Categorias
Anfotericina B

Amphocil bula do medicamento

Neste folheto:

  1. O que é Amphocil e para que é utilizado
  2. Antes de utilizar Amphocil
  3. Como utilizar Amphocil
  4. Efeitos secundários Amphocil
  5. Como conservar Amphocil
  6. Outras informações

Amphocil 50 mg / 100 mg

Pó para solução para perfusão
Anfotericina B

Leia atentamente este folheto antes de utilizar este medicamento
Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Este medicamente foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

1. O QUE É AMPHOCIL E PARA QUE É UTILIZADO
Amphocil apresenta-se como um produto liofilizado estéril contendo 5 mg/ml de Anfotericina B USP, quando reconstituída, destinado a perfusão intravenosa. Cada frasco para injectáveis contém 50 mg (50.000 UI) ou 100 mg (100.000 UI) de anfotericina B USP sob a forma de complexo com sulfato colesterílico de sódio.
Amphocil apresenta-se em embalagens de 1 e 10 frascos para injectáveis contendo 50 mg de anfotericina B e em embalagens de 1 e 10 frascos para injectáveis contendo 100 mg de anfotericina B.
Amphocil está indicado no tratamento de micoses sistémicas graves e/ou profundas sempre que a toxicidade ou a insuficiência renal excluam a utilização da anfotericina B convencional em doses eficazes e nos casos em que a terapêutica antifúngica sistémica anterior tenha sido ineficaz. Amphocil tem sido utilizado com sucesso no tratamento de infecções fúngicas como candidíases disseminadas e aspergilose. Amphocil tem sido utilizado com bons resultados em doentes neutropénicos em estado grave.
Amphocil não deve ser adoptado como terapêutica comum em doenças fúngicas clinicamente não aparentes, diagnosticadas apenas através de testes dermatológicos ou determinações serológicas.

2. ANTES DE UTILIZAR AMPHOCIL
Não utilize Amphocil
Se tiver alergia (hipersensibilidade) a quaisquer dos seus componentes, a não ser que, na opinião do médico, os prováveis benefícios da utilização de Amphocil justifiquem os riscos da hipersensibilidade.
Tome especial cuidado com
No tratamento de doentes diabéticos:
O facto de cada frasco para injectáveis de Amphocil conter lactose mono-hidratada deverá ser tomado em consideração.
No tratamento de doentes hemodialisados:
Amphocil deverá ser administrado apenas no final de cada período de diálise. Os electrólitos séricos, particularmente o potássio e o magnésio, deverão ser monitorizados regularmente.
Utilizar Amphocil com outros medicamentos
Não têm sido descritas quaisquer interacções de Amphocil com outros medicamentos. Contudo, devem tomar-se precauções em doentes tratados concomitantemente com fármacos aos quais se reconheçam interacções com a anfotericina B convencional, tais como, fármacos nefrotóxicos (aminoglicosídeos, cisplatina e penatmidina), corticosteróides e corticotropina (ACTH), por poderem potenciar a hipercaliemia e ainda, digitálicos, relaxantes musculares e agentes antiarrítmicos cujos efeitos possam ser potenciados na presença de hipocaliemia.
Não existem estudos sobre o uso simultâneo de flucitosina e Amphocil. Apesar da sinergia entre a anfotericina B e a flucitosina ter sido relatada, verifica-se por outro lado que a anfotericina B pode acentuar a toxicidade da flucitosina devido a um aumento da sua absorção celular e impedindo a sua excreção renal.
Gravidez e Aleitamento
Gravidez:
Estudos toxicológicos de reprodução em animais, efectuados com Amphocil, demonstraram não existirem quaisquer lesões fetais. Apesar do componente activo, a anfotericina B, ter sido largamente utilizado, durante muitos anos, sem aparentes efeitos indesejáveis, não existem dados adequados sobre a segurança do Amphocil durante a gravidez humana. Assim, recomenda-se que a administração do Amphocil seja evitada durante a gravidez a não ser que o provável benefício para a doente justifique o potencial risco para o feto.
Aleitamento:
Não foi ainda estabelecido se a anfotericina B é excretada no leite humano. Deverá ser tomada em consideração a interrupção do aleitamento durante o tratamento com o Amphocil.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Não é aplicável para a indicação e o uso esperado.

3. COMO UTILIZAR AMPHOCIL
Utilizar Amphocil sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
A terapêutica pode ser iniciada com uma dose diária de 1,0 mg/kg de peso corporal, podendo ser aumentada, se necessário, até à dose recomendada de 3,0-4,0 mg/kg. Doses da ordem de 6 mg/kg foram utilizadas em doentes. A dose deverá ser ajustada às necessidades individuais de cada doente. Em estudos clínicos, a dose média acumulada foi de 3,5 mg mg/kg e o tratamento durou, em média, 16 dias. Cerca de 10% dos doentes receberam 13 g ou mais de Amphocil durante um período de 27 a 409 dias.
Recomenda-se a administração de uma pequena dose-teste (por exemplo, 1mg) antes de se iniciar a primeira perfusão com anfotericina B. Esta dose deve ser administrada durante cerca de 10 minutos e o doente deve ser cuidadosamente vigiado durante 30 minutos.
Administração:
Amphocil é administrado por perfusão intravenosa a uma taxa de 1 a 2 mg/kg/hora (ver ‘Instruções para reconstituição da solução’). Se o doente apresentar reacções agudas graves ou não tolerar o volume da perfusão, o tempo de perfusão pode ser prolongado.
Se utilizar mais Amphocil do que deveria
Em caso de sobredosagem, interromper imediatamente o tratamento e monitorizar cuidadosamente o estado clínico do doente (funções renal, hepática e cardíaca, estado hematológico, electrólitos séricos) e instituir tratamento sintomático.

