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Topiramato

Topamax bula do medicamento

Neste folheto:

1.  O que é Topamax e para que é utilizado
2.  Antes de tomar Topamax
3.  Como tomar Topamax
4.  Efeitos secundários Topamax
5.  Como conservar Topamax
6.  Outras informações

Topamax

Topamax 25 mg / 50 mg / 100 mg / 200 mg comprimidos revestidos

Topamax 15 mg / 25 mg / 50 mg cápsulas

Topiramato

Leia atentamente este folheto antes de tomar o medicamento. Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.

Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

1. O QUE É TOPAMAX E PARA QUE É UTILIZADO

Topamax contém topiramato como substância activa. Topamax está indicado como:

  • monoterapia em doentes com epilepsia recentemente diagnosticada ou para a conversão a monoterapia em doentes com epilepsia;
  • terapêutica adjuvante para adultos e crianças, de idade igual ou superior a 2 anos, com crises parciais ou crises generalizadas tónico-clónicas;
  • terapêutica adjuvante para adultos e crianças com crises associadas ao síndroma de Lennox-Gastault.

Topamax está indicado para a profilaxia da enxaqueca, em adultos. A utilidade de Topamax no tratamento agudo da enxaqueca não foi estudada.

2. ANTES DE TOMAR TOPAMAX

Não tome Topamax

se tem alergia (hipersensibilidade) à substância activa ou a qualquer outro componente deste medicamento.

Tome especial cuidado com Topamax

Em doentes com ou sem história de convulsões ou epilepsia, os anti-epilépticos, incluindo Topamax, devem ser retirados gradualmente para minimizar o potencial de convulsões ou o aumento da sua. Nos ensaios clínicos, as doses diárias foram reduzidas semanalmente em intervalos de 50 a 100 mg, em adultos com epilepsia, e em intervalos de 25 a 50 mg, em adultos a receber Topamax, numa dosagem até 100 mg/dia para a profilaxia da enxaqueca. Em ensaios clínicos com crianças, Topamax foi gradualmente retirado, durante um período de duas a oito semanas.

A via renal é a principal via de eliminação de topiramato inalterado e dos seus metabolitos. A eliminação renal depende da função renal e é independente da idade. Os doentes com insuficiência renal moderada ou grave podem necessitar de 10 a 15 dias até serem atingidas as concentrações plasmáticas no estado estacionário, comparativamente aos 4 a 8 dias observados em doentes com função renal normal.

Tal como sucede com todos os doentes, o esquema posológico de titulação deve ser orientado pelos resultados clínicos, isto é, controlo das crises, prevenção de efeitos secundários, tendo em conta que os insuficientes renais podem necessitar de um período de tempo mais prolongado até atingirem o estado estacionário em cada dose.

Uma adequada hidratação durante o tratamento com Topamax é muito importante. A hidratação pode reduzir o risco de nefrolitíase (ver abaixo). Uma adequada hidratação antes e durante actividades como o exercício físico ou a exposição a temperaturas elevadas pode reduzir o risco de efeitos adversos relacionados com o calor (ver efeitos secundários possíveis).

Perturbações do humor/Depressão

Foi observado um aumento de incidência de perturbações do humor e depressão durante o tratamento com topiramato.

Tentativa de suicídio

Um pequeno número de pessoas que iniciaram tratamento com antiepilépticos como o Topamax, teve pensamentos de auto-agressão e suicídio. Se a qualquer momento tiver estes pensamentos deve consultar imediatamente o seu médico.

Nas fases em dupla ocultação de ensaios clínicos com topiramato, em indicações aprovadas e em investigação, ocorreram tentativas de suicídio numa taxa de 0,003 com topiramato (13 eventos/3999 doentes por ano) versus uma taxa de 0 com placebo (0 ocorrências/1430 doentes por ano). Foi relatado um suicídio consumado num ensaio clínico em doença bipolar com um doente medicado com topiramato.

Nefrolitíase

Nalguns doentes, especialmente naqueles com predisposição para nefrolitíase, o risco de formação de cálculos renais e de ocorrência de sinais e sintomas associados tais como, cólica renal, dor lombar ou dor nos flancos, pode ser superior.

Os factores de risco para nefrolitíase incluem a formação prévia de cálculos, antecedentes familiares de nefrolitíase e hipercalciúria. Nenhum destes factores de risco permite prever de forma fidedigna a formação de cálculos durante o tratamento com topiramato. Além disso, os doentes em tratamento com outros medicamentos associados ao risco de nefrolitíase podem estar sujeitos a um maior risco.

Função hepática diminuída

Em doentes com alteração da função hepática, recomenda-se precaução na administração de topiramato, pois pode estar reduzida a depuração deste fármaco.

Miopia aguda e glaucoma secundário do ângulo fechado

Um síndroma consistindo em miopia aguda e glaucoma secundário do ângulo fechado foi descrito em doentes tratados com Topamax. Os sintomas incluem início agudo de diminuição da acuidade visual e/ou dor ocular. Os achados oculares incluem miopia, edema da câmara anterior, hiperemia ocular (vermelhidão) e aumento da pressão intraocular. A midríase pode estar ou não presente. Este síndroma pode estar associado com derrame supraciliar resultando no deslocamento anterior do cristalino e irís, com glaucoma secundário do ângulo fechado. Os sintomas ocorrem tipicamente dentro de um mês do início da terapêutica com Topamax. Em contraste com o glaucoma primário do ângulo fechado, que é raro em indivíduos com menos de 40 anos de idade, o glaucoma secundário do ângulo fechado associado a topiramato foi descrito em doentes em idade pediátrica, bem como em adultos. O tratamento inclui a interrupção de Topamax, tão rapidamente quanto possível e de acordo com a opinião do médico, e medidas adequadas para reduzir a pressão intraocular. Estas medidas geralmente resultam na diminuição da pressão intraocular.

Acidose metabólica

A acidose metabólica hiperclorémica, “non-anion gap”, isto é, redução do bicarbonato sérico abaixo dos níveis normais de referência, conduzindo a uma alcalose respiratória, está associada ao tratamento com topiramato. Esta redução do bicarbonato sérico deve-se ao efeito inibitório do topiramato na anidrase carbónica renal. Geralmente, a redução de bicarbonato ocorre no início do tratamento, podendo, no entanto, ocorrer em qualquer altura do tratamento. Estas reduções de bicarbonato são geralmente moderadas com reduções médias de 4 mmol/L para doses de 100 mg/dia de topiramato, em adultos, e de aproximadamente 6 mg/Kg/dia, em doentes pediátricos. Raramente os doentes apresentaram redução para valores inferiores a 10 mmol/L. Condições clínicas ou terapêuticas que predisponham para a acidose, tais como, doenças renais, alterações respiratórias severas, estados epiléticos, diarreia, cirurgia, dieta cetogénica, ou certos fármacos, podem ter um efeito aditivo à redução de bicarbonato provocada pelo topiramato.

A acidose metabólica crónica, em doentes pediátricos, pode reduzir as taxas de crescimento. O efeito do topiramato no crescimento e nas sequelas ósseas não foi estudado sistematicamente em populações pediátricas ou adultas.

De acordo com a situação clínica inicial, uma avaliação adequada, incluindo níveis plasmáticos de bicarbonato, é recomendada durante o tratamento com topiramato,. Se a acidose metabólica se desenvolver e persistir, deve ser tida em consideração a redução da dose ou a interrupção do tratamento com topiramato.

Suplemento alimentar

Deve ser considerada a administração de um suplemento alimentar ou aumento da ingestão de alimentos em doentes que percam peso, durante a administração deste medicamento.

Ao tomar Topamax com outros medicamentos

Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.

Efeitos de Topamax sobre os outros fármacos anti-epilépticos A associação de Topamax a outros medicamentos anti-epilépticos (fenitoína, carbamazepina, ácido valpróico, fenobarbital ou primidona) não afecta as suas concentrações plasmáticas no estado estacionário, excepto em doentes ocasionais em que a associação de Topamax à fenitoína pode provocar uma elevação das concentrações plasmáticas desta. Isto deve-se possivelmente à inibição da isoforma duma enzima polimórfica específica (CYP2C19). Consequentemente, em qualquer doente submetido a tratamento com fenitoína que apresenta sinais ou sintomas de toxicidade, deve proceder-se à monitorização dos níveis de fenitoína.

Um estudo de interacção farmacocinética com doentes epiléticos indicou que a adição do topiramato à lamotrigina não teve efeito nas concentrações plasmáticas desta, para dose de topiramato de 100 a 400 mg/dia. Para além disso, não houve alteração das concentrações plasmáticas de topiramato durante e após a interrupção do tratamento com lamotrigina (dose média de 327 mg/dia).

Efeitos dos outros fármacos anti-epilépticos sobre Topamax A fenitoína e a carbamazepina reduzem a concentração plasmática de topiramato. A associação ou interrupção do tratamento com fenitoína ou carbamazepina, à terapêutica com Topamax, pode requerer o ajuste posológico deste último. Estas alterações devem ser efectuadas por avaliação do efeito clínico. A associação ou interrupção do tratamento com ácido valpróico não produz alterações clinicamente significativas nas concentrações plasmáticas de topiramato pelo que, neste caso, não é necessário proceder ao ajuste posológico de Topamax.

Outras Interacções Medicamentosas

Digoxina

Num estudo de dose única, a área sob a curva (AUC) da concentração plasmática da digoxina sérica decresceu 12% devido à administração concomitante de Topamax. A relevância clínica desta observação não foi estabelecida. Quando se adiciona ou retira Topamax a doentes em que foi instituída uma terapêutica com digoxina, deve prestar-se especial atenção à monitorização da digoxina sérica.

Depressores do Sistema Nervoso Central

A administração concomitante de Topamax e álcool ou outros fármacos depressores do Sistema Nervoso Central não foi avaliada em estudos clínicos. Recomenda-se que Topamax não seja utilizado concomitantemente com álcool ou outros fármacos depressores do Sistema Nervoso Central.

Contraceptivos Orais

Num estudo de interacção farmacocinética, em voluntárias saudáveis, a administração concomitante de um contraceptivo oral, constituído por 1mg de noretindrona e 35 mcg etinilestradiol, e Topamax em doses de 50 a 200 mg/dia administrado na ausência de outros fármacos, não estava associado a alterações significativas de exposição de qualquer componente do contraceptivo oral.

Num outro estudo, a exposição de etinilestradiol diminuiu de forma estatisticamente significativa, para doses de 200, 400 e 800 mg/dia de topiramato (18%, 21% e 30%, respectivamente), quando administrado como terapêutica adjuvante a doentes a tomar ácido valpróico. Em ambos os estudos, Topamax em doses de 50 mg/dia a 800 mg/dia, não afectou a significativamente a exposição a noretindrona. Apesar de existir uma diminuição da exposição ao etinilestradiol para doses entre 200-800 mg/dia, não se registou alteração dependente da dose significativa na exposição ao etinilestradiol, para doses entre 50-200 mg/dia. O significado clínico das alterações não é conhecido. A possibilidade de diminuição da eficácia do contraceptivo e do aumento da hemorragia de privação devem ser tidas em consideração, para doentes a tomar contraceptivos orais combinados com Topamax. As doentes a tomar contraceptivos orais devem comunicar ao médico quaisquer alterações nos respectivos padrões hemorrágicos. A eficácia dos contraceptivos pode diminuir mesmo na ausência de alteração dos padrões hemorrágicos.

Lítio

Em voluntários saudáveis, foi observada uma redução de 18% da AUC na exposição sistémica de litío durante a administração concomitante de topiramato 200 mg/dia. Em doentes com doença bipolar, a farmacocinética do lítio não foi afectada durante o tratamento com topiramato 200 mg/dia. No entanto, foi observado um aumento de 26% da AUC na exposição sistémica ao lítio, após o tratamento com topiramato em doses até 600 mg/dia. Os níveis de lítio devem ser monitorizados quando co-administrado com topiramato.

Risperidona

Estudos de interacção fármaco-fármaco, conduzidos em condições de dose única ou dose múltipla, em voluntários saudáveis e em doentes bipolares, obtiveram resultados semelhantes. Quando administrada concomitantemente com topiramato em doses crescentes de 100, 200 e 400 mg/dia, houve uma redução da exposição sistémica da risperidona (16% e 33% da AUC em estado estacionário para as doses de 250 e 400 mg/dia respectivamente), quando esta foi administrada em doses que variaram entre 1 e 6 mg/dia. Na fracção antipsicótica activa total (risperidona e 9-hidroxirisperidona) foram observadas alterações mínimas da farmacocinética, não tendo sido observadas alterações para a 9-hidroxirisperidona isolada. Não foram observadas alterações clínicas significativas na exposição sistémica da fracção activa total da risperidona ou do topiramato. Assim, esta interacção não tem provavelmente relevância clínica.

Hidroclorotiazida (HCTZ)

Um estudo de interacção fármaco-fármaco em voluntários saudáveis avaliou a farmacocinética no estado estacionário da HCTZ (25 mg/dia) e do topiramato (96 mg de 12/12h), quando administrados isolada ou concomitantemente. Os resultados do estudo indicam que a Cmax de topiramato aumentou 25% e a AUC aumentou 29%, quando a HCTZ foi adicionada ao topiramato. O significado clínico desta alteração não é conhecido. A adição de HCTZ ao tratamento com topiramato pode exigir um ajuste da dose de topiramato. A farmacocinética do estado estacionário da HCTZ não foi significativamente alterada com a administração de topiramato. Resultados laboratoriais indicam uma redução do potássio sérico após a administração de topiramato e HCTZ. Esta redução é mais acentuada quando a administração de topiramato e HCTZ é concomitante.

Metformina

Foi realizado um estudo de interacção fármaco-fármaco, em voluntários saudáveis, para avaliar a farmacocinética no estado estacionário da metformina e do topiramato no plasma, quando a metformina era administrada isoladamente e/ou concomitantemente com topiramato. Os resultados deste estudo mostram que a Cmáx média e a AUC média da metformina aumentavam em 18% e 25% respectivamente, enquanto que a CL/F média reduzia 20% quando a metformina e o topiramato eram administrados simultaneamente. O topiramato não afectou a Tmáx da metformina. Não é claro o significado clínico do efeito do topiramato na farmacocinética da metformina. A depuração plasmática do topiramato oral parece ser reduzida quando administrada com a metformina. Desconhece-se a extensão do efeito na depuração. Desconhece-se o significado clínico do efeito da metformina na farmacocinética do topiramato. Quando Topamax é associado ou retirado em doentes a receberem tratamento com metformina deverá haver precaução em relação à monitorização de rotina para o controlo adequado da diabetes.

Pioglitazona

Um estudo de interacção fármaco-fármaco em voluntários saudáveis avaliou a farmacocinética no estado estacionário do topiramato e da pioglitazona, quando administrados isolados ou concomitantemente. Foi observada uma redução de 15% da AUCxss da pioglitazona, sem alteração da Cmax. Este resultado não foi estatisticamente significativo. Por outro lado, foi observada uma diminuição do hidroxi-metabolito de 13% e 16% na Cmax e AUGxss, assim como uma diminuição de 60% na Cmax e AUCxss do ceto-metabolito activo. Não se conhece o significado clínico destes resultados. Quando o topiramato é administrado em simultâneo com a pioglitazona ou vice-versa, deve dar-se especial atenção à monitorização de rotina para adequado controlo da diabetes.

Gliburide

Um estudo de interacção fármaco-fármaco em doentes com diabetes tipo II avaliou a farmacocinética no estado estacionário do gliburide (5 mg/dia) e do topiramato (150 mg/dia), quando administrados isolados ou concomitantemente. Observou-se uma diminuição de 25% na AUC24 de gliburide, quando administrado com topiramato. A exposição sistémica dos metabolitos activos 4-trans-hidroxi-gliburide (M1) e 3-cis-hidroxi-gliburide, reduziu 13% e 15% respectivamente. A farmacocinética em estado estacionário do topiramato não foi afectada pela administração concomitante de gliburide. Quando o topiramato é administrado em simultâneo com o gliburide ou vice-versa, deve dar-se especial atenção à monitorização de rotina para adequado controlo da diabetes.

Outras formas de interacção

Substâncias que predispõem para nefrolitíase

Quando utilizado concomitantemente com outras substâncias que possam predispor para nefrolitíase, Topamax pode aumentar o risco de nefrolitíase. Durante o tratamento

com Topamax devem ser evitadas estas substâncias, dado que podem criar um ambiente fisiológico que aumente o risco de formação de cálculos renais.

Ácido valpróico

A administração concomitante de topiramato e ácido valpróico está associada a hiperamoniémia com ou sem encefalopatia em doentes que toleraram estes fármacos quando administrados isoladamente. Na maioria dos casos, os sinais e sintomas desaparecem com a descontinuação do tratamento. Este efeito indesejado não é devido a uma interacção farmacocinética. A relação da hiperamoniémia com a terapêutica com topiramato ou o tratamento concomitante com outro antiepilépico, não foi estabelecida.

Gravidez e aleitamento

Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento. Gravidez

Todas as mulheres em idade fértil (com possibilidade de engravidar) deverão receber aconselhamento médico especializado antes de iniciarem o tratamento, devido ao aumento de risco de malformações congénitas.

O tratamento com fármacos anti-epilépticos deverá ser reavaliado sempre que a mulher pretender engravidar.

Em geral, o risco de malformações congénitas é 2 a 3 vezes maior nos descendentes de grávidas medicadas com anti-epilépticos durante a gravidez. As malformações mais frequentes afectam os lábios e cavidade oral, aparelho cardiovascular e tubo neural. O tratamento com vários fármacos anti-epilépticos (politerapia) poderá estar associado a um maior risco de malformações congénitas relativamente ao tratamento com um único medicamento (monoterapia). Sempre que possível os regimes de politerapia deverão ser simplificados.

O tratamento com anti-epilépticos não deverá ser interrompido subitamente uma vez que pode aumentar o risco de crises epilépticas com consequências graves para a mãe e/ou para o feto.

Em estudos pré-clínicos, topiramato revelou ser teratogénico nos modelos animais estudados (ratinhos, ratos e coelhos). Em ratos, o topiramato atravessa a barreira placentária.

Não existem estudos sobre a utilização de Topamax na mulher grávida. No entanto, Topamax só deverá ser utilizado durante a gravidez se os benefícios potenciais compensarem o risco potencial.

Aleitamento

O topiramato é excretado no leite de fêmeas lactantes de ratos. A excreção de topiramato no leite humano não foi avaliada em ensaios controlados. Observações limitadas em doentes sugerem uma excreção extensa do topiramato no leite materno. Uma vez que um grande número de fármacos são excretados no leite humano, deverá ser ponderada a decisão de interromper o aleitamento ou o fármaco, tendo em consideração a importância do fármaco para a mãe.

Na experiência pós-comercialização, foram relatados casos de hipospádias em crianças do sexo masculino expostas in utero ao topiramato, na presença ou não de outros anticonvulsivantes. No entanto, não foi estabelecida uma relação causal com topiramato.

Condução de veículos e utilização de máquinas

Topamax actua sobre o Sistema Nervoso Central e pode provocar sonolência, tonturas ou outros sintomas relacionados. Pode também causar distúrbios visuais e/ou visão turva. Estes efeitos adversos podem ser potencialmente perigosos em doentes que conduzam veículos ou operem máquinas, particularmente até ser estabelecida a experiência individual do doente com o medicamento.

Informações importantes sobre alguns componentes de Topamax

Topamax, comprimidos revestidos contêm lactose. Se foi informado pelo seu médico que tem intolerância a alguns açúcares, contacte-o antes de tomar este medicamento.

Topamax, cápsulas contêm sacarose. Se foi informado pelo seu médico que tem intolerância a alguns açúcares, contacte-o antes de tomar este medicamento.

3. COMO TOMAR TOPAMAX

Tome Topamax sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.

Generalidades

Para o controlo ideal, tanto em adultos como em crianças, recomenda-se que a terapêutica seja iniciada com uma dose baixa seguida de um ajuste posológico, até ser alcançada uma dose eficaz.

Topamax está disponível em comprimidos e cápsulas. Não se recomenda o fraccionamento dos comprimidos. As cápsulas podem ser administradas a doentes que não possam engolir os comprimidos, por exemplo crianças e idosos.

As cápsulas de Topamax podem ser engolidas inteiras, ou após abertura da cápsula.

Administração com alimentos:

Pode deitar o conteúdo da cápsula numa pequena porção (colher de chá) de alimento mole, como compota de maçã, leite-creme, gelado, papas, pudim ou iogurte.

Segure a cápsula virada para cima de forma a ler a inscrição “TOP”.

Cuidadosamente rode a porção mais clara da cápsula. É mais fácil fazer esta operação sob a pequena porção de alimento mole onde misturará os grânulos do conteúdo das cápsulas.

Espalhe todo o conteúdo da cápsula sob a porção de alimento mole, certificando-se que a todo o conteúdo é transferido para o alimento.

Certifique-se que o doente engole imediatamente a porção de alimento mole. Deve evitar mastigar. Para assegurar que todo o alimento é engolido, dê ao doente líquidos imediatamente. Nunca guarde a mistura de alimento e medicamento para utilização futura.

Administração sem alimentos:

As cápsulas de Topamax podem também ser engolidas inteiras

Não é necessário monitorizar as concentrações plasmáticas de topiramato para optimizar a terapêutica com Topamax. Em ocasiões raras, a associação de Topamax à fenitoína pode exigir um ajuste da dose de fenitoína para obter um resultado clínico favorável. A associação ou interrupção de fenitoína e carbamazepina em terapêutica adjuvante com Topamax pode necessitar de ajuste da dose de Topamax.

Topamax pode ser tomado independentemente das refeições.

Terapêutica adjuvante da Epilepsia

Adultos

A titulação deve ser iniciada com 25 a 50 mg, administrados à noite, durante uma semana. Embora esteja descrito, a utilização de doses iniciais mais baixas não foi estudada sistematicamente. Posteriormente, a dose deve ser aumentada de 25 a 100 mg/dia, em intervalos de tempo semanais ou quinzenais, sendo a dose administrada em duas tomas. O ajuste posológico deve depender do resultado clínico. Alguns doentes podem ser tratados com eficácia com uma dose única diária.

Em ensaios clínicos como terapêutica adjuvante, a dose de 200 mg foi a dose eficaz mais baixa estudada. Portanto, esta é considerada a dose eficaz mínima. A dose diária habitual é de 200-400 mg, dividida em duas tomas. Alguns doentes receberam uma dose máxima de 1600 mg por dia.

Uma vez que Topamax é removido do plasma por hemodiálise, deve ser administrada uma dose suplementar de Topamax, igual a aproximadamente metade da dose diária, nos dias de hemodiálise. A dose suplementar deve ser administrada em doses repartidas, no início e no final da hemodiálise. A dose suplementar pode ser diferente, com base nas características do equipamento de hemodiálise utilizado.

Estas recomendações posológicas aplicam-se a todos os adultos, incluindo idosos, na ausência de doença renal (ver Tome especial cuidado com Topamax).

Crianças de idade igual ou superior a 2 anos

A dose total diária recomendada de Topamax como terapêutica adjuvante é de aproximadamente 5 a 9 mg/kg/dia, dividida em duas tomas. A titulação deve ser iniciada com 25 mg (ou menos, com base na variação de 1 a 3 mg/kg/dia) administrados à noite, durante a primeira semana. A posologia deve ser aumentada semanalmente ou quinzenalmente, com aumentos de 1 a 3 mg/kg/dia, administrados em duas tomas diárias, para obter uma resposta clínica óptima. A titulação da dose deve ser feita de acordo com os resultados clínicos.

Doses diárias até 30 mg/kg/dia foram estudadas e foram geralmente bem toleradas. Monoterapia na Epilepsia Generalidades

Quando se suspende a administração simultânea de anti-epilépticos para se conseguir a monoterapia com topiramato, deverão ser considerados os efeitos que poderão ocorrer no controlo das convulsões.

A menos que aspectos de segurança exijam uma interrupção abrupta dos anti-epiléticos administrados concomitantemente, recomenda-se uma redução gradual, de aproximadamente um terço do anti-epilético administrado em simultâneo, de duas em duas semanas.

Quando se suspendem indutores enzimáticos, os níveis de topiramato aumentam. Se for clinicamente indicado, pode ser necessária uma diminuição na posologia de Topamax.

Adultos

A titulação deve ser iniciada com 25 mg, administrados à noite, durante uma semana. A posologia pode ser aumentada em 25 ou 50 mg/dia, com intervalos de 1 ou 2 semanas, administrados em duas tomas. Se o doente não tolerar a titulação, podem ser efectuados incrementos menores ou intervalos maiores entre cada aumento de dose. A posologia e a titulação devem ser efectuadas de acordo com o resultado clínico.

A dose inicial recomendada para monoterapia com topiramato, em adultos, é de 100 mg/dia e a dose máxima diária recomendada é de 500 mg. Alguns doentes com formas refractárias de epilepsia toleraram 1000 mg/dia de topiramato, em monoterapia. Estas recomendações posológicas aplicam-se a todos os adultos incluindo idosos, na ausência de doença renal subjacente.

Crianças

O tratamento de crianças de idade igual ou superior a 2 anos deve ser iniciado com 0,5 a 1mg/dia, administrados à noite, durante uma semana. Esta dose pode ser aumentada em 0,5 a 1 mg/kg/dia, administrada em duas tomas, com intervalos de 1 ou 2 semanas. Se a criança não é capaz de tolerar o regime de titulação, podem ser efectuados incrementos menores ou intervalos maiores entre cada aumento de dose. A posologia e a titulação devem ser efectuadas de acordo com o resultado clínico.

A dose inicial recomendada para a monoterapia com topiramato em crianças de idade igual ou superior a 2 anos, é de 3 a 6 mg/kg/dia. Crianças com crises parciais recentemente diagnosticadas receberam doses até 500 mg/dia.

Enxaqueca

A titulação deve ser iniciada com 25 mg, administrados à noite, durante uma semana. A dose deve ser então aumentada em 25 mg diários, com intervalos de 1uma semana. Se o doente não suportar o regime de titulação, podem ser considerados intervalos maiores entre os ajustes de dose.

A dose total diária de topiramato recomendada para tratamento profiláctico da enxaqueca é de 100 mg/dia, divididos em duas tomas. Alguns doentes podem sentir melhorias com uma dose diária total de 50 mg/dia. Alguns doentes tomaram uma dose total diária de 200 mg/dia. A posologia e a titulação devem ser efectuadas de acordo com o resultado clínico.

Se tomar mais Topamax do que deveria

Sinais e sintomas

Foram descritos casos de sobredosagem com topiramato. Os sinais e sintomas incluíram: convulsões, sonolência, perturbações da fala, visão turva, diplopia, défice intelectual, letargia, coordenação anormal, torpor, hipotensão, dor abdominal, agitação, tonturas e depressão. As consequências clínicas não foram graves na maioria dos casos, mas foram relatadas mortes após sobredosagens com politerapia envolvendo topiramato.

A sobredosagem com topiramato pode causar acidose metabólica grave (ver Tome especial cuidado com Topamax).

Um doente que ingeriu uma dose calculada entre 96 e 110 g de topiramato foi admitido no hospital em coma que durou 20-24 horas, seguido de recuperação total após 3-4 dias.

Tratamento

Em caso de sobredosagem aguda de topiramato, se a ingestão for recente, deve esvaziar-se o estômago imediatamente por lavagem ou por indução de emese. O carvão activado mostrou adsorver topiramato in vitro. Deve ser efectuado um tratamento de suporte apropriado. A hemodiálise constitui um meio eficaz para a remoção do topiramato do organismo. Os doentes devem ser bem hidratados.

Caso se tenha esquecido de tomar Topamax

Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.

Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.

4. EFEITOS SECUNDÁRIOS TOPAMAX

Como todos os medicamentos Topamax pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.

As reacções adversas relatadas foram classificadas utilizando os termos de um dicionário da OMS-ART modificado. A maioria dos efeitos indesejáveis, mais comuns nos ensaios clínicos, foi ligeiros a moderadamente graves e dependentes de dose. Estes efeitos indesejáveis dependentes de dose, iniciaram-se tipicamente na fase de titulação, mantendo-se na fase de manutenção de dose, mas raramente tiveram início da fase de manutenção. Uma titulação rápida e com doses iniciais elevadas foram associadas a maior incidência de efeitos indesejáveis, conduzindo à interrupção do tratamento.

Ensaios Clínicos na Terapêutica Adjuvante da Epilepsia

Uma vez que Topamax tem sido muito frequentemente co-administrado com outros medicamentos anti-epilépticos, não é possível determinar quais os agentes, se existir algum, que estiveram associados aos acontecimentos adversos.

