Categorias
Amlodipina

AMLODIPINA TENSIOVAS bula do medicamento

Neste folheto:

1. O que é AMLODIPINA TENSIOVAS e para que é utilizado
2. Antes de tomar AMLODIPINA TENSIOVAS
3. Como tomar AMLODIPINA TENSIOVAS
4. Efeitos secundários AMLODIPINA TENSIOVAS possíveis
5. Conservação do AMLODIPINA TENSIOVAS

AMLODIPINA TENSIOVAS COMPRIMIDOS

Leia atentamente este folheto antes de utilizar o medicamento.
Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico.
Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento
pode ser-lhes prejudicial, mesmo que apresentem os mesmos sintomas.

Denominação do medicamento

AMLODIPINA TENSIOVAS 5 mg COMPRIMIDOS

Amlodipina (sob a forma de Besilato)

AMLODIPINA TENSIOVAS 10 mg COMPRIMIDOS

Amlodipina (sob a forma de Besilato)

Descrição completa da substância activa e dos excipientes

A substância activa é a amlodipina. Os outros ingredientes são a celulose microcristalina, a lactose, o amido glicolato de sódio e o estearato de magnésio.

Nome e endereço do titular da autorização de introdução no mercado e do titular da
autorização de fabrico

TECNIMEDE – Sociedade Tecnico-Medicinal, S.A.

Rua Professor Henrique de Barros, Edifício Sagres, 3° A

2685 – 338 Prior Velho

Fabricado por:

West Pharma – Produções Especialidades Farmacêuticas, S.A.

Rua João de Deus, n.° 11, Venda Nova, 2700 Amadora

1.O QUE É AMLODIPINA TENSIOVAS E PARA QUE É UTILIZADO
Forma farmacêutica e conteúdo; grupo farmacoterapêutico

AMLODIPINA TENSIOVAS são comprimidos que contêm como princípio activo a amlodipina, estando disponíveis no mercado em duas dosagens: 5 mg e 10 mg. Pertence ao grupo dos anti-hipertensores.

AMLODIPINA TENSIOVAS comprimidos contendo 5 mg de amlodipina está disponível em embalagens de 10, 30, 60 e 100 comprimidos .

AMLODIPINA TENSIOVAS comprimidos contendo 10 mg de amlodipina está disponível em embalagens de 10, 30, 60 e 100 comprimidos.

Indicações terapêuticas

A amlodipina está indicada no tratamento de 1a linha da hipertensão e pode ser usada como agente único para controlo da pressão arterial na maioria dos doentes. Os doentes não suficientemente controlados com um único anti-hipertensor podem beneficiar da adição da amlodipina, a qual tem sido usada em combinação com um diurético tiazídico, um bloqueador a, um bloqueador p ou um inibidor do enzima de conversão da angiotensina (IECA).

A amlodipina está indicada no tratamento de primeira linha da isquémia do miocárdio, devido quer à obstrução fixa (angina estável) e/ou vasospasmo/vasoconstrição coronária (angina variante ou de Prinzmetal).

A amlodipina pode ser utilizada nos casos em que o quadro clínico sugere um componente vasospástico/vasoconstritor mas em que não é possível confirmar a existência dum tal componente.

A amlodipina pode ser usada como agente terapêutico único ou combinada com outros fármacos anti-anginosos nos doentes com angina refractária aos nitratos e/ou a doses adequadas de p-bloqueantes.

2. ANTES DE TOMAR AMLODIPINA TENSIOVAS

Enumeração das informações necessárias antes da toma do medicamento

Contraindicações

Não tome AMLODIPINA TENSIOVAS:

A amlodipina está contra-indicada nos doentes com reconhecida hipersensibilidade à amlodipina, às dihidropiridinas ou a algum dos componentes inactivos do medicamento.

Precauções de utilização adequadas; advertências especiais

Tome especial cuidado com AMLODIPINA TENSIOVAS:

Doentes com insuficiência cardíaca

Em doentes com insuficiência cardíaca das classes III e IV da NYHA, de etiologia não isquémica, a amlodipina foi associada a um maior número de relatos de edema pulmonar, apesar de não ter sido registada uma diferença significativa na incidência do agravamento da insuficiência cardíaca, comparativamente ao placebo.

Doentes com disfunção hepática

Nestes doentes a semi-vida sérica da amlodipina é prolongada, não tendo sido estabelecidas recomendações para a posologia apropriada. O medicamento deve ser administrado com precaução.

Este medicamento contem lactose.

Se foi informado que tem intolerância a algum açúcar, contacte o seu médico antes de tomar este medicamento.

Interacções com alimentos ou bebidas

Tomar AMLODIPINA TENSIOVAS com alimentos

Não são conhecidas interacções com os alimentos.

Utilização durante a gravidez e o aleitamento

Gravidez e aleitamento

No ser humano, a inocuidade da amlodipina, durante os períodos de gravidez e lactação, não se encontra estabelecida. Estudos de reprodução animal efectuados no rato, com uma dose cinquenta vezes superior à dose máxima recomendada no ser humano, não demonstraram outra toxicidade que não fosse o parto tardio e o trabalho de parto prolongado.

Em conformidade com este facto, a administração de amlodipina à mulher grávida só está recomendada quando não existir outra alternativa mais segura e a doença em si acarrete maior risco tanto para a mãe como para o feto.

Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.

Efeitos sobre a capacidade de conduzir ou utilizar máquinas

Condução de veículos e utilização de máquinas

A terapêutica com AMLODIPINA TENSIOVAS não afecta a capacidade de condução e utilização de máquinas.

Interacção com outros medicamentos

Tomar AMLODIPINA TENSIOVAS com outros medicamentos

Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos sem receita médica.

A amlodipina tem sido administrada, em segurança, com diuréticos tiazídicos, bloqueadores alfa, bloqueadores beta, IECA’s, nitratos de acção prolongada, nitroglicerina sublingual, anti-inflamatórios não esteróides, antibióticos e hipoglicemiantes orais.

Dados in vitro obtidos de estudos com plasma humano indicam que a amlodipina é destituída de efeito sobre a ligação às proteínas dos fármacos estudados (digoxina, fenitoína, varfarina ou indometacina).

3. COMO TOMAR AMLODIPINA TENSIOVAS

Instruções para uma utilização adequada

Tome o medicamento sempre à mesma hora: obterá um melhor efeito e evitará o esquecimento de alguma dose.

Posologia

Tanto para a hipertensão como para a angina, a dose inicial habitual é de 5 mg de amlodipina, uma vez ao dia. Consoante a resposta do doente, esta dose pode ser aumentada para, no máximo, 10 mg, uma vez dia.

A administração concomitante de diuréticos tiazídicos, inibidores do enzima de conversão da angiotensina (IECA) e p-bloqueantes (ex. atenolol) não exige um reajustamento na dose de amlodipina.

Idosos

Recomenda-se o esquema posológico normal. A amlodipina, administrada nas mesmas doses ao doente idoso e ao doente mais jovem, é igualmente bem tolerada.

Crianças

A segurança e a eficácia da amlodipina em crianças ainda não foi comprovada. Insuficiência renal

A amlodipina pode ser usada em doses normais nestes doentes. Não há correlação entre as alterações nas concentrações plasmáticas de amlodipina e o grau de insuficiência renal. A amlodipina não é dialisável.

Insuficiência hepática

Ver Precauções de utilização adequadas; advertências especiais.

Via e modo de administração

AMLODIPINA TENSIOVAS destina-se a ser administrado por via oral; deglutir os comprimidos com um pouco de água.

AMLODIPINA TENSIOVAS visa o tratamento de situações crónicas, pelo que deve ser tomado com a regularidade e durante o período definido pelo médico.

Sintomas em caso de sobredosagem e medidas a tomar

Caso tome mais AMLODIPINA TENSIOVAS do que deveria

No Homem, a experiência com a sobredosagem intencional é limitada. A lavagem gástrica poderá ser útil em alguns casos. Os dados disponíveis sugerem que uma sobredosagem importante pode provocar vasodilatação periférica excessiva seguida de acentuada e provavelmente prolongada hipotensão sistémica.

A hipotensão clinicamente importante, devida a sobredosagem com amlodipina, requer suporte cardiovascular activo incluindo monitorização frequente da função cardíaca e respiratória, elevação das extremidades e vigilância do volume líquido circulante e do débito urinário.

Um vasoconstritor pode ajudar a restabelecer o tónus vascular e a pressão arterial, desde que não haja contra-indicações ao seu emprego. O gluconato de cálcio intravenoso pode ser benéfico na resolução dos efeitos de bloqueio dos canais de cálcio.

Dada a elevada ligação às proteínas plasmáticas da amlodipina, não é provável que a diálise possa ser útil.

Acções a tomar quando houver esquecimento da toma de uma ou mais doses

Caso se tenha esquecido de tomar AMLODIPINA TENSIOVAS

Retome a administração do medicamento, logo que seja possível; no entanto, se estiver próxima a administração de outra dose não duplique as doses.

Indicação de que existe um risco de síndroma de privação

Efeitos da interrupção do tratamento com AMLODIPINA TENSIOVAS

Não deve suspender o tratamento com AMLODIPINA TENSIOVAS sem consultar o seu médico.

4. EFEITOS SECUNDÁRIOS AMLODIPINA TENSIOVAS POSSÍVEIS

Descrição dos efeitos secundários

Como os demais medicamentos, AMLODIPINA TENSIOVAS pode ter efeitos secundários.

Em ensaios clínicos controlados com placebo e que envolveram doentes com hipertensão ou angina, os efeitos secundários mais frequentemente observadas foram:

  • Sistema Nervoso Autónomo: rubor
  • Organismo em Geral: fadiga
  • Cardiovascular, Geral: edema
  • Sistema Nervoso Central e Periférico: tonturas, cefaleias
  • Gastrointestinal: dores abdominais, náuseas
  • Frequência / Ritmo Cardíaco: palpitações
  • Psiquiátricas: sonolência

Efeitos secundários menos frequentemente observados durante a experiência de comercialização incluem:

  • Sistema Nervoso Autónomo: secura de boca, hipersudorese
  • Organismo em Geral: astenia, dores lombares, mal-estar, dor, aumento / diminuição de peso
  • Cardiovascular, Geral: hipotensão, síncope
  • Sistema Nervoso Central e Periférico: hipertonia, hipoestesia / parestesias, neuropatia periférica, tremores
  • Endócrino: ginecomastia
  • Gastrointestinal: alteração dos hábitos intestinais, dispepsia, hiperplasia gengival, pancreatite, vómitos
  • Metabólicos / Nutricionais: hiperglicémia
  • Musculosquelético: artralgias, cãibras musculares, mialgias
  • Plaquetas / Hemorragia / Coagulação: púrpura, trombocitopénia
  • Psiquiátrico: impotência, insónias, alterações do humor
  • Respiratório: tosse, dispneia
  • Pele / Anexos cutâneos: alopécia
  • Sentidos especiais: alterações do paladar, zumbidos
  • Urinário: aumento da frequência urinária
  • Vascular (extra-cardíaco): vasculite
  • Visão: distúrbios da visão

Glóbulos Brancos Sanguíneos / S.R.E. (Sistema retículo-endotelial): leucopénia

Raramente, foram descritos casos de reacção alérgica incluindo prurido, rash, angioedema e eritema multiforme.

Foram também registados, muito raramente, casos de hepatite, icterícia e aumento das enzimas hepáticas (a maior parte deles relacionados com colestase). Registaram-se alguns casos relacionados com o uso da amlodipina cuja gravidade requereu hospitalização. Em muitos dos casos a relação causal é incerta.

Como acontece com outros antagonistas dos canais de cálcio, acontecimentos adversos, tais como, enfarte do miocárdio arritmia (incluindo bradicárdia, taquicárdia ventricular e fibrilhação auricular) e dor torácica, foram raramente referidos e não podem ser distinguidos da história natural da doença subjacente.

Caso detecte efeitos indesejáveis não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

5. CONSERVAÇÃO

Condições de conservação e prazo de validade

Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Não guardar acima de 30°C. Guardar na embalagem de origem.

Não utilize AMLODIPINA TENSIOVAS depois da data indicada na embalagem.

Se for caso disso, advertência em relação a sinais visíveis de deterioração

Este folheto foi aprovado em:07-12-2005

Para qualquer informação adicional acerca deste produto contactar:

TECNIMEDE – Sociedade Tecnico-Medicinal, S.A. Rua Professor Henrique de Barros, Edifício Sagres, 3°A

2685-338 Prior Velho

Categorias
Cetoprofeno

Profenid Supositórios bula do medicamento

Neste folheto:

1.O que é Profenid e para que é utilizado
2.Antes de utilizar Profenid
3.Como utilizar Profenid
4.Efeitos secundários Profenid
5.Como conservar Profenid
6.Outras informações

PROFENID 100 mg

Supositórios

Cetoprofeno

Leia atentamente este folheto antes de utilizar este medicamento, mesmo que não seja a primeira vez que o toma, pois alguma informação do folheto anterior poderá ter mudado.

Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico.

Este medicamento foi-lhe receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros; pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

1. O QUE É PROFENID E PARA QUE É UTILIZADO

Aparelho locomotor. Anti-inflamatórios não esteróides. Derivados do ácido propiónico

O PROFENID (cetoprofeno) tem uma actividade anti-inflamatória, analgésica e antipirética, de intensidade sobreponível aos mais potentes compostos não esteróides deste tipo até agora sintetizados.

Está provada a sua acção na poliartrite experimental e na inibição da bradicinina, onde o seu efeito é muito positivo.

A potência de acção e a manejabilidade do Profenid permitem, logo no início da terapêutica, a utilização de doses eficazes, de modo a sedar rapidamente, as manifestações clínicas dos quadros inflamatórios e dolorosos tão frequentes na prática reumatológica e clínica em geral.

O Profenid está indicado nas seguintes patologias:

  • Reumatismos crónicos degenerativos;
  • Poliartrite reumatóide, espondilartrite anquilosante;
  • Psoríase artropática;
  • Algias neurológicas e neuromusculares;
  • Periartrites, tendinites, tenosinovites, bursites;
  • Episódios agudos de gota;
  • Situações álgicas em geral.

2. ANTES DE UTILIZAR PROFENID

Não utilize Profenid

  • se tem hipersensibilidade conhecida à substância activa (cetoprofeno) ou a qualquer um dos excipientes;
  • se tem hipersensibilidade a outros medicamentos com substância activa ou actividade semelhante. Dada a existência de sensibilidade cruzada, o Cetoprofeno não deve ser administrado a doentes alérgicos ao ácido acetilsalicílico ou a outros anti-inflamatórios não esteróides;
  • se tem úlcera péptica activa ou história de hemorragia gastrointestinal, ulceração ou perfuração, hemorragia cerebro-vascular ou outras hemorragias activas;
  • em caso de insuficiência hepática e renal grave;
  • em caso de crianças com menos de 15 anos;
  • em caso de gravidez (no 3° trimestre de gravidez) e amamentação;
  • em caso de insuficiência cardíaca grave.
  • em caso de antecedentes recentes de rectites ou rectorragias.

Tome especial cuidado com Profenid

Deve ser utilizada precaução na administração de Profenid em:

  • doentes com história de doença gastroduodenal;
  • doentes com terreno atópico;
  • doentes com insuficiência hepática e/ou renal;
  • doentes com colite ulcerosa ou doença de Crohn, asma brônquica, lúpus eritematoso sistémico ou doenças do tecido conjuntivo.

Profenid não é apropriado para o tratamento de longa duração, devendo ser instituída terapêutica com cetoprofeno por via oral após resposta favorável.

Em doentes submetidos a tratamentos de maior duração deve ser monitorizada a sua função renal, hepática e hematológica.

Em caso de insuficiência cardíaca o volume da diurese e a função renal deverão ser monitorizadas.

Doentes que sofram perturbações visuais durante a terapêutica com AINEs devem ser submetidos a exame oftalmológico.

O cetoprofeno, tal como outros AINEs, pode mascarar os sintomas de infecção.

A administração concomitante de Profenid com outros AINE, incluindo inibidores selectivos da ciclooxigenase-2, deve ser evitada.

Os efeitos indesejáveis podem ser minimizados utilizando a menor dose eficaz durante o menor período de tempo necessário para controlar os sintomas (ver secção 3.Como utilizar Profenid e informação sobre os riscos GI e cardiovasculares em seguida mencionada).

Idosos: Os idosos apresentam uma maior frequência de reacções adversas com AINE, especialmente de hemorragias gastrointestinais e de perfurações que podem ser fatais.

Hemorragia, ulceração e perfuração gastrointestinal: têm sido notificados com todos os AINE casos de hemorragia, ulceração e perfuração gastrointestinal potencialmente fatais, em várias fases do tratamento, associados ou não a sintomas de alerta ou história de eventos gastrointestinais graves.

Alguma da evidência epidemiológica sugere que o cetoprofeno pode estar associado a um maior risco de toxicidade gastrointestinal grave, comparativamente com outros AINE, especialmente com doses elevadas.

O risco de hemorragia, ulceração ou perfuração é maior com doses mais elevadas de AINE, em doentes com história de úlcera, especialmente se associada a hemorragia ou perfuração e em doentes idosos. Nestas situações os doentes devem ser instruídos no sentido de informar sobre a ocorrência de sintomas abdominais anormais (especialmente de hemorragia gastrointestinal), sobretudo nas fases iniciais do tratamento.

Nestes doentes o tratamento deve ser iniciado com a menor dose eficaz disponível. A co-administração de agentes protectores (ex.: misoprostol ou inibidores da bomba de protões) deverá ser considerada nestes doentes, assim como naqueles que necessitem de tomar simultaneamente ácido acetilsalicílico em doses baixas, ou outros medicamentos susceptíveis de aumentar o risco de úlcera ou hemorragia, tais como corticosteróides, anticoagulantes (tais como a varfarina), inibidores selectivos da recaptação da serotonina ou anti-agregantes plaquetários tais como o ácido acetilsalicílico.

Em caso de hemorragia gastrointestinal ou ulceração em doentes a utilizar Profenid o tratamento deve ser interrompido.

Os AINE devem ser administrados com precaução em doentes com história de doença gastrointestinal (colite ulcerosa, doença de Crohn), na medida em que estas situações podem ser exacerbadas.

Efeitos cardiovasculares e cerebrovasculares

Os medicamentos tais como Profenid podem estar associados a um pequeno aumento do risco de ataque cardíaco (enfarte do miocárdio) ou Acidente Vascular Cerebral (AVC). O risco é maior com doses mais elevadas e em tratamentos prolongados. Não deve ser excedida a dose recomendada nem o tempo de duração do tratamento.

Se tem problemas cardíacos, sofreu um AVC ou pensa que pode estar em risco de vir a sofrer destas situações (por exemplo se tem pressão sanguínea elevada, diabetes, elevados níveis de colesterol ou se é fumador) deverá aconselhar-se sobre o tratamento com o seu médico ou farmacêutico.

Têm sido muito raramente notificadas reacções cutâneas graves, algumas das quais fatais, incluindo dermatite esfoliativa, síndroma de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica, associadas à administração de AINE. Aparentemente o risco de ocorrência destas reacções é maior no início do tratamento, sendo que na maioria dos casos estas reacções manifestam-se durante o primeiro mês de tratamento. Profenid deve ser interrompido aos primeiros sinais de rash, lesões mucosas, ou outras manifestações de hipersensibilidade.

Foi descrita a possibilidade de uma redução na eficácia anticoncepcional do dispositivo intra-uterino (DIU) em caso de administração de anti-inflamatórios não esteróides de potência equivalente à do Profenid.

Pode ser mais difícil engravidar durante o tratamento com Profenid. Caso esteja a planear engravidar ou se tiver problemas em engravidar deverá informar o seu médico.

Ao utilizar Profenid com outros medicamentos

Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.

Uso não recomendado:

-Outros AINEs – aumento do risco de hemorragia gastrointestinal e ulceração da mucosa; -Corticosteróides – aumento do risco de ulceração ou hemorragia.

-Anticoagulantes – os AINE podem aumentar os efeitos dos anti-coagulantes, tais como a varfarina;

-Agentes antiagregantes plaquetários e inibidores selectivos da recaptação da serotonina -aumento do risco de hemorragia gastrointestinal. No caso dos anticoagulantes e antiagregantes orais (heparina, ticlopidina e clopidogrel), se a co-administração não puder ser evitada, deve ser efectuada uma monitorização rigorosa da hemostase, devido ao aumento do risco de hemorragia.

-Lítio e digoxina – risco de elevação dos níveis plasmáticos, podendo chegar a níveis tóxicos; -Metotrexato (dose > 15 mg/semana) – aumento da toxicidade hematológica do metotrexato; -Sulfonamidas e hidantoínas – aumento do seu efeito tóxico; -Sulfamidas hipoglicemiantes.

Utilizar com precaução:

-Diuréticos, Inibidores da Enzima de Conversão da Angiotensina (IECA) e Antagonistas da Angiotensina II (AAII) – Os anti-inflamatórios não esteróides (AINE) podem diminuir a eficácia dos diuréticos assim como de outros medicamentos anti-hipertensores. Nalguns doentes com função renal diminuída (ex. doentes desidratados ou idosos com comprometimento da função renal) a co-administração de um IECA ou AAII e agentes inibidores da ciclooxigenase pode ter como consequência a progressão da deterioração da função renal, incluindo a possibilidade de insuficiência renal aguda, que é normalmente reversível. A ocorrência destas interacções deverá ser tida em consideração em doentes a tomar cetoprofeno em associação com IECA ou AAII. Consequentemente, esta associação medicamentosa deverá ser administrada com precaução, sobretudo em doentes idosos. Os doentes devem ser adequadamente hidratados e deverá ser analisada a necessidade de monitorizar a função renal após o início da terapêutica concomitante, e periodicamente desde então.