4. EFEITOS SECUNDÁRIOS AMPHOCIL
Como todos os medicamentos, Amphocil pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos não mencionados, neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
Em geral, o médico deve monitorizar o doente para qualquer tipo de reacção adversa associada com a anfotericina B convencional. A ocorrência de efeitos adversos geralmente não interfere com a conclusão do tratamento. Devem ser tomadas precauções quando estiverem indicadas doses elevadas ou uma terapêutica prolongada.
A maioria das reacções agudas é tratada reduzindo a velocidade de perfusão e administração pronta de anti-histamínicos e corticosteroides. Reacções anafilácticas graves podem levar à suspensão do tratamento com Amphocil e necessitar de terapêutica de suporte adicional (ex: adrenalina).
Os estudos clínicos realizados até à data mostram que Amphocil é menos nefrotóxico que a anfotericina B convencional. Os níveis séricos de creatinina mantêm-se constantes durante o tratamento, mesmo em doentes com insuficiência renal. Os doentes que desenvolveram insuficiência renal durante o tratamento com a anfotericina B convencional, estabilizaram ou melhoraram quando a terapêutica foi substituída por Amphocil. Diminuições da função renal atribuíveis ao tratamento com Amphocil foram raras. No entanto, tal como acontece com a anfotericina B convencional, a função renal deve ser controlada com particular atenção em doentes tratados concomitantemente com fármacos nefrotóxicos.
Os efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de gravidade dentro de cada classe de frequência.
Doenças do sangue e do sistema linfático
Frequentes: alterações da coagulação, trombocitopenia e anemia
Doenças do sistema imunitário
Frequentes: reacções anafiláticas
Doenças do metabolismo e da nutrição
Frequentes: hipomagnesemia
Doenças do sistema nervoso
Frequentes: cefaleias
Cardiopatias
Frequentes: taquicardia
Vasculopatias
Frequentes: hipotensão e hipertensão
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
Frequentes: Broncospasmo, dispneia, hipóxia e hiperventilação
Doenças gastrointestinais
Frequentes: Diarreia, vómitos, náuseas, dores abdominais
Afecções hepatobiliares
Raros: alterações dos níveis séricos de fosfatase alcalina e bilirrubina
Afecções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos
Frequentes: Lombalgia
Doenças renais e urinárias
Raros: diminuição da função renal
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Muito frequentes: febre , arrepios
Frequentes: calafrios

5. COMO CONSERVAR AMPHOCIL
Armazenamento:
Conservar a temperatura inferior a 30oC.
Após reconstituição, conservar no frigorífico (2-8oC) e utilizar dentro de 24 horas.
Não congelar.
Após diluição adicional com Dextrose 5% para injectáveis a solução deverá ser conservada no frigorífico (2-8oC) e utilizada dentro de 24 horas.
Frascos parcialmente utilizados devem ser rejeitados.
Verifique o prazo de validade inscrito na embalagem. Não utilize Amphocil após o prazo de validade impresso no rótulo, a seguir a VAL.. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Instruções para reconstituição e diluição:
– Amphocil deve ser reconstituído adicionando água esterilizada para injectáveis, F.EUR, através de uma seringa esterilizada e uma agulha de calibre 20.
– Injecte rapidamente no frasco para injectáveis:

50 mg/frasco para injectáveis – 10 ml de água esterilizada para injectáveis
100 mg/frasco para injectáveis – 20 ml de água esterilizada para injectáveis
– Agite suavemente, rodando o frasco para injectáveis, até que o fluido amarelo se torne claro.
Note que o fluido pode ser opalino. O líquido contido em cada frasco para injectáveis será constituído por 5 mg de anfotericina B por ml. Para perfusão, dilua até uma concentração final de 0,625 mg/ml diluindo 1 volume de Amphocil reconstituído com 7 volumes de Dextrose a 5%, para injectáveis.
O PÓ LIOFILIZADO NÃO DEVERÁ SER RECONSTITUÍDO COM SORO FISIOLÓGICO OU SOLUÇÕES DE DEXTROSE. NÃO DEVERÁ ADICIONAR SORO FISIOLÓGICO OU ELECTRÓLITOS AO CONCENTRADO RECONSTITUÍDO OU MISTURAR COM OUTROS FÁRMACOS.
Se for administrado através de via intravenosa já existente, lavar com dextrose a 5% antes da perfusão com Amphocil ou administrar por via separada.
O uso de qualquer outra solução diferente da recomendada ou a presença de um agente bacteriostático (ex. álcool benzílico) na solução poderá causar precipitação de Amphocil.
Não utilizar medicamento que apresente substâncias precipitadas ou partículas em suspensão.
Deverá sempre ser seguida uma técnica estritamente asséptica durante a reconstituição e diluição já que não estão presentes conservantes no fármaco liofilizado ou nas soluções utilizadas para a reconstituição ou diluição.
Manter fora do alcance e vista das crianças.

6. OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição de Amphocil
Composição qualitativa e quantitativa (por frasco para injectáveis):
50 mg 100 mg
Substância activa:
Anfotericina B 50 mg 100 mg
Excipientes:
Sulfato sódico de colesterílo 28,38 mg 56,76 mg
Trometamol 6,063 mg 12,13 mg
Edetato dissódico 0,3612 mg 0,7224 mg
Lactose, mono-hidratada 970 mg 1940 mg
Cada frasco contém ácido clorídrico F.Eur., suficiente para ajustar o pH a um valor aproximado de 7,0 e é acondicionado em atmosfera de azoto NF durante o fabrico.
Qual o aspecto de Amphocil e conteúdo da embalagem
Amphocil apresenta-se como um pó liofilizado amarelo ou laranja, estéril. Cada frasco para injectáveis contém 50 mg (50.000 UI) ou 100 mg (100.000 UI) de anfotericina B USP sob a forma de complexo com colesterílo, sulfato sódico.
Amphocil apresenta-se em embalagens de 1e 10 frascos para injectáveis contendo 50 mg de anfotericina B e em embalagens de 1 e 10 frascos para injectáveis contendo 100 mg de anfotericina B.
MEDICAMENTO DE USO EXCLUSIVO HOSPITALAR
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Farmoz – Sociedade Técnico Medicinal, S.A.
Rua Prof. Henrique de Barros, Edifício Sagres, 3º A
2685-338 Prior Velho
Lisboa
Portugal
Tel: 21 0414124/5
Fax: 21 941 21 57
E-mail: farmoz@mail.telepac.pt
Fabricante:
Penn Pharmaceuticals, Ltd.
23-24 Tafamaubach Industrial Estate
NP2 3AA Tredegar – Blaenau Gwent
Reino Unido
Este folheto foi aprovado pela última vez em 16-10-2007.

Categorias
Anfotericina B

Ambisome bula do medicamento

Neste folheto:
1.O que é AmBisome e para que é utilizado
2.Antes de utilizar AmBisome
3.Como utilizar AmBisome
4.Efeitos secundários AmBisome
5.Como conservar AmBisome
6.Outras informações

AmBisome 50 mg pó para solução para perfusão
Anfotericina B lipossómica
Leia atentamente este folheto antes de utilizar o medicamento.
-Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico.
-Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico.

1.O QUE É AMBISOME E PARA QUE É UTILIZADO
A substância activa de AmBisome é a anfotericina B. É um antibiótico antifúngico utilizado para:
-O tratamento específico de infecções sistémicas graves causadas por fungos.
-O tratamento de infecções que se acredita serem causadas por fungos em doentes com neutropénia (neutropénia significa ter um número reduzido de um tipo de células sanguíneas brancas conhecidas como “neutrófilos”), resultante de doenças malignas do sangue ou da utilização de fármacos citotóxicos ou imunossupressores.
-O tratamento da leishmaníase visceral, uma doença causada por um parasita.

2. ANTES DE UTILIZAR AMBISOME
O seu médico não lhe administrará AmBisome
-se tiver alergia (hipersensibilidade) à anfotericina B ou a qualquer outro componente de AmBisome a menos que a sua condição envolva risco de vida e o seu médico acredite que apenas a terapêutica com AmBisome o possa ajudar.
-se tiver previamente experienciado uma reacção anafiláctica ou anafilactóide grave ao AmBisome (uma reacção alérgica imediata que põe a vida em risco com sintomas que incluem rubor, comichão, náuseas, inchaço do rosto, boca, língua e vias respiratórias, muitas vezes suficiente para causar dificuldade na respiração).
O seu médico irá tomar especial cuidado com AmBisome
-se experienciar uma reacção alérgica grave. Caso isto aconteça, o seu médico irá parar a perfusão.
-se experienciar outras reacções que se pensem estar relacionadas com a perfusão. Caso isto aconteça, o seu médico poderá diminuir a velocidade de perfusão de modo a que o AmBisome lhe seja administrado durante um período de tempo mais longo (2 horas aproximadamente). O seu médico poderá também administrar-lhe medicamentos tais como difenidramina (um anti-histamínico), paracetamol, petidina (para alívio da dor) e/ou hidrocortisona (um fármaco anti-inflamatório que actua reduzindo a resposta do seu sistema imunitário) para prevenir ou tratar as reacções relacionadas com a perfusão.
-se estiver a tomar outros medicamentos que podem causar lesão no rim. AmBisome pode causar lesão no rim. O seu médico ou enfermeira irão regularmente recolher amostras de sangue para avaliar a creatinina (um químico no sangue que reflecte a função renal) e os níveis dos electrólitos (particularmente o potássio e o magnésio) os quais podem estar alterados devido à função renal reduzida. Isto é particularmente importante se estiver a tomar outros medicamentos que podem causar lesão no rim. As amostras de sangue serão também analisadas para determinação de alterações na função do seu fígado e da capacidade do seu corpo para produzir novas células sanguíneas eplaquetas.
-se os resultados das análises sanguíneas revelarem que o nível de potássio no seu sangue é baixo. Caso isto aconteça, o seu médico poderá receitar-lhe um suplemento de potássio para tomar enquanto estiver a utilizar AmBisome.
-se os resultados das suas análises sanguíneas revelarem uma alteração na função renal ou outras alterações importantes. Caso isto aconteça, o seu médico poderá administrarlhe uma dose inferior de AmBisome ou parar o tratamento.
-se estiver sujeito, ou tiver sido recentemente sujeito a uma transfusão de leucócitos (células brancas do sangue). Uma vez que podem ocorrer problemas graves e repentinos nos pulmões caso lhe seja administrada uma perfusão de AmBisome durante ou logo após uma transfusão de células brancas do sangue, o seu médico recomendará que as perfusões sejam separadas por períodos de tempo tão longos quanto possível para reduzir o risco de problemas nos pulmões e a sua função pulmonar será monitorizada.
-se estiver sujeito a hemodiálise ou filtração para falência renal. O seu médico pode iniciar o tratamento com AmBisome após terminar o procedimento.
-se for diabético. AmBisome contém aproximadamente 900 miligramas de sacarose (açúcar) em cada frasco para injectáveis. Utilizar AmBisome com outros medicamentos Informe o seu médico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.
Sabe-se que os seguintes fármacos interagem com a anfotericina B e podem interagir com AmBisome.