Adultos

Em ensaios clínicos em dupla ocultação, alguns dos quais incluíram um período rápido de titulação inicial, os acontecimentos adversos que ocorreram com frequência igual ou superior a 5% e com maior incidência nos doentes adultos tratados com topiramato do que no grupo placebo, incluíram: sonolência, tonturas, nervosismo, ataxia, fadiga, perturbações na fala ou problemas no discurso, lentificação psicomotora, visão anormal, dificuldades inespecíficas na memória, confusão, parestesia, diplopia, anorexia, nistagmo, náusea, redução do peso corporal, problemas na linguagem, dificuldade de concentração ou atenção, depressão, dor abdominal, astenia e alterações do humor.

Os acontecimentos adversos que ocorreram com menor frequência, mas considerados potencialmente importantes do ponto de vista clínico, incluíram: alterações do paladar, agitação, problemas inespecíficos da cognição, labilidade emocional, problemas de coordenação, marcha anormal, apatia, sintomas psicóticos ou psicoses, reacção agressiva ou comportamento agressivo, ideação ou tentativa de suicídio, leucopenia e nefrolitíase. Também foram referidos casos isolados de fenómenos tromboembólicos, embora não tenha sido estabelecida uma relação causal com o fármaco.

Crianças

Em ensaios clínicos em dupla ocultação, os acontecimentos adversos que ocorreram com frequência igual ou superior a 5% e com uma maior incidência nos doentes pediátricos tratados com topiramato do que no grupo placebo, incluíram: sonolência, anorexia, fadiga, nervosismo, perturbações da personalidade, dificuldade na concentração ou atenção, reacção agressiva, redução do peso corporal, marcha anormal, perturbações do humor, ataxia, sialorreia, náusea, dificuldades inespecíficas da memória, hipercinésia, tonturas, perturbações da fala ou problemas relacionados com o discurso e parestesias.

Os acontecimentos adversos que ocorreram com menor frequência mas considerados potencialmente importantes do ponto de vista clínico, incluíram: labilidade emocional, agitação, apatia, problemas inespecíficos da cognição, lentificação psicomotora, confusão, alucinação, depressão e leucopenia.

Ensaios Clínicos na Monoterapia da Epilepsia

Qualitativamente, o tipo de acontecimentos adversos observados em ensaios clínicos realizados em monoterapia foi geralmente idêntico aos observados durante os ensaios em terapêutica adjuvante. Com excepção das parestesias e da fadiga, estes acontecimentos adversos foram descritos com incidência idêntica ou menor nos ensaios em monoterapia.

Adultos

Em ensaios clínicos, os acontecimentos adversos clinicamente relevantes que ocorreram com incidência igual ou superior a 10%, nos doentes adultos tratados com topiramato, incluíram: parestesias, cefaleias, tonturas, fadiga, sonolência, redução do peso corporal, náuseas e anorexia.

Crianças

Em ensaios clínicos, os acontecimentos adversos clinicamente relevantes que ocorreram com incidência igual ou superior a 10%, nos doentes em idade pediátrica tratados com topiramato, incluíram: cefaleias, fadiga, anorexia e sonolência.

Ensaios Clínicos na Profilaxia da Enxaqueca

Em ensaios clínicos em dupla ocultação, os acontecimentos adversos clinicamente relevantes que ocorreram com frequência igual ou superior a 5 % e com maior incidência nos doentes tratados com topiramato do que no grupo placebo, incluíram: fadiga, parestesias, tonturas, hipoestesia, perturbações do discurso, náusea, diarreia, dispepsia, boca seca, redução do peso corporal, anorexia, sonolência, dificuldades inespecíficas da memória, dificuldade de concentração ou atenção, insónia, ansiedade, alteração do humor, depressão, alteração do paladar e alteração da visão. Doentes tratados com topiramato experimentaram alterações médias do peso corporal, dependentes de dose. Estas alterações não se verificaram no grupo placebo. Variações médias de 0.0, -2.3 %, -3,2% e -3.8 % foram verificadas no grupo placebo e no grupo de topiramato com doses de 50, 100 e 200 mg, respectivamente.

Testes laboratoriais

Os resultados dos estudos clínicos indicam que o topiramato foi associado com uma redução média de 4 mmol/L nos níveis séricos de bicarbonato (ver Tome especial cuidado com Topamax).

Pós-comercialização e outras experiências

Para além dos acontecimentos adversos reportados durante os ensaios clínicos com Topamax, foram reportados, em todo o mundo, os seguintes acontecimentos adversos em doentes tratados com topiramato após a introdução deste fármaco no mercado. As reacções adversas espontâneas relatadas, durante a fase pós-comercialização, com Topamax, estão incluídas na tabela abaixo.

As reacções adversas estão organizadas segundo a sua frequência, utilizando a seguinte convenção, calculada por doente/ano estimado de exposição.

Muito frequente                     > 1/10

Frequente                                  > 1/100 e <1/10

Pouco frequente                    > 1/1000 e <1/100

Raro                                            > 1/10 000 e <1/1000

Muito Raro                               <1/10 000

As frequências descritas abaixo reflectem as taxas de reacções adversas relatadas espontaneamente e não representam estimativas mais precisas do que as que podem ser obtidas através dos estudos clínicos.

Reacções adversas espontâneas relatadas, durante a fase de pós-comercialização

Doenças do sangue e do sistema linfático Muito raro: leucopenia e neutropenia, trombocitopenia.
Doenças do metabolismo e da nutrição Raro: anorexia.

Muito raro: acidose metabolica, redução do apetite, hiperamoniémia (aumento da amônia sérica).

Doenças do foro psiquiátrico Raro: depressão, agitação e sonolência. Muito raro: insónia, estado confusional, alterações psicóticas, agressão, halucinações, ideação suicida, tentativa de suicídio e suicídio, alteração na linguagem.
Doenças do sistema nervoso Raro: parestesias, convulsões, cefaleias. Muito Raro: alterações do discurso, disgeusia (alteração ou distorção do sentido do gosto), amenésia, alterações da memória, convulsões por interrupção do tratamento .
Afecções oculares Raro: alterações da visão, visão turva. Muito raro: miopia, glaucoma do ângulo fechado, dor ocular.
Doenças gastrintestinais Raro: náusea.

Muito Raro: diarreia, dor abdominal e vómitos.

Alterações dos tecidos cutâneos e subcutâneos Raro: alopécia. Muito Raro: eritema.
Doenças renais e urinárias Raro: nefrolitíase
Perturbações gerais e alterações no local de administração Raro: fadiga.

Muito raro: pirexia, sensação de mau estar, astenia.

Exames complementares de diagnóstico Raro: redução do peso corporal.

Foram reportados casos de diminuição da função hepática em doentes tratados com Topamax, com e sem outra medicação associada.

Foram recebidos relatos isolados de hepatite e insuficiência hepática que ocorreram em doentes que tomavam vários medicamentos, enquanto estavam a ser tratados com o Topamax. Foram igualmente relatados casos isolados de pele bulhosa e reacções da mucosa, incluindo eritema multiforme, pênfigo, síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica. A maioria destes casos ocorrereu em doentes que tomavam outros medicamentos, também associados com o aparecimento de pele bulhosa e de reacções da mucosa.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

5. COMO CONSERVAR

Comprimidos revestidos

Não conservar acima de 25°C. Proteger da humidade.

Cápsulas

Não conservar acima de 25°C.

Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Não conservar a mistura do medicamento com comida.

Não utilize Topamax após o prazo de validade impresso na embalagem exterior, a seguir a “VAL”. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.

6. OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição de Topamax
–  A substância activa é o topiramato
–  Os outros componentes são:

Comprimidos revestidos – lactose monohidratada, celulose microcristalina, Carboximetilamido sódico, amido pregelatinizado, esterato de magnésio, cera de carnaúba, OPADRY YS-1-7706-G branco (comprimidos revestidos 25 mg), OPADRY YS-1-6382-G amarelo claro (comprimidos revestidos 50 mg), OPADRY YS-1-6370-G amarelo (comprimidos revestidos 100 mg), OPADRY YS-1-1456-G rosa (comprimidos revestidos 200 mg).

Cápsulas – microgrânulos de sacarose e amido de milho, povidona, acetato de celulose a formar pequenos núcleos. A cápsula de gelatina é composta por gelatina, dióxido de titânio, tinta de impressão Opacode S-1-17720 preta.

Qual o aspecto de Topamax e conteúdo da embalagem Comprimidos revestidos

Topamax encontra-se disponível na forma de comprimidos revestidos, redondos, com gravação em relevo, nas seguintes dosagens e cores: 25 mg – branco, 50 mg – amarelo claro, 100 mg – amarelo e 200 mg – salmão.

Topamax, comprimidos revestidos é comercializado em blisters de alumínio/alumínio contendo 20 e 60 comprimidos a 25 mg, 50 mg, 100 mg e 200 mg e 30 comprimidos a 100 mg.

Cápsulas

Topamax encontra-se disponível em cápsulas para administração por via oral contendo 15 mg, 25 mg ou 50 mg de topiramato.

O produto acabado é fornecido em cápsulas de gelatina com corpo branco e tampa transparente, contendo esferas pequenas de cor branca a esbranquiçada. Topamax é comercializado em frascos que contêm 20 cápsulas a 15 mg e 60 cápsulas a 15 mg, 25 mg e 50 mg.

Titular da Autorização de Introdução no Mercado JANS SEN-CILAG FARMACÊUTICA, LDA.

Estrada Consiglieri Pedroso, 69 A – Queluz de Baixo- 2734-503 Barcarena

Tel: 21 436 8835

Fabricante

Janssen Pharmaceutica N.V. Turnhoutseweg, 30, Beerse Bélgica

Este folheto foi aprovado pela última vez em 22-01-2009.

Categorias
Tobramicina

Tobrex bula do medicamento

Neste folheto:

1. O que é o Tobrex e para que é utilizado
2. Antes de utilizar Tobrex
3. Como utilizar Tobrex
4. Efeitos secundários Tobrex possíveis
5. Como conservar Tobrex
6. Outras informações

Tobrex 3 mg/ml Colírio, solução Tobrex 3 mg/g Pomada oftálmica

Tobramicina

Leia atentamente este folheto antes de utilizar este medicamento
– Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
– Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
– Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

1. O QUE É O TOBREX E PARA QUE É UTILIZADO

Tobrex é utilizado no tratamento de infecções bacterianas externas do(s) olho(s) e zonas circundantes.

Tobrex contém um antibiótico aminoglicosídeo, a tobramicina, activo contra vários microrganismos que podem infectar o(s) olho(s).

2. ANTES DE UTILIZAR TOBREX

Não utilize Tobrex
– se tem alergia (hipersensibilidade) à tobramicina ou a qualquer outro componente de Tobrex.

Tome especial cuidado com Tobrex
– se alguma vez teve sensibilidade a outros antibióticos aminoglicosídeos, uma vez que é possível que haja reacção cruzada.
– se manifestar comichão na pálpebra, inchaço ou vermelhidão no olho, não continue a utilizar o medicamento e consulte o seu médico.
– utilize este medicamento durante o período de tempo indicado pelo seu médico.
O uso prolongado de antibióticos pode levar ao desenvolvimento de organismos resistentes.
A interrupção prematura do tratamento pode fazer com que a infecção volte a aparecer.
– se tem uma ferida no olho, a pomada oftálmica pode atrasar a cicatrização.
– se utiliza lentes de contacto consulte a secção “Informações importantes sobre alguns componentes de Tobrex”
– se estiver a utilizar outros medicamentos consulte a secção “Utilizar Tobrex com outros medicamentos.”

Contacte o seu médico se algumas destas advertências se aplicar ao seu caso, ou se se aplicou no passado.

Ao utilizar TOBREX com outros medicamentos
Se utilizar mais de um medicamento ocular, aguarde 5 minutos entre cada aplicação. Aplique a pomada em último lugar.
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente, outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.

Gravidez
Utilize Tobrex apenas em caso de clara necessidade.
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de utilizar qualquer medicamento. Aleitamento
Deverá tomar precauções uma vez que é possível que o medicamento passe para o leite materno.
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de utilizar qualquer medicamento. Condução de veículos e utilização de máquinas
A sua visão pode ficar turva durante algum tempo após a utilização do Tobrex. Não conduza nem utilize máquinas até a visão voltar ao normal.

Informações importantes sobre alguns componentes de Tobrex
Não aplique o Tobrex enquanto tiver as lentes de contacto nos olhos. Antes de colocar as lentes de contacto, aguarde pelo menos 15 minutos após a aplicação. O Tobrex Colírio, solução contém um conservante (cloreto de benzalcónio) que causa a descoloração das lentes de contacto hidrófilas e pode causar irritação ocular.

3. COMO UTILIZAR TOBREX

Siga cuidadosamente as instruções que se seguem, a menos que o seu médico lhe dê outras indicações.
Utilize Tobrex sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.

A duração habitual do medicamento com Tobrex é de 7 a 10 dias. O seu médico indicará o tempo do seu tratamento.
Continue o tratamento pelo período recomendado, mesmo se os sintomas tiverem desaparecido. Deverá ter o cuidado de não interromper a terapêutica prematuramente, de forma a evitar um reaparecimento da infecção.

Utilize este medicamento somente nos olhos.

Tobrex Colírio, solução Adolescentes e adultos:
Em caso de doença ligeira a moderada, coloque uma ou duas gotas no(s) olho(s) de 4 em 4 horas.
Em caso de doença severa, o seu médico dar-lhe-á instruções para colocar uma ou duas gotas no(s) olho(s) de hora a hora até ocorrer alguma melhoria, e depois deverá diminuir a frequência da administração até terminar o tratamento.

Tratamento de conjuntivites em crianças (incluindo recém-nascidos): Colocar uma gota no(s) olho(s) 5 vezes ao dia, durante 7 dias.

Tobrex Pomada oftálmica Adolescentes e adultos:
Em caso de doença ligeira a moderada, coloque uma pequena quantidade (aproximadamente 1,5 cm) de pomada no(s) olho(s) duas a três vezes por dia.
Em caso de doença severa, o seu médico dar-lhe-á instruções para aplicar uma pequena quantidade (aproximadamente 1,5 cm) de pomada no(s) olho(s) a cada três ou quatro horas durante os primeiros dois dias, depois duas a três aplicações por dia até ao final do tratamento.

Tobrex Pomada oftálmica pode ser utilizado durante a noite em conjunto com Tobrex Colírio, solução durante o dia.

Tobrex Colírio, solução

1 2 3 _4

Pegue no frasco de Tobrex e num espelho. Lave as mãos.
Segure no frasco e desenrosque a tampa.
Segure no frasco com o aplicador virado para baixo, entre o polegar e o dedo médio (Figura 1).
Incline a cabeça para trás. Puxe para baixo a pálpebra com um dedo limpo, até se formar uma “bolsa” entre a pálpebra e o olho. A gota deverá ser aqui colocada (Figura 2). Coloque o aplicador do frasco perto do olho. Se necessário utilize o espelho. Não toque com o aplicador no olho, na pálpebra, nas zonas circundantes ou noutras superfícies. Poderá contaminar o colírio.
Pressione suavemente a base do frasco até à saída de uma gota de Tobrex de uma só vez (Figura 3).
Depois de colocar o medicamento, liberte a pálpebra inferior, feche o olho e pressione suavemente com o dedo o canto entre o seu olho e o nariz (Figura 4). Isto vai impedir que o Tobrex penetre para o resto do corpo.
Caso tenha de aplicar as gotas em ambos os olhos, repita estes passos para o outro olho. Feche bem o frasco imediatamente após a sua utilização. Deite fora o frasco 4 semanas após a primeira abertura.

TOBREX Pomada oftálmica

A B

Pegue na bisnaga de Tobrex e num espelho. Lave as mãos.
Segure na bisnaga e desenrosque a tampa.
Segure na bisnaga com o aplicador virado para baixo.
Incline a cabeça para trás. Puxe para baixo a pálpebra com um dedo limpo, até se formar uma “bolsa” entre a pálpebra e o olho. A pomada deverá ser aqui colocada (Figura A). Coloque a extremidade da bisnaga perto do olho. Se necessário utilize o espelho. Não toque com a extremidade da bisnaga no olho, na pálpebra, nas zonas circundantes ou noutras superfícies. Poderá contaminar a pomada.
Aperte suavemente a bisnaga até à saída da quantidade pretendida de pomada (Figura B). Depois de colocar o medicamento, liberte a pálpebra inferior e pisque o olho algumas vezes, de forma a certificar-se que a pomada cobriu toda a superfície do olho. Feche suavemente o olho por alguns segundos; isto impedirá que o Tobrex penetre para o resto do corpo.
Caso tenha de aplicar a pomada em ambos os olhos, repita estes passos para o outro olho. Feche bem a bisnaga imediatamente após a sua utilização. Deite fora a bisnaga 4 semanas após a primeira abertura.

Caso não tenha conseguido colocar o medicamento no olho, tente novamente.
Caso se tenha esquecido de utilizar Tobrex
Aplique apenas uma única dose assim que se lembrar e, retome em seguida o seu esquema habitual. Não aplique uma dose a dobrar para compensar a que se esqueceu de aplicar.

Se parar de utilizar Tobrex
Se o tratamento for interrompido prematuramente e se todos os organismos não tiverem sido eliminados pelo medicamento a infecção pode agravar-se ou reaparecer. Não interrompa o tratamento sem indicação do médico.

Se utilizar mais Tobrex do que deveria
Se necessário, pode lavar os olhos com água tépida para eliminar o excesso de Tobrex utilizado.
Em caso de sobredosagem oral, consulte o seu médico ou farmacêutico.

4. EFEITOS SECUNDÁRIOS Tobrex POSSÍVEIS

Como todos os medicamentos, o Tobrex pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.

As seguintes reacções podem ocorrer no seu olho:
– Efeitos secundários pouco frequentes (podem afectar 1 em cada 100 pessoas tratadas): reacção alérgica local, irritação no olho (ardor ou sensação de picadas no momento da aplicação), olho vermelho, visão turva.
– Efeitos secundários raros (podem afectar 1 em cada 1000 pessoas tratadas): inflamação da córnea, pálpebras inchadas, comichão nas pálpebras, aumento do lacrimejo.
– Efeitos secundários muito raros (podem afectar 1 em cada 10 000 pessoas tratadas): desenvolvimento de uma infecção ocular ou agravamento da presente infecção ocular.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

5. COMO CONSERVAR TOBREX

Para prevenir infecções deite fora o medicamento 4 semanas após a primeira abertura. Escreva a data de abertura na embalagem, no espaço indicado.

Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Não conserve a temperatura superior a 25°C. Proteger da luz.
Mantenha o frasco/bisnaga bem fechados.
Não utilize o medicamento após o prazo de validade que é indicado no frasco/bisnaga ou na caixa depois de “Val.” O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.

Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

6. OUTRAS INFORMAÇÕES

Qual a composição de Tobrex colírio, solução ou pomada oftálmica
– Este medicamento tem como substância activa a tobramicina 3 mg/ml (colírio, solução) ou 3 mg/g (pomada oftálmica).
– Os outros componentes são:
Tobrex colírio, solução: cloreto de benzalcónio, ácido bórico, sulfato de sódio anidro, cloreto de sódio, tiloxapol, ácido sulfúrico e/ou hidróxido de sódio (para ajustar o pH), água purificada.
Tobrex pomada oftálmica: clorobutanol anidro, parafina líquida leve, vaselina. Qual o aspecto de Tobrex e conteúdo da embalagem
Tobrex Colírio, solução é um líquido (apresenta-se como uma solução clara, transparente amarela a acastanhada) fornecido num frasco graduado conta-gotas de 5 ml com tampa de rosca.
Tobrex Pomada oftálmica apresenta-se com uma coloração branca ou esbranquiçada com aspecto homogéneo e é fornecida numa bisnaga de 5 g, com extremidade e tampa de plástico.

Titular da Autorização de Introdução no Mercado:

Alcon Portugal- Produtos e Equipamentos Oftalmológicos, Lda., Quinta da Fonte, Edifício D. Sancho I – Piso 3, Rua dos Malhões, n° 4, 2770-071 Paço D’ Arcos. Tel: 21 44 00 300
Fax: 21 44 00 313

Fabricantes:

S.A. Alcon-Couvreur NV, Rijksweg 14, B-2870 Puurs, Bélgica ou
Alcon Cusí, S.A., Camil Fabra 58, 08320 El Masnou, Barcelona, Espanha.

Este folheto foi aprovado pela última vez em: 03-03-2009

Categorias
Imipramina

Tofranil 10 mg / 25 mg bula do medicamento

Neste folheto:

1.   O que é Tofranil e para que é utilizado
2.   Antes de tomar Tofranil
3.   Como utilizar Tofranil
4.   Efeitos secundários Tofranil
5.   Como conservar Tofranil
6.   Outras informações

Tofranil 10 mg / 25 mg

Comprimidos revestidos

Cloridrato de imipramina


Leia atentamente este folheto antes de tomar este medicamento. Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.

Este medicamento foi reeitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

1.  O QUE É TOFRANIL E PARA QUE É UTILIZADO

Tofranil pertence ao grupo dos medicamentos designados por antidepressivos tricíclicos, que são usados no tratamento de todas as formas de depressão, incluindo a depressão associada a alterações de personalidade e crises de alcoolismo crónico. Outras situações psicológicas que podem ser tratadas com Tofranil são as crises de pânico, os estados dolorosos crónicos, os terrores nocturnos e o urinar na cama, em crianças com mais de 5 anos.

2.  ANTES DE TOMAR TOFRANIL

É importante que informe o seu médico assistente se tem outros problemas de saúde ou se está a tomar outros medicamentos.

Não tome Tofranil

  • Se tem alergia (hipersensibilidade) ao cloridrato de imipramina, a algum outro antidepressivo tricíclico ou a qualquer outro componente de Tofranil;
  • Se já está a tomar um outro tipo de antidepressivo, designado por inibidor da monoamino-oxidase (MAO);
  • Se teve recentemente um enfarte do miocárdio ou se sofre de doença cardíaca grave.

Se pensa que pode ser alérgico, aconselhe-se junto do seu médico.

Se alguma destas situações se aplicar a si, Tofranil não lhe será provavelmente indicado.

Tome especial cuidado com Tofranil

Deve também informar o seu médico se sofrer de alguma das seguintes situações:

  • Pensamentos de suicídio;
  • Crises de epilepsia;
  • Batimentos cardíacos irregulares;
  • Esquizofrenia;
  • Glaucoma (pressão intraocular elevada);
  • Doenças do fígado ou dos rins;
  • Qualquer alteração do sangue;
  • Dificuldade em urinar ou próstata aumentada;
  • Hipertiroidismo (tiróide hiperactiva);
  • Abuso do álcool;
  • Obstipação frequente.

O seu médico assistente irá ter em consideração estes factos antes e durante o seu tratamento com Tofranil.

Pensamentos relacionados com o suicídio e agravamento da sua depressão ou distúrbio de ansiedade

Se se encontra deprimido e/ou tem distúrbios de ansiedade poderá por vezes pensar em se auto-agredir ou até suicidar. Estes pensamentos podem aumentar no início do tratamento com antidepressivos, pois estes medicamentos necessitam de tempo para actuarem. Normalmente os efeitos terapêuticos demoram cerca de duas semanas a fazerem-se sentir mas por vezes pode demorar mais tempo.

Poderá estar mais predisposto a ter este tipo de pensamentos nas seguintes situações:

  • Se tem antecedentes de ter pensamentos acerca de se suicidar ou se auto-agredir.
  • Se é um jovem adulto. A informação proveniente de estudos clínicos revelou um maior risco de comportamento suicida em indivíduos adultos com menos de 25 anos com problemas psiquiátricos tratados com antidepressivos.

Se em qualquer momento vier a ter pensamentos no sentido de auto-agressão ou suicídio deverá contactar o seu médico ou dirigir-se imediatamente ao hospital.

Poderá ser útil para si comunicar a uma pessoa próxima de si ou a um familiar que se encontra deprimido ou que tem distúrbios de ansiedade e dar-lhes este folheto a ler. Poderá também solicitar-lhes que o informem caso verifiquem um agravamento do seu estado de depressão ou ansiedade, ou se ficarem preocupados com alterações no seu comportamento.

Informação para famílias e prestadores de cuidados de saúde

Deve monitorizar se o seu doente ou familiar depressivo mostra sinais de alterações de comportamento, tais como hiper-excitação, agitação, agressividade, perturbações do sono, perturbações da atenção, ansiedade, inquietação, ver ou ouvir coisas que não são reais, manutenção de ideias falsas, agravamento da depressão ou pensamentos suicidas. Deve informar o médico do doente, sempre que notar estes sintomas, especialmente se forem graves, abruptos no início, ou se não fizerem parte dos sintomas que o doente apresentava anteriormente. Deve avaliar o aparecimento destes sintomas numa base diária, especialmente durante o início do tratamento com antidepressivos e sempre que a dose for aumentada ou reduzida, uma vez que estas alterações podem ser abruptas. Sintomas como estes podem estar associados com o aumento de pensamentos e comportamentos suicidas e indicam a necessidade de uma monitorização muito próxima e, possivelmente, alterações da medicação.

Medidas adicionais de segurança

É importante para o seu médico vigiar o seu progresso clínico regularmente de modo a permitir ajustes de dose mais adequados e a minimizar os efeitos secundários do medicamento. O seu médico poderá pedir-lhe para fazer algumas análises ao sangue, medir a sua pressão arterial e avaliar a sua função cardíaca.

O Tofranil pode causar boca seca, aumentando desse modo o risco de deterioração dos seus dentes. Isto significa que, em caso de tratamento a longo prazo com Tofranil, deverá consultar um dentista regularmente.

Se usar lentes de contacto e sofrer irritação ocular, fale com o seu médico.

Antes de se submeter a qualquer tipo de cirurgia ou tratamento dentário, avise o médico ou o dentista de que está a tomar Tofranil.

O Tofranil poderá tornar a sua pele mais sensível à luz solar. Evite o excesso de exposição à luz solar, vista roupa que o proteja e utilize óculos de sol.

Crianças e adolescentes com idade inferior a 18 anos

Tofranil não deve ser administrado para o tratamento da depressão em crianças e adolescentes com idade inferior a 18 anos. Não foi demonstrada a eficácia dos antidepressivos tricíclicos em estudos com doentes deste grupo etário com depressão. Os estudos com outros grupos de antidepressivos, nomeadamente os Inibidores Selectivos da Recaptação da Serotonina, demonstraram que estes medicamentos estavam relacionados com ideação suicida, auto-agressividade e hostilidade. O risco de ocorrência destas reacções não pode ser excluído para o cloridrato imipramina.

Adicionalmente, o cloridrato de imipramina está associado ao risco de eventos adversos cardiovasculares em todos os grupos etários.

Para além do exposto, não existem ainda disponíveis dados de segurança de utilização a longo prazo em crianças e adolescentes no que concerne ao crescimento, maturação e desenvolvimento cognitivo e comportamental.

Doentes idosos

Os doentes idosos necessitam geralmente de doses menores que os doentes de meia-idade. Os efeitos secundários são mais susceptíveis de ocorrerem em doentes idosos. O seu médico prestar-lhe-á todas as informações necessárias sobre os cuidados a ter com as doses e a vigilância necessária.

Tomar Tofranil com outros medicamentos

Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar, ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.

Dado que muitos medicamentos interagem com Tofranil, pode ser necessário ajustar a posologia ou parar com um dos medicamentos. É particularmente importante que o seu médico e o seu farmacêutico saibam se costuma ingerir bebidas alcoólicas todos os dias ou se está a tomar algum dos seguintes medicamentos: medicamentos para a pressão arterial ou função cardíaca, outros antidepressivos, sedativos, tranquilizantes, barbitúricos, anti-epilépticos, medicamentos para impedir a coagulação do sangue (anticoagulantes), medicamentos para a asma e alergias, medicamentos para a doença de Parkinson, preparados de tiróide, cimetidina, metilfenidato, contraceptivos orais e estrogénios.

Gravidez e aleitamento

Mulheres grávidas

Informe o seu médico assistente se estiver grávida ou a amamentar. Tofranil não deve ser usado durante a gravidez, excepto se especificamente prescrito pelo seu médico. O seu médico discutirá consigo os riscos potenciais de tomar Tofranil durante a gravidez.

Mães a amamentar

A substância activa de Tofranil passa para o leite materno. As mães são aconselhadas a não amamentar os seus bebés.

Condução de veículos e utilização de máquinas

Tofranil pode causar visão enevoada, sonolência e outros sintomas ao nível do Sistema Nervoso Central, pelo que se tomar Tofranil deverá evitar conduzir veículos, manobrar máquinas ou realizar outras tarefas que requeiram a sua total atenção. O consumo de álcool pode potenciar os efeitos referidos anteriormente.

