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Tibolona

Livial bula do medicamento

Neste folheto:

1.  O que é Livial e para que é utilizado

2.  Antes de tomar Livial

3.  Como tomar Livial

4.  Efeitos secundários Livial

5.  Como conservar Livial

6.  Outras informações

Livial 2,5 mg

Comprimidos

Tibolona

Leia atentamente este folheto antes de tomar este medicamento.

Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.

Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

1. O QUE É LIVIAL E PARA QUE É UTILIZADO

Livial pertence ao grupo de medicamentos denominados de Terapêutica Hormonal de Substituição (THS). Na menopausa (ou após um cirurgia para remoção dos ovários) o organismo feminino pára de produzir estrogénio, a hormona feminina. Podem então surgir nas mulheres certas queixas, tais como afrontamentos, suores nocturnos, irritação vaginal, depressão e desejo sexual diminuído. O Livial pode ser usado para o tratamento dos sintomas da menopausa. Especialmente se tiver mais de 60 anos de idade, o seu médico deverá falar consigo sobre os riscos e benefícios do uso de Livial. A melhoria dos sintomas do climatério ocorre, em geral, ao fim de poucas semanas, mas os melhores resultados são obtidos após, pelo menos, três meses de tratamento.

A deficiência em hormonas sexuais pode também causar a rarefacção dos ossos (osteoporose). Se tiver um risco elevado de fracturas devido à osteoporose, mas não puder tomar outros medicamentos ou se os outros medicamento não forem eficazes, o Livial pode ser usado para esta indicação.

Na secção 6 encontram-se mais informações sobre o Livial e sobre as situações em que está indicado o seu uso.

2. ANTES DE TOMAR LIVIAL

Não tome Livial

  • Se tem alergia (hipersensibilidade) à tibolona ou a qualquer outro componente de Livial
  • Se está grávida ou pensa que poderá estar grávida
  • Se está a amamentar
  • Se tem ou teve cancro da mama, ou se suspeita de cancro da mama
  • Se tem ou suspeita de tumor estrogeno-dependente, tal como cancro da parte interior do útero
  • Se tem um sangramento vaginal anormal, que não foi avaliado pelo seu médico
  • Se tem um crescimento anormal das células da parte interior do útero (hiperplasia endometrial)
  • Se tem, ou teve um problema da circulação, tal como um coágulo de sangue (numa veia das pernas ou nos pulmões)
  • Se tem ou teve problemas cardíacos, tais como: angina, enfarte do miocárdio
  • Se teve um AVC (acidente vascular cerebral) ou um AIT (acidente isquémico transitório)
  • Se tem ou teve doença do fígado e os valores da função hepática ainda não retornaram aos valores normais
  • Se tem porfíria (uma doença hereditária).

Tome especial cuidado com Livial

Tal como os benefícios, a terapêutica hormonal de substituição (THS) tem alguns riscos que devem ser considerados antes de decidir se quer começar a tomar ou se quer continuar a utilizá-la.

Exame médico/acompanhamento clínico

Antes de começar a tomar Livial deve informar o seu médico acerca dos seus antecedentes clínicos e os dos seus familiares. O seu médico pode decidir examinar as sus mamas e/ou abdómen e um exame médico geral e ginecológico. Também fará regularmente exames médicos de controlo, em especial da mama.

Uma vez iniciado o tratamento com Livial, deve consultar o seu médico para exames médicos de controlo regulares (pelo menos uma vez por ano). Aquando dos exames médicos de controlo, o seu médico discutirá consigo os benefícios e os riscos de continuar a tomar Livial.

Algumas situações podem ser agravadas pela THS. Se alguma das seguintes situações estiver presente ou tiver ocorrido anteriormente, informe o seu médico que irá monitorizá-la estreitamente: fibróides uterinos, endometriose, antecedentes de alterações tromboembólicas, se alguém na família teve tumores estrogeno-dependentes, por ex., familiar em 1° grau que teve cancro da mama ou cancro na parte interna do

útero (endométrio), pressão arterial alta, perturbações hepáticas, diabetes, colelitíase, enxaqueca ou dores de cabeça (graves), lúpus eritematoso sistémico, antecedentes de hiperplasia endometrial, epilepsia, asma, otosclerose (surdez hereditária). Avise o seu médico se notar qualquer alteração de saúde enquanto utilizar Livial.

A THS pode, ocasionalmente, causar retenção de líquidos.

O Livial não é um contraceptivo e não a impedirá de ficar grávida.

Razões para a interrupção imediata do tratamento com Livial:

  • Icterícia (a sua pele fica amarelada)
  • Aumento súbito da pressão arterial
  • Ocorrência de enxaquecas ou dores de cabeça fortes, pela primeira vez

Efeitos no risco de desenvolver cancro

Cancro do endométrio

Têm sido notificados e estudados casos de aumento do crescimento celular ou cancro da parte interna do útero em mulheres a utilizar Livial. O risco de cancro da parte interna do útero aumenta com a duração da utilização.

Se tiver sangramento ou hemorragias inesperadas, não é normalmente caso para preocupação, especialmente durante os primeiros meses de tratamento com THS.

No entanto, se o sangramento ou hemorragia vaginais:

  • Persistirem para além de 6 meses
  • Começarem após 6 meses de toma de Livial
  • Continuarem mesmo após ter parado de tomar Livial

Marque uma consulta com o seu médico. Pode ser um sinal de que o seu endométrio está tornar-se mais espesso.

Cancro da mama

As mulheres que tenham cancro da mama ou que tenham tido cancro da mama no passado, não devem tomar THS ou Livial.

Tomar estrogénios, combinações estro-progestativas para THS ou Livial durante vários anos aumenta ligeiramente o risco de cancro da mama. O risco aumenta com a duração do uso de THS mas retorna aos valores normais dentro de 5 anos após a descontinuação do tratamento com THS. As mulheres que utilizam Livial têm um risco menor do que as mulheres utilizadoras de THS combinada e um risco comparável com as mulheres utilizadoras de THS só com estrogénios.

Para mulheres entre os 50 e 64 anos de idade que não estão a tomar THS – espera-se, em média, que em cerca de 32 em 1000 seja diagnosticado cancro da mama. Para 1000 mulheres, podem ocorrer 2 casos extra se estiverem a tomar Livial durante 5 anos e podem ocorrer 5 casos extra se Livial for usado durante 10 anos.

Certifique-se que verifica regularmente as suas mamas em caso de quaisquer alterações, tais como a formação de covinhas na pele, alterações nos mamilos ou quaisquer inchaços que veja ou sinta.

Cancro do ovário

O cancro do ovário é muito raro mas grave. Pode ser difícil de diagnosticar porque, normalmente, não existem sinais evidentes de doença.

Alguns estudos têm indicado que a toma de THS só com estrogénios por um período de tempo superior a 5 anos, pode aumentar o risco de cancro do ovário. Não se sabe se outros tipos de THS aumentam o risco da mesma maneira.

Efeitos no coração ou circulação

Doença de coração

A THS não é recomendada a mulheres que tenham, ou que recentemente tenham tido, doenças de coração. Se teve alguma vez doença de coração, fale com o seu médico para saber se deve tomar Livial.

A THS não ajuda a prevenir a doença de coração.

Estudos efectuados com um tipo de THS (contendo estrogénios conjugados combinados com o progestagénio MPA – acetato de medroxiprogesterona) mostraram que as mulheres podem estar ligeiramente mais propensas a ter doença de coração durante o primeiro ano de tratamento. Para os outros tipos de THS, o risco pode ser semelhante não sendo, no entanto, certo.

Se tiver:

– Uma dor no seu peito que se propaga para o braço ou pescoço, consulte o seu médico o mais brevemente possível e não tome mais THS até o seu médico dizer que pode. Esta dor pode ser um sinal de doença de coração.

AVC (acidente vascular cerebral)

Pesquisas recentes sugerem que a THS e Livial aumentam o risco de ter um AVC. Este aumento do riso é observado, principalmente, em mulheres pós-menopáusicas com mais de 60 anos.

Para mulheres com cerca de 50 anos que não estão a tomar THS – espera-se, em média, que 3 em 1000 tenham um AVC, num período de 5 anos. Para as mulheres com cerca de 50 anos que estão a tomar Livial, o número será de 7 em 1000.

Para mulheres com cerca de 60 anos que não estão a tomar THS – espera-se, em média, que 11 em 1000 tenham um AVC, num período de 5 anos. Para as mulheres com cerca de 60 anos que estão a tomar Livial, o número será de 24 em 1000.

Se tiver:

– Enxaquecas do tipo-cefaleias inesperadas, com ou sem perturbações da visão, consulte o seu médico o mais brevemente possível e não tome mais THS até o seu médico dizer que pode. Estas enxaquecas podem ser um sinal precoce de aviso de um AVC.

Coágulos de sangue

A THS só com estrogénios e combinações estro-progestativas aumentam o risco de ter um coágulo de sangue nas veias (também chamada trombose venosa profunda ou TVP), especialmente durante o primeiro ano de tratamento. No entanto, desconhece-se se o Livial aumenta o risco da mesma maneira.

Estes coágulos de sangue não são sempre graves mas se um se deslocar até aos pulmões, pode causar dor no peito, falta de ar, colapso ou mesmo morte. Esta situação é chamada de embolismo pulmonar ou EP.

A TVP e o EP são exemplos de uma situação clínica chamada tromboembolismo venoso ou TEV.

Está mais propensa a ter um coágulo de sangue se:

  • o seu peso for muito elevado
  • já teve alguma vez um coágulo de sangue
  • os seus familiares têm tendência para ter coágulos de sangue
  • teve um ou mais abortos
  • tem algum problema de coagulação de sangue que necessite de tratamento com um medicamento, tal como a varfarina
  • não puder andar durante um período de tempo prolongado, por exemplo devido a uma doença prolongada ou uma grande operação
  • sofrer de lúpus eritematoso sistémico (uma doença do sistema imunitário)

Se alguma destas situações se aplicar ao seu caso, deverá falar com o seu médico sobre se deve ou não tomar THS.

Para as mulheres com cerca de 50 anos de idade que não estão a tomar THS espera-se, em média, durante um período de 5 anos, que 3 em 1000 tenham um coágulo de sangue. Para as mulheres nos seus 50 anos que estão a tomar THS, o número será de 7 em 1000. Para as mulheres com cerca de 60 anos de idade que não estão a tomar THS espera-se, em média, durante um período de 5 anos, que 8 em 1000 tenham um coágulo de sangue. Para as mulheres nos seus 60 anos que estão a tomar THS, o número será de 17 em 1000.

Se tiver:

  • dores ou inchaço anormais das pernas,
  • dor súbita no peito,
  • dificuldade em respirar,

Consulte o seu médico o mais brevemente possível e não tome mais THS até o seu médico dizer que pode. Estas situações podem ser sinais de um coágulo de sangue.

Se estiver para ser operada, certifique-se de que o seu médico tem conhecimento da situação. Pode precisar de interromper a THS 4 a 6 semanas antes da operação para reduzir o risco de coágulo de sangue. O seu médico dir-lhe-á quando pode iniciar a THS de novo.

Tomar Livial com outros medicamentos

Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.

Há medicamentos que podem influenciar a acção do Livial, assim como Livial pode afectar a acção de outros medicamentos. Por isso, deverá comunicar ao seu médico quais são os outros medicamentos que está a tomar ou tomou recentemente, tais como:

– Medicamentos para problemas na coagulação do sangue, tal como a varfarina, visto que pode ser necessário procederem ao ajuste da dose destes medicamentos;

Não se esqueça de mencionar os medicamentos sem receita médica que está a tomar.

Tomar Livial com alimentos e bebidas

Pode comer e beber normalmente enquanto estiver a tomar Livial.

Gravidez e aleitamento

Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.

Se estiver grávida ou a amamentar ou pensa que pode estar grávida, não tome Livial.

Condução de veículos e utilização de máquinas

Tanto quanto se sabe, Livial não exerce efeitos sobre a atenção e concentração.

Informações importantes sobre alguns componentes de Livial

Livial comprimidos contém lactose. Se foi informado pelo seu médico que tem intolerância a alguns açúcares, contacte-o antes de tomar este medicamento.

3. COMO TOMAR LIVIAL

Tomar Livial sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.

Livial é administrado oralmente. Tome 1 comprimido por dia, de preferência sempre à mesma hora. Engolir o comprimido com um pouco de água.

As embalagens de Livial estão marcadas com os dias da semana. Inicie o tratamento tomando o comprimido marcado para esse dia da semana. Por exemplo, se for segunda-feira tome o comprimido marcado para segunda-feira na parte superior da embalagem. Siga a ordem dos dias da semana até a embalagem estar vazia. Inicie a próxima embalagem no dia seguinte. Não faça intervalo de dias entre a toma de embalagens.

Não deve tomar Livial até prefazer doze meses após a sua última menstruação natural. Se Livial for tomado antes deste período de tempo, a probabilidade de ocorrência de hemorragias vaginais irregulares pode estar aumentada.

Se tiver a impressão que Livial é demasiado forte ou demasiado fraco, fale com o seu médico imediatamente.

Se tomar mais Livial do que deveria

Se tomou mais Livial do que deviaria, deverá consultar imediatamente um médico ou farmacêutico.

Se alguém tomar vários comprimidos de uma só vez, não há grande motivo para preocupação. No entanto, deverá consultar um médico imediatamente. Os sintomas de sobredosagem que poderá ter são mal-estar ou aparecimento de hemorragias vaginais.

Caso se tenha esquecido de tomar Livial

Se se esquecer de tomar um comprimido à hora habitual, tome-o logo que se lembre a não ser que se tenha atrasado mais de 12 horas. Neste caso, salte a toma deste comprimido.

Não tome uma dose a dobrar para compensar a dose que se esqueceu de tomar.

Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.

4. EFEITOS SECUNDÁRIOS LIVIAL

Como todos os medicamentos, Livial pode causar efeitos secundários, no entanto, estes não se manifestam em todas as pessoas. A maioria destes efeitos secundários é moderada.

Os efeitos secundários frequentes observados nos estudos clínicos (1-10% das mulheres que tomaram Livial) foram:

  • Hemorragia ou sangramento vaginais
  • Dor abdominal
  • Aumento de peso
  • Dor mamária
  • Crescimento anormal dos pelos
  • Queixas vaginais, tais como corrimento, comichão e irritação

Um efeito secundário pouco frequente (0,1-1% das mulheres que tomaram Livial) foi o acne.

Outros efeitos secundários que foram observados durante a comercialização de Livial foram:

  • Tonturas, dor de cabeça, enxaquecas, depressão
  • Irritação e/ou erupção na pele ou comichão
  • Distúrbios visuais
  • Perturbações gastrointestinais
  • Retenção de líquidos
  • Dor nas articulações, dor muscular
  • Alterações na função hepática

Foram notificados casos de aumento do crescimento celular ou cancro da parte interna do útero em mulheres tratadas com Livial.

Informe o seu médico se ocorrer hemorragia ou sangramento vaginais ou se algum dos efeitos secundários acima descritos se tornar incómodo ou permanente.

Outros efeitos secundários que podem ocorrer com a THS combinada estrogeno-progestativa são:

  • Tumores hormono-dependentes benignos e malignos
  • Coágulos de sangue nas veias
  • Ataque cardíaco e AVC (acidente vascular cerebral)
  • Doença da vesícula biliar
  • Problemas de pele, tais como irritação e/ou erupção cutânea, descoloração ou manchas vermelhas na pele
  • Demência (declínio na função mental evidenciado pela perda de memória)

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

5. COMO CONSERVAR LIVIAL

Manter Livial fora do alcance e da vista das crianças.

Mantenha os comprimidos dentro da embalagem exterior. Conservar a temperatura inferior a 25°C

Não utilize Livial após o prazo de validade impresso na embalagem após “val.:”. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.

Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

6. OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição de Livial

A substância activa é a tibolona.

Os outros componentes de Livial são: amido de batata, lactose, palmitato de ascorbilo e estearato de magnésio.

Qual o aspecto de Livial e conteúdo da embalagem

Os comprimidos Livial 2,5 mg são brancos, estão marcados com o nome “Organon” numa face e com o código “MK2” na outra e, apresentam-se em embalagens de 1 ou 3×28 comprimidos.

Titular da Autorização Introdução no Mercado e Fabricante

Titular de AIM

Organon Portuguesa, Lda. Av. José Malhoa, 16-B – 2° 1070-159 Lisboa

Telf.: 217 247 777

Fax.: 217 277 776

e-mail: info@organon.pt

Fabricante: Organon

Postbus 20, 5340 BH, Oss

Holanda

Mais informação sobre Livial

Nas mulheres, as hormonas sexuais mais importantes são os estrogénios e os progestagénios. Estas hormonas são necessárias ao desenvolvimento sexual normal das mulheres e têm um papel importante na regulação do ciclo menstrual. Os estrogénios desempenham um papel importante na formação dos ossos. Os ossos são formados durante a juventude e o pico de massa óssea é atingido entre os 20-30 anos de idade. Após esta idade, a massa óssea diminui, primeiro devagar, mas em idades mais avançadas a perda de massa óssea é acelerada, especialmente após a menopausa. O período em que isto acontece (normalmente à volta dos 50 anos) chama-se climatério ou menopausa. Se os ovários forem retirados cirurgicamente (ovariectomia) antes da menopausa, a diminuição da produção hormonal ocorrerá muito abruptamente.

Em muitos casos, esta diminuição na produção de hormonas origina as bem conhecidas queixas menopáusicas, tais como afrontamentos e suores nocturnos. A falta de hormonas sexuais também pode fazer com que a parede vaginal se torne mais fina e seca. Por este motivo, as relações sexuais podem tornar-se dolorosas e as infecções vaginais podem ser mais frequentes. Em muitas mulheres, estes problemas físicos são acompanhados de alterações do humor, nervosismo, depressão, irritabilidade e perda de desejo sexual.

Um problema que, muitas vezes, passa despercebido, é a rápida perda óssea que ocorre em muitas mulheres após a menopausa. Por este motivo, os ossos tornam-se frágeis e podem partir-se facilmente (osteoporose), especialmente os da coluna, anca e pulsos. A osteoporose pode também causar dores nas costas, perda de peso e curvatura nas costas.

Livial contém tibolona, uma substância que pode mimetizar alguns dos efeitos favoráveis das hormonas sexuais: em tecidos diferentes do corpo, tais como cérebro, vagina e osso. Isto resulta que Livial alivia as queixas da menopausa, tais como os afrontamentos e suores nocturnos. Este medicamento também tem um efeito estimulante no revestimento interior da vagina, e um efeito favorável no humor e desejo sexual. Livial pára e trata também o processo de osteoporose, ou seja a perda óssea que ocorre após a menopausa, na coluna, anca e pulsos. Ao contrário de outros medicamentos usados na terapêutica hormonal de substituição, Livial não estimula a parte interior do útero (endométrio). Deste modo, o tratamento com Livial não causa hemorragias vaginais mensais.

Este folheto foi aprovado pela última vez em 14-05-2008.

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Baclofeno

Lioresal 10 mg / 25 mg bula do medicamento

Neste folheto:

1.  O que é Lioresal e para que é utilizado

2.  Antes de tomar Lioresal

3.  Como utilizar Lioresal

4.  Efeitos secundários Lioresal

5.  Como conservar Lioresal

6.  Outras informações

Lioresal 10 mg / 25 mg

Comprimidos

Baclofeno

Leia atentamente este folheto antes de tomar este medicamento.

Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.

Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

1. O QUE É LIORESAL E PARA QUE É UTILIZADO

Lioresal pertence a um grupo de medicamentos denominados relaxantes musculares.

Lioresal é utilizado para reduzir e aliviar a tensão excessiva (espasmos) dos seus músculos, que ocorrem em diversas doenças tais como esclerose múltipla, doenças ou lesões da medula espinal e algumas patologias cerebrais.

