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Magaldrato

Riopan 400 mg Comprimidos bula do medicamento

Neste folheto:

1. Indicações terapêuticas

2. Efeitos secundários Riopan

3. Precauções especiais de utilização

4. Posologia Riopan

5. Precauções particulares de conservação

RIOPAN

Magaldrato

400 mg Comprimidos

Composição:

Cada comprimido contém 400 mg de Magaldrato. Antiácidoantiulceroso

1. Indicações terapêuticas

Tratamento sintomático das queixas (dor epigástrica, azia, pirose e enfartamento) resultantes das seguintes patologias: úlcera gástrica, úlcera duodenal, gastrite, alterações da motilidade gástrica e esofagite.

Contra-indicações

Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer dos excipientes.

Em doentes com insuficiência renal (clearance da creatinina < 30 ml/min), e em caso de tratamento prolongado com doses elevadas, RIOPAN só pode ser usado com controlo regular dos níveis séricos de magnésio e alumínio. Os níveis séricos de alumínio não devem ser superiores a 40 ng/ml.

2. Efeitos secundários Riopan

Especialmente com doses elevadas, pode verificar-se amolecimento das fezes, aumento da frequência de evacuação e, em casos raros, diarreia. No entanto, manifestações desta natureza são bastante raras nas doses aconselhadas.

O constituinte sorbitol do RIOPAN Comprimidos mastigava pode provocar problemas gástricos (indigestão) e diarreia.

Em doentes com insuficiência renal e em tratamento prolongado com doses elevadas, pode ocorrer deposição de alumínio, especialmente no tecido nervoso e ósseo, e depleção de fosfato.

Interacções medicamentosas e outras

Uma vez que os antiácidos podem diminuir a absorção de outros fármacos administrados concomitantemente (como por exemplo, tetraciclinas, benzodiazepinas, digoxina, dicumarol, indometacina, cimetidina, ácido quenodesoxicólico e ácido ursodesoxicólico), em princípio deve ser mantido um intervalo de 1-2 horas entre a ingestão de RIOPAN e dos outros medicamentos.

Em particular, tem sido observada uma redução substancial da absorção de tetraciclinas e dos derivados da quinolona (ciprofloxacina, ofloxacina e norfloxacina) durante a utilização de antiácidos.

Pode ocorrer uma ligeira diminuição da absorção de digoxina, isoniazida, compostos de ferro e cloropromazina, quando estes fármacos são administrados concomitantemente com os comprimidos de RIOPAN. Deve ser considerada uma possível potenciação do efeito anticoagulante dos derivados da cumarina.

A ingestão de antiácidos contendo alumínio juntamente com bebidas ácidas (sumos de frutos, vinho, etc.) aumenta a absorção intestinal de alumínio. O mesmo se aplica a comprimidos efervescentes contendo ácido cítrico ou ácido tartárico.

3. Precauções especiais de utilização

RIOPAN não deve ser utilizado em crianças com idade inferior a 12 anos, uma vez que não existe experiência suficiente do tratamento neste grupo etário.

Em crianças e lactentes, deve ser considerada a possibilidade de intolerância à frutose hereditária. Um comprimido de RIOPAN doseado a 400mg de Magaldrato contém 0,387g de sorbitol. Isto é, são administrados diariamente até 6,2g de sorbitol, quando são seguidas as instruções de administração.

O RIOPAN pode ser administrado a diabéticos e a hipertensos porque não contém açúcar e é pobre em sódio.

Efeitos em grávidas, lactentes, crianças, idosos e doentes com patologias especiais

Durante a gravidez, RIOPAN apenas deve ser usado por um curto período de tempo, para evitar a passagem de alumínio para o feto.

Em estudos realizados em animais, a administração de sais de alumínio teve um efeito prejudicial nas crias.

Os compostos de alumínio passam para o leite. Devido à reduzida absorção, assume-se que não existe nenhum risco para o recém-nascido.

Efeitos sobre a capacidade de condução e utilização de máquinas

Não foram observados efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas.

4. Posologia Riopan

Administração Oral.

Tratamento sintomático: mastigar dois comprimidos, sempre que necessário. Os comprimidos devem ser mastigados ou chupados cuidadosamente.

Riopan deve ser administrado entre as refeições e ao deitar. Não deve ser excedida a dose diária de 6.400 mg de magaldrato.

Se os sintomas persistirem mais de 2 semanas durante o tratamento, deve ser realizado um exame médico para excluir a eventualidade de existência de qualquer doença maligna.

Sobredosagem, sintomas, medidas de urgência e antídotos

O alumínio e o magnésio do RIOPAN são absorvidos pelo organismo apenas em quantidades mínimas. Os valores dos níveis sanguíneos mantêm-se normais. Uma acumulação tóxica com Magaldrato, devido a sobredosagem, é pouco provável, visto que, num meio com pH superior a 5, a substância já não é solúvel.

Por isso, não existem dados acerca da sobredosagem de RIOPAN.

Caso se registe a ocorrência de outros efeitos, não descritos neste folheto, deve comunicá-los ao seu médico ou farmacêutico.

Verifique o prazo de validade inscrito na embalagem.

Manter fora do alcance e da vista das crianças.

5. Precauções particulares de conservação

Guardar a 15°C – 30°C.

Detentor de AIM:

Produtos Farmacêuticos ALTANA Pharma, Lda. Quinta da Fonte – Edifício Gil Eanes Porto Salvo

2770-192 Paço de Arcos

Data da última revisão deste folheto:  Maio de 2005.

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Acetilcisteína

Rinofluimucil bula do medicamento

Neste folheto:

1. Indicações

2. Efeitos secundários Rinufluimucil

3. Precauções especiais de utilização

4. Posologia Rinufluimucil

5. Condições de conservação

Rinofluimucil

Leia atentamente este folheto antes de tomar o medicamento. Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico.

Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.

COMPOSIÇÃO

Acetilcisteína 10 mg/ml

Sulfato tuamino-heptano 5 mg/ml

FORMA FARMACÊUTICA E VIA DE ADMINISTRAÇÃO

Gotas nasais, solução. Administração nasal.

APRESENTAÇÕES

Frasco contendo 10 ml de solução.

PROPRIEDADES

Grupo farmacoterapêutico: Medicação tópica nasal. Descongestionantes nasais. Preparações nasais. Combinações simpaticomiméticos excl. corticosteróides.

A actividade mucolítica e vasoconstrictora do Rinofluimucil é expressão das características farmacológicas de cada um dos seus componentes.

A Acetilcisteína é um aminoácido sulfurado que se caracteriza pela sua acção fluidificante sobre as secreções mucosas e mucopurulentas nas patologias do aparelho respiratório que se caracterizam por evoluírem com hipersecreção e mucoestase. A sua acção farmacológica traduz-se por uma redução da viscosidade das secreções e pela melhoria da funcionalidade mucociliar.

O tuaminoheptano é uma amina simpaticomimética que por uso tópico exerce uma acção vasoconstrictora sem evidente efeito sistémico.


1. INDICAÇÕES

Tratamento sintomático da rinite associada a excessiva produção mucopurulenta.

CONTRA-INDICAÇÕES

Hipersensibilidade à acetilcisteína, ao sulfato tuamino-heptano ou a qualquer dos excipientes. O sulfato de tuamino-heptano está contra-indicado em caso de glaucoma e hipertiroidismo. Não administrar durante e nas 2 semanas seguintes à terapêutica com inibidores da monoaminoxidase (IMAO).

Contra-indicado em crianças com idade inferior a 6 anos. (ver “Efeitos Secundários” e “Precauções especiais de utilização”)

2. EFEITOS SECUNDÁRIOS RINUFLUIMUCIL

A administração frequente pode provocar efeitos secundários do tipo simpaticomimético (como aumento da excitabilidade, tremores, taquicardia, etc.). Especial atenção nos doentes asmáticos pelo risco de ocorrer broncoconstrição. Nestes casos deve interromper-se o tratamento e consultar um médico.

INTERACÇÕES MEDICAMENTOSAS

Na literatura não se encontram descritos casos de interacção medicamentosa das substâncias activas presentes neste medicamento quando administrados por via nasal. No entanto, a administração oral de cisteína com nitroglicerina pode causa hipotensão significativa e cefaleia induzida pela nitroglicerina. O sulfato de tuaminoheptano não deve ser administrado durante e nas 2 semanas seguintes à terapêutica com inibidores da monoaminoxidase (IMAO).

3. PRECAUÇÕES ESPECIAIS DE UTILIZAÇÃO

Precauções especiais:

Em doentes com problemas cardiovasculares e especialmente em hipertensos, o uso de descongestionantes nasais deve ser efectuado sob controlo médico. Administrar com precaução em crianças e em doentes asmáticos.

O uso de preparados contendo vasoconstrictores nasais pode alterar o normal funcionamento da mucosa nasal.

A utilização durante períodos de tempo prolongados pode ser prejudicial. Deve utilizar-se com precaução, pelo risco de retenção urinária, em idosos e em doentes com hipetrofia prostática.

O conservante (cloreto de benzalcónio) que faz parte da composição do Rinofluimucil pode provocar tumefacção (inchaço) da mucosa nasal especialmente em situações de utilização a longo prazo. Se suspeitar desta reacção (congestão nasal persistente) deverá optar, se possível, por outro medicamento semelhante mas que não contenha conservante. Se não existirem medicamentos para administração nasal sem conservantes, deverá ser considerada a utilização de outra forma farmacêutica.

Advertências:

Em caso de actividade desportiva adverte-se que a sua utilização, mesmo nas doses terapêuticas recomendadas, pode causar resultados positivos no teste anti-dopping. É normal a presença de um leve odor sulfúrico, uma vez que é próprio da acetilcisteína.

EFEITOS EM GRÁVIDAS E LACTENTES

Embora não se tenha demonstrado que a Acetilcisteína possua acção teratogénica, a sua administração durante a gravidez e lactação deve ser realizada apenas em caso de absoluta necessidade e sob controlo médico.

EFEITOS SOBRE A CAPACIDADE DE CONDUÇÃO E A UTILIZAÇÃO DE MÁQUINAS

Não foram observados efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas.

LISTA DOS EXCIPIENTES

Cloreto de benzalcónio, Sulfato tuamino-heptano hidroxipropilmetilcelulose, edetato de sódio, fosfato de sódio dibásico, fosfato de sódio monobásico, sorbitol 70%, ditiotreitol, aroma de menta, hidróxido de sódio, água desionizada.

4. POSOLOGIA RINOFLUIMUCIL

Posologia no adulto:

3 a 6 gotas em cada narina, 3 a 4 vezes por dia. Posologia na criança:

1 a 3 gotas em cada narina, 3 a 4 vezes por dia.

Crianças com idade superior a 12 anos: dose idêntica à dos adultos.

Posologia no idoso:

Este medicamento é apropriado para utilização no idoso.

5. CONDIÇÕES DE CONSERVAÇÃO

Não são necessárias condições especiais de conservação.

INTOXICAÇÃO E SEU TRATAMENTO

Em caso de sobredosagem pode prever-se a ocorrência de hipertensão arterial, fotofobia, cefaleia intensa, opressão toracica. Nas crianças é possível a ocorrência de hipotermia e sedação. Em caso de sobredosagem deve efectuar-se um tratamento sintomático.

DESTRUIÇÃO DO PRODUTO NÃO UTILIZADO E DOS RESÍDUOS DERIVADOS DA SUA UTILIZAÇÃO

Deverá entregar o produto não utilizado e os resíduos derivados da sua utilização (incluindo frasco, cartonagem e este folheto informativo) na sua farmácia, a fim de serem destruídos através do Sistema Integrado de Destruição de Resíduos de Embalagens e Medicamentos (SIGREM).

ACONSELHA-SE O UTENTE A COMUNICAR AO MÉDICO OU AO FARMACÊUTICO OS EFEITOS INDESEJÁVEIS DETECTADOS QUE NÃO CONSTEM DO PRESENTE FOLHETO INFORMATIVO.

ACONSELHA-SE O UTENTE A VERIFICAR O PRAZO DE VALIDADE INSCRITO NA EMBALAGEM OU NO RECIPIENTE.

MEDICAMENTO SUJEITO A RECEITA MÉDICA

RESPONSÁVEL PELA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

ZAMBON – Produtos Farmacêuticos, L.da. Rua Comandante Enrique Maya, n.° 1 1500-192 Lisboa

MANTER FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS

Data da última revisão: 04-08-2004.

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Captopril

CARACTERÍSTICAS DO HIPOTENSIL bula do medicamento

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

HIPOTENSIL

1. NOME DO MEDICAMENTO

Hipotensil 25 mg comprimidos Hipotensil 50 mg comprimidos

2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA DO HIPOTENSIL

Cada comprimido de Hipotensil 25 mg contém 25 mg de captopril.

Excipiente:

Cada comprimido contém: 84,3 mg de lactose monohidratada

Cada comprimido de Hipotensil 50 mg contém 50 mg de captopril.

Excipiente:

Cada comprimido contém: 168,6 mg de lactose monohidratada

Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.

3. FORMA FARMACÊUTICA DO HIPOTENSIL

Comprimido.

Os comprimidos de Hipotensil são ranhurados. Os comprimidos doseados a 25 mg possuem ranhura em cruz numa das faces podendo ser divididos em metades (12,5 mg cada metade) ou quartos (6,25 mg cada quarto) iguais. Os comprimidos doseados a 50 mg possuem uma ranhura em linha numa das faces podendo ser divididos em metades iguais (25 mg cada metade).

4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS DO HIPOTENSIL

4.1 Indicações terapêuticas

Hipotensil está indicado no tratamento de:

Hipertensão arterial como monoterapia ou terapêutica combinada.

Insuficiência cardíaca congestiva.

Disfunção ventricular esquerda após enfarte do miocárdio.

Nefropatia diabética (com proteinúria > 500 mg/dia) em doentes com diabetes tipo I e retinopatia.

4.2 Posologia e modo de administração

O Hipotensil deve ser tomado de preferência cerca de uma hora antes das refeições, a fim de assegurar a máxima absorção.

O Hipotensil (captopril) pode ser utilizado como monoterapia inicial, como fármaco de segunda linha substituindo outro que se tenha revelado ineficaz ou com efeitos adversos intoleráveis. Pode ser também utilizado como componente de regimes terapêuticos com outros antihipertensores.

O Hipotensil deve ser iniciado sob cuidadosa vigilância clínica. A dose máxima de captopril diária é de 450 mg.

Em doentes com hipertensão maligna ou insuficiência cardíaca grave, o tratamento com Hipotensil deverá ser iniciado e ajustado num hospital.

Dose recomendada e esquema posológico

O tratamento da hipertensão com captopril deve ser feito com a dose mínima eficaz, a qual deverá ser aumentada de acordo com a resposta tensional obtida.

–  Hipertensão ligeira a moderada: A dose inicial é 12,5 mg, duas vezes por dia, a qual pode ser aumentada por etapas, com intervalos de 2 a 4 semanas, até ser obtida uma resposta satisfatória ou até atingir uma dose máxima de 50 mg, duas vezes por dia.

–  Hipertensão grave: No tratamento da hipertensão grave, quando a terapêutica de primeira linha tiver sido ineficaz ou inadequada devido aos efeitos adversos, a dose inicial deve ser de 12,5 mg, duas vezes por dia, ou de 25 mg, uma vez por dia. A dose deve ser aumentada por etapas até uma dose máxima de 50 mg, três vezes por dia.

–  Insuficiência cardíaca: Uma dose inicial de 6,25 mg ou de 12,5 mg pode reduzir um efeito hipotensivo transitório. A possibilidade deste se manifestar, pode ser reduzida pela interrupção ou redução da dose da terapêutica diurética, se possível dois ou três dias antes de se iniciar o tratamento com Hipotensil. A dose normal de manutenção é de 50 mg, duas ou três vezes por dia, a qual pode ser aumentada por etapas, com intervalos de duas semanas, até ser obtida uma resposta satisfatória.

–  Disfunção ventricular após enfarte do miocárdio: A terapêutica com captopril poderá ser iniciada ao 3° dia com 6,25 mg, três vezes por dia, aumentando depois para 12,5 mg, três vezes por dia. Nos dias seguintes a dose deve ser aumentada para 25 mg, três vezes ao dia, podendo fixar-se em 50 mg, três vezes ao dia, ao fim de algumas semanas se for tolerada. Os doentes com fracção de ejecção mais elevada parecem beneficiar menos de terapêutica com IECA. Não está estabelecida a duração óptima para a terapêutica após enfarte agudo do miocárdio.

–  Doentes idosos: Considerando que os doentes idosos podem ter uma função renal reduzida ou outras disfunções orgânicas, recomenda-se que inicialmente seja usada uma dose baixa de captopril.

–  Crianças: Não se recomenda o uso de Hipotensil em crianças.

– Doentes com insuficiência renal e em diálise: Se for clinicamente indicado em doentes com hipertensão grave e com função renal deficiente, a dose usada deve ser a mais baixa possível para permitir a continuação de um controlo adequado da tensão arterial, devendo ser tomados em linha de conta os valores da depuração da creatinina referidos na tabela abaixo. Nestes doentes deve ser usado um diurético que actue no ramo ascendente da ansa de Henle em vez de uma tiazida. O captopril é rapidamente eliminado por hemodiálise.

Depuração da creatinina Creatinina sérica Dose máxima Dose inicial
(ml/min/1,73 m3) (mg/100 ml) diária (mg) (mg)
> 41 40 – 21 20 – 11 < 10 < 2 2 – 5

>  5

>  5

150 (teórico)

100

75

37,5

25 – 50 25 12,5 6,25

4.3  Contra-indicações

O Hipotensil está contra-indicado nos seguintes casos:

Hipersensibilidade à substância activa (captopril) ou a qualquer dos excipientes. Hipersensibilidade aos inibidores da ECA.

História de edema angioneurótico relacionado com o uso prévio de inibidores da ECA. Edema angioneurótico hereditário ou idiopático. Estenose arterial renal bilateral. Gravidez.

Período de lactação.

4.4  Advertências e precauções especiais de utilização

Doentes com hipertensão renovascular

Nos doentes com hipertensão renovascular e com prévia estenose da artéria renal unilateral ou bilateral, aos quais são administrados inibidores da ECA, existe um risco aumentado de hipotensão grave. Se houver suspeita de estenose renal, deverá ser realizada uma renografia antes do início da terapêutica. O tratamento deverá ser iniciado em meio hospitalar, sob vigilância médica rigorosa, usando uma dose baixa de captopril e fazendo aumentos cuidadosos da dose. Durante as primeiras semanas de tratamento deverá ser interrompido o uso de diuréticos e ser feita a monitorização da função renal.