-Metotrexato (dose <15 mg/semana) – aumento da toxicidade hematológica do metotrexato; -Pentoxifilina – aumenta o risco de hemorragia;

-Zidovudina – aumenta o risco de efeitos tóxicos nas células sanguíneas (em especial eritrócitos e reticulócitos), com possível desenvolvimento de anemia grave após 8 dias do início do tratamento.

Associações a ter em consideração: -B-bloqueantes – redução do efeito anti-hipertensor;

-Ciclosporina e tacrolimus – risco aditivo de efeitos nefrotóxicos, particularmente em idosos; -DIU (Dispositivo intra-uterino) – existe a possibilidade, embora controversa, de diminuição da eficácia deste dispositivo.

Utilização em caso de gravidez, aleitamento, crianças, idosos e doentes com patologias especiais

Consulte primeiro o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento se está grávida, pretende engravidar ou está a amamentar.

O Profenid não deve ser administrado em mulheres grávidas ou em período de aleitamento. De igual modo não se recomenda a sua administração a crianças com menos de 15 anos. No idoso pode ser conveniente uma redução da dose total diária.

Exige-se prudência em doentes com história de doença gastroduodenal, e nas situações de insuficiência renal ou hepática.

Em caso de insuficiência cardíaca o volume da diurese e a função renal deverão ser monitorizadas.

Condução de veículos e utilização de máquinas

Dependendo da susceptibilidade individual, este medicamento pode provocar, principalmente no início do tratamento, sonolência, vertigens, alterações visuais ou fadiga, que afectam a capacidade de conduzir veículos ou a utilização de máquinas.

3. COMO UTILIZAR PROFENID

Os supositórios são para administração por via rectal.

ADULTOS:

A posologia média corresponde a 1 ou 2 supositórios por dia.

Em geral e salvo nos casos a precisar pelo médico, não se deverá ultrapassar a dose máxima diária de 200 mg. A relação entre os benefícios e os riscos deverá ser avaliada antes de iniciar o tratamento com 200 mg por dia, não se recomenda a administração de doses mais elevadas. Os efeitos indesejáveis podem ser minimizados utilizando a menor dose eficaz durante o menor período de tempo necessário para controlar os sintomas (ver secção Tome especial cuidado com Profenid).

A eficácia e segurança terapêutica em doentes com menos de 15 anos não está demonstrada, pelo que este medicamento não deve ser usado nesta população.

Em doentes com disfunção hepática ou renal ligeira ou moderada deve iniciar-se a terapêutica com doses reduzidas. Este medicamento está contra-indicado em doentes com disfunção hepática ou renal grave.

Se utilizar mais Profenid do que deveria

Em casos descritos de intoxicação com doses até 2 g, os sintomas observados foram sempre ligeiros.

Têm sido descritos casos de intoxicação com doses superiores a 2 g de cetoprofeno. Na maioria dos casos os sintomas são benignos e limitam-se a letargia, rouquidão, náuseas, vómitos e dores epigástricas. Não existem antídotos específicos em caso de sobredosagem. Devem ser instituídas medidas de suporte, hidratação, monitorização da função renal e hepática, controlo da diurese e correcção da acidose, se presente.

Em algumas situações pode ser necessário hemodiálise ou lavagem gástrica.

Caso se tenha esquecido de utilizar Profenid

Em caso de omissão de uma ou mais doses, o doente deve manter o esquema terapêutico definido pelo seu médico.

Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.

Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.

4. EFEITOS SECUNDÁRIOS PROFENID

Como todos os medicamentos, Profenid pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.

Foi utilizada a seguinte convenção na classificação dos efeitos indesejáveis relativamente à sua frequência: frequentes (1-10%), pouco frequentes (0,1-1%), raros (0,01-0,1%), muito raros (< 0,01%).

Sistema sanguíneo:

Muito raros: Neutropenia, trombocitopenia, aplasia medular Sistema gastrointestinal:

Os eventos adversos mais frequentemente observados são de natureza gastrointestinal. Podem ocorrer, em particular nos idosos, úlceras pépticas, perfuração ou hemorragia gastrointestinal potencialmente fatais. Náuseas, dispepsia, vómitos, hematemese, flatulência, dor abdominal, diarreia, obstipação, melena, estomatite ulcerosa, exacerbação de colite ou doença de Crohn têm sido notificados na sequência da administração destes medicamentos. Menos frequentemente têm vindo a ser observados casos de gastrite. Pouco frequentes: Gastrite, obstipação, xerostomia

Raros: Ulceração péptica, hemorragia, perfuração, anorexia, elevação das transaminases Muito raros: Lesão pancreática e hepática

Sistema nervoso:

Pouco frequentes: Cefaleias, vertigens e sonolência Raros: Parestesias

Sistema cardiovascular:

Casos raros de edema, hipertensão e insuficiência cardíaca têm sido notificados em associação ao tratamento com AINE. Pouco frequentes: Palpitações Muito raros: Hipotensão, taquicardia

Os medicamentos tais como Profenid podem estar associados a um pequeno aumento do risco de ataque cardíaco (enfarte do miocárdio) ou AVC.

Sistema respiratório: Raros: Bradipneia

Muito raros: Broncoespasmo, dispneia

Sistema renal: Raros: Poliúria

Muito raros: Insuficiência renal aguda (IRA), síndrome nefrótico ou síndrome nefrítico (intersticial)

Tecidos cutâneos e subcutâneos: Pouco frequentes: Rash cutâneo Raros: Urticária, acne

Muito raros: Reacções bolhosas incluindo síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica, síndrome de Lyell, angioedema, fotossensibilidade, prurido

Gerais:

Pouco frequentes: Fadiga, adinamia, ansiedade, alterações do humor Raros: Síncope

Muito raros: Anafilaxia, visão turva

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

5. COMO CONSERVAR PROFENID

Não conservar acima de 25°C.

Conservar na embalagem de origem para proteger da luz directa e humidade.

Não utilize PROFENID após o prazo de validade impresso na embalagem exterior. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.

Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

6. OUTRAS INFORMAÇÕES

Qual a composição de Profenid

A substância activa é o cetoprofeno. Cada supositório contém 100 mg de cetoprofeno. Os outros componentes são: sílica coloidal anidra, glicéridos semi-sintéticos sólidos.

Qual o aspecto de Profenid e conteúdo da embalagem

Embalagem com 12 supositórios.

Titular da autorização de introdução no mercado e Fabricante:

Laboratórios Vitória, S.A.

Rua Elias Garcia, 28 – Venda Nova

2700-327 Amadora

(Sob licença de Aventis Pharma)

Este folheto foi aprovado pela última vez em: 06-01-2009.

Categorias
Cetoprofeno

Profenid Solução Injectável bula do medicamento

Neste folheto:

1.O que é Profenid e para que é utilizado
2.Antes de utilizar Profenid
3.Como utilizar Profenid
4.Efeitos secundários Profenid
5.Como conservar Profenid
6.Outras informações

Profenid 100 mg/2 ml

Solução injectável

Cetoprofeno

Leia atentamente este folheto antes de utilizar este medicamento, mesmo que não seja a primeira vez que o toma, pois alguma informação do folheto anterior poderá ter mudado.

Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico.

Este medicamento foi-lhe receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros; pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

1. O QUE É PROFENID E PARA QUE É UTILIZADO

Aparelho locomotor. Anti-inflamatórios não esteróides. Derivados do ácido propiónico

O Profenid (cetoprofeno) tem uma actividade anti-inflamatória analgésica e antipirética, de intensidade sobreponível aos mais potentes compostos não esteróides deste tipo até agora sintetizados.

Está provada a sua acção na poliartrite experimental e na inibição da bradicinina, onde o seu efeito é muito positivo.

A potência de acção e a manejabilidade do Profenid permitem, logo no início da terapêutica, a utilização de doses eficazes, de modo a sedar rapidamente, as manifestações clínicas dos quadros inflamatórios e dolorosos tão frequentes na prática reumatológica e clínica em geral.

O Profenid está indicado nas seguintes patologias:

  • Situações álgicas em geral, quando se pretende uma acção analgésica rápida e potente;
  • Acessos agudos dos reumatismos inflamatórios e crónicos degenerativos;
  • Algias neurológicas e musculares (ex. lombociatalgia);
  • Psoríase artropática;
  • Periartrites, tendinites, tenosinovites, bursites;
  • Episódios agudos de gota;
  • Dores de origem neoplásica.

2. ANTES DE UTILIZAR PROFENID

Não utilize Profenid

  • Se tem hipersensibilidade conhecida à substância activa (cetoprofeno) ou a qualquer um dos excipientes;
  • Se tem hipersensibilidade a outros medicamentos com substância activa ou actividade semelhante. Dada a existência de sensibilidade cruzada, o Cetoprofeno não deve ser administrado a doentes alérgicos ao ácido acetilsalicílico ou a outros anti-inflamatórios não esteróides;
  • Se tem úlcera péptica activa ou história de hemorragia gastrointestinal, ulceração ou perfuração, hemorragia cerebro-vascular ou outras hemorragias activas;
  • Se tem úlcera gastro-duodenal em actividade;
  • Em caso de insuficiência hepática e renal grave;
  • Em caso de crianças com menos de 15 anos;
  • Em caso de gravidez (no 3° trimestre de gravidez) e amamentação;
  • Em caso de insuficiência cardíaca grave.

Tome especial cuidado com Profenid

Deve ser utilizada precaução na administração de Profenid em:

  • Doentes com história de doença gastroduodenal;
  • Doentes com terreno atópico;
  • Doentes com insuficiência hepática e/ou renal;
  • Doentes com colite ulcerosa ou doença de Crohn, asma brônquica, lúpus eritematoso sistémico ou doenças do tecido conjuntivo.

Profenid não é apropriado para o tratamento de longa duração, devendo ser instituída terapêutica com cetoprofeno por via oral após resposta favorável. Em doentes submetidos a tratamentos de maior duração deve ser monitorizada a sua função renal, hepática e hematológica.

Em caso de insuficiência cardíaca o volume da diurese e a função renal deverão ser monitorizadas.

Doentes que sofram perturbações visuais durante a terapêutica com AINEs devem ser submetidos a exame oftalmológico.

O cetoprofeno, tal como outros AINEs, pode mascarar os sintomas de infecção. A administração concomitante de Profenid com outros AINE, incluindo inibidores selectivos da ciclooxigenase-2, deve ser evitada.

Os efeitos indesejáveis podem ser minimizados utilizando a menor dose eficaz durante o menor período de tempo necessário para controlar os sintomas (ver secção 3.Como utilizar Profenid e informação sobre os riscos GI e cardiovasculares em seguida mencionada).

Idosos: Os idosos apresentam uma maior frequência de reacções adversas com AINE, especialmente de hemorragias gastrointestinais e de perfurações que podem ser fatais.

Hemorragia, ulceração e perfuração gastrointestinal: têm sido notificados com todos os AINE casos de hemorragia, ulceração e perfuração gastrointestinal potencialmente fatais, em várias fases do tratamento, associados ou não a sintomas de alerta ou história de eventos gastrointestinais graves.

Alguma da evidência epidemiológica sugere que o cetoprofeno pode estar associado a um maior risco de toxicidade gastrointestinal grave, comparativamente com outros AINE, especialmente com doses elevadas.

O risco de hemorragia, ulceração ou perfuração é maior com doses mais elevadas de AINE, em doentes com história de úlcera, especialmente se associada a hemorragia ou perfuração e em doentes idosos. Nestas situações os doentes devem ser instruídos no sentido de informar sobre a ocorrência de sintomas abdominais anormais (especialmente de hemorragia gastrointestinal), sobretudo nas fases iniciais do tratamento. Nestes doentes o tratamento deve ser iniciado com a menor dose eficaz disponível. A co-administração de agentes protectores (ex.: misoprostol ou inibidores da bomba de protões) deverá ser considerada nestes doentes, assim como naqueles que necessitem de tomar simultaneamente ácido acetilsalicílico em doses baixas, ou outros medicamentos susceptíveis de aumentar o risco de úlcera ou hemorragia, tais como corticosteróides, anticoagulantes (tais como a varfarina), inibidores selectivos da recaptação da serotonina ou anti-agregantes plaquetários tais como o ácido acetilsalicílico. Em caso de hemorragia gastrointestinal ou ulceração em doentes a utilizar Profenid o tratamento deve ser interrompido.

Os AINE devem ser administrados com precaução em doentes com história de doença gastrointestinal (colite ulcerosa, doença de Crohn), na medida em que estas situações podem ser exacerbadas.

Efeitos cardiovasculares e cerebrovasculares

Os medicamentos tais como Profenid podem estar associados a um pequeno aumento do risco de ataque cardíaco (enfarte do miocárdio) ou Acidente Vascular Cerebral (AVC). O risco é maior com doses mais elevadas e em tratamentos prolongados. Não deve ser excedida a dose recomendada nem o tempo de duração do tratamento. Se tem problemas cardíacos, sofreu um AVC ou pensa que pode estar em risco de vir a sofrer destas situações (por exemplo se tem pressão sanguínea elevada, diabetes, elevados níveis de colesterol ou se é fumador) deverá aconselhar-se sobre o tratamento com o seu médico ou farmacêutico.

Têm sido muito raramente notificadas reacções cutâneas graves, algumas das quais fatais, incluindo dermatite esfoliativa, síndroma de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica, associadas à administração de AINE. Aparentemente o risco de ocorrência destas reacções é maior no início do tratamento, sendo que na maioria dos casos estas reacções manifestam-se durante o primeiro mês de tratamento. Profenid deve ser interrompido aos primeiros sinais de rash, lesões mucosas, ou outras manifestações de hipersensibilidade.

Foi descrita a possibilidade de uma redução na eficácia anticoncepcional do dispositivo intra-uterino (DIU) em caso de administração de anti-inflamatórios não esteróides de potência equivalente à do Profenid.

Pode ser mais difícil engravidar durante o tratamento com Profenid. Caso esteja a planear engravidar ou se tiver problemas em engravidar deverá informar o seu médico.

Ao utilizar Profenid com outros medicamentos

Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.

Uso não recomendado:

-Outros AINEs – aumento do risco de hemorragia gastrointestinal e ulceração da mucosa; -Corticosteróides – aumento do risco de ulceração ou hemorragia gastrointestinal; -Anticoagulantes – os AINE podem aumentar os efeitos dos anti-coagulantes, tais como a varfarina;

-Agentes antiagregantes plaquetários e inibidores selectivos da recaptação da serotonina -aumento do risco de hemorragia gastrointestinal. No caso dos anticoagulantes e antiagregantes orais (heparina, ticlopidina e clopidogrel), se a co-administração não puder ser evitada, deve ser efectuada uma monitorização rigorosa da hemostase devido ao aumento do risco de hemorragia.

-Lítio e digoxina – risco de elevação dos níveis plasmáticos, podendo chegar a níveis tóxicos;

-Metotrexato (dose > 15 mg/semana) – aumento da toxicidade hematológica do metotrexato;

-Sulfonamidas e hidantoínas – aumento do seu efeito tóxico; -Sulfamidas hipoglicemiantes.

Utilizar com precaução:

-Inibidores da Enzima de Conversão da Angiotensina (IECA) e Antagonistas da Angiotensina II (AAII) – Os anti-inflamatórios não esteróides (AINE) podem diminuir a eficácia dos diuréticos assim como de outros medicamentos anti-hipertensores. Nalguns doentes com função renal diminuída (ex. doentes desidratados ou idosos com comprometimento da função renal) a co-administração de um IECA ou AAII e agentes inibidores da ciclooxigenase pode ter como consequência a progressão da deterioração da função renal, incluindo a possibilidade de insuficiência renal aguda, que é normalmente reversível. A ocorrência destas interacções deverá ser tida em consideração em doentes a tomar cetoprofeno em associação com IECA ou AAII. Consequentemente, esta associação medicamentosa deverá ser administrada com precaução, sobretudo em doentes idosos. Os doentes devem ser adequadamente hidratados e deverá ser analisada a necessidade de monitorizar a função renal após o início da terapêutica concomitante, e periodicamente desde então;

-Metotrexato (dose <15 mg/semana) – aumento da toxicidade hematológica do metotrexato;

-Pentoxifilina – aumenta o risco de hemorragia;

-Zidovudina – aumenta o risco de efeitos tóxicos nas células sanguíneas (em especial eritrócitos e reticulócitos), com possível desenvolvimento de anemia grave após 8 dias do início do tratamento.

Associações a ter em consideração: -B-bloqueantes – redução do efeito anti-hipertensor;

-Ciclosporina e tacrolimus – risco aditivo de efeitos nefrotóxicos, particularmente em idosos;

-DIU (Dispositivo intra-uterino) – existe a possibilidade, embora controversa, de diminuição da eficácia deste dispositivo.

Utilização em caso de gravidez, aleitamento, crianças, idosos e doentes com patologias especiais

Consulte primeiro o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento se está grávida, pretende engravidar ou está a amamentar.

O Profenid não deve ser administrado em mulheres grávidas ou em período de aleitamento. De igual modo não se recomenda a sua administração a crianças com menos de 15 anos. No idoso pode ser conveniente uma redução da dose total diária.

Exige-se prudência em doentes com história de doença gastro-duodenal, e nas situações de insuficiência renal ou hepática.

Em caso de insuficiência cardíaca o volume da diurese e a função renal deverão ser monitorizadas.

Condução de veículos e utilização de máquinas

Dependendo da susceptibilidade individual, este medicamento pode provocar, principalmente no início do tratamento, sonolência, vertigens, alterações visuais ou fadiga, que afectam a capacidade de conduzir veículos ou a utilização de máquinas.

Informações importantes sobre alguns componentes de Profenid

Profenid contém 50 mg de álcool benzílico por cada 2 ml de solução injectável (1 ampola). Não pode ser administrado a bebés prematuros ou recém-nascidos. Pode causar reacções tóxicas e reacções anafilactóides em crianças até 3 anos de idade.

3. COMO UTILIZAR PROFENID

As ampolas de Profenid I.M. são para utilizar por via intramuscular profunda e não devem ser administradas por via endovenosa. Recomenda-se em geral 1 ampola por dia.

Caso o critério médico assim o entenda, poderão ser administradas 2 ampolas por dia, não devendo a dose máxima diária ultrapassar os 200 mg. A relação entre os benefícios e os riscos deverá ser avaliada antes de iniciar o tratamento com 200 mg por dia, não se recomenda a administração de doses mais elevadas.

Os efeitos indesejáveis podem ser minimizados utilizando a menor dose eficaz durante o menor período de tempo necessário para controlar os sintomas (ver secção Tome especial cuidado com Profenid).

A eficácia e segurança terapêutica em doentes com menos de 15 anos não está demonstrada, pelo que este medicamento não deve ser usado nesta população.

Em doentes com disfunção hepática ou renal ligeira ou moderada deve iniciar-se a terapêutica com doses reduzidas. Este medicamento está contra-indicado em doentes com disfunção hepática ou renal grave.

Se utilizar mais Profenid do que deveria

Em casos descritos de intoxicação com doses até 2 g, os sintomas observados foram sempre ligeiros.

Têm sido descritos casos de intoxicação com doses superiores a 2 g de cetoprofeno. Na maioria dos casos os sintomas são benignos e limitam-se a letargia, rouquidão, náuseas, vómitos e dores epigástricas. Não existem antídotos específicos em caso de sobredosagem. Devem ser instituídas medidas de suporte, hidratação, monitorização da função renal e hepática, controlo da diurese e correcção da acidose, se presente. Em algumas situações pode ser necessário hemodiálise. Caso se tenha esquecido de utilizar Profenid

Em caso de omissão de uma ou mais doses, o doente deve manter o esquema terapêutico definido pelo seu médico.

Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.

Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.

4. EFEITOS SECUNDÁRIOS PROFENID

Como todos os medicamentos, Profenid pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.

Foi utilizada a seguinte convenção na classificação dos efeitos indesejáveis relativamente à sua frequência: frequentes (1-10%), pouco frequentes (0,1-1%), raros (0,01-0,1%), muito raros (<0,01%).

Sistema sanguíneo:

Muito raros: Neutropenia, trombocitopenia, aplasia medular

Sistema gastrointestinal:

Os eventos adversos mais frequentemente observados são de natureza gastrointestinal. Podem ocorrer, em particular nos idosos, úlceras pépticas, perfuração ou hemorragia gastrointestinal potencialmente fatais, (ver secção 4.4.). Náuseas, dispepsia, vómitos, hematemese, flatulência, dor abdominal, diarreia, obstipação, melena, estomatite ulcerosa, exacerbação de colite ou doença de Crohn (ver secção 4.4.) têm sido notificados na sequência da administração destes medicamentos. Menos frequentemente têm vindo a ser observados casos de gastrite. Pouco frequentes: Gastrite, obstipação, xerostomia

Raros: Ulceração péptica, hemorragia, perfuração, anorexia, elevação das transaminases Muito raros: Lesão pancreática e hepática

Sistema nervoso:

Pouco frequentes: Cefaleias, vertigens e sonolência Raros: Parestesias

Sistema cardiovascular:

Casos raros de edema, hipertensão e insuficiência cardíaca têm sido notificados em associação ao tratamento com AINE.