Devido ao relaxamento muscular e ao consequente alívio da dor, Lioresal melhora a sua mobilidade, tornando mais fáceis as suas actividades quotidianas e a execução dos exercícios de fisioterapia.

2. ANTES DE TOMAR LIORESAL

Não tome Lioresal:

  • -Se tem alergia (hipersensibilidade) ao baclofeno ou a qualquer outro componente de Lioresal.

Se pensa que poderá ser alérgico(a), aconselhe-se junto do seu médico.

Tome especial cuidado com Lioresal:

  • Se tiver alguma doença mental acompanhada de confusão ou depressão;
  • Se tiver epilepsia (convulsões);
  • Se tiver dor aguda no estômago (úlcera) ou intestinos, problemas respiratórios, doença renal ou hepática, ou perturbações da circulação sanguínea no seu cérebro;
  • Se tiver dificuldades em urinar;
  • Se for diabético.

Se alguma destas situações se aplicar a si, avise o seu médico antes de tomar Lioresal.

Ao tomar Lioresal com outros medicamentos

Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.

Substâncias conhecidas por interferir com a acção de Lioresal:

  • álcool;
  • sedativos;
  • medicamentos utilizados no tratamento da depressão;
  • medicamentos utilizados no tratamento da pressão arterial elevada;
  • medicamentos utilizados no tratamento da doença de Parkinson.

Medidas adicionais de segurança

  • Lioresal e pessoas idosas ou pessoas com espasmos musculares causados por uma doença cerebral:

Se estiver em algum destes grupos, poderá vir a sofrer mais efeitos secundários. Portanto, o seu médico irá mantê-lo(a) apropriadamente vigiado(a) e poderá adaptar a dose de Lioresal que irá tomar.

  • Antes de ser submetido(a) a qualquer intervenção cirúrgica (incluindo dentária), ou a qualquer tratamento de emergência, informe o médico responsável por si que está a tomar Lioresal.

Ao tomar Lioresal com alimentos e bebidas

Lioresal deve ser tomado durante as refeições, engolindo os comprimidos com um pouco de líquido.

Não deverá consumir bebidas alcoólicas durante o seu tratamento com Lioresal. Gravidez e aleitamento

Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento. Não deverá utilizar Lioresal durante a gravidez, salvo indicação contrária do seu médico. Informe o seu médico se estiver grávida ou se planeia engravidar. O médico irá discutir consigo o potencial risco de tomar Lioresal durante a gravidez.

A quantidade de Lioresal que passa para o leite materno é mínima ou nula. Desde que o seu médico concorde, após a análise do seu caso específico e desde que a criança seja cuidadosamente monitorizada para detecção de efeitos secundários, poderá amamentar o seu bebé.

Condução de veículos e utilização de máquinas

Em algumas pessoas o Lioresal poderá estar associado a tonturas, sonolência ou perturbações visuais. Caso isto lhe aconteça, não conduza veículos, não utilize máquinas, nem execute quaisquer tarefas que requeiram a sua total atenção.

Informações importantes sobre alguns componentes de Lioresal

Os comprimidos de Lioresal contêm amido de trigo. É considerado seguro que pessoas com doença celíaca tomem comprimidos de Lioresal. Caso tenha alergia ao trigo (diferente da doença celíaca), não deverá tomar este medicamento.

3. COMO UTILIZAR LIORESAL

Tomar Lioresal sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.

Crianças

O Lioresal poderá ser utilizado em crianças.

Na criança, o tratamento é ajustado em função do seu peso individual.

Adultos

Os adultos iniciam geralmente o tratamento com uma dose de 5 mg, tomada em 3 doses repartidas num dia. A dose é seguidamente aumentada até se obterem os melhores resultados; para esse efeito poderá ser necessário utilizar uma dose entre 30 mg a 80 mg por dia, tomada em 3 doses repartidas. O seu médico poderá decidir prescrever-lhe uma dose mais elevada.

Lioresal deve ser sempre administrado em doses diárias repartidas, ou seja, geralmente 3 ou 4 vezes por dia. A dose prescrita pelo seu médico poderá ser diferente da indicada neste folheto. Caso este seja o seu caso, cumpra rigorosamente as instruções do seu médico.

O seu médico irá dizer-lhe exactamente quantos comprimidos de Lioresal deverá tomar.

Dependendo da sua resposta a este tratamento, o seu médico poderá sugerir um aumento ou redução de dose.

Lioresal deve ser tomado durante as refeições, engolindo os comprimidos com um pouco de líquido. Caso necessário, os comprimidos podem ser fraccionados.

Assegure-se de que toma este medicamento regularmente e exactamente de acordo com as instruções do seu médico; se o fizer, poderá obter os melhores resultados e reduzir o risco de efeitos secundários.

Se esteve em tratamento 6 a 8 semanas e não se sentir melhor, avise o seu médico. O seu médico irá decidir se deverá continuar ou não a tomar Lioresal.

Se tomar mais Lioresal do que deveria

Se tomar acidentalmente uma quantidade de comprimidos muito superior à indicada pelo seu médico, informe-o imediatamente. Você poderá necessitar de cuidados médicos.

Os sintomas principais de sobredosagem são sonolência, dificuldades respiratórias, alteração da consciência e coma (ficar inconsciente).

Outros sintomas poderão incluir: sensação de confusão, alucinações, agitação, convulsões, visão turva, perda invulgar do tónus muscular, contracção súbita dos músculos, maus reflexos ou ausência deles, pressão arterial alta ou baixa, batimentos cardíacos lentos ou rápidos, baixa temperatura corporal, náuseas, vómitos, diarreia ou salivação excessiva.

Caso se tenha esquecido de tomar Lioresal

Se se esquecer de tomar uma dose, tome-a logo que se lembrar. Contudo, se for quase altura da dose seguinte, não tome simultaneamente as duas doses.

Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar. Limite-se a retomar o seu esquema de dosagem habitual. Se omitir várias doses, consulte o seu médico.

Se parar de tomar LioresalNão interrompa subitamente o tratamento com Lioresal sem antes consultar o seu médico. O médico dir-lhe-á quando e como poderá interromper o tratamento. A interrupção súbita do tratamento poderá agravar a sua doença.

Caso interrompa o seu tratamento subitamente, poderá vir a sofrer de nervosismo, sensação de confusão, alucinações, comportamento e pensamentos anormais, convulsões, espasmos incontroláveis, movimentos anormais do corpo, batimentos cardíacos acelerados, temperatura corporal elevada. A tensão excessiva (espasmos) nos seus músculos poderá também piorar.

4. EFEITOS SECUNDÁRIOS LIORESAL

Como todos os medicamentos, Lioresal pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se, manifestam em todas as pessoas.

Estes efeitos são frequentemente ligeiros e ocorrem, regra geral, no início do tratamento; normalmente desaparecem decorridos alguns dias.

Alguns efeitos podem ser graves:

Caso sofra algum dos efeitos listados em baixo, avise o seu médico imediatamente.

  • Problemas respiratórios.
  • Sensação de confusão.
  • Sensação de extrema felicidade.
  • Humor depressivo (depressão).
  • Descoordenação que afecta o equilíbrio e o andar, os movimentos dos membros e olhos e/ou o discurso (sinais de ataxia).
  • Tremores.
  • Alucinações.
  • Pesadelos.
  • Visão desfocada/perturbações visuais.
  • Perda de ar em repouso ou com actividade, inchaço nas pernas e cansaço (sinais de diminuição do débito cardíaco).
  • Baixa pressão arterial (hipotensão).
  • Rash cutâneo.
  • Dificuldade em urinar, dor enquanto urina ou uma redução súbita no débito urinário.
  • Convulsões.
  • Dor abdominal, amarelecimento da pele ou dos olhos e cansaço (sinais de perturbações do fígado).
  • Temperatura corporal reduzida.

Outros efeitos secundários muito comuns: Estes poderão afectar mais de 10 em cada 100 pessoas. Sonolência, torpor, náuseas. Outros efeitos secundários comuns: Estes poderão afectar entre 1 a 10 em cada 100 pessoas.

Sensação de desmaio, fadiga, exaustão, tonturas, dores de cabeça, incapacidade de adormecer, fraqueza dos membros, dores musculares, movimentos oculares contínuos incontrolável, boca seca, ligeiras perturbações do tracto digestivo, vómitos secos, vómitos, obstipação, diarreia, sudorese excessiva, aumento do débito urinário, incontinência nocturna.

Outros efeitos secundários raros:

Estes poderão afectar entre 1 a 10 em cada 10000 pessoas.

Formigueiros ou entorpecimento das mãos e/ou pés, perturbações da fala, perturbações do paladar, dor abdominal, súbita diminuição do débito urinário, incapacidade de obter ou manter uma erecção (impotência).

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

5. COMO CONSERVAR LIORESAL

  • Conservar a temperatura inferior a 25°C.
  • Proteger da humidade.
  • Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Não utilize Lioresal após o prazo de validade impresso na embalagem.

  • Conserve o medicamento na sua embalagem original.
  • Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico.
  • Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

6. OUTRAS INFORMAÇÕES

Qual a composição de Lioresal A substância activa é o baclofeno

Os outros componentes são sílica coloidal anidra (Aerosil 200), celulose microcristalina 101, celulose microcristalina 102, estearato de magnésio, povidona K 30, amido de trigo.

Qual o aspecto de Lioresal e o conteúdo da embalagem

Cada embalagem de Lioresal 10 mg comprimidos tem 20 ou 60 comprimidos.

Cada embalagem de Lioresal 25 mg comprimidos tem 60 comprimidos.

É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.

Titular da Autorização de In trodução no Mercado e Fabricante Novartis Farma – Produtos Farmacêuticos, S.A. Rua do Centro Empresarial, Edifício 8 Quinta da Beloura

2710-444 Sintra Tel: 21 000 86 00

Fabricante

Lioresal 10 mg comprimidos

Lusomedicamenta – Sociedade Técnica Farmacêutica, S.A. Estrada Consiglieri Pedroso, 69 B – Queluz de Baixo 2730-055 Barcarena

Novartis Farma, S.p.A Via Provinciale Schito, 131

80058 Torre Annunziata – Napoli Itália

Lioresal 25 mg comprimidos

Lusomedicamenta – Sociedade Técnica Farmacêutica, S.A. Estrada Consiglieri Pedroso, 69 B – Queluz de Baixo 2730-055 Barcarena

Novartis Farmacéutica, S.A. Ronda de Santa Maria 158 E-08210 Barbera del Vallès Espanha

Este folheto foi aprovado pela última vez em 18-02-2009.

Categorias
Omeprazol

Losec bula do medicamento

Neste folheto:

1.O que é LOSEC e para que é utilizado
2.Antes de tomar LOSEC
3.Como tomar LOSEC
4.Efeitos secundários LOSEC
5.Como conservar LOSEC
6.Outras informações

Losec, 20 mg

Cápsulas gastrorresistentes

Omeprazol

Leia atentamente este folheto antes de tomar o medicamento.

Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.

Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

1.O QUE É LOSEC E PARA QUE É UTILIZADO

LOSEC é um tipo de medicamento denominado “inibidor da bomba de protões”, que reduz a produção de ácido no seu estômago.

LOSEC está aprovado no tratamento das seguintes situações:

  • úlceras na parte superior do intestino (úlcera duodenal). úlceras do estômago (úlcera gástrica benigna).
  • inflamação do tubo digestivo causada pelo refluxo do conteúdo gástrico em adultos e em crianças (esofagite de refluxo).
  • manutenção da esofagite de refluxo para prevenção de recidiva.
  • tumores do pâncreas produtores de hormonas causando um excesso de ácido no estômago (síndrome de Zollinger-Ellison).
  • úlceras da parte superior do intestino causadas pela toma de medicamentos que se destinam a tratar dores e problemas das articulações (úlceras gástricas e duodenais ou erosões relacionadas com a toma de anti-inflamatórios não esteróides).
  • manutenção de úlceras gástricas e duodenais ou erosões relacionadas com a toma de anti-inflamatórios não esteróides para prevenção de recidivas.
  • doença com sintomas causada pelo refluxo do conteúdo gástrico (doença do refluxo gastro-esofágico sintomático).
  • úlceras associadas a infecção com a bactéria designada Helicobacter pylori (erradicação do Helicobacter pylori na úlcera péptica).
  • dor ou desconforto no abdómen superior relacionados com acidez (dispepsia).

2.ANTES DE TOMAR LOSEC

Não tome LOSEC:

– Se tem alergia ao omeprazol ou a qualquer outro componente de LOSEC.

Tome especial cuidado com LOSEC:

Se ocorrer alguma das seguintes situações:

Dor ou indigestão ocorridas durante o tratamento com LOSEC.

Se começar a vomitar sangue ou comida.

Se tiver a visão desfocada. Deve contactar imediatamente o seu médico.

Tomar LOSEC com outros medicamentos:

Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.

Em particular, informe o seu médico se está a tomar medicamentos: utilizados no tratamento de infecções fúngicas (itraconazol, cetoconazol e voriconazol), no tratamento da ansiedade (diazepam) e epilepsia (fenitoína), na prevenção da formação de coágulos sanguíneos (varfarina ou outros bloqueadores da vitamina K), no tratamento de infecções bacterianas (claritromicina, roxitromicina, eritromicina), no tratamento do HIV (atazanavir) e no tratamento de doentes transplantados (tacrolimus).

Gravidez e Aleitamento

Antes de tomar LOSEC, informe o seu médico se está grávida ou pensa engravidar.

Antes de tomar LOSEC, informe o seu médico se está a amamentar.

A utilização de LOSEC durante a gravidez e aleitamento requer uma cuidadosa avaliação do benefício-risco.

Consulte o seu médico antes de tomar qualquer medicamento.

Condução de veículos e utilização de máquinas:

Não é esperado que LOSEC afecte a sua capacidade de conduzir ou utilizar máquinas.

Informações importantes sobre alguns componentes de LOSEC

LOSEC contém lactose. Se foi informado pelo seu médico que tem intolerância a alguns açúcares, contacte-o antes de tomar este medicamento. LOSEC contém manitol. Pode ter efeito laxante moderado.

3. COMO TOMAR LOSEC

Tomar LOSEC sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.

O seu médico dir-lhe-á qual o número de cápsulas que deve tomar e quando o deverá fazer. A dosagem das cápsulas e a duração do tratamento dependerão do seu estado. As cápsulas gastrorresistentes devem ser engolidas inteiras com liquido suficiente (isto é um copo de água), antes das refeições (antes do pequeno almoço ou jantar).

Para doentes com dificuldades de deglutição e para crianças que podem beber ou engolir alimentos semi-sólidos:

As cápsulas também poderão ser abertas para meio copo de água não gaseificada ou para um liquido levemente ácido, por exemplo sumo, iogurte ou água não gaseificada. Poderá beber imediatamente nos 30 minutos seguintes. Agite sempre antes de beber. Para assegurar que toma todo o medicamento, volte a encher o copo com água até meio e beba novamente o líquido. Alternativamente, poderá abrir a cápsula e engolir o conteúdo com água. Os grânulos não devem ser mastigados nem esmagados.

Para dar a medicação a crianças:

Aplica-se a crianças que podem beber ou engolir alimentos semi-sólidos. As cápsulas poderão ser abertas para meio copo de água não gaseificada ou um líquido levemente ácido, por exemplo sumo de fruta ou iogurte ou água não gaseificada. Irá obter uma suspensão que deve administrar à criança em 30 minutos. As partículas sólidas contêm o medicamento. Para atingir o efeito total da medicação, a criança deverá assim engolir as partículas sem mastigá-las nem esmagá-las.

Para crianças que requerem uma dose inferior a 10 mg, deverá usar uma solução oral preparada de Losec i.v. ou Losec infusão.

Úlcera duodenal, úlcera gástrica, esofagite de refluxo:

A dose habitual para o tratamento da úlcera duodenal é de LOSEC 20 mg, uma vez ao dia, durante 2 a 4 semanas.

A dose habitual para o tratamento da úlcera gástrica benigna e da esofagite de refluxo é de LOSEC 20 mg, uma vez ao dia, durante 4 a 8 semanas.

Nota: Em casos isolados de úlcera duodenal, úlcera gástrica e refluxo gastro-esofágico a dose de Losec pode se aumentada para 40 mg uma vez ao dia.

Tratamento de manutenção da esofagite de refluxo para prevenção de recidiva: A dose habitual de Losec é de 10 mg a 20 mg, dependendo da resposta clínica.

Síndrome de Zollinger-Ellison:

A dose inicial recomendada é de 60 mg por dia. O seu médico ajustará a dose de acordo com as suas necessidades e também decidirá durante quanto tempo deverá tomar o seu medicamento. Se a dose diária for superior a 80 mg deverá ser repartida por duas tomas diárias. Em doentes com o Síndrome de Zollinger-Ellison, o tratamento não tem duração limitada.

Tratamento de úlceras gástricas e duodenais ou erosões relacionadas com a toma de anti-inflamatórios não esteróides:

Para curar a úlcera causada pela toma de medicamentos, que se destinam a tratar dores e problemas das articulações, recomenda-se Losec 20 mg uma vez ao dia durante 4 a 8 semanas. A resolução dos sintomas é rápida, e na maioria dos doentes a cicatrização ocorre em 4 semanas.

Tratamento de manutenção de úlceras gástricas e duodenais ou erosões relacionadas com a toma de anti-inflamatórios não esteróides para prevenção de recidivas:

Para evitar o reaparecimento da úlcera ou dores a dose usual de Losec é de 20 mg por dia.

Tratamento sintomático da doença do refluxo gastro-esofágico sintomático:

A dose habitual de Losec é de 10-20 mg uma vez ao dia durante 2 a 4 semanas. O seu médico poderá ajustará a dose de acordo com as suas necessidades.

Erradicação do Helicobacter pylori na úlcera péptica:

A dose habitual de Losec é de 20 mg duas vezes ao dia em combinação com os antibióticos abaixo indicados:

  • amoxicilina 1000 mg e claritromicina 500 mg, duas vezes ao dia durante uma semana.

ou

  • claritromicina 250 mg e metronidazol 400-500 mg, ambos duas vezes ao dia.

A duração do tratamento é de 1 semana. Para evitar o desenvolvimento de resistências a duração do tratamento não deve ser reduzida.

Se os sintomas não desaparecerem após um destes tratamentos o seu médico poderá tentar outro tratamento utilizando um antibiótico diferente.

Dispepsia:

Para o alívio dos sintomas de dor ou desconforto abdominais a dose recomendada de Losec é de 10-20 mg uma vez ao dia. A dose deve ser ajustada individualmente.

Idosos:

Não é necessário efectuar ajustes posológicos nos idosos. Crianças a partir dos 2 anos

A dose recomendada é de 10 mg uma vez ao dia em crianças com peso compreendido entre 10-20 kg e de, 20 mg uma vez ao dia em crianças com peso superior a 20 kg.

Crianças com idade compreendida entre 0-24 meses

A dose recomendada é de 10 mg uma vez ao dia em crianças com peso compreendido entre 10 e 20 kg. Em crianças com peso inferior a 10 kg, a dose recomendada é de 1 mg/kg/dia.

As crianças com idade compreendida entre 0-3 meses raramente necessitam mais do que 0,5 mg/kg/dia.

Erradicação do Helicobacter pylori em crianças a partir dos 4 anos

Em crianças com peso compreendido entre 15-30 kg a dose usual é Losec 10 mg com amoxicilina e claritromicina, todos duas vezes ao dia durante uma semana.

Em crianças com peso compreendido entre 30-40 kg a dose usual é Losec 20 mg com amoxicilina e claritromicina, todos duas vezes ao dia durante uma semana.

Em crianças com peso superior a 40 kg deve ser utilizada a mesma dose recomendada para os adultos.

Doentes com função renal ou hepática alteradas:

Os doentes com doença hepática grave raramente necessitam mais de 10 – 20 mg por dia. A dose de Losec não necessita de ser ajustada em doentes com alterações da função renal.