Informações importantes sobre alguns componentes de Tofranil

Os comprimidos revestidos de Tofranil contêm lactose e sacarose. Se tiver sido informado pelo seu médico de que sofre de intolerância a alguns açúcares (ex: lactose e sacarose), contacte o seu médico antes de tomar Tofranil.

3. COMO UTILIZAR TOFRANIL

Tomar Tofranil sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas. Não exceda as doses recomendadas. O seu médico decidirá qual será a dose mais conveniente para o seu caso particular.

Depressão e síndromes depressivos: A dose inicial é de 25 mg 1 a 3 vezes por dia. O seu médico poderá aumentar a sua dose diária gradualmente até aos 150 a 200 mg. A dose de manutenção é geralmente de 50 a 100 mg por dia.

Ataques de pânico: A dose inicial é um comprimido de 10 mg por dia. A dose diária necessária varia de doente para doente, entre 75 mg e 150 mg. Se necessário, o seu médico poderá aumentar a sua dose para 200 mg.

Estados dolorosos crónicos: A dose depende de doente para doente (25 a 300 mg por dia). É geralmente suficiente uma dose diária de 25 a 75 mg.

Idosos: A dose inicial é de 10 mg por dia. O seu médico poderá aumentar gradualmente a sua dose para 30 a 50 mg por dia.

Enurese nocturna (em crianças com mais de 5 anos de idade): A dose diária inicial em crianças com 5 a 8 anos: 2 a 3 comprimidos de 10 mg; em crianças com 9 a 12 anos: 1 a 2 comprimidos de 25 mg; em crianças com mais de 12 anos: 1 a 3 comprimidos de 25 mg. Os comprimidos devem ser tomados após a refeição da noite. Contudo, nas crianças que urinam na cama ao princípio da noite, a dose deve ser tomada com antecedência (às 16:00 h). Após obtenção de resposta desejada o tratamento deve ser continuado (durante 1 a 3 meses) e a posologia gradualmente reduzida até atingir a dose de manutenção.

Tome Tofranil conforme indicado pelo seu médico assistente. Não o tome em maior quantidade, nem com maior frequência ou durante mais tempo do que o recomendado pelo seu médico.

A depressão e os estados de ansiedade crónicos requerem um tratamento a longo prazo com Tofranil. Não modifique nem pare o tratamento sem perguntar primeiro ao seu médico.

Se tomar mais Tofranil do que deveria

Se tiver tomado acidentalmente muito mais comprimidos que os prescritos pelo seu médico, fale com o seu médico imediatamente. Pode necessitar de cuidados médicos.

Os seguintes sintomas de sobredosagem aparecem geralmente dentro de poucas horas: forte sonolência; dificuldade de concentração; batimentos cardíacos rápidos, lentos ou irregulares; inquietação e agitação; perda da coordenação muscular e rigidez muscular; dificuldade em respirar; desmaios; vómitos; febre.

Caso se tenha esquecido de tomar Tofranil

Se se esquecer de tomar a dose de Tofranil, tome a dose esquecida logo que se lembre. Depois retome o seu esquema posológico normal. Se for quase em cima da toma seguinte, omita essa dose e continue com o seu esquema posológico normal. Se tiver qualquer questão sobre isto, fale com o seu médico.

Se parar de tomar Tofranil

O seu médico pode querer que reduza a posologia gradualmente antes de suspender por completo o tratamento. Isto destina-se a evitar qualquer agravamento da sua situação e a reduzir o risco de sintomas de abstinência, como dores de cabeça, náuseas e mal-estar geral.

4. EFEITOS SECUNDÁRIOS TOFRANIL

Como todos os medicamentos, Tofranil pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.

Os efeitos secundários de Tofranil não requerem, normalmente, cuidados médicos e podem desaparecer durante o tratamento à medida que o seu corpo se adapta ao medicamento. Consulte o seu médico se algum efeito persistir ou se tornar incomodativo.

Frequência: muito frequentes (> 10%); frequentes (> 1-10%); pouco frequentes (> 0,1-1%); raros (> 0,01 – 0,1%); muito raros (< 0,01%).

Muito Frequentes: Aumento de peso, tremor, taquicardia sinusal, anomalias do electrocardiograma, boca seca, obstipação e hiperhidrose.

Frequentes: Anorexia, inquietação, confusão, delírio, alucinações, ansiedade, agitação, mania, hipomania, alterações da líbido, agressividade, perturbação do sono, desorientação, tonturas, cefaleias, sonolência, parestesias, alterações da acomodação visual, visão turva, diminuição do lacrimejar, afrontamentos, hipotensão postural, arritmias, palpitações, alterações da condução cardíaca, náuseas, vómitos, anomalias nos testes de função hepática, dermatite alérgica, eritema cutâneo, urticária, alterações da micção e fadiga.

Raros: perturbações psicóticas e convulsões.

Muito raros: Cáries dentárias, leucopenia, agranulocitose, eosinofilia, trombocitopenia, reacções anafilácticas, secreção inapropriada da hormona anti-diurética, aumento ou redução da glucose sanguínea, perda de peso, agressividade, mioclonias, perturbações extra-piramidais, ataxia, alterações da fala, anomalias do EEG, midríase, glaucoma, tinidos, falha cardíaca, prolongamento do intervalo QT, arritmia ventricular, taquicardia ventricular, fibrilhação ventricular, Torsade de Pointes, púrpura, petéquias, aumento da pressão arterial, vasospasmo, alveolite alérgica (pneumonia), ileus paraliticus, estomatite, ulcerações da língua, alterações abdominais, hepatite (com ou sem icterícia), prurido, fotossensibilidade, queda de cabelo, hiperpigmentação da pele, retenção urinária, inchaço dos seios e aparecimento de leite, edema (local ou generalizado), febre, astenia e morte súbita.

Desconhecido (a frequência não é conhecida): Ideação/comportamento suicida.

Os sintomas seguintes podem ocorrer, ocasionalmente, após suspensão abrupta ou redução da posologia: náuseas, vómitos, dores abdominais, diarreia, insónias, cefaleias (dores de cabeça), nervosismo e ansiedade.

Consulte o seu médico logo que possível se ocorrer algum dos seguintes efeitos secundários, que podem requerer cuidados médicos: ver ou ouvir coisas que não existem, icterícia, reacções cutâneas (comichão ou vermelhidão), infecções frequentes com febre e garganta dorida, reacções alérgicas com ou sem tosse e dificuldade em respirar, incapacidade de coordenar os movimentos, perda do equilíbrio, dor ocular, dor abdominal intensa com obstipação, perda de apetite grave, contracção súbita dos músculos, rigidez muscular, espasmos musculares, dificuldade em urinar, inchaço dos seios e produção de leite, batimentos cardíacos rápidos ou irregulares (palpitações), dificuldade na fala, confusão ou delírio grave, alucinações, desmaios.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

5. COMO CONSERVAR TOFRANIL

Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Conservar a temperatura inferior a 30°C.

Conservar na embalagem de origem para proteger da humidade.

Não utilize Tofranil após o prazo de validade impresso na embalagem, após VAL. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.

Não utilize nenhuma embalagem de Tofranil que se encontre danificada ou com sinais de ter sido alterada.

6. OUTRAS INFORMAÇÕES

Qual a composição de Tofranil

–   A substância activa de Tofranil é o cloridrato de imipramina.

–   Os outros componentes são: lactose mono-hidratada, aerosil 200, estearato de magnésio, amido de milho, ácido esteárico, talco, celulose HP-M-603, povidona va64, dióxido de titânio (E171), celulose microcristalina 101, óxido de ferro vermelho (E172), polietilenoglicol 8000, povidona K30, sacarose e glicerol. Adicionalmente, Tofranil, 10 mg, comprimido revestido contém verniz shellac, dióxido de titânio (E171), água purificada, 2-etoxietanol, lecitina de soja, simeticone

Qual o aspecto de Tofranil e conteúdo da embalagem Tofranil 10 mg comprimidos revestidos

Os comprimidos revestidos de Tofranil são vermelho-acastanhados, triangulares, convexos, com a impressão “CG” de um lado e “FT” do outro a tinta branca. Encontra-se disponível em embalagens de 10, 20 e 60 comprimidos revestidos acondicionados em blisters.

Tofranil 25 mg comprimidos revestidos

Os comprimidos revestidos de Tofranil são vermelho-acastanhados, redondos e biconvexos. Encontra-se disponível em embalagens de 10 e 60 comprimidos revestidos acondicionados em blisters.

É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações

Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante

Novartis Farma – Produtos Farmacêuticos, S.A.

Rua do Centro Empresarial, Edifício 8, Quinta da Beloura

2710 – 444 Sintra

Telefone: 21 000 86 00

Fabricante

Novartis Farmacéutica, S.A. Ronda de Santa Maria, 158

E-08210 Barberá del Vallés – Barcelona Espanha

Este folheto foi aprovado pela última vez em 18-08-2008.

Categorias
Moexipril

Tensotec 7,5 mg / 15 mg bula do medicamento

Neste folheto:

1.  O que é Tensotec e para que é utilizado
2.  Antes de tomar Tensotec
3.  Como tomar Tensotec
4.  Efeitos secundários Tensotec
5.  Como conservar Tensotec
6.  Outras informações

Tensotec 7,5 mg / 15 mg

Comprimido revestido

Cloridrato de moexipril

Leia atentamente este folheto antes de tomar o medicamento. Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.

Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

1. O QUE É TENSOTEC E PARA QUE É UTILIZADO

Indicações terapêuticas Tratamento da hipertensão.

Em monoterapia como tratamento inicial ou em associação com outras classes de agentes anti-hipertensores.

2. ANTES DE TOMAR TENSOTEC

Não tome Tensotec

  • se tem alergia (hipersensibilidade) à substância activa ou a qualquer outro componente de Tensotec.
  • se tem história de edema angioneurótico associado com tratamento anterior com inibidores da ECA
  • se tem edema angioneurótico hereditário/idiopático
  • se tiver mais do que três meses de gravidez. (Também é preferível não tomar Tensotec no início da gravidez)
  • Se está a amamentar (as crianças alimentadas ao peito devem ser desmamadas)

Devido à falta de experiência terapêutica suficiente, TENSOTEC não deve ser utilizado em:

  • Doentes submetidos a diálise
  • Doentes com hepatopatia primária ou perturbações da função hepática
  • Crianças.

Tome especial cuidado com Tensotec

Nas circunstâncias a seguir indicadas, o TENSOTEC só pode ser utilizado após avaliação criteriosa da relação risco/benefício, e sob monitorização regular de determinados parâmetros clínicos e laboratoriais:

  • Estenose das válvulas aorta ou mitral, ou outras obstruções do fluxo proveniente do ventrículo esquerdo (por exemplo, cardiomiopatia hipertrófica)
  • Obstrução da artéria renal (bilateral ou unilateral)
  • Insuficiência renal severa (depuração da creatinina inferior a 40 ml/min.)
  • Aumento da quantidade de proteínas excretadas na urina (mais de 1 g/dia)
  • Perturbações graves do equilíbrio electrolítico
  • Alterações da resposta imunitária, ou doenças do colagéneo (por exemplo, lupus eritematoso, esclerodermia)
  • Terapêutica medicamentosa concomitante com fármacos supressores das defesas orgânicas (por exemplo, corticóides, citostáticos, antimetabolitos), alopurinol, procainamida ou lítio.

Deverá controlar-se a função renal antes do início da terapêutica com TENSOTEC.

Deve informar o seu médico se pensa estar grávida (ou planeia engravidar). Tensotec não está recomendado no início da gravidez e não deve ser tomado após o terceiro mês de gravidez, uma vez que pode ser gravemente prejudicial para o bebé se utilizado a partir desta altura.

Especialmente no início da terapêutica, o TENSOTEC só deverá ser utilizado nos grupos de doentes a seguir indicados se a tensão arterial e/ou determinados parâmetros laboratoriais forem controlados com frequência:

  • Doentes com deficiência em sal e/ou fluídos
  • Doentes com hipertensão grave e/ou hipertensão induzida por doença renal
  • Doentes com idade superior a 65 anos
  • Doentes com insuficiência cardíaca concomitante.

A monitorização do equilíbrio electrolítico e da creatinémia, assim como do quadro hematológico estão indicados por um curto período de tempo, especialmente no início do tratamento e nos doentes de alto risco (doentes com insuficiência renal, doenças colagénicas, ou os que seguem um tratamento com fármacos supressores dos mecanismos de defesa do organismo, com alopurinol ou procainamida).

Se durante a terapêutica com TENSOTEC surgirem sintomas como febre, intumescência dos nódulos linfáticos, e/ou inflamação da garganta, deverá consultar o seu médico assistente e efectuar de imediato um leucograma.

No decurso do tratamento com TENSOTEC não deverá ser praticado nenhum processo de diálise sanguínea (hemodiálise ou hemofiltração) com membranas de alto fluxo de sulfonato de poliacrilonitrilo-metalil (por exemplo, AN 69), na medida em que a diálise e a hemofiltração estão associadas ao risco de reacções de hipersensibilidade (reacções do tipo anafiláctico), até choque, com risco da própria vida.

No caso de a diálise ou a hemofiltração serem inevitáveis, o tratamento da hipertensão deverá efectuar-se por um fármaco que não seja um inibidor da ECA.

Deverá, por conseguinte, informar o seu médico de que está a seguir um tratamento com TENSOTEC, ou de que necessita de diálise, para que tais factos possam ser tidos em consideração durante o tratamento.

Durante a aférese (com hipercolesterinémia severa) LDL (lipoproteínas de baixa densidade), nos doentes tratados com um inibidor da ECA, podem ocorrer reacções de hipersensibilidade com risco da própria vida.

Durante a terapia de dessensibilização versus venenos dos insectos (p.ex: picadas de abelhas ou vespas) e o tratamento concomitante com um inibidor da ECA, podem ocorrer reacções de hipersensibilidade com risco parcial da própria vida (p.ex: queda da tensão arterial, dificuldades respiratórias, vómitos, reacções alérgicas cutâneas).

No caso de ser necessária uma aférese LDL ou uma terapia de dessensibilização versus venenos de insectos, o inibidor da ECA deve ser temporariamente substituído por um outro fármaco anti-hipertensor.

Especialmente durante o primeiro mês de tratamento com um IECA, deverão ser cuidadosamente monitorizados os níveis de glicémia no diabético previamente medicado com antidiabéticos orais ou insulina.

Ao tomar Tensotec com outros medicamentos

Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.

Durante o tratamento com TENSOTEC ou com outros inibidores da ECA foram descritas as seguintes interacções com a administração simultânea de:

  • Potássio, diuréticos poupadores do potássio (por exemplo, espironolactona, amiloride, triamtereno) e outros (por exemplo, a heparina): podem levar a um aumento pronunciado da concentração de potássio sérico.
  • Fármacos hipotensores: potenciação do efeito anti-hipertensor do TENSOTEC, especialmente pelos que aumentam a excreção de urina (diuréticos) -Lítio: aumento da concentração sérica de lítio (é necessário controlo regular) -Indutores do sono, narcóticos: descida acentuada dos valores da tensão arterial (o anestesista deverá ser informado, caso o doente siga um tratamento com TENSOTEC)
  • Alopurinol, fármacos supressores dos mecanismos de defesa do organismo (citostáticos, imunossupressores, corticóides sistémicos), procainamida: diminuição do número de glóbulos brancos no sangue (leucopenia).
  • Analgésicos e anti-inflamatórios (por exemplo, ácido acetilsalicílico, indometacina): eventual atenuação do efeito anti-hipertensor do TENSOTEC -Sal comum: atenuação do efeito anti-hipertensor do TENSOTEC -Ingestão de bebidas alcoólicas: potenciação dos efeitos do álcool
  • Antidiabéticos (insulina, derivados da sulfonil ureia): a administração concomitante de inibidores ECA e antidiabéticos orais ou insulina, pode potenciar o efeito de diminuição da glucose sanguínea com risco de hipoglicémia. Este fenómeno poderá ocorrer com maior frequência: durante as primeiras semanas de tratamento; em doentes com insuficiência renal.

Ao tomar Tensotec com alimentos e bebidas Não aplicável

Gravidez e aleitamento

Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.

Na mulher fértil a gravidez deve ser excluída antes de se iniciar o tratamento com um inibidor da ECA. Nestas mulheres, durante o tratamento com TENSOTEC, deve ser aplicado um método contraceptivo apropriado.

Deve informar o seu médico se pensa que está grávida (ou planeia engravidar). O seu médico normalmente aconselhá-la-á a interromper Tensotec antes de engravidar ou assim que estiver grávida e a tomar outro medicamento em vez de Tensotec. Tensotec não está recomendado no início da gravidez e não deve ser tomado após o terceiro mês de gravidez, uma vez que pode ser gravemente prejudicial para o bebé se utilizado a partir desta altura.

Deverá informar o seu médico de que se encontra a amamentar ou que pretende iniciar a amamentação. Tensotec não está recomendado em mães a amamentar, especialmente se o bebé for recém-nascido ou prematuro; nestes casos o seu médico poderá indicar outro tratamento.

Condução de veículos e utilização de máquinas

O tratamento com TENSOTEC requer controlo médico regular.

As reacções ao fármaco, que variam de indivíduo para indivíduo, podem influenciar a capacidade de condução e a utilização de máquinas. Esta advertência aplica-se principalmente no início do tratamento, ao mudar de um outro produto para TENSOTEC, e em caso de ingestão simultânea de bebidas alcoólicas.

Informações importantes sobre alguns componentes de Tensotec Tensotec contém lactose.

Se foi informado pelo seu médico que sofre de intolerância a alguns açucares, antes de tomar este medicamento contacte o seu médico.

3. COMO TOMAR TENSOTEC

Tomar Tensotec sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.

Observação importante:

No início do tratamento com TENSOTEC pode ocorrer uma diminuição excessiva da tensão arterial, sobretudo nos doentes com deficiência em sal e/ou fluídos (por exemplo, dialisados, vómitos/diarreia, tratamento com diuréticos), insuficiência cardíaca, hipertensão grave ou hipertensão induzida por doença renal.

Sempre que possível, as deficiências em sal e/ou fluídos devem ser corrigidas antes do início do tratamento com TENSOTEC. Nos casos de um tratamento anterior com fármacos que aumentam a excreção urinária (diuréticos), a mesma deve ser reduzida ou mesmo interrompida, se necessário.

Nestes doentes, deve iniciar-se o tratamento com uma toma única da dose mais baixa, 3,75 mg (correspondente a /4 comprimido de TENSOTEC 7,5), de manhã.

A seguir à administração da primeira dose, e também quando se procede a um aumento da dose de TENSOTEC e/ou dos diuréticos da ansa, os doentes devem permanecer sob controlo médico durante pelo menos 2 horas, de modo a evitar uma diminuição excessiva e descontrolada da tensão arterial.

Nos doentes com hipertensão severa (hipertensão maligna), o tratamento com TENSOTEC deverá ser ajustada no hospital.

Nos outros casos, salvo prescrição médica em contrário, deve ser seguida a seguinte posologia:

A dose inicial é normalmente de 7,5 mg (correspondente a 1 comprimido de TENSOTEC 7,5 ou Y2 de TENSOTEC 15), de manhã.

Se com esta dose não for obtida a normalização da tensão arterial, haverá então que aumentar para 15 mg/dia (correspondente a 2 comprimidos de TENSOTEC 7,5 ou a 1 comprimido de TENSOTEC 15).

A dose de manutenção é normalmente de 7,5 ou de 15 mg/dia (correspondente a 1 comprimido de TENSOTEC 7,5, a 2 comprimidos de TENSOTEC 7,5, ou a 1 comprimido de TENSOTEC 15, respectivamente); não deve exceder-se a dose máxima de 30 mg/dia (correspondente a 2 comprimidos de TENSOTEC 15).

A adição de um diurético pode aumentar o efeito anti-hipertensor do moexipril.

Dosagem em doentes com insuficiência renal moderada (depuração da creatinina > 40 ml/min), doentes idosos (com idade superior a 65 anos), e doentes com cirrose hepática:

Com base nos estudos disponíveis, normalmente não é necessária a adaptação da dose. O médico assistente deve decidir sobre uma diminuição individual da dose inicial de moexipril de p.ex: 3,75 mg (correspondente a V2 comprimido de TENSOTEC 7,5).

Dosagem em doentes com insuficiência renal grave (depuração da creatinina < 40 ml/min.):

Nos doentes com insuficiência renal grave, é recomendada a dose inicial de 3,75 mg (correspondente a V2 comprimido de TENSOTEC 7,5).

A dose diária indicada deve ser administrada em toma única. Em casos raros e excepcionais, podem ser aconselháveis duas administrações diárias. A duração do tratamento deverá ser determinada pelo médico assistente.

Tomar Tensotec com a ajuda de um copo de água, por via oral. Tomar o medicamento de manhã.

Se tomar mais Tensotec do que deveria

Os sintomas a seguir descritos podem ocorrer, dependendo da extensão da sobredosagem: hipotensão, bradicardia, choque sistémico, perturbações no equilíbrio electrolítico, insuficiência renal. Consultar o médico imediatamente.

Caso se tenha esquecido de tomar Tensotec

Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar. Se se esqueceu de tomar uma dose tome-a logo que se lembre e retome o esquema posológico recomendado pelo seu médico.

Se parar de tomar Tensotec Não aplicável.

Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.

4. EFEITOS SECUNDÁRIOS TENSOTEC

Como todos os medicamentos, Tensotec pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.

Coração e vasos sanguíneos

Uma descida excessiva da tensão arterial (hipotensão e ortostatismo), com sintomas como tonturas, sensação de fraqueza e perturbações da visão, raramente acompanhadas de perda de consciência (síncope), podem surgir ocasionalmente, em especial no início da administração de TENSOTEC, nos doentes com deficiências de sal ou de fluídos (por exemplo, antes do tratamento com fármacos que aumentam a excreção urinária (diuréticos), com insuficiência cardíaca, hipertensão grave, ou hipertensão induzida por doença renal, e ainda quando é aumentada a dose de TENSOTEC e/ou de diuréticos.

Em casos isolados, e relativamente aos inibidores da ECA, foram observados os seguintes efeitos secundários, associados a uma acentuada redução da tensão arterial: batimentos cardíacos acelerados (taquicárdia), palpitações, alterações do ritmo cardíaco, angina pectoris, enfarte do miocárdio, acidente isquémico transitório (AIT) e AVC (acidente vascular cerebral).

Função renal

Ocasionalmente, podem ocorrer, ou ser exacerbadas, as perturbações da função renal. Embora não tenha ainda sido observada insuficiência renal aguda durante o tratamento com moexipril, aliás como no caso de outros fármacos que baixam a tensão arterial, a mesma pode, em princípio, ocorrer em casos isolados.

Em casos raros, observou-se um aumento da excreção urinária de proteínas (proteinúria), por vezes simultânea a uma degradação da função renal.

Vias respiratórias

Poderá surgir ocasionalmente tosse seca e irritativa e bronquite. Raramente poderá ocorrer dificuldade respiratória, inflamação dos seios perinasais (sinusite), constipação vulgar (rinite), casos isolados de obstrução convulsiva dos brônquios, com consequente dificuldade respiratória (broncospasmo), alteração inflamatória da mucosa língua (glossite) e secura da boca.

Em casos isolados, observou-se tumefacção dos tecidos (angioedema) induzida pelo inibidor da ECA, envolvendo a laringe, a faringe e/ou a língua. Em presença de um efeito secundário deste tipo, administrar de imediato 0,3-0,5 mg de adrenalina por via subcutânea, ou 0,1 mg de adrenalina intravenosa lenta (seguindo as instruções de diluição indicadas), controlando simultaneamente o doente através de ECG e de medição da tensão arterial, a que se seguirá a administração de glucocorticóides.

Recomenda-se igualmente a administração intravenosa de anti-histamínicos e de antagonistas dos receptores H2.

Nos casos de reconhecida deficiência dos inactivadores do C1, para além do uso de adrenalina, pode considerar-se igualmente a administração de um inactivador do C1.

Tracto gastrintestinal

Poderão surgir ocasionalmente náuseas, mal-estar na parte superior do abdómen e perturbações da digestão. Em casos raros, foram ainda referidos vómitos, diarreia, obstipação e perda do apetite.

Casos isolados de icterícia, devido a congestão biliar (icterícia colestática), perturbações da função hepática, inflamação do fígado (hepatite), inflamação do pâncreas (pancreatite) e obstrução intestinal (íleus), foram referidos durante o tratamento com inibidores da ECA.

Pele e vasos sanguíneos

Podem surgir ocasionalmente reacções cutâneas do tipo alérgico, como rash (exantema), podendo raramente manifestar-se sob a forma de urticária, comichão (prurido), e angioedema, envolvendo os lábios, a face e/ou as extremidades.

Em casos isolados, foram descritas reacções cutâneas graves, como eritema multiforme.

As alterações cutâneas podem estar associadas a febre, dores musculares e articulares (mialgia e artralgia), inflamação dos vasos sanguíneos (vasculite) e certas alterações nos valores laboratoriais (eosinofilia e/ou títulos elevados de ANA).

Caso se suspeite de reacção cutânea grave, consultar de imediato o médico assistente e, se necessário, suspender o tratamento com TENSOTEC.

Durante o tratamento com inibidores da ECA, foram ainda observados casos isolados de alterações cutâneas do tipo psoríase, sensibilidade à luz (fotossensibilidade), queda de cabelo (alopécia), fragilidade das unhas (onicólise) e um aumento do vasospasmo na doença de Raynaud.

Sistema nervoso

Podem ocorrer por vezes cefaleias ou fadiga; raramente, surgem tonturas, depressão, perturbações do sono, impotência, sensação de formigueiro, entorpecimento ou sensação de frio nos membros (parestesia), perturbações do equilíbrio, confusão, tinido, visão turva e alterações do paladar ou mesmo a sua perda temporária.

Valores laboratoriais

Ocasionalmente poderá ocorrer redução da concentração de hemoglobina, do hematócrito ou da contagem de glóbulos brancos ou de plaquetas. Em casos raros, especialmente nos doentes com insuficiência renal ou doenças do colagéneo, ou ainda nos doentes que seguem um tratamento concomitante com alopurinol, procaínamida ou determinados fármacos supressores dos mecanismos naturais de defesa do organismo, pode verificar-se uma descida patológica dos valores hematológicos (anemia, trombocitopenia, neutropenia, eosinofilia). Em casos isolados, pode mesmo ocorrer perda total de certas, ou de todas as células sanguíneas (agranulocitose ou pancitopénia).

Embora, em casos isolados, tenha sido observada hemólise/anemia hemolítica no decorrer do tratamento com inibidores da ECA, não se estabeleceu qualquer relação causal entre o fármaco administrado e a doença.

Em casos isolados, pode ainda observar-se um aumento das concentrações de bilirrubina e dos enzimas hepáticos.

Pode também ocorrer aumento da excreção urinária de proteínas.

Em casos raros, especialmente nos doentes com insuficiência renal, podem aumentar os níveis séricos de ureia, creatinina e potássio, diminuindo simultaneamente os níveis de sódio.

Uma vez que o moexipril diminui a secreção de aldosterona, pode ocorrer um aumento do potássio sérico. Os suplementos de potássio e os diuréticos poupadores de potássio devem ser administrados com precaução e os níveis de potássio sérico nos doentes devem ser controlados frequentemente. Nos doentes diabéticos (diabetes mellitus), observou-se um aumento da concentração sérica de potássio.

Observação importante:

Os parâmetros laboratoriais acima indicados devem ser controlados antes do início do tratamento com TENSOTEC e em intervalos regulares durante o mesmo.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

5. COMO CONSERVAR TENSOTEC

Não são necessárias precauções especiais de conservação. Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Não utilize Tensotec após o prazo de validade impresso no rótulo e na embalagem exterior. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.

Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

6. OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição de Tensotec

A substância activa é o cloridrato de moexipril.

Os outros componentes são lactose, crospovidona, óxido de magnésio de baixo teor, gelatina, estearato de magnésio, metilhidroxipropilcelulose, hidroxipropilcelulose, macrogol 6000, óxido de ferro, dióxido de titânio.

Qual o aspecto de Tenstotec e conteúdo da embalagem

Os comprimidos revestidos Tensotec são acondicionados em blister Alumínio/Alumínio.

Cada embalagem de Tensotec 7,5 mg pode conter 10, 20, 30 ou 60 unidades. Cada embalagem de Tensotec 15 mg pode conter 20, 30 ou 60 unidades.

Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante

Neo-Farmacêutica, S.A.

Av. D. João II, Lote 1.02.2.1 D 2°

1990-090 Lisboa

Tel.: 21 781 2300 Fax: 21 781 2390

Fabricante

Schwarz Pharma AG Monheim Am Rhein. Alemanha.

Este folheto foi aprovado pela última vez em 26-02-2009.