Doentes com insuficiência renal

Os doentes com insuficiência renal podem requerer doses reduzidas ou menos frequentes (a inibição do sistema renina-angiotensina-aldosterona pode alterar a função renal em indivíduos susceptíveis) e deverão ser tratados com precaução. A função renal deverá ser rigorosamente monitorizada durante o tratamento. Existem casos de insuficiência renal, associada ao uso de inibidores da ECA, que ocorreram principalmente em doentes com insuficiência cardíaca grave ou doença renal subjacente. Estes doentes apresentam um risco acrescido de fenómenos hipotensivos. Ocorreram aumentos das concentrações da ureia e creatinina no sangue em alguns doentes, aparentemente sem doença renal prévia, quando foi usado simultaneamente um diurético. Pode ser necessário reduzir a dose do inibidor da ECA e/ou interromper o diurético. A função renal deverá ser monitorizada durante as primeiras semanas de tratamento. Os doentes tratados com inibidores da ECA que são dialisados com membranas de poliacrilonitrilo de alto fluxo têm maior probabilidade de sofrer reacções anafilactóides severas (edema facial, rubor, hipotensão, dispneia) poucos minutos após o início da diálise. Deve suspender-se de imediato a diálise e iniciar uma terapêutica de suporte agressiva, se necessário. Recomenda-se o uso de uma membrana alternativa ou de um fármaco anti-hipertensivo alternativo.

Doentes com insuficiência cardíaca grave, depleção de volume, medicados com diuréticos e hiponatrémia

Apresentam um risco acrescido de fenómenos hipotensivos.

Doentes com cardiopatia isquémica e doença cerebrovascular

Apresentam risco acrescido de fenómenos isquémicos cardíacos ou cerebrais durante potencias hipotensões induzidas pelo captopril. Deve ser feita a sua monitorização, preferencialmente em meio hospitalar, durante o período previsto para o máximo efeito hipotensivo após a dose inicial de Hipotensil, ou quando a dose de Hipotensil (captopril) e/ou diurético é aumentada. A utilização de IECA por via parentérica no período imediato após enfarte de miocárdio não é recomendada.

Doentes idosos e crianças

Nos doentes idosos pode ocorrer uma resposta mais intensa pelo que se aconselha a utilização de doses iniciais baixas e avaliação da função renal no início do tratamento. O Hipotensil não deverá ser utilizado em crianças por falta de estudos de eficácia e segurança do medicamento neste grupo etário.

Cirurgia/Anestesia

Podem ocorrer hipotensão ou choque hipotensivo em doentes submetidos a grande cirurgia ou durante a anestesia, devido à intensificação dos efeitos dos agentes hipotensores. Se for impossível a interrupção de captopril, deverá ser feita a correcção adequada com fluidoterapia endovenosa.

Estenose aórtica/Cardiomiopatia hipertrófica

O Hipotensil deve ser usado com precaução em doentes com obstrução da via de saída do ventrículo esquerdo.

A função hepática deverá ser cuidadosamente monitorizada em doentes tratados com Hipotensil que refiram sintomas compatíveis com lesão hepática (anorexia, náuseas, vómitos, icterícia) e/ou desenvolvam alterações da função hepática (transaminases, bilirrubina, fosfatase alcalina, y-GT). Perante a presença de valores de transaminases, bilirrubina conjugada ou fosfatase alcalina superiores a 2 vezes o valor normal, o medicamento deverá ser suspenso de imediato e deve ser iniciada investigação para esclarecimento da situação. A reexposição ao medicamento deve ser evitada.

No caso de edema angioneurótico envolvendo a língua, glote e/ou laringe o tratamento com Hipotensil deverá ser imediatamente interrompido e tomadas as medidas de urgência recomendadas nesta situação.

Outros

Este medicamento contém lactose na sua composição. Doentes com doenças hereditárias raras de intolerância galactose, deficiência de lactase de Lapp ou malabsorção de glucose-galactose não devem tomar este medicamento.

4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção

Associações não recomendadas

Não se recomenda o uso de diuréticos poupadores de potássio ou de suplementos de potássio. Pode ocorrer um aumento significativo do potássio sérico com o uso simultâneo de diuréticos que poupam potássio (por exemplo espironolactona, triamtereno, amiloride), suplementos de potássio ou substitutos de sal contendo potássio. Se for necessário usá-los em caso de hipocaliémia, deverão ser usados com precaução e o potássio sérico deve ser monitorizado com frequência, uma vez que o efeito dos poupadores de potássio pode persistir meses.

A administração concomitante de inibidores da ECA e antidiabéticos (insulina ou hipoglicemiantes orais) aumenta o risco de hipoglicémia. Este fenómeno pode ocorrer com maior frequência durante as primeiras semanas de tratamento e em doentes com insuficiência renal.

Reacções anafilactóides podem ocorrer com LDL-aferese e a dessensibilização ao veneno de himenópetros.

Precauções de uso

–  Diuréticos: O tratamento com Hipotensil (captopril) pode causar uma redução excessiva da tensão arterial em doentes que estão a tomar diuréticos, especialmente naqueles que têm uma depleção do volume e/ou de sal. O risco de efeitos hipotensivos pode ser reduzido das seguintes formas:

–  Interrupção do tratamento com diuréticos

–  Aumento do volume ou da ingestão de sal antes da administração do inibidor da ECA. Vasodilatadores: A nitroglicerina e outros vasodilatadores, nomeadamente os nitratos e a hidralazina, devem ser administrados desfasadamente ou as doses diminuídas.

Lítio: A excreção de lítio pode ser reduzida pela administração simultânea de captopril e lítio. Deverá ser feita a monitorização frequente dos níveis séricos de lítio. Fármacos narcóticos/antipsicóticos: Podem dar origem a hipotensão postural.

Agentes anti-hipertensivos: Aumentam o efeito hipotensivo do captopril. Glicosídeos cardíacos: As concentrações plasmáticas de digoxina devem ser monitorizadas e pesquisados sinais de toxicidade digitálica em terapêutica concomitante com captopril.

Associações/interacções que devem ser consideradas

–  Medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs): O efeito anti-hipertensivo de um inibidor da ECA pode ser reduzido pela administração de um AINE. Um efeito aditivo sobre o aumento do potássio sérico foi descrito quando AINEs e inibidores da ECA são usados simultaneamente, podendo ser reduzida também a função renal. Estes efeitos, que ocorrem especialmente em doentes com uma função renal comprometida são, em princípio, reversíveis.

–  Anti-ácidos: Provocam uma redução da absorção dos inibidores da ECA.

–  Simpaticomiméticos: Os efeitos anti-hipertensivos dos inibidores da ECA podem ser reduzidos. Para confirmar que se obtém o efeito desejado, o doente deverá ser cuidadosamente monitorizado.

–  Probenecid: Atrasa a excreção renal e, por conseguinte, aumenta os níveis sanguíneos de captopril.

–  Álcool: Aumenta o efeito hipotensivo dos inibidores da ECA.

–  Alimentos: A biodisponibilidade do captopril pode ser diminuída.

4.6 Gravidez e aleitamento

–  Não existem estudos clínicos adequados e bem controlados sobre os efeitos do captopril na gravidez humana.

–  Os inibidores da ECA atravessam a barreira placentária pelo que pode ocorrer morbilidade e mortalidade neonatal quando administrados durante a gravidez.

–  Casos de hipotensão neonatal, de insuficiência renal, de deformidades da face ou do crânio e/ou morte têm sido associados à exposição do feto durante o segundo e terceiro trimestres da gravidez. Foi descrito oligohidrâmnios materno (que é indicativo de diminuição da função renal fetal). Relatos de contracturas dos membros, deformidades crânio-faciais, desenvolvimento hipoplásico dos pulmões e atraso do crescimento intra-uterino foram associados a oligohidrâmnios.

Foram ainda descritos atraso no crescimento uterino, prematuridade, persistência do canal arterial e morte fetal, mas não se conhece a sua relação com a inibição da ECA ou com a doença materna subjacente.

Desconhece-se o efeito da exposição do feto durante o primeiro trimestre. Se considerado adequado deve ponderar-se a possibilidade de contracepção durante o tratamento com Hipotensil

–  Estudos em animais sugerem que o captopril pode causar fetotoxicidade.

–  O Hipotensil (captopril) não deve ser usado durante a gravidez.

Se ocorrer uma gravidez durante o tratamento, a mulher deverá ser informada do possível risco para o feto.

–  Deverá ser feita uma observação cuidadosa dos lactentes, expostos ao captopril durante a gestação, no que respeita a hipotensão, oligúria e hipercaliémia. Se ocorrer oligúria, o tratamento deverá ter como objectivo a manutenção da tensão arterial e da perfusão renal.

–  Não se recomenda o uso de Hipotensil (captopril) durante a lactação por mães a amamentar. O captopril é excretado no leite materno e o efeito sobre o lactente é desconhecido.

4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas

Alguns efeitos indesejáveis associados ao captopril podem interferir com a capacidade de condução e utilização de máquinas (ver ponto 4.8 – Efeitos indesejáveis).

4.8 Efeitos indesejáveis

Os efeitos indesejáveis abaixo indicados encontram-se referidos por ordem decrescente de frequência para os diferentes órgãos e sistemas. As frequências indicadas baseiam-se em ensaios clínicos (cerca de 7000 doentes).

–  Pele e anexos: Eritema cutâneo (4 a 7%) habitualmente de tipo maculopapular, prurido (2%), urticária e fotossensibilidade. Podem associar-se a estas manifestações, febre, mialgias, artralgias, eosinofilia e aumento dos títulos de anticorpos anti-nucleares (ANA). Foram também descritos casos de eritema multiforme, Síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica (síndrome de Lyell), eflorescências semelhantes a psoríase e alopécia.

–  Aparelho respiratório: Tosse (0,5 a 2%), dispneia, sinusite, rinite, bronquite e broncospasmo. Foram também descritos casos de pneumonite com eosinofilia e infiltrados pulmonares.

–  Aparelho cardiovascular: Hipotensão (ver “Advertências e precauções especiais de utilização”), taquicárdia e palpitações. Foram descritos casos de angina de peito, enfarte do miocárdio, síncopes, crises isquémicas transitórias e hemorragia cerebral.

–  Sistema nervoso e órgãos dos sentidos: Diminuição ou perda do paladar reversível (2 a 4%), visão desfocada, cefaleias, tonturas e fadiga. Mais raramente, podem ocorrer depressão, perturbações do sono, parestesias, impotência, perturbações do equilíbrio, confusão e zumbidos.

–  Aparelho urinário: Proteinúria transitória (0,7 a 1%), insuficiência renal aguda (0,1 a 0,2%), síndrome nefrótico, oligúria e poliúria. Elevação persistente da ureia e creatinina plasmáticas (risco aumentado em doentes com insuficiência cardíaca congestiva).

–   Sistema hematopoiético: Neutropénia e agranulocitose, particularmente em doentes com deterioração da função renal (0,2%). Anemia e trombocitopénia ocorreram ocasionalmente nestes doentes. Os episódios de neutropénia ocorreram sobretudo entre a 3a e a 12a semanas. Em doentes com doença vascular do colagénio e deterioração da função renal, a incidência da neutropénia foi de 3,7%. Após a interrupção da administração do captopril a contagem dos neutrófilos retoma, de forma geral, valores normais em duas semanas. Foram descritos casos de trombocitopénia e anemia hemolítica em doentes com deficiência de G-6-P-D.

–   Tracto gastrintestinal: Náuseas, vómitos, dor abdominal, diarreia, obstipação e boca seca. Casos raros de glossite, pancreatite e oclusão intestinal

–   Sistema hepatobiliar: Elevações das transaminases, fosfatase alcalina e -GT, habitualmente ligeiras e reversíveis. Foram descritos casos de hepatite, colestase e hepatite fulminante, alguns dos quais fatais.

–   Outras reacções: Angioedema (0,1%), reacção anafilactóide, doença do soro e elevação da velocidade de sedimentação.

4.9 Sobredosagem

Os sintomas de sobredosagem incluem hipotensão grave, choque, estupor, bradicárdia, perturbações electrolíticas e insuficiência renal.

No caso de sobredosagem, os doentes deverão permanecer sob vigilância médica rigorosa, de preferência numa unidade de cuidados intensivos. Deverá ser realizada a monitorização frequente dos electrólitos do soro e da creatinina. O tratamento dependerá da natureza e da gravidade dos sintomas.

Pode usar-se hemodiálise para remover os inibidores da ECA da circulação, mas deverá evitar-se o uso de membranas de poliacrilonitrilo de fluxo elevado.

5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS DO HIPOTENSIL

5.1 Propriedades farmacodinâmicas

Grupo farmacoterapêutico: 3.4.2.1- Aparelho cardiovascular. Anti-hipertensores. Modificadores do eixo renina angiotensina. Inibidores da enzima de conversão da angiotensina

Código ATC: C09AA01

O benefício do Hipotensil (captopril) no tratamento da hipertensão e da insuficiência cardíaca parece resultar principalmente da supressão do sistema renina-angiotensina-aldosterona do plasma. A renina, uma enzima endógeno produzida pelos rins, é libertada na circulação e converte o angiotensinogénio em angiotensina (um decapéptido relativamente inactivo). A enzima conversora da angiotensina (uma peptidilpeptidase) converte a angiotensina I em angiotensina II, um vasoconstritor potente, que provoca vasoconstrição arterial e aumento da tensão arterial. É também responsável pela estimulação da glândula suprarrenal, que em resposta, segrega aldosterona.

O captopril previne a conversão de angiotensina I em angiotensina II por um mecanismo de competição pelo sítio activo da ECA. A inibição da ECA resulta numa diminuição da angiotensina II plasmática. Esta origina a redução da actividade vasopressora e da secreção da aldosterona. A última redução é pequena, mas pode resultar num pequeno aumento da concentração do potássio sérico juntamente com uma perda de sódio e fluidos. Ocorre um aumento reflexo da actividade da renina plasmática após a perda/redução da inibição da retroregulação negativa de angiotensina II sobre a secreção da renina e/ou por estimulação de mecanismos reflexos por intermédio dos barorreceptores. Foi sugerido que o efeito hipotensivo dos IECA pode resultar em parte de efeito directo sobre a parede dos vasos.

A ECA também degrada a bradicinina (um potente vasodilatador) em metabolitos inactivos. Em consequência, a inibição da ECA provoca um aumento da actividade do sistema cinina-calicreína circulante e local, que poderá também contribuir para a vasodilatação periférica (activação do sistema das prostaglandinas). Este mecanismo, que é responsável por determinados efeitos colaterais, pode estar implicado no efeito hipotensivo dos inibidores da ECA.

A administração de inibidores da ECA a doentes com hipertensão reduz a tensão arterial na posição de decúbito e de pé numa proporção praticamente igual e, habitualmente, sem um aumento compensador do ritmo cardíaco.

Pode levar várias semanas para se obter uma redução óptima da tensão arterial. Parece não haver um desenvolvimento de tolerância aos efeitos hipotensivos do captopril com a terapêutica de longa duração. A hipertensão reaccional não parece estar associada à paragem abrupta do tratamento.

O captopril é mais efectivo em doentes hipertensos com níveis de renina normais ou elevados. Pode baixar a tensão arterial em doentes com níveis plasmáticos baixos de renina embora estes doentes respondam melhor quando se associa um diurético.

Em doentes com HTA, o captopril reduz a pressão arterial diminuindo a resistência vascular periférica sem alterações da frequência cardíaca, volume de ejecção ou débito cardíaco.

O captopril provoca vasodilatação arterial e provavelmente venosa.

Em doentes com ICC, o captopril reduz a resistência vascular periférica, resistência vascular pulmonar, pressão de encravamento pulmonar e as pressões média arterial e auricular direita. O índex cardíaco, débito cardíaco, volume de ejecção e tolerância ao exercício são aumentados nestes doentes. A frequência cardíaca diminui ou permanece inalterada de forma geral.

Existe alguma evidência que elevadas doses de IECA podem interferir com a libertação pré-sináptica de noradrenalina e a actividade dos receptores alfa-2 pós-sinápticos. O significado clínico desta evidência não está estabelecido.

O aumento da prolactina sérica foi relatado durante a terapêutica com captopril.

5.2 Propriedades farmacocinéticas

Deverá prestar-se uma atenção especial às alterações dos parâmetros farmacocinéticos em certos grupos de doentes, como por exemplo os doentes idosos.

Absorção, distribuição e eliminação: Cerca de 60 a 75 % de uma dose oral de captopril é absorvida no tracto gastrintestinal. A alimentação prévia diminui a absorção em aproximadamente 35%. Cerca de 30% ligam-se às proteínas. O captopril atravessa a placenta e a concentração no leite materno é de 1% da concentração plasmática. Cerca de 40 a 50% do captopril é excretado pela urina de forma inalterada e o restante sob a forma de metabolitos. A semi-vida de eliminação é de 2 a 3 horas, mas está aumentada na insuficiência renal. O captopril é removido por diálise.

5.3 Dados de segurança pré-clínica

Estudos de toxicidade crónica, realizados em ratinhos, ratos, cães e macacos, revelaram toxicidade significativa, relacionada com a ingestão de captopril, a nível hematopoiético, renal e gastrintestinal, bem como alterações irreversíveis do calibre dos vasos sanguíneos da retina.

Estudos em animais realizados durante a organogénese com captopril não mostraram efeito teratogénico, mas o captopril produziu toxicidade fetal em diversas espécies, incluindo mortalidade fetal durante o final da gravidez, atraso no crescimento e mortalidade pós-natal no rato. Com base nos estudos convencionais de farmacologia de segurança, de toxicidade de dose repetida, de genotoxidade e de carcinogenidade, os dados pré-clínicos não revelaram outros perigos específicos para o ser humano.

6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS DO HIPOTENSIL

6.1 Lista dos excipientes

Celulose microcristalina, lactose monohidratada, croscarmelose sódica, sílica coloidal anidra e ácido esteárico.

6.2  Incompatibilidades

Não aplicável.

6.3  Prazo de validade

3 anos.

6.4  Precauções particulares de conservação

Conservar a temperatura inferior a 25°C, na embalagem de origem. Proteger da humidade.

6.5 Natureza e conteúdo do recipiente

Blisters de OPA-Al-PVC/AL contendo 10 comprimidos por blister.

6.6 Precauções especiais de eliminação

Não existem requisitos especiais.