Se tomar mais LOSEC do que deveria:

Se tomou um número de comprimidos superior ao recomendado, contacte imediatamente o seu médico ou farmacêutico. Embora não tenham sido observados sinais ou sintomas em doentes que receberam doses muito elevadas de omeprazol, aconselhamos a chamar imediatamente o seu médico ou farmacêutico em caso de sobredosagem.

Doses orais diárias até 400 mg não provocaram quaisquer sintomas graves. Caso se tenha esquecido de tomar LOSEC:

Se falhou uma dose, não tome outra. Continue de acordo com o programa habitual. Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.

Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.

4.EFEITOS SECUNDÁRIOS LOSEC

Como os demais medicamentos, LOSEC pode causar efeitos secundários em algumas pessoas.

Contacte o seu médico imediatamente ou desloque-se ao hospital mais próximo se lhe acontecer alguma das seguintes situações.

Efeitos secundários frequentes: diarreia, obstipação (prisão de ventre), flatulência (possivelmente dor abdominal), náuseas, vómitos, sonolência, dificuldades em adormecer, vertigens e dor de cabeça. Na maioria destes casos os sintomas melhoram durante a continuação do tratamento.

Efeitos secundários pouco frequentes: comichão, erupção da pele, queda de cabelo, eritema multiforme, sensibilidade à luz solar, tendência para aumento da sudação, síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica, edema periférico. Poderão ocorrer alterações da visão (por ex. visão turva) ou do gosto.

Efeitos secundários raros: dores nas articulações e nos músculos, fraqueza muscular, sensação de formigueiro/picada, dores de cabeça, aumento dos enzimas hepáticos, alterações no sangue (redução do número das células no sangue, p. ex. diminuição do número de glóbulos brancos, de plaquetas ou mesmo ausência de glóbulos brancos, e de outras células sanguíneas). Poderão ocorrer casos de confusão mental e alucinações, sobretudo em doentes em estado muito grave.

Efeitos secundários muito raros: secura de boca, inflamação da boca, infecções por fungos do tubo digestivo, problemas de rim e fígado (por ex. inflamação dos rins, hepatite com ou sem icterícia, alteração da função do fígado), urticária, dermatite, febre, inchaço, broncoconstrição, reacção alérgica grave (choque anafilático), encefalopatia, desenvolvimento das mamas nos homens e alteração dos níveis de sal sanguíneos (níveis baixos de sódio). Poderão ocorrer casos de agitação, agressividade e depressão, sobretudo em doentes em estado muito grave.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

5.COMO CONSERVAR LOSEC

Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Não conservar acima de 30°C.

Manter o recipiente bem fechado após cada utilização.

Não utilize LOSEC após o prazo de validade impresso na embalagem. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.

Se o seu médico decidir parar o tratamento, devolva ao seu farmacêutico quaisquer comprimidos que não tenha utilizado.

Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

6. OUTRAS INFORMAÇÕES

Qual a composição de LOSEC

A substância activa é o omeprazol. Cada cápsula de gelatina dura contém 20 mg de omeprazol (em grânulos) com uma cobertura especial que impede a dissolução do medicamento antes de atingir o intestino.

Os outros componentes são: Hidrogenofosfato dissódico di-hidratado, hidroxipropilcelulose, hidroxipropilmetilcelulose, lactose anidra, estearato de magnésio, manitol, copolímero de ácido metacrílico, celulose microcristalina, polietilenoglicol 400, laurilsulfato de sódio, óxido de ferro vermelho (E 172), sílica coloidal anidra, dióxido de titânio (E 171) e gelatina.

Qual o aspecto de Losec e conteúdo da embalagem

As cápsulas de 20 mg são cor de rosa opaco e castanho avermelhado e estão marcadas com A/OM.

LOSEC apresenta-se em embalagens de 14 e 28 cápsulas.

Titular da autorização de introdução no mercado AstraZeneca Produtos Farmacêuticos Lda., Rua Humberto Madeira 7, Valejas, 2745-663 Barcarena.

Grupo farmacoterapêutico: 6.2.2.3 Inibidores da bomba de protões.

Este folheto informativo foi revisto em 07-12-2006.

Categorias
Clozapina

Leponex bula do medicamento

Neste folheto:

1. O que é Leponex e para que é utilizado
2. Antes de tomar Leponex
3. Como tomar Leponex
4. Efeitos secundários Leponex
5. Conservação de Leponex

Leponex 25 mg e 100 mg

Comprimidos

Clozapina

Leia atentamente este folheto antes de tomar utilizar o medicamento.

Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico.

Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.

1. O QUE É LEPONEX E PARA QUE É UTILIZADO

A clozapina é um fármaco antipsicótico usado no tratamento de certos casos de esquizofrenia. A esquizofrenia é uma doença do sistema nervoso caracterizada por uma ruptura prolongada do contacto com a realidade. Pensa-se que a esquizofrenia resulta de desequilíbrios na quantidade de uma substância existente no cérebro chamada dopamina. Sabe-se que a clozapina interfere com a acção da dopamina. As pessoas com esquizofrenia pensam, sentem e relacionam-se com os outros de uma maneira diferente. Podem, por exemplo, pensar, ver ou ouvir coisas irreais ou muito fantasiosas. Por causa disso podem também parecer muito angustiadas e isoladas. Estes são os chamados sintomas psicóticos e podem perturbar a vida profissional e/ou familiar. Leponex melhora esses sintomas respeitando a actividade física e psíquica normal, facilitando o contacto com os outros.

Para que é utilizado?

  • Leponex está indicado para o tratamento da esquizofrenia em doentes que não respondem ao tratamento ou que apresentam efeitos indesejáveis graves e não tratáveis com outros medicamentos usados com o mesmo objectivo.
  • Leponex está também indicado nas perturbações psicóticas que ocorram durante o curso da doença de Parkinson, nos casos em que o tratamento normal falhou.
  • Leponex distingue-se dos outros medicamentos antipsicóticos por ser eficaz em cerca de 60 % dos casos de esquizofrenia que não respondem a outros tratamentos.

2. ANTES DE TOMAR LEPONEX

Não tome Leponex:

  • se não pode fazer análises sanguíneas regulares,
  • se já teve granulocitopenia/agranulocitose (diminuição dos glóbulos brancos) provocada por medicamentos, incluindo Leponex,
  • no caso de insuficiência da função da medula óssea,
  • se tem epilepsia não controlada,
  • no caso de psicoses alcoólicas e outras psicoses de origem tóxica,
  • no caso de intoxicação devida a medicamentos, estados comatosos,
  • no caso de colapso circulatório e/ou depressão do Sistema Nervoso Central de qualquer origem,
  • se tiver perturbações graves dos rins ou coração (ex.: miocardite),
  • se tiver doença hepática activa associada a náuseas, anorexia ou icterícia; doença hepática progressiva, insuficiência hepática,
  • se tiver íleo paralítico (paralisação do intestino),
  • se tem hipersensibilidade (alergia) à substância activa (clozapina) ou a qualquer outro ingrediente de Leponex. Ver também a secção “Outros ingredientes” para verificar se é alérgico ou intolerante a algum dos ingredientes aí descritos.

O tratamento com Leponex não deve ser iniciado ao mesmo tempo com medicamentos com formulação depot (injecções de acção prolongada).

Tomar especial cuidado com Leponex:

Leponex apenas deverá ser usado por doentes que façam regularmente análises ao sangue. A diminuição do número de glóbulos brancos é um efeito indesejável raro, mas potencialmente perigoso. Este efeito pode ser facilmente detectado desde que faça regularmente as análises ao sangue recomendadas pelo seu médico.

O seu médico vai entregar-lhe um Cartão de Doente de Leponex, que deverá apresentar na farmácia sempre que for aviar a sua receita de Leponex.

Deve contactar o seu médico assistente logo que se desenvolva qualquer tipo de infecção. Deve ter particular atenção para sintomas semelhantes aos da gripe tais como febre ou dor de garganta, pois podem indicar diminuição do número de glóbulos brancos. É muito importante que informe imediatamente o seu médico no caso de interromper o tratamento por 2 ou mais dias, uma vez que terá que fazer novas análises ao sangue.

Monitorização das suas análises sanguíneas (contagens leucocitárias e da contagens absolutas de neutrófilos [CAN]):

10 dias antes do início do tratamento com Leponex deverá efectuar análises sanguíneas para assegurar que só irá receber Leponex se os seus valores sanguíneos estiverem normais (contagem leucocitária > 3500/mm3 (3,5×109/L) e CAN > 2000/mm3 (2,0×109/L)). Após o início do tratamento com Leponex a contagem leucocitária e a CAN deverão ser monitorizadas semanalmente durante as primeiras 18 semanas e, depois, em intervalos de pelo menos 4 semanas.

A monitorização deve continuar durante o tratamento e durante 4 semanas após completa
interrupção de Leponex ou até ter ocorrido recuperação hematológica.

O quadro seguintes descreve o significado das análises e as acções a tomar:

Contagem de células sanguíneas Acção necessária
Leucócitos/mm3 (/L) CAN/mm3 (/L)
> 3500 (> 3,5×109) > 2000 (> 2,0×109) Continuar o tratamento com Leponex
3000-3500 (3,0×109-

3,5×109)

1500-2000 (1,5×109-2,0×109) Continuar o tratamento com Leponex. Análises hematológicas duas vezes por semana até as contagens estabilizarem ou aumentarem.
< 3000 (< 3,0×109) < 1500 (< 1,5×109) Interromper imediatamente o tratamento com Leponex.

Análise hematológica diária até a alteração hematológica estar resolvida. Monitorizar uma eventual infecção. Não reexpor o doente.

Interrupção da terapêutica por razões não hematológicas: Os doentes tratados com Leponex durante mais de 18 semanas e que interromperam o seu tratamento durante mais de 3 dias mas menos de 4 semanas devem efectuar a contagem leucocitária e CAN semanalmente por mais 6 semanas. Se o tratamento com Leponex foi interrompido durante 4 semanas ou mais, é necessária a monitorização semanal durante as 18 semanas seguintes de tratamento e a retitulação da dose.

Outras precauções:

Pode ocorrer hipotensão ortostática (queda brusca da pressão arterial quando se levanta), durante o tratamento com Leponex. Este colapso é raramente profundo e é mais provável quando se toma conjuntamente benzodiazepinas ou qualquer outro agente psicotrópico (ver secção “Tomar Leponex com outros medicamentos”). Por este motivo, os doentes que iniciam o tratamento com Leponex necessitam de uma supervisão médica cuidadosa.

Leponex foi associado a vários graus de alteração do peristaltismo intestinal (movimentos do intestino), que variaram desde obstipação (prisão de ventre) a obstrução intestinal, compactação fecal e ileus paralítico (paralização do intestino) (ver secção “Efeitos indesejáveis possíveis”).

É necessário particular cuidado em doentes a ser tratados ao mesmo tempo com outros medicamentos que se sabe causarem obstipação (especialmente medicamentos com propriedades anticolinérgicas tais como alguns antipsicóticos, antidepressivos e antiparkinsónicos), que tenham história de doença no cólon ou história de cirurgia abdominal baixa, já que estes podem piorar a situação.

Durante o tratamento com Leponex os doentes podem apresentar elevações transitórias de temperatura acima de 38°C, mais frequentes nas primeiras 3 semanas do tratamento. Esta febre é geralmente benigna mas pode estar ocasionalmente associada a uma alteração do número de glóbulos brancos. Os doentes com febre devem ser cuidadosamente avaliados para excluir a possibilidade de uma infecção subjacente ou de diminuição do número de glóbulos brancos. Na presença de febre elevada deve considerar-se a possibilidade de Síndrome Maligno dos Neurolépticos.

Se tiver taquicardia persistente (batimentos do coração acelerados) quando está em repouso, especialmente nos primeiros 2 meses de tratamento e/ou palpitações, arritmias, dor no peito, outros sintomas tais como fadiga inexplicável e problemas de respiração deve contactar imediatamente o seu médico.

São raros os casos de intolerância à glucose e/ou desenvolvimento ou agravamento de diabetes mellitus durante o tratamento com clozapina.

Dado que Leponex pode estar associado a tromboembolismo, deve evitar-se a imobilização dos doentes.

Utilização em crianças: a segurança e eficácia de Leponex em crianças não estão ainda definidas, pelo que a sua administração neste grupo etário depende do critério médico.

Utilização em idosos: Leponex pode ser usado por pessoas idosas, desde que seja respeitada a posologia: recomenda-se uma dose inicial mais baixa e um aumento posológico mais gradual.

Durante o tratamento com Leponex pode ocorrer hipotensão ortostática e têm havido casos de taquicardia (batimentos rápidos do coração), que pode ser persistente. Os doentes idosos, particularmente aqueles com problemas de coração, podem ser mais susceptíveis a estes efeitos.

Utilização no caso de ter outra doença: informe o seu médico se sofrer de alguma outra doença pois pode ser necessário ajustar o seu tratamento ou tomar certas precauções. Nos doentes epilépticos Leponex pode aumentar a susceptibilidade a crises convulsivas. Em doentes com antecedentes de convulsões, perturbações do coração, vasos sanguíneos ou dos rins, a dose inicial deverá ser de 12,5 mg numa única administração no primeiro dia e qualquer aumento da posologia deverá ser lento.

Leponex deve ser usado com precaução em doentes com tumor benigno da próstata e glaucoma, bem como em casos de abuso de álcool ou toxicodependência.

Leponex deve ser usado com precaução em doentes com antecedentes de doença do cólon.

Os doentes com perturbações hepáticas pré-existentes estáveis podem ser tratados com Leponex, mas é necessário avaliar regularmente a função hepática. Nos doentes em que se desenvolvam náuseas, vómitos ou anorexia durante o tratamento com Leponex devem realizar-se imediatamente testes de função hepática. Se a elevação dos valores for clinicamente significativa ou se ocorrerem sintomas de icterícia o médico poderá ter necessidade de interromper o tratamento com Leponex. No entanto, o tratamento pode ser retomado quando os testes de função hepática tiverem voltado aos valores normais. Após a reintrodução do tratamento a função hepática deverá ser cuidadosamente avaliada. Deve tomar-se particular cuidado em doentes que já tiveram alterações sanguíneas provocadas por medicamentos e alterações da medula óssea.

Deve igualmente informar seu médico no caso de ocorrerem alterações súbitas nos hábitos tabágicos ou de ingestão de café, uma vez que estas podem modificar os efeitos de Leponex.

Tomar Leponex com alimentos e bebidas:

O consumo de café e fumo de tabaco em excesso podem alterar os efeitos de Leponex. Gravidez:

A utilização de Leponex durante a gravidez deve ser feita com cuidado. Informe o seu médico se está grávida ou se deseja engravidar.

Aleitamento:

As mães tratadas com Leponex não devem amamentar. Mulheres em idade fértil:

Pode ocorrer um retorno à menstruação normal como resultado da mudança de outros antipsicóticos para Leponex, por isso , deve m ser asseguradas as medidas contraceptivas adequadas.

Condução de veículos e utilização de máquinas:

Leponex pode causar sonolência e, nos doentes epilépticos aumentar a susceptibilidade a crises convulsivas. Deve evitar actividades como sejam a condução de veículos ou de máquinas, especialmente durante as primeiras semanas de tratamento.

Informações importantes sobre alguns ingredientes de Leponex:

Leponex 25 e 100 mg contêm lactose. Informe o seu médico no caso de intolerância à lactose. Tomar Leponex com outros medicamentos:

Antes de tomar Leponex deve informar o seu médico ou o seu farmacêutico sobre todos os medicamentos que está a tomar, ou que toma habitualmente, mesmo aqueles que adquiriu sem receita médica na farmácia. Deve ter particular atenção nos seguintes casos: Benzodiazepinas ou outros fármacos psicotrópicos: Recomenda-se particular cuidado ao iniciar o tratamento com Leponex em doentes que estão a ser ou foram recentemente tratados com medicamentos deste tipo, uma vez que estes doentes podem apresentar um risco aumentado de colapso circulatório que, em raras ocasiões, pode ser profundo e conduzir a paragem cardíaca e/ou respiratória.

Inibidores selectivos da recaptação da serotonina, tais como paroxetina, citalopram, sertralina e fluoxetina: o efeito de Leponex pode ser aumentado nos doentes tratados simultaneamente com estes medicamentos.

Álcool, inibidores da MAO e depressores do Sistema Nervoso Central (ex. narcóticos, anti-histaminícos e benzodiazepinas): Leponex pode aumentar os efeitos depressores do Sistema Nervoso Central destes medicamentos.

Fármacos com propriedades hipotensoras (todos os antihipertensores), anticolinérgicas (certos antidepressivos, certos antipsicóticos, certos anti-histamínicos, certos antiespasmódicos) ou com efeitos depressores a nível respiratório (ex.: opiáceos): Leponex pode aumentar os efeitos destes fármacos podendo surgir efeitos indesejáveis.

Fármacos com elevada ligação às proteínas (ex. varfarina e digoxina): Leponex pode provocar um aumento na concentração plasmática destes fármacos devido à deslocação das proteínas plasmáticas.

Carbamazepina, fenitoína, rifampicina e omeprazole: a sua administração simultânea pode diminuir o efeito de Leponex.

Cimetidina, eritromicina, fluvoxamina: o efeito de Leponex pode ser aumentado nos doentes tratados simultaneamente com estes medicamentos.

Lítio: a utilização simultânea de Lítio ou outros agentes activos sobre o SNC pode aumentar o risco de desenvolvimento do Síndrome Maligno dos Neurolépticos. Fármacos com potencial para provocar depressão da medula óssea não devem ser utilizados concomitantemente com Leponex. Deve evitar-se a utilização simultânea de antipsicóticos “depot” (injecções de acção prolongada como os decanoatos).

Adrenalina e vasoconstritores a-adrenérgicos: Leponex pode opor-se à acção vasoconstritora destes medicamentos.

3. COMO TOMAR LEPONEX

Os doentes que iniciam o tratamento com Leponex devem respeitar e seguir cuidadosamente todas as recomendações do médico. A dose de Leponex é determinada em cada caso individual pelo médico. Para o tratamento ser bem sucedido deve seguir exactamente todas as instruções do seu médico. Não deve alterar a dose nem esquecer-se de fazer as análises ao sangue requisitadas pelo seu médico.

O seu médico vai-lhe entregar um Cartão de Doente de Leponex, que deverá apresentar na farmácia sempre que for aviar a sua receita de Leponex.

Se estiver a tomar outros medicamentos além de Leponex leia “Posso tomar Leponex com outros medicamentos?”.

As posologias a seguir recomendadas são posologias de referência. O seu médico determinará qual é no seu caso a posologia mais indicada (que pode ser diferente da indicada abaixo), a qual poderá variar durante o tratamento.

Doentes esquizofrénicos resistentes ao tratamento

Dose inicial: 12,5 mg (metade de um comprimido de 25 mg) uma ou duas vezes no primeiro dia, seguido por um ou dois comprimidos de 25 mg no segundo dia. Sendo bem tolerada, a dose diária pode então ser aumentada lentamente em etapas de 25 mg a 50 mg, de modo a atingir uma posologia de até 300 mg/dia ao fim de 2 a 3 semanas. A partir daí, e se necessário, pode aumentar-se a dose diária em etapas de 50 mg a 100 mg em intervalos de duas vezes por semana ou, de preferência, semanais.

Utilização no idoso: Recomenda-se iniciar o tratamento com uma dose particularmente baixa (12,5 mg numa administração no primeiro dia) e limitar os aumentos de dose posteriores a 25 mg/dia.

Utilização em crianças: A segurança e eficácia de Leponex em crianças com menos de 16 anos de idade não foi estabelecida, não devendo ser usado neste grupo. Doses geralmente usadas depois da fase inicial: Na maioria dos doentes são usadas doses divididas de 200 – 450 mg/dia. A dose diária total pode ser dividida de maneira desigual com a dose mais elevada à hora de deitar.