Medicamentos que podem causar lesão no rim, incluindo:
-Fármacos imunossupressores (medicamentos que reduzem a actividade das defesas naturais do corpo) tais como a ciclosporina.
-Qualquer antibiótico do grupo de antibióticos conhecido como aminoglicosídeos, incluindo a gentamicina, a neomicina e a estreptomicina.
-Pentamidina, um fármaco utilizado para tratar a pneumonia em doentes com SIDA e a leishmaníase.
Estes medicamentos podem causar lesão no rim e o AmBisome pode agravar a lesão no rim. Se estiver a tomar medicamentos que podem causar lesão no rim, o seu médico ou enfermeira irão regularmente recolher amostras de sangue para avaliar as alterações na função renal.

Medicamentos que podem baixar os seus níveis de potássio, incluindo:
-Corticosteróides (fármacos anti-inflamatórios que actuam reduzindo a resposta do seu sistema imunitário) e corticotropina (ACTH), utilizados para controlar o ritmo natural do corpo de produção de corticosteróides em resposta a condições de stress.
-Diuréticos (fármacos que aumentam o volume de urina produzido), por exemplo afurosemida.
-Glicosidos digitálicos, os quais são medicamentos produzidos a partir da planta dedaleira e utilizados para tratar a falência cardíaca. AmBisome pode causar uma diminuição dos níveis de potássio no sangue o que pode agravar os efeitos secundários dos digitálicos (alterações no ritmo do coração).
-Relaxantes do músculo esquelético (ex. tubocurarina). AmBisome pode aumentar o efeito relaxante muscular.

Outros Fármacos
-Antifúngicos tais como a flucitosina. AmBisome pode agravar os efeitos secundários da flucitosina (alterações na capacidade do corpo para produzir novas células sanguíneas reveladas nas análises ao sangue).
-Fármacos antineoplásicos (anti-cancerígenos) tais como o metotrexato, doxorrubicina, carmustina e ciclofosfamida. Tomar medicamentos deste tipo durante a perfusão com AmBisome pode causar lesão do rim, pieira ou dificuldades de respiração e tensão arterial baixa.
-Transfusões de leucócitos (células brancas do sangue). Problemas graves e repentinos nos pulmões ocorreram em doentes aos quais foi administrada anfotericina B durante ou logo após as transfusões de células brancas do sangue. Recomenda-se que as perfusões sejam separadas por períodos de tempo tão longos quanto possível e que a função pulmonar seja monitorizada.

Gravidez e aleitamento
Se estiver a planear engravidar, ou está grávida ou a amamentar deve falar com o seu médico antes de utilizar AmBisome.
Desconhece-se a segurança de AmBisome em mulheres grávidas. Se estiver grávida o seu médico apenas lhe receitará AmBisome se ele/ela pensar que os benefícios do tratamento são superiores aos possíveis riscos para si e para a sua criança.
Desconhece-se se AmBisome passa para o leite materno. A decisão de amamentar durante o tratamento com AmBisome deve ter em consideração o potencial risco para a criança bem como os benefícios da amamentação para a criança e os benefícios da terapêutica com AmBisome para a mãe.

Condução de veículos e utilização de máquinas
Alguns dos efeitos secundários de AmBisome podem afectar a sua capacidade de conduzir ou utilizar máquinas com segurança (ver secção 4 Efeitos secundários
possíveis).

Informações importantes sobre alguns componentes de AmBisome
AmBisome contém aproximadamente 900 miligramas de sacarose (açúcar) em cada frasco para injectáveis.
Este medicamento contém menos do que 1 mmol (23 mg) de sódio por frasco para injectáveis, ou seja, é praticamente “isento de sódio” (informação relativa a um valor calculado com base na quantidade total de Na+ no medicamento).