Categorias
Ranibizumab

Lucentis 10 mg/ml solução injectável bula do medicamento

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO – Lucentis

1. NOME DO MEDICAMENTO
Lucentis 10 mg/ml solução injectável

2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Um ml contém 10 mg de ranibizumab. Cada frasco para injectáveis contém 2,3 mg de ranibizumab em 0,23 ml de solução.
Ranibizumab é um fragmento de anticorpo monoclonal humanizado produzido em células de Escherichia coli através de tecnologia de ADN recombinante.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Solução injectável
Solução aquosa estéril, límpida, incolor a amarelo pálido.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Lucentis está indicado no tratamento da degenerescência macular relacionada com a idade (DMI) neovascular (húmida) (ver secção 5.1).
4.2 Posologia e modo de administração
Frasco para injectáveis de unidose apenas para via intravítreo.
Lucentis deve ser administrado por um oftalmologista qualificado com experiência em injecções intravítreas.
A dose recomendada para Lucentis é de 0,5 mg (0,05 ml).
O tratamento com Lucentis é iniciado com uma fase de carga de uma injecção por mês, durante três meses consecutivos, seguida de uma fase de manutenção durante a qual os doentes devem ser monitorizados mensalmente quanto à acuidade visual. Lucentis deve ser administrado se o doente sofrer uma perda de mais de 5 letras na acuidade visual (ETDRS ou equivalente a uma linha de Snellen). O intervalo entre duas doses não deve ser inferior a 1 mês.
Tal como todos os medicamentos para uso parentérico, Lucentis deve ser examinado visualmente para detecção de partículas e alteração da cor, antes da administração.
Antes do tratamento, o doente deve ser instruído a administrar a si próprio gotas de um anti-microbiano (quatro vezes por dia durante 3 dias, antes e após cada injecção).
Deve-se realizar a técnica de injecção sob condições assépticas, incluindo a desinfecção cirúrgica das mãos, utilização de luvas estéreis, de bata estéril e de um espéculo estéril para a pálpebra (ou equivalente) e a existência de condições para efectuar paracentese estéril (se necessário). Deve-se avaliar cuidadosamente a história clínica do doente relativa a reacções de hipersensibilidade antes de se realizar a injecção intravítrea (ver secção 4.4). Antes da injecção deve-se desinfectar a pele em redor do olho, a pálpebra e a superfície ocular e deve-se administrar anestesia adequada e um 2
microbicida tópico de largo espectro.
Para informação sobre a preparação de Lucentis, ver secção 6.6.
A agulha da injecção deve ser inserida 3,5-4,0 mm posteriores ao limbo dentro da cavidade do corpo vítreo, evitando o meridiano horizontal e procurando o centro do globo. O volume de injecção de 0,05 ml é então administrado; para injecções posteriores deve alternar-se o local escleral.
Informação adicional sobre populações especiais
Compromisso hepático
Lucentis não foi estudado em doentes com compromisso hepático. No entanto, não são necessárias considerações especiais nesta população.
Compromisso renal
Não é necessário ajustamento da dose em doentes com compromisso renal (ver secção 5.2).
Crianças e adolescentes
Lucentis não é recomendado em crianças e adolescentes devido à ausência de dados de segurança e eficácia nestas sub-populações.
Idosos
Não é necessário qualquer ajustamento da dose nos idosos.
Etnias
A experiência com o tratamento em grupos que não os Caucasianos é limitada.
4.3 Contra-indicações
Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer um dos excipientes.
Doentes com infecções oculares ou perioculares, activas ou suspeitas.
Doentes com inflamação intra-ocular grave activa.
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
O tratamento com Lucentis é apenas para injecção intravítrea.
As injecções intravítreas, incluindo as injecções com Lucentis, estão associadas com endoftalmite, inflamação intra-ocular, descolamento regmatogênico da retina, rasgaduras da retina e catarata traumática iatrogénica (ver secção 4.8). Ao administrar Lucentis devem sempre ser utilizadas técnicas de injecção assépticas apropriadas. Para além disso, os doentes devem ser monitorizados durante a semana seguinte à injecção de forma a permitir o tratamento precoce caso ocorra uma infecção. Os doentes devem ser instruídos a comunicar imediatamente quaisquer sintomas sugestivos de endoftalmite ou qualquer dos efeitos acima mencionados.
Foram observadas situações de aumento da pressão intra-ocular no intervalo de até 60 minutos após a injecção de Lucentis (ver secção 4.8). Deve-se monitorizar e tratar apropriadamente a pressão intra-ocular e a perfusão da cabeça do nervo óptico.
Não foram estudadas a segurança e eficácia da terapia com Lucentis administrada a ambos os olhos em simultâneo. Se o tratamento bilateral for realizado em simultâneo, tal poderá causar um aumento da exposição sistémica, que poderá aumentar o risco de acontecimentos adversos sistémicos.
Tal como com todas as proteínas terapêuticas, existe um potencial para imunogenicidade com Lucentis. Os doentes devem ser instruídos a reportar casos de aumento da gravidade de uma
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inflamação intra-ocular, o que poderá ser um sinal clínico atribuível à formação de anticorpos intra-oculares.
Lucentis não foi estudado em doentes que tenham previamente recebido injecções intravítreas.
Lucentis não deve ser administrado concomitantemente com outros agentes anti- factor de crescimento endotelial vascular (VEGF) (sistémicos ou oculares).
A dose deve ser suspensa e o tratamento não deve ser reiniciado antes do próximo tratamento previsto em caso de:

Categorias
Pegaptanib

Macugen 0,3 mg solução injectável bula do medicamento

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO – Macugen

1. NOME DO MEDICAMENTO
Macugen 0,3 mg solução injectável
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada seringa pré-cheia para dose única dispensa 1,65 mg de pegaptanib sódico, correspondente a 0,3
mg de oligonucleótido na forma de ácido livre, num volume nominal de 90 microlitros.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Solução injectável.
A solução é límpida e incolor.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Macugen está indicado no tratamento da degeneração macular relacionada com a idade (DMI)
neovascular (húmida) (ver secção 5.1).
4.2 Posologia e modo de administração
APENAS PARA USO INTRAVÍTREO.
O tratamento com Macugen é feito apenas por injecção intravítreal e deve ser administrado por
oftalmologistas com experiência em injecções intravítreas.
Macugen 0,3 mg deve ser administrado uma vez a cada 6 semanas (9 injecções por ano) por injecção
intravítrea no olho afectado.
Macugen deve ser examinado visualmente para detecção de partículas e descoloração, antes da
administração (ver secção 6.6).
Deve-se realizar a técnica de injecção sob condições assépticas, incluindo a desinfecção cirúrgica das
mãos, utilização de luvas estéreis, de bata estéril e de um espéculo estéril para a pálpebra (ou
equivalente) e a existência de condições para efectuar paracentese estéril (se necessário). Deve-se
avaliar cuidadosamente a história clínica do doente relativa a reacções de hipersensibilidade antes de
se realizar o procedimento intravítreo (ver secção 4.4). Antes da injecção deve-se administrar
anestesia adequada e um microbicida tópico de largo espectro.
Após a injecção, observaram-se aumentos transitórios da pressão intra-ocular em doentes tratados
com Macugen. Assim, a perfusão da cabeça do nervo óptico e a pressão intra-ocular deverão ser
monitorizadas. Adicionalmente, os doentes deverão também ser cuidadosamente monitorizados
relativamente à ocorrência de endoftalmite durante as duas semanas seguintes à injecção. Os doentes
devem ser instruídos para relatar imediatamente quaisquer sintomas sugestivos de endoftalmite (ver
secção 4.4).
Deve considerar-se a interrupção ou a descontinuação da terapêutica com Macugen se, após 2
injecções consecutivas, o doente não demonstrar benefício clínico (perda da acuidade visual inferior a
15 letras) na visita da 12ª semana.
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Grupos específicos de doentes:
Insuficiência hepática:
Macugen não foi estudado em doentes com insuficiência hepática.
No entanto, não são necessárias considerações especiais nesta população (ver secção 5.2).
Insuficiência renal:
Macugen não foi estudado adequadamente em doentes com depuração da creatinina < 20 ml/min. Não são necessárias considerações especiais em doentes cuja depuração da creatinina é superior a 20 ml/min (ver secção 5.2). Crianças e adolescentes: Macugen não foi estudado em doentes com menos de 18 anos de idade. Assim, não se recomenda a sua utilização em crianças e adolescentes. Doentes idosos: Não são necessárias considerações especiais. Género: Não são necessárias considerações especiais. 4.3 Contra-indicações Infecção ocular ou periocular, activa ou suspeita. Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer um dos excipientes. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Tal como esperado com injecções intravítreas, pode-se observar um aumento transitório da pressão intra-ocular. Por conseguinte, deve-se verificar a perfusão da cabeça do nervo óptico e monitorizar adequadamente o aumento da pressão intra-ocular após injecção. Poderão ocorrer hemorragias intravítreas imediatas (no dia da injecção) ou retardadas após a injecção de pegaptanib. Os procedimentos de injecção intravítrea estão associados a um risco de endoftalmite; nos ensaios clínicos com Macugen, a incidência de endoftalmite foi de 0,1% por injecção. Na experiência pós-comercialização observaram-se casos de reacções de anafilaxia/anafilactóides, incluindo angioedema, algumas horas após o procedimento de administração intravítreo de pegaptanib. Nestes casos, não se estabeleceu uma relação directa ao Macugen ou a qualquer dos variados medicamentos administrados como parte da técnica de preparação da injecção, ou a outros factores. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Não se realizaram estudos de interacção medicamentosa com Macugen. O pegaptanib é metabolizado pelas nucleases e, portanto, as interacções medicamentosas mediadas pelo citocromo P450 são improváveis. Dois estudos clínicos realizados numa fase inicial em doentes que receberam Macugen isoladamente e em combinação com TFD (terapêutica fotodinâmica) não revelaram qualquer diferença aparente na farmacocinética plasmática do pegaptanib. 4 4.6 Gravidez e aleitamento O pegaptanib não foi estudado em mulheres grávidas. Os estudos em modelos animais são insuficientes mas demonstram toxicidade reprodutiva quando os níveis de exposição sistémica ao fármaco são elevados (ver secção 5.3). Desconhece-se o risco potencial para o ser humano. Espera-se que a exposição sistémica ao pegaptanib seja muito baixa, após administração ocular. No entanto, o Macugen apenas deverá ser utilizado durante a gravidez se o potencial benefício para a mãe justificar o potencial risco para o feto. Desconhece-se se Macugen é excretado no leite humano. Não se recomenda a administração de Macugen durante o aleitamento. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Os doentes podem apresentar temporariamente visão turva, após administração de Macugen por injecção intravítrea. Não devem conduzir nem utilizar máquinas até ao desaparecimento destes sintomas. 4.8 Efeitos indesejáveis Administrou-se Macugen a 892 doentes, em estudos controlados com duração de um ano (número total de injecções = 7545, número médio de injecções/doente = 8,5), nas doses de 0,3, 1,0 e 3,0 mg. Todas as três doses partilharam um perfil de segurança idêntico. Nos 295 doentes que foram expostos à dose recomendada de 0,3 mg durante um ano (número total de injecções = 2478, número médio de injecções/doente = 8,4), 84% dos mesmos experimentaram um acontecimento adverso atribuído pelo investigador como estando relacionado com a técnica de injecção; 3% dos doentes experimentaram um acontecimento adverso grave potencialmente relacionado com a técnica de injecção; e 1% experimentaram um acontecimento adverso potencialmente relacionado com a técnica de injecção que originou a interrupção ou descontinuação do tratamento em estudo. Vinte e sete por cento (27%) dos doentes experimentaram um acontecimento adverso atribuído pelo investigador como estando relacionado com o fármaco em estudo. Dois doentes (0,7%) experimentaram um acontecimento adverso grave potencialmente relacionado com o fármaco em estudo. Um destes doentes sofreu um aneurisma aórtico; o outro doente sofreu deslocamento da retina e hemorragia da retina, que levou à interrupção do tratamento. Os acontecimentos adversos oculares graves registados em doentes tratados com Macugen incluíram endoftalmite (12 casos; 1%), hemorragia da retina (3 casos; <1%), hemorragia vítrea (2 casos, <1%) e deslocamento da retina (4 casos, <1%). Os dados de segurança abaixo descritos resumem todos os acontecimentos adversos potencialmente relacionados com a técnica ou com o fármaco, nos 295 doentes no grupo de tratamento com 0,3 mg. As reacções adversas estão listadas por classes de sistemas de órgãos e frequência (muito frequentes (1/10), frequentes (1/100 e <1/10) e pouco frequentes (1/1000 e <1/100). Perturbações do foro psiquiátrico Pouco frequentes Pesadelos, depressão Doenças do sistema nervoso Frequentes Cefaleias Afecções oculares Estas reacções adversas oculares foram consideradas como potencialmente relacionadas com o tratamento com Macugen (tanto com a técnica de injecção como com o Macugen), tendo a maioria sido consideradas como relacionadas com a técnica de injecção. 5 Muito frequentes Inflamação da câmara anterior, dor ocular, pressão intra-ocular aumentada, queratite pontilhada, manchas flutuantes vítreas e opacidades vítreas. Frequentes Sensação anómala no olho, catarata, hemorragia da conjuntiva, hiperemia conjuntival, edema conjuntival, conjuntivite, distrofia córnea, distúrbio do epitélio córneo, afecção do epitélio córneo, edema córneo, olho seco, endoftalmite, descarga ocular, inflamação ocular, irritação ocular, prurido ocular, vermelhidão ocular, tumefacção ocular, edema da pálpebra, lacrimação aumentada, degeneração macular, midríase, desconforto ocular, hipertensão ocular, hematoma periorbital, fotofobia, fotopsia, hemorragia da retina, visão turva, acuidade visual reduzida, perturbação visual, descolamento do vítreo e afecção do vítreo. Pouco frequentes Astenopia, blefarite, conjuntivite alérgica, depósitos córneos, hemorragia ocular, prurido da pálpebra, queratite, hemorragia vítrea, reflexo pupilar insuficiente, abrasão córnea, exsudados da retina, ptose da pálpebra, cicatriz da retina, calázio, erosão córnea, pressão intra-ocular diminuída, reacção no local de injecção, vesículas no local de injecção, descolamento da retina, afecção da córnea, oclusão da artéria da retina, ruptura da retina, ectrópio, distúrbios do movimento ocular, irritação da pálpebra, hifaema, afecção pupilar, afecção da íris, icterícia ocular, uveíte anterior, depósito ocular, irite, depressão do nervo óptico, deformação pupilar, oclusão da veia da retina e prolapso do vítreo. Afecções do ouvido e do labirinto Pouco frequentes Surdez, agravamento da doença de Meniere, vertigem Cardiopatias Pouco frequentes Palpitações Vasculopatias Pouco frequentes Hipertensão, aneurisma aórtico Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino Frequentes Rinorreia Pouco frequentes Nasofaringite Doenças gastrointestinais Pouco frequentes Vómitos, dispepsia Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneas Pouco frequentes Dermatite de contacto, eczema, alterações da coloração do cabelo, erupção cutânea, prurido, suores nocturnos Afecções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos Pouco frequentes Dor no dorso Perturbações gerais e alterações no local de administração Pouco frequentes Fadiga, rigidez, sensação de dor ao toque, dor no peito, sintomas gripais Exames complementares de diagnóstico Pouco frequentes Aumento da actividade da enzima gama-glutamiltransferase Complicações de intervenções relacionadas com lesões e intoxicações Pouco frequentes Abrasão 6 Trezentos e setenta e quatro (374) doentes receberam tratamento contínuo até 2 anos com Macugen (128 com 0,3 mg, 126 com 1 mg e 120 com 3 mg). Os dados totais de segurança foram consistentes com os dados de segurança de 1 ano, não tendo surgido qualquer sinal de segurança novo. Nos 128 doentes que foram tratados com a dose recomendada de 0,3 mg até 2 anos (número total de injecções no segundo ano =913, número médio de injecções no segundo ano = 6,9), não houve evidência de aumento da frequência de eventos adversos, em relação ao observado durante o primeiro ano. Experiência pós-comercialização: registaram-se casos raros de reacções de anafilaxia/anafilactóides, incluindo angioedema, em doentes, algumas horas após a administração de pegaptanib e de vários medicamentos que são administrados como parte da técnica de preparação da injecção (ver secções 4.2 e 4.4). 4.9 Sobredosagem Não foram observados casos de sobredosagem com Macugen em ensaios clínicos. 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo farmacoterapêutico: Outros medicamentos oftalmológicos; Código ATC: S01LA03. O pegaptanib é um oligonucleótido peguilado modificado, que se liga com elevada especificidade e afinidade ao Factor de Crescimento Endotelial Vascular extracelular (VEGF165), inibindo a sua actividade. O VEGF é uma proteína secretada que induz a angiogénese, a permeabilidade vascular e a inflamação; pensa-se que todas elas contribuem para a progressão da forma neovascular (húmida) da DMI. O VEFG165 é a isoforma do VEFG preferencialmente envolvido na neurovascularização ocular patológica. A inibição selectiva do pegaptanib em modelos animais demonstrou ser tão eficaz a suprimir a neovascularização patológica como inibição pan-VEFG, no entanto, pegabtanib respeitou a vasculatura normal, enquanto que a inibição pan-VEGF não o fez. As reduções observadas no crescimento da dimensão total média da lesão, a dimensão de Neovascularização da Coroideia (NVC) e a dimensão da perda de fluoresceína, foram demonstradas em doentes com DMI tratados com Macugen. O pegaptanib foi estudado em dois estudos controlados, com dupla ocultação, de desenho idêntico e aleatorizados (EOP1003; EOP1004) em doentes com DMI neovascular. Um total de 1190 doentes foi tratado (892 com Macugen, 298 com simulação da administração do fármaco (controlo)), sendo a média de idades de 77 anos. Os doentes receberam, em média, 8,4-8,6 tratamentos de um número total possível de 9, transversal a todos os braços do tratamento no primeiro ano. Os doentes foram distribuídos aleatoriamente para receberem o controlo (simulação da administração do fármaco) ou 0,3 mg, 1 mg, ou 3 mg de Macugen em injecções intravítreas a cada 6 semanas, durante 48 semanas. Permitiu-se a utilização de terapia fotodinâmica com verteporfina (TFV), à consideração dos investigadores, nos doentes com lesões predominantemente clássicas. Os dois ensaios envolveram doentes com todos os sub-tipos de lesões de DMI neovascular (25% predominantemente clássicas, 39% ocultas sem lesões clássicas e 36% minimamente clássicas), de dimensões de lesão até áreas de 12 discos das quais mais de 50% poderiam estar comprometidas pela existência de hemorragia subretinal e/ou, até 25%, pela existência de cicatrizes fibróticas ou danos atróficos. Os doentes foram submetidos previamente a uma TDF e a acuidade visual basal estava compreendida entre 20/40 e 20/320 no olho em estudo. 7 Ao fim de um ano, Macugen 0,3 mg demonstrou benefício terapêutico estatisticamente significativo em relação ao endpoint primário de eficácia, proporção de doentes com perda da acuidade visual inferior a 15 letras (análise de pool de dados pré-estabelecida, pegaptanib 0,3 mg 70% versus a simulação da administração do fármaco 55%, p=0,0001; EOP 1003 pegaptanib a 0,3 mg 73% versus a simulação da administração 59%, p= 0,0105; EOP 1004 pegaptanib a 0,3 mg 67% versus a simulação da administração 52%, p=0,0031). Alteração média na acuidade visual ao longo do tempo; Ano 1; ITT (LOCF) -25 -20 -15 -10 -5 0 5 0 6 12 18 24 30 36 42 48 54 0.3 mg N=265 Sham N=272 Alteração da AV desde a semana 0 (em letras) Ano 1 A Semanas Controlo N=272 N: número de doentes envolvidos O pegaptanib a 0,3 mg apresentou benefício terapêutico independentemente do sub-tipo de lesão, dimensão da lesão e acuidade visual iniciais, bem como da idade, sexo, pigmentação da íris e utilização anterior e/ou no período inicial de TFV. No final do primeiro ano (semana 54), 1053 doentes iniciais foram re-aleatorizados, por forma a continuar ou a interromper o durante a semana 102. Em média, os benefícios do tratamento mantiveram-se por 102 semanas com a manutenção da acuidade visual dos doentes que foram re-aleatorizados para continuarem o tratamento com pegaptanib. Os doentes que na re-aleatorização interromperam o tratamento com pegaptanib após um ano, tiveram perdas da acuidade visual durante o segundo ano. 8 Resumo das alterações médias na acuidade visual relativamente aos valores basais nas semanas 6, 12, 54 e 102 (LOCF) EOP 1003 EOP 1004 0,3-0,3 0,3- descontinuação Controlocontrolo/ controlo+ descontinuação 0,3-0,3 0,3- descontinuação Controlocontrolo/ controlo+ descontinuação N 67 66 54 66 66 53 Alteração média na AV Semana 6 -1,9 -0,0 -4,4 -1,9 -2,0 -3,4 Alteração média na AV Semana 12 -4,3 -2,0 -4,8 -2,8 -2,2 -4,7 Alteração média na AV Semana 54 -9,6 -4,3 -11,7 -8,0 -7,6 -15,6 Alteração média na AV Semana 102 -10,8 -9,7 -13,1 -8,0 -12,7 -21,1 Os dados do período de 2 anos indicam que o tratamento com Macugen deverá ser iniciado o mais cedo possível. O potencial de visão do olho deverá ser considerado no início ou na continuação da terapêutica com Macugen nos estadios mais avançados da doença. A administração de Macugen simultaneamente em ambos os olhos não foi estudada. A segurança e a eficácia de Macugen não foram estudadas em períodos superiores a 2 anos. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Absorção: Em animais, pegaptanib é absorvido lentamente para a circulação sistémica a partir do olho, após administração intravítrea. A velocidade de absorção a partir do olho é o passo limitante na disponibilidade de pegaptanib em animais, e é provável que também o seja no ser humano. No ser humano, a semi-vida plasmática aparente média ± desvio padrão de pegaptanib após uma dose monocular de 3 mg (10 vezes a dose recomendada) é de 10 ± 4 dias. A concentração plasmática média máxima de cerca de 80 ng/ml ocorre 1 a 4 dias após uma dose monocular de 3 mg, no ser humano. Com esta dose, a área sob a curva da concentração plasmáticatempo (AUC) média é cerca de 25 g.h/ml. Pegaptanib não se acumula no plasma quando administrado por via intravítrea a cada 6 semanas. Com doses inferiores a 0,5 mg/olho, é improvável que as concentrações plasmáticas de pegaptanib excedam os 10 ng/ml. A biodisponibilidade absoluta de pegaptanib após administração intravítrea não foi avaliada no ser humano, mas é aproximadamente 70-100% no coelho, no cão e no macaco. Os modelos animais que receberam doses de pegaptanib até 0,5 mg/olho em ambos os olhos, as concentrações plasmáticas atingiram 0,03% a 0,15% das registadas no humor vítreo. 9 Distribuição/Metabolismo/Excreção: Em ratinhos, ratos, coelhos, cães e macacos, pegaptanib distribui-se principalmente no volume plasmático e não se distribui extensivamente nos tecidos periféricos após administração intravenosa. Vinte e quatro horas após a administração intravítrea de uma dose de pegaptanib marcada radioactivamente em ambos os olhos de coelhos, a radioactividade distribuiu-se principalmente no humor vítreo, retina e humor aquoso. Após administrações intravítrea e intravenosa de pegaptanib marcado radioactivamente em coelhos, as concentrações de radioactividade mais elevadas (excluindo o olho para a dose intravítrea) foram obtidas no rim. Nos coelhos, detecta-se o componente nucleótido, 2’-fluoruridina no plasma e na urina, após doses únicas intravenosas e intravítreas de Macugen marcado radioactivamente. Pegaptanib é metabolizado pelas endo- e exonucleases. Nos coelhos, pegaptanib é eliminado na sua forma inalterada e respectivos metabolitos, principalmente na urina. Populações especiais: A farmacocinética do pegaptanib é semelhante em mulheres e homens com idades compreendidas entre os 50 e os 90 anos. O pegaptanib não foi adequadamente estudado nos doentes com a depuração de creatinina acima de 20 ml/min. A diminuição da depuração da creatinina para valores inferiores a 20 ml/min pode estar associada com um aumento de até 2,3 vezes a AUC do pegaptanib. Não são necessários cuidados especiais em doentes com níveis de depuração de creatinina acima de 20 ml/min e que foram tratados com a dose recomendada de 0,3 mg de pegaptanib sódico. Não se estudou a farmacocinética do pegaptanib em doentes com insuficiência hepática. Espera-se que a exposição sistémica esteja incluída num intervalo bem tolerado em doentes com insuficiência hepática, uma vez que uma dose 10 vezes superior (3 mg/olho) foi bem tolerada. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Os dados não-clínicos não revelaram riscos especiais para o ser humano, segundo estudos convencionais de farmacologia de segurança, toxicidade de dose repetida e genotoxicidade. Não se estudou o potencial carcinogénico do pegaptanib. O pegaptanib não produziu toxicidade materna nem evidência de teratogenicidade ou mortalidade fetal em ratinhos com doses intravenosas de 1 a 40 mg/kg/dia. Observou-se peso corporal reduzido (5%) e atraso mínimo na ossificação nas falanges das patas dianteiras; apenas em níveis de exposição baseados numa AUC cerca de 300 vezes superior à esperada em seres humanos. Assim, considera-se que estes dados têm uma relevância clínica limitada. No grupo com 40 mg/kg/dia, as concentrações de pegaptanib no líquido amniótico corresponderam a 0,05% dos níveis plasmáticos maternos. Não existem estudos de toxicidade reprodutiva em coelhos. Não existem dados disponíveis para avaliar os índices de acasalamento ou fertilidade masculinos e femininos. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1 Lista dos excipientes Cloreto de sódio Fosfato monossódico mono-hidratado Fosfato dissódico hepta-hidratado Hidróxido de sódio Ácido clorídrico Água para preparações injectáveis. 10 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de compatibilidade, este medicamento não deve ser misturado com outros medicamentos. 6.3 Prazo de validade 18 meses. 6.4 Precauções especiais de conservação Conservar no frigorífico (2ºC-8oC). Não congelar. 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Macugen apresenta-se numa embalagem de dose única. Cada embalagem contém uma bolsa acondicionada numa cartonagem contendo uma seringa pré-cheia de vidro Tipo 1de 1 ml, selada com uma rolha de elastómero e uma haste do êmbolo pré-fixa, segura por grampo de plástico. A seringa tem um adaptador de plástico de policarbonato pré-fixo demoninado luer lock e a extremidade é selada com uma cápsula de fecho de elastómero A embalagem é fornecida sem a agulha. 6.6 Precauções especiais de eliminação Macugen destina-se apenas a uma utilização única. Não utilizar Macugen se a solução se apresentar turva, se observarem partículas ou se houver evidência de danos na seringa ou se a seringa não tiver um grampo de plástico ou se o mesmo não estiver fixo à seringa. Antes da administração, a seringa deve ser removida do grampo de plástico e a cápsula de fecho removida. Uma agulha de 27 ou 30 G x ½ polegadas deve ser adicionada ao adaptador luer lock, para permitir a administração do medicamento. A seringa deverá ser inspeccionada, direccionando a agulha para cima para identificar a presença de bolhas. Se existirem bolhas, deverão aplicar-se pequenos toques com o dedo até que estas atinjam a parte superior da seringa. Posteriormente, deverá empurrar-se suavemente o êmbolo para cima para forçar a saída das bolhas. O êmbolo rolha não deve ser puxado para trás. A parte final do êmbolo rolha (mais próxima da haste do êmbolo) não deve ser puxada para trás da linha da dose, impressa na seringa. Imediatamente antes da administração, esta parte da rolha mais próxima da haste do êmbolo deve ser alinhada com a linha da dose, de modo a assegurar que é administrada a dose correcta. Nesta altura deverá ser injectado todo o conteúdo da seringa. Macugen deve ser conservado no frigorífico. A solução a injectar deverá atingir a temperatura ambiente antes da administração. Macugen deve ser rejeitado se for conservado à temperatura ambiente durante mais de 2 semanas. De forma a prevenir a contaminação, a seringa de Macugen só deve ser retirada da bolsa quando o doente estiver pronto para a injecção. Os produtos não utilizados ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 11 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Pfizer Limited Ramsgate Road Sandwich, Kent CT13 9NJ Reino Unido 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/05/325/002 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO 31/01/2006 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO MM/YYYY Informação pormenorizada sobre este medicamento está disponível na Internet no site da Agência Europeia do Medicamento (EMEA) http://www.emea.europa.eu/ 12 ANEXO II A. TITULAR(ES) DE AUTORIZAÇÃO DE FABRICO RESPONSÁVEL(EIS) PELA LIBERTAÇÃO DO LOTE B. CONDIÇÕES DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO 13 A TITULAR(ES) DE AUTORIZAÇÃO DE FABRICO RESPONSÁVEL(IES) PELA LIBERTAÇÃO DO LOTE Nome e endereço do(s) fabricante(s) responsável(veis) pela libertação do lote Pfizer Ireland Pharmaceuticals Pottery Road Dun Loghaire Co Dublin Ireland B. CONDIÇÕES DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO  CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RELATIVAS AO FORNECIMENTO E UTILIZAÇÃO IMPOSTAS AO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Medicamento de receita médica restrita, de utilização reservada a certos meios especializados (ver anexo I: Resumo das Características do Medicamento, secção 4.2.)  CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RELATIVAS À UTILIZAÇÃO SEGURA E EFICAZ DO MEDICAMENTO  O Titular da Autorização de Introdução no Mercado deve implementar nacionalmente, antes de iniciar a comercialização, e tal como acordado com as autoridades competentes dos Estados Membros:  Um plano educacional para médicos e técnicos de saúde, que se destina a minimizar o risco e apoiar a utilização segura e eficaz do medicamento. Este plano deverá consistir de medidas destinadas a minimizar os acontecimentos adversos associados ao procedimento de injecção intravítrea (por exemplo, endoftalmite) através de educação adequada acerca de: a) O procedimento intravítreo tal como foi realizado nos ensaios clínicos piloto b) Técnicas estéreis para minimizar o risco de infecção c) Utilização de antibióticos d) Utilização de iodopovidona e) Realização de limpeza das pálpebras f) Utilização de anestésicos para assegurar o conforto do doente g) Técnicas para a injecção intravítrea h) Gerir a pressão intraocular (PIO) i) Gerir a endoftalmite j) Compreender os factores de risco envolvidos no desenvolvimento de endoftalmite k) Reporte de acontecimentos adversos graves  Um plano educacional para doentes, que se destina a minimizar o risco e apoiar a utilização segura e eficaz do medicamento. Este plano deverá consistir de medidas para fornecer educação adequada acerca de: l) Principais sinais e sintomas de acontecimentos adversos graves associados à técnica de injecção intravítrea m) Quando procurar assistência médica com urgência 14  OUTRAS CONDIÇÕES Sistema de Farmacovigilância O Titular da Autorização de Introdução no Mercado tem de assegurar que o sistema de farmacovigilância, descrito na versão 2.0 incluída no Módulo 1.8.1 do pedido de Autorização de Introdução no Mercado, está implementado e em funcionamento antes do início da comercialização do medicamento, e durante o período em que o medicamento esteja a ser comercializado. Plano de Gestão do risco O Titular da Autorização de Introdução no Mercado comprometeu-se a realizar e monitorizar os estudos que estão detalhados no plano de gestão de risco, que são parte do plano de Farmacovigilância. Adicionalmente, o Titular da Autorização de Introdução no Mercado comprometeu-se a fornecer uma proposta de metodologia para avaliar a eficácia das medidas de minimização de risco na EU, incluindo datas para essa avaliação. Esta proposta deve estar em linha com a norma orientadora sobre Sistemas de Gestão de Risco para Medicamentos de uso Humano e deve ser submetida nos 30 dias após a Decisão da Comissão. 15 ANEXO III ROTULAGEM E FOLHETO INFORMATIVO 16 A. ROTULAGEM 17 INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO Cartonagem 1. NOME DO MEDICAMENTO Macugen 0,3 mg solução injectável pegaptanib sódico 2. DESCRIÇÃO DA(S) SUBSTÂNCIA(S) ACTIVA(S) Uma seringa pré-cheia de dose única dispensa 1,65 mg de pegaptanib sódico, correspondente a 0,3 mg de ácido livre do oligonucleótido, num volume nominal de 90 microlitros. 3. LISTA DOS EXCIPIENTES Cloreto de sódio, fosfato sódico monobásico mono-hidratado, fosfato sódico dibásico heptahidratado, hidróxido de sódio, ácido clorídrico e água para preparações injectáveis. 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO Solução injectável, 90 μl. Esta embalagem contém uma seringa pré-cheia, um êmbolo rolha e uma haste do êmbolo pré-fixa e é fornecida sem agulha 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Uso intravítreo. Leia o folheto informativo antes de utilizar. 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS Manter fora do alcance e da vista das crianças. 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE VAL.: 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO Conservar no frigorífico. Não congelar. 18 10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE APLICÁVEL 11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Pfizer Limited Ramsgate Road Sandwich, Kent CT13 9NJ Reino Unido 12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/05/325/002 13. NÚMERO DO LOTE Lote: 14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO Medicamento sujeito a receita médica. 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO 16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE A justificação para não incluir a informação em Braille foi aceite. 19 INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO Seringa pré-cheia 1. NOME DO MEDICAMENTO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Macugen 0,3 mg injectável pegaptanib 2. MODO DE ADMINISTRAÇÃO 3. PRAZO DE VALIDADE 4. NÚMERO DO LOTE 5. CONTEÚDO EM DE PESO, VOLUME OU UNIDADE 90 l 6. OUTRAS 20 INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO Bolsa que contém a seringa pré-cheia, um êmbolo rolha e a haste do êmbolo pré-fixa 1. NOME DO MEDICAMENTO Macugen 0,3 mg solução injectável pegaptanib sódico Uso intravítreo. 2. MODO DE ADMINISTRAÇÃO 3. PRAZO DE VALIDADE VAL.: 4. NÚMERO DO LOTE Lote: 5. CONTEÚDO EM TERMOS DE PESO, VOLUME OU UNIDADE 90 μl 6. OUTRAS A bolsa não deve ser aberta até o doente estar preparado para a injecção. Pfizer 21 B. FOLHETO INFORMATIVO 22 FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR Macugen 0,3 mg solução injectável Pegaptanib sódico Leia atentamente este folheto antes de iniciar o seu tratamento com Macugen. - Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler. - Caso ainda tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico. Neste folheto: 1. O que é Macugen e para que é utilizado 2. Antes de utilizar Macugen 3. Como é que a injecção intravítrea de Macugen é administrada 4. Efeitos secundários possíveis 5. Como conservar Macugen 6. Outras informações 1. O QUE É MACUGEN E PARA QUE É UTILIZADO Macugen é um medicamento oftálmico, o que significa que é apenas para tratamento do olho. É uma solução injectável contida numa seringa pré-cheia de vidro. O seu médico administrar-lhe-á a injecção. Macugen é utilizado para o tratamento da forma húmida da degeneração macular relacionada com a idade (DMI). Esta doença leva à perda de visão resultante da lesão na parte central da retina (designada de mácula), na parte posterior do olho. A mácula proporciona ao olho a capacidade de oferecer uma visão central nítida, que é necessária para actividades como conduzir veículos, ler impressões de grande definição e outras tarefas semelhantes. Na forma húmida da degeneração macular relacionada com a idade, desenvolvem-se vasos sanguíneos anómalos, sob a retina e mácula. Estes novos vasos sanguíneos podem sangrar e derramar fluido, causando uma saliência ou elevação da mácula, distorcendo ou destruindo a visão central. Nestas circunstâncias, a perda de visão poderá ser rápida e grave. Macugen actua inibindo o desenvolvimento destes vasos sanguíneos anómalos e detendo a hemorragia e o derrame. Macugen é utilizado para o tratamento de todos os tipos de crescimento de vasos sanguíneos anómalos em doentes com degeneração macular relacionada com a idade. Cada embalagem de Macugen contém uma seringa pré-cheia, um êmbolo rolha de elastómero e uma haste do êmbolo pré-fixa dentro de uma bolsa selada. A seringa pré-cheia apenas é utilizada uma vez, sendo depois eliminada. 2. ANTES DE UTILIZAR MACUGEN Não utilize Macugen: Se tem hipersensibilidade (alergia) ao pegaptanib sódico ou a qualquer outro componente de Macugen. Se tem uma infecção dentro ou em volta do olho. 23 Tome especial cuidado com Macugen: Por favor contacte o seu médico no caso de ser alérgico a qualquer substância. Macugen é administrado através de uma injecção no olho. Pode ocorrer ocasionalmente uma infecção na porção interna do olho após o tratamento com Macugen (nas duas semanas seguintes). É importante identificar e tratar este tipo de infecções o mais rapidamente possível. Por favor contacte imediatamente o seu médico, caso repare em algum dos seguintes sintomas: dor no olho ou aumento do desconforto, agravamento da vermelhidão do olho, visão turva ou diminuída, aumento da sensibilidade à luz, aumento do número de pequenas partículas na sua visão. No caso de não conseguir contactar o seu médico por qualquer razão, deverá contactar imediatamente um médico substituto. Em alguns doentes pode ocorrer um aumento da pressão no interior do olho tratado durante um curto período após a injecção. O seu médico pode monitorizar a pressão intra-ocular após cada injecção. Utilizar Macugen com outros medicamentos: Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica. Gravidez: Não há experiência de utilização de Macugen em mulheres grávidas; desta forma, desconhece-se o potencial risco para o ser humano. Se está grávida ou planeia engravidar, por favor fale com o seu médico antes de iniciar o tratamento com Macugen. Aleitamento: Desconhece-se se o Macugen é excretado no leite humano. Não se recomenda a administração de Macugen durante o aleitamento. Aconselhe-se com o seu médico ou farmacêutico antes do tratamento com Macugen. Condução de veículos e utilização de máquinas: Poderá sentir temporariamente a visão turva após a administração de Macugen. Neste caso, não conduza nem utilize máquinas até ao desaparecimento dos sintomas. 3. COMO É QUE A INJECÇÃO INTRAVÍTREA DE MACUGEN É ADMINISTRADA Todas as injecções de Macugen serão administradas pelo seu médico. Macugen é administrado através de uma injecção única dentro do seu olho, de 6 em 6 semanas (isto é, 9 vezes por ano). A injecção é administrada no vítreo do olho, que é a substância gelatinosa que existe no interior do olho. O seu médico irá monitorizar o seu estado e recomendar a duração do tratamento com Macugen. Antes de iniciar o tratamento, o seu médico poderá pedir-lhe para utilizar um colírio com antibiótico, ou para lavar cuidadosamente os seus olhos. Por favor contacte o seu médico no caso de ser alérgico a qualquer substância. Deverá seguir rigorosamente estas instruções. Antes de administrar a injecção, o seu médico aplicar-lhe-á um anestésico local (medicamento que provoca entorpecimento). Isto irá reduzir ou prevenir qualquer dor que possa vir a sentir com a injecção, que é um procedimento rápido e simples. Após cada injecção poder-lhe-á ser pedido para utilizar um colírio com antibiótico (ou outro tipo de tratamento antibiótico) para prevenir uma infecção ocular. Caso se tenha esquecido de comparecer a uma consulta: Contacte o hospital ou clínica o mais rapidamente possível para remarcar a sua consulta. 24 4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSIVEIS Como os demais medicamentos, Macugen pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas. Os efeitos secundários registados mais frequentemente (que ocorreram em mais de um em cada 10 doentes, em ensaios clínicos), foram, provavelmente, causados pela técnica de injecção em vez de pelo medicamento, e incluíram: inflamação ocular, dor ocular, aumento da pressão no interior do olho, pequenas marcas na superfície do olho (queratite pontuada), pequenas partículas ou manchas na sua visão (manchas flutuantes ou opacidades vítreas). . Ocasionalmente, pode ocorrer uma infecção na porção interna do olho durante duas semanas após o tratamento com Macugen. Os sintomas que poderá vir a sentir estão descritos na secção 2 deste folheto (“Tome especial cuidado com Macugen”). Por favor, leia a secção 2 que lhe dará informações sobre como proceder se ocorrerem estes sintomas. Registaram-se outros efeitos secundários frequentes no olho, possivelmente relacionados com o medicamento ou com a técnica de injecção (ocorreram em mais que um de 100 doentes em ensaios clínicos), nomeadamente: visão turva, distúrbios visuais, desconforto ocular, diminuição da visão, aumento da sensibilidade à luz, aparecimento de luzes a piscar, hemorragia em torno do olho (hemorragia periorbitária), olho vermelho (hemorragia conjuntival), distúrbio da parte interna gelatinosa do olho (doença vítrea) tais como deslocamento ou lesão (deslocamento do corpo vítreo), opacificação do cristalino (catarata), distúrbio da superfície do olho (córnea), inchaço ou inflamação das pálpebras , inchaço da área interna da pálpebra ou da superfície externa do olho (conjuntiva), inflamação ocular, lágrimas, inflamação da conjuntiva (conjuntivite), secura, descargas oculares, irritação do olho, comichão no olho, olho vermelho ou dilatação da pupila. Outros efeitos secundários frequentes não visuais, possivelmente relacionados com o medicamento ou com a técnica de injecção (ocorreram em mais que um de 100 doentes em ensaios clínicos) incluíram: dor de cabeça ou descarga nasal. Os efeitos secundários oculares pouco frequentes, possivelmente relacionados com o medicamento ou com a técnica de injecção, (ocorreram em menos que um em100 doentes mas mais que um em 1000 doentes em ensaios clínicos) incluíram: inflamação do olho ou da superfície externa do olho, hemorragia no olho ou na parte interna do olho (corpo vítreo), lesão ocular, inflamação da parte central da superfície do olho (queratite), pequenos depósitos no olho ou na superfície do olho (córnea), depósitos na parte posterior do olho, comichão nas pálpebras, perturbações na reacção do seu olho à luz (reflexo pupilar diminuído), pequena erosão na parte central da superfície do olho (córnea), pálpebra descaída, cicatriz no interior do olho (cicatriz da retina), pequeno alto na pálpebra devido a inflamação (calázio), diminuição da pressão no interior do olho, reacção no local de injecção, vesículas no local de injecção, deslocação ou ruptura de uma camada na parte posterior do olho (retina), afecção da pupila, da parte colorida do olho (íris), oclusão da artéria retinal, inversão da pálpebra, alteração do movimento do olho, irritação da pálpebra, sangue no olho, olho descolorido, depósito no olho, inflamação do olho (irite), formação de uma cavidade no nervo óptico, deformação da pupila, oclusão da veia na parte posterior do olho, descarga do interior gelatinoso do olho. Outros efeitos secundários pouco frequentes não visuais, relacionados com o medicamento ou com a técnica de injecção (ocorreram em menos que um de 100 mas mais que um de 1000 doentes em ensaios clínicos) incluíram: pesadelos, depressão, surdez, vertigem, palpitações, aumento da pressão arterial, dilatação da aorta (o principal vaso sanguíneo), inflamação do tracto respiratório superior, vómitos, indigestão, irritação e inflamação da pele, alterações da cor do cabelo, erupção cutânea, suores nocturnos com comichão, dor nas costas, fadiga, tremuras, flacidez, dor no peito, febre súbita, dor generalizada, aumento das enzimas hepáticas, abrasão. 25 Em alguns casos raros registou-se uma reacção alérgica grave logo após a injecção. Por favor procure ajuda médica imediata caso apresente os seguintes sintomas logo após a injecção: dificuldade súbita em respirar ou sibilos, boca, face, mãos ou pés inchados, pele irritada, desmaio, pulso acelerado, cãibras no estômago, náuseas, vómitos ou diarreia. Caso detecte efeitos secundários não mencionados neste folheto informativo, informe o seu médico ou farmacêutico. 5. COMO CONSERVAR MACUGEN Manter fora do alcance e da vista das crianças. Conservar no frigorífico (2ºC – 8C). Não congelar. Macugen deve ser rejeitado se for conservado à temperatura ambiente durante mais de 2 semanas. Não utilize Macugen após expirar o prazo de validade indicado no rótulo e na cartonagem. Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente. 6. OUTRAS INFORMAÇÕES Qual a composição de MACUGEN - A substância activa é pegaptanib sódico. Cada seringa pré-cheia de dose única dispensa uma dose de 0,3 mg de pegaptanib. - Os outros componentes são cloreto de sódio, fosfato monossódico mono-hidratado, fosfato dissódico hepta-hidratado, hidróxido de sódio, ácido clorídrico e água para preparações injectáveis. Qual o aspecto de MACUGEN e conteúdo da embalagem: Macugen apresenta-se numa embalagem de dose única. Cada embalagem contém uma bolsa acondicionada numa cartonagem contendo uma seringa pré-cheia de vidro Tipo 1de 1 ml, selada com uma rolha de elastómero e uma haste do êmbolo pré-fixa, segura por grampo de plástico. A seringa tem um adaptador de plástico de policarbonato pré-fixo demoninado luer lock e a extremidade é selada com uma cápsula de fecho de elastómero. A embalagem é fornecida sem a agulha. Titular da Autorização de Introdução no Mercado Pfizer Limited Ramsgate Road Sandwich CT13 9NJ Reino Unido Fabricante Pfizer Ireland Pharmaceuticals Pottery Road Dun Loghaire Co Dublin Irlanda 26 Para quaisquer informações sobre este medicamento, queira contactar o representante local do Titular da Autorização de Introdução no Mercado. België/Belgique/Belgien Pfizer S.A. / N.V. Tél/Tel: +32 (0)2 554 62 11 Luxembourg/Luxemburg Pfizer S.A. Tél/Tel: +32 (0)2 554 62 11 Пфайзер Люксембург САРЛ, Клон България Тел.: +359 2 970 4333 Magyarország Pfizer Kft. Tel. + 36 1 488 37 00 Česká republika Pfizer s.r.o. Tel: +420 283 004 111 Malta V.J. Salomone Pharma Ltd. Tel: + 356 21 22 01 74 Danmark Pfizer ApS Tlf: +45 44 20 11 00 Nederland Pfizer bv Tel: +31 (0)10 406 43 01 Deutschland Pfizer Pharma GmbH Tel: +49 (0) 30 550055 51000 Norge Pfizer AS Tlf: +47 67 52 61 00 Eesti Pfizer Luxembourg SARL, Eesti filiaal Tel: +372 6 405 328 Österreich Pfizer Corporation Austria Ges.m.b.H. Tel: +43 (0)1 521 15-0 Ελλάδα Pfizer Hellas A.E. Τλ: +30 210 678 5800 Polska Pfizer Polska Sp. z o.o., Tel.: +48 22 335 61 00 España Pfizer S.A. Tel: +34 91 490 99 00 Portugal Laboratórios Pfizer, Lda. Tel: +351 21 423 5500 France Pfizer Tél: +33 (0)1 58 07 34 40 România Pfizer Romania S.R.L. Tel: +40 (0)21 207 2800 Ireland Pfizer Healthcare Ireland Tel: 1800 633 363 (toll free) +44 (0)1304 616161 Slovenija Pfizer Luxembourg SARL, Pfizer podružnica za svestovanje s področja farmacevtske dejavnosti, Ljubljana Tel: + 386 (0)1 52 11 400 Ísland Vistor hf Sími: +354 535 7000 Slovenská republika Pfizer Luxembourg SARL, organizačná zložka Tel: +421-2-3355 5500 Italia Pfizer Italia S.r.l. Tel: +39 06 33 18 21 Suomi/Finland Pfizer Oy Puh./Tel: +358 (0)9 43 00 40 27 Κύπρος GEO. PAVLIDES & ARAOUZOS LTD, Τηλ: +35722818087 Sverige Pfizer AB Tel: +46 (0)8 550 520 00 Latvija Pfizer Luxembourg SARL, filiāle Latvijā Tel: +371 670 35 775 United Kingdom Pfizer Limited Tel: +44 (0)1304 616161 Lietuva Pfizer Luxembourg SARL, filialas Lietuvoje Tel. +3705 2514000 Este folheto foi aprovado pela última vez em Informação pormenorizada sobre este medicamento está disponível na Internet no site da Agência Europeia de Medicamentos (EMEA) http://www.emea.europa.eu.