Pouco frequentes: Palpitações

Muito raros: Hipotensão, taquicardia

Os medicamentos tais como Profenid podem estar associados a um pequeno aumento do risco de ataque cardíaco (enfarte do miocárdio) ou AVC.

Sistema respiratório: Raros: Bradipneia

Muito raros: Broncoespasmo, dispneia

Sistema renal: Raros: Poliúria

Muito raros: Insuficiência renal aguda (IRA), síndrome nefrótico ou síndrome nefrítico (intersticial)

Tecidos cutâneos e subcutâneos: Pouco frequentes: Rash cutâneo Raros: Urticária, acne

Muito raros: Reacções bolhosas incluindo síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica, síndrome de Lyell, angioedema, fotossensibilidade, prurido

Gerais:

Pouco frequentes: Fadiga, adinamia, ansiedade, alterações do humor Raros: Síncope

Muito raros: Anafilaxia, visão turva

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico

5.  COMO CONSERVAR PROFENID
Não conservar acima de 25 °C.

Conservar na embalagem de origem para proteger da luz.

Não utilize Profenid após o prazo de validade impresso na embalagem exterior. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.

Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

6.  OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição de Profenid

A substância activa é o cetoprofeno. Cada ampola de 2 ml de solução injectável contém 100 mg de cetoprofeno.

Os outros componentes são: arginina, álcool benzílico, ácido cítrico mono-hidratado, água para preparações injectáveis.

Qual o aspecto de Profenid e conteúdo da embalagem

Solução injectável para administração intramuscular. Embalagens contendo 6 ampolas de 2 ml.

Titular da autorização de introdução no mercado e Fabricante:

Laboratórios Vitória, S.A.

Rua Elias Garcia, 28 – Venda Nova

2700-327 Amadora

(Sob licença de Aventis Pharma)

Este folheto foi aprovado pela última vez em: 06-01-2009.

Categorias
Cetoprofeno

Profenid Retard bula do medicamento

Neste folheto:

1.   O que é Profenid Retard e para que é utilizado
2.   Antes de tomar Profenid Retard
3.   Como tomar Profenid Retard
4.   Efeitos secundários Profenid Retard
5.   Como conservar Profenid Retard
6.   Outras informações

PROFENID RETARD 200 mg

Comprimido de libertação prolongada

Cetoprofeno

Leia atentamente este folheto antes de utilizar este medicamento, mesmo que não seja a primeira vez que o toma, pois alguma informação do folheto anterior poderá ter mudado.

Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico.

Este medicamento foi-lhe receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros; pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

1. O QUE É PROFENID RETARD E PARA QUE É UTILIZADO

Aparelho locomotor. Anti-inflamatórios não esteróides. Derivados do ácido propiónico

O PROFENID RETARD (cetoprofeno) tem uma actividade anti-inflamatória e analgésica e antipirética, de intensidade sobreponível aos mais potentes compostos não esteróides deste tipo até agora sintetizados.

Está provada a sua acção na poliartrite experimental e na inibição da bradicinina, onde o seu efeito é muito positivo

A potência de acção e a manejabilidade do Profenid Retard permitem, logo no início da terapêutica, a utilização de doses eficazes, de modo a sedar rapidamente as manifestações clínicas dos quadros inflamatórios e dolorosos, tão frequentes na prática reumatológica e clínica em geral.

O Profenid Retard está indicado nas seguintes patologias:

  • Reumatismos crónicos degenerativos;
  • Poliartrite reumatoide, espondilartrite anquilosante;
  • Psoríase artropática;
  • Algias neurológicas e neuromusculares;
  • Periartrites, tendinites, tenosinovites, bursites;
  • Episódios agudos de gota;
  • Situações álgicas em geral.

2. ANTES DE TOMAR PROFENID RETARD

Não tome Profenid Retard

  • se tem hipersensibilidade conhecida à substância activa (cetoprofeno) ou a qualquer um dos excipientes;
  • se tem hipersensibilidade a outros medicamentos com substância activa ou actividade semelhante. Dada a existência de sensibilidade cruzada, o Cetoprofeno não deve ser administrado a doentes alérgicos ao ácido acetilsalicílico ou a outros anti-inflamatórios não esteróides;
  • se tem úlcera péptica ou história de hemorragia gastrointestinal, ulceração ou perfuração, hemorragia cerebro-vascular ou outras hemorragias activas;
  • se tem úlcera gastro-duodenal em actividade;
  • em caso de insuficiência hepática e renal grave;
  • em caso de crianças com menos de 15 anos;
  • em caso de gravidez (no 3° trimestre de gravidez) e amamentação;
  • em caso de insuficiência cardíaca grave.

Tome especial cuidado com Profenid Retard

Deve ser utilizada precaução na administração de Profenid Retard em:

  • doentes com história de doença gastroduodenal;
  • doentes com terreno atópico;
  • doentes com insuficiência hepática e/ou renal;
  • doentes com colite ulcerosa ou doença de Crohn, asma brônquica, lúpus eritematoso sistémico ou doenças do tecido conjuntivo.

Este medicamento não é apropriado para o tratamento de longa duração e o seu uso deve ser limitado, sempre que possível, ao período sintomático, por um período não superior a 10 dias. Em doentes submetidos a tratamentos de maior duração deve ser monitorizada a sua função renal, hepática e hematológica.

Em caso de insuficiência cardíaca o volume da diurese e a função renal deverão ser monitorizadas.

Doentes que sofram perturbações visuais durante a terapêutica com AINEs devem ser submetidos a exame oftalmológico.

O cetoprofeno, tal como outros AINEs, pode mascarar os sintomas de infecção.

A administração concomitante de Profenid Retard com outros AINE, incluindo inibidores selectivos da ciclooxigenase-2, deve ser evitada.

Os efeitos indesejáveis podem ser minimizados utilizando a menor dose eficaz durante o menor período de tempo necessário para controlar os sintomas (ver secção 3.Como tomar Profenid Retard e informação sobre os riscos GI e cardiovasculares em seguida mencionada).

Idosos: Os idosos apresentam uma maior frequência de reacções adversas com AINE, especialmente de hemorragias gastrointestinais e de perfurações que podem ser fatais.

Hemorragia, ulceração e perfuração gastrointestinal: têm sido notificados com todos os AINE casos de hemorragia, ulceração e perfuração gastrointestinal potencialmente fatais, em várias fases do tratamento, associados ou não a sintomas de alerta ou história de eventos gastrointestinais graves.

Alguma da evidência epidemiológica sugere que o cetoprofeno pode estar associado a um maior risco de toxicidade gastrointestinal grave, comparativamente com outros AINE, especialmente com doses elevadas.

O risco de hemorragia, ulceração ou perfuração é maior com doses mais elevadas de AINE, em doentes com história de úlcera, especialmente se associada a hemorragia ou perfuração e em doentes idosos. Nestas situações os doentes devem ser instruídos no sentido de informar sobre a ocorrência de sintomas abdominais anormais (especialmente de hemorragia gastrointestinal), sobretudo nas fases iniciais do tratamento.

Nestes doentes o tratamento deve ser iniciado com a menor dose eficaz disponível. A co-administração de agentes protectores (ex. misoprostol ou inibidores da bomba de protões) deverá ser considerada nestes doentes, assim como naqueles que necessitem de tomar simultaneamente ácido acetilsalicílico em doses baixas, ou outros medicamentos susceptíveis de aumentar o risco de úlcera ou hemorragia, tais como corticosteróides, anticoagulantes (tais como a varfarina), inibidores selectivos da recaptação da serotonina ou anti-agregantes plaquetários tais como o ácido acetilsalicílico.

Em caso de hemorragia gastrointestinal ou ulceração em doentes a tomar Profenid Retard o tratamento deve ser interrompido.

Os AINE devem ser administrados com precaução em doentes com história de doença gastrointestinal (colite ulcerosa, doença de Crohn), na medida em que estas situações podem ser exacerbadas.

Efeitos cardiovasculares e cerebrovasculares

Os medicamentos tais como Profenid Retard podem estar associados a um pequeno aumento do risco de ataque cardíaco (enfarte do miocárdio) ou Acidente Vascular Cerebral (AVC). O risco é maior com doses mais elevadas e em tratamentos prolongados. Não deve ser excedida a dose recomendada nem o tempo de duração do tratamento.

Se tem problemas cardíacos, sofreu um AVC ou pensa que pode estar em risco de vir a sofrer destas situações (por exemplo se tem pressão sanguínea elevada, diabetes, elevados níveis de colesterol ou se é fumador) deverá aconselhar-se sobre o tratamento com o seu médico ou farmacêutico.

Têm sido muito raramente notificadas reacções cutâneas graves, algumas das quais fatais, incluindo dermatite esfoliativa, síndroma de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica, associadas à administração de AINE. Aparentemente o risco de ocorrência destas reacções é maior no início do tratamento, sendo que na maioria dos casos estas reacções manifestam-se durante o primeiro mês de tratamento. Profenid Retard deve ser interrompido aos primeiros sinais de rash, lesões mucosas, ou outras manifestações de hipersensibilidade.

Foi descrita a possibilidade de uma redução na eficácia anticoncepcional do dispositivo intra-uterino (DIU) em caso de administração de anti-inflamatórios não esteróides de potência equivalente à do Profenid Retard.

Pode ser mais difícil engravidar durante o tratamento com Profenid Retard. Caso esteja a planear engravidar ou se tiver problemas em engravidar deverá informar o seu médico.

Ao tomar Profenid Retard com outros medicamentos

Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.

Uso não recomendado:

-Outros AINEs – aumento do risco de hemorragia gastrointestinal e ulceração da mucosa; -Corticosteróides – aumento do risco de ulceração ou hemorragia gastrointestinal; -Anticoagulantes – os AINE podem aumentar os efeitos dos anti-coagulantes, tais como a varfarina;

-Agentes antiagregantes plaquetários e inibidores selectivos da recaptação da serotonina -aumento do risco de hemorragia gastrointestinal. No caso dos anticoagulantes e antiagregantes orais (heparina, ticlopidina e clopidogrel), Se a co-administração não puder ser evitada, deve ser efectuada uma monitorização rigorosa da hemostase, devido ao aumento do risco de hemorragia.

-Lítio e digoxina – risco de elevação dos níveis plasmáticos, podendo chegar a níveis tóxicos; -Metotrexato (dose > 15 mg/semana) – aumento da toxicidade hematológica do metotrexato; -Sulfonamidas e hidantoínas – aumento do seu efeito tóxico; -Sulfamidas hipoglicemiantes.

Utilizar com precaução:

-Diuréticos, Inibidores da Enzima de Conversão da Angiotensina (IECA) e Antagonistas da Angiotensina II (AAII) – Os anti-inflamatórios não esteróides (AINE) podem diminuir a eficácia dos diuréticos assim como de outros medicamentos anti-hipertensores. Nalguns doentes com função renal diminuída (ex. doentes desidratados ou idosos com comprometimento da função renal) a co-administração de um IECA ou AAII e agentes inibidores da ciclooxigenase pode ter como consequência a progressão da deterioração da função renal, incluindo a possibilidade de insuficiência renal aguda, que é normalmente reversível. A ocorrência destas interacções deverá ser tida em consideração em doentes a tomar cetoprofeno em associação com IECA ou AAII. Consequentemente, esta associação medicamentosa deverá ser administrada com precaução, sobretudo em doentes idosos. Os doentes devem ser adequadamente hidratados e deverá ser analisada a necessidade de monitorizar a função renal após o início da terapêutica concomitante, e periodicamente desde então;

-Metotrexato (dose <15 mg/semana) – aumento da toxicidade hematológica do metotrexato; -Pentoxifilina – aumenta o risco de hemorragia;

-Zidovudina – aumenta o risco de efeitos tóxicos nas células sanguíneas (em especial eritrócitos e reticulócitos), com possível desenvolvimento de anemia grave após 8 dias do início do tratamento.

Associações a ter em consideração: -B-bloqueantes – redução do efeito anti-hipertensor;

-Ciclosporina e tacrolimus – risco aditivo de efeitos nefrotóxicos, particularmente em idosos; -DIU (Dispositivo intra-uterino) – existe a possibilidade, embora controversa, de diminuição da eficácia deste dispositivo.

Utilização em caso de gravidez, aleitamento, crianças, idosos e doentes com patologias especiais

Consulte primeiro o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento se está grávida, pretende engravidar, ou está a amamentar.

O Profenid Retard não deve ser administrado em mulheres grávidas ou em período de aleitamento.

De igual modo não se recomenda a sua administração a crianças com menos de 15 anos. No idoso pode ser conveniente uma redução da dose total diária.

Exige-se prudência em doentes com história de doença gastroduodenal, e nas situações de insuficiência renal ou hepática.

Em caso de insuficiência cardíaca o volume da diurese e a função renal deverão ser monitorizadas.

Condução de veículos e utilização de máquinas

Dependendo da susceptibilidade individual, este medicamento pode provocar, principalmente no início do tratamento, sonolência, vertigens, alterações visuais ou fadiga, que afectam a capacidade de conduzir veículos ou a utilização de máquinas.

3. COMO TOMAR PROFENID RETARD

Os comprimidos de Profenid Retard são para administração por via oral.

Em face das características de biodisponibilidade de Profenid Retard, a posologia normal corresponde a 1 comprimido por dia.

Em geral e salvo nos casos a precisar pelo médico, não se deverá ultrapassar a dose máxima diária de 200 mg (1 comprimido de Profenid Retard). A relação entre os benefícios e os riscos deverá ser avaliada antes de iniciar o tratamento com 200 mg por dia, não se recomenda a administração de doses mais elevadas.

Os efeitos indesejáveis podem ser minimizados utilizando o medicamento durante o menor período de tempo necessário para controlar os sintomas (ver secção Tome especial cuidado com Profenid Retard.).

A eficácia e segurança terapêutica em doentes com menos de 15 anos não está demonstrada, pelo que este medicamento não deve ser usado nesta população.

Em doentes com disfunção hepática ou renal ligeira ou moderada deve iniciar-se a terapêutica com doses reduzidas. Este medicamento está contra-indicado em doentes com disfunção hepática ou renal grave.

Se tomar mais Profenid Retard do que deveria

Em casos descritos de intoxicação com doses até 2 g, os sintomas observados foram sempre ligeiros.

Têm sido descritos casos de intoxicação com doses superiores a 2 g de cetoprofeno. Na maioria dos casos os sintomas são benignos e limitam-se a letargia, rouquidão, náuseas, vómitos e dores epigástricas. Não existem antídotos específicos em caso de sobredosagem. Devem ser instituídas medidas de suporte, hidratação, monitorização da função renal e hepática, controlo da diurese e correcção da acidose, se presente.

Em algumas situações pode ser necessária hemodiálise ou lavagem gástrica.

Caso se tenha esquecido de tomar Profenid Retard

Em caso de omissão de uma ou mais doses, o doente deve manter o esquema terapêutico definido pelo seu médico.

Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.

Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.

4. EFEITOS SECUNDÁRIOS PROFENID RETARD

Como todos os medicamentos, Profenid Retard pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.

Foi utilizada a seguinte convenção na classificação dos efeitos indesejáveis relativamente à sua frequência: frequentes (1-10%), pouco frequentes (0,1-1%), raros (0,01-0,1%), muito raros (< 0,01%).

Sistema sanguíneo:

Muito raros: Neutropenia, trombocitopenia, aplasia medular Sistema gastrointestinal:

Os eventos adversos mais frequentemente observados são de natureza gastrointestinal. Podem ocorrer, em particular nos idosos, úlceras pépticas, perfuração ou hemorragia gastrointestinal potencialmente fatais. Náuseas, dispepsia, vómitos, hematemese, flatulência, dor abdominal, diarreia, obstipação, melena, estomatite ulcerosa, exacerbação de colite ou doença de Crohn têm sido notificados na sequência da administração destes medicamentos. Menos frequentemente têm vindo a ser observados casos de gastrite. Pouco frequentes: Gastrite, obstipação, xerostomia

Raros: Ulceração péptica, hemorragia, perfuração, anorexia, elevação das transaminases

Muito raros: Lesão pancreática e hepática Sistema nervoso:

Pouco frequentes: Cefaleias, vertigens e sonolência Raros: Parestesias

Sistema cardiovascular:

Casos raros de edema, hipertensão e insuficiência cardíaca têm sido notificados em associação ao tratamento com AINE.

Pouco frequentes: Palpitações

Muito raros: Hipotensão, taquicardia

Os medicamentos tais como Profenid Retard podem estar associados a um pequeno aumento do risco de ataque cardíaco (enfarte do miocárdio) ou AVC.

Sistema respiratório: Raros: Bradipneia

Muito raros: Broncoespasmo, dispneia

Sistema renal: Raros: Poliúria

Muito raros: Insuficiência renal aguda (IRA), síndrome nefrótico ou síndrome nefrítico (intersticial)

Tecidos cutâneos e subcutâneos: Pouco frequentes: Rash cutâneo Raros: Urticária, acne

Muito raros: Reacções bolhosas incluindo síndroma de Stevens-Johnson, síndrome de Lyell, angioedema, fotossensibilidade, prurido e necrólise epidérmica tóxica

Gerais:

Pouco frequentes: Fadiga, adinamia, ansiedade, alterações do humor Raros: Síncope

Muito raros: Anafilaxia, visão turva

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

5. COMO CONSERVAR PROFENID RETARD

Não conservar acima de 25°C.

Conservar na embalagem de origem para proteger da luz directa e da humidade.

Não utilize Profenid Retard após o prazo de validade impresso na embalagem exterior. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.

Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

6. OUTRAS INFORMAÇÕES

Qual a composição de Profenid Retard

A substância activa é o cetoprofeno. Cada comprimido de libertação prolongada contém 200 mg de cetoprofeno.

Os outros componentes são: hidrogenofosfato de cálcio, hidroxietilcelulose, estearato de magnésio, acetoftalato de celulose, ftalato de etilo, acetato de etilo, etanol a 96°.

Qual o aspecto de Profenid Retard e conteúdo da embalagem

Embalagem com 30 comprimidos de libertação prolongada, com revestimento gastro-resistente.

Titular da autorização de introdução no mercado e fabricante:

Laboratórios Vitória, S.A.

Rua Elias Garcia, 28 – Venda Nova

2700-327 Amadora

(Sob licença de Aventis Pharma)

Este folheto foi aprovado pela última vez em: 06-01-2009.

Categorias
Cetoprofeno

Profenid Cápsulas bula do medicamento

Neste folheto:
1.   O que é Profenid e para que é utilizado
2.   Antes de tomar Profenid
3.   Como tomar Profenid
4.   Efeitos secundários Profenid
5.   Como conservar Profenid
6.   Outras informações

Profenid 100 mg

Cápsulas

Cetoprofeno


Leia atentamente este folheto antes de utilizar este medicamento, mesmo que não seja a primeira vez que a toma, pois alguma informação do folheto anterior poderá ter mudado.

Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico.

Este medicamento foi-lhe receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros; pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

1. O QUE É PROFENID E PARA QUE É UTILIZADO

Grupo farmacoterapêutico: Aparelho locomotor. Anti-inflamatórios não esteróides. Derivados do ácido propiónico.

O Profenid (cetoprofeno) tem uma actividade anti-inflamatória, analgésica e antipirética, de intensidade sobreponível aos mais potentes compostos não esteróides deste tipo até agora sintetizados.

Está provada a sua acção na poliartrite experimental e na inibição da bradicinina, onde o seu efeito é muito positivo.

A potência de acção e a manejabilidade do Profenid permitem, logo no início da terapêutica, a utilização de doses eficazes, de modo a sedar rapidamente, as manifestações clínicas dos quadros inflamatórios e dolorosos tão frequentes na prática reumatológica e clínica em geral.

O Profenid está indicado nas seguintes patologias:

  • Reumatismos crónicos degenerativos
  • Poliartrite reumatóide, espondilartrite anquilosante
  • Psoríase artropática
  • Algias neurológicas e neuromusculares
  • Periartrites, tendinites, tenosinovites, bursites
  • Episódios agudos de gota
  • Situações álgicas em geral.

2. ANTES DE TOMAR PROFENID

Não tome Profenid

  • Se tem hipersensibilidade conhecida à substância activa (cetoprofeno) ou a qualquer um dos excipientes;
  • Se tem hipersensibilidade a outros medicamentos com substância activa ou actividade semelhante. Dada a existência de sensibilidade cruzada, o cetoprofeno não deve ser administrado a doentes alérgicos ao ácido acetilsalicílico ou a outros anti-inflamatórios não esteróides;
  • Se tem úlcera péptica activa ou história de hemorragia gastrointestinal, ulceração ou perfuração, hemorragia cerebro-vascular ou outras hemorragias activas;
  • Se tem úlcera gastro-duodenal em actividade;
  • Em caso de insuficiência hepática e renal grave;
  • Em caso de crianças com menos de 15 anos;
  • Em caso de gravidez (no 3° trimestre de gravidez) e amamentação;
  • Em caso de insuficiência cardíaca grave.

