pode prejudicar o desenvolvimento fetal. Em alguns indivíduos, a administração de cálcio facilita a formação de cálculos no rim.

Se tiver antecedentes de cálculos renais, consulte o seu médico antes de iniciar a terapêutica com este medicamento. A administração de ácido fólico pode provocar reacções alérgicas. O ferro em doses elevadas é nocivo. Tomar Prenatal com outros medicamentos Não são conhecidas interacções com outros medicamentos.

Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.

Gravidez e aleitamento

Prenatal, destina-se a ser utilizado durante a gravidez e aleitamento.

Condução de veículos e utilização de máquinas Não são conhecidos.

Informações importantes sobre alguns componentes de Prenatal

Prenatal, contém lactose, se foi informado pelo seu médico que tem intolerância a alguns açúcares, contacte-o antes de tomar este medicamento.

3. COMO TOMAR Prenatal

Tomar Prenatal, sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.

A posologia recomendada para o Prenatal, é de um comprimido por dia ou de acordo com a prescrição médica.

Se tomar mais Prenatal do que deveria

Em caso de intoxicação, contacte o seu médico ou farmacêutico.

Caso se tenha esquecido de tomar Prenatal

Não tome uma dose a dobrar para compensar um comprimido que se esqueceu de tomar.

Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico

4. EFEITOS SECUNDÁRIOS Prenatal

Como todos os medicamentos, Prenatal pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

Foram relatados casos raros de hipersensibilidade aos componentes de Prenatal. Caso detecte efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

5. COMO CONSERVAR Prenatal

Prenatal, deve ser conservado a temperatura inferior a 25°C Verifique o prazo de validade inscrito na embalagem.

Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Não utilize Prenatal, após o prazo de validade impresso no frasco, a seguir à abreviatura “VAL.”, utilizada para prazo de validade. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.

Não utilize Prenatal, se verificar sinais visíveis de deterioração

Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

6. OUTRAS INFORMAÇÕES

Qual a composição de Prenatal As substâncias activas são:

Nicotinamida (Vitamina PP) 20 mg
Acido ascórbico (Vitamina C) 60 mg
Acido fólico 0,4 mg
Cianocobalamina (Vitamina B12) 0,006 mg
Riboflavina (Vitamina B2) 1,7 mg
Fumarato ferroso (<> 18 mg Ferro) 54,761 mg
Carbonato de cálcio (<> 125 mg Cálcio) 346,875 mg
Potássio, iodeto (<> 0,15 mg Iodo) 0,588 mg
DL – Alfa-tocoferol, acetato (<> 30 U.I. Alfa-tocoferol) (Vitamina E) 60 mg
Magnésio, óxido (<> 100 mg Magnésio) 165,782 mg
Piridoxina, cloridrato (<> 2 mg de Piridoxina) (Vitamina B6) 2,43 mg
Tiamina, mononitrato (<> 1,5 mg Tiamina, cloridrato) (Vitamina B1) 1,456 mg
Vitamina D3 (Colecalciferol) 400 U.I.
Vitamina A (Retinol)

5000 U.I.

Os outros componentes são:

Núcleo:

Crospovidona; Sílica coloidal hidratada; Laurilsulfato de sódio; Ácido esteárico; Estearato de magnésio.

Revestimento:

Parafina líquida leve; Opadry rosa OY-S-5526.

Qual o aspecto de Prenatal e conteúdo da embalagem

Prenatal apresesenta-se na forma farmacêutica de comprimidos revestidos, acondicionados em frascos de polietileno de alta densidade (HDPE) opacos, com tampa de polipropileno. Cada frasco contém 30 ou 60 comprimidos.

Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante Titular:

Teofarma, S.r.l

Via F. Ili Cervi, 8 Valle Salimbene – Pavia Itália

Fabricante:

Teofarma, S.r.l. (Fab. Pavia) Viale Certosa, n.° 8/A I-27100 Pavia Itália

Este folheto foi aprovado pela última vez em 15-05-2007.

Categorias
Aceponato de metilprednisolona

CARACTERÍSTICAS DO Advantan bula do medicamento

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
ADVANTAN

1. Denominação da especialidade farmacêuticado medicamento Advantan

AdvantanDVANTAN, creme Advantan, /pomada

2. Composição qualitativa e quantitativa do Advantan

1 gr. de Advantan, creme ou/ pomada, contém 1 mg de aceponato de metilprednisolona.