7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Laboratório Medinfar – Produtos Farmacêuticos, S.A. Rua Manuel Ribeiro de Pavia, 1 – 1° Venda-Nova – 2700-547 Amadora

9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Data da primeira autorização: 23 de Abril de 1992

Data da última renovação: 23 de Abril de 2002

10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO

06-02-2009.

Categorias
Primidona

CARACTERÍSTICAS DO MYSOLINE bula do medicamento

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
MYSOLINE

1. NOME DO MEDICAMENTO
Mysoline 250 mg comprimidos

2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA DO MYSOLINE
Cada comprimido contém 250 mg de primidona. Lista completa de excipientes, ver secção 6.1

3. FORMA FARMACÊUTICA DO MYSOLINE
Comprimido.
Redondo, biconvexo, sem revestimento, branco ou quase branco, com ranhura num dos lados e com um “M” de cada lado da ranhura.

O comprimido pode ser dividido em metades iguais.

4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS DO MYSOLINE

4.1 Indicações terapêuticas

Mysoline está indicado no tratamento do grande mal e da epilepsia psicomotora (lobo temporal). É também muito eficaz no tratamento dos ataques focais e Jacksonianos, nos espasmos mioclónicos e nos ataques acinéticos.

4.2 Posologia e modo de administração

O tratamento deve ser sempre planeado numa base individual. Em muitos casos será possível utilizar Mysoline isolado mas, em alguns, será necessário associá-lo a outros anticonvulsivantes.

Mysoline deve ser administrado com precaução em crianças, idosos, doentes debilitados ou em doentes com insuficiência renal, hepática ou respiratória. Nestes casos pode ser necessária uma redução da dose.

Mysoline é geralmente administrado duas vezes por dia. Deve iniciar-se o tratamento com 125 mg diários, ao deitar. Aumentar a dose diária em 125 mg, de três em três dias, até que o doente esteja a tomar 500 mg por dia. Depois, e de três em três dias, aumentar a dose diária em 250 mg para os adultos, ou 125 mg para as crianças com idade inferior a 9 anos – até se conseguir o controlo da situação ou até se atingir a dose máxima tolerada. Esta pode ir até 1500 mg diários em adultos e 1000 mg diários em crianças.
Doses médias diárias de manutenção:

Comprimidos (250 mg) Miligramas (mg)

Crianças até 2 anos 1 – 2 250 – 500
Crianças de 2-5 anos 2 – 3 500 – 750
Crianças de 6-9 anos 3 – 4 750 – 1000
Adultos e crianças com mais de 9 anos 3 – 6 750 – 1500
A dose diária é geralmente fraccionada e administrada em duas doses iguais, uma de manhã e outra à noite. Em certos casos pode ser aconselhável administrar uma dose maior na altura em que os ataques forem mais frequentes. Por exemplo: 1) se os ataques forem nocturnos deve administrar-se a dose completa, ou a maior parte, à noite; 2) se os ataques estiverem associados a outra situação tal como a menstruação, é muitas vezes aconselhável um ligeiro aumento da dose na devida altura.

Doentes medicados com outros anticonvulsivantes: sempre que não seja possível controlar adequadamente os ataques com outros anticonvulsivantes ou se surgirem efeitos secundários, pode utilizar-se Mysoline como adjuvante ou substituto do tratamento existente. Inicialmente, deve-se, adicionar Mysoline ao tratamento anticonvulsivante em curso, pelo método da introdução gradual anteriormente descrito. Quando se obtiver o efeito desejado e Mysoline tiver sido administrado numa quantidade equivalente a, pelo menos, metade da dose necessária, pode tentar-se a interrupção do tratamento anterior. Tal deve ser feito gradualmente durante um período de duas semanas, durante o qual pode ser necessário aumentar a posologia de Mysoline para manter o controlo. A interrupção do tratamento anterior não deve ser demasiado rápida, pois existe o risco de ocorrer o estado epiléptico. Contudo, nos casos em que o fenobarbital tenha constituído a base do tratamento anterior, tanto a sua interrupção como a substituição por Mysoline deve ser mais rápida, de forma a impedir que a sonolência excessiva interfira com o reconhecimento da dosagem mais adequada de Mysoline.

4.3 Contra-indicações

Hipersensibilidade à substância activa, primidona, a qualquer dos excipientes de Mysoline ou ao fenobarbital.

Mysoline não deve ser administrado a doentes com porfíria aguda intermitente.

4.4 Advertências e precauções especiais de utilização

Mysoline deve ser administrado com precaução e pode ser necessário reduzir a dose em crianças, idosos, doentes debilitados ou em doentes com insuficiência renal, hepática ou respiratória.

Mysoline poderá ter efeitos adversos sobre o feto, ver a secção 4.6 Gravidez e aleitamento antes de considerar a sua toma durante a gravidez.
A primidona é um potente depressor do SNC e é parcialmente metabolizada em fenobarbital. Após administração prolongada existe uma tendência para o desenvolvimento de tolerância, dependência e reacções de privação pela interrupção brusca do tratamento.

Foram notificados casos de ideação e comportamento suicida em doentes tratados com medicamentos antiepilépticos, em várias indicações terapêuticas. Uma meta-análise de ensaios aleatorizados de medicamentos antiepilépticos , contra placebo, mostrou também um pequeno aumento do risco de ideação e comportamento suicida. Não é ainda conhecido o mecanismo que explica este risco e os dados disponíveis não excluem a possibilidade de um aumento do risco para a primidona.

Os doentes devem ser monitorizados quanto aos sinais de ideação e comportamento suicida, devendo ser considerada a necessidade de tratamento adequado. Os doentes (e os prestadores de cuidados aos doentes) devem ser aconselhados a contactar o médico assim que surjam sinais de ideação e comportamento suicida.

4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção

Tanto a primidona como o seu principal metabolito, o fenobarbital, induzem a actividade enzimática hepática, principalmente o sistema enzimático CYP 450 3A4. Isto pode provocar alterações na farmacocinética de fármacos administrados simultaneamente. Os fármacos cujo metabolismo possa ser aumentado e levar a uma diminuição da concentração plasmática e/ou diminuição do tempo de semi-vida, devido a uma terapêutica concomitante são: androgéneos, beta-antagonistas, carbamazepina, ciclosporina, clonazepam, cloranfenicol, corticosteróides/glucocorticóides, ciclofosfamida, dicumarinas, digitoxina, doxiciclina, etosuxamida, etoposido, felbamato, granissetrom, lamotrigina, losartan, metadona, metronidazol, mianserina, montelacuste, nelfinavir, nimodipina, contraceptivos orais, oxcarbazepina, fentoína, quinidina, rocurónio, valproato de sódio, tiagabina, teofilinas, topiramato, antidepressores tricíclicos, vecurónio, varfarina e zonisamida.

Os seguintes fármacos inibem o sitema enzimático CYP 450 3A4 e podem originar um aumento das concentrações plasmáticas da primidona e do seu metabolito fenobarbital, quando administrados concomitantemente:
– Cloranfenicol,
– Felbamato,
– Nelfinavir,
– Metrodinazol,
– Valproato de sódio.

A erva de São João (hipericão, Hypericum perforatum) induz o sistema enzimático e pode diminuir a concentração plasmática da primidona e do seu metabolito fenobarbital, e assim, reduzir o efeito terapêutico.

O Mysoline inibe a glucuronidação do paracetamol e pode aumentar a hepatotoxicidade deste.

A ligação da teofilina às proteínas pode afectar a ligação do fenobarbital e alterar os seus níveis plasmáticos.
A administração de Mysoline pode intensificar os efeitos de outros depressores do SNC, tais como o álcool e os barbitúricos.
As interacções descritas em cima têm relevância clínica.

4.6 Gravidez e aleitamento
Gravidez
Todas as mulheres em idade fértil (com possibilidade de engravidar) deverão receber aconselhamento médico especializado antes de iniciarem o tratamento, devido ao aumento do risco de malformações congénitas.

O tratamento com medicamentos anti-epilépticos deverá ser reavaliado sempre que a mulher pretenda engravidar.

O risco de malformações congénitas é 2 a 3 vezes maior nos descendentes de grávidas medicadas com anti-epilépticos. As malformações mais frequentes são dos lábios e cavidade oral, aparelho cardiovascular e tubo neural.

O tratamento com vários medicamentos anti-epilépticos (politerapia) poderá estar associado a um maior risco de malformações congénitas relativamente ao tratamento com um único medicamento (monoterapia). Sempre que possível deverá ser utilizado um regime de medicamento único (monoterapia).

O tratamento com anti-epilépticos não deverá ser interrompido subitamente uma vez que pode aumentar o risco de crises epilépticas com consequências graves para a mãe e/ou para o feto.

Tem havido relatos de anormalidades congénitas, incluindo doença cardíaca congénita, fenda palatina e condições associadas à carência materna de ácido fólico, em lactentes nascidos de mães epilépticas tratadas com primidona. Esta informação deve ser tida em conta quando se considerar a primidona ou tratamentos alternativos da epilepsia durante a gravidez. Podem ocorrer sintomas de privação em recém-nascidos cujas mães receberam Mysoline durante a gravidez.

A terapêutica anticonvulsivante prolongada pode estar associada a uma diminuição dos níveis séricos de folatos. Como as necessidades em ácido fólico também aumentam durante a gravidez, aconselha-se que as doentes em risco sejam regularmente observadas e também é de considerar, embora seja controverso, um tratamento com ácido fólico e vitamina B12.

A terapêutica anticonvulsivante durante a gravidez tem sido ocasionalmente associada a alterações da coagulação de recém-nascidos. Por este motivo, recomenda-se a administração de vitamina K1 à mãe durante o último mês de gravidez e até ao parto. Na ausência de pré-tratamento devem ser administrados à mãe 10 mg de vitamina K1 na altura do parto e deve ser imediatamente administrado 1 mg ao recém-nascido.

Aleitamento
Durante o aleitamento, o bebé deve ser monitorizado para controlo da sedação.

4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas

Tal como acontece com a maioria dos outros anticonvulsivantes, os doentes que conduzem veículos ou operam com máquinas deverão estar prevenidos para o facto de que poderá haver uma redução no tempo de reacção.

4.8 Efeitos indesejáveis

Não existem dados clínicos actualizados sobre este produto que possam constituir uma base de avaliação da frequência dos efeitos indesejáveis. Os efeitos indesejáveis mais frequentes são a sonolência e a apatia e surgem, sobretudo no início de tratamento. Os efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de gravidade dentro de cada classe de frequência.

Frequentes (>1/100) Perturbações gerais e Sonolência
alterações no local de administração

Doenças do sistema Apatia, ataxia, perturbações da visão,
nervoso nistagmo.

Doenças gastrointestinais Náusea

Não frequentes
(1/100-1/1000)
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Cefaleias, tonturas.

Doenças gastrointestinais Vómitos

Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneas

Reacções alérgicas que afectam principalmente a pele. Podem incluir erupção cutânea maculopapular, morbifiliforme ou escarlatiniforme.

Raros (<1/1000)

Doenças do sistema nervoso

Doenças do sangue e do sistema linfático

Afecções hepatobiliares

Alterações de personalidade, que podem incluir reacções psicóticas.

Anemia megaloblástica, discrasia sanguínea.

Aumento das enzimas hepáticas, incluindo a gama-GT e a fosfatase alcalina.

Afecções músculo-esqueléticas e dos tecidos conjuntivos
Artralgia, osteomalacia. Tal como acontece com o fenobarbital, tem sido reportado contratura de Dupuytren.
Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneas

Reacções graves, tais como dermatite esfoliativa, síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica e lúpus eritematoso

As perturbações da visão, cefaleias, tonturas, nistagmo, ataxia, vómitos e naúseas, são geralmente passageiros mesmo quando pronunciados. Por vezes pode ocorrer uma reacção idiossincrática envolvendo estes sintomas, numa forma aguda e grave, necessitando de interrupção do tratamento.

Pode ser necessária a administração de suplementos de vitamina D durante uma terapêutica prolongada com Mysoline, uma vez que o catabolismo da vitamina D pode estar aumentado.

Excepcionalmente e tal como acontece com a fenitoína e o fenobarbital, pode desenvolver-se anemia megaloblástica que requer a interrupção do tratamento com primidona. Esta situação pode ser controlada com ácido fólico e/ou vitamina B12.

4.9 Sobredosagem

A primidona é largamente metabolizada em fenobarbital e a sobredosagem pode induzir vários graus de depressão do SNC que, dependendo da dose ingerida, podem incluir ataxia, perda de consciência, depressão respiratória e coma.

Pode ocorrer cristalúria com a sobredosagem, o que pode constituir um meio de diagnóstico útil em caso de suspeita de sobredosagem com primidona.

Dependendo da gravidade da intoxicação, a terapêutica deverá incluir aspiração gástrica, administração de carvão activo, administração intravenosa de fluidos, diurese alcalina forçada (para obter urina com um pH de 8,0) e outras medidas gerais de suporte. Em circunstâncias de maior perigo de vida, a transfusão sanguínea (caso o doente seja hipotenso) ou hemodiálise são medidas eficazes.

Não existe um antídoto específico.

5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS DO MYSOLINE

5.1 Propriedades farmacodinâmicas

Grupo farmacoterapêutico: 2.6 – Sistema Nervoso Central. Antiepilépticos e anticonvulsivantes
Código ATC: N03AA03

O efeito de Mysoline é devido às propriedades anticonvulsivantes dos três compostos activos, nomeadamente a primidona e os seus dois principais metabolitos: o fenobarbital e a feniletilmalonamida. Não se encontra ainda estabelecida qual a contribuição relativa de cada um destes compostos para o efeito anticonvulsivante observado na prática clínica. Tal como acontece com outros anticonvulsivantes, o mecanismo de acção de Mysoline não é bem
conhecido embora seja provável que os efeitos sobre a membrana neuronal, particularmente as alterações nos fluxos iónicos, desempenhem um papel fundamental.

Tal como outros anticonvulsivantes, Mysoline pode induzir as enzimas hepáticas.

Mysoline pode também afectar o metabolismo da vitamina D, o que pode constituir uma predisposição para doenças ósseas.

5.2 Propriedades farmacocinéticas

Mysoline é rapidamente absorvido a partir do tracto gastrointestinal e o pico plasmático atinge-se cerca de 3 horas após a ingestão. A distribuição da primidona engloba todos os órgãos e tecidos: atravessa as barreiras hemato-encefálica e placentária e é excretada no leite materno. A farmacocinética da primidona é complexa devido à sua biotransformação em dois metabolitos, fenobarbital e feniletilmalonamida, que possuem acção anticonvulsivante e propriedades farmacocinéticas complexas. A primidona possui uma semi-vida plasmática de cerca de 10 horas, sendo consideravelmente inferior à dos seus principais metabolitos. Tanto a primidona como a feniletilmalonamida possuem uma fraca ligação às proteínas plasmáticas, enquanto cerca de metade de fenobarbital se liga às proteínas. Aproximadamente 40% do fármaco é excretado na urina sem sofrer alterações.

5.3 Dados de segurança pré-clínica

A primidona é um fármaco com o qual existe uma vasta experiência clínica. Todas as informações relevantes para o prescritor encontram-se descritas neste Resumo das Características do Medicamento.

6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS DO MYSOLINE

6.1 Lista dos excipientes

Povidona Gelatina
Carmelose cálcica Estearato de magnésio Ácido esteárico Água purificada

6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.

6.3 Prazo de validade
5 anos.

6.4 Precauções especiais de conservação
Não conservar acima de 30°C.
Conservar na embalagem de origem para proteger da luz e humidade Manter o recipiente bem fechado.

6.5 Natureza e conteúdo do recipiente

Frascos de polietileno de alta densidade (HDPE) com tampa de plástico, inviolável e com fecho resistente à abertura por crianças, contendo 20 ou 60 comprimidos.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.

6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Não existem requisitos especiais.
Os produtos não utilizados ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais.

7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Laboratórios Azevedos – Indústria Farmacêutica, S.A. Estrada Nacional 117-Km2 Alfragide
2614-503 Amadora
Telefone: 214725900 Fax: 21 4725990
E-mail: azevedo s(g),mail. telepac. pt

8. NÚMERO (S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

N° de registo: 8988816 – 20 comprimidos, 250 mg, frasco de HDPE com tampa de plástico, inviolável e com fecho resistente à abertura por crianças.
N° de registo: 8988824 – 60 comprimidos, 250 mg, frasco de HDPE com tampa plástico, inviolável e com fecho resistente à abertura por crianças.

9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Data de revisão: 06 Agosto 2001 Data da última renovação: 10 Dezembro 2007

10. DATA DE REVISÃO DO TEXTO
29-04-2009

Categorias
Nistatina

CARACTERÍSTICAS DO MYCOSTATIN bula do medicamento

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
MYCOSTATIN

1. NOME DO MEDICAMENTO

Mycostatin 100.000 U.I./ml Suspensão oral

2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA DO MYCOSTATIN

Cada mililitro da suspensão oral contém 100.000 unidades de nistatina.

Excipientes: sacarose, sódio, para-hidrobenzoato de metilo (E218), para-hidrobenzoato de propilo (E216), etanol. Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.

3. FORMA FARMACÊUTICA DO MYCOSTATIN
Suspensão oral

4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS DO MYCOSTATIN

4.1 Indicações terapêuticas

Mycostatin (nistatina) suspensão oral está indicado para o tratamento de candidíases oral recorrente com diagnóstico médico prévio.

4.2 Posologia e modo de administração

Lactentes: A dose recomendada é de 1 ou 2 ml (100.000 a 200.000 unidades de nistatina) administrada quatro vezes ao dia.
Estudos clínicos limitados em prematuros ou lactentes de baixo peso à nascença indicam que 1 ml administrado quatro vezes ao dia é eficaz.
Crianças e Adultos: A posologia varia de 1 a 6 ml (100.000 a 600.000 unidades de Nistatina) administrada quatro vezes ao dia.
A suspensão deve ser mantida na boca tanto tempo quanto possível (alguns minutos) antes de ser deglutida. Nos lactentes e em crianças jovens, aplicar metade da dose em cada lado da boca.

A posologia deve ser mantida pelo menos 48 horas depois dos sintomas terem desaparecido; se estes piorarem ou se persistirem para além de 14 dias de tratamento, o doente deve ser avaliado e considerada uma terapêutica alternativa.

4.3 Contra-indicações

Hipersensibilidade à nistatina ou a qualquer um dos excipientes.