Dose máxima: Para obter o benefício terapêutico completo, alguns doentes podem necessitar de doses mais elevadas; neste caso, são permissíveis aumentos ponderados (i.e. sem exceder os 100 mg) até 900 mg/dia. Deve-se ter em conta a possibilidade de aumento de efeitos indesejáveis (em particular convulsões) que surgem com doses acima dos 450 mg/dia. Dose de manutenção: Após atingir o benefício terapêutico máximo, muitos doentes podem ser controlados eficazmente com doses mais baixas. Assim, é recomendada assim uma diminuição progressiva da dose. O tratamento deve ser mantido durante pelo menos 6 meses. Se a dose diária não exceder 200 mg pode ser apropriada a administração uma vez por dia à noite.

Suspensão do tratamento: Se for necessário terminar o tratamento com Leponex, é recomendada uma redução gradual da dose durante um período de 1 a 2 semanas. Se for necessária a interrupção brusca (devido à diminuição do número de glóbulos brancos, por exemplo), é necessário que o doente seja cuidadosamente observado pelo médico relativamente ao aparecimento de sintomas psicóticos e sudação abundante, cefaleias, náuseas vómitos e diarreia.

Reinício do tratamento: Nos doentes que se esquecerem de tomar Leponex por mais de 2 dias, o tratamento deve ser reiniciado com 12,5 mg (metade de um comprimido de 25 mg) administrado uma ou duas vezes no primeiro dia (ver Caso se tenha esquecido de tomar Leponex). Se esta dose for bem tolerada, poderá ser possível ajustar a dose até ao nível terapêutico mais rapidamente que o recomendado para o tratamento inicial. Porém, em doentes que tenham sofrido anteriormente paragem respiratória ou cardíaca com a dose inicial (ver Que precauções devo ter ao tomar Leponex”), mas nos quais foi possível efectuar um ajuste posológico com sucesso até à dose terapêutica, o reinício deve efectuar-se com extrema cautela.

Mudança de um tratamento prévio com um antipsicótico para Leponex: É geralmente recomendado que Leponex não seja utilizado em combinação com outros antipsicóticos. Quando se inicia o tratamento com Leponex num doente tratado com antipsicóticos orais, é recomendado que o outro antipsicótico seja primeiro descontinuado titulando a sua posologia de forma decrescente.

Perturbações psicóticas que ocorrem durante o curso da doença de Parkinson, nos casos em que o tratamento convencional falhou

Dose inicial: não deve exceder 12,5 mg/dia (metade de um comprimido de 25 mg), administrados à noite. Aumentos de dose posteriores devem ser feitos em etapas de 12,5 mg, e não mais do que 2 vezes por semana atingindo os 50 mg somente ao final da segunda semana. A quantidade diária total deve, de preferência, ser administrada como uma dose única à noite.

Dose média eficaz: situa-se geralmente entre 25 e 37,5 mg/dia. No caso de o tratamento, com uma dose de 50 mg durante pelos menos uma semana, não proporcionar uma resposta terapêutica satisfatória, a posologia pode ser cuidadosamente aumentada em etapas de 12,5 mg/semana.

Dose máxima: a dose de 50 mg/dia só deve ser excedida em casos excepcionais, e a dose máxima de 100 mg/dia nunca deve ser excedida.

Os aumentos de dose devem ser limitados ou atrasados se ocorrer hipotensão ortostática, sedação excessiva ou confusão. A pressão arterial deve ser monitorizada durante as primeira semanas de tratamento.

Em casos de remissão completa dos sintomas psicóticos durante pelo menos 2 semanas é possível um aumento na medicação antiparkinsónica se o estado motor o permitir. Se esta abordagem resultar na recorrência dos sintomas psicóticos, a posologia de Leponex pode ser aumentada com ajustes graduais de 12,5 mg/semana até um máximo de 100 mg/dia, administrados em uma ou duas doses divididas.

Finalização da terapêutica: é recomendada uma redução gradual da dose em etapas de 12,5 mg durante um período de pelo menos uma semana (preferencialmente duas).

O tratamento deve ser imediatamente interrompido no caso de neutropenia ou agranulocitose (diminuição do glóbulos brancos) como indicado na secção Que precauções devo ter ao tomar Leponex. Nesta situação, é essencial proceder a uma monitorização psiquiátrica cuidadosa do doente uma vez que os sintomas podem reaparecer rapidamente.

Os comprimidos de Leponex são para administração oral, devendo ser engolidos sem mastigar com um pouco de água.

Duração do tratamento:

Leponex destina-se a tratamentos prolongados de vários meses ou anos. A duração do tratamento com Leponex irá depender da gravidade da doença e do modo como reage ao tratamento. O seu médico dir-lhe-á exactamente durante quanto tempo tem de tomar Leponex.

Se tomar mais Leponex do que deveria:

No caso de uma sobredosagem contacte imediatamente o seu médico ou o hospital mais próximo.

Sinais e sintomas: Sonolência, letargia, ausência de reflexos (arreflexia), coma, confusão, alucinações, agitação, delírio, distúrbios dos movimentos, hiperreflexia, convulsões; secura da boca, dilatação da pupila, visão turva, desregulação da temperatura; aceleração do ritmo cardíaco, hipotensão, colapso, arritmias cardíacas; pneumonia de aspiração, dificuldade em respirar, depressão ou insuficiência respiratória.

Nalguns indivíduos adultos ao tomarem Leponex pela primeira vez (não habituados ao Leponex), a ingestão súbita de doses próximas dos 400 mg provocou efeitos indesejáveis graves. Em crianças, a ingestão de 50 mg a 200 mg resultou em efeitos indesejáveis graves. O tratamento é feito em meio hospitalar, recomendando-se: Lavagem gástrica e/ou administração de carvão activado nas primeiras 6 horas após a ingestão do medicamento (a diálise peritoneal e a hemodiálise não são muito eficazes).

Tratamento sintomático sob monitorização cardíaca contínua, vigilância da respiração, monitorização dos electrólitos e do equilíbrio ácido-base. Deve ser evitada a utilização de adrenalina no tratamento da hipotensão devido a possibilidade de ocorrência de “inversão do efeito da adrenalina”.

É necessária uma vigilância médica atenta no mínimo durante 5 dias devido a possibilidade de reacções tardias.

Caso se tenha esquecido de tomar Leponex:

Se se esquecer de uma dose tome-a logo que possível, a não ser que faltem menos de 4 horas para a dose seguinte. Não tome uma dose a dobrar para compensar a dose que se esqueceu de tomar.

Se se esquecer de tomar Leponex por mais de dois dias não deve recomeçar o tratamento sem primeiro contactar o seu médico, uma vez que terá que fazer novas análises ao sangue.

4. EFEITOS SECUNDÁRIOS LEPONEX

Como os demais medicamentos, Leponex pode provocar alguns efeitos indesejáveis. Os efeitos indesejáveis mais frequentes consistem em: Cansaço, sonolência e tonturas;

Aceleração do ritmo cardíaco. Se sentir o seu ritmo cardíaco rápido e irregular, mesmo quando está a descansar, acompanhado de falta de ar e inchaço dos pés ou pernas, consulte imediatamente o seu médico;

Prisão de ventre. Consulte o seu médico se a prisão de ventre piorar;

Salivação excessiva.

Outros efeitos indesejáveis incluem:

Náuseas, vómitos, perda de apetite e secura de boca;

Aumento de peso;

Desregulação da temperatura (ex. febre), fadiga e suores;

Visão turva e dores de cabeça;

Dificuldade em urinar (ou mesmo retenção urinária);

Alterações do número de glóbulos brancos;

Aumento das enzimas hepáticas;

Diminuição da tensão arterial ao erguer-se.

Outros efeitos que podem surgir mais raramente incluem: confusão, agitação, aumento da possibilidade da ocorrência de crises do tipo epiléptico, dificuldade em engolir, distúrbios da capacidade sexual ou anomalias cardíacas. Muito raramente (ao contrário de outros antipsicóticos) podem ocorrer perturbações nos movimentos (rigidez, tremor e descoordenação), aumento do número de plaquetas e aumento de colesterol no sangue.

Efeitos raros mas perigosos:

Diminuição do número de glóbulos brancos: é importante fazer as análises que o seu médico lhe recomendou de modo a poder detectar este efeito (ver Que precauções devo ter ao tomar Leponex). É muito importante que informe o seu médico aos primeiros sinais de febre, constipação, gripe, dores de garganta ou outras infecções pois podem ser sinais da referida diminuição dos glóbulos brancos. A diminuição dos glóbulos brancos é reversível desde que se pare o tratamento com Leponex. Foram também descritos casos isolados de leucemia em doentes tratados com Leponex, mas desconhece-se se há alguma relação entre estes casos e a administração de Leponex. Foram também referidos casos muito raros de diminuição das plaquetas – informe o seu médico se notar que qualquer hemorragia que eventualmente surja leva mais tempo que o habitual para estancar.

Houve alguns casos relatados do Síndrome Maligno dos Neurolépticos (febre elevada, rigidez muscular, confusão, tremores, pulso acelerado e suores) em doentes tratados com Leponex, quer isoladamente quer em combinação com Lítio ou outros medicamentos activos sobre o Sistema Nervoso Central. Ao observar um ou mais destes sintomas o doente deverá entrar em contacto imediato com o médico e/ou ser conduzido a um serviço de urgência hospitalar para observação médica.

Pode ocorrer diminuição da tensão arterial ao erguer-se, com ou sem desmaio, que em casos raros pode ser profundo e acompanhado por paragem cardíaca e/ou respiratória. Estes casos são mais susceptíveis de ocorrer durante a fase inicial em associação com o aumento rápido da dose. Só em casos muito raros ocorrem após a primeira dose. Por este motivo, os doentes que iniciam o tratamento com Leponex necessitam de uma supervisão médica cuidadosa. Estão também descritos casos raros de tromboembolismo, pancreatite aguda e inflamação renal.

Pode ocorrer hepatite e icterícia colestática. Foram relatados casos raros de necrose hepática fulminante.

Sede excessiva, secura da boca e grandes quantidades de urina podem ser sinais de hiperglicemia (níveis elevados de açúcar no sangue). Se sentir algum destes sintomas informe o seu médico assim que possível.

Caso detecte efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

5. CONSERVAÇÃO DE LEPONEX

Manter fora do alcance e da vista das crianças. Não conservar acima de 25°C

Não utilize Leponex após expirar o prazo de validade indicado na embalagem.

A substância activa é a clozapina

Os outros ingredientes são estearato de magnésio, sílica coloidal, polivinilpirrolidona, talco, amido de milho e lactose.

Leponex apresenta-se em embalagens de 7, 14, 20, 28, 30, 40, 50, 60, 84, 98, 100, 500 ou 5000 comprimidos doseados a 25 mg e a 100 mg de clozapina.

Frascos de vidro contendo 100 comprimidos.

É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.

Titular da Autorização de Introdução no Mercado Novartis Farma -Produtos Farmacêuticos, S.A. Rua do Centro Empresarial, Edifício 8 Quinta da Beloura 2710-444 Sintra

Titular da Autorização de Fabrico Novartis Pharmaceuticals UK Limited Wimblehurst Road, Horsham Reino Unido

Este folheto foi aprovado pela última vez em 23-09-2005.

Categorias
Baclofeno

LIORESAL INTRATECAL bula do medicamento

Neste folheto:

1.  O que é Lioresal Intratecal e para que é utilizado
2.  Antes de utilizar Lioresal Intratecal
3.  Como utilizar Lioresal Intratecal
4.  Efeitos secundários Lioresal Intratecal
5.  Como conservar Lioresal Intratecal
6.  Outras informações

LIORESAL INTRATECAL

0,05 mg/1 ml – 10 mg/5 ml – 10 mg/20 ml

Baclofeno

Leia atentamente este folheto antes de utilizar este medicamento.

Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.

Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico.

1. O QUE É O LIORESAL INTRATECAL E PARA QUE É UTILIZADO

Lioresal Intratecal contém uma substância activa denominada baclofeno. Está disponível na forma de ampolas. Cada ml contém 0,05 mg, 0,5 mg ou 2 mg de baclofeno. A solução contida nas ampolas é administrada por injecção ou perfusão nas suas costas (na medula espinhal) através de uma bomba especial implantada sob a pele. O medicamento será administrado através de um pequeno tubo, com fluxo constante, na sua medula espinhal.

Lioresal pertence a um grupo de medicamentos denominados relaxantes musculares.

Lioresal Intratecal é usado de forma a reduzir e aliviar o excesso de tensão nos seus músculos (espasmos) que ocorre em diversas patologias, tais como a esclerose múltipla, doenças ou lesões na medula espinhal, e outras disfunções do sistema nervoso.

Devido ao seu efeito benéfico nas contracções musculares, Lioresal alivia a dor, e desse modo melhora a sua mobilidade e a sua capacidade para lidar com as suas actividades do dia-a-dia. Lioresal também o ajuda a beneficiar mais da sua fisioterapia.

2. ANTES DE UTILIZAR LIORESAL INTRATECAL

Não utilize Lioresal Intratecal

  • Se tem alergia (hipersensibilidade) ao baclofeno ou a qualquer outro cmponente de Lioresal Intratecal.

Tome especial cuidado com Lioresal Intratecal

  • Se tem determinada doença mental associada a confusão.
  • Se tem Doença de Parkinson.
  • Se tem Epilepsia (crises convulsivas).
  • Se alguma vez teve complicações cardíacas.
  • Se alguma vez teve complicações renais.
  • Se tem problemas respiratórios.
  • Se tem dores agudas no seu estômago ou intestino.
  • Se tem perturbações da circulação cerebral.
  • Se alguma vez sofreu episódios súbitos de elevação da pressão arterial (hipertensão), ansiedade, sudação excessiva, “pele de galinha”, dores de cabeça pulsáteis, e invulgar diminuição do ritmo cardíaco devido a uma reacção excessiva do seu sistema nervoso a certos estímulos, como a dilatação da bexiga e intestino, irritação da pele e dor.

Lioresal Intratecal é adequado para muitos, mas não todos, doentes com espasmos musculares.

Ao utilizar Lioresal Intratecal com outros medicamentos

Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.

Isto é particularmente importante para os:

  • Medicamentos usados no tratamento da pressão arterial elevada (hipertensão).
  • Medicamentos usados para o ajudar a dormir ou a acalmá-lo.
  • Medicamentos que actuam no sistema nervoso central.

O seu médico poderá alterar a dosagem ou em alguns casos interromper a toma de algum medicamento, ou outras precauções poderão também ser necessárias. Isto aplica-se tanto aos medicamentos sujeitos a receita médica (medicamentos que estão disponíveis apenas quando prescritos por um médico) como aos medicamentos não sujeitos a receita médica.

Ao utilizar Lioresal Intratecal com alimentos e bebidas

Tenha cuidado quando beber bebidas alcoólicas durante o tratamento com Lioresal Intratecal, uma vez que poderá sentir mais sonolência ou tonturas que o habitual.

Gravidez e aleitamento

Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.

As mulheres deverão dizer aos seus médicos se estão grávidas, se planeiam engravidar, ou se estão a amamentar.

O médico irá decidir se você poderá receber tratamento com Lioresal Intratecal nestas situações especiais.

Apenas quantidades muito pequenas de Lioresal poderão passar para o leite materno. Informe o seu médico se desejar amamentar.

Condução de veículos e utilização de máquinas

Lioresal Intratecal pode causar sonolência, tonturas, problemas de visão, movimentos descoordenados ou inquietação em algumas pessoas. Caso isso aconteça consigo, não conduza ou utilize máquinas, nem faça outras coisas que requeiram a sua total atenção, até se sentir novamente normal.

Informações importantes sobre alguns componentes de Lioresal Intratecal

Lioresal Intratecal 0,05 mg/1 ml e 10 mg/5 ml: Este medicamento contém menos do que

23 mg de sódio por dose, ou seja, é praticamente “isento de sódio”.

Lioresal Intratecal 10 mg/20 ml: Este medicamento contém 70,8 mg de sódio por dose.

Esta informação deve ser tida em consideração em doentes com ingestão controlada de sódio.

3. COMO UTILIZAR LIORESAL INTRATECAL

Utilizar Lioresal Intratecal sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.

Lioresal Intratecal pode apenas ser administrado por médicos experientes, através de injecção directa ou de perfusão nas suas costas (medula espinhal), o qual necessita de equipamento médico especial. Por esta razão, será necessária a sua hospitalização pelo menos no início do seu tratamento.

Numa fase inicial o seu médico irá testar doses únicas de Lioresal de modo a perceber se os seus espasmos musculares melhoram. Caso melhorem, uma bomba especial será implantada sob a sua pele, o que permitirá uma administração contínua de pequenas quantidades do medicamento.

Poderá demorar alguns dias até que seja decidida qual a dose de Lioresal ideal para a sua situação individual, por isso será essencial ser acompanhado(a) de perto pelo seu médico. Após estabelecer a dose de tratamento óptima a usar, será muito importante que o seu médico verifique em visitas regulares a sua evolução clínica, bem como o funcionamento da bomba.

É de extrema importância que cumpra com as consultas médicas que lhe foram marcadas, de modo a que seja fornecido mais medicamento na sua bomba, caso contrário os espasmos poderão reincidir porque não está a receber a dose devida de Lioresal Intratecal. Como resultado disto, a espasticidade muscular poderá não melhorar ou poderá mesmo piorar.

Se a espasticidade muscular não estiver a melhorar ou se sofrer espasmos novamente, quer de forma gradual ou súbita, contacte imediatamente o seu médico.

Se utilizar mais Lioresal Intratecal do que deveria

Poderá sofrer uma sobredosagem. É muito importante que você, e aqueles que cuidam de si, estejam capazes de reconhecer os sinais de uma sobredosagem. Estes podem surgir subitamente ou lentamente, porque por exemplo a bomba poderá não estar a funcionar apropriadamente.

Os sinais de uma sobredosagem são:

  • Fraqueza muscular invulgar (tónus muscular demasiadamente baixo). -Sonolência.
  • Tonturas ou sensação de “cabeça oca”.
  • Salivação excessiva.
  • Náuseas ou vómitos.
  • Dificuldade em respirar.
  • Convulsões (crises).
  • Perda de consciência.
  • Temperatura do corpo baixa (hipotermia).

Se tiver algum destes sinais, avise o seu médico imediatamente.

Se parar de utilizar Lioresal Intratecal

  • Cumpra com as consultas médicas que lhe foram marcadas, de modo a que seja fornecido mais medicamento na sua bomba.
  • Não interrompa subitamente o seu tratamento com Lioresal Intratecal.
  • Se o tratamento com Lioresal Intratecal tiver de ser interrompido por alguma razão, o seu médico irá reduzir a sua dose gradualmente de modo a evitar efeitos secundários. A interrupção brusca do tratamento com Lioresal ou a sua rápida redução de dose poderá causar efeitos secundários graves e, em alguns casos raros, o mesmo verificou-se fatal.

Por esta razão, é muito importante que você e aqueles que cuidam de si estejam capazes de reconhecer os sinais da interrupção de Lioresal Intratecal. Estes podem surgir subitamente ou lentamente, porque por exemplo a bomba poderá não estar a funcionar apropriadamente, devido a problemas com a bateria ou com o cateter, ou devido a uma disfunção no alarme.

Os sinais da interrupção são:

  • Espasmos musculares graves (demasiado tónus muscular).
  • Dificuldade nos movimentos musculares.
  • Aumento do ritmo cardíaco ou pulso.
  • Entorpecimento ou formigueiro nas suas mãos ou pés.
  • Ansiedade.
  • Febre alta.
  • Condições mentais alteradas, como por exemplo agitação, confusão, alucinações, pensamento e comportamento anormais ou convulsões (crises).

Se tiver algum destes sinais, avise o seu médico imediatamente. Estes sinais poderão ser seguidos de efeitos secundários mais graves caso não seja tratado(a) de imediato.

Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.