Tome especial cuidado com Profenid

Deve ser utilizada precaução na administração de Profenid em:

  • Doentes com terreno atópico;
  • Doentes com insuficiência hepática e/ou renal;
  • Doentes com colite ulcerosa ou doença de Crohn, asma brônquica, lúpus eritematoso sistémico ou doenças do tecido conjuntivo.

Profenid não é apropriado para o tratamento de longa duração e o seu uso deve ser limitado, sempre que possível, ao período sintomático, por um período não superior a 10 dias. Em tratamentos de maior duração, os doentes devem ser submetidos periodicamente a monitorização renal hepática e hematológica.

Doentes que sofram perturbações visuais durante a terapêutica com AINEs devem ser submetidos a exame oftalmológico.

O cetoprofeno, tal como outros AINEs, pode mascarar os sintomas de infecção.

Os efeitos adversos gastrointestinais podem ser minimizados pela administração dos AINEs com as refeições ou leite.

A administração concomitante de Profenid com outros AINE, incluindo inibidores selectivos da ciclooxigenase-2, deve ser evitada.

Os efeitos indesejáveis podem ser minimizados utilizando a menor dose eficaz durante o menor período de tempo necessário para controlar os sintomas (ver secção 3.Como tomar Profenid e informação sobre os riscos GI e cardiovasculares em seguida mencionada).

Idosos: Os idosos apresentam uma maior frequência de reacções adversas com AINE, especialmente de hemorragias gastrointestinais e de perfurações que podem ser fatais.

Hemorragia, ulceração e perfuração gastrointestinal: têm sido notificados com todos os AINE casos de hemorragia, ulceração e perfuração gastrointestinal potencialmente fatais, em várias fases do tratamento, associados ou não a sintomas de alerta ou história de eventos gastrointestinais graves.

Alguma da evidência epidemiológica sugere que o cetoprofeno pode estar associado a um maior risco de toxicidade gastrointestinal grave, comparativamente com outros AINE, especialmente com doses elevadas.

O risco de hemorragia, ulceração ou perfuração é maior com doses mais elevadas de AINE, em doentes com história de úlcera, especialmente se associada a hemorragia ou perfuração e em doentes idosos. Nestas situações os doentes devem ser instruídos no sentido de informar o seu médico assistente sobre a ocorrência de sintomas abdominais e de hemorragia digestiva, sobretudo nas fases iniciais do tratamento.

Nestes doentes o tratamento deve ser iniciado com a menor dose eficaz disponível. A co-administração de agentes protectores (ex.: misoprostol ou inibidores da bomba de protões) deverá ser considerada nestes doentes, assim como em doentes que necessitem de tomar simultaneamente ácido acetilsalicílico em doses baixas, ou outros medicamentos susceptíveis de aumentar o risco de úlcera ou hemorragia, tais como corticosteróides, anticoagulantes (como a varfarina), inibidores selectivos da recaptação da serotonina ou anti-agregantes plaquetários tais como o ácido acetilsalicílico.

Em caso de hemorragia gastrointestinal ou ulceração em doentes a tomar Profenid o tratamento deve ser interrompido.

Os AINE devem ser administrados com precaução em doentes com história de doença inflamatória do intestino (colite ulcerosa, doença de Crohn), na medida em que estas situações podem ser exacerbadas.

Efeitos cardiovasculares e cerebrovasculares

Os medicamentos tais como Profenid podem estar associados a um pequeno aumento do risco de ataque cardíaco (enfarte do miocárdio) ou Acidente Vascular Cerebral (AVC). O risco é maior com doses mais elevadas e em tratamentos prolongados. Não deve ser excedida a dose recomendada nem o tempo de duração do tratamento.

Se tem problemas cardíacos, sofreu um AVC ou pensa que pode estar em risco de vir a sofrer destas situações (por exemplo se tem pressão sanguínea elevada, diabetes, elevados níveis de colesterol ou se é fumador) deverá aconselhar-se sobre o tratamento com o seu médico ou farmacêutico.

Têm sido muito raramente notificadas reacções cutâneas graves, algumas das quais fatais, incluindo dermatite esfoliativa, síndroma de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica, associadas à administração de AINE. Aparentemente o risco de ocorrência destas reacções é maior no início do tratamento, sendo que na maioria dos casos estas reacções manifestam-se durante o primeiro mês de tratamento. Profenid deve ser interrompido aos primeiros sinais de rash, lesões mucosas, ou outras manifestações de hipersensibilidade.

Foi descrita a possibilidade de uma redução na eficácia anticoncepcional do dispositivo intra-uterino (DIU) em caso de administração de anti-inflamatórios não esteróides de potência equivalente à do Profenid.

Pode ser mais difícil engravidar durante o tratamento com Profenid. Caso esteja a planear engravidar ou se tiver problemas em engravidar deverá informar o seu médico.

Ao tomar Profenid com outros medicamentos

Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.

Uso não recomendado:

-Outros AINEs – aumento do risco de hemorragia gastrointestinal e ulceração da mucosa; -Corticosteróides – aumento do risco de ulceração ou hemorragia gastrointestinal; -Anticoagulantes – os AINE podem aumentar os efeitos dos anti-coagulantes, tais como a varfarina;

-Agentes antiagregantes plaquetários e inibidores selectivos da recaptação da serotonina -aumento do risco de hemorragia gastrointestinal. No caso dos anticoagulantes e antiagregantes orais (heparina, ticlopidina e clopidogrel), se a co-administração não puder ser evitada, deve ser efectuada uma monitorização rigorosa da hemostase, devido ao aumento do risco de hemorragia.

-Lítio e digoxina – risco de elevação dos níveis plasmáticos, podendo chegar a níveis tóxicos; -Metotrexato (dose > 15 mg/semana) – aumento da toxicidade hematológica do metotrexato; -Sulfonamidas e hidantoínas – aumento do seu efeito tóxico; -Sulfamidas hipoglicemiantes.

Utilizar com precaução:

-Diuréticos, Inibidores da Enzima de Conversão da Angiotensina (IECA) e Antagonistas da Angiotensina II (AAII) – Os anti-inflamatórios não esteróides (AINE) podem diminuir a eficácia dos diuréticos assim como de outros medicamentos anti-hipertensores. Nalguns doentes com função renal diminuída (ex.: doentes desidratados ou idosos com comprometimento da função renal) a co-administração de um IECA ou AAII e agentes inibidores da ciclooxigenase pode ter como consequência a progressão da deterioração da função renal, incluindo a possibilidade de insuficiência renal aguda, que é normalmente reversível. A ocorrência destas interacções deverá ser tida em consideração em doentes a tomar cetoprofeno em associação com IECA ou AAII. Consequentemente, esta associação medicamentosa deverá ser administrada com precaução, sobretudo em doentes idosos. Os doentes devem ser adequadamente hidratados e deverá ser analisada a necessidade de monitorizar a função renal após o início da terapêutica concomitante, e periodicamente desde então;

-Metotrexato (dose <15 mg/semana) – aumento da toxicidade hematológica do metotrexato; -Pentoxifilina – aumenta o risco de hemorragia;

-Zidovudina – aumenta o risco de efeitos tóxicos nas células sanguíneas (em especial eritrócitos e reticulócitos), com possível desenvolvimento de anemia grave após 8 dias do início do tratamento.

Associações a ter em consideração: -B-bloqueantes – redução do efeito anti-hipertensor;

-Ciclosporina e tacrolimus – risco aditivo de efeitos nefrotóxicos, particularmente em idosos; -DIU (Dispositivo intra-uterino) – existe a possibilidade, embora controversa, de diminuição da eficácia deste dispositivo.

Utilização em caso de gravidez, aleitamento, crianças, idosos e doentes com patologias especiais

Consulte primeiro o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento se está grávida, pretende engravidar ou está a amamentar.

O Profenid não deve ser administrado em mulheres grávidas ou em período de aleitamento. De igual modo não se recomenda a sua administração a crianças com menos de 15 anos. No idoso pode ser conveniente uma redução da dose total diária.

Exige-se prudência em doentes com história de doença gastroduodenal, e nas situações de insuficiência renal ou hepática moderadas.

Em caso de insuficiência cardíaca o volume da diurese e a função renal deverão ser monitorizadas.

Condução de veículos e utilização de máquinas

Dependendo da susceptibilidade individual, este medicamento pode provocar, principalmente no início do tratamento, sonolência, vertigens, alterações visuais ou fadiga, que afectam a capacidade de conduzir veículos ou a utilização de máquinas.

Informações importantes sobre alguns componentes de Profenid

Este medicamento contém lactose. Se foi informado pelo seu médico que tem intolerância a alguns açúcares, contacte-o antes de tomar este medicamento.

3. COMO TOMAR PROFENID

As cápsulas de Profenid são para administração por via oral.

Recomenda-se em média 2 cápsulas por dia em duas tomas, de manhã e à noite.

Em geral, e salvo nos casos a precisar pelo médico, não se deverá ultrapassar a dose máxima diária de 200 mg (2 cápsulas). A relação entre os benefícios e os riscos deverá ser avaliada antes de iniciar o tratamento com 200 mg por dia, não se recomenda a administração de doses mais elevadas.

Os efeitos indesejáveis podem ser minimizados utilizando a menor dose eficaz durante o menor período de tempo necessário para controlar os sintomas (ver secção Tome especial cuidado com Profenid).

A eficácia e segurança terapêutica em doentes com menos de 15 anos não está demonstrada, pelo que este medicamento não deve ser usado nesta população.

Em doentes com disfunção hepática ou renal ligeira ou moderada deve iniciar-se a terapêutica com doses reduzidas. Este medicamento está contra-indicado em doentes com disfunção hepática ou renal grave.

Se tomar mais Profenid do que deveria

Em casos descritos de intoxicação com doses até 2 g, os sintomas observados foram sempre ligeiros.

Têm sido descritos casos de intoxicação com doses superiores a 2 g de cetoprofeno. Na maioria dos casos os sintomas são benignos e limitam-se a letargia, rouquidão, náuseas, vómitos e dores epigástricas. Não existem antídotos específicos em caso de sobredosagem. Devem ser instituídas medidas de suporte, hidratação, monitorização da função renal e hepática, controlo da diurese e correcção da acidose, se presente.

Em algumas situações pode ser necessário hemodiálise ou lavagem gástrica. Caso se tenha esquecido de tomar Profenid

Em caso de omissão de uma ou mais doses, o doente deve manter o esquema terapêutico definido pelo seu médico.

Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.

Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.

4. EFEITOS SECUNDÁRIOS PROFENID

Como todos os medicamentos, Profenid pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.

Foi utilizada a seguinte convenção na classificação dos efeitos indesejáveis relativamente à sua frequência: frequentes (1-10%), pouco frequentes (0,1-1%), raros (0,01-0,1%), muito raros (< 0,01%).

Sistema sanguíneo:

Muito raros: Neutropenia, trombocitopenia, aplasia medular Sistema gastrointestinal:

Os eventos adversos mais frequentemente observados são de natureza gastrointestinal. Podem ocorrer, em particular nos idosos, úlceras pépticas, perfuração ou hemorragia gastrointestinal potencialmente fatais. Náuseas, dispepsia, vómitos, hematemese, flatulência, dor abdominal, diarreia, obstipação, melena, estomatite ulcerosa, exacerbação de colite ou doença de Crohn têm sido notificados na sequência da administração destes medicamentos. Menos frequentemente têm vindo a ser observados casos de gastrite Pouco frequentes: Gastrite, obstipação, xerostomia

Raros: Ulceração péptica, hemorragia, perfuração, anorexia, elevação das transaminases

Muito raros: Lesão pancreática e hepática Sistema nervoso:

Pouco frequentes: Cefaleias, vertigens e sonolência Raros: Parestesias

Sistema cardiovascular:

Casos raros de edema, hipertensão e insuficiência cardíaca têm sido notificados em associação ao tratamento com AINE. Pouco frequentes: Palpitações Muito raros: Hipotensão, taquicardia

Os medicamentos tais como Profenid podem estar associados a um pequeno aumento do risco de ataque cardíaco (enfarte do miocárdio) ou AVC.

Sistema respiratório: Raros: Bradipneia

Muito raros: Broncoespasmo, dispneia

Sistema renal: Raros: Poliúria

Muito raros: Insuficiência renal aguda (IRA), síndrome nefrótico ou síndrome nefrítico (intersticial)

Tecidos cutâneos e subcutâneos: Pouco frequentes: Rash cutâneo Raros: Urticária, acne

Muito raros: Reacções bolhosas incluindo síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica, síndrome de Lyell, angioedema, fotossensibilidade, prurido

Gerais:

Pouco frequentes: Fadiga, adinamia, ansiedade, alterações do humor Raros: Síncope

Muito raros: Anafilaxia, visão turva

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico

5. COMO CONSERVAR PROFENID

Não conservar acima de 25°C.

Conservar na embalagem de origem para proteger da luz directa e da humidade.

Não utilize Profenid após o prazo de validade impresso na embalagem exterior. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.

Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

6. OUTRAS INFORMAÇÕES

Qual a composição de Profenid

A substância activa é o cetoprofeno. Cada cápsula contém 100 mg de cetoprofeno. Os outros componentes são: lactose e estearato de magnésio.

Qual o aspecto de Profenid e conteúdo da embalagem

Embalagens com 10, 20, 30 ou 60 cápsulas. É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.

Titular da autorização de introdução no mercado e Fabricante:

Laboratórios Vitória, S.A. Rua Elias Garcia, 28 – Venda Nova 2700-327 Amadora (Sob licença de Aventis Pharma)

Este folheto foi aprovado pela última vez em: 06-01-2009.

Categorias
Brimonidina

CARACTERÍSTICAS DO ALPHAGAN bula do medicamento

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
ALPHAGAN

1. NOME DO MEDICAMENTO ALPHAGAN
Alphagan 2 mg/ml colírio, solução

2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA DO ALPHAGAN

Um ml de solução contém 2.0 mg de tartrato de brimonidina, equivalente a 1.3 mg de brimonidina.

Excipientes: contém cloreto de benzalcónio, 0,05 mg/ml. Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.

3. FORMA FARMACÊUTICA DO ALPHAGAN

Colírio, solução.
Solução límpida, de cor amarela-esverdeada a ligeiramente amarela-esverdeada.

4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS DO ALPHAGAN

4.1. Indicações terapêuticas

Redução da pressão intraocular (PIO) elevada em doentes com glaucoma de ângulo aberto ou hipertensão ocular.

Como monoterapia em doentes em que a terapêutica betabloqueadora tópica está contraindicada.
Como terapêutica auxiliar de outras medicações para reduzir a pressão intraocular quando a PIO alvo não é alcançada com monoterapia (ver secção 5.1.)

4.2. Posologia e modo de administração

Dose recomendada em adultos (incluindo idosos)
A dose recomendada é de uma gota de Alphagan no(s) olho(s) afectado(s), duas vezes por dia, com intervalo de aproximadamente 12 horas. Não é necessário qualquer ajuste da dosagem para utilização em doentes idosos.

Como com qualquer colírio, para reduzir uma possível absorção sistémica recomenda-se a compressão do saco lacrimal no canto interno do olho (oclusão pontual), durante 1 minuto. Isto deve ser efectuado imediatamente após a instilação de cada gota.

Se se pretender utilizar mais que um medicamento oftálmico de aplicação tópica, os diferentes medicamentos devem ser instilados com um intervalo de 5-15 minutos.
Insuficiência renal ou hepática
Alphagan não foi estudado em doentes com insuficiência renal ou hepática ( ver secção 4.4.) Uso em pediatria
Não foram feitos estudos clínicos em adolescentes (12 a 17 anos).
Não é recomendada a utilização de Alphagan em crianças com idade inferior a 12 anos e está contra-indicado em recém-nascidos e crianças (com idade inferior a 2 anos) (ver secção 4.3., 4.4., e 4.9.). Sabe-se que podem ocorrer reacções adversas graves nos recém-nascidos. Não foi estabelecida a segurança e a eficácia do Alphagan em crianças.

4.3. Contraindicações

Doentes com hipersensibilidade ao tartarato de brimonidina ou a qualquer um dos excipientes deste medicamento.
Recém-nascidos e crianças (ver secção 4.8).
Doentes submetidos a terapêutica com inibidores da monoaminoxidase (MAO) e em doentes que tomem anti-depressivos que afectem a transmissão noradrenérgica (por ex., anti-depressivos tricíclicos e mianserina).

4.4. Advertências e precauções especiais de utilização

Crianças com idade igual ou superior a 2 anos, especialmente com idades compreendidas entre os 2-7 anos e/ou com peso inferior a 20 Kg devem ser tratadas com precaução e cuidadosamente monitorizadas devido à elevada incidência de sonolência (ver secção 4.8).

É necessário ter cuidado no tratamento de doentes com doença cardiovascular grave ou instável e não controlada.

Nos ensaios clínicos alguns doentes (12,7%) apresentaram reacção ocular de tipo alérgico ao Alphagan (ver secção 4.8 para informação detalhada). Se forem observadas reacções alérgicas, o tratamento com Alphagan deve ser descontinuado.

Alphagan deve ser utilizado com cuidado em doentes com depressão, insuficiência cerebral ou coronária, fenómeno de Raynaud, hipotensão ortostática ou tromboangeíte obliterante.

Alphagan não foi estudado em doentes com insuficiência hepática ou renal; é necessário cuidado no tratamento deste tipo de doentes.

O conservante de Alphagan , cloreto de benzalcónio, pode causar irritação ocular. Evitar o contacto com lentes de contacto moles. Os doentes que usem lentes de contacto hidrófilas devem removê-las e esperar, pelo menos, 15 minutos depois da aplicação de Alphagan,antes de voltarem a pôr as lentes. O conservante descolora as lentes de contacto moles.

4.5. Interacções medicamentosas e outras formas de interacção

Embora não tenham sido realizados estudos específicos sobre a interacção do Alphagan com outros medicamentos, deve ter-se em consideração a possibilidade de um efeito aditivo ou potenciador com depressores do SNC (álcool, barbitúricos, opiáceos, sedativos ou anestésicos).

Não há quaisquer dados disponíveis sobre o nível de catecolaminas em circulação após a administração de Alphagan. Contudo, aconselha-se cuidado na administração em doentes que estejam a tomar medicamentos que possam afectar o metabolismo e a captação de aminas em circulação, ou seja clorpromazina, metilfenidato, reserpina.

Após a aplicação de Alphagan registaram-se diminuições clinicamente não significativas na pressão arterial de alguns doentes. Aconselha-se cuidado na utilização concomitante de medicamentos tais como anti-hipertensores e/ou glicosidos cardíacos e Alphagan.

Aconselha-se cuidado ao iniciar a administração concomitante (ou ao alterar a dose) de um produto sistémico (independentemente da forma farmacêutica) que possa interferir com os agonistas a-adrenérgicos ou com a sua actividade, por ex. agonistas ou antagonistas do receptor adrenérgico (isto é isoprenalina e prazosina).

4.6. Gravidez e aleitamento

Não foi estabelecida a segurança de utilização durante a gravidez humana. Em estudos no animal, o tartarato de brimonidina não provocou quaisquer efeitos teratogénicos. No coelho, o tartarato de brimonidina, em concentrações plasmáticas superiores às alcançadas no homem durante o tratamento, mostrou causar aumento da perda de pre-implantações e reduzir o desenvolvimento pós-natal. Alphagan só deverá ser utilizado durante a gravidez se o benefício potencial para a mãe ultrapassar o risco potencial para o feto.

Não se sabe se a brimonidina é excretada no leite humano. O composto é excretado no leite do rato fêmea em lactação. Alphagan não deve ser usado em mulheres que estão a amamentar.

4.7. Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas

Alphagan pode provocar fadiga e/ou sonolência que podem prejudicar a capacidade de conduzir ou de utilizar máquinas. Alphagan pode provocar visão turva e/ou alterações de visão, que podem afectar a capacidade de conduzir e utilizar máquinas, com especial incidência à noite ou em situações de luminosidade reduzidas. O paciente deve esperar até que esses sintomas desapareçam antes de conduzir ou utilizar máquinas.

4.8. Efeitos indesejáveis

Os efeitos adversos relatados com maior frequência são secura da boca, hiperemia ocular e ardor/picadas que ocorreram em 22 a 25% dos doentes. Estes efeitos são geralmente transitórios e a gravidade raramente exigem descontinuação do tratamento.

Em ensaios clínicos, registaram-se sintomas de reacções alérgicas oculares em cerca de 12,7% dos indivíduos (originando retirada em 11,5% dos indivíduos) com início entre os 3 e 9 meses na maioria dos doentes.
Dentro de cada grupo de frequências, os efeitos adversos estão apresentados por ordem decrescente de frequência. Foram utilizadas as seguintes terminologias para classificar a frequência dos efeitos indesejáveis: Muito frequentes ( 1/10);
Frequentes (>1/100 e < 1/10); Pouco Frequentes (> 1/1000 e < 1/100); Raros (> 1/10.000 e < 1/1000); Muito raros (<1/10 000); não conhecida (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis).