4.4 Advertências e precauções especiais de utilização

Informação para o doente: Mycostatin suspensão oral deve ser usado de acordo com as instruções do médico. Se houver alívio sintomático durante os primeiros dias da sua administração, o medicamento não deve ser interrompido até que o esquema de tratamento seja completado. Se surgirem sintomas de irritação o doente deve informar o médico imediatamente. O doente deve ser informado quanto à importância de uma boa higiene da boca, incluindo das próteses.
Mycostatin suspensão oral não deve ser utilizado para o tratamento de micoses sistémicas.
Se provocar sensibilização ou irritação o tratamento deve ser interrompido. É recomendável que se proceda a sementeiras, culturas em meio de KOH ou outros métodos de diagnóstico para a confirmação da candidíase e a exclusão de infecções causadas por outros patogénios.

Cada mililitro de Mycostatin contém 0,01 ml de etanol. Esta advertência destina-se a informar os pais e crianças no que respeita ao baixo teor de álcool no medicamento. Consequentemente, este medicamento não é aconselhado em caso de doença hepática, alcoolismo, epilepsia ou na mulher grávida.

Cada mililitro de Mycostatin contém 0,5 g de sacarose. Doentes com problemas hereditários raros de intolerância à frutose, malabsorção de glucose-galactose ou insuficiência de sacarase-isomaltase não devem tomar este medicamento.

4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
Nada a referir.

4.6 Gravidez e aleitamento
Gravidez – Não foram realizados estudos de reprodução no animal com Mycostatin suspensão oral, não se conhecendo também se pode prejudicar o feto quando administrado à mulher grávida ou afectar a capacidade reprodutora, pelo que só deve ser receitado à mulher grávida se o benefício potencial para a mãe justificar o risco potencial para o feto.

Aleitamento – Desconhece-se se a nistatina é excretada pelo leite materno. Embora a sua absorção gastrintestinal seja insignificante deve haver cuidado quando se prescreve à mulher que amamenta.

4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não foram estudados os efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas.

4.8 Efeitos indesejáveis
A nistatina é geralmente bem tolerada por todos os grupos de doentes, incluindo crianças debilitadas mesmo em administração prolongada. Doses grandes por via oral têm ocasionalmente produzido diarreia, perturbação gastrintestinal, náuseas e vómitos. Raramente, tem sido referido exantema, incluindo urticária e, muito raramente, síndroma de Stevens-Johnson. Foram notificados hipersensibilidade e angioedema, incluindo edema facial.

4.9 Sobredosagem

Doses orais de nistatina superiores a 5 milhões de unidades por dia causaram náuseas e perturbação gastrintestinal.

5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS DO MYCOSTATIN

5.1 Propriedades farmacodinâmicas

Grupo farmacoterapêutico: 1.2 Medicamentos anti-infecciosos. Antifúngicos, Código ATC: A07A A02

In vitro a nistatina é fungistática e fungicida contra uma diversidade de leveduras e fungos leveduriformes. A nistatina actua por ligação aos esteróides na membrana celular das estirpes sensíveis de Cândida, provocando alterações na permeabilidade da membrana e a subsequente saída dos componentes intracelulares. Em subculturas repetidas com concentrações crescentes de nistatina, a Cândida albicans não lhe desenvolve resistência. Em geral, a resistência à nistatina não se desenvolve durante a terapêutica.
A nistatina não tem qualquer actividade contra bactérias, protozoários ou vírus.

5.2 Propriedades farmacocinéticas

A absorção gastrintestinal da nistatina é insignificante, passando a sua maior parte em forma não modificada para as fezes, quando administrada por via oral.

5.3 Dados de segurança pré-clínica

Não foram efectuados estudos de longa duração no animal para avaliar o potencial carcinogénico da nistatina nem para avaliar a sua mutagenicidade ou os seus efeitos na fertilidade masculina ou feminina.

6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS DO MYCOSTATIN

6.1 Lista dos excipientes

Sacarose, glicerina, carmelose, fosfato de sódio dibásico, para-hidroxibenzoato de metilo (E218), para-hidroxibenzoato de propilo (E216), etanol, aroma de cereja, óleo essencial de hortelã-pimenta, aldeído cinâmico, ácido clorídrico, hidróxido de sódio e água purificada

6.2 Incompatibilidades

Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
2 anos.

6.4 Precauções especiais de conservação
Conservar a temperatura inferior a 25°C.

6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Frasco de vidro com 30 ml da suspensão oral

6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Não existem requisitos especiais.

7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Bristol-Myers Squibb Farmacêutica Portuguesa, S.A. Quinta da Fonte – Edifício Fernão de Magalhães, Piso 1 Porto Salvo, 2780-730 Paço de Arcos

8. NÚMERO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
N° de registo: 8344705 – 30 ml, suspensão oral, 100.000 U.I./ml, frasco de vidro

9. DATA DA RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Data da primeira autorização: 12 de Fevereiro de 1973
Data de revisão: 28 de Novembro de 1996
Data da última renovação: 28 de Novembro de 2001

10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO
28-05-2009

Categorias
Etinilestradiol Gestodeno

CARACTERÍSTICAS DO HARMONET bula do medicamento

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

HARMONET

1.  NOME DO MEDICAMENTO

Harmonet 0,02 mg + 0,075 mg comprimido revestido

2.  COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA DO HARMONET

Cada comprimido revestido contém 0,075 mg de gestodeno e 0,02 mg de etinilestradiol. Excipientes:

Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.

3. FORMA FARMACÊUTICA DO HARMONET

Comprimido revestido.

4.  INFORMAÇÕES CLÍNICAS DO HARMONET

4.1       Indicações terapêuticas Prevenção da gravidez.

4.2       Posologia e modo de administração Como tomar Harmonet

Tomar um comprimido por dia, sempre à mesma hora, seguindo a ordem indicada no blister, durante 21 dias consecutivos. O blister seguinte deverá ser iniciado após um intervalo livre de 7 dias, durante o qual ocorrerá a hemorragia de privação que surge, normalmente, decorridos 2-3 dias após a toma do último comprimido e pode não ter terminado quando se iniciar um novo blister.

Como iniciar a toma de Harmonet

  • Ausência de contracepção hormonal no mês anterior

Harmonet deve ser iniciado no primeiro dia do ciclo menstrual (i.e., no primeiro dia da hemorragia menstrual). Harmonet pode também ser iniciado entre o 2° e o 7° dia do ciclo menstrual; neste caso, no entanto, recomenda-se a utilização de um método contraceptivo não hormonal adicional (tal como preservativo e espermicida) durante os primeiros 7 dias de toma dos comprimidos.

  • Mudança de outro contraceptivo oral de associação (COA) para Harmonet

A mulher deve iniciar o Harmonet, de preferência, no dia seguinte à toma do último comprimido activo do contraceptivo oral anterior, podendo iniciar-se o mais tardar no dia seguinte ao intervalo livre da toma habitual do contraceptivo oral anterior ou à toma do último comprimido inactivo do contraceptivo oral anterior.

  • Mudança de um contraceptivo contendo apenas um progestagénio (mini-pílula injecção, implante)

A mulher pode mudar da mini-pílula em qualquer dia, iniciando o Harmonet no dia seguinte. No caso da remoção de um implante, o Harmonet deve ser iniciado no dia da sua remoção ou, no caso de uma injecção, no dia programado para a próxima injecção. Em todas estas situações, a mulher deve ser instruída no sentido de utilizar um método contraceptivo não hormonal adicional durante os primeiros 7 dias de toma dos comprimidos.

  • Após um aborto ocorrido no primeiro trimestre

A mulher pode iniciar de imediato a toma de Harmonet, não sendo necessárias, nestes casos, quaisquer medidas contraceptivas adicionais.

  • Após o parto ou após aborto ao segundo trimestre

Dado que o período pós-parto imediato está associado a um risco acrescido de tromboembolismo, a toma de COA não deve ser iniciada antes do 28° dia após o parto nas mulheres que não estão a amamentar, ou após aborto ao segundo trimestre. A mulher deve ser aconselhada a utilizar um método contraceptivo não hormonal adicional nos primeiros 7 dias de toma dos comprimidos. No entanto, se a mulher já teve relações sexuais, deve excluir-se a existência de gravidez antes de iniciar Harmonet ou aguardar o reinício do ciclo menstrual. (ver secção 4.4 e 4.6 ).

Como proceder em caso de esquecimento de um ou mais comprimidos

A protecção contraceptiva pode diminuir em caso de esquecimento, particularmente quando o

esquecimento se prolonga para além dos dias de intervalo livre de toma.

  • Se se verificar o esquecimento de um comprimido no horário habitual, a sua toma deverá ser feita, logo que possível, durante as 12 horas seguintes. Os restantes comprimidos deverão ser tomados como habitualmente.
  • Se se verificar o esquecimento de um comprimido por um período superior a 12 horas após o horário habitual ou se for esquecido mais do que um comprimido, a protecção contraceptiva poderá estar reduzida. O último comprimido esquecido deverá ser tomado o mais rapidamente possível, mesmo que tal implique a toma de dois comprimidos no mesmo dia. Os restantes comprimidos devem ser tomados como habitualmente. Recomenda-se a utilização adicional de um método de contracepção não hormonal nos 7 dias seguintes.

Se os 7 dias durante os quais é necessário utilizar um método contraceptivo adicional ultrapassarem o dia da toma do último comprimido do blister que está a ser utilizado, o próximo blister deve ser iniciado assim que o actual termine, não devendo ser feito qualquer intervalo entre os dois blisteres. Deste modo, previne-se um intervalo prolongado na toma dos comprimidos, o que poderia aumentar o risco de ocorrer uma ovulação de escape. A mulher só deverá ter hemorragia de privação depois de concluir o segundo blister de Harmonet. Podem, no entanto, surgir episódios de spotting ou de hemorragia de disrupção durante a toma dos comprimidos. Se após a toma do segundo blister não ocorrer a hemorragia de privação, deve ser excluída a possibilidade de gravidez antes de ser iniciado o blister seguinte.

Advertência em caso de vómitos

Se ocorrerem vómitos nas 4 horas seguintes à toma do comprimido, a absorção de Harmonet pode não ser completa. Neste caso, deverão ser seguidas as recomendações descritas em

“Como proceder em caso de esquecimento de um ou mais comprimidos” e a mulher deve tomar um comprimido adicional de um outro blister.

Como atrasar a menstruação

Para atrasar a menstruação, a mulher deve iniciar outro blister de Harmonet, sem efectuar qualquer intervalo entre os dois blisteres. Este atraso pode ser prolongado até terminar o segundo blister. Durante o prolongamento poderá ocorrer uma hemorragia de disrupção ou spotting. A toma regular de Harmonet deve ser recomeçada após o intervalo habitual de 7 dias sem toma dos comprimidos.

4.3  Contra-indicações

Harmonet está contra-indicado nas seguintes situações:

  • hipersensibilidade às substâncias activas ou a qualquer um dos excipientes;
  • trombose venosa profunda ou antecedentes de trombose venosa profunda;
  • tromboembolismo ou antecedentes de tromboembolismo;
  • doença arterial coronária ou vascular cerebral;
  • valvulopatias trombogénicas;
  • alterações rítmicas trombogénicas;
  • trombofilias adquiridas ou hereditárias
  • cefaleias com sintomas neurológicos focais, tais como aura;
  • diabetes com compromisso vascular;
  • hipertensão arterial não controlada;
  • carcinoma da mama conhecido ou suspeito ou outras neoplasias dependentes dos estrogénios conhecidas ou suspeitas;
  • carcinomas ou adenomas hepáticos ou doença hepática activa, cujas provas de função hepática não tenham retomado os valores normais;
  • hemorragia vaginal não diagnosticada;
  • gravidez conhecida ou suspeita.

4.4    Advertências e precauções especiais de utilização
Advertências

O tabagismo aumenta o risco de reacções adversas cardiovasculares graves em mulheres utilizadoras de contraceptivos orais. Este risco aumenta com a idade e com os hábitos tabágicos (em estudos epidemiológicos realizados, o consumo de 15 ou mais cigarros por dia foi associado a um risco significativamente acrescido de doença cardiovascular). Este risco é consideravelmente mais pronunciado em mulheres com mais de 35 anos. Por essa razão, as mulheres utilizadoras de contraceptivos orais devem deixar de fumar.

Acidentes trombóticos e tromboembólicos arteriais e venosos

A utilização de COA está associada a um risco acrescido de acidentes trombóticos e

tromboembólicos arteriais e venosos.

Sempre que se opte por um regime de tratamento com uma associação de estrogénios e progestagénios, recomenda-se a prescrição da dose mínima compatível com uma boa eficácia contraceptiva e que satisfaça as necessidades de cada mulher.

Uma mulher que inicie a toma de contraceptivos orais pela primeira vez, deve utilizar uma formulação com uma quantidade inferior a 0,050 mg de estrogénios.

  • Acidentes trombóticos e tromboembólicos venosos

A utilização de COA aumenta o risco de acidentes trombóticos e tromboembólicos venosos, nomeadamente trombose venosa profunda e embolismo pulmonar.

A utilização de qualquer COA está associada a um aumento do risco de acidentes trombóticos e tromboembólicos venosos comparativamente à não utilização. O acréscimo no risco é maior durante o primeiro ano de utilização em mulheres que nunca tomaram COA e é menor que o risco de acidentes trombóticos e tromboembólicos venosos associado à gravidez, o qual se estima ser de 60 casos por 100.000 mulheres-anos. O tromboembolismo venoso é fatal em 1-2 % dos casos.

Verificou-se em vários estudos epidemiológicos que as mulheres que utilizam contraceptivos orais contendo etinilestradiol, na maioria dos casos com uma dosagem de 30 |ig, associado a um progestagénio como o desogestrel ou o gestodeno, têm um risco aumentado de acidentes trombóticos e tromboembólicos venosos comparativamente às que utilizam contraceptivos orais contendo menos de 0,050 mg de etinilestradiol e o progestagénio levonorgestrel. Dados de alguns estudos adicionais não demonstraram este aumento do risco. Relativamente aos COA contendo 0,020 mg de etinilestradiol em associação com gestodeno (tal como o Harmonet), a informação disponível é insuficiente para concluir sobre o risco comparativo de acidentes trombóticos e tromboembólicos.

Relativamente aos contraceptivos orais contendo 0,030 mg de etinilestradiol em associação com desogestrel ou gestodeno, quando comparados com outros contraceptivos orais contendo menos de 0,050 mg de etinilestradiol e levonorgestrel, estimou-se que o risco relativo global de acidentes trombóticos e tromboembólicos venosos se encontrava no intervalo 1,5-2,0. A incidência de acidentes trombóticos e tromboembólicos venosos para os COA contendo levonorgestrel com menos de 0,050 mg de etinilestradiol é de aproximadamente 20 casos por 100.000 mulheres-anos de utilização. Relativamente aos contraceptivos orais contendo 0,030 mg de etinilestradiol em associação com desogestrel ou gestodeno, a incidência é de aproximadamente 30-40 casos por 100.000 mulheres-anos de utilização, ou seja, de 10-20 casos adicionais por 100.000 mulheres-anos de utilização.

Recomenda-se que toda esta informação seja considerada quando se prescreve Harmonet, bem como quando se aconselha a mulher relativamente à escolha do método contraceptivo.

O risco de acidentes trombóticos e tromboembólicos venosos está mais aumentado nas mulheres com situações clínicas predisponentes a acidentes trombóticos e tromboembólicos venosos, pelo que deverá existir algum cuidado na prescrição de contraceptivos orais nestas mulheres.

São exemplos de situações que predispõem para acidentes trombóticos e tromboembólicos venosos:

–    obesidade;

–    cirurgia ou traumatismo com risco acrescido de trombose;

–    parto recente ou aborto ao 2° trimestre;

–    imobilização prolongada;

–    idade.

O risco relativo de complicações tromboembólicas no pós-operatório pode aumentar 2 a 4 vezes após a utilização de COA e o risco relativo de trombose venosa é duas vezes superior em mulheres com situações que predispõem para este tipo de acidentes. Se possível, o Harmonet deve ser descontinuado:

–  nas 4 semanas anteriores e nas duas semanas posteriores a uma cirurgia electiva com risco acrescido de trombose; e

–  durante uma imobilização prolongada.

Dado que o pós-parto imediato está associado a um risco acrescido de tromboembolismo, a toma de COA não deve ser iniciada antes do 28° dia do puerpério nas mulheres que não estão a amamentar, ou após aborto ao segundo trimestre.

  • Acidentes trombóticos e tromboembólicos arteriais

A utilização de COA aumenta o risco de acidentes trombóticos e tromboembólicos arteriais, tendo sido referidos acidentes como enfarte do miocárdio e acidentes vasculares cerebrais (isquémia e hemorragia cerebral, acidente isquémico transitório).

O risco de acidentes trombóticos e tromboembólicos arteriais está aumentado nas mulheres com factores de risco subjacentes, pelo que a prescrição de COA nestas mulheres deverá ser feita cuidadosamente.

São exemplos de factores de risco de acidentes trombóticos e tromboembólicos arteriais:

–  tabagismo;

–  hipertensão arterial;

–  hiperlipidémias;

–  obesidade;

–  idade.

As utilizadoras de contraceptivos orais com enxaquecas, nomeadamente enxaquecas com aura, podem estar sujeitas a um risco acrescido de acidente vascular cerebral (ver secção 4.3).

Lesões oculares

Durante a utilização de COA, foram notificados casos de trombose vascular da retina, o que poderá originar perda parcial ou total da visão. Se surgirem sinais ou sintomas, tais como alterações visuais, início de exoftalmia ou diplopia, papiledema ou lesões vasculares da retina, o Harmonet deve ser descontinuado e a causa imediatamente avaliada.

Pressão arterial

Verificou-se um aumento da pressão arterial nas mulheres que tomam COA.

Mulheres com hipertensão, antecedentes de hipertensão, ou com doenças relacionadas com a hipertensão (incluindo algumas doenças renais), deverão ser aconselhadas a usar outro método contraceptivo. Se uma mulher, nestas condições, optar pelo COA, deve ser então cuidadosamente vigiada e se ocorrer uma elevação significativa da pressão arterial, o Harmonet deve ser suspenso.

O aumento da pressão arterial relacionado com a toma de COA desaparece geralmente após a sua descontinuação, parecendo não existir qualquer diferença entre a ocorrência de hipertensão arterial em mulheres utilizadoras ou não utilizadoras.

Os COA estão contra-indicados em mulheres com hipertensão arterial não controlada (ver secção 4.3).

Carcinoma dos órgãos reprodutores

Alguns estudos sugerem que, em algumas populações de mulheres, a utilização de COA pode estar associada a um aumento do risco de neoplasia intra-epitelial cervical ou de cancro cervical invasivo. No entanto, permanece controverso o facto destes resultados poderem ser atribuídos a factores relacionados com o comportamento sexual ou a outros factores. Em caso de hemorragia genital anormal não diagnosticada, recomenda-se a realização de exames complementares para esclarecimento da mesma.