4. EFEITOS SECUNDÁRIOS LIORESAL INTRATECAL

Como todos os medicamentos, Lioresal Intratecal pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas. Estes ocorrem mais frequentemente no início do tratamento durante a sua hospitalização, porém poderão também surgir mais tarde. Muitos destes efeitos secundários são também conhecidos por estarem associados à condição clínica específica pela qual está a ser tratado(a).

Os seguintes efeitos secundários poderão ocorrer. Se tiver algum deles deverá consultar o seu médico.

Mais comuns:

Sonolência, elevado ou reduzido tónus muscular (hipertonia e hipotonia), dor de cabeça, convulsões (crises), tonturas/sensação de “cabeça oca”, formigueiro nas mãos e pés, visão turva/visão dupla, discurso arrastado, fadiga, depressão/dificuldade respiratória, pneumonia, insónias, confusão, ansiedade, nervosismo e agitação invulgares, sensação de depressão, pressão arterial baixa (hipotensão), tornozelos, pernas ou pés inchados, náuseas e/ou vómitos, obstipação, diarreia, boca seca, perda de apetite, salivação excessiva, problemas urinários, dificuldades ao nível sexual, erupção cutânea e/ou comichão, dor, febre/tremor de frio.

Menos comuns:

Coordenação muscular afectada, movimentos rítmicos dos olhos contínuos e incontroláveis, dificuldade em engolir, memória afectada, mudanças de humor ou mentais, alucinações, invulgar diminuição do ritmo cardíaco, pressão arterial elevada, rubor cutâneo, palidez, “face inchada” (edema facial), diminuição na sensação de sabor, perda de cabelo, sudação excessiva, temperatura do corpo baixa (hipotermia), dor abdominal, abdómen inchado.

Para uma descrição dos sinais da interrupção do tratamento, veja “Se parar de utilizar Lioresal Intratecal”.

Para uma descrição dos sinais de sobredosagem, veja “Se utilizar mais Lioresal Intratecal do que deveria”.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

5.  COMO CONSERVAR LIORESAL INTRATECAL
Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Não utilize Lioresal Intratecal após o prazo de validade impresso no rótulo e embalagem exterior.

Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

Não conservar acima de 30°C. Não congelar.

6.  OUTRAS INFORMAÇÕES

Qual a composição de Lioresal Intratecal

A substância activa é o baclofeno.

A ampola de 1 ml contém 0,05 mg de baclofeno.

A ampola de 20 ml contém 10 mg de baclofeno.

A ampola de 5 ml contém 10 mg de baclofeno.

Os outros componentes são: cloreto de sódio, água para injectáveis.

Qual o aspecto de Lioresal Intratecal e conteúdo da embalagem Ampolas de vidro incolor, vidro tipo I.

Uma ampola de Lioresal Intratecal de 1 ml contém 0,05 mg de baclofeno (0,05 mg/ml). Uma ampola de Lioresal Intratecal de 20 ml contém 10 mg de baclofeno (0,5 mg/ml). Uma ampola de Lioresal Intratecal de 5 ml contém 10 mg de baclofeno (2 mg/ml).

É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.

Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante

Titular da AIM

NOVARTIS FARMA – Produtos Farmacêuticos, S.A. Rua do Centro Empresarial, Edifício 8 Quinta da Beloura 2710-444 Sintra

Tel: 21 000 86 00

Fabricante

Novartis Farmacéutica, S.A. Ronda de Santa Maria 158 E-08210 Barbera del Vallès Espanha

Este folheto foi aprovado pela última vez em 06-02-2009.

Categorias
Claritromicina

KLACID I.V. 50 mg/ml bula do medicamento

Neste folheto:

1.  O que é Klacid I.V. e para que é utilizado

2.  Antes de tomar Klacid I.V.

3.  Como tomar Klacid I.V.

4.  Efeitos secundários Klacid I.V.

5.  Como conservar Klacid I.V.

6.  Outras informações

KLACID I.V. 50 mg/ml

Pó para solução injectável

Lactobionato de Claritromicina

Leia atentamente este folheto antes de tomar o medicamento.

Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.

Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

1. O QUE É KLACID IV E PARA QUE É UTILIZADO
Composição qualitativa e quantitativa

Claritromicina…………….. 500 mg (sob a forma de Lactobionato).

Ácido lactobiónico…….. 252,7 mg *

*quantidade nominal. Pode variar de lote para lote, segundo as necessidades de ajuste do pH

Indicações terapêuticas

KLACID I.V. é indicado nas infecções graves, sempre que é necessária terapêutica parentérica para o tratamento de microrganismos sensíveis, nas seguintes situações:

  • Infecções do tracto respiratório superior (faringite, sinusite)
  • Infecções do tracto respiratório inferior (bronquite, pneumonia)
  • Infecções da pele e tecidos moles

2. ANTES DE TOMAR KLACID I.V.
Não tome Klacid I.V.

Klacid I.V. está contra-indicado em doentes com hipersensibilidade conhecida aos Macrólidos ou a qualquer dos excipientes de Klacid I.V.

É contra-indicada a administração concomitante de Claritromicina com astemizole, cisaprida, pimozida, terfenadina e ergotamina ou dihidroergotamina (Ver Interacções medicamentosas e outras).

Tome especial cuidado com Klacid I.V.

O médico não deverá prescrever Claritromicina a uma mulher grávida sem previamente ponderar os benefícios relativamente aos riscos, especialmente durante os primeiros 3 meses de gravidez.

A Claritromicina é principalmente excretada pelo fígado. Deverá pois ser acautelada a sua administração em doentes com função hepática diminuída. Também deverá ser acautelada a sua administração em doentes com insuficiência renal moderada a grave.

Deverá ser considerada a possibilidade de resistência cruzada entre a Claritromicina e outros Macrólidos, assim como com a Lincomicina e Clindamicina.

Tem sido descrita colite pseudomembranosa com quase todos os fármacos antibacterianos, incluindo os Macrólidos, que pode ser desde gravidade ligeira até compromisso vital.

Até à data não existem dados suficientes para recomendar o seu uso em crianças.

O uso em idosos deve respeitar as mesmas condições que em adultos.

Doentes com insuficiência renal – ver Posologia, modo e via de Administração.

Tomar Klacid I.V. com outros medicamentos

Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.

Dados disponíveis indicam que a claritromicina é essencialmente metabolizada pela isoenzima 3A (CYP3A) do citocromo P450. Este é um aspecto importante na determinação de muitas interacções medicamentosas. O metabolismo de outros fármacos por este sistema pode ser inibido pelo uso concomitante da claritromicina e pode estar associado a aumento nos níveis séricos desses fármacos.

Sabe-se ou suspeita-se que os fármacos ou classes seguintes são metabolizados pela isoenzima CYP3A: alprazolam, astemizole, carbamazepina, cilostazol, cisaprida, ciclosporina, disopiramida, alcalóides da cravagem do centeio, lovastatina, metilprednisolona, midazolam, omeprazole, anticoagulantes orais (por ex. varfarina), pimozida, quinidina, rifabutina, sildenafil, simvastatina, tacrolimus, terfenadina, triazolam e vimblastina. Fármacos com interacção por mecanismos semelhantes através de outras isoenzimas no sistema do citocromo P450 incluem a fenitoína, teofilina e valproato. Como acontece com outros antibióticos macrólidos, o uso da Claritromicina em doentes que estejam a receber tratamento com fármacos metabolizados pelo sistema do citocromo P450 pode estar associado a aumento nos níveis séricos desses fármacos.

Resultados de ensaios clínicos indicam que existe um aumento ligeiro mas estatisticamente significativo (p<0,05) dos níveis circulantes de teofilina ou carbamazepina quando algum destes fármacos é administrado concomitantemente com a claritromicina oral.

As seguintes interacções medicamentosas baseadas no CYP3A têm sido observadas com medicamentos de eritromicina e/ou com claritromicina em pós-comercialização:

Raramente foi descrita rabdomiólise com a co-administração de claritromicina e inibidores da redutase HMG-CoA, como por exemplo a lovastatina e simvastatina.

Foram descritos níveis elevados de cisaprida e de pimozida quando estes fármacos foram administrados concomitantemente com Claritromicina, que podem resultar em prolongamento do intervalo QT e arritmias cardíacas, incluindo taquicardia ventricular, fibrilhação ventricular e “Torsades de Pointes” (ver Contra-indicações).

Os macrólidos podem alterar o metabolismo da terfenadina resultando num aumento dos níveis de terfenadina, o que tem sido ocasionalmente associado a arritmias cardíacas tais como prolongamento do intervalo QT, taquicardia ventricular, fibrilhação ventricular e “Torsades de Pointes” (ver Contra-indicações). Resultados semelhantes foram descritos com a utilização concomitante de outros macrólidos com astemizole.

Foram descritos casos de “Torsades de Pointes” que ocorreram com o uso concomitante de Claritromicina e quinidina ou disopiramida. Os níveis séricos destes medicamentos devem ser monitorizados durante o tratamento com a Claritromicina.

Informações de pós-comercialização indicam que a co-administração de claritromicina com ergotamina ou dihidroergotamina tem sido associada a toxicidade aguda da cravagem do centeio caracterizada por vasospasmo e isquémia das extremidades e de outros tecidos incluindo o sistema nervosos central.

Com a administração de comprimidos de Claritromicina e digoxina foram descritas concentrações séricas elevadas de digoxina. Deverá ser considerada a monitorização dos níveis séricos de digoxina.

Com a utilização concomitante de claritromicina e colchicina, tem sido reportada toxicidade da colchicina em pós-comercialização, especialmente nos idosos. Alguns dos casos de toxicidade ocorreram em doentes com insuficiência renal.

A administração oral concomitante de comprimidos de Claritromicina com a zidovudina em adultos com infecção pelo VIH pode resultar na redução dos níveis plasmáticos de equilíbrio de zidovudina. Até à data esta interacção não se verificou em crianças com infecção pelo VIH recebendo com Klacid Pediátrico com zidovudina ou dideoxinosina. Considerando que a claritromicina parece interferir com a absorção da administração oral simultânea de zidovudina em adultos, esta interacção pode não constituir problema com a claritromicina é administrada intravenosamente.

Com a administração de Claritromicina e Ritonavir poderá ser necessário reduzir a dose de Claritromicina (Ver Posologia, modo e via de Administração).

Até à data não foram realizados estudos com importância clínica relativamente à compatibilidade física da claritromicina com outros aditivos intravenosos.

A Claritromicina mostrou não ter interacção com os contraceptivos orais.

Gravidez e aleitamento

A segurança da utilização da Claritromicina durante a gravidez e lactação ainda não foi estabelecida.

O médico não deverá prescrever Claritromicina a uma mulher grávida sem previamente ponderar os benefícios e riscos da sua utilização, especialmente durante os 3 primeiros meses de gravidez.

A Claritromicina é excretada no leite humano.

Condução de veículos e utilização de máquinas

Não relevante.

3. COMO TOMAR KLACID I.V.

Tomar Klacid sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.

Posologia Recomendada

A posologia recomendada para a Claritromicina I.V. é de 1,0 g diário, repartido por duas doses de 500 mg.

Nos doentes com disfunção renal com uma depuração de creatinina inferior a 30 ml/min., a dose de Claritromicina deve ser reduzida para metade (i.e., 250 mg, 2xdia).

Nos doentes com insuficiência renal, recebendo tratamento concomitante com Ritonavir deverão fazer-se os seguintes ajustes na posologia:

Níveis de creatinina 30-60 ml/min. – reduzir a dose de Claritromicina para metade; Níveis de creatinina inferiores a 30 ml/min. – reduzir a dose de Claritromicina em 75%; Doses de Claritromicina superiores a 1 g/dia não devem ser co-administradas com Ritonavir.

A terapêutica intravenosa pode ser administrada durante 2 a 5 dias nos indivíduos gravemente doentes e deve ser mudada para terapêutica oral sempre que possível, segundo o critério do médico assistente.

Administração Recomendada

A Claritromicina I.V. deve ser administrada através de perfusão I.V., durante 60 minutos. A Claritromicina não deve ser administrada sob a forma de bólus ou por injecção intra­muscular.

A solução final para perfusão deve ser preparada do seguinte modo:

1. Preparar a solução inicial de Claritromicina I.V. adicionando 10 ml de Água Estéril para Injectáveis ao frasco de 500 mg. Usar apenas Água Estéril para Injectáveis, dado que outros diluentes podem causar precipitação durante a reconstituição. Não usar diluentes que contenham conservantes ou sais inorgânicos. Nota: Quando o produto é reconstituído como descrito acima, a solução resultante contém um conservante antimicrobiano eficaz; cada ml, contém 50 mg de Claritromicina. O produto reconstituído deve ser usado no período de 24 horas se conservado à temperatura ambiente (25°C), ou no período de 48 horas, se armazenado a 5°C.

2. O produto reconstituído (500 mg em 10 ml de Água para Injectáveis) deve ser adicionado a 250 ml de um dos seguintes diluentes antes da administração:

Dextrose a 5% em Solução de Lactato de Ringer Dextrose a 5% Lactato de Ringer

Dextrose a 5% em Solução de Cloreto de Sódio a 0,3% Normosol-M em Dextrose a 5% Normosol-R em Dextrose a 5%

Dextrose a 5% em Solução de Cloreto de Sódio a 0,45% Cloreto de sódio a 0,9%

O produto resultante da diluição final deve ser usado no período de 6 horas se mantido à temperatura ambiente (25°C), ou no período de 48 h, se armazenado a 5°C.

Não administrar qualquer outro fármaco ou produto químico numa solução que contenha Claritromicina, sem que a sua estabilidade físico-química tenha sido previamente determinada.

Não é necessário efectuar ajustamento de dose em indivíduos com disfunção hepática moderada ou grave mas com função renal normal.

Duração do tratamento médio

Variável em função do doente e da sua situação clínica.

Se tomar mais Klacid do que deveria

Não existe experiência de sobredosagem após a administração I.V. de Claritromicina. Caso esta se verifique, deverá ser suspensa a administração do medicamento e estabelecidas todas as medidas de suporte.

Segundo a informação disponível, é de esperar que a ingestão oral de grandes quantidades de Claritromicina possa provocar sintomas gastrointestinais. Um doente com antecedentes de problemas bipolares ingeriu 8 gramas de Claritromicina comprimidos e apresentou alterações de ordem mental, comportamento paranóico, hipocalemia e hipoxemia. As reacções adversas que acompanham a sobredosagem devem ser tratadas com eliminação imediata do produto não absorvido e medidas de suporte.

Como acontece com outros macrólidos, não se espera que os níveis séricos de Claritromicina sejam grandemente alterados pela hemodiálise ou diálise peritoneal.

Caso se tenha esquecido de tomar Klacid

No caso de omissão de uma ou mais doses, o doente deve retomar a posologia normal prescrita pelo médico. Não tome uma dose a dobrar para compensar a dose que se esqueceu de tomar.

Se parar de tomar Klacid

Não aplicável.

4. EFEITOS SECUNDÁRIOS KLACID I.V.

Como os demais medicamentos, Klacid pode causar efeitos secundários em algumas pessoas.

As reacções adversas descritas mais frequentemente foram flebite e flebite no local da injecção.

Os efeitos secundários descritos em ensaios clínicos, classificados como muito frequentes, foram os seguintes: Vasculopatias: Flebite

Perturbações gerais e alterações no local de administração: Flebite no local da injecção

Os efeitos secundários descritos em ensaios clínicos, classificados como frequentes, foram os seguintes:

Perturbações do foro psiquiátrico: Insónias

Doenças do sistema nervoso: Cefaleias, Alterações no paladar

Vasculopatias: Tromboflebite, Vasodilatação

Doenças gastrointestinais: Diarreia, Indisposição gastrointestinal, Náuseas Afecções hepatobiliares: Função hepática anormal Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos: Sudação

Perturbações gerais e alterações no local de administração: Inflamação no local da injecção, Dor no local da injecção. Dor no local de venipunção

Experiência pós-comercialização

As reacções adversas descritas são consistentes com as observadas nos ensaios clínicos. Dado que estas reacções são notificações voluntárias de uma população de número indefinido, nem sempre é possível estimar com segurança a sua frequência e estabelecer uma relação causal para a exposição ao fármaco. Estima-se que a exposição dos doentes é superior a 1 bilião doente-dia de tratamento para a claritromicina.

Na experiência pós-comercilização foram descritas as seguintes reacções adversas: Infecções e infestações: Candidíase oral

Doenças do sangue e do sistema linfático: Leucopenia, Trombocitopenia Doenças do sistema imunitário: Reacção anafiláctica, Hipersensibilidade Doenças do metabolismo e da nutrição: Hipoglicemia

Perturbações do foro psiquiátrico: Ansiedade, Pesadelos, Confusão, Despersonalização, Desorientação, Alucinações, Insónia, Psicose

Doenças do sistema nervoso: Convulsões, Vertigens, Disgeusia, Parosmia Afecções do ouvido e do labirinto: Surdez, Zumbidos, Vertigens

Cardiopatias: Electrocardiograma – prolongamento do intervalo QT, Torsade de pointes, Taquicardia ventricular

Doenças gastrointestinais: Glossite, Pancreatite aguda, Estomatite, Alteração na cor da língua, Alteração na cor dos dentes

Afecções hepatobiliares: Insuficiência hepática, Função hepática anormal, Hepatite, Hepatite colestática, Icterícia colestática, Icterícia hepatocelular

Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos: Erupção cutânea, Síndrome Stevens-Johnson, Necrólise, tóxica epidérmica, Urticária

Exames complementares de diagnóstico: Níveis de creatinina aumentados, Níveis de enzimas hepáticas aumentados

Doenças renais e urinárias: Nefrite intersticial

Como acontece com outros macrólidos, o uso prolongado pode causar desenvolvimento excessivo de bactérias e fungos não susceptíveis. Se ocorrer superinfecção, deve ser instituído tratamento apropriado.

Foi descrita colite pseudomembranosa com praticamente todos os fármacos antibacterianos, incluindo a claritromicina, e pode ser de gravidade ligeira até compromisso vital. É pois importante considerar este diagnóstico em doentes que apresentem diarreia após a administração de fármacos antibacterianos.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

5. CONSERVAÇÃO DE KLACID

Conservar a temperatura inferior a 25°C. Proteger da luz.

Comunicar ao médico ou farmacêutico os efeitos indesejáveis detectados e que não constem deste folheto.

Não utilizar Klacid após expirar o prazo de validade indicado na embalagem. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado. Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

6. OUTRAS INFORMAÇÕES

Lista dos excipientes

Não aplicável.

Forma farmacêutica e respectivo conteúdo

Pó para solução injectável. Embalagens de 15 ml e 30 ml.

Categoria farmacoterapêutica

Grupo farmacoterapêutico: Macrólidos.

Titular da autorização de introdução no mercado

ABBOTT LABORATÓRIOS, LDA. Rua Cidade de Córdova, 1-A

Alfragide, 2610-038 Amadora

Este folheto foi aprovado pela última vez em 16-02-2006.

Categorias
Claritromicina

KLACID Comprimidos bula do medicamento

Neste folheto:

1.  O que é Klacid e para que é utilizado

2.  Antes de tomar Klacid

3.  Como tomar Klacid

4.  Efeitos secundários Klacid

5.  Como conservar Klacid

6.  Outras informações

KLACID 250 mg

Comprimidos revestidos

Claritromicina

Leia atentamente este folheto antes de tomar o medicamento.

Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.

Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

1. O QUE É KLACID E PARA QUE É UTILIZADO

Composição qualitativa e quantitativa

Cada comprimido de KLACID contém 250 mg de claritromicina.

Indicações terapêuticas

  • Infecções do tracto respiratório superior:
    • Infecções da garganta (amigdalite, faringite, traqueíte), das cavidades sinusais (sinusite e do ouvido médio (otite).
  • Infecções do tracto respiratório inferior:
    • Bronquite, pneumonia bacteriana e pneumonia atípica primária.
  • Infecções da pele e tecidos moles:
    • Infecções da pele, foliculite, furunculose e feridas infectadas.
  • Erradicação do H. pylori, desde que se obtenha supressão ácida, e prevenção da recorrência de úlcera duodenal.
  • Tratamento das Infecções Estomatológicas, nomeadamente gengivites, periodontites, infecções dentárias agudas, abcessos dentários.