3.COMO UTILIZAR AMBISOME
AmBisome ser-lhe-á sempre administrado por um médico ou uma enfermeira.
Antes de utilizar, AmBisome deve ser dissolvido em água estéril para injectáveis e depois diluído com uma solução contendo dextrose. Deve ser apenas administrado por perfusão na veia. AmBisome não deve ser administrado por qualquer outro modo.
AmBisome não deve ser misturado com soluções salinas (sal) ou com outros fármacos ou electrólitos.

Adultos
A dose de AmBisome é dependente do peso corporal e é ajustada às necessidades individuais de cada doente.
tratamento de micoses e tratamento empírico de micoses em doentes com febre e neutropénia grave:
O tratamento inicia-se habitualmente com uma dose diária de 1,0 mg/kg de peso corporal e é gradualmente aumentado até 3,0 mg/kg/dia, se necessário. Em casos específicos de infecções fúngicas extremamente graves podem utilizar-se doses até 5 mg/kg/dia.
Têm sido comuns tratamentos com doses cumulativas de 1,0 a 3,0 g de anfotericina B na forma de AmBisome durante um período de 3 a 4 semanas. A posologia de
AmBisome deve ser ajustada às características específicas de cada doente.

Tratamento da leishmaníase visceral
Uma dose de 1,0 a 1,5 mg/kg/dia durante 21 dias ou alternativamente uma dose de 3,0 mg/kg/dia durante 10 dias pode ser utilizada para o tratamento da leishmaníase visceral.
Normalmente a perfusão demorará 30 a 60 minutos mas para doses superiores a 5 miligramas por kilograma de peso corporal por dia, a perfusão poderá demorar até 2 horas.
A concentração habitual de AmBisome para perfusão intravenosa é entre 0,20 miligramas por mililitro e 2,00 miligramas por mililitro.

Crianças
AmBisome tem sido utilizado para tratar crianças com idade de 1 mês até 18 anos. A dose de AmBisome para uma criança é calculada por kilograma de peso corporal do mesmo modo que para os adultos. AmBisome não foi estudado em bebés com idade inferior a 1 mês.

Doentes idosos
Não é necessário alteração da dose ou da frequência de perfusão em doentes idosos.

Doentes com função renal diminuída
AmBisome tem sido administrado a doentes com a função renal diminuída em doses que variam de 1 a 5 miligramas por kilograma de peso corporal por dia. Não é necessário alteração da dose ou da frequência de perfusão. Durante o tratamento com
AmBisome, o seu médico ou enfermeira irão regularmente recolher amostras de sangue para avaliar as alterações da função renal.

4.EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS
Como os demais medicamentos, AmBisome pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.

Febre, arrepios e calafrios são as reacções relacionadas com a perfusão mais frequentes que se espera ocorrerem durante a perfusão. As reacções relacionadas com a perfusão menos frequentes podem incluir dor nas costas, aperto no peito, dor no peito, sensação de falta de ar, dificuldade na respiração (possivelmente com pieira), rubor, batimento do coração mais rápido do que o normal e tensão arterial baixa. Estes desaparecem rapidamente quando se pára a perfusão. Estas reacções poderão não ocorrer com futuras perfusões de AmBisome ou quando é utilizada uma velocidade de perfusão mais lenta (durante 2 horas). O seu médico poderá administrar-lhe outros medicamentos para parar as reacções relacionadas com a perfusão ou para tratar os sintomas caso estes ocorram.
Se sofrer uma reacção grave relacionada com a perfusão, o seu médico irá parar a perfusão com AmBisome e não deverá receber este tratamento no futuro.

Os seguintes efeitos secundários têm ocorrido durante o tratamento com AmBisome:
Com possibilidade de afectar mais de 1 em cada 10 pessoas:
-Sentir-se cansado ou confuso ou ter fraqueza muscular ou cãibras causadas pelos baixos níveis de potássio no sangue
-Sentir-se enjoado ou estar enjoado
-Febre, arrepios ou calafrios

Com possibilidade de afectar até 1 em cada 10 pessoas:
-Sentir-se cansado ou confuso ou ter fraqueza muscular ou cãibras causadas pelos baixos níveis de magnésio, cálcio ou sódio no sangue
-Níveis elevados de açúcar no sangue
-Dor de cabeça
-Batimentos cardíacos mais rápidos do que o normal
-Dilatação dos vasos sanguíneos, tensão arterial baixa e rubor
-Sensação de falta de ar
-Diarreia, dor abdominal
-Resultados alterados da função do rim ou fígado revelados em análises ao sangue ou à urina
-Erupção cutânea
-Dor no peito ou nas costas

Com possibilidade de afectar até 1 em cada 100 pessoas:
-Hemorragia na pele, sem causa óbvia e hemorragia durante um longo período após lesão
-Reacção anafilactóide (ver secção 2 deste folheto para informações sobre reacções anafilactóides)
-Convulsões (ataques)
-Dificuldade na respiração, possivelmente com pieira
Para além destes, têm ocorrido os seguintes efeitos secundários durante o tratamento com AmBisome mas desconhece-se a frequência com que ocorrem.
-Anemia (uma redução na quantidade de células vermelhas do sangue, com sintomas de cansaço excessivo, falta de ar após uma actividade ligeira e tez pálida)
-Reacções anafilácticas e de sensibilidade (ver secção 2 deste folheto para informações sobre reacções anafilácticas)
-Ataques cardíacos e uma alteração no ritmo cardíaco normal
-Falência renal e função renal reduzida
-Inchaço grave da pele em torno dos lábios, olhos ou língua
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico.