Uma meta-análise de 54 estudos epidemiológicos evidenciou que as mulheres utilizadoras de contraceptivos orais têm um aumento muito ligeiro do risco relativo (RR=1,24) de diagnóstico de cancro da mama, quando comparado com as não utilizadoras. Este aumento do risco desaparece gradualmente durante os 10 anos seguintes à interrupção do tratamento com COA. Estes estudos não fornecem evidência que permita estabelecer uma relação de causalidade. O aumento do risco de cancro da mama diagnosticado pode ser devido à detecção precoce de cancro da mama em utilizadoras de COA (devido a uma monitorização clínica mais regular) e/ou ao efeito biológico dos COA. Dado o cancro da mama ser raro na mulher com menos de 40 anos, o número excessivo diagnosticado em mulheres utilizadoras, actuais ou recentes, de contraceptivos orais foi inferior ao risco cumulativo de cancro da mama durante a sua vida. Os cancros da mama diagnosticados em utilizadoras de contraceptivos orais tendem a ser de estadio menos avançado que os diagnosticados nas não utilizadoras.

Neoplasia hepática/Doença hepática

A utilização de COA pode estar associada, em casos muito raros, a adenomas hepáticos, e em casos extremamente raros, a carcinoma hepatocelular. O risco parece estar associado à duração do tratamento. A ruptura destes adenomas hepáticos pode ser fatal por provocar hemorragias intra-abdominais. A ocorrência de lesões hepáticas é mais provável nas mulheres com história de colestase associada à toma de COA ou com colestase durante a gravidez. Se estas mulheres optarem pela utilização de COA, devem ser cuidadosamente vigiadas e caso a situação recorra, o Harmonet deve ser suspenso.

Enxaquecas/Cefaleias

O aparecimento ou a exacerbação de enxaqueca ou o desenvolvimento de cefaleias com um padrão novo e recorrente, persistente ou intenso, obriga a uma interrupção de COA e a uma avaliação da causa.

Mulheres com enxaquecas, nomeadamente enxaquecas com aura, e que tomam contraceptivos orais, podem estar sujeitas a um risco acrescido de acidente vascular cerebral (ver secção 4.3).

Outros

Produtos naturais ou extractos vegetais contendo Hypericum perforatum quando utilizados concomitantemente com Harmonet, podem diminuir as concentrações séricas de etinilestradiol, e consequentemente diminuir os seus efeitos terapêuticos (ver secção 4.5).

Precauções

Exames médicos

Antes de iniciar a terapêutica com Harmonet, deve obter-se uma história clínica e familiar completa e exame físico que inclua a pressão arterial. Esta avaliação médica deve ser repetida regularmente durante a utilização de COA.

Efeitos nos hidratos de carbono e nos lípidos

Foi notificada intolerância à glucose em mulheres que tomam contraceptivos orais, pelo que as mulheres com alterações da tolerância à glucose ou diabetes mellitus devem ser cuidadosamente monitorizadas durante a utilização de Harmonet.

Harmonet comprimidos revestidos contém lactose. Mulheres com doenças hereditárias raras de intolerância à galactose, deficiência de lactase de Lapp ou malabsorção de glucose-galactose não devem tomar este medicamento.

Harmonet comprimidos revestidos contém sacarose. Doentes com doenças hereditárias raras de intolerância à frutose, malabsorção de glucose-galactose ou insuficiência de sacarase-isomaltase não devem tomar este medicamento.

Uma pequena percentagem de mulheres terão alterações lipídicas adversas enquanto estiverem a tomar COA. Em mulheres com dislipidémias não controladas, deve ser considerada a contracepção não hormonal. Uma pequena percentagem de mulheres pode apresentar hipertrigliceridémia persistente enquanto toma contraceptivos orais. Aumentos dos triglicéridos plasmáticos podem originar pancreatite e outras complicações.

As mulheres que tomam COA e que estão a ser tratadas por hiperlipidémia devem ser cuidadosamente vigiadas.

Hemorragia genital

Em algumas mulheres, a hemorragia de privação poderá não ocorrer nos dias do intervalo da toma. Se os comprimidos não foram tomados correctamente antes da primeira falta de hemorragia de privação ou se ocorrem duas faltas da hemorragia de privação consecutivas, deve suspender-se a toma dos comprimidos e utilizar-se um método contraceptivo não hormonal alternativo, até se excluir a possibilidade de gravidez.

Verifica-se, por vezes, uma hemorragia intermenstrual ou spotting, especialmente durante os três primeiros meses de utilização. O tipo e a dose de progestagénio podem ser importantes. Se estas hemorragias persistirem ou recorrerem, devem ser consideradas causas não hormonais e deve proceder-se ao diagnóstico através dos exames complementares adequados. Se for excluída a possibilidade de uma patologia, a continuação da utilização de Harmonet ou a alteração para outra formulação pode resolver o problema.

Algumas mulheres podem apresentar amenorreia pós-contraceptivo oral (com possível anovulação) ou oligomenorreia, especialmente se forem situações pré-existentes.

Depressão

Numa mulher com história de depressão, a utilização dos COA deve ser cuidadosa e o medicamento deve ser suspenso se se verificar uma recorrência grave da depressão. Se durante a toma de Harmonet a depressão aumentar de modo significativo, a toma do contraceptivo oral deve ser suspensa e deve ser utilizado um método de contracepção alternativo para verificar se os sintomas estão relacionados com o Harmonet.

Outros

As mulheres devem ser informadas de que o Harmonet não confere protecção contra a infecção pelo vírus HIV (SIDA) ou outras doenças sexualmente transmissíveis.

A diarreia e os vómitos podem reduzir a absorção hormonal, com a consequente diminuição das concentrações séricas (ver Advertência em caso de vómitos na secção 4.2 e a secção 4.5).

4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção

As interacções entre o etinilestradiol e outras substâncias podem levar à diminuição ou aumento da concentração sérica do etinilestradiol, respectivamente.

A diminuição das concentrações séricas do etinilestradiol pode originar uma maior incidência de hemorragia de disrupção e irregularidades menstruais e pode possivelmente reduzir a eficácia de Harmonet.

Durante a utilização concomitante de Harmonet com substâncias que diminuem a concentração sérica do etinilestradiol, recomenda-se a utilização de um método contraceptivo não hormonal adicional (por exemplo, preservativo e espermicida). No caso de utilização prolongada desses medicamentos, os COA não devem ser considerados como um método de contracepção de primeira linha.

Depois da descontinuação das substâncias que podem diminuir a concentração sérica do etinilestradiol, recomenda-se a utilização de um método contraceptivo não hormonal adicional durante, pelo menos, 7 dias. Após a descontinuação das substâncias causadoras de indução das enzimas microssomais hepáticas que provocaram diminuição das concentrações séricas de etinilestradiol recomenda-se uma utilização mais prolongada do método contraceptivo adicional. A indução enzimática pode demorar várias semanas para regredir completamente, dependendo da dose, duração da utilização e taxa de eliminação da substância indutora.

Exemplos de substâncias que podem diminuir a concentração sérica do etinilestradiol:

–   qualquer substância que reduza o trânsito gastrointestinal e consequentemente a absorção do etinilestradiol;

–   substâncias que induzem as enzimas microssomais hepáticas tais como a rifampicina, rifabutina, barbitúricos, primidona, fenilbutazona, fenitoína, dexametasona, griseofulvina, topiramato, alguns inibidores da protease e modafinil;

–   Hypericum perforatum, conhecido por chá de hipericão, e ritonavir (possivelmente por indução das enzimas microssomais hepáticas);

–   alguns antibióticos (por ex. ampicilina ou outras penicilinas e tetraciclinas), por diminuição da circulação entero-hepática dos estrogénios.

Exemplos de substâncias que podem aumentar a concentração sérica do etinilestradiol:

–   atorvastatina;

–   inibidores competitivos da sulfoconjugação na parede gastrointestinal tais como ácido ascórbico (vitamina C) e paracetamol (acetoaminofeno);

substâncias que inibem as isoenzimas 3A4 do citocromo P450, tais como indinavir, fluconazole e troleandomicina.

A troleandomicina pode aumentar o risco de colestase intra-hepática durante a administração simultânea com COA.

O etinilestradiol pode interferir com o metabolismo de outros fármacos por inibição das enzimas microssomais hepáticas, ou por indução da conjugação hepática dos fármacos, particularmente a glucuronoconjugação. Deste modo, as concentrações plasmáticas e tecidulares podem ser aumentadas (por ex: ciclosporina, teofilina, corticosteróides) ou diminuídas (por ex: lamotrigina).

Nos doentes tratados com flunarizina, a utilização de COA pode aumentar o risco de surgir galactorreia.

De modo a identificar potenciais interacções, deve consultar-se toda a informação relativa aos medicamentos administrados concomitantemente.

Interferências com Testes Laboratoriais

A utilização de COA pode provocar alterações fisiológicas que se podem reflectir nos resultados de determinados testes laboratoriais, incluindo:

–   parâmetros bioquímicos da função hepática (diminuição da bilirrubina e da fosfatase alcalina), da função tiroideia (elevação das T3 e T4 totais devido à elevação da proteína de ligação à tiroxina e diminuição da T3 livre pelo método da resina), da função suprarrenal (aumento do cortisol plasmático, aumento da globulina de ligação ao cortisol, diminuição do sulfato de desidroepiandrosterona) e da função renal (aumento da creatininémia e da depuração da creatinina);

–   níveis plasmáticos de algumas proteínas transportadoras, tais como as globulinas de ligação aos corticosteróides e fracções lipídicas e lipoproteínas;

–   parâmetros do metabolismo dos hidratos de carbono;

–   parâmetros da coagulação e da fibrinólise;

–   diminuição dos níveis séricos de folatos.

4.6 Gravidez e aleitamento Gravidez:

Este medicamento não está indicado na gravidez (ver secção 4.3).

Extensos estudos epidemiológicos evidenciaram que não existe um risco acrescido de anomalias em crianças nascidas de mulheres utilizadoras de COA antes da gravidez.

Se ocorrer uma gravidez durante a utilização de Harmonet, este deve ser interrompido de imediato, muito embora estudos realizados não tenham sugerido um efeito teratogénico quando tomado, inadvertidamente, no início da gravidez.

Aleitamento:

Em geral, não se recomenda a utilização de COA em mulheres a amamentar.

Foram identificadas pequenas quantidades de esteróides contraceptivos e/ou metabolitos no leite de mulheres em período de aleitamento, tendo sido referidos alguns efeitos adversos nas crianças, incluindo icterícia e aumento do volume mamário. A toma de Harmonet pode influenciar a lactação, podendo reduzir a quantidade de leite materno e alterar a sua composição.

Durante a lactação, deve ser proposto outro método contraceptivo.

4.7       Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não relevante.

4.8       Efeitos indesejáveis

A utilização de contraceptivos orais tem sido associada a:

–   risco aumentado de acidentes trombóticos e tromboembólicos arteriais e venosos, incluindo enfarte do miocárdio, acidente vascular cerebral, acidente isquémico transitório, trombose venosa e embolismo pulmonar;

–   risco aumentado de neoplasia intra-epitelial do colo do útero e de cancro do colo do útero;

–   risco aumentado de diagnóstico de cancro da mama.

Os efeitos indesejáveis são classificados de acordo com a sua frequência de notificação pelo

CIOMS em:

Muito frequentes:  > 10% Frequentes:  > 1% e < 10% Pouco frequentes: > 0,1% e < 1% Raros: > 0,01% e < 0,1% Muito raros: < 0,01%

Os efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de gravidade dentro de cada classe de frequência.

Os efeitos indesejáveis mais graves verificados com a utilização de contraceptivos orais são referidos na secção 4.4. Outros efeitos indesejáveis que têm sido relatados com a utilização de contraceptivos orais são os seguintes:

INFECÇÕES E INFESTAÇÕES Frequentes: Vaginite, incluindo candidíase

NEOPLASIAS BENIGNAS, MALIGNAS E NÃO ESPECIFICADAS (INCLUINDO QUISTOS E POLIPOS)

Muito raros: Adenomas hepáticos; carcinomas hepatocelulares DOENÇAS DO SISTEMA IMUNITÁRIO

Raros: Reacções anafilácticas/anafilactóides, incluindo casos muito raros de urticária, angioedema, e reacções intensas a nível respiratório ou circulatório Muito raros: Exacerbação do lúpus eritematoso sistémico

DOENÇAS DO METABOLISMO E DA NUTRIÇÃO

Pouco frequentes: Alterações do apetite (aumento ou diminuição) Raros: Intolerância à glucose

Muito raros: Exacerbação da porfiria

PERTURBAÇÕES DO FORO PSIQUIÁTRICO

Frequentes: Alterações do humor, incluindo depressão; alterações da líbido

DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO

Muito frequentes: Cefaleias, incluindo enxaqueca Frequentes: Nervosismo, tonturas Muito raros: Exacerbação da coreia

AFECÇÕES OCULARES

Raros: Intolerância às lentes de contacto

Muito raros: Nevrite óptica*, trombose vascular da retina

VASCULOPATIAS

Muito raros: Agravamento das veias varicosas

DOENÇAS GASTROINTESTINAIS

Frequentes: Náuseas, vómitos, dor abdominal

Pouco frequentes: Cólicas abdominais, distensão abdominal

Muito raros: Pancreatite,

AFECÇÕES HEPATOBILIARES

Raros: Icterícia colestática

Muito raros: Doença da vesícula biliar, incluindo litíase**

AFECÇÕES DOS TECIDOS CUTÂNEOS E SUBCUTÂNEAS Frequentes: Acne

Pouco frequentes: Erupção cutânea, cloasma (melasma) que pode persistir, hirsutismo, alopécia

Raros: Eritema nodoso

Muito raros:  Eritema multiforme

DOENÇAS RENAIS E URINÁRIAS

Muito raros: Síndrome hemolítico urémico

DOENÇAS DOS ÓRGÃOS GENITAIS E DA MAMA Muito frequentes: Hemorragias de disrupção/spotting

Frequentes: Mastalgias, sensibilidade mamária, aumento do volume mamário, secreção mamária, dismenorreia, alterações do fluxo menstrual, alterações da secreção e ectropion cervical, amenorreia

PERTURBAÇÕES GERAIS E ALTERAÇÕES NO LOCAL DE ADMINISTRAÇÃO

Frequentes: Retenção de fluidos/edema

EXAMES COMPLEMENTARES DE DIAGNÓSTICO Frequentes: Alterações do peso (aumento ou diminuição)

Pouco frequentes: Aumento da tensão arterial, alterações dos níveis lipídicos séricos, incluindo hipertrigliceridémia

Raros: Diminuição dos níveis séricos de folatos***

* A nevrite óptica pode originar perda parcial ou completa da visão.

** Os COA podem agravar a doença da vesícula biliar e acelerar o desenvolvimento de doença previamente assintomática.

*** Os níveis séricos de folatos podem ser diminuídos pela utilização de COA. Esta situação pode ter expressão clínica se a mulher engravidar imediatamente após a suspensão do contraceptivo oral.

4.9 Sobredosagem

Os sintomas de uma sobredosagem com contraceptivos orais em adultos e crianças podem incluir náuseas, vómitos, sensibilidade mamária, tonturas, dor abdominal e sonolência/fadiga. Nos indivíduos do sexo feminino pode ocorrer hemorragia de privação. Não existe antídoto específico e o tratamento da sobredosagem, se necessário, é sintomático.

5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS DO HARMONET

5.1  Propriedades farmacodinâmicas

Grupo farmacoterapêutico: 8.5.1.2. – Hormonas e medicamentos usados no tratamento das doenças endócrinas. Hormonas sexuais. Estrogénios e progestagénios. Anticoncepcionais

Código ATC: G03AA10

Os COA actuam por um mecanismo de inibição das gonadotrofinas. Embora o mecanismo principal desta acção seja a inibição da ovulação, também originam alterações no muco cervical (o que aumenta a dificuldade do esperma atravessar o muco cervical e assim penetrar na cavidade uterina) e no endométrio (reduzindo a probabilidade de implantação).

A taxa de falhas dos COA é cerca de 0,1% ao ano, desde que administrados de forma correcta e precisa; contudo, a taxa de falhas na utilização habitual em todos os contraceptivos orais é de 5% ao ano. A eficácia da maioria dos métodos contraceptivos depende da correcção na sua utilização. Deste modo, a falha do método contraceptivo oral está mais relacionada com o esquecimento da toma dos comprimidos.

5.2    Propriedades farmacocinéticas

Etinilestradiol: Absorção

O etinilestradiol, é rápida e completamente absorvido a partir do tracto gastrointestinal. A biodisponibilidade absoluta é de aproximadamente 40-60%. A concentração sérica máxima é atingida após 1-2 horas.

Distribuição

O etinilestradiol liga-se fortemente à albumina sérica (aproximadamente 98%). O etinilestradiol induz um aumento nas concentrações plasmáticas das proteínas transportadoras de hormonas sexuais (SHBG). O estado estacionário é atingido durante a segunda metade do ciclo de tratamento quando os níveis séricos são cerca de 30-50% superiores (comparativamente à toma única).

Metabolismo

O etinilestradiol sofre conjugação pré-sistémica a nível da mucosa do intestino delgado e do fígado, bem como circulação entero-hepática. A hidroxilação na posição 2 pelas enzimas do citocromo P450 é a principal reacção oxidativa. Formam-se vários metabolitos hidroxilados e metilados que se apresentam na forma livre e na forma conjugada com glucuronidos e sulfatos.

Eliminação

A diminuição dos níveis séricos ocorre em duas fases. A semi-vida terminal do etinilestradiol é de aproximadamente 16-18 horas. Os metabolitos são excretados em maior percentagem nas fezes do que na urina.

Gestodeno: Absorção

0  gestodeno é rápida e completamente absorvido a partir do tracto gastrointestinal. A biodisponibilidade absoluta é de cerca de 99%. A concentração sérica máxima é atingida

1  hora após a ingestão.

Distribuição

O gestodeno liga-se principalmente à globulina de ligação às hormonas sexuais-SHBG (50­70%) e em menor percentagem à albumina sérica. Apenas 1-2% da concentração sérica total do fármaco se apresenta como esteróide livre. Após a administração repetida ocorre acumulação plasmática, atingindo-se o estado estacionário durante a segunda metade do ciclo de tratamento.