Cardiopatias
Pouco Frequentes: Palpitações/arritmias (incluindo bradicardia e taquicardia)

Doenças do sistema nervoso Muito Frequentes: Cefaleias, sonolência Frequentes: Tonturas, paladar anormal Muito Raros:sincope

Afecções oculares Muito frequentes
Irritação ocular incluindo reacções alérgicas (hiperémia ocular, ardor/picadas, prurido ocular, sensação de corpos estranhos, folículos conjuntivais) Visão turva Frequentes
Irritação local (Hiperemia e edema da pálpebra, blefarite, edema conjuntival, exsudado
conjuntival, dor ocular e lacrimação)

Fotofobia
Erosão e manchas da córnea Secura ocular
Branqueamento conjuntival Visão anómala Conjuntivite Muito raros Irite (Uveíte anterior) Miose

Doenças Respiratórias, torácicas e do mediastino Frequentes: sintomas respiratórios superiores Pouco Frequentes: secura nasal Raros: dispneia

Doenças Gastrointestinais Muito Frequentes: secura da boca Frequentes: sintomas gastrointestinais

Vasculopatias
Muito Raros: hipertensão, hipotensão

Perturbações Gerais e alterações no local de administração Muito frequentes: fadiga
Frequentes: astenia

Doenças do Sistema Imunitário Pouco Frequentes: reacções alérgicas sistémicas

Perturbações do foro psiquiátrico Pouco Frequentes: depressão Muito Raros: insónia

Foram relatados sintomas de sobredosagem por brimonidina tais como perda de consciência, hipotensão, hipotonia, bradicardia, hipotermia cianose e apneia em alguns recém-nascidos e crianças a receber brimonidina como parte do tratamento médico do glaucoma congénito (ver secção 4.3.)

Num estudo de fase 3 com duração de 3 meses, em crianças com glaucoma com idades compreendidas entre os 2-7 anos, inadequadamente controlado por betabloqueantes, foi reportada uma elevada prevalência de sonolência (55%) com Alphagan como tratamento adjuntivo. Em 8% das crianças, esta incidência foi grave, levando à descontinuação do tratamento em 13%. A incidência da sonolência diminuiu com o aumento da idade, sendo inferior no grupo de crianças com 7 anos de idade (25%) mas foi mais afectada pelo peso, ocorrendo mais frequentemente nas crianças com peso menor ou igual a 20 kg (63%) quando comparada com as crianças pesando mais de 20 kg (25%) (ver secção 4.4).

4.9. Sobredosagem

Sobredosagem oftálmica:
Em adultos não há qualquer experiência da ocorrência improvável de uma sobredosagem por via oftálmica. Contudo, foram referidos sintomas de sobredosagem de brimonidina ( incluindo perda de consciência, hipotensão, hipotonia, bradicardia, hipotermia, cianose e apneia) em alguns recém-nascidos e crianças nos quais o Alphagan fazia parte do tratamento de glaucoma congénito

Sobredosagem sistémica resultante de ingestão acidental:
Foram recebidos dois relatórios de efeitos indesejáveis após ingestão inadvertida de 9-10 gotas de Alphagan por adultos. Os indivíduos experienciaram episódio hipotensivo, seguido, num dos casos de hipertensão recorrente cerca de 8 horas após a ingestão. Foi reportada a recuperação completa de ambos os indivíduos no prazo de 24 horas. Não foram notados efeitos adversos num terceiro indivíduo que também ingeriu uma quantidade desconhecida de Alphagan por via oral.

Foram publicados ou reportados à Allergan relatórios de efeitos indesejáveis graves após ingestão inadvertida de Alphagan por sujeitos pediátricos. Os sujeitos experienciaram sintomas de depressão do SNC, coma tipicamente temporário ou perda de consciencia de baixo valor, hipotonia, bradicárdia, hipotermia e apneia que requereram internamento em unidade de cuidados intensivos com intubação, se aplicável. Foi reportada uma completa recuperação de todos os sujeitos, geralmente ao fim de 6-24 horas.
Existem relatos de sobredosagem por via oral de outros agonistas alfa-2 terem provocado sintomas tais como hipotensão, astenia, vómitos, letargia, sedação, bradicárdia, arritmias, miose, apneia, hipotonia, hipotermia, depressão respiratória e convulsões.

5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS DO ALPHAGAN

5.1. Propriedades farmacodinâmicas

Grupo Farmacoterapêutico: 15.4.2 Medicamentos Usados em Afecções Oculares. Medicamentos usados no tratamento do glaucoma. Simpaticomiméticos Código ATC: S01EA 05

A brimonidina é um agonista do receptor adrenérgico alfa-2 1000 vezes mais selectivo para o adrenoceptor alfa-2 do que para o adrenoceptor alfa-1.

Esta selectividade resulta na ausência de midríase e de vasoconstrição nos microvasos associados a xenoenxertos de retina em seres humanos.

A administração tópica de tartarato de brimonidina reduz a pressão intraocular (PIO) nos seres humanos com um efeito mínimo sobre os parâmetros cardiovasculares ou pulmonares. São limitados os dados disponíveis no que se refere a doentes com asma brônquica que não apresentam efeitos adversos.

Alphagan tem um início de acção rápido, com efeito hipotensor ocular máximo observado duas horas após a administração. Em dois estudos de 1 ano, o Alphagan diminuiu a PIO por valores médios de aproximadamente 4-6mm Hg.

Estudos fluorofotométricos em animais e seres humanos sugerem que o tartarato de brimonidina tem um mecanismo de acção duplo. Pensa-se que Alphagan pode reduzir a PIO diminuindo a formação de humor aquoso e potenciando a descarga uveoescleral.

Ensaios clínicos demonstram que Alphagan é eficaz na combinação com beta bloqueantes tópicos. Estudos de duração mais curta também sugerem que Alphagan tem um efeito aditivo clínicamente relevante na combinação com travopost (6 semanas) e latanoprost (3 meses).

5.2. Propriedades farmacocinéticas
Características gerais

Após administração ocular de uma solução a 0,2% duas vezes por dia, durante 10 dias, as concentrações plasmáticas eram baixas (Cmax média era de 0,06ng/ml). Havia uma ligeira acumulação no sangue após instilações múltiplas (2 vezes por dia durante 10 dias). A área sob a curva de concentração plasmática-tempo ao longo de 12 horas em estado de equilíbrio (AUC0-12h) foi de 0,31 ng.h/ml, em comparação com 0,23 ng.h/ml após a primeira dose. A semi-vida média aparente na circulação sistémica, em seres humanos, foi de aproximadamente 3 horas após administração tópica.
A ligação da brimonidina às proteínas plasmáticas, após administração tópica em seres humanos, é de aproximadamente 29%.

A brimonidina liga-se de modo reversível à melanina dos tecidos oculares, in vitro e in vivo. Após duas semanas de instilações oculares, as concentrações de brimonidina na íris, corpo ciliar e retina-coroide foram de 3 a 17 vezes mais elevadas que as verificadas após uma dose única. Não ocorre acumulação na ausência de melanina.

Não é claro o significado da ligação à melanina no homem. Contudo, não se verificou nenhuma reacção ocular adversa significativa durante o exame biomicroscópio dos olhos em doentes tratados com Alphagan até um ano, nem se verificou toxicidade ocular significativa durante um estudo de segurança ocular de um ano em macacos, aos quais foi administrada aproximadamente quatro vezes a dose recomendada de tartarato de brimonidina.

Após administração oral ao homem, a brimonidina é bem absorvida e rapidamente eliminada. A maior parte da dose (cerca de 75%) foi excretada como metabolitos na urina, dentro de cinco dias; não foi detectada na urina qualquer droga inalterada. Estudos in vitro, usando fígado animal e humano, indicam que o metabolismo é amplamente mediado pelo aldeído-oxidase e citocromo P450. Por isso, a eliminação parece ser principalmente por metabolismo hepático.

Perfil cinético:
Não foi observado grande desvio da proporcionalidade da dose na C-max plasmática e AUC após dose tópica única de 0,08%, 0,2% e 0,5%.

Características em doentes Características em doentes idosos:
A Cmax, a AUC e a semi-vida aparente da brimonidina são semelhantes nos idosos (indivíduos com 65 anos ou mais) após uma dose única, quando comparados com adultos jovens, indicando que a sua absorção e eliminação sistémicas não são afectadas pela idade. Com base nos dados de um estudo clínico de três meses, que incluiu doentes idosos, a exposição sistémica à brimonidina foi muito baixa.

5.3. Dados de segurança pré-clínica

Os dados não clínicos não revelam riscos especiais para o ser humano, segundo estudos convencionais de farmacologia de segurança, toxicidade de dose repetida, genotoxicidade, potencial carcinogénico e toxicidade reprodutiva.

6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS DO ALPHAGAN

6.1. Lista dos excipientes

Cloreto de benzalcónio Álcool (poli)vinílico Cloreto de sódio Citrato de sódio
Ácido cítrico monohidrato Água purificada
Ácido clorídrico (para ajuste do pH) ou Hidróxido de sódio (para ajuste do pH)

6.2. Incompatibilidades

Não aplicável.

6.3. Prazo de validade
Frasco fechado: 2 anos para o frasco de 2,5 ml.
3 anos para os frascos de 5 ml e 10 ml. Após a primeira abertura: 28 dias.

6.4. Precauções especiais de conservação
Não conservar acima de 25 °C.

6.5. Natureza e conteúdo do recipiente
Frascos conta-gotas de polietileno de baixa densidade, brancos, com ponta de 35 microlitros. A tampa pode ser do tipo convencional de enroscar de polistireno ou do tipo tampa de cumprimento (C-cap).

Alphagan é comercializado em frascos de 2,5 ml, 5 ml e 10 ml, em embalagens de 1, 3 ou 6 frascos.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.

6.6. Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Não existem requisitos especiais.

7.TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Allergan, S. A.
Av. de la Industria, 24 – Tres Cantos
2876 Madrid
Espanha

8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

N° de registo: 2644987 – 2,5ml de solução colírio, 2 mg/ml, frasco conta-gotas de polietileno de baixa densidade
N° de registo: 2645083 – 2,5ml de solução colírio, 2 mg/ml, 3 frascos conta-gotas de polietileno de baixa densidade
N° de registo: 2645182 – 2,5ml de solução colírio, 2 mg/ml, 6 frascos conta-gotas de polietileno de baixa densidade
N° de registo: 2645281 – 5ml de solução colírio, 2 mg/ml, 1 frasco conta-gotas de polietileno de baixa densidade
N° de registo: 2645380 – 5ml de solução colírio, 2 mg/ml, 3 frascos conta-gotas de polietileno de baixa densidade
N° de registo: 2645489 – 5ml de solução colírio, 2 mg/ml, 6 frascos conta-gotas de polietileno de baixa densidade
N° de registo: 2645588 – 10ml de solução colírio, 2 mg/ml, 1 frasco conta-gotas de polietileno de baixa densidade
N° de registo: 2645687 – 10ml de solução colírio, 2 mg/ml, 3 frascos conta-gotas de polietileno de baixa densidade
N° de registo: 2645786 – 10ml de solução colírio, 2 mg/ml, 6 frascos conta-gotas de polietileno de baixa densidade

9.DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Data da primeira autorização: 15 de Maio de 1998 Data da última renovação: 19 Abril 2007

10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO
23-05-2008

Categorias
Ácido acetilsalicílico

CARACTERÍSTICAS DO ASP bula do medicamento

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
ASP

1. NOME DO MEDICAMENTO ASP
ASP 100 mg comprimidos.

2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA DO ASP
Cada comprimido contém 100 mg de ácido acetilsaHcílico, como substância activa.
Excipientes:
Cada comprimido contém 95 mg de manitol. Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.

3. FORMA FARMACÊUTICA DO ASP
Comprimido.

4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS DO ASP

4.1 Indicações terapêuticas

O ASP 100 está indicado nas situações que requerem um efeito inibidor da agregação plaquetária, nomeadamente:

-Angina de peito instável; -Enfarte do miocárdio; -Prevenção do reenfarte;
-Prevenção de acidentes isquémicos transitórios (AIT) e de acidentes vasculares cerebrais (AVC) trombóticos;
-Após cirurgia vascular ou intervenções cirúrgicas.

4.2 Posologia e modo de administração

A posologia recomendada é de 100 a 300 mg de ácido acetilsalicílico por dia (1 a 3 comprimidos de ASP 100 por dia).

Os comprimidos de ASP 100 são para administração por via oral. Devem ser tomados com água. Utilização na iusuficiência renal:
Nos doentes com insuficiência renal grave (depuração de creatinina <10 mL/min) deve ser evitada a utilização de ácido acetilsalicílico. Nos doentes hemodializados, o ácido acetilsalicílico deve ser administrado após a hemodiálise.
Utilização na insuficiência hepática:
Nos doentes com insuficiência hepática grave deve ser evitada a utilização de ácido acetilsalicílico.

Uso pediátrico:
O ácido acetilsalicílico não deve ser administrado a crianças com idade inferior a 3 anos, nem a crianças e adolescentes com estados febris e menos de 12 anos de idade, devido à possibilidade de ocorrência de síndrome de Reye.

4.3 Contra-indicações

Hipersensibilidade à substância activa (ácido acetilsalicílico), a outros salicilatos ou a qualquer um dos excipientes do medicamento.

História de hemorragia gastrointestinal ou perfuração, relacionada com terapêutica anterior com anti-inflamatórios não esteróides (AINE).

Úlcera péptica/hemorragia activa ou história de úlcera péptica/hemorragia recorrente (dois ou mais episódios distintos de ulceração ou hemorragia comprovada).

Situações de diátese hemorrágica.

Crianças com menos de 3 anos de idade.

Tratamento de infecções virais em crianças e adolescentes, com ou sem febre (risco de síndrome de Reye).

A administração de doses superiores a 100 mg/dia está contra-indicada durante o terceiro trimestre de gravidez.

4.4 Advertências e precauções especiais de utilização

A administração concomitante de ASP 100 com outros AINE, incluindo inibidores selectivos da ciclooxigenase-2, deve ser evitada.

Os efeitos indesejáveis podem ser minimizados utilizando a menor dose eficaz durante o menor período de tempo necessário para controlar a sintomatologia.

Hemorragia, ulceração e perfuração gastrointestinal: têm sido notificados casos de hemorragia, ulceração e perfuração gastrointestinal potencialmente fatais, em várias fases do tratamento, associados ou não a sintomas de alerta ou história de eventos gastrointestinais graves.

O risco de hemorragia, ulceração ou perfuração é maior com doses mais elevadas, em doentes com história de úlcera péptica, especialmente se associada a hemorragia ou perfuração (ver secção 4.3 Contra-Indicações) e em doentes idosos. Nestas situações os doentes devem ser instruídos no sentido de informar o seu médico assistente sobre a ocorrência de sintomas abdominais e de hemorragia digestiva, sobretudo nas fases iniciais do tratamento.

Nestes doentes o tratamento deve ser iniciado com a menor dose eficaz. A co-administração de agentes protectores (ex.: misoprostol ou inibidores da bomba de protões) deverá ser considerada nestes doentes, assim como naqueles que necessitem de tomar simultaneamente outros medicamentos susceptíveis de aumentar o risco de úlcera ou hemorragia, tais como corticosteróides, anticoagulantes (como a varfarina), inibidores selectivos da recaptação da serotonina ou anti–agregantes plaquetários (ver secção 4.5. Interacções medicamentosas e outras formas de interacção).

Em caso de hemorragia gastrointestinal ou ulceração em doentes a tomar ASP 100 o tratamento deve ser interrompido.

Os AINE devem ser administrados com precaução em doentes com história de doença inflamatória do intestino (colite ulcerosa, doença de Crohn), na medida em que estas situações podem ser exacerbadas. (ver secção 4.8 Efeitos indesejáveis).

Idosos: os idosos apresentam uma maior frequência de reacções adversas com AINE, especialmente de hemorragias gastrointestinais e de perfurações que podem ser fatais (ver secção 4.2. Posologia e Modo de Administração).

O ASP 100 deverá ser administrado com precaução, e apenas quando a relação benefício/risco for favorável, nas seguintes situações:
– Primeiro e segundo trimestre da gravidez;
– Aleitamento;
– Hipersensibilidade a outros anti-inflamatórios não esteróides;
– Tratamento simultâneo com outros fármacos inibidores da agregação plaquetária e/ou anticoagulantes;
– Deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase;
– Hipoprotrombinémia preexistente;
– Deficiência de vitamina K;
– Insuficiência hepática grave;
– Alcoólicos crónicos (3 ou mais bebidas por dia), dado que apresentam um aumento do risco de hemorragia digestiva alta;
– Insuficiência renal grave;
– Antecedentes de patologia gastrointestinal;
– Asma brônquica, doença pulmonar crónica obstrutiva, febre dos fenos e pólipos nasais;
– Períodos prolongados sem vigilância médica.

Devido à possibilidade de ocorrência de síndrome de Reye, o ácido acetilsalicílico só deve ser utilizado em crianças com menos de 12 anos por indicação expressa de um médico.

4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção

O ácido acetilsalicílico nunca deve ser associado a vacinas de vírus influenza vivos.

Recomenda-se que os doentes que fizeram a vacina da varicela não devem tomar ácido acetilsalicílico durante as 6 semanas seguintes, dado que surgiram casos de síndrome de Reye após infecções pelo vírus da varicela.

O ácido acetilsalicílico aumenta:
– Os efeitos dos anticoagulantes – os salicilatos podem aumentar os efeitos dos anti-coagulantes, tais como a varfarina (ver secção 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização);
– O risco de ulceração ou hemorragia gastrointestinal em caso de tratamento simultâneo com corticosteróides (ver secção 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização);
– O risco de hemorragia gastrointestinal em caso de tratamento simultâneo com anti-agregantes plaquetários e inibidores selectivos da recaptação da serotonina (ver secção 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização);
– O risco de hemorragia gastrointestinal em caso de ingestão de álcool;
– Os efeitos dos anti-inflamatórios não esteróides;
– Os efeitos das sulfonilureias;
– Os efeitos do metotrexato;
– Os efeitos das sulfonamidas;
– Os efeitos do ácido valpróico;
– As concentrações plasmáticas de digoxina, barbitúricos e lítio. O ácido acetilsalicílico diminui:
– Os efeitos dos antagonistas da aldosterona e dos diuréticos de ansa;
– Os efeitos dos medicamentos anti-hipertensores;
– Os efeitos dos uricosúricos.

Diuréticos, Inibidores da Enzima de Conversão da Angiotensina (IECA) e Antagonistas da Angiotensina II (AAII): a administração de ácido acetilsalicílico (>3g/dia) pode diminuir a eficácia dos diuréticos assim como de outros medicamentos anti-hipertensores. Nalguns doentes com função renal diminuída (ex.: doentes desidratados ou idosos com comprometimento da função renal) a co-administração de um IECA ou AAII e agentes inibidores da ciclo-oxigenase pode ter como consequência a progressão da deterioração da função renal, incluindo a possibilidade de insuficiência renal aguda, que é normalmente reversível. A ocorrência destas interacções deverá ser tida em consideração em doentes a tomar ácido acetilsalicílico em associação com IECA ou AAII. Consequentemente, esta associação medicamentosa deverá ser administrada com precaução, sobretudo em doentes idosos. Os doentes devem ser adequadamente hidratados e deverá ser analisada a necessidade de monitorizar a função renal após o início da terapêutica concomitante, e periodicamente desde então.

Os medicamentos que contêm alumínio, fósforo ou magnésio, como por exemplo os antiácidos, aumentam o pH urinário, o que aumenta a eliminação renal dos salicilatos, diminuindo as concentrações de ácido acetilsalicílico entre 30 a 70 %.

O ácido acetilsalicílico reduz a excreção de ácido úrico. Como consequência, poderá surgir hiperuricémia, em particular nos doentes com diminuição prévia da excreção do ácido úrico.

Os dados experimentais sugerem que o ibuprofeno pode inibir o efeito anti-agregante plaquetário do de ácido acetilsalicílico (AAS) de baixa dosagem quando estes medicamentos são administrados concomitantemente. No entanto, devido às limitações destes dados e às incertezas inerentes à extrapolação dos dados ex vivo para situações clínicas não é possível concluir de forma definitiva sobre as consequências da administração regular de ibuprofeno no efeito do AAS. Não é provável que se verifiquem efeitos clinicamente relevantes na acção cardioprotectora do AAS decorrentes da administração ocasional de ibuprofeno (ver secção 5.1.).

4.6 Gravidez e aleitamento Gravidez
Administração de doses baixas (até 100 mg/dia)
Os dados dos ensaios clínicos sugerem que a administração de doses até 100 mg/dia em indicações obstétricas restritas (por exemplo no caso dos abortamentos de repetição de etiologia supostamente imunológica e do hidrâmnios), que requerem monitorização especializada, é aparentemente segura.

Administração de doses entre 100 e 500 mg/dia
A experiência clínica relativa ao uso de doses entre 100 mg/dia e 500 mg/dia é insuficiente. Consequentemente, as recomendações que em seguida se enunciam relativas à administração de doses superiores a 500 mg/dia, aplicar-se-ão também a este intervalo posológico.

Administração de doses de 500 mg/dia ou superiores
A inibição das prostaglandinas pode afectar negativamente a gravidez e/ou o desenvolvimento embrio-fetal. Os dados dos estudos epidemiológicos sugerem um aumento do risco de aborto espontâneo, de malformações cardíacas e de gastroschisis na sequência da utilização de um inibidor da síntese das prostaglandinas no início da gravidez. O risco absoluto de malformações cardiovasculares aumentou de valores inferiores a 1% para aproximadamente 1,5%. Presume-se que o risco aumenta com a dose e a duração do tratamento.