Categorias
Verteporfina

Visudyne 15 mg pó para solução para perfusão bula do medicamento

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO – Visudyne

1. NOME DO MEDICAMENTO
Visudyne 15 mg pó para solução para perfusão
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada frasco para injectáveis contém 15 mg de verteporfina.
Após reconstituição, 1 ml contém 2 mg de verteporfina. 7,5 ml de solução reconstituída contêm 15 mg de verteporfina.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Pó para solução para perfusão
Pó verde-escuro a preto.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Visudyne é indicado no tratamento de
– doentes com degenerescência macular relacionada com a idade (DMI) exsudativa (húmida) com neovascularização coroideia subfoveal predominantemente clássica (NVC) ou
– doentes com neovascularização coroideia subfoveal secundária a miopia patológica.
4.2 Posologia e modo de administração
Visudyne deve ser usado somente por oftalmologistas experientes no tratamento de doentes com degenerescência macular relacionada com a idade ou miopia patológica.
Adultos e idosos:
A terapia fotodinâmica com Visudyne (TFD) é um processo com duas etapas:
A 1ª etapa consiste na perfusão intravenosa de Visudyne numa dosagem igual a 6 mg/m2 de área de superfície corporal, diluído em 30 ml de solução para perfusão, durante 10 minutos (ver secção 6.6).
A 2ª etapa consiste na activação de Visudyne pela luz, 15 minutos após o início da perfusão intravenosa. Para tal, é utilizada uma radiação vermelha não térmica (comprimento de onda de 689 nm ± 3 nm), gerada por um laser díodo, e administrada através de uma lâmpada de fenda equipada com uma fibra óptica, recorrendo a uma lente de contacto apropriada. Na intensidade de luz recomendada de 600 mW/cm2, são necessários 83 segundos para se administrar a dose de luz necessária de 50 J/cm2.
O diâmetro máximo da lesão neovascular coroideia é estimado através de uma angiografia fluoresceínica e fotografia do fundo do olho. É recomendada a utilização de uma câmara para fotografia do fundo do olho com a ampliação de 2,4-2,6X. Todos os neovasos, hemorragias e/ou manchas de fluoresceína devem estar incluídos na zona de tratamento. Para garantir o tratamento de lesões com bordos mal delimitados, deve ser considerada uma margem adicional de 500 μm à volta da lesão visível. O bordo nasal da zona de tratamento deve estar a uma distância de, pelo menos, 200 μm do bordo temporal do disco óptico. O tamanho maior da zona usada para o primeiro tratamento nos
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ensaios clínicos foi de 6.400 μm. Para o tratamento de lesões maiores do que o tamanho máximo da zona de tratamento, aplique a radiação à maior área possível da lesão activa.
É importante seguir as recomendações anteriormente descritas, para que se possam obter os melhores resultados do tratamento.
Os doentes devem ser reavaliados a cada 3 meses. Em caso de hemorragia recorrente dos NVC, a terapia com Visudyne poderá ser administrada até 4 vezes por ano.
Utilização pediátrica:
A utilização em doentes pediátricos não foi investigada.
4.3 Contra-indicações
Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer um dos excipientes.
Visudyne é também contra-indicado em doentes com porfiria e em doentes com disfunção hepática grave.
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Os doentes submetidos ao tratamento com Visudyne ficam fotossensíveis durante as 48 horas seguintes à perfusão. Durante este período, a exposição directa da pele desprotegida, olhos ou outros órgãos do corpo à luz solar ou luz artificial intensa, como por exemplo salões de bronzeamento artificial, lâmpadas fortes de halogéneo, ou luz de alta intensidade utilizada em blocos operatórios e consultórios dentários, deve ser evitada. A exposição prolongada à luz emitida por dispositivos médicos, tais como oxímetros de pulso também deve ser evitada nas 48 horas seguintes à administração de Visudyne. O doente deve proteger a pele e os olhos, usando roupas protectoras e óculos escuros, se tiver que sair para o exterior durante o dia, nas 48 horas após o tratamento. Os cremes protectores solares anti-UV não são eficazes para evitar as reacções de fotossensibilidade.
A luz ambiente artificial é segura. Os doentes não devem permanecer no escuro, e devem ser encorajados a expor a sua pele à luz ambiente artificial, dado que este procedimento acelera a eliminação cutânea do fármaco através de um processo designado por fotobranqueamento.
A terapêutica com Visudyne deve ser utilizada com precaução em doentes com disfunção hepática moderada ou obstrução biliar, visto não existirem estudos para este grupo de doentes.
Os doentes que apresentarem uma diminuição grave da visão (equivalente a 4 linhas ou mais) no espaço de uma semana após o tratamento, não devem ser submetidos a um novo tratamento, pelo menos até que a sua visão tenha recuperado por completo e atinja os níveis registados antes do tratamento, e até que os potenciais benefícios e riscos do tratamento subsequente tenham sido objecto de avaliação cuidadosa pelo médico assistente.
O extravasamento de Visudyne, particularmente se a área afectada está exposta à luz, pode provocar dor forte, inflamação, edema, formação de bolhas ou descoloração no local da injecção. A dor pode ser aliviada pela administração de analgésicos. Se se verificar extravasamento, a perfusão intravenosa deve ser interrompida imediatamente. Proteja totalmente a área afectada da luz directa intensa até o edema e a descoloração terem desaparecido, e aplique compressas frias no local da injecção. Para evitar o extravasamento, dever-se-á, antes de iniciar a perfusão com Visudyne, verificar se a via periférica está permeável e funcionante (perfundindo soro), e vigiar o procedimento da perfusão. Para a perfusão deve ser usada a veia de maior diâmetro possível do membro superior, de preferência a do antebraço, devendo evitar-se as veias mais finas da face posterior da mão.
Foram notificadas reacções como dor no peito, reacções vasovagais e reacções de hipersensibilidade que, em raras ocasiões, podem ser graves. Tanto as reacções vasovagais como as reacções de hipersensibilidade estão associadas com sintomas gerais como síncope, suores, tonturas, erupções
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cutâneas, dispneia, eritema, e alterações da pressão arterial e da frequência cardíaca. O doentes devem estar sob supervisão médica apertada durante a perfusão de Visudyne.
Não existem dados clínicos sobre a utilização de Visudyne em doentes anestesiados. Após uma injecção por bólus, em porcos sedados ou anestesiados, de uma dose de Visudyne significativamente superior à dose recomendada para os doentes, verificaram-se alterações hemodinâmicas graves, incluindo morte, provavelmente como resultado da activação do sistema do complemento. A administração prévia de difenidramina diminuiu o aparecimento destes efeitos, sugerindo que a histamina tem um papel activo neste processo. Este efeito não foi observado em porcos conscientes não sedados, ou em outras espécies, incluindo a espécie humana. Visudyne, quando presente em concentrações 5 vezes superiores à concentração plasmática máxima esperada em doentes tratados, provocou um baixo nível de activação do sistema do complemento no sangue humano in vitro. Não foi registada activação clinicamente relevante do sistema do complemento, durante os ensaios clínicos, mas o risco de reacções anafiláticas foi notificado durante a vigilância pós-comercialização. Os doentes devem estar sob supervisão médica apertada durante a perfusão de Visudyne e deve ser-se prudente quando se considera a realização do tratamento com Visudyne sob o efeito de anestesia geral.
Não existem dados clínicos que demonstrem a necessidade de tratamento concomitante do segundo olho. Contudo, se o tratamento do segundo olho for considerado necessário, deve ser aplicada luz no segundo olho imediatamente após a aplicação de luz no primeiro olho, mas nunca depois de 20 minutos a contar do início da perfusão.
Não existe experiência clínica em doentes com doença cardíaca instável (classe III ou classe IV) ou em doentes com hipertensão arterial não controlada.
4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
Não foram realizados estudos específicos de interacção fármaco-fármaco em seres humanos.
A utilização concomitante de outros fármacos fotossensibilizantes (por exemplo, tetraciclinas, sulfonamidas, fenotiazinas, sulfonilureia, agentes hipoglicemiantes, diuréticos tiazídicos e griseofulvina) pode aumentar o risco de reacções de fotossensibilização.
4.6 Gravidez e aleitamento
Gravidez
No que respeita a verteporfina, não existem dados clínicos sobre as gravidezes a ela expostas. Estudos em animais revelaram efeitos teratogénicos numa espécie (ratinho) (ver secção 5.3). Desconhece-se o risco potencial para o ser humano. Visudyne não deve ser utilizado durante a gravidez, a menos que tal seja claramente necessário (apenas se o benefício justificar o risco potencial para o feto).
Aleitamento
A verteporfina e o seu metabolito diacídico são excretados no leite materno em pequenas quantidades. O tratamento com Visudyne não deve ser administrado durante o período de aleitamento ou, se tal acontecer, o aleitamento deve ser interrompido durante 48 horas após a administração.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Após o tratamento com Visudyne o doente pode apresentar distúrbios visuais transitórios que podem interferir na capacidade de conduzir ou utilizar máquinas, tais como alterações da visão, diminuição da visão, ou alteração do campo visual. Os doentes não devem conduzir ou utilizar máquinas enquanto os sintomas persistirem.
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4.8 Efeitos indesejáveis
Nos ensaios clínicos, as reacções adversas abaixo indicadas foram consideradas como estando potencialmente relacionadas com a terapêutica com Visudyne:
Efeitos indesejáveis oculares:
Efeitos frequentes (1-10%): Alterações da visão, como sejam: enevoamento e distorção da visão ou visualização de centelhas de luz, diminuição da visão, alteração do campo visual com aparecimentos de anéis escuros ou acinzentados, escotomas e manchas negras.
Foi notificada perda grave de visão, equivalente a 4 linhas ou mais, nos sete dias seguintes ao tratamento, em 2,1% dos doentes tratados com verteporfina em ensaios clínicos oculares de fase III controlados com placebo, e em menos de 1% dos doentes incluídos em ensaios clínicos não controlados. Essa situação ocorreu principalmente em doentes com DMI com lesões NVC unicamente ocultas (4,9%) ou minimamente clássicas, não tendo sido notificada em doentes tratados com placebo. Em alguns doentes observou-se recuperação parcial da visão.
Efeitos pouco frequentes (0,1-1%): Descolamento da retina (não regmatogéneo), hemorragia subretiniana/retiniana, hemorragia do vítreo.
Efeitos indesejáveis no local da injecção:
Efeitos frequentes (1-10%): Dor, edema, inflamação, extravasamento.
Efeitos pouco frequentes (0,1-1%): Hemorragia, descoloração e hipersensibilidade.
Efeitos indesejáveis sistémicos:
Efeitos frequentes (1-10%): Dor relacionada com a perfusão apresentando-se primeiramente como dor nas costas, náusea, reacções de fotossensibilidade, astenia, hipercolesterolemia.
As reacções de fotossensibilidade (em 2,2% dos doentes e <1% dos tratamentos com Visudyne) manifestaram-se sob a forma de queimaduras solares na sequência da exposição ao sol, geralmente nas 24 horas após o tratamento com Visudyne. Estas reacções podem ser evitadas se forem seguidas as instruções de protecção da fotossensibilização descritas na secção 4.4.
A elevada incidência de dores de costas durante a perfusão no grupo tratado com Visudyne não foi associada a qualquer evidência de hemólise ou reacção alérgica, desaparecendo geralmente uma vez terminada a perfusão.
Em particular em doentes com antecedentes de patologia cardiovascular, foram notificados casos de enfarte do miocárdio, por vezes 48 horas após a perfusão.
Efeitos pouco frequentes (0,1-1%): Dor, hipertensão arterial, hiperestesia, febre.
Efeitos adversos raros ocorridos nos ensaios clínicos (<0,1%) ou reportados espontaneamente durante a vigilância pós-comercialização inclusive:
Efeitos indesejáveis oculares: Não perfusão dos vasos retinianos ou coroideus, rasgadura do epitélio pigmentado retiniano.
Efeitos indesejáveis no local de injecção: Formação de bolhas.
Efeitos indesejáveis sistémicos: Foram notificadas reacções vasovagais e reacções de hipersensibilidade que, em raras ocasiões, podem ser graves. Os sintomas gerais poderão incluir cefaleias, mal-estar geral, síncope, suores, tonturas, erupções cutâneas, urticária, prurido, dispneia, eritema, e alterações da pressão arterial e da frequência cardíaca.
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Dores de costas e de peito relacionadas com a perfusão, com possível irradiação para outras áreas, incluindo, mas não se limitando a, pélvis, ombro ou costelas.
A maioria das reacções adversas notificadas foram ligeiras a moderadas e de natureza transitória. Os efeitos indesejáveis reportados em doentes com miopia patológica foram semelhantes aos reportados em doentes com DMI.
4.9 Sobredosagem
Não foram notificados casos de sobredosagem. A sobredosagem de Visudyne e/ou de radiação no olho tratado podem provocar uma situação de não perfusão não selectiva dos vasos sanguíneos normais da retina, e dar origem a uma redução grave da visão.
A sobredosagem de Visudyne pode prolongar o período de fotossensibilidade de doente. Nesta situação, o doente deve prolongar o período de protecção da pele e olhos da incidência de luz solar directa ou de luz artificial intensa para um período de tempo proporcional à sobredosagem que recebeu.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: Agentes anti-neovascularização, código ATC: S01LA01
A verteporfina, um derivado monoacídico de uma benzoporfirina (BPD-MA), consiste numa mistura 1:1 de dois regioisómeros igualmente activos, BPD- MAC e BPD-MAD. A verteporfina é utilizada como um fármaco activado pela luz (fotossensibilizante).
A dose clinicamente recomendada de verteporfina, por si só, não é citotóxica. A verteporfina só produz agentes citotóxicos após activação pela luz, na presença de oxigénio. Quando a energia absorvida pela porfirina é transferida para o oxigénio, assiste-se à formação de oxigénio singleto altamente reactivo e com um tempo de vida curto. O oxigénio singleto provoca lesões nas estruturas biológicas vizinhas, causando uma oclusão vascular local, lesões celulares e, sob certas condições, a morte celular.
A selectividade da terapêutica fotodinâmica com verteporfina é o resultado, para além da exposição localizada à radiação, da captação e retenção de verteporfina de forma rápida e selectiva, pelas células em proliferação rápida, nomeadamente pelas células endoteliais da neovascularização coroideia.
Degenerescência Macular relacionada com a Idade com leões subfoveais predominantemente clássicas
Visudyne foi estudado em dois estudos multicêntricos, duplamente cegos, controlados com placebo, aleatórios (BPD OCR 002 A e B ou Tratamento da Degenerescência Macular relacionada com a Idade com Terapêutica Fotodinâmica [TAP]). Foram inscritos 609 doentes (402 com Visudyne e 207 com placebo).
O objectivo foi demonstrar a eficácia e a segurança a longo prazo da terapêutica fotodinâmica com verteporfina na limitação da diminuição da acuidade visual em doentes com neovascularização coroideia subfoveal devida a degenerescência macular relacionada com a idade.
Foi considerada como variável primária de eficácia a taxa de doentes que responderam ao tratamento, definida com a proporção de doentes que perderam menos de 15 letras (equivalente a 3 linhas) de acuidade visual (medida com as cartas ETDRS) no mês 12, relativamente à linha de base.
Para o tratamento foram considerados os seguintes critérios de inclusão: doentes com mais de 50 anos de idade, presença de NVC secundária a DMI, presença de componentes de lesão clássica da NVC (definida como uma área bem demarcada da angiografia de fluorescência), NVC de localização
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subfoveal (envolvendo o centro geométrico da zona foveal não vascularizada), zona de NVC clássica e oculta ≥50% da superfície total da lesão, maior dimensão linear de toda a lesão ≤9 áreas do disco do Estudo de Fotocoagulação Macular (MPS) e uma acuidade visual corrigida entre 34 e 73 letras (isto é, cerca de 20/40 e 20/200) no olho tratado. Foi permitida a presença de lesões ocultas NVC (fluorescência não bem demarcada no angiograma).
Os resultados indicam que, aos 12 meses, Visudyne foi estatisticamente superior ao placebo em termos de proporção de doentes que responderam ao tratamento. Os estudos mostraram uma diferença de 15% entre os grupos de tratamento (61% para os doentes tratados com Visudyne, comparativamente com 46% para os doentes tratados com placebo, p<0,001, análise ITT). Esta diferença de 15% entre os grupos de tratamento foi confirmada aos 24 meses (53% nos doentes tratados com Visudyne versus 38% nos doentes tratados com placebo, p<0,001).
O subgrupo de doentes com predominância de lesões clássicas de NVC (N=243; Visudyne 159, placebo 84) foi o que, com maior probabilidade, evidenciou um maior benefício com o tratamento. Aos 12 meses, estes doentes revelaram uma diferença de 28% entre os grupos de tratamento (67% para os doentes com Visudyne comparado com 39% para os doentes com placebo, p<0,001); o benefício manteve-se aos 24 meses (59% versus 31%, p<0,001). Em relação à extensão do estudo TAP: Em doentes seguidos a partir do 24º mês e sujeitos a tratamento aberto, não controlado, com Visudyne conforme necessário, os dados a longo prazo do estudo de extensão sugerem que os resultados obtidos ao nível da visão ao 24º mês se podem manter até aos 60 meses. No estudo TAP, em todos os tipos de lesão, o número médio de tratamentos por ano foi de 3,5 no primeiro ano após diagnóstico, 2,4 no segundo para a fase aleatorizada, controlada com placebo, 1,34 no terceiro ano, 0,4 no quarto e 0,1 no quinto ano para a fase de extensão aberta. Não foi identificada qualquer questão de segurança adicional. Degenerescência Macular relacionada com a Idade com lesões ocultas sem componente clássica O benefício do produto na população de doentes com DMI com NVC subfoveal oculta com evidência de progressão recente ou em curso da doença não foi demonstrado de forma consistente. Dois estudos randomizados, versus placebo, com dupla ocultação, multicêntricos, com a duração de 24 meses (BPD OCR 003 AMD ou Verteporfina em Terapia Fotodinâmica-AMD [VIP-AMD] e BPD OCR 0013 ou Visudyne na Neovascularização Coroidal Oculta [VIO] foram realizados em doentes com DMI caracterizada como NVC subfoveal oculta sem componente clássica. O estudo VIO incluiu doentes com NVC subfoveal sem componente clássica com uma acuidade visual de 73-34 letras (20/40-20/200), e doentes com lesões >4 áreas do disco de MPS com uma acuidade visual <65 letras (<20/50). 364 doentes (224 verteporfina, 120 placebo) foram incluídos neste estudo. O parâmetro de eficácia primário foi o mesmo de TAP (ver acima) com um endpoint adicional definido ao mês 24. Um outro parâmetro de eficácia foi também definido: a proporção de doentes que perdeu menos de 30 letras (equivalente a 6 linhas) de acuidade visual ao mês 12 e 24 em relação ao valor basal. O estudo não revelou quaisquer resultados estatisticamente significativos ao mês 12 (taxa de resposta de 15 letras, 62,7% versus 55,0%, p=0,150; taxa de resposta de 30 letras, 84,0% versus 83,3%, p=0,868) ou ao mês 24 (taxa de resposta de 15 letras, 53,3% versus 47,5%, p=0,300; taxe de resposta de 30 letras, 77,5% versus 75,0%, p=0,602). Uma percentagem maior de doentes que receberam Visudyne comparativamente com os que receberam placebo revelou efeitos adversos (88,1% versus 81,7%), efeitos adversos associados (23,0% versus 7,5%), efeitos que levaram à descontinuação (11,9% versus 3,3%) e efeitos que conduziram à morte (n=10 [4,1%]versus n=1 [0,8%]). Nenhuma morte foi considerada causada pelo tratamento. O VIP-AMD incluiu doentes com lesões com NVC oculta sem componente clássica com uma acuidade visual >50 letras (20/100). Este estudo também incluiu doentes com NVC com componente
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clássica com uma acuidade visual >70 letras (ou 20/40). 339 doentes (225 verteporfina, 114 placebo) foram recrutados para este estudo. O parâmetro de eficácia utilizado foi o mesmo do TAP e VIO (ver acima) com um endpoint adicional definido ao mês 24. Ao mês 12, o estudo não apresentou quaisquer resultados estatisticamente significativos ao nível dos parâmetros de eficácia primários (taxa de resposta 49,3% versus 45,6%, p=0,517). Ao mês 24, observou-se uma diferença estatisticamente significativa de 12,9% a favor de Visudyne quando comparado com o placebo (46,2% versus 33,3%, p=0,023). Um grupo de doentes que apresentava lesões ocultas sem componente clássica (n=258) obteve uma diferença estatisticamente significativa de 13,7% a favor de Visudyne quando comparado com o placebo (45,2% versus 31,5%, p=0,032). Uma maior percentagem de doentes que receberam Visudyne, comparativamente com os que receberam placebo, apresentou efeitos adversos (89,3% versus 82,5%), efeitos adversos associados (42,7% versus 18,4%) e efeitos que originaram a interrupção (6,2% versus 0,9%). Uma percentagem menor de doentes de Visudyne teve efeitos que conduziram à morte (n=4 [1,8%] versus n=3 [2,6%]; nenhuma morte foi considerada causada pelo tratamento.
Miopia patológica
Foi realizado um estudo multicêntrico, aleatorizado, versus placebo, em dupla ocultação (BPD OCR 003 PM [VIP-PM]), em doentes com neovascularização coroideia subfoveal provocada por miopia patológica. Foram recrutados um total de 120 doentes (81 Visudyne, 39 placebo). A posologia e frequência da repetição dos tratamentos foi a mesma que foi utilizada nos estudos da DMI.
Ao mês 12, registou-se vantagem de Visudyne ao nível dos parâmetros primários de eficácia (percentagem de doentes que perderam menos que 3 linhas de acuidade visual) – 86% com Visudyne versus 67% com placebo, p=0,011. A percentagem de doentes que perderam menos de 1,5 linhas foi de 64% com Visudyne e 49% com placebo (p=0,106).
No mês 24, 79% dos doentes tratados com Visudyne perderam menos de 3 linhas de acuidade visual (p=0,38) versus 72% dos doentes tratados com placebo. A percentagem de doentes que perderam menos de 1,5 linhas foi de 64% com Visudyne e 49% com placebo (p=0,106).
Este resultados indicam que o benefício clínico pode diminuir ao longo do tempo.
Em relação à extensão do estudo VIP-PM:
Em doentes seguidos a partir do 24º mês e sujeitos a tratamento aberto, não controlado, com Visudyne conforme necessário, os dados a longo prazo da extensão sugerem que os resultados obtidos ao nível da visão ao 24º mês se podem manter até aos 60 meses.
No estudo VIP-PM na miopia patológica, o número médio de tratamentos por ano foi de 3,5 no primeiro ano após diagnóstico, 1,8 no segundo para a fase aleatorizada, controlada com placebo, 0,4 no terceiro ano, 0,2 no quarto e 0,1 no quinto ano para a fase de extensão aberta.
Não foi identificada qualquer questão de segurança adicional.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Distribuição
A Cmáx após perfusão de 6 e 12 mg/m2 área de superfície corporal, durante 10 minutos na população-alvo, é aproximadamente de 1,5 e 3,5 μg/ml, respectivamente. Estes valores são um pouco mais elevados (26% para a dose proposta de 6 mg/m²) do que os que foram observados em voluntários jovens e saudáveis, e podem resultar numa exposição superior. A relevância clínica desta diferença relacionada com a idade é remota, uma vez que a avaliação risco/benefício determinada na população – alvo é favorável. Por cada dose de Visudyne administrada, observaram-se variações interindividuais de, no máximo, 2 vezes entre a Cmáx plasmática (imediatamente após o fim da perfusão intravenosa) e a concentração plasmática no momento da exposição à radiação.
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Os valores de Cmáx e AUC para os dois regioisómeros foram proporcionais à dose. No final da perfusão, os valores de Cmáx obtidos para o regioisómero BPD- MAD foram superiores aos obtidos para o regioisómero BPD- MAC. O volume de distribuição foi de 0,5 l/kg.
Ligação às proteínas
No sangue humano 90% da verteporfina encontra-se ligada ao plasma e 10% ligada às células sanguíneas, dos quais uma percentagem muito reduzida está ligada às membranas. No plasma humano, 90% da verteporfina encontra-se associada à fracção lipoproteica do plasma e aproximadamente 6% encontra-se associada à albumina.
Metabolismo
O grupo éster da verteporfina é hidrolisado por esterases plasmáticas e hepáticas, levando à formação de um derivado diacídico benzoporfirínico (BPD-DA). BPD-DA é também fotossensibilizante mas a sua exposição sistémica é baixa (5-10% da exposição da verteporfina, sugerindo que a maior parte da droga é eliminada sem alterações). Estudos in vitro não mostraram qualquer envolvimento significativo do metabolismo oxidativo pelos enzimas do citocromo P450.
Eliminação
Os valores médios de semi-vida de eliminação plasmática variam aproximadamente entre 5-6 horas para a verteporfina.
Os valores médios da área sob a curva (AUC) para indivíduos com disfunção hepática ligeira foram até 1,4 vezes superiores aos observados em indivíduos com função hepática normal. Esta diferença não é clinicamente relevante e não requer qualquer ajuste da dose em doentes com disfunção hepática moderada.
A excreção combinada da verteporfina e de BPD-DA na urina humana foi inferior a 1%, sugerindo excreção biliar.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Nos estudos de dose repetida realizados em ratos e cães (1 por dia, sem activação pela radiação durante 4 semanas), registou-se a ocorrência de hemólise extravascular ligeira e resposta hematopoiética com exposição aproximadamente 70 vezes (ratos) e 32 vezes (cães) maior do que a exposição (baseada em AUC) da dose humana recomendada.
A administração rápida de 2,0 mg/kg de verteporfina, a uma taxa de 7 ml/minuto em porcos anestesiados, provocou alterações hemodinâmicas e, em alguns casos, morte súbita, nos 2 minutos após administração do fármaco. Efeitos semelhantes foram observados em porcos sedados. O pré-tratamento com difenidramina diminuiu estes efeitos, o que sugere que a histamina pode desempenhar um papel neste processo. Os animais não anestesiados e não sedados não foram afectados por estes parâmetros de dosagem. Em cães anestesiados ou conscientes, que receberam 20 mg/kg de verteporfina administrada a uma taxa de perfusão de 5 ml/minuto, não foram registadas alterações. Os efeitos registados podem resultar da cativação do complemento. A verteporfina, em concentrações 5 vezes superiores às concentrações plasmáticas esperadas em doentes tratados, provocou um baixo nível de activação do complemento em sangue humano in vitro.
Foram registados os níveis de toxicidade ocular em coelhos e macacos normais, particularmente na retina/coroideia, relacionados com a dose de fármaco, dose de radiação, e tempo de exposição à radiação. Os estudos de toxicidade ao nível da retina, realizados em cães normais, com verteporfina intravenosa e da luz ambiente, mostraram não haver toxicidade ocular relacionada com o tratamento.
Num estudo de embriotoxicidade, fetos de ratos fêmeas, submetidas a doses maiores do que aproximadamente 67 vezes a dose recomendada em seres humanos (com base na AUC), apresentaram uma maior incidência de anoftalmia/microftalmia, costelas onduladas e outras alterações fetais. Não foi observada teratogenicidade em fetos de coelhas submetidas a 67 vezes a dose recomendada em humanos.
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A verteporfina não apresentou genotoxicidade quer na ausência quer na presença de radiação, no conjunto habitual de testes genotóxicos.
Foram observados efeitos imunomodulatórios em ratinhos. A fotoactivação de todo o corpo nas 3 horas seguintes à administração de verteporfina modificou positivamente o curso de várias doenças mediadas imunologicamente e reduziu a resposta imunitária da pele normal sem causar reacção cutânea ou imunossupressão generalizada não específica.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1. Lista dos excipientes
Lactose mono-hidratada
Fosfatidilglicerol do ovo
Dimiristoil fosfatidilcolina
Palmitato de ascorbilo
Butil-hidroxitolueno (E321)
6.2 Incompatibilidades
Visudyne precipita em soluções salinas. Não utilize soluções salinas normais ou outras soluções parentéricas. Na ausência de estudos de compatibilidade, este medicamento não deve ser misturado com outros medicamentos, excepto os mencionados na secção 6.6.
6.3 Prazo de validade
Prazo de validade para o frasco para injectáveis selado: 4 anos
Prazo de validade após reconstituição e diluição: A estabilidade química e física durante o uso foi demonstrada durante 4 horas a 25°C. Do ponto de vista microbiológico, o produto deve ser utilizado imediatamente. Se não utilizado imediatamente, o tempo e as condições de armazenamento antes da utilização são da responsabilidade do utilizador e não devem normalmente exceder 4 horas a temperatura inferior a 25°C, protegido da luz.
6.4 Precauções especiais de conservação
Não conservar acima de 25°C. Manter o frasco para injectáveis dentro da embalagem exterior para proteger da luz.
Após reconstituição e diluição, ver secção 6.3.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Pó em frasco para injectáveis de vidro (tipo I), selado com rolha de borracha butílica e cápsula de alumínio.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Reconstitua Visudyne em 7,0 ml de água para injectáveis, para obter 7,5 ml de solução com uma concentração de 2 mg/ml. Visudyne reconstituído é uma solução opaca verde-escura a preta. Recomenda-se que a solução de Visudyne reconstituída seja inspeccionada visualmente no que respeita a partículas e descoloração antes da administração. Para obter uma dose de 6 mg/m2 área de superfície corporal (ver secção 4.2) dilua a quantidade de Visudyne necessária em Dextrose para injectáveis a 5%, para um volume final de 30 ml. Não utilize soluções salinas (ver secção 6.2). Recomenda-se o uso de um filtro normal de linha de perfusão com membranas hidrófilas (como polietersulfona) com poros de diâmetro não inferior a 1,2 μm.
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O frasco e qualquer porção de solução reconstituída devem ser eliminados após utilização única.
No caso de derramamento da solução, o local deve ser isolado e limpo com um pano húmido. Evite o contacto com a pele e os olhos. Recomenda-se o uso luvas de borracha e de protecção ocular. Todos os materiais devem ser eliminados de forma adequada.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Novartis Europharm Limited
Wimblehurst Road
Horsham
West Sussex, RH12 5AB
Reino Unido
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/00/140/001
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização: 27 de Julho de 2000
Data da primeira renovação: 27 de Julho de 2005
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO
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ANEXO II
A. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE FABRICO RESPONSÁVEL PELA LIBERTAÇÃO DO LOTE
B. CONDIÇÕES DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
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A TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE FABRICO RESPONSÁVEL PELA LIBERTAÇÃO DO LOTE
Nome e endereço do fabricante responsável pela libertação do lote
Novartis Pharma S.A.S.
26, rue de la Chapelle
F-68333 Huningue Cedex
França
B. CONDIÇÕES DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
• CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RELATIVAS AO FORNECIMENTO E UTILIZAÇÃO IMPOSTAS AO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Medicamento de receita médica restrita, de utilização reservada a certos meios especializados (ver anexo I: Resumo das Características do Medicamento, secção 4.2.).
• CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RELATIVAS À UTILIZAÇÃO SEGURA E EFICAZ DO MEDICAMENTO
Não aplicável.
• OUTRAS CONDIÇÕES
Sistema de Farmacovigilância
O Titular da AIM deve assegurar que o sistema de farmacovigilância, tal como descrito na versão 1.0, datada de 30 de Junho de 2008, apresentada no Módulo 1.8.1 do pedido de Autorização de Introdução no Mercado, está implementado e em funcionamento antes e enquanto o produto estiver no mercado.
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ANEXO III
ROTULAGEM E FOLHETO INFORMATIVO
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A. ROTULAGEM 15
INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO
EMBALAGEM EXTERIOR
1. NOME DO MEDICAMENTO
Visudyne 15 mg pó para solução para perfusão
Verteporfina
2. DESCRIÇÃO DA(S) SUBSTÂNCIA(S) ACTIVA(S)
Cada frasco para injectáveis contém 15 mg de verteporfina.
3. LISTA DOS EXCIPIENTES
Lactose mono-hidratada, dimiristoil fosfatidilcolina, fosfatidilglicerol do ovo, palmitato de ascorbilo, butil-hidroxitolueno (E321).
4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO
Pó para solução para perfusão.
Caixa contendo 1 frasco para injectáveis, contendo pó.
5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO
Via intravenosa.
Não dissolver em soluções salinas.
Consultar o folheto informativo antes de utilizar.
6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO
8. PRAZO DE VALIDADE
EXP
9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO
Não conservar acima de 25°C.
Manter o frasco para injectáveis dentro da embalagem exterior para proteger da luz.
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Prazo de validade após reconstituição e diluição: ver folheto informativo.
10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE APLICÁVEL
11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Novartis Europharm Limited
Wimblehurst Road
Horsham
West Sussex
RH12 5AB
Reino Unido
12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/00/140/001
13. NÚMERO DO LOTE
Lote
14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO
Medicamento sujeito a receita médica.
15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO
16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE
Foi aceite a justificação para não incluir a informação em Braille.
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INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO
RÓTULO DO FRASCO PARA INJECTÁVEIS
1. NOME DO MEDICAMENTO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO
Visudyne 15 mg pó para solução para perfusão
Verteporfina
Via intravenosa
2. MODO DE ADMINISTRAÇÃO
Consultar o folheto informativo antes de utilizar
3. PRAZO DE VALIDADE
EXP
4. NÚMERO DO LOTE
Lot
5. CONTEÚDO EM PESO, VOLUME OU UNIDADE
Cada frasco para injectáveis contém 15 mg de verteporfina
6. OUTRAS
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B. FOLHETO INFORMATIVO
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FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Visudyne 15 mg pó para solução para perfusão
Verteporfina
Leia atentamente este folheto antes de lhe administrarem este medicamento.
– Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
– Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro.
– Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
– Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou enfermeiro.
Neste folheto
1. O que é Visudyne e para que é utilizado
2. Antes de lhe ser administrado Visudyne
3. Como Visudyne é utilizado
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Visudyne
6. Outras informações
1. O QUE É VISUDYNE E PARA QUE É UTILIZADO
Visudyne é um medicamento foto-activado usado em terapêutica fotodinâmica.
É usado para o tratamento da forma húmida de degenerescência macular relacionada com a idade (DMI) e miopia patológica (MP). Estas doenças conduzem a perda de visão devido a destruição da retina, causada pelo crescimento de vasos sanguíneos, a que se chama neovascularização coroideia (NVC). Existem dois tipos de NVC conhecidas por NVC clássica e NVC oculta, que podem ser identificadas através de angiografia fluoresceínica. Visudyne é usado para o tratamento de NVC predominantemente clássica em doentes com DMI, e para o tratamento de todos os tipos de NVC em doentes com miopia patológica.
2. ANTES DE LHE SER ADMINSTRADO VISUDYNE
Não lhe deve ser administrado Visudyne:
– se tem alergia (hipersensibilidade) à verteporfina ou a qualquer outro componente de Visudyne.
– se tem porfiria.
– se sofrer de disfunção hepática grave.
Tome especial cuidado com Visudyne:
– Informe o seu médico se sofre de alguma doença ou se está a tomar algum medicamento. O seu médico necessita de ter em conta esta informação quando for tratá-lo(a).
– Informe o seu médico ou enfermeiro se detectar algum problema durante o tratamento.
– Se, durante a perfusão, Visudyne extravasar para fora da veia, e especialmente se a área afectada estiver exposta à luz, tal pode provocar dor, inchaço, formação de bolhas e alteração da cor da pele no local do extravasamento. Se esta situação se verificar, é necessário interromper a perfusão, aplicar compressas frias no local afectado e proteger completamente a pele da luz até que a sua coloração volte ao normal. Pode ser necessário tomar um analgésico.
– Irá apresentar sensibilidade à luz forte, pelo menos durante as 48 horas após o tratamento. Durante este período, evite a exposição directa à luz solar, à luz artificial intensa, como seja em salões de bronzeamento artificial, lâmpadas de halogéneo fortes, luz de alta intensidade utilizada pelos cirurgiões e dentistas, ou a luz emitida por dispositivos médicos, tais como 20
oxímetros de pulso. Se sair para o exterior durante o dia, nas 48 horas após o tratamento, deverá proteger a sua pele e olhos utilizando roupas protectoras e óculos escuros. Os cremes protectores solares não oferecem protecção. A luz ambiente artificial é segura. Não permaneça no escuro, porque a exposição à luz ambiente artificial ajuda o seu organismo a eliminar mais rapidamente Visudyne.
– Informe o seu médico se detectar algum problema ocular após o tratamento.
Gravidez e aleitamento
Não existe experiência com Visudyne em mulheres grávidas. Se está grávida ou pensa engravidar, ou se está a amamentar, só deve receber tratamento com Visudyne se o seu médico considerar absolutamente essencial.
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Após o tratamento com Visudyne pode apresentar alguns problemas de visão. Se isto se verificar, não conduza ou utilize quaisquer ferramentas ou máquinas até a sua visão melhorar.
Informações importantes sobre alguns componentes de Visudyne
Visudyne contém pequenas quantidades de butil-hidroxitolueno (E321). Este ingrediente é irritante para os olhos, pele e membranas mucosas. Caso tenha algum contacto directo com Visudyne, deve lavar abundantemente com água a zona atingida.
3. COMO VISUDYNE É UTILIZADO
O seu médico ou farmacêutico preparará a solução para perfusão de Visudyne. Esta será administrada pelo seu médico ou enfermeiro.
No final da injecção, o seu médico adapta uma lente de contacto especial ao seu olho e procede ao tratamento utilizando um laser especial. São necessários 83 segundos para administrar uma dose de laser de 50 J/cm2 necessária para activar Visudyne. Durante este período de tempo, terá de seguir as instruções do seu médico e manter os seus olhos fixos.
Se necessário, o tratamento com Visudyne pode ser repetido de 3 em 3 meses.
Caso lhe tenha sido administrado mais Visudyne do que necessário
Uma sobredosagem de Visudyne pode prolongar o tempo durante o qual se encontra fotossensível e pode ter de seguir as instruções de protecção dadas na secção 2 durante mais de 48 horas. O seu médico irá aconselhá-lo.
4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS
Como todos os medicamentos, Visudyne pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.
Para a dose recomendada, um reduzido número de doentes apresentou um ou mais dos efeitos secundários mencionados de seguida. A maior parte destes efeitos secundários foi de pouca importância e desapareceu rapidamente.
Alguns doentes mencionaram efeitos secundários no olho tratado, como sejam: alteração ou diminuição da visão, alteração no campo visual, descolamento da retina e falta de circulação sanguínea na retina ou coroideia.
Adicionalmente, alguns doentes referiram uma ou mais das seguintes reacções: náuseas, queimaduras solares, cansaço, dor nas costas e no peito relacionada com a perfusão, a qual pode irradiar para outras
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áreas incluindo, mas não se limitando, à pélvis, ombros ou costelas; aumento do colesterol, dor generalizada, aumento da pressão arterial, diminuição da sensibilidade, febre. Foram comunicadas reacções como reacções vasovagais (tonturas e desmaio) e reacções de hipersensibilidade que, em raras ocasiões, podem ser graves. Os sintomas gerais poderão incluir dor de cabeça, mal-estar geral, síncope, suores, tonturas, erupção cutânea, urticária, comichão, dispneia, eritema, e alterações da pressão arterial e do ritmo cardíaco.
Tal como para outras injecções, alguns doentes comunicaram dor, inchaço, inflamação, formação de bolhas, extravasamento para a área à volta da veia e hemorragia no local da injecção, alteração da cor da pele e alergia. Se isto lhe acontecer, apresentará uma maior sensibilidade à luz nessa zona da pele até ao desaparecimento da cor verde.
Em particular em doentes com antecedentes de doença cardíaca, foram notificados casos de ataque cardíaco, por vezes 48 horas após o tratamento com Visudyne.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou enfermeiro.
5. COMO CONSERVAR VISUDYNE
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Não conservar acima de 25°C. Manter o frasco para injectáveis dentro da embalagem exterior para proteger da luz.
A estabilidade química e física da solução preparada foi demonstrada durante 4 horas após a preparação, a 25°C. Do ponto de vista microbiológico, a solução deve ser utilizada imediatamente. Quando não for utilizada imediatamente, o tempo e as condições de armazenagem da solução preparada antes da sua utilização são da responsabilidade do utilizador, que deve ter presente que a solução não dura normalmente mais de 4 horas, se guardada a temperatura inferior a 25°C, protegida da luz.
Não utilize Visudyne após o prazo de validade impresso na embalagem exterior e no frasco para injectáveis.
6. OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição de Visudyne
– A substância activa é a verteporfina.
– Os outros componentes são o dimiristoil fosfatidilcolina, o fosfatidilglicerol do ovo, o palmitato de ascorbilo, o butil-hidroxitolueno (E321) e a lactose mono-hidratada.
Qual o aspecto de Visudyne e conteúdo da embalagem
Visudyne é fornecido sob a forma de pó verde-escuro a negro em frasco para injectáveis de vidro transparente. O pó é reconstituído em água para injectáveis antes da administração, obtendo-se uma solução opaca verde-escura.
Visudyne está disponível em embalagens contendo 1 frasco para injectáveis, contendo pó.
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Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Novartis Europharm Limited
Wimblehurst Road
Horsham
West Sussex, RH12 5AB
Reino Unido
Fabricante
Novartis Pharma S.A.S.
26, rue de la Chapelle
F-68333 Huningue Cedex
França
Para quaisquer informações sobre este medicamento, queira contactar o representante local do Titular da Autorização de Introdução no Mercado.
België/Belgique/Belgien
Novartis Pharma N.V.
Tél/Tel: +32 2 246 16 11
Luxembourg/Luxemburg
Novartis Pharma GmbH
Tél/Tel: +49 911 273 0
България
Novartis Pharma Services Inc.
Тел.: +359 2 489 98 28
Magyarország
Novartis Hungária Kft. Pharma
Tel.: +36 1 457 65 00
Česká republika
Novartis s.r.o.
Tel: +420 225 775 111
Malta
Novartis Pharma Services Inc.
Tel: +356 2298 3217
Danmark
Novartis Healthcare A/S
Tlf: +45 39 16 84 00
Nederland
Novartis Pharma B.V.
Tel: +31 26 37 82 111
Deutschland
Novartis Pharma GmbH
Tel: +49 911 273 0
Norge
Novartis Norge AS
Tlf: +47 23 05 20 00
Eesti
Novartis Pharma Services Inc.
Tel: +372 60 62 400
Österreich
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Ελλάδα
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Τηλ: +30 210 281 17 12
Polska
Novartis Poland Sp. Z o.o.
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España
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Portugal
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France
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Tél: +33 1 55 47 66 00
România
Novartis Pharma Services Inc.
Tel: +40 21 31299 01
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Ireland
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Slovenija
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Tel: +386 1 300 75 77
Ísland
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Sími: +354 535 7000
Slovenská republika
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Tel: +421 2 5542 5439
Italia
Novartis Farma S.p.A.
Tel: +39 02 96 54 1
Suomi/Finland
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Puh/Tel: +358 9 61 33 22 11
Κύπρος
Δημητριάδης και Παπαέλληνας Λτδ
Τηλ: +357 22 690 690
Sverige
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Latvija
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Tel: +371 7 887 070
United Kingdom
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Tel: +44 1276 698370
Lietuva
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Tel: +370 5 269 16 50
Este folheto foi aprovado pela última vez em 24
INFORMAÇÃO PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE
A informação que se segue destina-se apenas aos médicos e aos profissionais de saúde:
Dissolver Visudyne em 7,0 ml de água para injectáveis de modo a obter 7,5 ml de solução a 2 mg/ml. A solução de Visudyne reconstituída é uma solução opaca verde-escura. Recomenda-se que a solução de Visudyne reconstituída seja inspeccionada visualmente no que respeita a partículas e descoloração, antes da administração. Para uma dose de 6 mg/m² de superfície corporal (a dosagem recomendada para o tratamento), diluir a quantidade necessária de solução de Visudyne em dextrose para injectáveis a 5% até um volume final de 30 ml. Não utilizar solução salina. É aconselhável o uso de um filtro normal na linha de perfusão, com membranas hidrófilas (como polietersulfona), e poros de diâmetro não inferior a 1,2 μm.
Para condições de conservação, por favor consulte a secção 5 deste folheto.
O frasco para injectáveis e qualquer porção de solução reconstituída devem ser eliminados após utilização única.
No caso de derramamento da solução o local deve ser isolado e limpo com um pano húmido. Evite o contacto com a pele e os olhos. Recomenda-se o uso de luvas de borracha e de protecção ocular. Todos os materiais devem ser eliminados de forma adequada.
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Categorias
Bevacizumab