O espectro antibacteriano in vitro da Claritromicina é o seguinte:

Bactérias habitualmente sensíveis – Streptococcus agalactiae, Streptococcus pyogenes, Streptococcus viridans, Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae, Haemophilus parainfluenzae, Neisseria gonorrheae, Listeria monocytogenes, Legionella pneumophila,

Pasteurella multocida, Mycoplasma pneumoniae, Helicobacter (Campylobacter) pylori, Campylobacter jejuni, Chlamydia pneumoniae (TWAR), Chlamydia trachomatis, Moraxella (Branhamella) catarrhalis, Bordetella pertussis, Borelia burgdorferi, Staphylococcus aureus, Clostridium perfringens, Peptococcus niger, Propionibacterium acnes, Bacteroides melaninogenicus, Mycobacterium avium, Mycobacterium leprae, Mycobacterium kansasii, Mycobacterium chelonae, Mycobacterium fortuitum, Mycobacterium intracellulare. Bactérias não-sensíveis – Enterobacteriaceae, Pseudomonas species.

2. ANTES DE TOMAR KLACID

Não tome Klacid

KLACID está contra-indicado em doentes com hipersensibilidade conhecida aos Macrólidos ou a qualquer dos excipientes de Klacid.

É contra-indicada a administração concomitante de Claritromicina com astemizole, cisaprida, pimozida, terfenadina e ergotamina ou dihidroergotamina (Ver Interacções medicamentosas e outras).

Tome especial cuidado com Klacid

O médico assistente deverá ponderar os benefícios e os riscos da sua administração, em caso de gravidez suspeita ou confirmada.

A Claritromicina é excretada sobretudo pelo fígado. A sua administração em doentes com função hepática alterada e em doentes com insuficiência renal moderada a grave deverá ser devidamente acautelada.

Deverá ser considerada a possibilidade de resistência cruzada entre a Claritromicina e outros Macrólidos, assim como com a Lincomicina e Clindamicina.

Tem sido descrita colite pseudomembranosa com quase todos os fármacos antibacterianos, incluindo os Macrólidos, que pode ir desde gravidade ligeira até compromisso vital.

O uso em idosos deve respeitar as mesmas condições que em adultos.

Doentes com insuficiência renal – ver 3. Como tomar Klacid

Tomar Klacid com outros medicamentos

Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica. Dados disponíveis indicam que a claritromicina é essencialmente metabolizada pela isoenzima 3A (CYP3A) do citocromo P450. Este é um aspecto importante na determinação de muitas interacções medicamentosas. O metabolismo de outros fármacos por este sistema pode ser inibido pelo uso concomitante da claritromicina e pode estar associado a aumento nos níveis séricos desses fármacos.

Sabe-se ou suspeita-se que os fármacos ou classes seguintes são metabolizados pela isoenzima CYP3A: alprazolam, astemizole, carbamazepina, cilostazol, cisaprida, ciclosporina,    disopiramida,    alcalóides    da    cravagem    do    centeio,    lovastatina, metilprednisolona, midazolam, omeprazole, anticoagulantes orais (por ex. varfarina), pimozida, quinidina, rifabutina, sildenafil, simvastatina, tacrolimus, terfenadina, triazolam e vimblastina. Fármacos com interacção por mecanismos semelhantes através de outras isoenzimas no sistema do citocromo P450 incluem a fenitoína, teofilina e valproato. Como acontece com outros antibióticos macrólidos, o uso da Claritromicina em doentes que estejam a receber tratamento com fármacos metabolizados pelo sistema do citocromo P450 pode estar associado a aumento nos níveis séricos desses fármacos.

Resultados de ensaios clínicos indicam que existe um aumento ligeiro mas estatisticamente significativo (p<0,05) dos níveis circulantes de teofilina ou carbamazepina quando algum destes fármacos é administrado concomitantemente com a claritromicina.

As seguintes interacções medicamentosas baseadas no CYP3A têm sido observadas com medicamentos de eritromicina e/ou com claritromicina em pós-comercialização:

Raramente foi descrita rabdomiólise com a co-administração de claritromicina e inibidores da redutase HMG-CoA, como por exemplo a lovastatina e simvastatina.

Foram descritos níveis elevados de cisaprida e de pimozida quando estes fármacos foram administrados concomitantemente com Claritromicina, que podem resultar em prolongamento do intervalo QT e arritmias cardíacas, incluindo taquicardia ventricular, fibrilhação ventricular e “Torsades de Pointes” (ver contra-indicações).

Os macrólidos podem alterar o metabolismo da terfenadina resultando num aumento dos níveis de terfenadina, o que tem sido ocasionalmente associado a arritmias cardíacas tais como prolongamento do intervalo QT, taquicardia ventricular, fibrilhação ventricular e “Torsades de Pointes” (ver contra-indicações). Resultados semelhantes foram descritos com a utilização concomitante de outros macrólidos com astemizole.

Foram descritos casos de “Torsades de Pointes” que ocorreram com o uso concomitante de Claritromicina e quinidina ou disopiramida. Os níveis séricos destes medicamentos devem ser monitorizados durante o tratamento com a Claritromicina.

Informações de pós-comercialização indicam que a co-administração de claritromicina com ergotamina ou dihidroergotamina tem sido associada a toxicidade aguda da cravagem do centeio caracterizada por vasospasmo e isquémia das extremidades e de outros tecidos incluindo o sistema nervosos central.

Com a administração de Claritromicina e digoxina foram descritas concentrações séricas elevadas de digoxina. Deverá ser considerada a monitorização dos níveis séricos de digoxina.

Com a utilização concomitante de claritromicina e colchicina, tem sido reportada toxicidade da colchicina em pós-comercialização, especialmente nos idosos. Alguns dos casos de toxicidade ocorreram em doentes com insuficiência renal.

A administração oral concomitante de comprimidos de Claritromicina com a zidovudina em adultos com infecção pelo VIH pode resultar na redução dos níveis plasmáticos de equilíbrio de zidovudina. Considerando que a claritromicina parece interferir com a absorção da administração oral simultânea de zidovudina, para evitar esta interacção aconselha-se espaçar as doses de Claritromicina e zidovudina. Até à data esta interacção não se verificou em crianças com infecção pelo VIH recebendo Klacid Pediátrico com zidovudina ou dideoxinosina.

Com a administração de Claritromicina e Ritonavir poderá ser necessário reduzir a dose de Claritromicina (Ver Posologia, modo e via de administração).

A Claritromicina mostrou não ter interacção com os contraceptivos orais.

Gravidez e aleitamento

A segurança da utilização da Claritromicina durante a gravidez e lactação ainda não foi estabelecida. Os benefícios e riscos da sua utilização devem ser ponderados, principalmente durante os primeiros 3 meses de gravidez.

A Claritromicina é excretada no leite materno.

Condução de veículos e utilização de máquinas

Não relevante.

Informações importantes sobre alguns componentes de Klacid

Klacid contém ácido sórbico, monoleato de sorbitano. Se foi informado pelo seu médico que tem intolerância a alguns açúcares, contacte-o antes de tomar este medicamento.

3. COMO TOMAR KLACID

Tomar Klacid sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.

Infecções do Tracto Respiratório e Infecções da Pele e Tecidos Moles

A posologia recomendada é de um comprimido de 250 mg, duas vezes por dia. Nas infecções mais severas, a posologia recomendada é de 500 mg, duas vezes por dia. A duração média do tratamento é de 6 a 14 dias.

Erradicação do H. pylori e prevenção da recorrência de úlcera duodenal

Tripla Terapia:

A dose recomendada são 500 mg de Claritromicina 2xdia, Amoxicilina 1000 mg 2xdia e Omeprazole 20 mg 1xdia, durante 7 a 10 dias.

Dupla Terapia:

A dose recomendada são 500 mg de Claritromicina 3xdia e Omeprazole 40 mg 1xdia, durante 14 dias, seguidos de Omeprazole 20 mg ou 40 mg diários, por mais 14 dias.

Informação Adicional

O Helicobacter pylori está fortemente ligado à úlcera péptica. Noventa a 100% dos doentes com úlceras duodenais estão infectados com este agente patogénico. A sua erradicação revelou reduzir de forma importante a percentagem de recorrência de úlcera duodenal, diminuindo assim a necessidade de manutenção da terapêutica antisecretória.

Tripla Terapia:

Num estudo bem controlado, doentes infectados com H. pylori, com úlcera duodenal, receberam tratamento de erradicação com Claritromicina 500 mg duas vezes por dia, Amoxicilina 1000 mg duas vezes por dia e Omeprazole 20 mg diários durante 10 dias, ou Claritromicina 500 mg três vezes por dia com Omeprazole 40 mg diários durante 14 dias. O H. pylori foi erradicado em 90% dos doentes recebendo tripla terapia com Claritromicina e em 60% dos doentes recebendo dupla terapia.

Dupla Terapia:

Em 4 estudos bem controlados, doentes infectados com H. pylori, com úlcera duodenal, receberam tratamento com Claritromicina 500 mg 3xdia, e Omeprazole 40 mg diários, durante 14 dias, seguidos de Omeprazole 40 mg diários (Estudo A) ou Omeprazole 20 mg diários (Estudos B, C eD) durante mais 14 dias; os doentes em cada grupo controlo receberam apenas Omeprazole durante 28 dias.

No Estudo A, o H. pylori foi erradicado em mais de 80% dos doentes tratados com Claritromicina e Omeprazole e em apenas 1% dos doentes tratados apenas com Omeprazole. Nos Estudos B, CeD, a erradicação foi superior a 70% nos doentes tratados com Claritromicina e Omeprazole e inferior a 1% nos doentes tratados apenas com Omeprazole. Em cada estudo, a percentagem de recorrência da úlcera, seis meses depois, foi estatisticamente mais baixa nos doentes tratados com Claritromicina e Omeprazole relativamente aos doentes tratados apenas com Omeprazole.

A Claritromicina foi usada noutros tratamentos para erradicação do H. pylori. Estes incluíram:

-Claritromicina + tinidazole e omeprazole ou lansoprazole

-Claritromicina + metronidazole e omeprazole ou lansoprazole

-Claritromicina + tetraciclina, subsalicilato de bismuto e ranitidina

-Claritromicina + amoxicilina e lansoprazole

Infecções Estomatológicas

A posologia recomendada é de um comprimido de 250 mg, duas vezes por dia. A duração média do tratamento é de 5 dias.

Não se recomenda a administração da Claritromicina (comprimidos a 250 ou 500 mg) em crianças com idade inferior a 12 anos.

Os comprimidos de KLACID podem ser tomados independentemente das horas das refeições.

A Claritromicina pode ser utilizada em doentes idosos, com função renal normal, nas doses habitualmente recomendadas para o adulto e devidamente aconselhado pelo médico assistente.

Nos doentes com insuficiência renal, com níveis de depuração da creatinina inferiores a 30 ml/min., a dose de Claritromicina deve ser reduzida para metade, isto é, 250 mg, uma vez por dia ou 250 mg duas vezes por dia nas infecções mais severas. Nestes doentes, o tratamento não deve prosseguir para além dos 14 dias.

Nos doentes com insuficiência renal, recebendo tratamento concomitante com Ritonavir deverão fazer-se os seguintes ajustes na posologia:

Níveis de creatinina 30-60 ml/min. – reduzir a dose de Claritromicina para metade; Níveis de creatinina inferiores a 30 ml/min. – reduzir a dose de Claritromicina em 75%; Doses de Claritromicina superiores a 1 g/dia não devem ser co-administradas com Ritonavir.

Não é necessário efectuar ajustamento de dose em indivíduos com disfunção hepática moderada ou grave mas com função renal normal.

Administração oral.

Duração do tratamento médio

Variável em função do doente e da sua situação clínica.

Se tomar mais Klacid do que deveria

Foi referido que a ingestão de grandes quantidades de Claritromicina pode provocar sintomas gastrointestinais. Caso se verifique sobredosagem, esta deve ser tratada com a eliminação do produto não absorvido e com medidas de suporte.

Um doente com antecedentes de doença bipolar ingeriu 8 gramas de Claritromicina, tendo apresentado estado mental alterado, comportamento paranóico, hipocalemia e hipoxemia. A exemplo do que acontece com outros Macrólidos, não se prevê que os níveis séricos da Claritromicina sejam grandemente afectados pela hemodiálise ou diálise peritoneal.

Caso se tenha esquecido de tomar Klacid

No caso de omissão de uma ou mais doses, o doente deve retomar a posologia normal prescrita pelo médico. Não tome uma dose a dobrar para compensar a dose que se esqueceu de tomar.

Se parar de tomar Klacid

Não aplicável.

4. EFEITOS SECUNDÁRIOS KLACID

Como os demais medicamentos, Klacid pode causar efeitos secundários em algumas pessoas.

Os efeitos adversos descritos mais frequentemente foram náuseas, diarreia e dispepsia.

Os efeitos secundários descritos em ensaios clínicos, classificados como frequentes foram os seguintes:

Infecções e infestações: Infecção

Perturbações do foro psiquiátrico: Tonturas, Disgeusia, Cefaleias

Doenças gastrointestinais: Dor abdominal, Diarreia, Dispepsia, Náuseas, Vómitos

Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos: Prurido

Perturbações gerais e alterações no local de administração: Astenia

Exames complementares de diagnóstico: ALT aumentada, AST aumentado

Experiência pós-comercialização

As reacções adversas descritas são consistentes com as observadas nos ensaios clínicos.

Dado que estas reacções são notificações voluntárias de uma população de número indefinido, nem sempre é possível estimar com segurança a sua frequência e estabelecer uma relação causal para a exposição ao fármaco. Estima-se que a exposição dos doentes é superior a 1 bilião doente-dia de tratamento para a claritromicina.

Na experiência pós-comercilização foram descritas as seguintes reacções adversas: Infecções e infestações: Candidíase oral

Doenças do sangue e do sistema linfático: Leucopenia, Trombocitopenia Doenças do sistema imunitário: Reacção anafiláctica, Hipersensibilidade Doenças do metabolismo e da nutrição: Hipoglicemia

Perturbações do foro psiquiátrico: Ansiedade, Pesadelos, Confusão, Despersonalização, Desorientação, Alucinações, Insónia, Psicose

Doenças do sistema nervoso: Convulsões, Vertigens, Disgeusia, Parosmia Afecções do ouvido e do labirinto: Surdez, Zumbidos, Vertigens

Cardiopatias: Electrocardiograma – prolongamento do intervalo QT, Torsade de pointes, Taquicardia ventricular

Doenças gastrointestinais: Glossite, Pancreatite aguda, Estomatite, Alteração na cor da língua, Alteração na cor dos dentes

Afecções hepatobiliares: Insuficiência hepática, Função hepática anormal, Hepatite, Hepatite colestática, Icterícia colestática, Icterícia hepatocelular

Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos: Erupção cutânea, Síndrome Stevens-Johnson, Necrólise, tóxica epidérmica, Urticária

Exames complementares de diagnóstico: Níveis de creatinina aumentados, Níveis de enzimas hepáticas aumentados

Doenças renais e urinárias: Nefrite intersticial

Como acontece com outros macrólidos, o uso prolongado pode causar desenvolvimento excessivo de bactérias e fungos não susceptíveis. Se ocorrer superinfecção, deve ser instituído tratamento apropriado.

Foi descrita colite pseudomembranosa com praticamente todos os fármacos antibacterianos, incluindo a claritromicina, e pode ser de gravidade ligeira até compromisso vital. É pois importante considerar este diagnóstico em doentes que apresentem diarreia após a administração de fármacos antibacterianos.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

5. CONSERVAÇÃO DE KLACID

Conservar a temperatura inferior a 25°C. Manter os comprimidos em local seco e protegidos da luz.

Não utilizar Klacid após expirar o prazo de validade indicado na embalagem. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado. Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

6.       OUTRAS INFORMAÇÕES

Lista dos excipientes

Croscarmelose sódica, monoleato de sorbitano, propilenoglicol e ácido sórbico.

Forma farmacêutica e respectivo conteúdo

Comprimidos revestidos.

Embalagens contendo 12, 16, 20 e 30 comprimidos.

Categoria farmacoterapêutica

Grupo farmacoterapêutico: 1.1.8 – Macrólidos.

Titular Da Autorização de Introdução no Mercado

Abbott Laboratórios, Lda. Rua Cidade de Córdova, 1-A Alfragide, 2610-038 Amadora

Este folheto foi aprovado pela última vez em 16-02-2006.

Categorias
Claritromicina

KLACID PEDIÁTRICO 50 mg/ml bula do medicamento

Neste folheto:

1.  O que é Klacid Pediátrico e para que é utilizado

2.  Antes de tomar Klacid Pediátrico

3.  Como tomar Klacid Pediátrico

4.  Efeitos secundários Klacid Pediátrico

5.  Como conservar Klacid Pediátrico

6.  Outras informações

KLACID PEDIÁTRICO 50 mg/ml

Granulado para suspensão oral

Claritromicina


Leia atentamente este folheto antes de tomar o medicamento.

Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.

Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

1. O QUE É KLACID PEDIÁTRICO E PARA QUE É UTILIZADO
Composição qualitativa e quantitativa

Depois de preparada a suspensão, cada colher-medida de 5 ml contém 250 mg de Claritromicina.

Indicações terapêuticas

Infecções do Tracto Respiratório Superior

Infecções da garganta (amigdalite, faringite, traqueíte), das cavidades sinusais (sinusite) e do ouvido médio (otite).

Infecções do Tracto Respiratório Inferior

Bronquite, pneumonia bacteriana e pneumonia atípica primária.

Infecções da Pele e Tecidos Moles

Impetigo, erisipela, foliculite, celulite e abcessos.

2. ANTES DE TOMAR KLACID PEDIÁTRICO
Não tome Klacid Pediátrico

KLACID PEDIÁTRICO está contra-indicado em doentes com hipersensibilidade conhecida aos Macrólidos ou a qualquer dos excipientes de Klacid.

É contra-indicada a administração concomitante de Claritromicina com astemizole, cisaprida, pimozida, terfenadina e ergotamina ou dihidroergotamina (Ver Interacções Medicamentosas e outras).

Tome especial cuidado com Klacid Pediátrico

O médico assistente deverá ponderar os benefícios e os riscos da administração de KLACID PEDIÁTRICO em caso de gravidez suspeita ou confirmada.

A Claritromicina é excretada sobretudo pelo fígado. A sua administração em doentes com função hepática alterada e com insuficiência renal moderada a grave deverá ser devidamente acautelada.

Deverá ser considerada a possibilidade de resistência cruzada entre a Claritromicina e outros Macrólidos, assim como com a Lincomicina e Clindamicina.

Tem sido descrita colite pseudomembranosa com quase todos os fármacos antimicrobianos, incluindo os Macrólidos, que pode ir desde gravidade ligeira até compromisso vital.

O uso em idosos deve respeitar as mesmas condições que em adultos.

Doentes com insuficiência renal – ver 3. Como tomar Klacid Pediátrico.

Tomar Klacid Pediátrico com outros medicamentos

Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.

Dados disponíveis indicam que a claritromicina é essencialmente metabolizada pela isoenzima 3A (CYP3A) do citocromo P450. Este é um aspecto importante na determinação de muitas interacções medicamentosas. O metabolismo de outros fármacos por este sistema pode ser inibido pelo uso concomitante com claritromicina e pode estar associado a aumento nos níveis séricos desses fármacos.