Ver eExcipientes, ver na secção 6.1.

3. Forma farmacêutica do Advantan

Creme (emulsão O/A) e pomada (emulsão A/O).

4. Informações clínicas do Advantan

4.1 Indicações terapêuticas

Eczema endógeno (dDermatite atópica, (eczema endógeno, neurodermite), eczema de contacto, degenerativo, secodesidrótico, degenerativo, eczema vulgar, eczema infantil.

4.2 Posologia e modo de administração
Doses únicas e diárias.
Geralmente, aplicam-se as formulações de ADVANTAN uma vez por dia. aAplica-se a formulação de AdvantanDVANTAN apropriada para a situação da pele uma vez por dia em camada fina sobre a área afectada da pele.
Em geral, a duração do tratamento não deve exceder nos adultos as 12 semanas nos adultos e nas crianças 4 semanas nas crianças.

4.3 Contra-indicações
Processos tuberculosos ou luéticos na área a tratar; doenças virais (por exemplo: varicela, herpes zoster), rosácea, dermatite perioral e reacções cutâneas após a vacinação na área a tratar.
Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer um dos excipientes.zona ou vacinas.

4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Nas Em zonas cutâneas infectadas por bactérias e /ou fungos é necessária, adicionalmente, uma terapêutica específica.
Se a pele secar excessivamente, durante um tratamento prolongado com AdvantanDVANTAN creme, deve fazer-se a mudança para uma formulação mais gorda (AdvantanDVANTAN pomada).
Advantan não deve entrar em contacto com os olhos quando for aplicado na face.
Não se observou qualquer alteração da função adrenocortical quer em adultos quer em crianças, mesmo com grandes áreas de tratamento (40 a 60% de tratamento da superfície da pele) ou mesmo em situações oclusivas com AdvantanDVANTAN. No entanto, a duração do uso deve ser tão breve quanto possível em no tratamento de áreas muito extensas.
ADVANTAN não deve entrar em contacto com os olhos quando for aplicado na face. Em caso de rosácea ou dermatite perioral não se deve aplicar ADVANTAN na face.
Tal como acontece com os corticóides sistémicos, pode haver desenvolvimento de glaucoma pela utilização de corticóides locais (por. ex. depois deapós aplicaçõesão extensas ou deem doses elevadas durante um período prolongado, utilização de vestuário com propriedades oclusivas, ou aplicação na pele que rodeia os olhos).

4.5 Interacções medicamentosas e outras
Não aplicável.

4.6 Utilização em caso de Gravidez e lactação aleitamento.

Os estudos com MPA realizados em animais revelaram toxicidade reprodutiva (ver secção 5.3 Dados de segurança pré-clínica).
Estudos epidemiológicos sugerem que poderá haver uma possibilidade de risco aumentado de fenda oral entre os recém-nascidos de mulheres que foram tratadas com gulcocorticóides sistémicos durante o primeiro trimestre de gravidez. As fendas orais são uma patologia rara e, se os glucocorticóides sistémicos são teratogénicos, poderão ser responsáveis por um aumento de apenas 1 ou 2 casos por 1000 mulheres tratadas durante a gravidez. Os dados relativos à utilização tópica de glucocorticóides durante a gravidez são insuficientes, no entanto, poderá ser esperado um risco menor, uma vez que a disponibilidade sistémica dos glucocorticóides aplicados topicamente é muito baixa.
Como regra geral, não devem utilizar-se preparações tópicas contendo corticóides no primeiro trimestre de gravidez. Na gravidez e aleitamento, a indicação terapêutica para o tratamento com Advantan deve ser cuidadosamente avaliada, e os benefícios pesados em relação aos riscos. Em particular devem ser evitadas grandes extensões cutâneas assim como o uso prolongado.
A indicação clínica para tratamento com ADVANTAN deve ser cuidadosamente avaliada e os benefícios pesados em relação aos riscos em mulheres grávidas ou a amamentar. Em particular devem ser evitadas grandes extensões cutâneas assim como o uso prolongado. As mulheres que estejam a amamentar, não devem aplicar Advantan no peito.

4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzirção e utilizarção de máquinas
Não aplicável.

4.8 Efeitos indesejáveis
Sintomas concomitantes locais tais como prurido, irritaçãoardor, eritema ou vesiculação podem ocorrer em casos isolados sob tratamento com AdvantanDVANTAN.
A atrofia da pele, telangiectasias, estrias ou situações acneiformes podem ocorrer
após terapêutica com corticosteróides potentes.