Metabolismo

O gestodeno é completamente metabolizado por redução do grupo 3-ceto e da dupla ligação

-4 e ainda por vários passos metabólicos oxidativos. O gestodeno não altera significativamente a cinética do etinilestradiol.

Eliminação

A semi-vida terminal do gestodeno é de 16-18 horas após administração repetida. Os metabolitos são excretados em maior percentagem na urina do que nas fezes.

5.3 Dados de segurança pré-clínica

Foram efectuados estudos toxicológicos com cada um dos componentes individualmente e com a associação.

Os estudos de toxicidade aguda em animais não revelaram risco de sintomas agudos provocados por sobredosagem acidental.

Estudos de segurança com administração repetida não revelaram quaisquer efeitos sugestivos de riscos inesperados no ser humano.

Estudos de carcinogenicidade de dose repetida, a longo prazo, não demonstraram qualquer potencial carcinogéneo; no entanto, é importante ter em consideração que os esteróides sexuais podem promover o desenvolvimento de certos tecidos em tumores hormono-dependentes.

Estudos de teratogenicidade não apontam qualquer risco particular quando as associações estrogénio-progestagénio são usadas correctamente; contudo é essencial suspender imediatamente o Harmonet se for tomado por engano no início da gravidez.

Os estudos de mutagenicidade não revelaram qualquer potencial mutagénico para o etinilestradiol ou o gestodeno.

6.  INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS DO HARMONET

6.1  Lista dos excipientes

Lactose, amido de milho, povidona 25000, estearato de magnésio, sacarose, povidona 700000, polietilenoglicol 6000, carbonato de cálcio, talco e cera E.

6.2   Incompatibilidades

Não aplicável.

6.3   Prazo de validade

3 anos.

6.4   Precauções especiais de conservação

Não conservar acima de 25°C.

6.5   Natureza e conteúdo do recipiente

Blister de PVC /PVDC/alumínio ou blister de PVC/alumínio.

Embalagens com 1 blister (21 comprimidos revestidos). Embalagens com 3 blisteres (3 x 21 comprimidos revestidos). Embalagens com 6 blisteres (6 x 21 comprimidos revestidos).

É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.

6.6  Precauções especiais de eliminação
Não existem requisitos especiais.

7.  TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

WYETH LEDERLE PORTUGAL (FARMA), LDA. Rua Dr. António Loureiro Borges, 2 Arquiparque – Miraflores 1495-131 ALGÉS

Tel: 21 412 82 00 Fax: 21 412 01 11

8.  NÚMEROS DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

N° de registo: 2493682 – 21 comprimidos revestidos, 0,02 mg + 0,075 mg

N° de registo: 2493781 – 3 x 21 comprimidos revestidos, 0,02 mg + 0,075 mg

N° de registo: 5131909 – 6 x 21 comprimidos revestidos, 0,02 mg + 0,075 mg, blister de PVC/alumínio

N° de registo: 5131917 – 6 x 21 comprimidos revestidos, 0,02 mg + 0,075 mg, blister de PVC /PVDC/alumínio

9.  DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Data da primeira autorização: 07 Fevereiro 1997

Data da última renovação: 07 Fevereiro 2002

10.DATA DA REVISÃO DO TEXTO

03-09-2008.

Categorias
Bicarbonato de potássio Bicarbonato de sódio Cloreto de sódio Macrogol

CARACTERÍSTICAS DO MOVICOL bula do medicamento

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
MOVICOL

1.DENOMINACÃO DO MEDICAMENTO
MOVICOL 13,8 g pó para solução oral

2.COMPOSICÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA DO MOVICOL
Cada saqueta de Movicol contém as seguintes substâncias activas:
Macrogol 3350 13,125 g
Cloreto de Sódio 350,7 mg
Bicarbonato Sódio 178,5 mg Cloreto de potássio 46,6 mg

O conteúdo de electrólitos por saqueta em 125 ml de solução é o seguinte:

Sódio 65 mmol/l
Cloreto 53 mmol/l
Potássio 5,4 mmol/l
Bicarbonato 17 mmol/l

Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.

3.FORMA FARMACÊUTICA DO MOVICOL

Pó para solução oral. Pó branco solto.

4. INFORMAÇÕES CLíNICAS DO MOVICOL

4.1.Indicações terapêuticas

Para o tratamento da obstipação crónica.
Movicol é também eficaz na resolução do impacto fecal, definido como obstipação refractária com carga fecal do recto e/ou cólon.

4.2.Posologia e modo de administração

Obstipação crónica:

O período de tratamento da obstipação com Movicol não excede, normalmente, as duas semanas, embora possa ser repetido, se necessário.

Tal como para todos os laxantes, não se recomenda o seu uso prolongado.

Um uso prolongado pode ser necessário em doentes com obstipação crónica grave ou refractária, secundária à esclerose múltipla ou à doença de Parkinson, ou provocada por uma medicação regular que apresenta a obstipação como efeito secundário, em particular os opiáceos e os antimuscarinicos.

Adultos, adolescentes e idosos: 1-3 saquetas diárias em doses divididas, de acordo com a resposta individual.
Para um uso prolongado, a dose pode ser ajustada diminuindo-a para 1 ou 2 saquetas por dia.

Crianças com idade inferior a 12 anos: Não recomendado. Estão disponíveis outras apresentações de Movicol para uso pediátrico.

Impacto fecal

O período de tratamento do impacto fecal, com MOVICOL, não excede normalmente os 3 dias

Adultos, adolescentes e idosos: 8 saquetas por dia, as quais devem ser consumidas no prazo de 6 horas.

Crianças com idade inferior a 12 anos: Não recomendado. Estão disponíveis outras apresentações de Movicol para uso pediátrico.

Doentes com disfunção função cardiovascular:

No tratamento do impacto fecal, a dose deve ser dividida de modo a não tomar mais de duas saquetas em cada hora.

Doentes com insuficiência renal.
Não é necessário alterar a posologia para o tratamento da obstipação ou do impacto fecal. Modo de administração
Cada saqueta deve ser dissolvida em 125 ml de água e tomada oralmente.
Para utilização em caso de impacto fecal, dissolver 8 saquetas em 1 litro de água.

4.3. Contra-indicações
Perfuração ou obstrução intestinal, devidas a perturbações estruturais ou funcionais da parede intestinal, íleo e situações inflamatórias graves do tracto intestinal, como doença de Cronh, colite ulcerosa e megacólon tóxico.
Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer dos excipientes. 4.4.Advertências e precauções especiais de utilização
O diagnóstico de carga fecal/impacto do recto deverá ser confirmado por exame físico ou radiológico do abdómen e do recto.
Podem ocorrer reacções adversas ligeiras, conforme indicado na secção 4.8. Se os doentes desenvolverem quaisquer sintomas que indiquem deslocações de líquidos/electrólitos (p.ex., edema, dificuldades respiratórias, maior fadiga, desidratação, insuficiência cardíaca), deve interromper-se imediatamente a administração de MOVICOL, proceder à determinação de electrólitos e qualquer anomalia deve ser tratada apropriadamente.

4.5.Interacções medicamentosas e outras formas de interacção

Não foram descritas interacções clínicas com outros medicamentos. O Macrogol aumenta a solubilidade dos fármacos que são solúveis em álcool e relativamente insolúveis em água. Existe portanto, uma possibilidade teórica de que a absorção destes fármacos possa ser transitoriamente reduzida.

4.6.Gravidez e aleitamento

Não há experiência do uso de Movicol durante a gravidez e o aleitamento, devendo apenas ser utilizado nestas situações, se for considerado como estrictamente necessário pelo médico.

4.7. Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Movicol não exerce qualquer efeito sobre a capacidade de conduzir ou utilizar máquinas.

4.8. Efeitos indesejáveis
Pode ocorrer dor e distensão abdominal, borborigmo e náusea, atribuíveis à expansão dos conteúdos do tracto intestinal. Diarreia moderada que geralmente desaparece após redução da posologia. Existe igualmente a possibilidade de ocorrência de reacções alérgicas.

4.9. Sobredosagem

Situações de dor grave ou distensão podem ser tratadas por aspiração nasogastrica.

Grandes perdas de fluidos por diarreia ou vómitos podem requerer correcção do equilíbrio electrolítico.

5.PROPRIEDADES FARMACODINÂMICAS DO MOVICOL

5. 1 .Propriedades farmacodinâmicas

Grupo fármacoterapêutico: 6.3.2.1.4. Aparelho digestivo. Modificadores da motilidade gastrointestinal. Modificadores da motilidade intestinal. Laxantes osmóticos.

Código ATC: A06A D65

O Macrogol 3350 actua por acção osmótica no intestino, induzindo um efeito laxante. O Macrogol 3350 aumenta o volume das fezes, o que desencadeia a motilidade do cólon por meio das vias neuromusculares. A consequência fisiológica consiste numa melhoria no transporte colónico propulsivo das fezes amolecidas e a facilitação da defecação. Os electrólitos combinados com macrogol 3350 são substituídos ao longo da barreira intestinal (mucosa) por electrólitos séricos e excretados na água fecal sem ganho ou perda de sódio, potássio ou água.
Para a indicação de impacto fecal, não se procedeu à realização de estudos comparativos controlados com outros tratamentos (tais como, enemas). Num estudo não comparativo levado a cabo em 27 doentes adultos, MOVICOL revelou eliminar o impacto fecal em 12/27 (44%) após 1 dia de tratamento; 23/27 (85%) após 2 dias de tratamento e 24/27 (89%) ao fim dos 3 dias.

Os estudos clínicos sobre a utilização de MOVICOL na obstipação crónica demonstraram que a dose necessária para produzir fezes formadas normais tende a diminuir com a tempo. A maior parte dos doentes responde as doses de 1 ou 2 saquetas por dia, mas esta dose pode ser ajustada dependendo da resposta individual.

5.2.Propriedades farmacocinéticas

O Macrogol 3350 mantém-se inalterável ao longo do intestino. Não é praticamente absorvido no tracto gastrointestinal. Todo o Macrogol 3350 absorvido é excretado através da urina.

5.3.Dados de segurança pré-clinica

Os estudos pré-clínicos evidenciam que o Macrogol 3350 não possui um potencial significativo de toxicidade sistémica, embora não tenham sido efectuados testes sobre os seus efeitos na reprodução e genotoxicidade.

Não existem estudos a longo prazo sobre a toxicidade ou a carcinogenicidade em animais relativos ao macrogol 3350, embora hajam estudos de toxicidade usando valores elevados de macrogol com alto peso molecular administrado oralmente que fornecem a evidência da sua segurança para o uso da dose terapêutica recomendada.

6.PROPRIEDADES FARMACÊUTICAS DO MOVICOL

6.1.Lista dos excipientes

Acessulfamo potássico (E950) Aroma de lima e limão*

*O aroma de lima e limão contém os seguintes componentes: sólidos de acácia, maltodextrina, óleo de lima, óleo de limão, citral, ácido cítrico e água.

6.2.Incompatibilidades
Não se conhecem.

6.3.Prazo de validade
3 anos.
Após reconstituição da solução: 6 horas.

6.4.Precauções especiais de conservação
Saquetas: Não conservar acima de 25°C.
Solução reconstituída: Conservar no frigorífico (2 – 8° C), em recipiente fechado.

6.5.Natureza e conteúdo do recipiente
Saqueta: laminado constituído por quatro camadas: polietileno de baixa densidade, alumínio, polietileno de baixa densidade e papel.
Embalagens: caixas de 2, 6, 8, 10, 20, 30, 50, 60 ou 100 saquetas. É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.

6.6.Precauções especiais de eliminação

Qualquer solução não utilizada deve ser eliminada no prazo de 6 horas.

7.TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
NORGINE PHARMA, S.A. 87, avenue de la Grande Armée
75782 PARIS cedex 16
França

8.NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

N° de re isto: 2670388
N° de re isto: 2670487
N° de re isto: 2670586
N° de re isto: 2670685
N° de re isto: 2670784
N° de re isto: 2711281
N° de re isto: 2670883
N° de re isto: 2670982

– 2 unidades, pó para solução oral, saquetas
– 6 unidades, pó para solução oral, saquetas
– 10 unidades, pó para solução oral, saquetas 20 unidades, pó para solução oral, saquetas 30 unidades, pó para solução oral, saquetas 50 unidades, pó para solução oral, saquetas 60 unidades, pó para solução oral, saquetas 100 unidades, pó para solução oral, saquetas

9.DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/ RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Data da primeira autorização: 31 Outubro 1996 Data da última renovação: 09 Julho 2007

10.DATA DE REVISÃO DO TEXTO
09-07-2007

Categorias
Óxido de zinco

CARACTERÍSTICAS DO HALIBUT bula do medicamento

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

HALIBUT

1.  NOME DO MEDICAMENTO

Halibut 150 mg/g pomada

2.  COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA DO HALIBUT

Cada grama de pomada contém 150 mg de óxido de zinco. Excipientes:

Cada grama de pomada contém 1,01 mg de butil-hidroxianisol (E320) Cada grama de pomada contém 0,01 mg de butil-hidroxitolueno (E321) Cada grama de pomada contém 1 mg de para-hidroxibenzoato de metilo Cada grama de pomada contém 0,1 mg de para-hidroxibenzoato de propilo

Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.

3.  FORMA FARMACÊUTICA DO HALIBUT
Pomada

4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS DO HALIBUT

4.1  Indicações terapêuticas

Pela sua acção calmante, cicatrizante e regeneradora dos tecidos, está indicada nas assaduras dos bebés, queimaduras, úlceras varicosas, eczemas, acne escoriada, incisões operatórias, acamados, e ainda previne supurações e acelera a cicatrização.

4.2  Posologia e modo de administração

Nas irritações cutâneas, em que a pele está intacta, estenda uma quantidade que cubra a parte afectada e espalhe friccionando levemente. Estão incluídas neste caso as irritações provocadas por uma acamação prolongada, as assaduras dos bebés, as irritações provocadas por uma exposição prolongada ao sol, em que as aplicações devem ser feitas várias vezes ao dia.

Nas úlceras e em outras lesões supurativas cutâneas, depois de desinfectadas, estender a pomada em camada espessa sobre uma compressa, e aplicá-la na parte afectada. Trocar o penso diariamente.

Em caso de persistência ou agravamento dos sintomas deverá consultar o médico.

4.3  Contra-indicações

Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer dos excipientes.

4.4  Advertências e precauções especiais de utilização

Os efeitos sistémicos de um tópico são tanto mais de recear quanto este é aplicado várias vezes sobre uma grande superfície, em penso oclusivo ou em camada espessa, sobre uma pele sensibilizada ou queimada, ou sobre uma mucosa, ou ainda na pele de recém-nascidos ou crianças pequenas, por causa da relação superfície/peso, e do efeito de oclusão espontânea nas pregas e dobras na zona das nádegas. Contém butil-hidroxianisol (E320) e butil-hidroxitolueno (E321) que podem causar reacção local na pele (por exemplo dermatites de contacto), ou irritação dos olhos e membranas mucosas, e parabenos (para-hidroxibenzoato de metilo e para-hidroxibenzoato de propilo) que podem causar reacções alérgicas (possivelmente retardadas).

4.5  Interacções medicamentosas e outras formas de interacção

Não se conhecem incompatibilidades com outros medicamentos. Não utilizar com antissépticos com propriedades oxidantes.

4.6  Gravidez e aleitamento Sem contra-indicações.

4.7  Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas

Os efeitos de Halibut pomada sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas são nulos.

4.8  Efeitos indesejáveis

Halibut pomada é muito bem tolerado, apenas se deve evitar a sua aplicação em caso de alergia a algum dos componentes.

4.9  Sobredosagem

Não foram descritos casos de sobredosagem.

5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS DO HALIBUT

5.1 Propriedades farmacodinâmicas

Grupo farmacoterapêutico: 13.7 – Medicamentos usados em afecções cutâneas. Adjuvantes da cicatrização. Código ATC: D02AB

A substância activa de Halibut pomada é o óxido de Zinco.

O óxido de Zinco através da sua acção auto-desbridante, anti-infecciosa, anti-inflamatória e promotora da epitelialização desempenha uma função protectora, calmante, adstringente e antisséptica.

5.2  Propriedades farmacocinéticas

Com base num estudo in vitro para avaliação da absorção percutânea para caracterização da penetração/permeação dos excipientes vitaminas A e D3 e da substância activa óxido de zinco, veiculados numa matriz desta pomada podemos concluir que estes componentes penetram preferencialmente nas camadas superiores da pele e representam uma quantidade sem significado quando comparadas com as necessidades diárias ou mesmo com níveis tóxicos.

5.3  Dados de segurança pré-clínica

O óxido de zinco foi negativo no teste de Ames e positivo no teste do linfoma do ratinho.

Não são conhecidos estudos de carcinogenicidade.

Em estudos de toxicidade reprodutiva, doses elevadas de óxido de zinco causaram reabsorções e morte fetal em ratos.

6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS DO HALIBUT

6.1  Lista dos excipientes

Palmitato de vitamina A, vitamina D3, Dragosan, óleo de girassol, vaselina líquida, talco, Arlacel 989, butil-hidroxianisol (E320), água purificada, sulfato de magnésio, solução de sorbitol 70%, glicerol, para-hidroxibenzoato de metilo, para-hidroxibenzoato de propilo, butil-hidroxitolueno (E321) e óleo de fígado de bacalhau.

6.2   Incompatibilidades

Não aplicável.

6.3   Prazo de validade

3 anos

6.4   Precauções especiais de conservação

Conservar a temperatura inferior a 25°C.

6.5   Natureza e conteúdo do recipiente

Tubo em polifoil de cor branco, lacado, com capacidade para 20, 30, 50 e 100 g, fechado com tampa de encaixar.

É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.

6.6 Precauções especiais de eliminação

Não existem requisitos especiais

7.TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

GRÚNENTHAL, S.A. Rua Alfredo da Silva, 16 2610-016 AMADORA Portugal

Telefone: 214726300 Fax: 21 4710910

8. NÚMERO (S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

N.º de registo: 4818290 – 20 g de pomada, 150 mg/g, bisnaga de polifoil

N.º de registo: 3925690 – 30 g de pomada, 150 mg/g, bisnaga de polifoil

N.º de registo: 3925799 – 50 g de pomada, 150 mg/g, bisnaga de polifoil

N.º de registo: 3925898 – 100 g de pomada, 150 mg/g, bisnaga de polifoil

9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Data da primeira autorização: 12 Fevereiro 1990 Data da última renovação: 12 Fevereiro 2005

10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO

18-12-2008.