Sabe-se ou suspeita-se que os fármacos ou classes seguintes são metabolizados pela isoenzima CYP3A: alprazolam, astemizole, carbamazepina, cilostazol, cisaprida, ciclosporina, disopiramida, alcalóides da cravagem do centeio, lovastatina, metilprednisolona, midazolam, omeprazole, anticoagulantes orais (por ex. varfarina), pimozida, quinidina, rifabutina, sildenafil, simvastatina, tacrolimus, terfenadina, triazolam e vimblastina. Fármacos com interacção por mecanismos semelhantes através de outras isoenzimas no sistema do citocromo P450 incluem a fenitoína, teofilina e valproato. Como acontece com outros antibióticos macrólidos o uso de claritromicina em doentes a tomar concomitantemente fármacos metabolizados pelo sistema do citocromo P450 pode estar associado a aumento nos níveis séricos desses fármacos.

Resultados de ensaios clínicos indicam que existe um aumento ligeiro mas estatisticamente significativo (p<0,05) dos níveis circulantes de teofilina ou carbamazepina quando algum destes fármacos é administrado concomitantemente com a claritromicina.

As seguintes interacções medicamentosas baseadas no CYP3A têm sido observadas com medicamentos de eritromicina e/ou com claritromicina em pós-comercialização:

Raramente foi descrita rabdomiólise com a co-administração de claritromicina e inibidores da redutase HMG-CoA, como por exemplo a lovastatina e simvastatina.

Foram descritos níveis elevados de cisaprida e de pimozida quando estes fármacos foram administrados concomitantemente com Claritromicina, que podem resultar em prolongamento do intervalo QT e arritmias cardíacas, incluindo taquicardia ventricular, fibrilhação ventricular e “Torsades de Pointes” (ver Contra-indicações).

Os macrólidos podem alterar o metabolismo da terfenadina resultando num aumento dos níveis de terfenadina, o que tem sido ocasionalmente associado a arritmias cardíacas tais como prolongamento do intervalo QT, taquicardia ventricular, fibrilhação ventricular e “Torsades de Pointes” (ver contra-indicações). Resultados semelhantes foram descritos com a utilização concomitante de outros macrólidos com astemizole.

Foram descritos casos de “Torsades de Pointes” que ocorreram com o uso concomitante de Claritromicina e quinidina ou disopiramida. Os níveis séricos destes medicamentos devem ser monitorizados durante o tratamento com a Claritromicina.

Informações de pós-comercialização indicam que a co-administração de claritromicina com ergotamina ou dihidroergotamina tem sido associada a toxicidade aguda da cravagem do centeio caracterizada por vasospasmo e isquémia das extremidades e de outros tecidos incluindo o sistema nervosos central.

Com a administração de Claritromicina comprimidos e digoxina foram descritas concentrações séricas elevadas de digoxina. Deverá ser considerada a monitorização dos níveis séricos de digoxina.

Com a utilização concomitante de claritromicina e colchicina, tem sido reportada toxicidade da colchicina em pós-comercialização, especialmente nos idosos. Alguns dos casos de toxicidade ocorreram em doentes com insuficiência renal.

A administração oral concomitante de comprimidos de Claritromicina com a zidovudina em adultos com infecção pelo VIH pode resultar na redução dos níveis plasmáticos de equilíbrio de zidovudina. Para evitar esta interacção aconselha-se espaçar as doses de Claritromicina e zidovudina. Até à data esta interacção não se verificou em crianças com infecção pelo VIH recebendo Klacid Pediátrico com zidovudina ou dideoxinosina.

Com a administração de Claritromicina e Ritonavir poderá ser necessário reduzir a dose de Claritromicina (Ver Posologia e Administração).

A Claritromicina mostrou não ter interacção com os contraceptivos orais. Gravidez e aleitamento

A segurança da utilização da Claritromicina durante a gravidez e lactação ainda não foi estabelecida. O médico não deverá prescrever Claritromicina a uma mulher grávida sem previamente ponderar os benefícios e riscos da sua utilização, especialmente durante os 3 primeiros meses de gravidez.

A Claritromicina é excretada no leite materno.

Condução de veículos e utilização de máquinas

Não relevante.

Informações importantes sobre alguns componentes de Klacid Pediátrico

Klacid Pediátrico contém óleo de rícino. Pode causar distúrbios no estômago e diarreia. Klacid Pediátrico contém sorbato de potássio e sacarose. Se foi informado pelo seu médico que tem intolerância a alguns açúcares, contacte-o antes de tomar este medicamento.

3. COMO TOMAR KLACID PEDIÁTRICO

Tomar Klacid Pediátrico sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.

A posologia diária recomendada para o KLACID PEDIÁTRICO, em crianças dos 6 meses aos 12 anos, é de 7,5 mg/Kg de peso corporal, 2xdia. Nos casos de infecções mais severas, esta posologia pode ser aumentada até um máximo de 500 mg, duas vezes por dia. A duração média do tratamento é de 7 – 10 dias.

Nos doentes com insuficiência renal, com níveis de depuração de creatinina inferiores a 30 ml/min., a dose de Claritromicina deve ser reduzida para metade, isto é, até 250 mg, uma vez por dia ou 250 mg duas vezes por dia nas infecções mais severas. Nestes doentes, o tratamento não deve prosseguir para além dos 14 dias.

Nos doentes com insuficiência renal, recebendo tratamento concomitante com Ritonavir deverão fazer-se os seguintes ajustes na posologia:

Níveis de creatinina 30-60 ml/min. – reduzir a dose de Claritromicina para metade; Níveis de creatinina inferiores a 30 ml/min. – reduzir a dose de Claritromicina em 75%; Doses de Claritromicina superiores a 1 g/dia não devem ser co-administradas com Ritonavir.

Preparação da suspensão

Adicionar água até ao traço indicado no frasco, agitar vigorosamente até homogeneizar; completar com água até ao traço para obter 50 ou 100 ml de suspensão. Manter o frasco bem rolhado e agitar antes de usar.

Cada colher-medida (5 ml) que acompanha a embalagem, quando cheia de suspensão, tem actividade <> a 250 mg de Claritromicina.

Depois de reconstituída, a suspensão não necessita refrigeração e tem a validade de 2 semanas.

A suspensão preparada pode ser tomada com ou sem alimentos ou com leite. Via oral

Não é necessário efectuar ajustamento de dose em indivíduos com disfunção hepática moderada ou grave mas com função renal normal.

Duração do tratamento médio

Variável em função do doente e da sua situação clínica.

Se tomar mais Klacid Pediátrico do que deveria

Foi referido que a ingestão de grandes quantidades de Claritromicina pode provocar sintomas gastrointestinais. Caso se verifique sobredosagem, esta deve ser tratada com a eliminação do produto não absorvido e com medidas de suporte.

Um doente com antecedentes de doença bipolar ingeriu 8 gramas de Claritromicina, tendo apresentado estado mental alterado, comportamento paranóico, hipocalemia e hipoxemia. A exemplo do que acontece com outros Macrólidos, não se prevê que os níveis séricos da Claritromicina sejam grandemente afectados pela hemodiálise ou diálise peritoneal.

Caso se tenha esquecido de tomar Klacid Pediátrico

Em caso de omissão de uma ou mais doses, o doente deve retomar a posologia normal prescrita pelo médico. Não tome uma dose a dobrar para compensar a dose que se esqueceu de tomar.

Se parar de tomar Klacid Pediátrico

Não aplicável.

4. EFEITOS SECUNDÁRIOS KLACID PEDIÁTRICO

Como os demais medicamentos, Klacid Pediátrico pode causar efeitos secundários em algumas pessoas.

Os efeitos adversos descritos mais frequentemente foram diarreia, vómitos e dor abdominal. Os efeitos secundários descritos em ensaios clínicos, classificados como frequentes, foram os seguintes:

Doenças gastrointestinais: Dor abdominal, Diarreia, Vómitos Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos: Erupção cutânea

Experiência pós-comercialização

As reacções adversas descritas são consistentes com as observadas nos ensaios clínicos. Dado que estas reacções são notificações voluntárias de uma população de número indefinido, nem sempre é possível estimar com segurança a sua frequência e estabelecer uma relação causal para a exposição ao fármaco. Estima-se que a exposição dos doentes é superior a 1 bilião doente-dia de tratamento para a claritromicina.

Na experiência pós-comercialização foram descritas as seguintes reacções adversas: Infecções e infestações: Candidíase oral

Doenças do sangue e do sistema linfático: Leucopenia, Trombocitopenia Doenças do sistema imunitário: Reacção anafiláctica, Hipersensibilidade Doenças do metabolismo e da nutrição: Hipoglicemia

Perturbações do foro psiquiátrico: Ansiedade, Pesadelos, Confusão, Despersonalização, Desorientação, Alucinações, Insónia, Psicose

Doenças do sistema nervoso: Convulsões, Vertigens, Disgeusia, Parosmia Afecções do ouvido e do labirinto: Surdez, Zumbidos, Vertigens

Cardiopatias: Electrocardiograma – prolongamento do intervalo QT, Torsade de pointes, Taquicardia ventricular

Doenças gastrointestinais: Glossite, Pancreatite aguda, Estomatite, Alteração na cor da língua, Alteração na cor dos dentes

Afecções hepatobiliares: Insuficiência hepática, Função hepática anormal, Hepatite, Hepatite colestática, Icterícia colestática, Icterícia hepatocelular

Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos: Erupção cutânea, Síndrome Stevens-Johnson , Necrólise , tóxica epidérmica, Urticária

Exames complementares de diagnóstico: Níveis de creatinina aumentados, Níveis de enzimas hepáticas aumentados

Doenças renais e urinárias: Nefrite intersticial

Como acontece com outros macrólidos, o uso prolongado pode causar desenvolvimento excessivo de bactérias e fungos não susceptíveis. Se ocorrer superinfecção, deve ser instituído tratamento apropriado.

Foi descrita colite pseudomembranosa com praticamente todos os fármacos antibacterianos, incluindo a claritromicina, e pode ser de gravidade ligeira até compromisso vital. É pois importante considerar este diagnóstico em doentes que apresentem diarreia após a administração de fármacos antibacterianos.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

5. CONSERVAÇÃO DE KLACID PEDIÁTRICO

Conservar a temperatura inferior a 25 °C.

Não utilizar Klacid após expirar o prazo de validade indicado na embalagem. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.

Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

6. OUTRAS INFORMAÇÕES

Lista dos excipientes

Contém sacarose, sorbato de potássio e óleo de rícino.

Forma farmacêutica e respectivo conteúdo

Granulado para suspensão oral. Frascos de 50 e 100 ml de suspensão.

Categoria farmacoterapêutica

Grupo farmacoterapêutico: 1.1.8 – Macrólidos.

Titular da autorização de introdução no mercado

ABBOTT LABORATÓRIOS, LDA. Rua Cidade de Córdova, 1-A

Alfragide, 2610-038 Amadora

Este folheto foi aprovado pela última vez em 16-02-2006.

Categorias
Claritromicina

KLACID PEDIÁTRICO 25 mg/ml bula do medicamento

Neste folheto:

1.  O que é Klacid Pediátrico e para que é utilizado

2.  Antes de tomar Klacid Pediátrico

3.  Como tomar Klacid Pediátrico

4.  Efeitos secundários Klacid Pediátrico

5.  Como conservar Klacid Pediátrico

6.  Outras informações

KLACID PEDIÁTRICO 25 mg/ml

Granulado para suspensão oral

Claritromicina

Leia atentamente este folheto antes de tomar o medicamento.

Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.

Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

1. O QUE É KLACID PEDIÁTRICO E PARA QUE É UTILIZADO
Composição qualitativa e quantitativa

Depois de preparada a suspensão, cada colher-medida de 5 ml contém 125 mg de Claritromicina.

Indicações terapêuticas

Infecções do Tracto Respiratório Superior

Infecções da garganta (amigdalite, faringite, traqueíte), das cavidades sinusais (sinusite) e do ouvido médio (otite).

Infecções do Tracto Respiratório Inferior

Bronquite, pneumonia bacteriana e pneumonia atípica primária.

Infecções da Pele e Tecidos Moles

Impetigo, erisipela, foliculite, celulite e abcessos.

2. ANTES DE TOMAR KLACID

Não tome Klacid Pediátrico

KLACID PEDIÁTRICO está contra-indicado em doentes com hipersensibilidade conhecida aos Macrólidos ou a qualquer dos excipientes de Klacid.

É contra-indicada a administração concomitante de Claritromicina com astemizole, cisaprida, pimozida, terfenadina e ergotamina ou dihidroergotamina (Ver Interacções Medicamentosas e outras).

Tome especial cuidado com Klacid

O médico assistente deverá ponderar os benefícios e os riscos da administração de KLACID PEDIÁTRICO em caso de gravidez suspeita ou confirmada.

A Claritromicina é excretada sobretudo pelo fígado. A sua administração em doentes com função hepática alterada e com insuficiência renal moderada a grave deverá ser devidamente acautelada.

Deverá ser considerada a possibilidade de resistência cruzada entre a Claritromicina e outros Macrólidos, assim como com a Lincomicina e Clindamicina.

Tem sido descrita colite pseudomembranosa com quase todos os fármacos antibacterianos, incluindo os Macrólidos, que pode ser de gravidade ligeira até compromisso vital.

O uso em idosos deve respeitar as mesmas condições que em adultos.

Doentes com insuficiência renal – ver 3. Como tomar Klacid Pediátrico.

Tomar Klacid Pediátrico com outros medicamentos

Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.

Dados disponíveis indicam que a claritromicina é essencialmente metabolizada pela isoenzima 3A (CYP3A) do citocromo P450. Este é um aspecto importante na determinação de muitas interacções medicamentosas. O metabolismo de outros fármacos por este sistema pode ser inibido pelo uso concomitante da claritromicina e pode estar associado a aumento nos níveis séricos desses fármacos.

Sabe-se ou suspeita-se que os fármacos ou classes seguintes são metabolizados pela isoenzima CYP3A: alprazolam, astemizole, carbamazepina, cilostazol, cisaprida, ciclosporina, disopiramida, alcalóides da cravagem do centeio, lovastatina, metilprednisolona, midazolam, omeprazole, anticoagulantes orais (por ex. varfarina), pimozida, quinidina, rifabutina, sildenafil, simvastatina, tacrolimus, terfenadina, triazolam e vimblastina. Fármacos com interacção por mecanismos semelhantes através de outras isoenzimas no sistema do citocromo P450 incluem a fenitoína, teofilina e valproato. Como acontece com outros antibióticos macrólidos o uso de claritromicina em doentes a tomar concomitantemente fármacos metabolizados pelo sistema do citocromo P450 pode estar associado a aumento nos níveis séricos desses fármacos.

Resultados de ensaios clínicos indicam que existe um aumento ligeiro mas estatisticamente significativo (p<0,05) dos níveis circulantes de teofilina ou carbamazepina quando algum destes fármacos é administrado concomitantemente com a claritromicina.

As seguintes interacções medicamentosas baseadas no CYP3A têm sido observadas com medicamentos de eritromicina e/ou com claritromicina em pós-comercialização:

Raramente foi descrita rabdomiólise com a co-administração de claritromicina e inibidores da redutase HMG-CoA, como por exemplo a lovastatina e simvastatina.

Foram descritos níveis elevados de cisaprida e de pimozida quando estes fármacos foram administrados concomitantemente com Claritromicina, que podem resultar em prolongamento do intervalo QT e arritmias cardíacas, incluindo taquicardia ventricular, fibrilhação ventricular e “Torsades de Pointes” (ver Contra-indicações).

Os macrólidos podem alterar o metabolismo da terfenadina resultando num aumento dos níveis de terfenadina, o que tem sido ocasionalmente associado a arritmias cardíacas tais como prolongamento do intervalo QT, taquicardia ventricular, fibrilhação ventricular e “Torsades de Pointes” (ver contra-indicações). Resultados semelhantes foram descritos com a utilização concomitante de outros macrólidos com astemizole.

Foram descritos casos de “Torsades de Pointes” que ocorreram com o uso concomitante de Claritromicina e quinidina ou disopiramida. Os níveis séricos destes medicamentos devem ser monitorizados durante o tratamento com a Claritromicina.

Informações de pós-comercialização indicam que a co-administração de claritromicina com ergotamina ou dihidroergotamina tem sido associada a toxicidade aguda da cravagem do centeio caracterizada por vasospasmo e isquémia das extremidades e de outros tecidos incluindo o sistema nervosos central.

Com a administração de Claritromicina comprimidos e digoxina foram descritas concentrações séricas elevadas de digoxina. Deverá ser considerada a monitorização dos níveis séricos de digoxina.

Com a utilização concomitante de claritromicina e colchicina, tem sido reportada toxicidade da colchicina em pós-comercialização, especialmente nos idosos. Alguns dos casos de toxicidade ocorreram em doentes com insuficiência renal.

A administração oral concomitante de comprimidos de Claritromicina com a zidovudina em adultos com infecção pelo VIH pode resultar na redução dos níveis plasmáticos de equilíbrio de zidovudina. Para evitar esta interacção aconselha-se espaçar as doses de Claritromicina e zidovudina. Até à data esta interacção não se verificou em crianças com infecção pelo VIH recebendo Klacid Pediátrico com zidovudina ou dideoxinosina.

Com a administração de Claritromicina e Ritonavir poderá ser necessário reduzir a dose de Claritromicina (Ver Posologia e Administração).

A Claritromicina mostrou não ter interacção com os contraceptivos orais.

Gravidez e aleitamento

A segurança da utilização da Claritromicina durante a gravidez e lactação ainda não foi estabelecida. O médico não deverá prescrever Claritromicina a uma mulher grávida sem previamente ponderar os benefícios e riscos da sua utilização, especialmente durante os 3 primeiros meses de gravidez.

A Claritromicina é excretada no leite materno.

Condução de veículos e utilização de máquinas

Não relevante.

Informações importantes sobre alguns componentes de Klacid Pediátrico

Klacid Pediátrico contém óleo de rícino. Pode causar distúrbios no estômago e diarreia. Klacid Pediátrico contém sorbato de potássio e sacarose. Se foi informado pelo seu médico que tem intolerância a alguns açúcares, contacte-o antes de tomar este medicamento.

3. COMO TOMAR KLACID PEDIÁTRICO

Tomar Klacid Pediátrico sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.

A posologia diária recomendada para o KLACID PEDIÁTRICO, em crianças dos 6 meses aos 12 anos, é 7,5 mg/Kg de peso corporal, 2xdia. Nos casos de infecções mais severas, esta posologia pode ser aumentada até um máximo de 500 mg, duas vezes por dia. A duração média do tratamento é de 7 – 10 dias.

Para determinação da posologia podem ser utilizadas as seguintes instruções:

TABELA POSOLOGICA para crianças (com base no peso corporal)
Peso corporal (kg) * Dose administrada 2xdia numa colher de 5 ml
8-11 0,5
12-19 1
20-29 1,5
30-40 2
* Nas crianças com peso <8 kg a posologia deve ser determinada em função do peso (aproximadamente 7,5 mg/kg 2xdia)

Nos doentes com insuficiência renal, com níveis de depuração de creatinina inferiores a 30 ml/min., a dose de Claritromicina deve ser reduzida para metade, isto é, até 250 mg, uma vez por dia ou 250 mg duas vezes por dia nas infecções mais severas. Nestes doentes, o tratamento não deve prosseguir para além dos 14 dias.

Nos doentes com insuficiência renal, recebendo tratamento concomitante com Ritonavir deverão fazer-se os seguintes ajustes na posologia:

Níveis de creatinina 30-60 ml/min. – reduzir a dose de Claritromicina para metade; Níveis de creatinina inferiores a 30 ml/min. – reduzir a dose de Claritromicina em 75%; Doses de Claritromicina superiores a 1 g/dia não devem ser co-administradas com Ritonavir.

Preparação da suspensão

Adicionar água até ao traço indicado no frasco, agitar vigorosamente até homogeneizar; completar com água até ao traço para obter 50 ou 100 ml de suspensão. Manter o frasco bem rolhado e agitar antes de usar.

Cada colher-medida (5 ml) que acompanha a embalagem, quando cheia de suspensão, tem actividade <> a 125 mg de Claritromicina.

Depois de reconstituída, a suspensão não necessita refrigeração e tem a validade de 2 semanas.