As seguintes reacções podem ocorrer quando forem aplicadas preparações tópicas contendo corticóides em grandes áreas do corpo (cerca de 10% ou mais) ou durante períodos de tempo prolongados. (mais de 4 semanas): sintomas locais, tais como atrofia da pele, telangiectasia, estrias, alterações acneiformes da pele e efeitos sistémicos do corticóide devido a absorção do corticóide. Durante a investigação clínica, nenhum destes efeitos secundários ocorreu com o tratamento de AdvantanDVANTAN durante 12 semanas em adultos e 4 semanas em crianças.
Tal como outros corticóides para aplicação tópica podem ocorrer, em casos raros, os seguintes
efeitos secundários:
fFoliculite, hipertricose, dermatite perioral, reacções alérgicas cutâneas a qualquer um dos excipientes que fazem parte da formulação.

4.9 Sobredosagem
Sintomas de intoxicação:

Sintomas de atrofia cutânea tal como pele fina, telangiectasias e estrias (particularmente intertriginosas) podem ocorrer como sinais de aplicação tópica excessiva ou prolongada ou devido às formulações corticóides.
Terapêutica em caso de intoxicação:
O tratamento deve ser interrompido se estes sintomas de atrofia cutânea ocorrerem como resultado de sobredose tópica. Em geral, os sintomas desaparecem num período de 10 a 14 dias. Os resultados dos estudos de toxicidade aguda não indicam que seja de esperar qualquer risco de intoxicação aguda, depoisapós de aplicação dérmica única de uma sobredoseagem (aplicação emnuma área extensa emsob condições que favorecemçam a absorção) ou ingestão oral inadvertida.

5. Propriedades Farmacológicas do Advantan
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Após aplicação tópica, o AdvantanDVANTAN suprime a inflamação e as reacções cutâneas alérgicas, assim como as reacções associadas a uma hiperproliferação, conduzindo a uma regressão dos sintomas objectivos (eritema, edema, infiltração, liquenificação) e das queixas subjectivas (prurido, ardor, dor).
Aplicando o aceponato de metilprednisolona em doses topicamente eficazes, a respectiva acção sistémica é mínima quer em animais quer no ser humano. Mesmo após tratamento de áreas consideráveis com afecções cutâneas, os valores plasmáticos de cortisol plasmático permanecem dentro dos níveis normais, o ritmo circadiano de cortisol é mantido e não se observou qualquer redução do cortisol na urina de 24 horas.
Até agora o mecanismo de acção do aceponato de metilprednisolona não está completamente estudado, tal como acontece para os outros glucocorticóides. Sabe-se que o aceponato de metilprednisolona se liga ao receptor intracelular glucorticóide e que por clivagem se forma na pele o principal metabolito, que é o 6 -metilprednisolona-17-propionato.
O complexo receptor esteróide liga-se a certas regiões de DNA e deste modo desencadeia uma série de efeitos biológicos.
Os conhecimentos sobre o mecanismo de acção anti-inflamatória são mais precisos. A ligação do complexo receptor esteróide resulta na indução da síntese da macrocortina. A macrocortina inibe a libertação do ácido araquidónico e assim a formação de mediadores inflamatórios, tais como as prostaglandinas e leucotrienos.
A acção imunossupressora dos glucocorticóides pode ser explicada pela inibição da quimiotaxia (inibição da síntese de leucotrienocitocinas) e do efeito antimitótico, os quais não são bem compreendidos até ao momento presente.
A inibição da síntese das prostaglandinas vasodilatadoras ou a potenciação do efeito vasoconstritor da adrenalina resultam finalmente na actividade vasoconstritora dos glucorticóides.
Estes aspectos são de grande importância no efeito terapêutico das formulações de
AdvantanDVANTAN. AdvantanDVANTAN creme
Esta formulação com baixo teor em gordura e com um elevado teor em água, é particularmente recomendável em situações de eczema agudo ou húmidoexsudativo, em peles muito gordurosas e para uso utilização em zonas do corpo expostas ao Sol ou com abundante densidade de folículos pilosos.
AdvantanDVANTAN pomada
Situações cutâneas que não são nem exsudativas nem muito secas requerem uma base com proporções equilibradas de água e gordura. A pomada torna a pele ligeiramente gordurosa sem prejuízo da temperatura e da respectiva evaporaçãos secreções. É sem dúvida destasDas duas formulações, a pomada é a que tem maior espectro de utilização.