Nos animais, demonstrou-se que a administração de inibidores da síntese das prostaglandinas tem como consequência o aumento de abortamentos peri e post-implantatórios e da mortalidade embrio-fetal. Adicionalmente, registou-se maior incidência de várias malformações, incluindo malformações cardiovasculares em animais expostos a inibidores da síntese das prostaglandinas durante o período organogenético.

Durante o 1° e o 2° trimestres de gravidez, o ácido acetilsalicílico não deverá ser administrado a não ser que seja estritamente necessário. Se o ácido acetilsalicílico for usado por mulheres que estejam a tentar engravidar, ou durante o 1° e 2° trimestres de gravidez, a dose administrada deverá ser a menor e durante o mais curto espaço de tempo possível.

Durante o 3° trimestre de gravidez, todos os inibidores da síntese das prostaglandinas podem expor o feto a:
– toxicidade cardiopulmonar [com fecho prematuro do ductus ateriosus (canal de Botal) e hipertensão pulmonar];
– disfunção renal, que pode progredir para insuficiência renal com oligohidrâmnios.

Na fase final da gravidez, a mãe e o recém-nascido podem estar expostos a:
– possível prolongamento do tempo de hemorragia, um efeito anti-agregante que pode verificar-se mesmo com doses muito baixas;
– inibição das contracções uterinas com consequente atraso ou prolongamento do trabalho de parto.

Assim, a administração de doses superiores a 100 mg/dia de ácido acetilsalicílico está contra-indicada durante o terceiro trimestre de gravidez.
Durante o período de aleitamento, não devem ser administrados ácido acetilsalicílico nem salicilatos, a não ser que os benefícios justifiquem o risco potencial.

4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas

Não estão descritos efeitos sobre a capacidade de conduzir ou utilizar máquinas durante a terapêutica com ácido acetilsalicílico.

4.8 Efeitos indesejáveis

Os eventos adversos mais frequentemente observados são de natureza gastrointestinal. Podem ocorrer, em particular nos idosos, úlceras pépticas, perfuração ou hemorragia gastrointestinal potencialmente fatais (ver secção 4.4. Advertências e precauções especiais de utilização). Náuseas, dispepsia, vómitos, hematemeses, flatulência, dor abdominal, diarreia, obstipação, melenas, estomatite aftosa, exacerbação de colite ou doença de Crohn (ver secção 4.4. Advertências e precauções especiais de utilização) têm sido notificados na sequência da administração destes medicamentos. Menos frequentemente têm vindo a ser observados casos de gastrite.

Apresentam-se de seguida os efeitos indesejáveis por ordem decrescente de gravidade dentro de cada classe de frequência:

Distúrbios do sangue e do sistema linfático:
Raros (> 1/10000, < 1/1000): Anemia ferropénica (principalmente no idoso), prolongamento do tempo de hemorragia.
Muito raros (< 1/10000): anemia hemolítica associada a deficiência de glucose-6-fosfato desidrogenase, porfíria.

Distúrbios do metabolismo e da nutrição: Muito raros (< 1/10000): hipoglicémia.

Distúrbios do Sistema nervoso:
Raros (> 1/10000, < 1/1000): vertigens, acufenos e cofose, associados a hiperdosagem e com incidência particular nos idosos e nas crianças.

Distúrbios vasculares:
Muito raros (< 1/10000): hemorragia intracerebral e hemorragia intraocular. Distúrbios gastrointestinais:
Comuns (> 1/100, < 1/10): náuseas, azia, desconforto abdominal, diarreia, vómitos e ligeiras hemorragias gastrointestinais, que só excepcionalmente causam anemia. Raros (> 1/10000, < 1/1000): úlceras gastrointestinais, por vezes complicadas de hemorragia (hematemeses e ou melenas) e ou perfuração.
Muito raros (< 1/10000): alterações dos valores das enzimas hepáticas. Distúrbios hepatobiliares:
Muito raros (< 1/10000): hepatite.

Distúrbios dos tecidos cutâneos e sub-cutâneos: Raros (> 1/10000, < 1/1000): dermatite alérgica.
Distúrbios renais e urinários:
Muito raros (< 1/10000): alteração da função renal.

Distúrbios gerais e alterações no local de administração:
Raros (> 1/10000, < 1/1000): crises de dispneia, broncospasmo, rinite vasomotora, urticária e edema angioneurótico.
Muito raros (< 1/10000): eritema, erupções cutâneas e erupções cutâneas pustulares. 4.9 Sobredosagem
Em caso de sobredosagem aguda pode surgir hiperventilação, náuseas, vómitos, vertigens, acúfenos, taquicárdia, rubor, sedação e sede. A sobredosagem aguda grave pode ser acompanhada de febre, agitação, desorientação, convulsões, coma, insuficiência respiratória aguda, hipoglicémia e hemorragias. Dado o desequilíbrio ácido-base e hidro-electrolítico que geralmente acompanha a intoxicação aguda pelos salicilatos, é importante efectuar pHmetria e gasimetria arterial e ionograma, para avaliação do doente.

Consoante o estadio e a gravidade da situação clínica, sugere-se lavagem gástrica ou provocar o vómito, seguida da administração oral de líquidos. Se o doente não conseguir reter os líquidos administrados por via oral, sugere-se a administração endovenosa de soro fisiológico ou bicarbonato de sódio (aumenta a excreção renal de salicilatos), de acordo com o ionograma e o pH apresentados. Nas situações mais graves deve-se ponderar fazer diálise.

O doente deve ficar em observação até desaparecerem os sintomas/sinais de intoxicação.

Na sobredosagem fatal, a morte ocorre em regra por insuficiência respiratória.

A sobredosagem crónica (salicilismo) traduz-se essencialmente por perturbações do sistema nervoso, com predomínio central.

5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS DO ASP
5.1 Propriedades farmacodinâmicas

Grupo Farmacoterapêutico: 2.10 – Sistema Nervoso Central. Analgésicos e antipiréticos.
4.3.1.4 – Sangue. Anticoagulantes e antitrombóticos. Anticoagulantes. Antiagregantes plaquetários.

Código ATC: B01AC06

O ácido acetilsalicílico é um anti-inflamatório não esteróide (AINE), que inibe de forma não selectiva a cicloxigenase (COX), por acetilação irreversível de uma serina. Assim, na estrutura da COX-1 acetila a serina na posição 530 e na estrutura da COX-2 acetila a serina homóloga na posição 516. Distingue-se dos outros AINES, que actuam de forma reversível através da inibição competitiva da actividade da cicloxigenase. Exerce o seu efeito interferindo com a biossíntese dos prostanóides cíclicos, ou seja, do tromboxano A2, da prostaciclina e de outras prostaglandinas.

Nas baixas doses utilizadas como inibidor da agregação plaquetária, o ácido acetilsalicílico é 170 vezes mais potente a inibir a COX-1 do que a inibir a COX-2.
Em presença de ácido acetilsalicílico a COX-1 é completamente inactivada, enquanto que a COX-2 converte o ácido araquidónico não em PGH2, precursora dos prostanóides cíclicos acima referidos, mas em ácido 15-R-hidroxieicosatetraenoico (15-R-HETE). O resultado final é que nem a COX-1 nem a COX-2 conseguem converter o ácido araquidónico em PGH2. Interessante é o facto da metabolização celular do 15-R-HETE poder produzir 15-epilipoxina A4, que possui potentes propriedades anti-inflamatórias, que potenciam o efeito anti-inflamatório do ácido acetilsalicílico.

A produção plaquetária de TXA2 em resposta a vários estímulos (incluindo o colagénio, a trombina e o ADP) resulta na amplificação da resposta de agregação plaquetária e em vasoconstrição. Inversamente, a produção de prostaciclina pelas células endoteliais resulta na inibição da agregação plaquetária e induz vasodilatação. A inibição do TXA2 e do PGI2 induzida pelo ácido acetilsalicílico tem, portanto, efeitos opostos na hemostase. Contudo, os efeitos protrombóticos potenciais da inibição da PGI2 não são clinicamente relevantes, sendo predominantes os efeitos antitrombóticos causados pela inibição do TXA2. Tal facto deve-se, pelo menos em parte, à capacidade das células endoteliais regenerarem nova ciclo-oxigenase, recuperando assim a sua função normal, enquanto que a inibição da ciclo-oxigenase nas plaquetas é irreversível, devido à síntese proteica muito limitada nestas células anucleadas. Uma dose única do ácido acetilsalicílico inibe a ciclo-oxigenase plaquetária durante a vida útil da plaqueta (8 a 11 dias). A duração dos efeitos do ácido acetilsalicílico depende, da taxa de renovação das ciclo-oxigenases nos diferentes tecidos alvo.

Para além dos efeitos anti-trombóticos, outros mecanismos podem contribuir para os benefícios do ácido acetilsalicílico no tratamento de doenças cardiovasculares. Com efeito, o ácido acetilsalicílico pode diminuir a progressão da aterosclerose protegendo as partículas LDL de modificação oxidativa e atenuar a disfunção endotelial nos vasos ateroscleróticos. Estes efeitos foram atribuídos às propriedades antioxidantes do ácido acetilsalicílico.

Os dados experimentais sugerem que o ibuprofeno pode inibir o efeito de doses baixas de ácido acetilsalicílico ao nível da agregação plaquetária quando estes medicamentos são administrados concomitantemente. Num estudo, quando foram administrados 400 mg de ibuprofeno em dose única 8 horas antes ou 30 minutos após a administração de 81 mg de ácido acetilsalicílico de libertação imediata, verificou-se a diminuição do efeito do ácido acetilsalicílico na formação de tromboxano ou na agregação plaquetária. No entanto devido às limitações destes dados e ao grau de incerteza inerente à extrapolação de dados ex vivo para situações clínicas não é possível retirar conclusões definitivas relativamente à administração habitual de ibuprofeno. Não é provável que se verifiquem efeitos clinicamente relevantes na acção cardioprotectora do AAS decorrentes da administração ocasional de ibuprofeno

5.2 Propriedades farmacocinéticas

O ácido acetilsalicílico, a substância activa de ASP 100, após administração oral é rapidamente absorvido; uma pequena parte no estômago e a maioria na porção inicial do intestino delgado. Em menos de 30 minutos já se detectam concentrações apreciáveis no soro. Após uma dose única oral, o pico plasmático é atingido em 0,3 a 2 horas.

A taxa de absorção é influenciada por vários factores, em especial pela taxa de desagregação e de dissolução do comprimido, assim como pelo pH, pela superfície da mucosa e pelo tempo de esvaziamento gástrico.
A absorção dos salicilatos faz-se principalmente por difusão passiva através da mucosa gastrointestinal. Os alimentos atrasam a absorção dos salicilatos.

Após ser absorvido, distribui-se pela maioria dos tecidos e pelo fluido intersticial, como consequência de um processo passivo, pH dependente.

Atravessa a placenta e através de transporte activo ultrapassa o plexus coroideu.

O volume de distribuição das doses habituais do ácido acetilsalicílico nos indivíduos normais é de cerca de 170 ml/kg de peso. Em doses elevadas, este volume aumenta até cerca de 500 ml/kg, devido à saturação dos locais de ligação nas proteínas plasmáticas.

A maior parte do ácido acetilsalicílico é absorvido como tal. No entanto, uma pequena parte passa para a circulação sob a forma de ácido salicílico, devido à hidrólise provocada pelas esterases existentes na mucosa gastrointestinal e no fígado.

O ácido acetilsalicílico só é detectada no plasma durante um curto período de tempo, em virtude de ser hidrolisado no plasma, no fígado e nos eritrócitos. Assim, 30 minutos após uma dose oral de 0,65 g, somente 27% do salicilato plasmático está acetilado. Consequentemente, as concentrações plasmáticas do ácido acetilsalicílico são sempre baixas e raramente excedem 20 (ig/ml nas doses terapêuticas habituais.

Cerca de 80 a 90% circula ligadas às proteínas plasmáticas, especialmente à albumina, aumentando a fracção livre à medida que as concentrações no plasma aumentam.

Os salicilatos competem com vários compostos que circulam ligados às proteínas plasmáticas, designadamente a tiroxina, a triiodotironina, a penicilina, a fenítoina, o ácido úrico a bilirrubina e outros AINEs. Nestas situações o ácido acetilsalicílico circula ligada às proteínas plasmáticas em menor percentagem mas, em virtude de acetilar a albumina humana in vivo, pode modificar a ligação desses fármacos à albumina. As hormonas, o DNA a hemoglobina e outras proteínas são também acetiladas.

A biotransformação dos salicilatos faz-se em muitos tecidos, particularmente no retículo endoplasmático e nas mitocôndrias dos hepatócitos. Os principais metabolitos são o ácido salicilúrico, que é o conjugado de glicina do ácido salicílico, o salicilfenol-glucoronido e o salicilacetil-glucoronido, que são os glucoronidos éter e ester do ácido salicílico. Para alem disso, uma pequena fracção é oxidada em ácido gentísico e no seu conjugado de glicina (ácido gentisúrico).

Os salicilatos são excretados na urina sob a forma de ácido salicílico livre (10%), ácido salicilúrico (75%), ácido fenolsalicílico (10%), acil-glucoronidos (5%) e ácido gentísico (<1%). Contudo, a excreção de salicilatos livres é extremamente variável e depende da dose administrada e do pH urinário. Com efeito, numa urina alcalina, mais de 30% da droga ingerida é eliminada como salicilato livre, enquanto que numa urina ácida, a percentagem de salicilato livre é inferior a 2%.

O ácido acetilsalicílico é um dos AINEs em que a determinação dos níveis plasmáticos é extremamente útil para a monitorização da terapêutica e da toxicidade.
A concentração plasmática dos salicilatos está aumentada nas situações que diminuem a taxa de filtração glomerular ou reduzem a sua secreção no túbulo contornado proximal, tais como algumas doenças renais ou a presença de inibidores que competem com o sistema de transporte, como por exemplo o probenecide.

As alterações do pH urinário também têm um efeito significativo na excreção dos salicilatos. Na realidade, a depuração dos salicilatos é cerca de 4 vezes superior com um pH de 8 comparativamente com um pH de 6. Taxas elevadas de fluxo urinário diminuem a reabsorção tubular.

5.3 Dados de segurança pré-clínica

O ácido acetilsalicílico e o seu metabolito exercem um efeito irritante local sobre as membranas mucosas, o que contribui para a sua toxicidade gastrointestinal. A administração crónica de doses elevadas (120 – 500 mg/kg) provocou no rato necrose papilar renal.

Uma intoxicação com ácido acetilsalícilico pode provocar alterações a nível do SNC como confusão, desorientação e demência, problemas pulmonares como dispneia e edema pulmonar, insuficiência renal e alterações no equilíbrio ácido-base; doses de 500 mg/kg podem ser fatais. A morte por intoxicação com salicilatos sobrevém em geral por insuficiência respiratória.

O ácido acetilsalícilico foi devidamente testado no que respeita à mutagenicidade e carcinogenicidade, não se tendo observado evidências relevantes de potencial mutagénico ou carcinogénico.

Em algumas espécies animais, o ácido acetilsalicílico exerce efeitos negativos sobre o sistema reprodutor e toxicidade fetal: está associado a uma redução da espermatogénese, da implantação de embriões e a um aumento da incidência de anomalias congénitas. Observou-se também nas crias após exposição pré-natal, alterações na capacidade de aprendizagem.

6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS DO ASP
6.1 Lista dos excipientes

Celulose microcristalina e manitol.

6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.

6.3 Prazo de validade
2 anos.

6.4 Precauções especiais de conservação
Conservar a temperatura inferior a 25°C.

6.5 Natureza e conteúdo do recipiente

Embalagens contendo 10, 20 e 60 comprimidos doseados a 100 mg, em blister de PVC/PVDC-Alumínio.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.

6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Não existem requisitos especiais.

7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

LABORATÓRIO MEDINFAR – PRODUTOS FARMACÊUTICOS, S. A.
Rua Manuel Ribeiro de Pavia, 1 – 1°; Venda Nova
2700-547 Amadora

8. NÚMERO (S) DE AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

N° de registo: 5035092 – 10 comprimidos, 100 mg, blisters de PVC/PVDC-Alumínio.
N° de registo: 9855007 – 20 comprimidos, 100 mg, blisters de PVC/PVDC-Alumínio.
N° de registo: 9855015 – 60 comprimidos, 100 mg, blisters de PVC/PVDC-Alumínio.

9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Data de primeira autorização: 6 de Julho de 1989 Data da última renovação: 6 de Julho de 2004

10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO
16-04-2009

Categorias
Benzocaína Cloreto de dequalínio

CARACTERÍSTICAS DO DEK bula do medicamento

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
DEK

1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO DEK
Dek 5 mg / 0,25 mg Pastilhas

2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA DO DEK

Cada pastilha contém 5 mg de Benzocaína e 0,25 mg de Cloreto de dequalíneo como
substâncias activas.

Contém os excipiente(s): Manitol (E421): 378 mg
Tartrazina (E102): 0,2024 mg
Amarante (E123): 0,068 mg Cloreto de sódio: 0,3496 mg Sacarose: 450 mg

Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.

3. FORMA FARMACÊUTICA DO DEK
Pastilha.
Cor alaranjada, cheiro a limão, sabor doce.

4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS DO DEK
4.1 Indicações terapêuticas

Infecções da cavidade bucofaríngea, em particular dores de garganta.

4.2 Posologia e modo de administração

Dissolver lentamente na boca, 1 ou 2 pastilhas de Dek, a intervalos de 2 ou 3 horas. À medida que a infecção for debelada, pode diminuir-se a frequência do tratamento com o medicamento.

4.3 Contra-indicações

Hipersensibilidade à(s) substância(s) activa(s) ou a qualquer um dos excipientes.

4.4 Advertências e precauções especiais de utilização

Se se der o caso, aliás raro, de surgir dificuldade em deglutir, ou se a mesma se agravar, durante o tratamento com Dek, o tratamento deve ser suspenso.
No caso de o medicamento ser tomado sem conhecimento médico, o doente deve consultar o seu médico se, ao fim de 5 dias de terapêutica com o fármaco, os sintomas ainda persistirem, ou/e se surgir febre.
Este medicamento contém 0,138 mg de sódio por dose. Esta informação deve ser tida em consideração em doentes com ingestão controlada de sódio.

Este medicamento contém Tartrazina (E102) e Amarante (E123) os quais podem causar reacções alérgicas.

Este medicamento contém sacarose. Doentes com problemas hereditários raros de intolerância à frutose, malabsorção de glucose-galactose ou insuficiência de sacarase-isomaltase não devem tomar este medicamento.

4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção

O dequalíneo é antagonizado pelos sais sódicos dos ácidos gordos mas não pelos detergentes e sabões líquidos comerciais.
É antagonizado pelo agar e a sua acção diminui ligeiramente pela presença de saliva humana.

4.6 Gravidez e aleitamento

Não se encontram referidos nenhuns efeitos teratogénicos, nem a experiência terapêutica de muitos anos mostrou qualquer evidência de feitos nocivos quer no desenvolvimento do embrião e/ou do feto.
No entanto, durante os primeiros três meses de gravidez, o Dek só deve ser utilizado por razões de força maior.

4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Os efeitos de Dek sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas são nulos.

4.8 Efeitos indesejáveis
Apenas em casos muito raros foram referidas reacções locais de hipersensibilidade, sob a forma de mucosas avermelhadas e edema da mucosa da faringe com dificuldades de deglutição.

4.9 Sobredosagem

Não foram observados casos de sobredosagem.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS DO DEK

5.1 Propriedades farmacodinâmicas

Grupo farmacoterapêutico: 6.1.1 Aparelho Digestivo. Medicamentos que actuam na boca e orofaringe. De aplicação tópica.

Código ATC: R02AA02

Dek tem um efeito antisséptico contra a maior parte das bactérias e fungos causadores de infecções na boca e na garganta. Os microorganismos Gram-positivos mostraram ser mais sensíveis à acção do produto do que os Gram-negativos.

5.2 Propriedades farmacocinéticas

Existem poucos dados sobre a cinética dos compostos de amónio quaternário como o dequalíneo. As baixas concentrações de substância activa que se encontram nos fluidos corporais, não podem ser medidas com os métodos analíticos habituais. Os dados disponíveis sugerem que a absorção sistémica do cloreto de dequalíneo apenas ocorre numa escala mínima.

5.3 Dados de segurança pré-clínica

Os dados dados existentes não revelam riscos especiais para o ser humano.

6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS DO DEK

6.1 Lista dos excipientes

D-manitol (E421), Sacarose Goma arábica, Acacia,
Aerosil 200 V,
Óleo essencial de limão, Mentol,
Sacarina sódica, Tartrazina (E102) Cloreto de sódio Amarante (E123) Talco
Estearato de magnésio.

6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.

6.3 Prazo de validade
3 anos.

6.4 Precauções especiais de conservação
Não conservar acima de 25°C.

6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Blister PVC/PVDC. Embalagem com 20 Pastilhas.

6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento

Os produtos não utilizados ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais.