5.COMO CONSERVAR AMBISOME
AmBisome é conservado na farmácia hospitalar.
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Não utilize AmBisome após o prazo de validade impresso no rótulo.
Não conservar acima de 25ºC. Não congelar. Não conservar frascos para injectáveis parcialmente utilizados para utilização em futuros doentes.
AmBisome é um pó amarelo liofilizado, estéril, sem conservantes, de dose única, para ser dissolvido em água para injectáveis e diluído com uma solução de dextrose antes da perfusão na veia. Do ponto de vista microbiológico, uma vez dissolvido e diluído, o medicamento deve ser imediatamente utilizado. Se não for imediatamente utilizado, os tempos de conservação em utilização e as condições prévias à administração são da responsabilidade do médico ou do farmacêutico e não deverão, normalmente, ser superiores a 24 horas a 2 -8ºC, a menos que a reconstituição (dissolução do pó em água para injectáveis) e a diluição tenham sido realizadas em condições controladas para prevenir a contaminação microbiana.
Quando a reconstituição (dissolução do pó em água para preparações injectáveis) e a diluição com a solução de dextrose são realizadas sob condições controladas poderão utilizar-se os seguintes dados para determinar os prazos em utilização:
-Uma vez o pó dissolvido em água para preparações injectáveis, pode ser conservado do seguinte modo:
Em frascos para injectáveis de vidro durante 24 horas a 25ºC mais ou menos 2ºC expostos à luz.
Em frascos para injectáveis de vidro até 7 dias entre 2ºC e 8ºC.
Em seringas de polipropileno até 7 dias entre 2ºC e 8ºC.
-Uma vez o pó dissolvido em água para injectáveis e diluído com solução de dextrose, pode ser conservado até 7 dias entre 2ºC e 8ºC ou até 72 horas a 25ºC mais ou menos 2ºC utilizando sacos de perfusão de PVC ou poliolefina como meio de diluição.

6.OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição de AmBisome
A substância activa é a anfotericina B. Cada frasco para injectáveis contém 50 miligramas de anfotericina B lipossómica (encapsulada em lipossomas – pequenas partículas de gordura).
Os outros componentes são fosfatidilcolina de soja hidrogenada, colesterol, distearoilfosfatidilglicerol, alfa-tocoferol, sacarose (açúcar), succinato dissódico hexahidratado, hidróxido de sódio e ácido clorídrico.
Qual o aspecto de AmBisome e conteúdo da embalagem AmBisome é um liofilizado (pó seco a frio) para solução para perfusão. É um pó amarelo claro, estéril, apresentado num frasco para injectáveis de 15 mililitros ou 30 mililitros. Cada frasco para injectáveis contém 50 mg da substância activa, anfotericina B lipossómica. O fecho consiste em uma rolha de borracha cinzenta e em um fecho em anel de alumínio ajustado com um fecho não roscado de plástico amovível.
Dez frascos para injectáveis são embalados numa cartonagem com 10 filtros ou um único frasco para injectáveis é embalado numa cartonagem com um filtro.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.

Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante

Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Gilead Sciences, Lda.
Campo Grande, 28 – 7ºA
1700-093 Lisboa

Fabricante
Gilead Sciences Ltd.
Unit 13
Stillorgan Industrial Park
Blackrock, County Dublin
Irlanda
Este folheto foi aprovado pela última vez em 24-07-2007

Categorias
Anfotericina B

Abelcet 5 mg/mL bula do medicamento

Neste folheto:
1. O que é Abelcet e para que é utilizado
2. Antes de utilizar Abelcet
3. Como utilizar Abelcet
4. Efeitos secundários Abelcet
5. Como conservar Abelcet
6. Outras informações

Abelcet 5 mg/mL, concentrado para suspensão para perfusão
Anfotericina B

Leia atentamente este folheto antes de utilizar este medicamento.
Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