A suspensão preparada pode ser tomada com ou sem alimentos ou com leite. Via oral

Não é necessário efectuar ajustamento de dose em indivíduos com disfunção hepática moderada ou grave mas com função renal normal.

Duração do tratamento médio

Variável em função do doente e da sua situação clínica.

Se tomar mais Klacid Pediátrico do que deveria

Foi referido que a ingestão de grandes quantidades de Claritromicina pode provocar sintomas gastrointestinais. Caso se verifique sobredosagem, esta deve ser tratada com a eliminação do produto não absorvido e com medidas de suporte.

Um doente com antecedentes de doença bipolar ingeriu 8 gramas de Claritromicina, tendo apresentado estado mental alterado, comportamento paranóico, hipocalemia e hipoxemia. A exemplo do que acontece com outros Macrólidos, não se prevê que os níveis séricos da Claritromicina sejam grandemente afectados pela hemodiálise ou diálise peritoneal.

Caso se tenha esquecido de tomar Klacid Pediátrico

Em caso de omissão de uma ou mais doses, o doente deve retomar a posologia normal prescrita pelo médico. Não tome uma dose a dobrar para compensar a dose que se esquecer de tomar.

Se parar de tomar Klacid Pediátrico

Não aplicável.

4. EFEITOS SECUNDÁRIOS KLACID PEDIÁTRICO

Como os demais medicamentos, Klacid Pediátrico pode causar efeitos secundários em algumas pessoas.

O perfil de segurança da formulação pediátrica é semelhante ao dos comprimidos doseados a 250 mg. Os efeitos adversos descritos mais frequentemente foram diarreia, vómitos e dor abdominal.

Os efeitos secundários descritos em ensaios clínicos, classificados como frequentes, foram os seguintes:

Doenças gastrointestinais: Dor abdominal, Diarreia, Vómitos Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos: Erupção cutânea

Experiência pós-comercialização

As reacções adversas descritas são consistentes com as observadas nos ensaios clínicos.

Dado que estas reacções são notificações voluntárias de uma população de número indefinido, nem sempre é possível estimar com segurança a sua frequência e estabelecer uma relação causal para a exposição ao fármaco. Estima-se que a exposição dos doentes é superior a 1 bilião doente-dia de tratamento para a claritromicina.

Na experiência pós-comercialização foram descritas as seguintes reacções adversas: Infecções e infestações: Candidíase oral

Doenças do sangue e do sistema linfático: Leucopenia, Trombocitopenia Doenças do sistema imunitário: Reacção anafiláctica, Hipersensibilidade Doenças do metabolismo e da nutrição: Hipoglicemia

Perturbações do foro psiquiátrico: Ansiedade, Pesadelos, Confusão, Despersonalização, Desorientação, Alucinações, Insónia, Psicose

Doenças do sistema nervoso: Convulsões, Vertigens, Disgeusia, Parosmia Afecções do ouvido e do labirinto: Surdez, Zumbidos, Vertigens

Cardiopatias: Electrocardiograma – prolongamento do intervalo QT, Torsade de pointes, Taquicardia ventricular

Doenças gastrointestinais: Glossite, Pancreatite aguda, Estomatite, Alteração na cor da língua, Alteração na cor dos dentes

Afecções hepatobiliares: Insuficiência hepática, Função hepática anormal, Hepatite, Hepatite colestática, Icterícia colestática, Icterícia hepatocelular

Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos: Erupção cutânea, Síndrome Stevens-Johnson , Necrólise , tóxica epidérmica, Urticária

Exames complementares de diagnóstico: Níveis de creatinina aumentados, Níveis de enzimas hepáticas aumentados

Doenças renais e urinárias: Nefrite intersticial

Como acontece com outros macrólidos, o uso prolongado pode causar desenvolvimento excessivo de bactérias e fungos não susceptíveis. Se ocorrer superinfecção, deve ser instituído tratamento apropriado.

Foi descrita colite pseudomembranosa com praticamente todos os fármacos antibacterianos, incluindo a claritromicina, e pode ser de gravidade ligeira até compromisso vital. É pois importante considerar este diagnóstico em doentes que apresentem diarreia após a administração de fármacos antibacterianos.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

5. CONSERVAÇÃO DE KLACID PEDIÁTRICO

Não utilizar Klacid após expirar o prazo de validade indicado na embalagem. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.

Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

6. OUTRAS INFORMAÇÕES
Lista dos excipientes

Contém sacarose, sorbato de potássio e óleo de rícino.

Forma farmacêutica e respectivo conteúdo

Granulado para suspensão oral. Frascos de 50 e 100 ml de suspensão.

Categoria farmacoterapêutica

Grupo farmacoterapêutico: 1.1.8 – Macrólidos.

Titular da autorização de introdução no mercado

ABBOTT LABORATORIOS, LDA.

Rua Cidade de Córdova, 1-A

Alfragide, 2610-038 Amadora

Este folheto foi aprovado pela última vez em 16-02-2006.

Categorias
Verapamilo

Isoptin HTA bula do medicamento

Neste folheto:

1.  O que é o Isoptin HTA e para que é utilizado
2.  Antes de tomar Isoptin HTA
3.  Como tomar Isoptin HTA
4.  Efeitos secundários Isoptin HTA
5.  Como conservar o Isoptin HTA
6.  Outras informações

ISOPTIN HTA

Comprimidos de libertação prolongada

Cloridrato de verapamilo

Leia atentamente este folheto antes de tomar o medicamento.

Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.

Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

1.  O que é o Isoptin HTA e para que é utilizado

Isoptin HTA é um bloqueador da entrada do cálcio e está indicado nas seguintes situações:

  • Hipertensão arterial.
  • Insuficiência coronária crónica e tratamento a longo prazo da angina de peito espasmos coronários angina vasoespástica. Angina de peito após enfarte do miocárdio.
  • Prevenção secundária pós enfarte do miocárdio na ausência de insuficiência cardíaca e sempre que os bloqueadores beta estejam contra-indicados.
  • Taquicardia paroxística supraventricular, fibrilhação/flutter auriculares com taquiarritmia (excepto nos síndromas de Wolf-Parkinson-White ou Lown-Ganong-Levine), extrasístolia.

2.  Antes de tomar Isoptin HTA
Não tome Isoptin HTA

Se tem alergia (hipersensibilidade) à substância activa ou a qualquer outro componente de Isoptin HTA.

Se sofre ou sofreu de:

  • Choque cardiogénico;
  • Bloqueio AV de 2° ou 3° grau (excepto em doentes com pacemaker artificial);
  • Enfarte agudo do miocárdio complicado;
  • Síndroma do nódulo sinusal, excepto em doentes com pacemaker artificial;
  • Insuficiência cardíaca congestiva;
  • Flutter/fibrilhação auricular e vias acessórias (síndromas de Wolff-Parkinson-White e Lown-Ganong-Levine).

Tome especial cuidado com Isoptin HTA

O tratamento da hipertensão requer um controlo médico regular.

Aconselha-se especial precaução em situações de: Bloqueio AV de 1° grau, bradicardia severa (< 50 p.p.m.), hipotensão arterial (pressão sistólica < 90 mmHg), fibrilhação/flutter auriculares e em simultâneo com um síndroma de pré-excitação, por ex. síndroma de WPW (risco de desencadear uma taquicardia ventricular) insuficiência cardíaca (antes de iniciar o tratamento é necessário uma compensação, por ex. com glucósidos cardíacos) e insuficiência hepática grave.

Ao tomar Isoptin HTA com outros medicamentos

Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica. Isto é muito importante devido ao facto de o efeito do Isoptin HTA poder aumentar ou diminuir se tomar mais de um medicamento simultaneamente. Deste modo, não deverá tomar Isoptin HTA sem informar previamente o seu médico de todos os medicamentos que está a tomar.

Isoptin HTA deve ser tomado cuidadosamente com:

  • Bloqueadores Alfa
    • Prazosina, Terazosina
  • Antiarrítmicos
    • Flecainida, Quinidina
  • Antiasmáticos
    • Teofilina
  • Anticonvulsivantes
    • Carbamazepina, Fenitoína
  • Antidepressivos
    • Imipramina
  • Antidiabéticos
    • Gliburide
  • Anti-infecciosos
    • Eritromicina, Rifampicina, Telitromicina
  • Antineoplásicos
    • Doxorrubicina
  • Barbitúricos
    • Fenobarbital
  • Benzodiazepinas e outros ansiolíticos
    • Buspirona, Midazolam
  • Beta bloqueadores
    • Metoprolol, Propranolol
  • Glicosidos cardíacos
    • Digitoxina, Digoxina
  • Agonistas dos receptores H2
    • Cimetidina
  • Imunomoduladores
    • Ciclosporina, Everolimus, Sirolimus, Tacrolimus
  • Antidislipidémicos
    • Atorvastatina, Lovastatina, Simvastatina
  • Agonistas dos receptores da serotonina
    • lmotriptano
  • Uricosúricos
    • Sulfinpirazona
  • Medicamentos contendo lítio
  • Antihipertensores, diuréticos, vasodilatadores
  • Agentes antivirais do VIH
  • Bloqueadores neuromusculares
  • Ácido acetilsalicílico
  • Colchicina

Ao tomar Isoptin HTA com alimentos e bebidas

Verificou-se que o sumo de toranja pode aumentar os níveis de cloridrato de verapamilo no sangue, pelo que não é aconselhado tomar Isoptin HTA conjuntamente com sumo de toranja.

A ingestão de álcool em conjunto com o Isoptin HTA pode potenciar os efeitos do Isoptin HTA.

Isoptin HTA deve ser tomado durante ou pouco depois das refeições.

Gravidez e aleitamento

Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento. Isoptin HTA não deve ser administrado durante a gravidez e o período de aleitamento, a não ser que o médico o considere extremamente necessário. Se for caso disso, a amamentação deverá ser interrompida durante a terapêutica com Verapamilo.

Condução de veículos e utilização de máquinas

O Verapamilo pode afectar a capacidade de conduzir veículos ou utilizar máquinas. Tal situação é válida particularmente no início do tratamento, aquando de uma mudança terapêutica e também em associação com o consumo de álcool.

Informações importantes sobre alguns componentes de Isoptin HTA Este medicamento contêm 32 mg de sódio. Esta informação deve ser tida em consideração em doentes com ingestão controlada de sódio.

3. Como tomar Isoptin HTA

Tomar Isoptin HTA sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.

Isoptin HTA deve ser administrado regularmente de acordo com as indicações do médico, em dosagem individual adaptada ao grau de gravidade da doença.

Tratamento da hipertensão Adultos e adolescentes com peso superior a 50 kg

Salvo outra indicação do médico, a posologia diária, nos adultos é de 1 comprimido pela manhã.

Se após aproximadamente duas semanas de tratamento for necessário aumentar a dose, esta pode ser aumentada até 2 comprimidos diários (adicionalmente de 1/2 a 1 comprimido à noite depois de um intervalo de aproximadamente 12 horas). Experiência clínica de longa data demonstra que a dose média em todas as indicações varia entre 240 mg e 360 mg.

A dose máxima recomendada de verapamilo é de 480 mg/dia.

Para um tratamento a longo prazo não deverá ultrapassar-se uma dose diária de 480 mg, no entanto uma dose mais elevada poderá ser utilizada por um período curto; só por indicação do médico é possível um aumento transitório da dose.

Em crianças ou adultos que necessitam de doses inferiores, recomenda-se tratamento com verapamilo 40 mg ou verapamilo 80 mg comprimidos revestidos.

Em doentes com função hepática limitada, o efeito do verapamilo, dependendo da gravidade da disfunção hepática, intensifica-se e prolonga-se devido a um metabolismo retardado do fármaco. Nestes casos deve ajustar-se a posologia muito cuidadosamente e iniciar a terapêutica com doses mais pequenas (ex. em doentes com cirrose hepática, 1 comprimido revestido de verapamilo 40 mg, 2-3 vezes ao dia).

Os comprimidos doseados a 40 mg de cloridrato de verapamilo devem ser tomados por doentes susceptíveis de apresentar uma resposta satisfatória a baixas doses (ex. doentes com disfunção hepática ou doentes idosos). Os doentes que requerem dosagens superiores (ex. 240 mg a 480 mg diários de cloridrato de verapamilo) devem utilizar formulações com um conteúdo em substância activa mais conveniente.

Tratamento da insuficiência coronária e arritmias Posologia diária: 240 a 480 mg.

Geralmente é administrado 1/2 ou 1 comprimido de Isoptin HTA, duas vezes ao dia.

Em doentes de alto risco ou em substituição terapêutica de Verapamilo de libertação imediata para Verapamilo de libertação prolongada, as instruções de tratamento são as mesmas aplicadas na hipertensão. Nestes casos a dose total diária em miligramas pode permanecer a mesma.

Prevenção secundária pós enfarte do miocárdio

Na prevenção secundária pós enfarte do miocárdio a terapia com verapamilo deverá ter início pelo menos 8 dias após o enfarte. Posologia média recomendada é de 360 mg.

Geralmente é administrado 1 comprimido de Isoptin HTA pela manhã e 1/2 comprimido à noite, depois de um intervalo de aproximadamente 12 horas.

Não existe limitação na duração da utilização. Após tratamento prolongado, a terapêutica com verapamilo não deve ser interrompida bruscamente, devendo ser reduzida gradualmente.

Administração oral.

Os comprimidos são administrados inteiros, sem mastigar ou chupar, com um pouco de líquido, de preferência durante ou pouco depois das refeições.

Duração do tratamento médio

Variável em função do doente e da sua situação clínica.

Se tomar mais Isoptin HTA do que deveria Sintomas mais importantes:

Hipotensão (em parte a valores não mensuráveis), choque cardiogénico com edema pulmonar, perda da consciência, bloqueio AV de 1° e 2° grau, (frequentemente do tipo Wenckebach com ou sem ritmos de escape), bradicardia até um elevado nível de bloqueio AV e paragem sinusal, estupor, hipoxia, acidose metabólica, hiperglicémia, hipocaliémia e arritmias.

Foram descritos casos de morte como resultado de uma sobredosagem.

Tratamento

O tratamento da sobredosagem por cloridrato de verapamilo deve ser sobretudo de suporte, no entanto, já foram utilizadas administração parentérica de cálcio, estimulação beta adrenérgica e irrigação gastrointestinal no tratamento da sobredosagem por cloridrato de verapamilo. O tratamento de uma sobredosagem por cloridrato de verapamilo é baseado na eliminação do fármaco e no restabelecimento da estabilidade cardiovascular.

As medidas terapêuticas devem ser individualizadas e de suporte, e dependem do momento, do tipo de administração de verapamilo e da gravidade dos sintomas de intoxicação. Quando se trata de intoxicação com grandes quantidades de verapamilo em formulações de libertação prolongada, deve-se ter em atenção que a libertação do princípio activo e a absorção intestinal pode prolongar-se por mais de 48 horas após a administração, pelo que os doentes poderão necessitar de observação e hospitalização até 48 horas. Dependendo do momento de ingestão deve contar-se com a possibilidade de que em todo o aparelho digestivo se encontram aglomerações isoladas de restos de comprimidos intumescidos, que actuam como depósito de princípio activo.

Medidas gerais

É aconselhável a lavagem gástrica com as devidas precauções mesmo 12 horas após a ingestão e mesmo que não se perceba qualquer motilidade gastrointestinal (ruídos peristálticos). Se se suspeitar de uma intoxicação com Isoptin HTA estão indicadas numerosas medidas de eliminação, tais como indução do vómito, lavagem intestinal, laxantes, enemas e aspiração do conteúdo gástrico e do intestino delgado sob controlo endoscópico.

A hemodiálise não é aconselhável porque o verapamilo não é dialisável. No entanto, recomenda-se a hemofiltração e a plasmaferese (os bloqueadores dos canais de cálcio ligam-se extensivamente às proteínas plasmáticas).

Medidas usuais de terapia intensiva de reanimação

Massagem cardíaca extra-torácica, respiração artificial, desfibrilhação ou tratamento com pacemaker.

Medidas específicas

Eliminação de efeitos cardiodepressores da hipotensão e da bradicardia. O cálcio é considerado como antídoto específico, por ex. 10-20 ml numa solução de gluconato de cálcio a 10% por via intravenosa (2,25 – 4,5 mmol). Repetir se necessário ou aplicar como perfusão gota a gota (por ex. 5 mmol/hora).

Devido à vasodilatação arterial, é recomendável que se proceda numa fase precoce à substituição de fluidos (solução de Ringer ou de cloreto de sódio).

Medidas adicionais que poderão ser necessárias

Em caso de bloqueio AV de 2° e 3° grau, bradicardia sinusal, assistolia: Atropina, isoprenalina, orciprenalina, isoproterenol ou tratamento com pacemaker.

Em caso de hipotensão: Dopamina, dobutamina, noradrenalina.

Em caso de sintomas persistentes de insuficiência miocárdica: Dopamina, dobutamina, se necessário repetição das injecções de cálcio.

Caso se tenha esquecido de tomar Isoptin HTA

Em caso de omissão de uma ou mais doses, o doente deve continuar a posologia normal prescrita. Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.

Se parar de tomar Isoptin HTA

Após tratamento prolongado, a terapêutica com verapamilo não deve ser interrompida bruscamente, devendo ser reduzida gradualmente.

Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.

4. Efeitos secundários Isoptin HTA

Como todos os medicamentos, Isoptin HTA pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas:

Doenças do sistema imunitário Hipersensibilidade Doenças do sistema nervoso

Tonturas, cefaleias, parestesia, tremor, síndrome extrapiramidal.

Afecções do ouvido e do labirinto Vertigens, zumbido.

Cardiopatias

Bloqueio AV de 1°, 2° e 3° grau, bradicardia sinusal, paragem sinusal, bradiarritmia por fibrilhação auricular, edema periférico, palpitações, taquicardia, insuficiência cardíaca.

Vasculopatias

Hipotensão e rubor facial. Doenças gastrointestinais

Náuseas, vómitos, obstipação, oclusão intestinal, hiperplasia gengival, desconforto/dor abdominal.

Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneas

Angioedema, síndroma de Stevens-Johnson, eritema multiforme, erupção maculopapulosa, alopecia, urticária, púrpura, prurido.

Afecções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos Fraqueza muscular, mialgia, artralgia.

Doenças dos órgãos genitais e da mama

Disfunção eréctil, ginecomastia (em doentes idosos submetidos a tratamento prolongado) e galactorreia.

Perturbações gerais e alterações no local de administração Fadiga.

Exames complementares de diagnóstico

Enzimas hepáticas elevadas e aumento dos níveis de prolactina.

No período de pós-comercialização, foi reportado um caso de paralisia (tetraparesia) associado à administração concomitante de verapamilo e colchicina. Isto pode ser causado pelo facto de colchicina atravessar a barreira hemato-encefálica devido à inibição do CYP3A4 e do PgP pelo verapamilo. Não é recomendada a administração concomitante de verapamilo e colchicina.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

5. Como conservar o Isoptin HTA

Não conservar acima de 25° C.

Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Não utilize o Isoptin HTA após o prazo de validade impresso na embalagem exterior. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.

Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

6. Outras informações

Qual a composição do Isoptin HTA

-A substância activa é o cloridrato de verapamilo.

-Os outros componentes são celulose microcristalina, alginato de sódio, polivinilpirrolidona, estearato de magnésio, água purificada, hidroxipropilmetilcelulose, polietilenoglicol 400 e 6000, talco, dióxido de titânio, laca verde e cera E Hoechst.

Qual o aspecto do Isoptin HTA e conteúdo da embalagem Comprimidos de libertação prolongada. Embalagens com 30 comprimidos.

Titular da Autorização de Introdução no Mercado

Abbott Laboratórios, Lda.

Estrada de Alfragide, 67 – Alfrapark – Edifício D

2610-008 Amadora

Fabricante

Abbott GmbH & Co. KG

Knollstrasse 50, D-67061 Ludwigshafen

Alemanha

Este folheto foi aprovado pela última vez em 05-11-2008.