7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Materfarma Produtos Farmacêuticos, S.A. Edifício Botânico
Rua do Campo Alegre, 1306 – 3°, sala 310
4150-174 Porto
Tel: 22 607 93 30
Fax: 22 607 93 31
e-mail: info@materfarma.pt

8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Registo n.° 5853080 – 20 Pastilhas, 5 mg / 0,25 mg, (2 x 10) Blister PVC/PVDC

9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Data da Autorização de Introdução no Mercado: 09 de Dezembro de 1968 Data da Revisão da Autorização de Introdução no Mercado: 28 de Maio de 2007

10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO
28-05-2007

Categorias
Ibuprofeno

CARACTERÍSTICAS DO BRUFEN Granulado Efervescente bula do medicamento

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

BRUFEN

1. NOME DO MEDICAMENTO BRUFEN
Brufen 200 mg granulado efervescente

2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA DO BRUFEN

Cada saqueta contém 200 mg de ibuprofeno, como substância activa.

Excipiente(s): Sacarose – 1111,1 mg
Sódio – 66.3 mg (sob a forma de croscarmelose sódica, sacarina sódica, bicarbonato de sódio, carbonato de sódio e laurilsulfato de sódio).

Lista completa de excipientes, ver secção 6.1

3. FORMA FARMACÊUTICA DO BRUFEN
Granulado efervescente.
Pequenos grânulos brancos totalmente solúveis em água com formação de efervescência e com aroma de laranja.

4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS DO BRUFEN
4.1 Indicações terapêuticas

Brufen está indicado:
-nas dores musculares ligeiras a moderadas, contusões, dores pós-traumáticas, dores reumatismais ligeiras moderadas (osteartrose/osteoartrite), dores articulares ligeiras a moderadas, inflamação moderada de origem músculo-esquelética nomeadamente pós-traumática ou de origem reumática; -Dismenorreia primária; -Odontalgias;
-Cefaleias ligeiras a moderadas;
-Sintomatologia associada a estados gripais e constipações; -Febre (inferior a três dias).

4.2 Posologia e modo de administração

-A dose habitual no adulto e crianças acima de 12 anos de idade deve ser de 200 mg de 8 em 8 horas podendo em caso de necessidade ser de 2 saquetas em cada toma não devendo ultrapassar 6 saquetas por dia repartidas em 3 ou 4 tomas diárias.
-A administração em crianças com idade inferior a 12 anos deve ser feita mediante prescrição médica.
O intervalo entre as doses depende da evolução dos sintomas, mas nunca será inferior a 4 horas. Não deve ser usado em crianças com idade inferior a 6 meses.
Idoso
No idoso não há necessidade de alterar a dose, a não ser que haja insuficiência renal ou hepática graves.

Insuficiência renal
Devem ser tomadas precauções quando se administra um AINE a doentes com insuficiência renal.
Em doentes com disfunção renal leve a moderada a dose inicial deve ser reduzida.
Não se deve administrar ibuprofeno a doentes com insuficiência renal grave (ver secção 4.3).

Os efeitos indesejáveis podem ser minimizados utilizando a menor dose eficaz durante o menor período de tempo necessário para controlar os sintomas (ver secção 4.4).

Via oral.
Deve-se esvaziar totalmente o conteúdo de uma saqueta num copo de água, agitar e ingerir imediatamente.

4.3 Contra-indicações

-Hipersensibilidade ao ibuprofeno ou a qualquer um dos excipientes.
-Doentes com antecedentes de asma, rinite, urticária, edema angioneurótico ou broncospasmo associados ao uso de ácido acetilsalicílico ou outros fármacos anti-inflamatórios não esteróides -Doentes com alterações da coagulação.
-Doentes com insuficiência renal grave em caso de doses elevadas de ibuprofeno (> 1600mg/dia) -Terceiro trimestre de gravidez.
-História de hemorragia gastrointestinal ou perfuração, relacionada com terapêutica anterior com AINE.
-Insuficiência cardíaca grave.
-Ibuprofeno não deve ser utilizado em doentes com doença activa, ou história de, colite ulcerosa, doença de Crohn, úlcera péptica ou hemorragia gastrointestinal recorrente (definida como dois ou mais episódios distintos de ulceração ou hemorragia comprovadas).

4.4 Advertências e precauções especiais de utilização

Os efeitos indesejáveis podem ser minimizados utilizando a menor dose eficaz durante o menor período de tempo necessário para controlar os sintomas (ver secção 4.2. e informação sobre os riscos GI e cardiovasculares em seguida mencionada).

Efeitos cardiovasculares e cerebrovasculares:
Têm sido notificados casos de retenção de líquidos e edema associados ao tratamento com AINE, pelo que os doentes com história de hipertensão arterial e/ou insuficiência cardíaca congestiva ligeira a moderada deverão ser adequadamente monitorizados e aconselhados.

Os dados dos ensaios clínicos e epidemiológicos sugerem que a administração de ibuprofeno, em particular de doses elevadas (2400 mg diárias) e durante longos períodos de tempo poderá estar associada a um pequeno aumento do risco de eventos trombóticos arteriais (por exemplo enfarte do
miocárdico ou AVC). Em geral, os estudos epidemiológicos não sugerem que as doses baixas de ibuprofeno (ex: 1200 mg diários) estejam associadas a um maior risco de enfarte do miocárdio.

Os doentes com hipertensão arterial não controlada, insuficiência cardíaca congestiva, doença isquémica cardíaca estabelecida, doença arterial periférica, e/ou doença cerebrovascular apenas devem ser tratados com ibuprofeno após cuidadosa avaliação. As mesmas precauções deverão ser tomadas antes de iniciar o tratamento de longa duração de doentes com factores de risco cardiovascular (ex: hipertensão arterial, hiperlipidemia, diabetes mellitus e hábitos tabágicos).

A administração concomitante de Brufen com outros AINE, incluindo inibidores selectivos da cicloxigenase-2, deve ser evitada, devido ao potencial efeito aditivo.

Devem ser tomadas precauções especiais em doentes asmáticos ou com história prévia de asma brônquica, uma vez que ibuprofeno pode desencadear um quadro de broncoespasmo nesses doentes.

Devem ser tomadas precauções em doentes com insuficiência renal, hepática ou cardíaca com predisposição para retenção hidrossalina, dado que o uso de AINE pode deteriorar a função renal. Nestes doentes a dose deve ser tão baixa quanto possível e a função renal deve ser monitorizada.

Como todos os AINE, ibuprofeno pode mascarar sinais de infecção.

No início de tratamento, ibuprofeno, tal como outros AINE, deve ser administrado com precaução em doentes com considerável desidratação.

Tal como com outros AINE, a administração prolongada de ibuprofeno tem resultado em necrose papilar renal e noutras alterações renais patológicas. Também têm sido observados casos de toxicidade renal em doentes nos quais as prostaglandinas têm uma função compensatória na manutenção da perfusão renal. Nestes doentes, a administração de AINE poderá causar um decréscimo na formação de prostaglandinas dependente da dose e, secundariamente, no fluxo sanguíneo renal, o qual pode precipitar uma descompensação renal evidente. Os doentes em maior risco para esta reacção são aqueles que apresentam disfunção renal, insuficiência cardíaca, disfunção hepática, os que tomam diuréticos e inibidores da ECA e os doentes idosos. A descontinuação da terapêutica com AINE é geralmente seguida de uma recuperação para o estado pré-tratamento.

Em raras ocasiões, observou-se a ocorrência de meningite asséptica em doentes em terapêutica com ibuprofeno. Embora, seja mais provável a ocorrência em doentes com lúpus eritematoso sistémico e doenças relacionadas com o tecido conjuntivo, têm sido reportados casos de meningite asséptica em doentes sem doença crónica subjacente.

A função hepática deve ser cuidadosamente monitorizada em doentes tratados com ibuprofeno que refiram sintomas compatíveis com lesão hepática (anorexia, náuseas, vómitos, icterícia) e/ou desenvolvam alterações da função hepática (transaminases, bilirrubina, fosfatase alcalina, gama-GT). Perante a presença de valores de transaminases, bilirrubina conjugada ou fosfatase alcalina superiores a 2 vezes o valor superior do normal, o medicamento deverá ser suspenso de imediato e deve ser iniciada investigação para esclarecimento da situação. A reexposição ao ibuprofeno deve ser evitada.
Ibuprofeno, tal como outros AINE, pode inibir a agregação plaquetária e prolongar o tempo de hemorragia em doentes normais.
Tal como com outros medicamentos contendo AINE, a administração concomitante de ibuprofeno com ácido acetilsalicílico não é recomendada devido a um potencial aumento de efeitos adversos. Deve consultar o médico caso a dismenorreia se acompanhe de qualquer outra alteração não habitual.
Doentes que refiram alterações da visão durante o tratamento com ibuprofeno, deverão suspender a terapêutica e ser submetidos a exame oftalmológico.

Têm sido muito raramente notificadas reacções cutâneas graves, algumas das quais fatais, incluindo dermatite esfoliativa, sindroma de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica, associadas à administração de AINE, (ver secção 4.8.). Aparentemente o risco de ocorrência destas reacções é maior no início do tratamento, sendo que na maioria dos casos estas reacções se manifestam durante o primeiro mês de tratamento. Brufen deve ser interrompido aos primeiros sinais de rash, lesões mucosas, ou outras manifestações de hipersensibilidade.

Idosos: Os idosos apresentam uma maior frequência de reacções adversas com AINE, especialmente de hemorragias gastrointestinais e de perfurações que podem ser fatais (ver secção
4.2.).

Hemorragia, ulceração e perfuração gastrointestinal: têm sido notificados com todos os AINE casos de hemorragia, ulceração e perfuração gastrointestinal potencialmente fatais, em várias fases do tratamento, associados ou não a sintomas de alerta ou história de eventos gastrointestinais graves. O risco de hemorragia, ulceração ou perfuração é maior com doses mais elevadas de AINE, em doentes com história de úlcera péptica, especialmente se associada a hemorragia ou perfuração (ver secção 4.3) e em doentes idosos. Nestas situações os doentes devem ser instruídos no sentido de informar o seu médico assistente sobre a ocorrência de sintomas abdominais e de hemorragia digestiva, sobretudo nas fases iniciais do tratamento.
Nestes doentes o tratamento deve ser iniciado com a menor dose eficaz. A co-administração de agentes protectores (ex. misoprostol ou inibidores da bomba de protões) deverá ser considerada nestes doentes, assim como naqueles que necessitem de tomar simultaneamente ácido acetilsalicílico em doses baixas, ou outros medicamentos susceptíveis de aumentar o risco de úlcera ou hemorragia, tais como corticosteróides, anticoagulantes (como a varfarina), inibidores selectivos da recaptação da serotonina ou antiagregantes plaquetários tais como o ácido acetilsalicílico (ver secção 4.5.).
Em caso de hemorragia gastrointestinal ou ulceração em doentes a tomar Brufen o tratamento deve ser interrompido.
Os AINE devem ser administrados com precaução em doentes com história de doença inflamatória do intestino (colite ulcerosa, doença de Crohn), na medida em que estas situações podem ser exacerbadas. (ver secção 4.8).

Cada saqueta de Brufen contém 1111,1 mg de sacarose, o que deve ser tomado em consideração nos doentes diabéticos. Doentes com problemas hereditários raros de intolerância à frutose, malabsorção de glucose-galactose ou insuficiência de sacarase-isomaltase não devem tomar este medicamento.

A administração de Brufen pode diminuir a fertilidade feminina não sendo pois recomendado em mulheres que planeiam engravidar. Em mulheres que tenham dificuldade em engravidar ou nas quais a possibilidade de infertilidade está a ser averiguada deverá ser considerada a interrupção de Brufen.
Brufen não deve ser usado para medicação da dor por mais de 10 dias excepto se prescrito pelo médico, pois uma dor intensa e prolongada pode indicar uma doença que requer avaliação e tratamento médico.

Brufen não deve ser utilizado no tratamento da febre alta (superior a 39.5 °C), febre superior a 3 dias ou febre recorrente, excepto se prescrito pelo médico, pois estas situações podem ser indicativas de doença grave requerendo avaliação e tratamento médico.

Este medicamento contém 2,88 mmol de sódio por saqueta. Esta informação deve ser tida em consideração em doentes com ingestão controlada de sódio

4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção

Lítio: Os AINE podem diminuir a depuração renal do lítio com resultante aumento dos níveis plasmáticos e toxicidade. Caso se prescreva ibuprofeno a um doente a fazer terapêutica com lítio, deve ser feita uma monitorização apertada dos níveis de lítio.

Metotrexato: A administração concomitante de ibuprofeno e metotrexato pode aumentar o nível plasmático desde o último e, consequentemente, os seus efeitos tóxicos.

Glicósidos cardíacos: AINE podem exacerbar uma insuficiência cardíaca, reduzir a taxa de filtração glomerular e aumentar os níveis plasmáticos de glicósidos cardíacos.

Ciclosporina: A administração de AINE e ciclosporina apresenta um risco aumentado de nefrotoxicidade.

Diuréticos, Inibidores da Enzima de Conversão da Angiotensina (IECA) e Antagonistas da Angiotensina II (AAII): Os anti-inflamatórios não esteróides podem diminuir a eficácia dos diuréticos assim como de outros medicamentos anti-hipertensores. Nalguns doentes com função renal diminuída (doentes desidratados ou idosos com comprometimento da função renal) a co-administração de um IECA ou de um antagonista da angiotensina II (AAII) e agentes inibidores da cicloxigenase pode ter como consequência a progressão da deterioração da função renal, incluindo a possibilidade de insuficiência renal aguda, que é normalmente reversível. A ocorrência destas interacções deverá ser tida em consideração em doentes a tomar ibuprofeno em associação com IECA ou AAII. Consequentemente, esta associação medicamentosa deve ser administrada com precaução, sobretudo em doentes idosos. Os doentes devem ser adequadamente hidratados e deve ser analisada a necessidade de monitorizar a função renal após o início da terapêutica concomitante, e periodicamente desde então.

Inibidores selectivos da cicloxigenase-2: A administração concomitante de Brufen com outros AINE, incluindo inibidores selectivos da cicloxigenase-2, deve ser evitada, devido ao potencial efeito aditivo (ver secção 4.4).

Corticosteróides: aumento do risco de ulceração ou hemorragia gastrointestinal (ver secção 4.4.).

Anticoagulantes: os AINE podem aumentar os efeitos dos anticoagulantes, tais como a varfarina (ver secção 4.4.).
Agentes antiagregantes plaquetários e inibidores selectivos da recaptação da serotonina: aumento do risco de hemorragia gastrointestinal (ver secção 4.4).

Ácido acetilsalicílico: Os dados experimentais sugerem que o ibuprofeno pode inibir o efeito antiagregante plaquetário do ácido acetilsalicílico (AAS) de baixa dosagem quando estes medicamentos são administrados concomitantemente. No entanto, devido às limitações destes dados e às incertezas inerentes à extrapolação dos dados ex vivo para situações clínicas não é possível concluir de forma definitiva sobre as consequências da administração habitual de ibuprofeno no efeito do AAS. Não é provável que se verifiquem efeitos clinicamente relevantes na acção cardioprotectora do AAS decorrentes da administração ocasional de ibuprofeno (ver secção 5.1.).

Aminoglicosídeos: Os AINE podem diminuir a eliminação dos aminoglicósideos.

Ginkgo Biloba: pode potenciar o risco de hemorragia.
Mifepristona: Não se deve tomar um AINE durante 8-12 dias após a administração de mifepristona, uma vez que os AINE podem reduzir os efeitos da mifepristona.

Antibióticos da classe das quinolonas: Dados em animais indicam que os AINE, em associação com antibióticos da classe das quinolonas, podem aumentar o risco de convulsões. Os doentes a tomar AINE e quinolonas podem apresentar um risco aumentado de desenvolver convulsões.

Tacrolímus: Possível risco aumentado de nefrotoxicidade quando um AINE é administrado com tacrolímus.

Zidovudina: Risco aumentado de toxicidade hematológica quando um AINE é administrado com zidovudina. Há evidência de risco aumentado de hemartroses e hematoma em doentes hemofílicos com HIV (+) recebendo tratamento concomitante com zidovudina e outros AINE.

4.6 Gravidez e aleitamento

Gravidez

A inibição da síntese das prostaglandinas pode afectar negativamente a gravidez e/ou o desenvolvimento embrio-fetal. Os dados dos estudos epidemiológicos sugerem um aumento do risco de aborto espontâneo, de malformações cardíacas e de gastroschisis na sequência da utilização de um inibidor da síntese das prostaglandinas no início da gravidez. O risco absoluto de malformações cardiovasculares aumentou de valores inferiores a 1% para aproximadamente 1,5%. Presume-se que o risco aumenta com a dose e duração do tratamento.

Nos animais, demonstrou-se que a administração de inibidores da síntese das prostaglandinas tem como consequência o aumento de abortamentos peri e post-implantatórios e da mortalidade embrio-fetal. Adicionalmente, registou-se maior incidência de várias malformações, incluindo malformações cardiovasculares em animais expostos a inibidores da síntese das prostaglandinas durante o período organogenético.

Durante o 1° e 2° trimestre de gravidez, Brufen não deverá ser administrado a não ser que seja estritamente necessário. Se Brufen for usado por mulheres que estejam a tentar engravidar, ou durante o 1° e 2° trimestre de gravidez, a dose administrada deverá ser a menor e durante o mais curto espaço de tempo possível.

Durante o 3° trimestre de gravidez, todos os inibidores da síntese das prostaglandinas podem expor o feto a:
-Toxicidade cardiopulmonar (com fecho prematuro do ductus arteriosus (canal de Botal) e hipertensão pulmonar).
-Disfunção renal, que pode progredir para insuficiência renal com oligohidrâmnios.

Na fase final da gravidez a mãe e o recém-nascido podem estar expostos a:
-Possível prolongamento do tempo de hemorragia, um efeito antiagregante que pode verificar-se mesmo com doses muito baixas.
-Inibição das contracções uterinas com consequente atraso ou prolongamento do trabalho de parto.

Assim, a administração de Brufen está contra-indicada durante o terceiro trimestre de gravidez.

Devido à ausência de estudos clínicos, não se recomenda a utilização de Brufen em mulheres a amamentar.

4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas

Devido à possibilidade de ocorrência de efeitos secundários, como vertigens e confusão após administração de ibuprofeno, pode estar condicionada a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. Em tratamentos únicos ou de curta duração, ibuprofeno não interfere, em geral, com a condução de veículos nem com o uso de máquinas.

4.8 Efeitos indesejáveis

Os efeitos indesejáveis observados durante a fase pós-comercialização de Brufen, foram notificados espontânea e voluntariamente por uma população da qual se desconhece a taxa de exposição. Assim, não é possível estimar a incidência real destas reacções adversas ou estabelecer uma relação causal com a exposição ao ibuprofeno. Os efeitos indesejáveis notificados com ibuprofeno entre 1 de Fevereiro de 1995 e 20 de Agosto de 2003.

Efeitos secundários observados com AINE:

Gastrointestinais: Os eventos adversos mais frequentemente observados são de natureza gastrointestinal. Podem ocorrer, em particular nos idosos, úlceras pépticas, perfuração ou hemorragia gastrointestinal potencialmente fatais (ver secção 4.4.). Náuseas, dispepsia, vómitos, hematémese, flatulência, dor abdominal, diarreia, obstipação, melenas, estomatite aftosa, exacerbação de colite ou doença de Crohn (ver secção 4.4.) têm sido notificados na sequência da administração destes medicamentos. Menos frequentemente têm vindo a ser observados casos de gastrite.

Edema, hipertensão arterial, e insuficiência cardíaca, têm sido notificados em associação ao tratamento com AINE.

Os dados dos ensaios clínicos e epidemiológicos sugerem que a administração de ibuprofeno, particularmente em doses elevadas (2400 mg diários) e em tratamento de longa duração poderá estar associada a um pequeno aumento do risco de eventos trombóticos arteriais (por exemplo enfarte do miocárdio ou AVC) (ver secção 4.4.).

Reacções bolhosas incluindo sindroma de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica (muito raro).

4.9 Sobredosagem

Os sintomas de intoxicação aguda com ibuprofeno são, em larga medida, os correspondentes à exacerbação dos efeitos indesejáveis e incluem náuseas, vómitos, tonturas, convulsões, perda de conhecimento e depressão do SNC e sistema respiratório.

Em caso de sobredosagem deve preceder-se às medidas gerais comuns a outras intoxicações, tais como lavagem gástrica e administração de carvão activado (se a ingestão de ibuprofeno tiver ocorrido nos últimos 30 a 60 minutos) e correcção dos electrólitos, se necessário. Não existe antídoto específico para o ibuprofeno.

5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS DO BRUFEN

5.1 Propriedades farmacodinâmicas

Grupo farmacoterapêutico 9.1.3 – Aparelho locomotor. Anti-Inflamatórios Não Esteróides. Derivados do ácido propiónico.

Código ATC: M01AE01

O ibuprofeno é um fármaco anti-inflamatório não esteróide (AINE) com acção analgésica e antipirética, actuando presumivelmente por inibição da síntese das prostaglandinas. O ibuprofeno parece ter igualmente um efeito inibidor irreversível sobre a agregação plaquetária.

Algumas propriedades bioquímicas do ibuprofeno, nomeadamente, a inibição da síntese de histamina e libertação de serotonina, a inibição dos efeitos da bradicinina e a inibição do aumento da permeabilidade capilar, poderiam contribuir também para os seus efeitos clínicos.