5.2 Propriedades farmacocinéticas
O aceponato de metilprednisolona (AMP) torna-se disponível na pele em todas as formulações (creme e pomada). A concentração na camada córnea e na pele sã diminui de fora para dentro.
O aceponato de metilprednisolona é hidrolisado na epiderme e derme no principal metabolito, que é o 6a-metilprednisolona-17-propionato, que se liga mais firmemente ao receptor corticóide — uma indicação da “bioactivação” na pele.
O grau de absorção percutânea depende do estado da pele, da formulação e das condições de aplicação (aberto/oclusão).
Estudos em doentes pacientes jovens e adultos com neurodermites e psoríase mostraram que a absorção percutânea numa aplicação aberta foi apenas (= 2,5%) ligeiramente maior (= 2,5%) do que a absorção percutânea em voluntários com a pele normal (0,5-1,5%).
Quando a camada córnea é removida antes da aplicação, os níveis de corticóide na pele são cerca de três vezes mais elevados do que depois da aplicação na pele intacta.
Depois de atingir a circulação sistémica, o aceponato de metilprednisolona é hidrolisado, transformando-se em 6 -metilprednisolona-17-propionato, que é rapidamente conjugado com o ácido glucorónico, e tornando-se inactivo.
Os metabolitos do MPA AMP, sendo( o metabolito principal é:o 6a-metilprednisolona-17-propionato-21-glucoronido,) são eliminados por via renal com uma semi-vida média de cerca de 16 horas. Por
administração i.v., a eliminação de substâncias marcadas com Carbono 14 é feita completamente pela urina e fezes, num período de 7 dias. No corpo humano não se verifica nenhuma acumulação da substância activa ou dos seus metabolitos.

5.3 Dados de segurança pré-clíinica
Nos ensaios de tolerância sistémica após administração subcutânea e dérmica repetida , o AMP apresentou perfil de acção glucocorticóide típico. Através destes resultados pode concluir-se que com o uso terapêutico de Advantan Solução não são de esperar efeitos secundários além dos tipicamente atribuídos aos glucocorticóides, mesmo em condições extremas como , por exemplo, aplicação sobre uma grande superfície e/ou sob oclusão

Os estudos de embriotoxicidade com Advantan revelaram os resultados típicos dos glucocorticóides, isto é, são induzidos efeitos embrioletais e/ou teratogénicos nos sistemas de teste apropriados.
Não houve indicação de potencial genotóxico do AMP nos testes in vitro para detecção de mutações genéticas em bactérias e em células de mamífero e testes in vitro e in vivo para detecção de aberrações cromossómicas.

Não se efectuaram ensaios específicos de tumorigenicidade com AMP.
As investigações sobre a tolerância local de AMP e Advantan na pele e nas mucosas não revelaram alterações, para além dos efeitos secundários típicos atribuídos aos glucocorticóides.
As investigações toxicológicas de reprodução com AMP apresentaram os efeitos tipicamente atribuídos aos glucocorticóides, isto é, utilizando sistemas de exame apropriados , os efeitos embrioletais e/ou teratogénicos são induzidos após exposição a doses suficientemente elevadas. Uma vez que os ensaios epidemiológicos não apresentaram, até à data, indicações de efeitos embriotóxicos devido à terapêutica sistémica glucocorticóide, não são de esperar efeitos embriotóxicos após a utilização terapêutica de Advantan Solução. No entanto, os resultados experimentais em animais recomendam extrema precaução na prescrição de Advantan Solução durante a gravidez.
Nem as investigações in vitro para a detecção de mutações de genes nas células bacterianas e de mamífero nem as investigações in vitro e in vivo para a detecção de mutações de cromossomas ou genes deram alguma indicação de um potencial genotóxico do AMP.
Não foram efectuados ensaios específicos de tumorigenicidade com AMP . Os conhecimentos existentes sobre a estructura e o mecanismo do efeito farmacológico bem como ,os resultados obtidos através dos ensaios de tolerância sistémica com a administração prolongada não indicam qualquer aumento de risco na ocorrência de tumores.