Avastin 25 mg/ml concentrado para solução para perfusão bula do medicamento

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO – Avastin

1. NOME DO MEDICAMENTO
Avastin 25 mg/ml concentrado para solução para perfusão

2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Bevacizumab 25 mg por ml. Cada frasco para injectáveis contém 100 mg em 4 ml e 400 mg em 16 ml de bevacizumab, respectivamente.
Bevacizumab é um anticorpo monoclonal recombinante humanizado produzido por tecnologia de ADN em células de ovário de hamster chinês.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.

3. FORMA FARMACÊUTICA
Concentrado para solução para perfusão.
Líquido transparente a ligeiramente opalescente, incolor a castanho claro

4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS

4.1 Indicações terapêuticas
Avastin (bevacizumab), em associação com quimioterapia contendo fluoropirimidinas, está indicado no tratamento de doentes com carcinoma metastizado do cólon ou do recto.
Avastin, em associação com paclitaxel, está indicado no tratamento de primeira linha de doentes com cancro da mama metastático.
Avastin, em associação com quimioterapia baseada em platinos, está indicado no tratamento de primeira linha de doentes com cancro do pulmão de células não pequenas, irressecável, avançado, metastático ou recidivante, excluindo histologia com predomínio de células escamosas.
Avastin, em associação com interferão alfa-2a, está indicado no tratamento de primeira linha de doentes com cancro de células renais avançado e/ou metastizado.
4.2 Posologia e modo de administração
Geral
Avastin deve ser administrado sob supervisão de um médico com experiência na utilização de terapêuticas antineoplásicas.
Recomenda-se a continuação da terapêutica até à progressão da doença.
A dose inicial deve ser administrada sob a forma de perfusão intravenosa durante 90 minutos. Se a primeira perfusão for bem tolerada, a administração da segunda perfusão pode ser feita durante 60 minutos. Se a perfusão com duração de 60 minutos for bem tolerada, todas as perfusões seguintes poderão ser administradas durante 30 minutos.
Não administrar sob a forma de injecção intravenosa rápida ou bólus.
As instruções para a preparação da perfusão de Avastin encontram-se descritas na secção 6.6.
2
A perfusão de Avastin não deve ser misturada nem administrada juntamente com soluções de glucose (ver secção 6.2).
Carcinoma metastizado do cólon ou do recto
A dose recomendada de Avastin, administrada sob a forma de perfusão intravenosa, é de 5 mg/kg ou 10 mg/kg de peso corporal, administrada uma vez de 2 em 2 semanas, ou 7,5 mg/kg ou 15 mg/kg de peso corporal administrada uma vez de 3 em 3 semanas.
Não se recomenda a redução da dose por ocorrência de acontecimentos adversos. Se indicado, o tratamento deve ser interrompido permanentemente ou suspenso temporariamente de acordo com o descrito na secção 4.4.
Cancro da mama metastático
A dose recomendada de Avastin é de 10 mg/kg de peso corporal administrada uma vez, de duas em duas semanas, ou 15 mg/Kg de peso corporal, administrada uma vez cada 3 semanas, sob a forma de perfusão intravenosa.
Cancro do pulmão de células não pequenas
Avastin é administrado em associação a quimioterapia com base em platinos, em até 6 ciclos de tratamento, seguidos de Avastin em monoterapia até progressão da doença.
A dose recomendada de Avastin é de 7,5 mg/kg ou 15 mg/kg de peso corporal, administrada uma vez em cada 3 semanas, por perfusão intravenosa.
O benefício clínico em doentes com do cancro do pulmão de células não pequenas foi demonstrado com ambas as doses de 7,5 mg/kg e15 mg/kg. Para mais informação, ver secção 5.1 Propriedades Farmacodinâmicas, cancro do pulmão de células não pequenas.
Cancro de células renais avançado e/ou metastizado
A dose recomendada de Avastin é de 10 mg/kg de peso corporal, administrada uma vez em cada 2 semanas, por perfusão intravenosa.
Populações especiais
Crianças e adolescentes: A segurança e a eficácia não foram estabelecidas em crianças e adolescentes. O Avastin não é recomendado em crianças e adolescentes devido à ausência de dados de segurança e eficácia (ver secção 5.3).
Idosos: Não é necessário ajuste da dose em doentes idosos.
Compromisso renal: A segurança e a eficácia não foram estudadas em doentes com compromisso renal.
Compromisso hepático: A segurança e a eficácia não foram estudadas em doentes com compromisso hepático.
4.3 Contra-indicações
• Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer dos excipientes.
• Hipersensibilidade a produtos derivados de células de ovário de hamster chinês (CHO) ou a outros anticorpos recombinantes humanos ou humanizados.
• Gravidez (ver secção 4.6).
3
• Avastin está contra-indicado em doentes com metástases do SNC não tratadas (ver secção 4.4 e 4.8).
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Perfuração gastrointestinal (ver secção 4.8)
Os doentes tratados com Avastin podem estar em risco aumentado de desenvolver perfuração gastrointestinal. Em doentes com carcinoma metastizado do cólon ou do recto, um processo inflamatório intra-abdominal pode ser um factor de risco para ocorrência de perfuração gastrointestinal, por conseguinte, deve ter-se cuidado ao tratar estes doentes. A terapêutica deve ser interrompida definitivamente nos doentes que desenvolvam perfuração gastrointestinal.
Fístulas (ver secção 4.8)
Quando tratados com Avastin os doentes podem apresentar um risco aumentado de desenvolver fístulas.
Descontinuar permanentemente o tratamento com Avastin em doentes com fístula TE (traqueoesofágica) ou qualquer fístula de grau 4. A informação disponível relativa ao uso continuado de Avastin em doentes com outras fístulas é limitada. Deve considerar-se a descontinuação do tratamento com Avastin em casos de fístula interna não originada no tracto GI.
Complicações na cicatrização das feridas (ver secção 4.8)
O Avastin pode influenciar adversamente o processo de cicatrização das feridas. A terapêutica não pode ser iniciada antes de decorridos pelo menos 28 dias depois de uma grande cirurgia ou até cicatrização completa da ferida cirúrgica. Nos doentes que apresentarem complicações da cicatrização de feridas durante o tratamento, este deve ser suspenso até cicatrização completa da ferida. A terapêutica deve ser suspensa antes da cirurgia electiva.
Hipertensão (ver secção 4.8)
Observou-se uma incidência aumentada de hipertensão em doentes submetidos a tratamento com Avastin. Os dados de segurança clínica sugerem que a incidência de hipertensão está provavelmente relacionada com a dose. A hipertensão pré-existente deve ser adequadamente controlada antes do início do tratamento com Avastin. Não existem informações acerca do efeito do Avastin em doentes com hipertensão não controlada à data de início da terapêutica. É geralmente recomendada a monitorização da tensão arterial durante a terapêutica.
Na maioria dos casos a hipertensão foi controlada adequadamente através de tratamento anti-hipertensivo habitual, apropriado à situação individual do doente. Não se aconselha a utilização de diuréticos para controlo da hipertensão em doentes que estejam a fazer regimes de quimioterapia com base em cisplatina. Caso a hipertensão seja clinicamente significativa e não possa ser adequadamente controlada com terapêutica anti-hipertensiva ou caso o doente desenvolva uma crise hipertensiva ou encefalopatia hipertensiva, deve suspender-se definitivamente o tratamento com Avastin.
Síndrome de leucoencefalopatia reversível posterior (RPLS) (ver secção 4.8)
Têm sido notificados casos raros de doentes tratados com Avastin que desenvolveram sinais e sintomas consistentes com a síndrome de leucoencefalopatia reversível posterior, uma doença neurológica rara, que pode apresentar, entre outros, os seguintes sinais e sintomas: convulsões, dor de cabeça, alterações do estado mental, perturbações visuais ou cegueira cortical, com ou sem hipertensão associada. O diagnóstico de síndrome de leucoencefalopatia reversível posterior requer confirmação por imagiologia cerebral. Nos doentes que desenvolvam síndrome de leucoencefalopatia reversível posterior, recomenda-se o tratamento de sintomas específicos incluindo o controlo da hipertensão, juntamente com a interrupção do Avastin. Desconhece-se a segurança de reiniciar a terapêutica com Avastin em doentes que tenham sofrido de síndrome de leucoencefalopatia reversível posterior.
Proteinúria (ver secção 4.8)
O doente com história clínica de hipertensão pode estar em risco aumentado de desenvolver proteinúria quando submetido a tratamento com Avastin. Há indícios que apontam para a possibilidade
4
de a proteinúria de Grau 1 [US National Cancer Institute-Common Toxicity Criteria (NCI-CTC) versão 2.0] poder estar relacionada com a dose. Recomenda-se a monitorização da proteinúria por meio de análise da urina com dipstick antes do início e durante a terapêutica. Avastin deve ser interrompido definitivamente nos doentes que desenvolvam proteinúria de Grau 4 (síndroma nefrótico).
Tromboembolismo arterial (ver secção 4.8)
Em cinco ensaios clínicos aleatorizados, a incidência de acontecimentos tromboembólicos arteriais, incluindo acidente vascular cerebral (AVC), acidente isquémico transitório (AIT) e enfarte do miocárdio (EM), foi maior nos doentes submetidos a tratamento com Avastin em associação com quimioterapia do que nos doentes a fazer apenas quimioterapia.
Doentes em tratamento com Avastin mais quimioterapia e com história clínica de tromboembolismo arterial ou idade superior a 65 anos apresentam um risco aumentado de desenvolvimento de acontecimentos tromboembólicos arteriais durante a terapêutica. Deve ter-se precaução ao tratar estes doentes com Avastin.
A terapêutica deve ser interrompida definitivamente nos doentes que desenvolvam acontecimentos tromboembólicos arteriais.
Tromboembolismo venoso (ver secção 4.8)
Doentes em tratamento com Avastin podem estar em risco de desenvolverem acontecimentos tromboembólicos venosos, incluindo embolismo pulmonar. Avastin deve ser interrompido em doentes com embolismo pulmonar potencialmente fatal (Grau 4) e doentes com embolismo pulmonar de Grau ≤ 3 devem ser monitorizados de perto.
Hemorragia
O risco de hemorragia no SNC não pode ser totalmente avaliado em doentes com metástases no SNC, em tratamento com Avastin, uma vez que estes doentes foram excluídos dos ensaios clínicos. Por conseguinte, Avastin não deve ser utilizado nestes doentes (ver secções 4.3 e 4.8).
Os doentes tratados com Avastin apresentam um risco aumentado de hemorragia, principalmente hemorragia relacionada com o tumor. Avastin deve ser interrompido definitivamente nos doentes em que surjam hemorragias de Grau 3 ou 4 no decurso da terapêutica (ver secção 4.8).
Não existem informações sobre o perfil de segurança do Avastin em doentes com diátese hemorrágica congénita, com coagulopatia adquirida ou que estejam em tratamento com anticoagulantes (na dose habitual) para terapêutica do tromboembolismo antes da instituição do Avastin, uma vez que esses doentes foram excluídos dos ensaios clínicos. Por conseguinte, a decisão de instituir a terapêutica nestes doentes deve ser bem ponderada. No entanto, aparentemente os doentes que desenvolvem trombose venosa ao receber o tratamento não apresentam uma incidência mais elevada de hemorragias de grau igual ou superior a 3 quando submetidos a tratamento concomitante com Avastin e varfarina.
Hemorragia pulmonar/Hemoptise
Doentes com cancro do pulmão de células não pequenas tratados com Avastin podem ter um risco aumentado de desenvolver hemorragia pulmonar/ hemoptise grave e em alguns casos fatal. Doentes com hemorragia pulmonar/ hemoptise (volume de sangue > 2,5 ml) não devem ser tratados com Avastin.
Insuficiência cardíaca congestiva (ICC) (ver secção 4.8)
Em ensaios clínicos foram notificados acontecimentos consistentes com ICC. Os sintomas variaram desde diminuição assintomática na fracção de ejecção ventricular esquerda até ICC sintomática que necessitou de tratamento ou hospitalização. A maioria dos doentes que teve ICC tinha cancro da mama metastático e tinha sido anteriormente tratada com antraciclinas, tinha feito radioterapia à parede torácica esquerda ou tinha outro factor de risco para a ICC, como por exemplo doença coronária pré-existente ou terapêutica cardiotóxica concomitante.
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A instituição da terapêutica com Avastin em doentes com doença cardiovascular clinicamente significativa ou insuficiência cardíaca congestiva pré-existente deve ser bem ponderada.
Neutropenia (ver secção 4.8)
Em doentes tratados com alguns regimes de quimioterapia mielotóxica mais Avastin observou-se uma taxa aumentada de neutropenia grave, neutropenia febril ou infecção com neutropenia grave (incluindo alguns casos fatais), comparativamente com a observada com regimes contendo apenas quimioterapia.
4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
Efeito de fármacos antineoplásicos na farmacocinética do bevacizumab
Com base nos resultados de uma análise farmacocinética populacional, não se observaram interacções farmacocinéticas clinicamente relevantes para o Avastin, decorrentes da co-administração com quimioterapia. A depuração de Avastin não foi alterada em doentes tratados em monoterapia, comparativamente a doentes tratados com Avastin em associação com um regime de Irinotecano/5-FU/ácido folínico (IFL) em bólus. O efeito da co-administração de outras quimioterapias na depuração de Avastin é considerado não clinicamente significativo.
Efeito do bevacizumab na farmacocinética de outros fármacos antineoplásicos
Os resultados de um estudo específico de interacção fármaco-fármaco demonstraram não existir efeito significativo do bevacizumab na farmacocinética do irinotecano e do seu metabolito activo SN38.
Os resultados de um estudo realizado em doentes com cancro colorrectal metastizado demonstraram não existir efeito significativo do bevacizumab na farmacocinética da capecitabina e dos seus metabolitos, nem na farmacocinética da oxaliplatina, como determinado pelas concentrações plasmáticas de platina livre e total.
Os resultados de um estudo em doentes com cancro renal demonstraram não existir efeito significativo do bevacizumab na farmacocinética do interferão alfa-2a.
O efeito potencial do bevacizumab na farmacocinética da cisplatina e gemcitabina foi estudado em doentes com cancro do pulmão de células não pequenas não escamosas. Os resultados do estudo demonstraram que o bevacizumab não tem um efeito significativo na farmacocinética da cisplatina. Os resultados do referido estudo não permitem concluir com certeza sobre o impacto do bevacizumab na farmacocinética da gemcitabina, devido à grande variabilidade inter-doentes e ao limitado tamanho da amostra.
Associação de bevacizumab e malato de sunitinib
Em dois estudos clínicos no carcinoma de células renais metastizado foi notificada anemia hemolítica microangiopática (MAHA), em 7 de 19 doentes tratados com a associação de bevacizumab (10 mg/kg cada duas semanas) e malato de sunitinib (50 mg uma vez por dia).
A MAHA é uma alteração hemolítica que pode apresentar-se com fragmentação de glóbulos vermelhos, anemia e trombocitopenia. Adicionalmente, foi observada em alguns destes doentes hipertensão (incluindo crise hipertensiva), aumento nos níveis de creatinina e sintomas neurológicos. Todos estes efeitos foram reversíveis após a descontinuação do bevacizumab e malato de sunitinib (ver Hipertensão, Proteinúria, RPLS, na secção 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização).
Radioterapia
A segurança e a eficácia da administração concomitante de radioterapia e Avastin não foram estabelecidas.
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4.6 Gravidez e aleitamento
Gravidez
Não existem dados sobre a utilização de Avastin na mulher grávida. Os estudos em animais revelaram toxicidade reprodutiva incluindo malformações (ver secção 5.3). Sabe-se que as IgG atravessam a placenta e calcula-se que Avastin iniba a angiogénese no feto, podendo provocar graves anomalias congénitas em caso de administração durante a gravidez. Avastin é contra-indicado (ver secção 4.3) durante a gravidez. As mulheres em risco de engravidar têm de utilizar um método contraceptivo eficaz durante (e até 6 meses após) o tratamento.
Aleitamento
Não se sabe se o bevacizumab é excretado no leite humano. Uma vez que a IgG materna é excretada no leite e que o bevacizumab pode ter efeitos nefastos sobre o crescimento e desenvolvimento do lactente (ver secção 5.3), a mulher deve suspender o aleitamento durante a terapêutica e não amamentar durante pelo menos 6 meses após a administração da última dose de Avastin.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não foram estudados os efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. No entanto, não há indícios de que o tratamento com Avastin resulte num aumento dos acontecimentos adversos que possam levar à diminuição da capacidade de conduzir ou utilizar máquinas ou que afectem a capacidade mental.
4.8 Efeitos indesejáveis
O perfil global de segurança do Avastin baseia-se em dados referentes a mais de 3500 doentes com várias malignidades, predominantemente tratados com Avastin em associação com quimioterapia, no âmbito dos ensaios clínicos.
As reacções medicamentosas adversas mais graves foram:
• Perfuração gastrointestinal (ver secção 4.4).
• Hemorragia, incluindo hemorragia pulmonar/hemoptise, que é mais frequente em doentes com cancro do pulmão de células não pequenas (ver secção 4.4).
• Tromboembolismo arterial (ver secção 4.4).
No âmbito de ensaios clínicos as reacções adversas medicamentosas mais frequentemente observadas em doentes em tratamento com Avastin foram hipertensão, fadiga ou astenia, diarreia e dor abdominal.
A análise dos dados de segurança clínica sugere que a ocorrência de hipertensão e proteinúria com a terapêutica com Avastin está provavelmente relacionada com a dose.
A tabela 1 apresenta as reacções adversas medicamentosas relacionadas com a utilização de Avastin em associação com diferentes regimes de quimioterapia, em várias indicações. Estas reacções ocorreram com uma diferença de, pelo menos, 2% comparativamente com o braço controlo (reacções de grau 3-5 de acordo com NCI-CTC) ou com uma diferença de, pelo menos, 10% comparativamente com o braço controlo (reacções de grau 1-5 de acordo com NCI-CTC) em pelo menos um dos ensaios clínicos major.
As reacções adversas medicamentosas apresentadas na tabela são incluídas nas seguintes categorias: Muito Frequentes (≥ 10%) e Frequentes (≥ 1% – < 10%). Na tabela seguinte, as reacções adversas medicamentosas são incluídas na categoria apropriada de acordo com a incidência mais elevada, observada em qualquer um dos ensaios clínicos major. Dentro de cada grupo de frequência as reacções adversas medicamentosas são apresentadas por ordem decrescente de gravidade. Algumas das reacções adversas medicamentosas são reacções frequentemente observadas com quimioterapia, (por exemplo, síndrome de eritrodisestesia palmo-plantar com capecitabina e neuropatia sensorial periférica
7
com paclitaxel ou oxaliplatina); no entanto, não se pode excluir uma exacerbação com a terapêutica com Avastin.
Tabela 1 Reacções adversas medicamentosas muito frequentes e frequentes
Reacções de Grau 3-5 (NCI-CTC)
(diferença entre os braços de estudo ≥ 2% em pelo menos um ensaio clínico)
Reacções de todos os Graus
(diferença entre os braços de estudo ≥ 10% em pelo menos um ensaio clínico)
Sistema de Classe de Órgãos (SOC)
Muito frequentes
Frequentes
Muito frequentes
Infecções e infestações
Sepsis
Abcesso
Infecção
Doenças do sangue e do sistema linfático
Leucopenia
Trombocitopenia
Neutropenia
Neutropenia febril
Anemia
Doenças do metabolismo e da nutrição
Desidratação
Anorexia
Doenças do sistema nervoso
Neuropatia periférica sensorial
Acidente cerebrovascular
Síncope
Sonolência
Cefaleia
Disgeusia
Cefaleia
Afecções oculares
Afecção ocular
Cardiopatias
Insuficiência cardíaca congestiva
Taquicardia supraventricular
Vasculopatias
Hipertensão
Tromboembolismo (arterial)*
Trombose venosa profunda
Hemorragia
Hipertensão
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
Embolismo pulmonar
Dispneia
Hipoxia
Epistaxe
Dispneia
Epistaxe
Rinite
Doenças gastrointestinais
Diarreia
Náusea
Vómito
Perfuração intestinal
Íleo
Obstrução intestinal
Dor abdominal
Afecção gastrointestinal
Obstipação
Estomatite
Hemorragia do recto
Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneas
Síndrome de eritrodisestesia palmo-plantar
Dermatite exfoliativa
Pele seca
Descoloração da pele
Afecções musculoesqueléticas e dos tecidos conjuntivos
Fraqueza muscular
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Reacções de Grau 3-5 (NCI-CTC)
(diferença entre os braços de estudo ≥ 2% em
pelo menos um ensaio clínico)
Reacções de todos os
Graus
(diferença entre os
braços de estudo ≥ 10%
em pelo menos um
ensaio clínico)
Sistema de Classe de
Órgãos (SOC)
Muito frequentes
Frequentes
Muito frequentes
Doenças renais e urinárias
Proteinúria
Infecção do tracto urinário
Proteinúria
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Astenia
Fadiga
Dor
Letargia
Pirexia
Astenia
Dor
* Conjunto de acontecimentos tromboembólicos arteriais incluindo acidente cerebrovascular, enfarte do miocárdio, acidente isquémico transitório e outros acontecimentos tromboembólicos arteriais
Informação não ajustada relativamente à diferente duração do tratamento
Informações adicionais sobre determinadas reacções adversas medicamentosas:
Perfuração gastrointestinal (ver secção 4.4):
Avastin tem sido associado a casos graves de perfuração gastrointestinal ou fístulas (ver também a secção Fístulas).
No âmbito de ensaios clínicos a perfuração gastrointestinal foi notificada com uma incidência inferior a 1% em doentes com cancro da mama metastático ou cancro do pulmão de células não pequenas e não escamosas e em até 2,0% em doentes com cancro colorrectal metastático. Casos com consequência fatal foram notificados em aproximadamente um terço dos casos de perfuração gastrointestinal grave, o que representa entre 0,2% – 1% de todos os doentes tratados com Avastin.
A apresentação destes acontecimentos adversos variou no tipo e severidade, desde
a observação de ar por raios-X simples do abdómen, que se resolveu sem qualquer tratamento, até uma perfuração intestinal com abcesso abdominal e morte. Em alguns casos existia inflamação intra-abdominal subjacente resultante ou de doença ulcerativa gástrica, necrose tumoral, diverticulite ou de colite associada a quimioterapia.
Fístulas (ver secção 4.4):
A utilização de Avastin tem sido associada a casos graves de fístulas, incluindo acontecimentos resultando em morte.
Em ensaios clínicos, as fístulas gastrointestinais têm sido notificadas com uma incidência até 2% em doentes com cancro colorrectal metastático, mas foram também notificadas menos frequentemente em doentes com outros tipos de cancro. Em outras indicações foram observadas notificações pouco frequentes (≥ 0.1% a < 1%) de outros tipos de fístulas envolvendo áreas do corpo que não o tracto gastrointestinal (por ex.: broncopleural, urogenital e fístulas biliares). Foram também notificadas fístulas em experiência pós-comercialização.
Foram notificados acontecimentos em várias alturas durante o tratamento, desde uma semana a mais de 1 ano após o início de Avastin, com a maioria dos acontecimentos a ocorrer durante os primeiros 6 meses de terapêutica.
Cicatrização de feridas (ver secção 4.4):
Uma vez que o Avastin pode ter um impacto negativo na cicatrização de feridas, excluíram-se da participação em ensaios de fase III os doentes submetidos a grande cirurgia nos 28 dias anteriores ao início do ensaio.
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Nos ensaios clínicos no cancro metastizado do cólon ou do recto, não se observou risco aumentado de hemorragia pós-operatória ou de complicações na cicatrização de feridas em doentes submetidos a grande cirurgia 28 e 60 dias antes do início do tratamento com Avastin. Nos doentes tratados com Avastin na altura da cirurgia, observou-se incidência aumentada de casos de hemorragia pós-operatória ou complicações na cicatrização nos 60 dias após a grande cirurgia. A incidência variou entre 10% (4/40) e 20% (3/15).
No cancro da mama localmente avançado ou metastático, observaram-se complicações na cicatrização de feridas de Grau 3-5 em 1,1% dos doentes submetidos a tratamento com Avastin + paclitaxel; nos doentes a fazer paclitaxel em monoterapia não se observou qualquer caso.