1. O QUE É ABELCET E PARA QUE É UTILIZADO
Grupo Farmacoterapeutico: 1.2 Medicamentos anti-infecciosos. Antifúngicos
Indicações
Tratamento de infecções sistémicas por Cândida em doentes que não tenham obtido resposta ou apresentem intolerância à Anfotericina B convencional
Abelcet está indicado no tratamento de infecções sistémicas por Cândida, em doentes neutropénicos e não neutropénicos. Num estudo comparativo randomizado vs anfotericina B convencional, os dois tratamentos foram igualmente eficazes em termos de melhoria clínica e erradicação fúngica patogénica.
Tratamento da meningite criptocócica em doentes com SIDA, em doentes que não tenham obtido resposta ou que apresentem intolerância à Anfotericina B convencional Abelcet está, igualmente, indicado no tratamento da meningite criptocócica e da criptococose sistémica em doentes com a síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA). Num ensaio clínico comparativo em doentes com SIDA que apresentaram meningite criptocócica, a eficácia do Abelcet foi comparável à da anfotericina B convencional.
Tratamento de infecções fúngicas sistémicas graves Abelcet está indicado no tratamento de infecções fúngicas sistémicas graves em doentes que:
não responderam à Anfotericina B convencional ou a outros antifúngicos sistémicos;
apresentem insuficiência renal ou outras contra-indicações à Anfotericina B convencional;
desenvolveram nefrotoxicidade com a anfotericina B.
As infecções fúngicas que responderam ao tratamento com o Abelcet incluiem a
candidíase sistémica, aspergilose, meningite criptocócica e criptococose disseminada,
fusariose, zigomicose, blastomicose e coccidiomicose.
Abelcet é, igualmente, eficaz no tratamento da histoplasmose, micetoma crónico,
pseudalescheriase, esporotricose e tricosporose.
Abelcet tem sido usado com sucesso no tratamento de infecções fúngicas sistémicas em
doentes com neutropenia grave como consequência de doença hematológica maligna, ou,
a fazerem terapêutica citotóxica ou imunosupressora.

2. ANTES DE UTILIZAR ABELCET
Não utilize Abelcet se tem alergia (hipersensibilidade) à substância activa ou a qualquer outro componente de Abelcet.
Ao utilizar Abelcet com outros medicamentos.
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.
Medicamentos nefrotóxicos Abelcet é potencialmente nefrotóxico. Nos doentes que necessitem de receber medicação concomitante com Abelcet, particularmente fármacos nefrotóxicos, a função renal deve ser cuidadosamente monitorizada.
Zidovudina
Em ensaios feitos em cães, observou-se um aumento exagerado da mielotoxicidade e da nefrotoxicidade quando o Abelcet foi administrado concomitantemente com zidovudina.
Se for necessário o tratamento concomitante com a zidovudina, as funções renal e hematológica devem ser rigorosamente vigiadas.

Ciclosporina

Os dados da interacção com medicamentos contendo anfotericina B indicam que os doentes tratados concomitantemente com anfotericina B e com doses elevadas de ciclosporina, registam um aumento da creatinina sérica provocado pela administração simultânea destas duas substâncias.Contudo, Abelcet tem comprovado ser menos nefrotóxico que a anfotericina B convencional.
Outras substâncias
A interacção de Abelcet com outros medicamentos não foi, até à data, estudada. Têm sido referidas interacções da anfotericina B convencional com agentes anti-neoplásicos,
corticosteroides, flucitosina e corticotrofina (ACTH), digitálicos e relaxantes musculares.
Gravidez e aleitamento
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
A anfotericina B convencional tem sido utilizada com sucesso no tratamento de infecções fúngicas sistémicas graves em mulheres grávidas sem qualquer efeito aparente no feto, mas só foi relatado um pequeno número de casos. Os estudos de toxicidade de Abelcet na reprodução em ratos e coelhos não mostraram evidência de embriotoxicidade, fetotoxicidade ou teratogenicidade. Contudo, a segurança da utilização do Abelcet na gravidez ou no aleitamento ainda não foi estabelecida. Assim, o Abelcet deve ser administrado a mulheres grávidas apenas quando o benefício é superior ao risco para a mãe e para o feto.
Desconhece-se se Abelcet passa para o leite materno. A decisão de continuar/descontinuar a amamentação ou de continuar/descontinuar o tratamento com Abelcet deve ser tomada tendo em consideração o benefício da amamentação e o risco da administração de Abelcet.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Os efeitos de Abelcet sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas não foram investigados. Alguns dos efeitos indesejáveis a seguir descritos podem afectar a capacidade de condução ou de utilização de máquinas. No entanto, a condição clínica dos doentes que precisam de Abelcet geralmente exclui a condução ou a utilização de máquinas.
Informações importantes sobre alguns componentes de Abelcet
Este medicamento contém sódio. Esta informação deve ser tida em consideração em doentes com ingestão controlada de sódio.

3. COMO UTILIZAR ABELCET
Utilizar Abelcet sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
Se utilizar mais Abelcet do que deveria.

Nos ensaios clínicos foram administradas doses até 10mg/kg/dia aparentemente semnenhuma toxicidade dose-dependente. Os exemplos de sobredosagem registados com

Abelcet têm sido compatíveis com os registados nos ensaios clínicos no tratamento com as doses recomendadas (ver secção 4.8). Além disso, foram observadas convulsões e bradicardia num doente pediátrico ao qual foi administrada uma dose de 25mg/kg.
Em caso de sobredosagem, deve-se monitorizar o estado do doente (em particular a função cardio-plumonar, renal e hepática, assim como avaliação hematológica e electrolítica) e iniciadas medidas de suporte de vida adequadas. Não se conhece nenhum antídoto específico da anfotericina B.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.