Os dados experimentais sugerem que o ibuprofeno pode inibir o efeito de doses baixas de ácido acetilsalicílico ao nível da agregação plaquetária quando estes medicamentos são administrados concomitantemente. Num estudo, quando foram administrados 400 mg de ibuprofeno em dose única 8 horas antes ou 30 minutos após administração de 81 mg de ácido acetilsalicílico de libertação imediata, verificou-se a diminuição do efeito do ácido acetilsalicílico na formação de tromboxano ou na agregação plaquetária. No entanto devido às limitações destes dados e ao grau de incerteza inerente à extrapolação de dados ex vivo para situações clínicas não é possível retirar conclusões definitivas relativamente à administração habitual de ibuprofeno. Não é provável que se verifiquem efeitos clinicamente relevantes na acção cardioprotectora do AAS decorrentes da administração ocasional de ibuprofeno.

5.2 Propriedades farmacocinéticas

Aproximadamente 80% da dose de ibuprofeno administrada por via oral é absorvida no tracto gastrointestinal. A concentração plasmática máxima é alcançada cerca de 1 a 2 horas após a administração de ibuprofeno. A ingestão concomitante com alimentos ou com antiácidos não altera significativamente a absorção.
A percentagem de ligação às proteínas plasmáticas é cerca de 90 a 99%.
O fármaco é rapidamente metabolizado a nível hepático e eliminado pela urina, sendo a semi-vida plasmática de cerca de 2-4 horas.
A farmacocinética do ibuprofeno na criança não parece diferir da do adulto. 5.3 Dados de segurança pré-clínica
A toxicidade do ibuprofeno em experiências em animais foi observada sob a forma de lesões e ulcerações do tracto gastrointestinal. Experiências in vitro e in vivo não revelaram qualquer potencial mutagénico do ibuprofeno. Estudos de carcinogenicidade no rato e no ratinho não revelaram qualquer actividade carcinogénica. Estudos experimentais demonstraram que o ibuprofeno atravessa a placenta não existindo, contudo, qualquer evidência de actividade teratogénica.

6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS DO BRUFEN

6.1 Lista dos excipientes

Celulose microcristalina, croscarmelose sódica, ácido málico, sacarina sódica, sacarose, povidona, bicarbonato de sódio, carbonato de sódio, aroma de laranja e laurilsulfato de sódio.

6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
3 anos.

6.4 Precauções especiais de conservação
Não conservar acima de 25°C. Conservar na embalagem de origem.

6.5 Natureza e conteúdo do recipiente

Cada saqueta é constituída por um tubo laminar de papel/polietileno/alumínio/polietileno, selado por calor, contendo 200 mg de ibuprofeno sob a forma de granulado efervescente. Embalagens com 20 e 30 saquetas.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.

6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Não existem requisitos especiais.

7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Abbott Laboratórios, Lda
Estrada de Alfragide, 67 – Alfrapark – Edifício D
2610-008 – Amadora

8. NÚMERO (S) DE AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

N.° de registo: 5082680 – 20 saquetas de granulado efervescente, 200 mg, saquetas de papel/polietileno/alumínio/polietileno.
N.° de registo: 5082789 – 30 saquetas de granulado efervescente, 200 mg, saquetas de papel/polietileno/alumínio/polietileno.

9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Data da primeira autorização: 18 Maio 2004 Data da última renovação: 19 Maio 2009

10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO
19-05-2009

Categorias
Ácido acetilsalicílico

CARACTERÍSTICAS DO CARTIA bula do medicamento

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
CARTIA

1. NOME DO MEDICAMENTO CARTIA

CARTIA 100 mg comprimidos gastrorresistentes

2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA DO CARTIA

Cada comprimido gastrorresistente contém 100 mg de ácido acetilsalicílico, como substância activa.

Excipiente(s):
Amarelo sunset FCF (E110) – 0,399 mg Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.

3. FORMA FARMACÊUTICA DO CARTIA

Comprimido gastrorresistente. Revestimento entérico “Duentric”.

4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS DO CARTIA

4.1 Indicações terapêuticas

CARTIA está indicado em todas as situações vasculares em que é necessária a inibição da agregação plaquetária e a preservação da prostaciclina da parede vascular, nomeadamente:
-Prevenção primária do enfarte do miocárdio
-Prevenção do enfarte do miocárdio em doentes com angina instável
-Prevenção da oclusão do by-pass aortocoronário
-Prevenção da recidiva do enfarte do miocárdio
-Prevenção da isquémia cerebral
-Doença vascular periférica

4.2 Posologia e modo de administração

Adultos: 1 comprimido gastrorresistente de CARTIA por dia.

4.3 Contra-indicações

Hipersensibilidade ao ácido acetilsalicílico ou a qualquer um dos excipientes do medicamento.
Doenças associadas a alterações da coagulação sanguínea, como a hemofilia e a doença
de VON Willebrand.
História de hemorragia gastrointestinal ou perfuração, relacionada com terapêutica anterior com anti-inflamatórios não esteróides (AINE).
Úlcera péptica/hemorragia activa ou história de úlcera péptica/hemorragia recorrente (dois ou mais episódios distintos de ulceração ou hemorragia comprovada). Não se recomenda a utilização em crianças.

A administração de doses superiores a 100 mg por dia está contra-indicada durante o terceiro trimestre de gravidez.

4.4 Advertências e precauções especiais de utilização

Recomenda-se precaução quando CARTIA é administrado com agentes uricosúricos, medicamentos anti-inflamatórios não esteróides ou anticoagulantes, ou em doentes com uma anamnese de úlcera péptica ou asma brônquica. Não há experiência na administração de CARTIA em indivíduos com doenças renais ou hepáticas, por conseguinte recomenda-se precaução na administração de ácido acetilsalicílico nestes doentes. É aconselhável suspender a administração de CARTIA uma semana antes de qualquer intervenção cirúrgica.

A administração concomitante de CARTIA com AINE, incluindo inibidores selectivos da cicloxigenase-2, deve ser evitada.

Os efeitos indesejáveis podem ser minimizados utilizando a menor dose eficaz durante o menor período de tempo necessário para controlar a sintomatologia.

Idosos: Os idosos apresentam uma maior frequência de reacções adversas, especialmente de hemorragias gastrointestinais e de perfurações que podem ser fatais (ver secção 4.2).

Hemorragia, ulceração e perfuração gastrointestinal: têm sido notificados casos de hemorragia, ulceração e perfuração gastrointestinal potencialmente fatais, em várias fases do tratamento, associados ou não a sintomas de alerta ou história de eventos gastrointestinais graves.

O risco de hemorragia, ulceração ou perfuração é maior com doses mais elevadas, em doentes com história de úlcera péptica, especialmente se associada a hemorragia ou perfuração (ver secção 4.3) e em doentes idosos. Nestas situações os doentes devem ser instruídos no sentido de informar o seu médico assistente sobre a ocorrência de
sintomas abdominais e de hemorragia digestiva, sobretudo nas fases iniciais do tratamento.

Nestes doentes o tratamento deve ser iniciado com a menor dose eficaz. A co-administração de agentes protectores (por ex. misoprostol ou inibidores da bomba de protões) deverá ser considerada, assim como em doentes que necessitem de tomar simultaneamente outros medicamentos susceptíveis de aumentar o risco de úlcera ou hemorragia, tais como corticosteróides, anticoagulantes (como a varfarina), inibidores selectivos da recaptação da serotonina ou antiagregantes plaquetários (ver secção 4.5).

Em caso de hemorragia gastrointestinal ou ulceração em doentes a tomar CARTIA o tratamento deve ser interrompido.

Os AINE devem ser administrados com precaução em doentes com história de doença inflamatória do intestino (colite ulcerosa, doença de Crohn), na medida em que estas situações podem ser exacerbadas (ver secção 4.8).

CARTIA contém amarelo sunset FCF (E110), que pode causar reacções alérgicas.

4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção

A administração de ácido acetilsalicílico, em virtude da sua acção sobre as plaquetas, deve ser evitada em doentes a receber anticoagulantes orais ou heparina, a menos que esteja indicado. Recomenda-se precaução na administração simultânea de ácido acetilsalicílico e metotrexato, clorpropamida, corticosteróides, sulfimpirazona, probenecide e espironolactona.

Interferência em ensaios clínicos e laboratoriais:

-Actividade heparínica: A redução da actividade plaquetária provocada pelo ácido acetilsalicílico pode alterar os testes de actividade heparínica, tais como tempo de coagulação de Lee-White e tempo de protrombina parcialmente activada. -Oxidase glucósica urinária: o ácido acetilsalicílico pode causar um falso teste negativo na presença de glicosúria.

Diuréticos, Inibidores da Enzima de Conversão da Angiotensina (IECA) e Antagonistas da Angiotensina II (AAII): A administração de ácido acetilsalicílico (> 3 g/dia) pode diminuir a eficácia dos diuréticos assim como de outros medicamentos antihipertensores. Nalguns doentes com função renal diminuída (por ex. doentes desidratados ou idosos com comprometimento da função renal) a co-administração de um IECA ou AAII e agentes inibidores da cicloxigenase pode ter como consequência a progressão da deterioração da função renal, incluindo a possibilidade de insuficiência renal aguda, que é normalmente reversível. A ocorrência destas interacções deverá ser tida em consideração em doentes a tomar ácido acetilsalicílico em associação com IECA ou AAII. Consequentemente, esta associação medicamentosa deverá ser
administrada com precaução, sobretudo em doentes idosos. Os doentes devem ser adequadamente hidratados e deverá ser analisada a necessidade de monitorizar a função renal após o início da terapêutica concomitante, e periodicamente desde então.

Corticosteróides: aumento do risco de ulceração ou hemorragia gastrointestinal (ver secção 4.4).

Anticoagulantes: os salicilatos podem aumentar os efeitos dos anticoagulantes, tais como a varfarina (ver secção 4.4).

Agentes antiagregantes plaquetários e inibidores selectivos da recaptação da serotonina: aumento do risco de hemorragia gastrointestinal (ver secção 4.4).

Ibuprofeno: os dados experimentais sugerem que o ibuprofeno pode inibir o efeito antiagregante plaquetário do ácido acetilsalicílico de baixa dosagem quando estes medicamentos são administrados concomitantemente. No entanto, devido às limitações destes dados e às incertezas inerentes à extrapolação dos dados ex vivo para situações clínicas não é possível concluir de forma definitiva sobre as consequências da administração regular de ibuprofeno no efeito do ácido acetilsalicílico. Não é provável que se verifiquem efeitos clinicamente relevantes na acção cardioprotectora do ácido acetilsalicílico decorrentes da administração ocasional de ibuprofeno (ver secção 5.1).

4.6 Gravidez e aleitamento

CARTIA não deve ser administrado na mulher grávida ou com possibilidade de engravidar, a menos que os benefícios superem os riscos. O ácido acetilsalicílico tem sido administrado na mulher grávida de alto risco, após o primeiro trimestre, para profilaxia da pré-eclampsia, em doses de 60 mg por dia e de 150 mg por dia, associado com 300 mg por dia de dipiridimol, tendo-se conseguido uma incidência de pré-eclampsia significativamente baixa.

Administração de doses baixas (até 100 mg por dia):
Os dados dos ensaios clínicos sugerem que a administração de doses até 100 mg por dia em indicações obstétricas restritas (por ex. no caso dos abortamentos de repetição de etiologia supostamente imunológica e do hidrâmnios), que requerem monitorização especializada, é aparentemente segura.

Administração de doses entre 100 e 500 mg por dia:
A experiência clínica relativa ao uso de doses entre 100 mg por dia e 500 mg por dia é insuficiente. Consequentemente, as recomendações que em seguida se enunciam relativas à administração de doses superiores a 500 mg por dia, aplicar-se-ão também a este intervalo posológico.

Administração de doses de 500 mg por dia ou superiores:
A inibição da síntese das prostaglandinas pode afectar negativamente a gravidez e/ou o desenvolvimento embrio-fetal. Os dados dos estudos epidemiológicos sugerem um aumento do risco de aborto espontâneo, de malformações cardíacas e de gastroschisis na sequência da utilização de um inibidor da síntese das prostaglandinas no início da gravidez. O risco absoluto de malformações cardiovasculares aumentou de valores inferiores a 1% para aproximadamente 1,5%. Presume-se que o risco aumenta com a dose e duração do tratamento.

Nos animais, demonstrou-se que a administração de inibidores da síntese das prostaglandinas tem como consequência o aumento de abortamentos peri e post-implantatórios e da mortalidade embrio-fetal. Adicionalmente, registou-se maior incidência de várias malformações, incluindo malformações cardiovasculares em animais expostos a inibidores da síntese das prostaglandinas durante o período organogenético.

Durante o 1° e 2° trimestre de gravidez, o ácido acetilsalicílico não deverá ser administrado a não ser que seja estritamente necessário. Se o ácido acetilsalicílico for usado por mulheres que estejam a tentar engravidar, ou durante o 1° e 2° trimestre de gravidez, a dose administrada deverá ser a menor e durante o mais curto espaço de tempo possível.

Durante o 3° trimestre de gravidez, todos os inibidores da síntese das prostaglandinas podem expor o feto a:
-Toxicidade cardiopulmonar (com fecho prematuro do ductus arteriosus (canal de Botal) e hipertensão pulmonar).
-Disfunção renal, que pode progredir para insuficiência renal com oligohidrâmnios.

Na fase final da gravidez a mãe e o recém-nascido podem estar expostos a: -Possível prolongamento do tempo de hemorragia, um efeito antiagregante que pode verificar-se mesmo com doses muito baixas.
-Inibição das contracções uterinas com consequente atraso ou prolongamento do trabalho de parto.

Assim, a administração de doses iguais ou superiores a 100 mg por dia de ácido acetilsalicílico está contra-indicada durante o terceiro trimestre de gravidez.
O ácido acetilsalicílico é excretado no leite materno.

4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não aplicável.

4.8 Efeitos indesejáveis

Gastrointestinais: os eventos adversos mais frequentemente observados são de natureza gastrointestinal. Podem ocorrer, em particular nos idosos, úlceras pépticas, perfuração ou hemorragia gastrointestinal potencialmente fatais (ver secção 4.4). Náuseas, dispepsia, vómitos, hematemeses, flatulência, dor abdominal, diarreia, obstipação, melenas, estomatite aftosa, exacerbação de colite ou doença de Crohn (ver secção 4.4) têm sido notificados na sequência da administração destes medicamentos. Menos frequentemente têm vindo a ser observados casos de gastrite.

Outras reacções adversas possíveis são zumbidos, vertigens e surdez, mas com as doses de ácido acetilsalicílico administradas no CARTIA, estes riscos parecem ser mínimos. Asma, rinite vasomotora, urticária e edema angioneurótico são manifestações comuns da sensibilidade ao ácido acetilsalicílico, mas foram também descritas outras reacções dérmicas, tais como eritema e erupções pustulares.

4.9 Sobredosagem

Os sintomas são os da intoxicação por salicilatos. No caso de sobredosagem ligeira, estes sintomas podem compreender respiração rápida e profunda, náuseas, vómitos, vertigens, zumbidos, rubor, sudação, sede e taquicardia. Casos graves podem apresentar febre, hemorragias, excitação, confusão, convulsões ou coma, insuficiências respiratórias. O tratamento sugerido é: lavagem gástrica ou emese, ingestão de líquidos mas, caso o paciente não consiga reter líquidos administrados oralmente, infundir soro fisiológico ou bicarbonato de sódio conforme os electrólitos e o pH. O bicarbonato de sódio aumentará a excreção renal de salicilato. Em casos graves deve considerar-se a diálise.

5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS DO CARTIA

5.1 Propriedades farmacodinâmicas

Grupo farmacoterapêutico: 4.3.1.4 Sangue. Anticoagulantes e antitrombóticos. Anticoagulantes. Antiagregantes plaquetários

Código ATC: B01AC06

Nas plaquetas, nas células endoteliais e células musculares lisas, o ácido araquidónico produzido a partir dos fosfolípidos da membrana celular é metabolizado pela enzima cicloxigenase formando várias prostaglandinas. O tromboxano (TXA2), que actua como agregante plaquetário e vasoconstritor, é produzido nas plaquetas, enquanto a prostaciclina (PGI2), que é inibidor da agregação plaquetária e vasodilatador, é produzida nas células endoteliais e musculares lisas. O ácido acetilsalicílico, por acetilação irreversível da cicloxigenase, reduz a produção de TXA2 nas plaquetas e de PGI2 nas células endoteliais.

Como as células endoteliais são nucleadas, a cicloxigenase pode ser regenerada, embora seja controverso qual a velocidade a que isso se verifica após administração de ácido acetilsalicílico. Ainda não foi totalmente estabelecido se a cicloxigenase plaquetária é mais sensível ao ácido acetilsalicílico do que a cicloxigenase da célula endotelial.

Estudos em voluntários utilizando comprimidos de CARTIA mostraram que a produção de tromboxano A2 era suprimida em 99%, enquanto a produção de prostaciclina, medida a partir de 6-ceto-PGF1a urinária (um metabolito da PGI2), permanecia em média nos 94% do valor dos controles. A agregação plaquetária induzida pelo ácido araquidónico e a produção de colagénio e de dialdeído malónico eram suprimidas em 96%, 60% e 97%, respectivamente.

A libertação prolongada do ácido acetilsalicílico dos comprimidos com revestimento entérico de CARTIA permite que as plaquetas sejam acetiladas irreversivelmente na circulação portal por doses baixas contínuas de ácido acetilsalicílico. Como o metabolismo hepático destas doses baixas de ácido acetilsalicílico em salicilato se aproxima da totalidade, pouco ou nenhum ácido acetilsalicílico se liberta para a circulação sistémica de modo a poder afectar a produção de PGI2 na parede vascular, não tendo o salicilato efeito sobre a cicloxigenase.

Os dados experimentais sugerem que o ibuprofeno pode inibir o efeito de doses baixas de ácido acetilsalicílico ao nível da agregação plaquetária quando estes medicamentos são administrados concomitantemente. Num estudo, quando foram administrados 400 mg de ibuprofeno em dose única 8 horas antes ou 30 minutos após a administração de 81 mg de ácido acetilsalicílico de libertação imediata, verificou-se a diminuição do efeito do ácido acetilsalicílico na formação de tromboxano ou na agregação plaquetária. No entanto devido às limitações destes dados e ao grau de incerteza inerente à extrapolação de dados ex vivo para situações clínicas não é possível retirar conclusões definitivas relativamente à administração habitual de ibuprofeno. Não é provável que se verifiquem efeitos clinicamente relevantes na acção cardioprotectora do ácido acetilsalicílico decorrentes da administração ocasional de ibuprofeno.

5.2 Propriedades farmacocinéticas

Absorção:
Após administração oral, o ácido acetilsalicílico liberta-se dos comprimidos de CARTIA quando o pH é superior a 6, isto é, no duodeno e no intestino delgado, assim o estômago não é exposto aos efeitos locais do ácido acetilsalicílico.

Ligação ás proteínas:
O salicilato está ligado às proteínas plasmáticas, especialmente albumina, em 80-90%, em concentrações clínicas de salicilato.
Metabolismo:
O ácido acetilsalicílico converte-se em ácido salicílico especialmente na mucosa gastrointestinal e no fígado. Os níveis plasmáticos sistémicos de ácido acetilsalicílico resultantes da administração de CARTIA (1 comprimido diário durante 7 dias) estão abaixo do nível de sensibilidade de ensaios padrão para o ácido acetilsalicílico. Contudo não se excluíram níveis em ng ou pg/ml.

Excreção:
A recuperação média de ácido acetilsalicílico, sob a forma de salicilato, na urina total elevou-se a 87±9% da dose administrada de 100 mg de CARTIA.

5.3 Dados de segurança pré-clínica

A administração de doses únicas de 250 mg/kg de ácido acetilsalicílico em ratinhos durante o período sensível de desenvolvimento induziu um aumento da incidência de defeitos do septo ventricular. Após a administração de doses repetidas de 250 mg/kg foram induzidas um conjunto de malformações. No coelho, a informação disponível é discrepante, possivelmente devido à administração de diferentes regimes posológicos. Em conclusão, a informação disponível indica que o ácido acetilsalicílico e os seus metabolitos apresentam um potencial teratogénico em várias espécies de animais.

6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS DO CARTIA
6.1 Lista dos excipientes

Núcleo: Goma Guar
Revestimento: acetilftalato de celulose; dietilftalato; amarelo D.&C. n°10; amarelo sunset FCF (E110); dióxido de titânio (E171); cera de Carnauba (vestígios).

6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.

6.3 Prazo de validade
2 anos

6.4 Precauções especiais de conservação
Não conservar acima de 30°C.

6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Comprimidos gastrorresistentes acondicionados em blister de PVC-PVDC/alumínio.
Embalagem calendarizada contendo 28 comprimidos.

6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Não existem requisitos especiais.
Os produtos não utilizados ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais.

7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Instituto Luso-Fármaco, Lda. R. Dr. António Loureiro Borges, 3 Arquiparque, Miraflores 1495-131 Algés

8. NÚMERO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

N° de registo: 9729509 – 28 comprimidos gastrorresistentes, 100 mg, blister de PVC- PVDC/alumínio.

9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Data da primeira autorização: 07.12.1989 Data da última renovação: 07.12.2004

10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO
16-12-2008