Uma vez que não é atingida uma exposição imunossupressora efectiva sistémica com a aplicação dérmica de Advantan Solução nas condições de utilização recomendadas, não é de esperar qualquer influência no aparecimento de tumores.
Nas investigações sobre a tolerância local do AMP na pele e mucosas não se verificaram efeitos secundários tópicos além dos atribuídos aos gluco-corticóides. Os resultados experimentais não indiciam qualquer efeito irrita-tivo na pele após aplicação de Advantan Solução.
O contacto com os olhos deve ser evitado devido ao efeito irritativo que o isopropanol exerce sobre as mucosas.
O AMP não apresentou qualquer potencial de sensibilização na pele do cobaio (porquinho- da-Índia), nem potencial fototóxico..Os dados relativos à toxicidade aguda mostram que a substância activa, aceponato de metilprednisolona (AMP), contida neste preparado pode ser classificada como virtualmente não tóxica após administração oral. A intoxicação aguda é também improvável na sequência de administração inadvertida de uma dose múltipla necessária para a terapêutica.
Os estudos de experimentação animal conduzidos para avaliar a tolerância sistémica de uma administração repetida não revelaram quaisquer resultados que impeçam o uso do preparado na dosagem terapêutica indicada.
Os dados farmacológicos caracterizam o AMP como um glucocorticóide anti-inflamatório. Com base neste perfil de acção e na ausência de um efeito genotóxico ou de desenvolvimento de metabolitos reactivos, não existe potencial tumorigénico relevante. Até à data os estudos epidemiológicos de muitos anos com glucocorticóides sistémicos não revelaram qualquer sinal de acção tumorigénica deste grupo de substâncias na espécie humana.
Investigações em animais de experiência sobre a embriotoxicidade revelaram os efeitos embrioletais e teratogénicos conhecidos com outros glucorticóides após administração de doses de AMP necessárias para fins terapêuticos, estes fenómenos não têm relevância prática no ser humano.
Deve ter-se sempre em atenção que durante a amamentação, pequenas quantidades de glucorticóides podem entrar no leite materno. Devido aos efeitos sistémicos mínimos do AMP em doses terapêuticas e tendo em atenção a via de aplicação tópica, o recém-nascido está exposto apenas a um ligeiro risco de efeitos farmacológicos desta natureza.
Estudos de tolerância local em animais e no ser humano não demonstraram quaisquer sinais de intolerância local diferentes dos conhecidos como efeitos secundários dos glucocorticóides.
Testes in vitro e in vivo relativos ao potencial genotóxico de AMP não indicaram quaisquer sinais de mutagenicidade.
Estudos em animais de experiência para demonstrar o efeito sensibilizante não mostraram também qualquer acção a este respeito.
Finalmente, os resultados dos estudos toxicológicos permitem-nos concluir que o AMP (aceponato de metilprednisolona) é adequado para o uso no ser humano.

6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS do Advantan
6.1 Excipientes
CremeREME
Éster decílico do ácido oleico Monoestearato de glicerol 40 – 55% Álcool cetoestearílico
Witepsol W35Witepsol W35 Softisan 378
Polioxilo- -40-estearato40-estearato
Glicerol 85%
Edetato dise sódico
Álcool benzílico
Hidroxitolueno de butilo
Água purificada

PomadaOMADA
Cera brancaCera branca Parafina liquida Dehymuls E
Vaselina sólidaVaselina branca Água purificadabidestilada

6.2 Incompatibilidades
Não são conhecidas até à data.
Prazo de validade
Creme e /Pomada: 3 anos.

6.4 Precauções particulares de conservação
Armazenar abaixoNão conservar acima de 25°C.

6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Bisnagas com 30 g. As bisnagas são de alumínio puro, cujo interior é revestidoé revestido com uma resina epoxi, a parte exterior é revestida por um poliesterpoliéster. A rosca é feita de um polietileno de alta densidade.

6.6 Instruções de utilização e manipulação
Conservar o medicamento em local apropriado (não armazenar conservar acima de 25°C) e fora da vista e doo alcance das crianças.

7. Nome Tou firma e domicilio ou sede do titular de autorização de introdução no mercado
INTENDIS PORTUGAL, SOCIEDADE UNIPESSOAL, LDA. Estrada Nacional 249, Km 15
2725-397 MEM MARTINS

8. Número de autorização de introdução no mercado
Creme a 0,1% — Embalagem. de 30 g 215 08 86 Pomada a 0,1% — Embalagem. de 30 g 215 10 82
Data da primeira autorização ou renovação da AIM
13 de Outubro de 1992

10. Data de aprovação/revisão do RCM
25.10.02Fevereiro de 2006