4. EFEITOS SECUNDÁRIOS ABELCET
Como todos os medicamentos, Abelcet pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.
A incidência baseia-se em dados de estudos agrupados a partir de ensaios clínicos de 709 doentes tratados com Abelcet. 556 casos provenientes de estudos de uso compassivo e 153 provenientes de um ensaio clínico controlado, randomizado na candidiase invasiva (38% > 65 anos). Nos estudos de uso compassivo, os doentes ou tinham demonstrado intolerância à anfotericina B convencional, ou tinham insuficiência renal resultante de tratamento anterior com anfotericina B convencional, ou tinham insuficiência renal préexistente ou não resposta à terapêutica.
Foram relatados os seguintes efeitos adversos com Abelcet durante os ensaios clínicos e/ou pós comercialização.
As reações adversas estão a seguir listadas segundo os termos da convenção MedDRA por classe de órgão e frequência. As frequências estão definidas como: muito frequentes (>1/10), frequentes (>1/100, <1/10) e pouco frequentes (> 1/1.000, < 1/100).
Muito frequentes: aumento da creatinina sérica, calafrios e piréxia.
Frequentes: aumento da fosfatase alcalina, aumento da ureia sérica, taquicardia, arritmia cardíaca, trombocitopenia, cefaleia, tremores, asma, dispneia, náuseas, vómitos, insuficiência renal incluindo falência renal, rash, hiperbilirrubinemia, hipocaliémia, hipertensão, hipotensão e alterações das provas da função hepática.
Pouco frequentes: convulsões, neuropatia, reacção no local de administração e resposta anafilática.
Desconhecido: broncospasmo e paragem cardíaca.
De uma maneira geral, os doentes nos quais, a anfotericina B convencional provocou toxicidade aguda significativa, não registaram efeitos tóxicos quando se substituiu a anfotericina B convencional pelo Abelcet. Reacções adversas registadas com a administração do Abelcet foram geralmente moderadas, registando-se predominantemente durante os primeiros 2 dias de administração. A incidência e a gravidade das reacções adversas após o tratamento com Abelcet são substancialmente inferiores às registadas com a anfotericina B convencional.
Alterações transitórias da função renal (aumento da creatinina sérica, e hipocaliémia) têm sido pouco frequentes e não requerem, normalmente, descontinuação do tratamento.
As alterações hematológicas que se desenvolveram ou progrediram durante o tratamento com Abelcet podiam ser atribuídas na maioria dos casos às condições clínicas do doente.
A toxicidade hematológica não parece interferir no tratamento com Abelcet. Num estudo comparativo, os doentes sob tratamento com Abelcet precisaram de menor número de transfusões sanguíneas do que os doentes com anfotericina B convencional. Contudo, a possibilidade de hemólise deverá ser considerada, dado que foi relatada em doentes a receber anfotericina B convencional.
As reacções adversas registadas com a anfotericina B convencional podem ocorrer com Abelcet. Não foi referida qualquer situação inequívoca de toxicidade hepática ou respiratória com Abelcet. Em geral, o médico deve monitorizar o doente para detecção de qualquer tipo de reacção adversa associada à anfotericina B convencional.
Foram registados valores anormais das provas da função hepática com Abelcet e outras formulações de anfotericina B. Embora outros factores como infecção, hiperalimentação, administração concomitante de medicamentos hepatotóxicos e doença do enxerto contra o hospedeiro possam ter contribuído, não se pode excluir uma relação causal com a administração de Abelcet.
Os efeitos adversos observados nos doentes pediátricos são semelhantes aos observados nos adultos.
Nos doentes idosos, o perfil das reacções adversas foi semelhante ao observado nos adultos com menos de 65 anos. Excepções importantes foram os aumentos da creatinina sérica e da dispneia que foram registados com mais frequência tanto com Abelcet como com a anfotericina B convencional neste grupo etário.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

5. COMO CONSERVAR ABELCET
As embalagens fechada e reconstituída devem ser conservados no frigorífico entre 2 a 8°C.
Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Não utilize Abelcet após o prazo de validade impresso no, após “VAL.” O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita.
Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

6. OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição de Abelcet
Abelcet é um concentrado para suspensão para perfusão estéril, apirogéneo de anfotericina B num complexo com fosfolípidos. A anfotericina B é um antibiótico antifúngico poliénico macróciclico de largo espectro produzido pelo Streptomyces nodosus. A parte lipofílica da anfotericina B permite que as moléculas do fármaco formem complexos com os fosfolípidos numa estrutura em forma de fitas.
A substância activa é anfotericina B
Os outros componentes são: Dimiristoilfosfatidilcolina (DMPC),
Dimiristoilfostatidilglicerol (DMPG), Cloreto de sódio, Água p.p.i.
Qual o aspecto de Abelcet e conteúdo da embalagem
Abelcet na forma de concentrado para suspensão para perfusão contendo 5,0 mg de anfotericina B por ml, 100mg por frasco, em frascos de 20 ml (100 mg, 100.000UI de anfotericina B) a qual deve ser diluído com Dextrose a 5,0% deve ser administrado por perfusão endovenosa lenta.
Embalagem contendo: 10 frascos para injectáveis de 20 ml de Abelcet
10 agulhas filtro
10 folhetos informativos
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Cephalon Limited
1 Albany Place,
Hyde Way,
Welwyn Garden City
Hertforshire, AL7 3BT
Reino Unido
Fabricante:
St Mary´s Pharmaceutical Unit
Quadrant Centre
Cardiff Business Park
Llanisham
Cardiff CF14 5RA
Wales
Reino Unido

Este folheto foi aprovado pela última vez em 22.01.2009