Categorias
Minociclina

CARACTERÍSTICAS DO MINOCIN bula do medicamento

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
MINOCIN

1. NOME DO MEDICAMENTO
MINOCIN 100 mg Comprimidos revestidos

2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA DO MINOCIN
Cada comprimido contém: 100 mg de minociclina, cloridrato di-hidratado. Excipientes: sorbitol (E420); amarelo sunset (E 110) Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.

3. FORMA FARMACÊUTICA DO MINOCIN
MINOCIN 100 mg apresenta-se sob a forma de comprimidos revestidos

4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS DO MINOCIN

4.1 Indicações terapêuticas

O MINOCIN é um antibiótico de largo espectro de acção, indicado no tratamento de infecções causadas por microorganismos sensíveis às tetraciclinas, bem como infecções causadas por algumas estirpes de estafilococos resistentes às tetraciclinas.
O MINOCIN está particularmente indicado nas seguintes situações: infecções do tracto respiratório – bronquite aguda e crónica, bronquiectasias, abcesso pulmonar, pneumonia; infecções do tracto urinário nomeadamente prostatite; doenças sexualmente transmitidas -gonorreia, uretrite não gonocócica, doença inflamatória pélvica; infecções ORL; infecções da pele e tecidos moles causadas por organismos sensíveis à minociclina; infecções da cavidade bucal – periodontites, gengivites e abcesso dentário.
Está ainda indicado no tratamento profiláctico de portadores assintomáticos de Meningococcus, e na profilaxia da infecção pré e pós-operatória.

4.2 Posologia e modo de administração
Adultos

Indicações usuais da antibioterapia: 200 mg como dose inicial, seguida de 100 mg de 12/12 horas.
Acne: 100 mg por dia. O tratamento da acne deve ser mantido durante um período mínimo de 6 semanas e, de preferência, não deverá prolongar-se por um período superior a 6 meses. A manutenção da terapêutica para além dos 6 meses exige particular atenção para o eventual aparecimento de sinais ou sintomas de hepatite ou Lúpus Eritematoso Sistémico (LES). Em caso de suspeita a terapêutica deverá ser imediatamente suspensa.
Gonorreia: Nos homens 200 mg como dose inicial, seguida de 100 mg cada 12 horas, durante um mínimo de 4 dias com exames microbiológicos pós-terapêutica nos 2-3 dias seguintes. Nas mulheres deve usar-se a mesma dose durante 10-14 dias. Uretrites não gonocócicas: 100 mg por dia durante 10-14 dias.
Profilaxia dos doentes assintomáticos portadores de meningococos: 100 mg de 12 em 12 horas, durante pelo menos 5 dias.

Crianças
Crianças com mais de 8 anos: 2-4 mg/kg como dose inicial seguida de 1-2 mg/kg de 12 em 12 horas.

Idosos
A selecção da dose para um doente idoso deverá ser efectuada com precaução, começando geralmente pelo limite inferior do intervalo posológico.

4.3 Contra-indicações

Hipersensibilidade a qualquer das tetraciclinas ou a qualquer dos componentes da formulação do produto. Doentes com insuficiência hepática.

4.4 Advertências e precauções especiais de utilização

Tal como acontece com outros antibióticos da família das tetraciclinas, o cloridrato de minociclina pode provocar lesões fetais quando administrado a mulheres grávidas. A utilização de fármacos da família das tetraciclinas durante o desenvolvimento dos dentes (segunda metade da gravidez, bebés e crianças até aos 8 anos de idade), pode provocar uma coloração permanente dos dentes (amarela-cinzenta-castanha). Esta reacção adversa é mais comum durante a utilização prolongada do fármaco, mas tem também sido observada em tratamentos repetidos de curta duração. Têm sido referidos casos de hipoplasia do esmalte. As tetraciclinas não devem ser utilizadas durante o desenvolvimento dentário, excepto nos casos em que os benefícios previsíveis da terapêutica compensem os possíveis riscos.

Tem sido referida a ocorrência de pseudotumores cerebrais (hipertensão intracraniana benigna) com a utilização de tetraciclinas. As suas manifestações clínicas habituais são as cefaleias e a turvação da visão. Têm sido também registados casos de proeminência das fontanelas com a utilização de tetraciclinas em lactentes. Embora se verifique uma resolução de ambas as situações e dos sintomas relacionados após a interrupção da administração da tetraciclina, existe a possibilidade de se verificarem sequelas permanentes.

Têm sido observados casos de fotossensibilidade em indíviduos medicados com tetraciclinas. Os doentes devem ser advertidos da possível ocorrência de queimaduras solares exageradas durante o tratamento com tetraciclinas, evitando uma exposição directa à luz solar.
Doentes com problemas hereditários raros de intolerância à frutose não devem tomar este medicamento.

Utilização em crianças
Não se recomenda a utilização do cloridrato de minociclina em crianças com menos de 8 anos de idade, excepto nos casos em que os benefícios previsíveis da terapêutica compensem os possíveis riscos.

Utilização em doentes idosos
Os estudos clínicos efectuados com o cloridrato de minociclina não incluiram um número suficiente de indivíduos com 65 ou mais anos de idade, para determinar se a sua resposta ao tratamento seria diferente da observada em indivíduos mais jovens. A selecção da dose para um doente idoso deverá ser efectuada com precaução, começando geralmente pelo limite inferior do intervalo posológico, reflectindo o grau de insuficiência hepática, renal ou cardíaca e ainda outra patologia concomitante ou outra terapêutica medicamentosa.

Utilização em doentes com insuficiência hepática
A utilização de cloridrato de minociclina tem sido associada a casos de hepatotoxicidade; deste modo, o cloridrato de minociclina deve ser usado com precaução em doentes com disfunção hepática ou em associação com outros fármacos hepatotóxicos.

Utilização em doentes com insuficiência renal
O efeito anti-anabólico das tetraciclinas pode aumentar os níveis séricos de azoto da ureia. Em doentes com um significativo grau de insuficiência renal, níveis séricos elevados de tetraciclinas poderão provocar azotemia, hiperfosfatemia e acidose. Em caso de insuficiência renal, mesmo as doses habituais poderão originar uma excessiva acumulação sistémica do fármaco e uma possível toxicidade hepática.

Monitorização dos parâmetros laboratoriais
No caso de uma terapêutica prolongada, devem ser efectuadas monitorizações laboratoriais periódicas do funcionamento dos sistemas orgânicos, nomeadamente das funções hematopoiética, renal e hepática.

4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção

As tetraciclinas diminuem a actividade plasmática da protrombina. No caso de uma terapêutica anticoagulante concomitante, poderá ser necessária uma redução da dose do anti-coagulante.

Os fármacos bacteriostáticos podem interferir com o efeito bactericida da penicilina. Evite a administração de fármacos da família das tetraciclinas em associação com penicilina.

A absorção das tetraciclinas é afectada pelos antiácidos que contêm alumínio, cálcio ou magnésio
A absorção do cloridrato de minociclina é afectada pelas preparações que contêm ferro.

A absorção das formulações orais de minociclina é afectada pelos alimentos, leite e outros produtos alimentares.

A utilização simultânea de tetraciclinas e contraceptivos orais pode dar origem a uma redução na eficácia dos contraceptivos orais.

A administração de isotretinoína deve ser evitada imediatamente antes, durante ou pouco tempo após a terapêutica com minociclina. Ambos os fármacos isoladamente têm sido associados à ocorrência de pseudotumores cerebrais.

4.6 Gravidez e aleitamento
Gravidez

Tal como outros antibióticos da família das tetraciclinas, o cloridrato de minociclina atravessa a barreira placentária e pode provocar lesões no feto quando administrado a uma mulher grávida. Caso o cloridrato de minociclina seja usado durante a gravidez ou se a doente engravidar durante o tratamento com este fármaco, deverá ser informada dos potenciais riscos para o feto.

A utilização de tetraciclinas durante o desenvolvimento dentário (segunda metade da gravidez), poderá provocar uma coloração permanente dos dentes. Têm também sido registados casos de hipoplasia do esmalte.

As tetraciclinas administradas durante o último trimestre da gravidez formam um complexo estável de cálcio no esqueleto dos fetos humanos. Tem sido observada uma diminuição da taxa de crescimento do perónio em bebés humanos prematuros com doses de 25 mg/kg de tetraciclinas administradas por via oral de 6 em 6 horas. Verificou-se que estas alterações na taxa de crescimento do perónio eram reversíveis após a suspensão da administração do fármaco.

Na experiência pós-comercialização foram referidas alterações congénitas incluindo reduções dos membros.

Aleitamento
O cloridrato de minociclina é excretado no leite materno; deste modo deverá decidir-se entre a suspensão do aleitamento ou a interrupção do tratamento com a minociclina.

4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas

Durante o tratamento com cloridrato de minociclina têm sido referidos efeitos secundários a nível do sistema nervoso central, incluindo atordoamento, tonturas ou vertigens, pelo que os doentes deverão tomar precauções na condução de veículos e utilização de máquinas. Estes sintomas podem desaparecer durante a terapêutica e geralmente desaparecem quando se suspende a administração do fármaco.

4.8 Efeitos indesejáveis

A lista das reacções adversas seguinte está organizada por sistema corporal e de acordo com a frequência como:

Frequentes: Pouco frequentes: Raras: Muito raras:
>1%
>0,1% e <1% >0,01% e <0,1%
<0,01%

Perturbações a nível do sistema circulatório e linfático Raras: eosinofilia, leucopenia, neutropenia, trombocitopenia Muito raras: anemia hemolítica, pancitopenia

Alterações cardíacas Muito raras: miocardite, pericardite

Perturbações auriculares e vestibulares Raras: diminuição da audição, zumbidos

Alterações endócrinas
Muito raras: alteração da função tiroideia, descoloração preta-acastanhada da tiróide Perturbações gastrintestinais
Raras: diarreia, náuseas, estomatite, descoloração dos dentes, vómitos Muito raras: dispepsia, disfagia, hipoplasia do esmalte, enterocolite, esofagite, ulceração esofágica, glossite, pancreatite, colite pseudomembranosa

Perturbações generalizadas Pouco comuns: febre Muito raras: descoloração das secreções

Alterações hepatobiliares Raras: aumento das enzimas hepáticas, hepatite
Muito raras: colestase hepática, falência hepática, hiperbilirrubinemia, icterícia

Alterações do sistema imunitário Raras: reacções anafilácticas

Infecções e infestações
Muito raras: candidíase oral e anogenital, vulvovaginite Alterações metabólicas e nutricionais
Raras: anorexia

Alterações musculo-esqueléticas, do tecido conjuntivo e ósseas Raras: artralgias, síndrome tipo lúpus, mialgias
Muito raras: artrite, descoloração óssea, exacerbação do lúpus eritematoso sistémico (LES), rigidez articular, edema nas articulações

Alterações a nível do sistema nervoso Frequentes: tonturas (atordoamento)
Raras: cefaleias, hipestesia, parestesia, pseudotumor cerebral, vertigens Muito raras: proeminência das fontanelas

Alterações renais e urinárias
Raras: aumento do azoto urémico
Muito raras: falência renal aguda, nefrite intersticial

Alterações do aparelho reprodutor e da mama Muito raras: balanite

Perturbações respiratórias, torácicas e do mediastino Raras: tosse, dispneia
Muito raras: broncospasmo, exacerbação da asma, eosinofilia pulmonar Alterações cutâneas e dos tecidos subcutâneos
Raras: alopécia, eritema multiforme, eritema nodoso, erupção medicamentosa, hiperpigmentação da pele, fotossensibilidade, prurido, erupção cutânea e urticária Muito raras: edema angioneurótico, dermatite exfoliativa, hiperpigmentação das unhas, Síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica e vasculite

Têm sido notificadas as síndromes mencionadas em seguida. Foram referidos alguns casos fatais que envolveram estas síndromes. Tal como acontece com outras reacções adversas graves, se for identificada qualquer destas síndromes, o tratamento com o fármaco deve ser imediatamente interrompido:

Síndrome de hipersensibilidade que consiste numa reacção cutânea (como erupção cutânea ou dermatite exfoliativa), eosinofilia e um ou mais dos seguintes efeitos: hepatite, pneumonite, nefrite, miocardite, pericardite. Poderá também verificar-se febre e linfadenopatia;

Síndrome tipo lúpus que consiste na presença de anticorpos antinucleares positivos; artralgias, artrite, rigidez articular ou edema articular e ainda um ou mais dos seguintes efeitos: febre, mialgias, hepatite, erupção cutânea e vasculite;

Síndrome tipo doença do soro que consiste na presença de febre; urticária ou erupção cutânea; e artralgias, artrite, rigidez articular ou edema articular. Pode também verificar-se a ocorrência de eosinofilia.

4.9 Sobredosagem

Os efeitos adversos mais frequentemente observados em caso de sobredosagem são tonturas, náuseas e vómitos.
Não há nenhum antídoto específico para o MINOCIN.
Em situações de sobredosagem, suspenda a medicação, institua um tratamento sintomático e medidas de suporte. O cloridrato de minociclina não é removido em quantidades significativas através de hemodiálise ou diálise peritoneal.

5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS DO MINOCIN

5.1 Propriedades farmacodinâmicas

Grupo Farmacoterapêutico: 1.1.6 Medicamentos anti-infecciosos. Antibacterianos. Cloranfenicol e tetraciclinas
Código ATC: J01A A08

Microbiologia
As tetraciclinas são principalmente bacteriostáticas e pensa-se que exerçam o seu efeito antimicrobiano através da inibição da síntese das proteínas. As tetraciclinas, incluindo o cloridrato de minociclina, apresentam um espectro de acção idêntico contra uma grande variedade de microrganismos Gram-positivos e Gram-negativos.

É comum a ocorrência de resistência cruzada de microrganismos Gram-positivos e Gram-negativos às tetraciclinas. Quase todas as estirpes de S. pyogenes são resistentes ao cloridrato de minociclina. Deste modo, o cloridrato de minociclina não deverá ser utilizado nas infecções estreptocócicas, a menos que se tenha demonstrado a sensibilidade do microrganismo.

Dado que muitas estirpes de microrganismos Gram-positivos e Gram-negativos têm revelado ser resistentes às tetraciclinas, recomenda-se que sejam efectuadas culturas e testes de sensibilidade.

5.2 Propriedades farmacocinéticas
Absorção

Após administração oral, o cloridrato de minociclina é rápida e quase completamente absorvido a partir do tracto gastrintestinal.

Após uma dose única de dois comprimidos de 100 mg de cloridrato de minociclina, atingem-se concentrações séricas máximas entre 2,6 e 4,17 |ig/ml (média de 3,52 |ig/ml) após 2 a 4 horas.

Distribuição
Devido ao seu elevado grau de lipofilia, o cloridrato de minociclina apresenta uma extensa distribuição a nível dos tecidos. Os estudos efectuados na espécie humana, revelaram a presença de concentrações elevadas de cloridrato de minociclina no tecido pulmonar e no muco.

Metabolismo
O cloridrato de minociclina é extensamente metabolisado na espécie humana. O cloridrato de minociclina é principalmente excretado pela bílis, sendo uma pequena quantidade recuperada na urina na forma activa. Após administração oral, a quantidade de fármaco activo recuperado nas fezes varia entre 20-34%.

Eliminação
A semi-vida plasmática média é de cerca de 16 horas após administração oral. Efeito dos alimentos
A absorção das formulações orais clássicas de minociclina é afectada pelos alimentos, leite e outros produtos alimentares. Quando administrado em conjunto com os alimentos, verifica-se um atraso de cerca de uma hora para que se atinjam as concentrações plasmáticas e estas apresentam uma redução de cerca de 11,2%, em comparação com a administração em jejum.

Populações especiais de doentes
Em doentes com disfunção hepática, a semi-vida do cloridrato de minociclina varia entre 10,7 e 16,9 horas.
Na maioria dos estudos efectuados em doentes com vários graus de insuficiência renal, não se verificaram alterações significativas nos parâmetros farmacocinéticos em comparação com os indivíduos saudáveis.

5.3 Dados de segurança pré-clínica

Em estudos de tumorigenicidade de longa duração em ratos, a administração de cloridrato de minociclina na dieta evidenciou a formação de tumores na tiróide. No rato, o tratamento crónico com cloridrato de minociclina originou a ocorrência de bócio, acompanhado por um aumento da captação de iodo radioactivo e provas de formação de tumores na tiróide. Observou-se que o cloridrato de minociclina provoca um escurecimento da tiróide em animais (ratos, murganhos, cães e macacos). O cloridrato de minociclina também produz hiperplasia da tiróide em ratos e cães.

Em estudos realizados com um antibiótico da mesma família, a oxitetraciclina, obtiveram-se também provas de actividade oncogénica em ratos (nomeadamente, tumores da hipófise e das supra-renais). Assim, embora não tenham sido realizados estudos de mutagenicidade com o cloridrato de minociclina, têm sido obtidos resultados positivos em ensaios efectuados in vitro em células de mamíferos (ou seja, linfomas de murganhos e células pulmonares de hamster Chinês) com antibióticos da mesma família (cloridrato de tetracicina e oxitetraciclina).
Os resultados de estudos realizados em animais indicam que as tetraciclinas atravessam a barreira placentária, são detectadas nos tecidos fetais e podem provocar efeitos tóxicos no desenvolvimento fetal (frequentemente relacionados com um atraso no desenvolvimento da estrutura óssea). Observou-se evidência de embriotoxicidade em animais tratados na fase inicial da gravidez.

Estudos do segmento I (fertilidade e reprodução geral) revelaram que o cloridrato de minociclina prejudica a fertilidade em ratos machos.

6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS DO MINOCIN

6.1 Lista dos excipientes

Estearato de magnésio, ácido algínico, sorbitol, etilcelulose, ácido esteárico, povidona, amido pré-gelificado, amido de milho, vaselina líquida e OPADRY OY-S-5687.

6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.

6.3 Prazo de validade
3 anos.

6.4 Precauções especiais de conservação
MINOCIN deve ser conservado à temperatura inferior a 25°C, em local seco e protegido da luz.

6.5 Natureza e conteúdo do recipiente

MINOCIN apresenta-se em blisters de PVC/PVDC/Alumínio, em embalagens contendo 16 e 30 comprimidos revestidos.

6.6 Precauções especiais de eliminação e outra manipulação
Não existem requisitos especiais.

7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Teofarma S.r.l. Via F.lli Cervi, 8 I-27010 Valle Salimbene Pavia – Itália

tel. +390 382 422 008
Contacto em Portugal: +351 213 964 319
fax +390 382 525 845
e-mail : servizioclienti@teofarma.it

8. NÚMERO(S) DE AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

N° de registo: 8326223 – Embalagem de 16 comprimidos revestidos N° de registo: 3244985 – Embalagem de 30 comprimidos revestidos

9. DATA DA PRIMEIRA DA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Data da primeira autorização: 19 de Setembro de 1972 Data da última renovação: 03 de Outubro de 2002

10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO
18-12-2008

Categorias
Triazolam

CARACTERÍSTICAS DO Halcion bula do medicamento

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

Halcion

1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO

Halcion®, 0,125 mg, Comprimido Halcion®, 0,25 mg, Comprimido

2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA DO HALCION

Cada comprimido de Halcion® contém 0,125 ou 0,25 mg de triazolam. Excipientes, ver secção 6.1.

3. FORMA FARMACÊUTICA DO HALCION

Comprimido.

4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS DO HALCION

4.1 Indicações terapêuticas

O triazolam (Halcion®) está indicado para o tratamento a curto prazo da insónia (1 a 2 semanas). Se for necessária a continuação do tratamento, deverá ser feita a completa reavaliação clínica do doente.

As benzodiazepinas só estão indicadas quando a doença é grave, incapacitante ou o doente está sujeito a angústia extrema.

4.2 Posologia e modo de administração

O tratamento deverá ser o mais curto possível. Em geral a duração do tratamento varia entre uns dias e duas semanas, com um máximo de quatro semanas incluindo a fase de redução gradual do medicamento.

Em certas situações o prolongamento do tratamento poderá ser necessário; neste caso não deverá ser feito sem uma reavaliação do estado do doente.

É importante individualizar a dose de Halcion® comprimidos, de modo a obter o máximo de eficácia evitando reacções adversas significativas.

A dose recomendada para a maioria dos adultos é de 0,25 mg, ao deitar. A dose de 0,125 mg pode ser suficiente para alguns doentes. A dose de 0,25 mg não deverá ser ultrapassada.

Em particular, em geriatria e/ou doentes debilitados, a dose recomendada está compreendida entre 0,125 mg – 0,25 mg. Neste grupo de doentes a terapêutica deverá ser sempre iniciada com 0,125 mg, reservando-se a dose de 0,25 mg apenas para os doentes excepcionais que não respondem a uma tentativa prévia de esquema posológico inferior. Tal como com todos os medicamentos, deve-se utilizar a dose eficaz mais baixa.

O Halcion deve ser tomado imediatamente antes de deitar.

4.3 Contra-indicações

Halcion® (triazolam) está contra-indicado nos doentes com hipersensibilidade reconhecida às benzodiazepinas, ou a qualquer dos excipientes, miastenia gravis, insuficiência respiratória grave, síndrome de apneia no sono, insuficiência hepática grave.

4.4 Advertências e precauções especiais de utilização

Devem tomar-se precauções no tratamento de doentes com insuficiência hepática ou renal, insuficiência pulmonar grave, ou apneia do sono. Em doentes com a função respiratória comprometida foram registadas com raridade depressão respiratória e apneia.

A segurança e eficácia do triazolam não foram ainda estabelecidas para doentes com idade inferior a 18 anos.

A dose inicial recomendada de Halcion® para doentes idosos e/ou debilitados é de 0,125 mg, de modo a diminuir a possibilidade de desenvolver uma sedação excessiva, tonturas ou descoordenação motora. Para os outros adultos a dose recomendada é de 0,25 mg (ver 4.2 Posologia e modo de administração).

Amnésia

Os doentes sujeitos a terapêutica com Halcion®, deverão tomar precauções, no caso de não ser possível uma noite completa de sono ou uma total eliminação do fármaco antes do início da sua actividade diurna, por exemplo, uma viagem de avião nocturna com duração inferior a 7-8 horas, uma vez que foram reportados episódios de amnésia nestas situações.

Dados de várias fontes sugerem que a amnésia anterograda pode ocorrer com maior frequência com triazolam do que com doses terapêuticas de outros hipnóticos benzodiazepínicos.

Dependência

A administração de Halcion® nas doses recomendadas para o tratamento de curta duração, evidência um baixo potencial de dependência. No entanto, como com todas as benzodiazepinas, o risco de dependência aumenta com doses superiores, e em doentes com história de alcoolismo ou abuso de drogas.

Quando se desenvolve a dependência a interrupção brusca pode ser acompanhada de síndrome de privação. Isto pode manifestar-se através de cefaleias, mialgias, ansiedade extrema, tensão, inquietação, confusão e irritabilidade. Em situações graves, podem ocorrer os seguintes sintomas: sensação de irrealidade, despersonalização, hiperacúsia, torpor e parestesias das extremidades, hipersensibilidade à luz, ao ruído e ao contacto físico, alucinações ou convulsões.

Há indicações para as quais a síndrome de privação pode manifestar-se durante o intervalo das tomas, especialmente quando a dosagem é alta.

Insónia rebound e ansiedade: uma síndrome transitória no qual os sintomas que levaram ao tratamento com benzodiazepinas regressam mas de forma intensificada, podendo ocorrer aquando da descontinuação do medicamento. Este facto pode ser acompanhado de outros sintomas como alterações de humor, ansiedade ou distúrbios do sono e inquietação. Como o risco da síndrome de abstinência / rebound é maior após interrupção brusca do tratamento, é recomendado que a dosagem seja diminuída gradualmente.

A duração do tratamento deverá ser o mais curta possível não devendo exceder as quatro semanas para a insónia, incluindo o tempo de diminuição gradual da dose. O prolongamento da terapêutica para além deste período não deverá ocorrer sem que seja feita uma reavaliação da situação.

As benzodiazepinas não estão recomendadas no tratamento de primeira linha da doença psicótica. Deverá haver cuidado adicional quando o triazolam é prescrito a doentes com sinais ou sintomas de depressão passíveis de intensificação pelo uso de fármacos hipnóticos. Nestes doentes podem estar presentes tendências suicidas, podendo ser necessárias medidas protectoras. A sobredosagem intencional é mais comum nestes doentes e deverá disponibilizar-se apenas a menor quantidade possível de fármaco ao doente.

Reacções psiquiátricas e paradoxais

Tal como com outras benzodiazepinas e fármacos com actividade sobre o SNC, três conjuntos de sintomas idiosincráticos, que podem sobrepor-se, foram mencionados na terapêutica com Halcion®: sintomas amnésicos (amnésia anterograda, com ou sem alteração de comportamento); estados confusionais (desorientação, sensação de irrealidade, despersonalização e / ou obnubilação) e um estado de agitação (inquietação, irritabilidade e excitação). Frequentemente, outros factores podem contribuir para estas reacções idiosincráticas, tais como: ingestão concomitante de álcool ou outros fármacos, privação de sono, situação pré-mórbida anormal, etc.

Os doentes tratados com Halcion® ou outras benzodiazepinas devem ser alertados quanto ao desempenho de funções que exijam acuidade mental tais como operar com maquinaria ou conduzir veículos imediatamente após a ingestão do fármaco, até se estabelecer que a medicação não provoca sonolência ou tonturas diurnas.

Doentes com problemas raros de intolerância à galactose, deficiência em lactase de Lapp ou malabsorção à glucose e galactose não devem tomar este medicamento.

4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção

As benzodiazepinas produzem um efeito aditivo quando co-administradas com álcool ou outros fármacos que por si só provocam a depressão do SNC, nomeadamente, antipsicóticos (neurolépticos), hipnóticos, ansiolíticos/sedativos, antidepressivos, analgésicos opiáceos, antiepilépticos, anestésicos e anti-histamínicos sedativos. Este facto afecta a capacidade de conduzir ou utilizar máquinas.

No caso dos analgésicos narcóticos pode ocorrer a intensificação da euforia, provocando um aumento da dependência psíquica.

As interacções farmacocinéticas podem ocorrer quando o triazolam é co-administrado com fármacos que interferem com o seu metabolismo. Compostos inibidores de determinados enzimas hepáticos (particularmente o citocromo P450IIIA4) podem aumentar a concentração do triazolam e provocar um aumento da sua actividade. Dados de ensaios clínicos com triazolam, estudos in vitro com triazolam e ensaios clínicos com fármacos metabolizados de modo semelhante ao triazolam fornecem provas de vários graus de interacção e várias interacções possíveis entre o triazolam e outros fármacos. Com base no grau de interacção e no tipo de dados disponíveis, fazem-se as seguintes recomendações: é contra-indicada a co-administração de triazolam com cetoconazol, itraconazol e nefazodona. Não se recomenda a co-administração de triazolam com outros antifúngicos do tipo azol. Recomenda-se precaução e ter em consideração a hipótese de diminuir a dose, nos casos em que o triazolam é co-administrado com cimetidina ou antibióticos macrólidos, tais como eritromicina, claritromicina e troleandomicina. Recomenda-se cuidado quando o triazolam é co-administrado com isoniazida, fluvoxamina, sertralina, paroxetina, diltiazem e verapamil.

4.6 Gravidez e aleitamento

Se o fármaco for prescrito a uma mulher em idade fértil, esta deve ser avisada para contactar o seu médico no sentido de descontinuar a terapêutica se tiver a intenção de engravidar ou se suspeitar poder estar grávida.

Se por razões médicas, o fármaco for administrado durante a última fase da gravidez, ou durante o trabalho de parto em doses elevadas, os efeitos no recém-nascido, tais como hipotermia, hipotonia e depressão respiratória moderada, podem ser esperados devido à acção farmacológica do fármaco.

Mais ainda, os recém-nascidos de mães que tomaram benzodiazepinas de modo crónico durante a última fase da gravidez podem desenvolver dependência física e podem de algum modo estar em risco de desenvolver sintomas de privação no período pós natal.

Como as benzodiazepinas são excretadas no leite materno, não devem ser administradas a mães a amamentar.

4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas

Sedação, amnésia, dificuldades de concentração e alteração da função muscular podem afectar negativamente a capacidade de conduzir ou de utilizar máquinas. Se a duração do sono for insuficiente há maior possibilidade de a capacidade de reacção estar diminuída (ver também 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção).

4.8 Efeitos indesejáveis

Em ensaios clínicos controlados com placebo, efectuados em doentes a receber triazolam, o efeito indesejável mais frequente foi a sedação (sonolência, tonturas, dificuldade de coordenação e/ou ataxia), considerada como extensão da actividade farmacológica do fármaco.

Verificaram-se com menor frequência: estados confusionais ou alterações de memória, depressão do SNC e perturbações visuais.

Durante a experiência clínica mundial com Halcion® foram, embora raramente, mencionadas as seguintes reacções: agressividade, lipotimia, insónia transitória após interrupção da medicação, alucinações, síncope e sonambulismo.

Depressão

Uma depressão pré-existente pode ser revelada durante a utilização das benzodiazepinas. Dependência

O uso (mesmo em doses terapêuticas) pode conduzir ao desenvolvimento de dependência física: a interrupção da terapêutica pode dar origem à síndrome de abstinência ou ao fenómeno de rebound (Ver 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização). Pode ocorrer dependência psíquica. O uso abusivo das benzodiazepinas tem sido referido.

Apesar da ocorrência real de reacções adversas com Halcion® ser baixa, pode estar relacionada com a dose. Os efeitos indesejáveis das benzodiazepinas que são prolongamentos da sua acção farmacológica tais como sonolência, tonturas, “sensação de cabeça vazia”, ou amnésia, estão claramente relacionadas com a dose. A relação dose-risco de outras reacções adversas não foi ainda estabelecida. De acordo com a ética clínica, recomenda-se que a terapêutica se inicie com a administração da dose eficaz mais baixa (ver 4.2 Posologia e modo de administração).

Amnésia

Amnésia anterógrada pode ocorrer com dosagens terapêuticas; o risco aumenta nas dosagens mais elevadas. Os efeitos amnésicos podem estar associados a comportamentos inadequados (ver “Advertências e precauções especiais de utilização”).

Reacções psiquiátricas e paradoxais

Reacções de inquietação, agitação, irritatibilidade, agressividade, ilusões, ataques de raiva, pesadelos, alucinações, psicoses, comportamento inadequado e outros efeitos adversos de comportamento sabe-se estarem associadas à utilização das benzodiazepinas e das benzodiazepinas-like. Podem mesmo ser severas com estes fármacos. São mais comuns nas crianças e nos idosos.

4.9 Sobredosagem

Tal como com outras benzodiazepinas, a sobredosagem não coloca a vida em risco excepto se utilizadas em associação com outras substâncias depressoras do SNC (incluindo o álcool).

No tratamento destas situações deve-se ter em conta que múltiplos fármacos podem ter sido ingeridos.

Na sobredosagem com as benzodiazepinas por via oral, o vómito deve ser induzido (dentro de uma hora) se o doente estiver consciente ou fazer uma lavagem gástrica com protecção das vias respiratórias se o doente estiver insconsciente. Se não houver vantagem em esvaziar o estômago, deve ser dado carvão activado para reduzir a absorção. Deve ser dada particular atenção às funções respiratória e cardíaca nos cuidados intensivos.

A sobredosagem com benzodiazepinas manifesta-se em geral por depressão do SNC de grau variado, podendo ir da sonolência ao coma. Em situações ligeiras os sintomas incluem sonolência, confusão mental e letargia, em casos mais graves os sintomas podem incluir ataxia, hipotonia, hipotensão, depressão respiratória, raramente coma e muito raramente morte.

O flumazenil pode ser utilizado como antídoto.

5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS DO HALCION

5.1 Propriedades farmacodinâmicas

Grupo farmacoterapêutico: II – 8 – a) 5. Sistema nervoso cerebrospinal. Psicofármacos. Ansiolíticos, sedativos e hipnóticos. Hipnóticos não barbitúricos. Código ATC: N05C D05

O Halcion® (triazolam) é um potente agente hipnótico de acção curta, que produz a sua actividade hipnótica a partir da primeira noite de administração. Nem o Halcion® nem os seus metabolitos se acumulam no sangue após a administração de doses múltiplas.

Nos estudos de tolerância com doses terapêuticas usuais que produziram um sono farmacológico, não se registou depressão cardiovascular ou respiratória significativa nem alterações no EEG de vigília. Em estudos realizados em laboratórios de sono no homem o Halcion® reduziu a lactência do sono, aumentou a sua duração e diminuiu o número de interrupções do sono durante a noite em comparação com a linha de base, sem afectar significativamente a fase REM ou as fases III e IV do sono. A lactência da fase REM foi significativamente aumentada. A preponderância dos dados dos laboratórios do sono e/ou estudos sobre a eficácia, de duração entre 4 a 90 dias, demonstraram não ter havido desenvolvimento significativo de tolerância, acumulação do fármaco ou sintomas de abstinência após a paragem do tratamento.

5.2 Propriedades farmacocinéticas

Após administração por via oral de doses únicas de Halcion® (Triazolam 14C) no homem, a média da concentração máxima no sangue ocorreu num tempo médio de 1,5 ± 0,7 horas. Os níveis de Halcion® diminuíram com uma semi-vida média aparente de 2,7 ± 0,5 horas.

Os níveis dos metabolitos diminuíram segundo um processo bifásico, com uma semi-vida média aparente para a fase inicial de 3,36 ± 0,88 horas e de 7,8 ± 1,49 horas para a fase terminal. A recuperação média de 14C foi de 89,6% (81,8% na urina e 7,85% nas fezes). A excreção de 14C na urina, fezes e em ambas foi bifásica. As semi-vidas de excreção para a urina mais fezes, correspondendo às fases de excreção inicial e terminal, foram de 7,4 ± 0,5 horas e 30 ± 8 horas.

Só aparecem na urina pequenas quantidades de Halcion® não metabolizado. Os metabolitos principais são o 1-hidroximetil triazolam e 4-hidroxitriazolam. Estes dois metabolitos correspondem respectivamente a 69% e 11% da excreção urinária no homem.

In vitro, o Halcion® liga-se (89%) às proteínas séricas humanas e é rapidamente dissociado, conforme demonstrado pela semi-vida relativamente curta no plasma de 2,7 horas.

Embora se pudesse esperar que o Halcion® (triazolam) se dissociasse rapidamente, a concentração sérica do fármaco livre foi sempre extremamente baixa. A conclusão que se tira destas observações é que o Halcion® é um fármaco de elevada potência intrínseca.

As concentrações plasmáticas de triazolam podem duplicar quando se administra conjuntamente cimetidina. A administração conjunta de triazolam e cimetidina ocasiona uma redução da depuração do triazolam com uma alteração na semi-vida de eliminação na maioria dos doentes. A semi-vida de eliminação pode prolongar-se em alguns doentes, não provocando, no entanto, acumulação do fármaco sob o regime posológico de uma toma diária.

As concentrações plasmáticas de triazolam podem duplicar quando se administra concomitantemente eritromicina. A administração conjunta de triazolam e eritromicina provoca uma redução da depuração do triazolam e um aumento na semi-vida de eliminação.

5.3 Dados de segurança pré-clínica

Experiências realizadas em animais indicam que pode ocorrer colapso cardiopulmonar após grandes doses intravenosas de triazolam (cerca de 100mg/kg, 10 000 vezes o máximo da dose humana por dia). Foi possível a reanimação dos animais com ventilação mecânica positiva e perfusão intravenosa de bitartarato de norepinefrina ou bitartarato de metaraminol. Estudos efectuados em animais sugeriram que a diurese forçada ou hemodiálise se mostraram provavelmente de pouco valor no tratamento da sobredosagem.

6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS DO HALCION

6.1. Lista dos excipientes

Lactose, celulose microcristalina, sílica anidra coloidal, amido de milho, docusato de sódio e benzoato de sódio, laca de alumínio e eritrosina sódica, laca de alumínio de indigotina e estearato de magnésio.

6.2  Incompatibilidades

Não aplicável

6.3  Prazo de validade

3 anos.

6.4  Precauções especiais de conservação

Não conservar acima de 30°C.

Proteger da humidade.

6.5 Natureza e conteúdo do recipiente

Halcion® Comprimidos encontra-se acondicionado em blisters de PVC/Alumínio. Halcion® apresenta-se em embalagens de 14 unidades.

6.6 Instruções de utilização, manipulação e eliminação

Não existem requisitos especiais.

7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

LABORATÓRIOS PFIZER, LDA Lagoas Park Edificio 10

2740-244 Porto Salvo

8. NÚMEROS DE AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Embalagem de 14 comprimidos a 0,125 mg: 9518365. Embalagem de 14 comprimidos a 0,25 mg: 9518373. Embalagem de 14 comprimidos a 0,25 mg: 8518373.

9.DATA DA RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Comprimidos a 0,125 mg: 24 de Junho de 2003 Comprimidos a 0,25 mg: 13 de Janeiro de 2001


10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO

30-01-2004.