Hipertensão (ver secção 4.4):
Em ensaios clínicos observou-se um aumento da incidência de hipertensão (todos os graus) de até 34% em doentes tratados com Avastin, comparativamente com uma incidência de até 14% nos doentes tratados com comparador. Em doentes tratados com Avastin, a hipertensão de Grau 3 e 4 (com necessidade de medicação anti-hipertensiva oral) variou de 3,0% a 17,9%. Em doentes tratados com Avastin e quimioterapia, a hipertensão de Grau 4 (crise hipertensiva) observou-se em até 1,0%, comparativamente com até 0,2% nos doentes tratados só com o mesmo regime de quimioterapia.
A hipertensão foi, em geral, adequadamente controlada com anti-hipertensores orais, tais como inibidores da enzima de conversão da angiotensina, diuréticos e bloqueadores dos canais de cálcio. A hipertensão raramente conduziu à descontinuação do tratamento com Avastin ou à hospitalização.
Foram notificados casos muito raros de encefalopatia hipertensiva, alguns dos quais fatais.
O risco de hipertensão associada ao Avastin não esteve relacionado com as características iniciais do doente, com doença pré-existente ou com terapêutica concomitante.
Proteinúria (ver secção 4.4):
Em ensaios clínicos foram notificados casos de proteinúria no intervalo de 0,7% a 38% dos doentes tratados com Avastin.
A proteinúria variou em gravidade, desde clinicamente assintomática, transitória e vestigial até síndrome nefrótico, embora a grande maioria dos casos de proteinúria tenha sido de Grau 1. A proteinúria de Grau 3 foi notificada numa percentagem < 3% dos doentes tratados; no entanto, em doentes tratados para o cancro de células renais avançado e/ou metastizado esta percentagem foi de até 7%. A proteinúria de Grau 4 (síndrome nefrótico) foi observada em até 1,4% dos doentes tratados. A proteinúria observada nos ensaios clínicos não esteve associada a disfunção renal e raramente exigiu a descontinuação permanente da terapêutica. Recomenda-se a análise da proteinúria antes do início da terapêutica com Avastin. Na maioria dos estudos clínicos a existência de níveis de proteínas na urina ≥ 2g /24 horas conduziu à suspensão de Avastin até à recuperação para valores < 2g/24 horas.
Hemorragia (ver secção 4.4):
Em ensaios clínicos realizados em várias indicações, a incidência global de acontecimentos hemorrágicos de Grau 3-5 do NCI-CTC variou de 0,4,0% a 5% nos doentes tratados com Avastin, comparativamente com até 2,9% dos doentes no grupo controlo de quimioterapia.
Os acontecimentos hemorrágicos observados nos estudos clínicos foram predominantemente hemorragia associada ao tumor (ver a seguir) e hemorragias mucocutâneas ligeiras (por exemplo epistaxe).
Hemorragia associada ao tumor (ver secção 4.4)
Casos de hemorragia pulmonar/hemoptise major ou maciça foram observados principalmente em estudos realizados com doentes com cancro do pulmão de células não pequenas. Os possíveis factores de risco incluem histologia celular escamosa, tratamento com medicamentos anti-reumáticos/anti-inflamatórios, tratamento com anticoagulantes, radioterapia anterior, terapêutica com Avastin, antecedentes médicos de aterosclerose, localização central do tumor e cavitação do tumor antes ou durante a terapêutica. As únicas variáveis que mostraram estar correlacionadas de uma
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forma estatisticamente significativa com hemorragia foram a terapêutica com Avastin e a histologia celular escamosa. Doentes com cancro do pulmão de células não pequenas com histologia celular do tipo escamosa ou mista conhecida com predominância de histologia celular escamosa foram excluídos de estudos de fase III subsequentes, embora tenham sido incluídos doentes com histologia tumoral desconhecida.
Em doentes com cancro do pulmão de células não pequenas, excluindo histologia com predomínio de células escamosas, observaram-se acontecimentos de todos os graus com uma frequência de até 9% quando tratados com Avastin mais quimioterapia, comparativamente com 5% nos doentes tratados só com quimioterapia. Observaram-se acontecimentos de Grau 3-5 em até 2,3% de doentes tratados com Avastin mais quimioterapia, comparativamente com < 1% em doentes só a fazer quimioterapia. Podem ocorrer repentinamente casos de hemorragia pulmonar/hemoptise major ou maciça e até dois terços dos casos de hemorragia pulmonar grave foram fatais. Hemorragias gastrointestinais incluindo hemorragia rectal e melena foram notificadas em doentes com cancro colorrectal e têm sido avaliadas como hemorragias associadas ao tumor. A hemorragia associada ao tumor foi também observada raramente em outros tipos e localizações tumorais, incluindo um caso de hemorragia do sistema nervoso central (SNS), num doente com um hepatoma e com metástases ocultas no SNS (ver secção 4.3) e um outro doente que desenvolveu hemorragia persistente de um sarcoma na coxa com necrose. No âmbito de todos os ensaios clínicos, foi observada hemorragia mucocutânea em 20% – 40% dos doentes tratados com Avastin. A maioria destes acontecimentos foi epistaxe de Grau 1, NCI-CTC, com duração inferior a 5 minutos, resolvendo-se sem qualquer intervenção médica e que não implicou alterações no regime de tratamento de Avastin. A informação clínica de segurança sugere que a incidência de hemorragia mucocutânea minor (por ex. epistaxe) pode ser dose-dependente. Também foram observados casos menos frequentes de hemorragia mucocutânea ligeira em diferentes localizações, tais como hemorragia gengival ou hemorragia vaginal. Tromboembolismo (ver secção 4.4): Tromboembolismo arterial: Observou-se um aumento da incidência de acontecimentos tromboembólicos arteriais em doentes tratados com Avastin em várias indicações, incluindo acidentes cerebrovasculares, enfarte do miocárdio, acidente isquémico transitório e outros acontecimentos tromboembólicos arteriais. Nos ensaios clínicos, a incidência global de acontecimentos tromboembólicos arteriais variou até 3.8% nos braços com Avastin, comparativamente com até 1,7% nos braços controlo com quimioterapia. Foram notificados casos com consequência fatal em 0,8% dos doentes tratados com Avastin, comparativamente com 0,5% dos doentes tratados apenas com quimioterapia. Acidentes cerebrovasculares (incluindo acidente isquémico transitório) foram notificados em até 2,3% dos doentes tratados com Avastin em associação com quimioterapia, comparativamente com 0,5% nos doentes tratados apenas com quimioterapia. Foram notificados casos de enfarte do miocárdio em 1,4% dos doentes tratados com Avastin em associação com quimioterapia comparativamente com 0,7% dos doentes tratados apenas com quimioterapia. No ensaio clínico AVF2192g, incluíram-se doentes com cancro colorrectal metastático que não eram candidatos para o tratamento com irinotecano. Neste ensaio observaram-se acontecimentos tromboembólicos arteriais em 11% (11/100) dos doentes, comparativamente a 5,8% (6/104) no grupo controlo com quimioterapia. Tromboembolismo venoso: A incidência de acontecimentos tromboembólicos venosos em ensaios clínicos foi semelhante em doentes tratados com Avastin em associação com quimioterapia, comparativamente à verificada em 11 doentes a fazer o tratamento controlo apenas com quimioterapia. Os acontecimentos tromboembólicos venosos incluem trombose venosa profunda, embolismo pulmonar e tromboflebite. Nos ensaios clínicos realizados em várias indicações, a incidência global de acontecimentos tromboembólicos venosos, variou de 2,8% a 17,3% nos doentes tratados com Avastin comparativamente com 3,2% a 15,6% nos doentes tratados nos grupos controlo. Foram notificados acontecimentos tromboembólicos venosos de Grau 3-5 até um máximo de 7,8% dos doentes tratados com quimioterapia e bevacizumab, comparativamente com um máximo de 4,9% dos doentes tratados apenas com quimioterapia. Doentes que tenham sofrido acontecimentos tromboembólicos venosos podem ter um risco superior de recorrência caso façam tratamento com Avastin em associação com quimioterapia, comparativamente a um tratamento apenas com quimioterapia. Insuficiência cardíaca congestiva (ICC) Em ensaios clínicos com Avastin, observaram-se casos de insuficiência cardíaca congestiva (ICC) em todas as indicações oncológicas estudadas até à data, mas predominantemente em doentes com cancro da mama metastático. Em dois estudos de fase III (AVF2119g e E2100) realizados em doentes com cancro da mama metastático observou-se um aumento de ICC de Grau 3 ou superior com Avastin. A ICC foi notificada até 3,5% dos doentes tratados com Avastin comparativamente com até 0,9% nos braços controlo. A maioria destes doentes apresentou melhoria dos sintomas e/ou melhoria da função ventricular esquerda no seguimento de tratamento médico adequado. Na maioria dos ensaios clínicos de Avastin, excluíram-se doentes com ICC pré-existente (New York Heart Association (NYHA) II-IV) pelo que não há informação disponível sobre o risco de ICC nesta população. O tratamento prévio com antraciclinas e /ou com radiação da parede torácica podem ser factores de risco para o desenvolvimento de ICC. Doentes idosos Em ensaios clínicos aleatorizados o tratamento de doentes com idade > 65 anos, com Avastin esteve associado a um risco aumentado de desenvolvimento de acontecimentos tromboembólicos arteriais incluindo acidentes vasculares cerebrais (AVCs), acidentes isquémicos transitórios (AITs) e enfartes do miocárdio (EMs). Outras reacções observadas com uma frequência superior em doentes com mais de 65 anos foram: leucopenia e trombocitopenia de Grau 3-4, neutropenia, diarreia, náuseas, cefaleia e fadiga de todos os graus, comparativamente com as observadas em doentes com idade ≤ 65 anos quando tratados com Avastin (ver secções 4.4 e 4.8 em Tromboembolismo).
Não foi observado um aumento da incidência de outras reacções, incluindo perfuração gastrointestinal, complicações na cicatrização de feridas, hipertensão, proteinúria, insuficiência cardíaca congestiva e hemorragia em doentes idosos (> 65 anos), comparativamente com doentes com idade ≤65 anos tratados com Avastin.
Alterações laboratoriais:
A diminuição do número de neutrófilos, diminuição do número de leucócitos e presença de proteínas na urina podem estar associados ao tratamento com Avastin.
No decurso dos ensaios clínicos ocorreram as seguintes alterações laboratoriais, de Grau 3 e 4, em doentes tratados com Avastin, com pelo menos uma diferença de 2% comparativamente aos grupos controlo correspondentes: hiperglicemia, hemoglobina diminuída, hipocaliemia, hiponatremia, diminuição do número de glóbulos brancos, índice normalizado internacional (INR) aumentado.
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Experiência pós-comercialização:
Tabela 2: Reacções adversas notificadas em ambiente pós-comercialização
Sistema de Classe de Órgãos (SOC)
Reacções (frequência*)
Doenças do sistema nervoso
Encefalopatia hipertensiva (muito raro) (ver também secção 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização, e Hipertensão na secção 4.8 Efeitos Indesejáveis).
Síndrome de Leucoencefalopatia Reversível Posterior (raro) (ver também a secção 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização).
Vasculopatias
Microangiopatia Trombótica Renal, manifestada clinicamente por proteinúria (frequência desconhecida). Para mais informação sobre proteinúria ver secção 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização, e Proteinúria na secção 4.8 Efeitos Indesejáveis.
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
Perfuração do septo nasal (desconhecida)
Hipertensão pulmonar (desconhecida)
Disfonia (frequente)
* se especificada, a frequência foi obtida a partir de dados de ensaios clínicos
4.9 Sobredosagem
A dose mais elevada testada no ser humano (20 mg/kg de peso corporal, cada 2 semanas, por via intravenosa) foi associada, em diversos doentes, a enxaqueca severa.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: Agentes antineoplásicos, anticorpo monoclonal, código ATC: L01X C07
Mecanismo de acção
O bevacizumab liga-se ao factor de crescimento do endotélio vascular (VEGF), o principal factor envolvido na vasculogénese e na angiogénese, inibindo desta forma a ligação do VEGF aos seus receptores, Flt-1 (VEGFR-1) e KDR (VEGFR-2), na superfície das células endoteliais. A neutralização da actividade biológica do VEGF regride a vascularização tumoral, normaliza a vasculatura remanescente do tumor e inibe a formação de novos vasos, inibindo assim o crescimento tumoral.
Efeitos farmacodinâmicos
A administração de bevacizumab ou do seu anticorpo murino homólogo, a modelos de xenotransplante de cancro, no ratinho nu, resultou numa intensa actividade antitumoral contra cancros humanos, incluindo os do cólon, mama, pâncreas e próstata. A progressão das metástases foi inibida e a permeabilidade microvascular foi reduzida.
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Eficácia clínica
Carcinoma metastizado do cólon ou recto
Estudou-se a segurança e a eficácia da dose recomendada (5 mg/kg de peso corporal, de duas em duas semanas) no carcinoma metastizado do cólon ou do recto em três ensaios clínicos aleatorizados, controlados por substância activa, em associação com quimioterapia de primeira linha contendo fluoropirimidinas. O Avastin foi associado com 2 regimes de quimioterapia:
• AVF2107g: Um esquema de administração semanal de irinotecano/bólus de
5-fluorouracilo/ácido folínico (IFL) durante um total de 4 semanas, de cada ciclo de 6 semanas
(regime de Saltz).
• AVF0780g: Em associação com bólus de 5-fluorouracilo/ácido folínico (5-FU/AF) durante um
total de 6 semanas de cada ciclo de 8 semanas (regime de Roswell Park).
• AVF2192g: Em associação com bólus de 5-fluorouracilo/ ácido folínico (5-FU/AF) durante um
total de 6 semanas, de cada ciclo de 8 semanas (regime de Roswell Park), em doentes que não
eram candidatos ideais para o tratamento de primeira linha com irinotecano.
Realizaram-se dois estudos adicionais em primeira (NO16966) e segunda linhas (E3200) de tratamento do carcinoma metastizado do cólon ou do recto, em que Avastin foi administrado nas seguintes posologias, em associação com FOLFOX-4 (5FU/LV/Oxaliplatina) e XELOX (Capecitabina/Oxaliplatina):
• NO16966: Avastin 7,5 mg/kg de peso corporal de 3 em 3 semanas em associação com capecitabina por via oral e oxaliplatina por via intravenosa (XELOX) ou Avastin 5 mg/kg de 2 em 2 semanas em associação com folinato de cálcio e 5-fluorouracilo em bólus, seguido de perfusão de 5-fluorouracilo com oxaliplatina por via intravenosa (FOLFOX-4).
• E3200: Avastin 10 mg/kg de peso corporal de 2 em 2 semanas em associação com folinato de cálcio e 5-fluorouracilo em bólus, seguido de perfusão de 5-fluorouracilo com oxaliplatina por via intravenosa (FOLFOX-4).
AVF2107g: Tratou-se de um ensaio clínico de fase III, aleatorizado, com dupla ocultação, controlado por substância activa, para avaliar o Avastin em associação com IFL como tratamento de primeira linha do carcinoma metastizado do cólon ou do recto. Foram aleatorizados 813 doentes para tratamento com IFL + placebo (braço 1) ou com IFL + Avastin (5 mg/kg de 2 em 2 semanas, braço 2). Um terceiro grupo de 110 doentes recebeu bólus de 5-FU/AF + Avastin (braço 3). A inclusão de doentes no braço 3 foi interrompida, tal como previamente especificado, logo que foi estabelecida e considerada aceitável, a segurança do Avastin em associação com IFL. Todos os tratamentos prosseguiram até se registar progressão da doença. A idade média dos doentes foi de 59,4 anos; 56,6% dos doentes apresentava uma performance status ECOG de 0, 43% tinha um valor de 1 e 0,4% um valor de 2. 15,5% dos doentes tinham sido previamente submetidos a radioterapia e 28,4% a quimioterapia.
Neste ensaio, a principal variável de eficácia foi a sobrevivência global. A adição de Avastin a IFL resultou em aumentos estatisticamente significativos da sobrevivência global, sobrevivência livre de progressão e taxa de resposta global (ver a Tabela 3). O benefício clínico do Avastin, determinado pela sobrevivência global, foi observado em todos os subgrupos pré-especificados de doentes, incluindo os definidos pela idade, sexo, performance status, localização do tumor primário, número de órgãos envolvidos e duração da doença metastizada.
Os resultados de eficácia do Avastin em associação com quimioterapia com IFL são apresentados na Tabela 3.
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Tabela 3 Resultados de eficácia obtidos no estudo AVF2107g
AVF2107g
Braço 1
IFL + Placebo
Braço 2
IFL + Avastina
Número de doentes
411
402
Sobrevivência global
Mediana (meses)
15,6
20,3
Intervalo de confiança 95%
14,29 – 16,99
18,46 – 24,18
Hazard Ratio b
0,660
(valor de p = 0,00004)
Sobrevivência livre de progressão
Mediana (meses)
6,2
10,6
Hazard Ratio
0,54
(valor de p < 0,0001)
Taxa de resposta global
Taxa (%)
34,8
44,8
(valor de p = 0,0036)
a 5 mg/kg de 2 em 2 semanas
b Relativamente ao braço de controlo
Entre os 110 doentes aleatorizados para o Braço 3 (5-FU/AF + Avastin), antes da descontinuação deste braço de tratamento, a sobrevivência global mediana foi de 18,3 meses e a mediana da sobrevivência livre de progressão foi de 8,8 meses,.
AVF2192g: Tratou-se de um ensaio clínico aleatorizado de fase II, com dupla ocultação, controlado por substância activa, para avaliar a eficácia e segurança do Avastin em associação com 5-FU/AF como tratamento de primeira linha do cancro colorrectal metastizado em doentes que não eram candidatos ideais ao tratamento de primeira linha com irinotecano. Foram aleatorizados 105 doentes para o braço 5-FU/AF + placebo e 104 doentes para o braço 5-FU/AF + Avastin (5 mg/kg de 2 em 2 semanas). Todos os tratamentos prosseguiram até progressão da doença. A adição de 5 mg/kg de Avastin, de 2 em 2 semanas, ao 5-FU/AF resultou em taxas de resposta objectiva mais elevadas, uma sobrevivência livre de progressão significativamente mais longa e uma tendência para uma sobrevivência global mais longa, comparativamente com as obtidas com a quimioterapia apenas com 5-FU/AF.
AVF0780g: Tratou-se de um ensaio clínico de fase II aleatorizado, controlado por substância activa, aberto, destinado a investigar o Avastin em associação com o 5-FU/AF como tratamento de primeira linha do cancro colorrectal metastizado. A idade média foi de 64 anos. 19% dos doentes tinham sido tratados previamente com quimioterapia e 14% com radioterapia. Setenta e um doentes foram aleatorizados para tratamento com 5-FU/AF em bólus ou 5-FU/AF + Avastin (5 mg/kg de 2 em 2 semanas). Um terceiro grupo de 33 doentes recebeu bólus de 5-FU/AF + Avastin (10 mg/kg de 2 em 2 semanas). Os doentes foram tratados até progressão da doença. Os objectivos primários do ensaio foram a taxa de resposta objectiva e a sobrevivência livre de progressão. A adição de 5 mg/kg de Avastin, de 2 em 2 semanas, a 5-FU/AF resultou numa maior taxa de resposta objectiva, numa maior sobrevivência livre de progressão e numa tendência para uma sobrevivência mais prolongada, comparativamente com o observado com quimioterapia apenas com 5-FU/AF (ver a Tabela 4). Estes resultados de eficácia são consistentes com os resultados obtidos no estudo AVF2107g.
Na Tabela 4 indicam-se, em resumo, os resultados de eficácia obtidos nos estudos AVF0780g e AVF2192g destinados a estudar o Avastin em associação com a quimioterapia com 5-FU/AF.
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Tabela 4: Resultados de eficácia obtidos nos estudos AVF0780g e AVF2192g
AVF0780g
AVF2192g
5-FU/AF
5-FU/AF + Avastina
5-FU/AF + Avastinb
5-FU/AF + placebo
5-FU/AF + Avastin
Número de doentes
36
35
33
105
104
Sobrevivência global
Mediana (meses)
13,6
17,7
15,2
12,9
16,6
Intervalo de confiança 95%
10,35 – 16,95
13,63 – 19,32
Hazard Ratio c

0,52
1,01
0,79
Valor de p
0,073
0,978
0,16
Sobrevivência livre de progressão
Mediana (meses)
5,2
9,0
7,2
5,5
9,2
Hazard Ratio
0,44
0,69
0,5
Valor de p

0,0049
0,217
0,0002
Taxa de resposta global
Taxa (percentagem)
16,7
40,0
24,2
15,2
26
IC 95%
7,0 − 33,5
24,4 − 57,8
11,7 – 42,6
9,2 – 23,9
18,1 – 35,6
Valor de p
0,029
0,43
0,055
Duração da resposta
Mediana (meses)
NR
9,3
5,0
6,8
9,2
Percentil 25–75 (meses)
5,5 – NR
6,1 – NR
3,8 – 7,8
5,59 – 9,17
5,88 – 13,01
a 5 mg/kg de 2 em 2 semanas
b 10 mg/kg de 2 em 2 semanas
c Relativamente ao braço de controlo
NR = Não atingida
NO16966
Este foi um ensaio clínico de fase III, aleatorizado, em dupla ocultação (para bevacizumab), para investigação de Avastin 7,5 mg/kg em associação com capecitabina por via oral e oxaliplatina por via intravenosa (XELOX), administrado de 3 em 3 semanas; ou Avastin 5 mg/kg em associação com folinato de cálcio e 5-fluorouracilo em bólus, seguido de perfusão de 5-fluorouracilo com oxaliplatina por via intravenosa (FOLFOX-4) administrado de 2 em 2 semanas. O estudo conteve duas partes: uma parte inicial, sem ocultação, com 2 braços (Parte I), em que os doentes foram aleatorizados para dois grupos de tratamento diferentes (XELOX e FOLFOX-4) e uma parte subsequente com 4 braços (Parte II) factorial 2 x 2, em que os doentes foram aleatorizados para quatro grupos de tratamento (XELOX + placebo, FOLFOX-4 + placebo, XELOX + Avastin, FOLFOX-4 + Avastin). Na parte II, a determinação do tratamento foi em dupla ocultação relativamente a Avastin.
Foram aleatorizados aproximadamente 350 doentes para cada um dos 4 braços do estudo na Parte II do ensaio.
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Tabela 5 Regimes de tratamento no Estudo N016966 (Carcinoma metastizado do cólon ou do recto)
Tratamento
Dose Inicial
Regime posológico
Oxaliplatina
85 mg/m2 IV 2 h
Folinato de cálcio
200 mg/m2 IV 2 h
5-Fluorouracilo
400 mg/m2 IV bólus, 600 mg/m2 IV 22 h
Oxaliplatina no Dia 1
Folinato de cálcio no Dia 1 e 2
5-fluorouracilo IV bólus/perfusão, cada nos Dias 1 e 2
FOLFOX-4
ou
FOLFOX-4 + Avastin
Placebo ou Avastin
5 mg/kg IV 30-90 min
Dia 1, antes de FOLFOX-4, de 2 em 2 semanas
Oxaliplatina
130 mg/m2 IV 2 h
Capecitabina
1000 mg/m2 oral duas vezes/dia
Oxaliplatina no Dia 1
Capecitabina oral duas vezes/dia durante 2 semanas (seguido de 1 semana sem tratamento)
XELOX
ou
XELOX + Avastin
Placebo ou Avastin
7,5 mg/kg IV 30-90 min
Dia 1, antes de XELOX, de 3 em 3 semanas
5-Fluorouracilo: Injecção em bólus intravenoso imediatamente após o folinato de cálcio
O parâmetro primário de eficácia do ensaio foi a duração da sobrevivência livre de progressão. Neste estudo houve dois objectivos primários: demonstrar que XELOX não era inferior a FOLFOX-4 e demonstrar também que Avastin em associação com quimioterapia, FOLFOX-4 ou XELOX, era superior à quimioterapia isolada. Ambos os objectivos primários foram atingidos:
i) Globalmente foi demonstrada não inferioridade nos braços com XELOX comparativamente aos braços com FOLFOX-4, em termos de sobrevivência livre de progressão e sobrevivência global na população eligível de acordo com o protocolo.
ii) A superioridade nos braços contendo Avastin versus os braços apenas com quimioterapia foi demonstrada na comparação global em termos de sobrevivência livre de progressão na população ITT (Tabela 6).
A análise secundária da sobrevivência livre de progressão (PFS), baseadas nas avaliações de resposta durante o tratamento, confirmou o benefício clínico significativamente superior nos doentes tratados com Avastin (análise demonstrada na Tabela 6), consistente com o benefício estatisticamente significativo observado no grupo de análises efectuadas.
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Tabela 6 Principais resultados de eficácia na análise de superioridade (população ITT, Estudo NO16966)
Endpoint (meses)
FOLFOX-4 ou XELOX
+ Placebo
(n=701)
FOLFOX-4 ou XELOX
+ Bevacizumab (n=699)
Valor de p
Objectivo primário
PFS mediana**
8,0
9,4
0,0023
Hazard Ratio (IC 97,5%) a
0,83 (0,72–0,95)
Objectivos secundários
PFS mediana (em tratamento)**
7,9
10,4
<0,0001
Hazard Ratio (IC 97,5%)
0,63 (0,52-0,75)
Taxa de resposta global (Avaliação do Invest.)**
49,2%
46,5%
Sobrevivência global mediana*
19,9
21,2
0,0769
Hazard Ratio (IC 97,5%)
0,89 (0,76-1,03)
* Análise de sobrevivência global ao cut-off clínico de 31 Janeiro 2007
** Análise primária ao cut-off clínico de 31 Janeiro 2006
a Relativamente ao braço de controlo
No subgrupo de tratamento com FOLFOX, a PFS mediana foi de 8,6 meses nos doentes a receber placebo e de 9,4 meses nos doentes tratados com bevacizumab, Hazard Ratio (HR) = 0,89, IC 97,5% = [0,73 ; 1,08]; valor de p = 0,1871; os resultados correspondentes no subgrupo de tratamento com XELOX foram de 7,4 vs. 9,3 meses, HR = 0,77, IC 97,5% = [0,63 ; 0,94]; valor de p = 0,0026.
No subgrupo de tratamento com FOLFOX, a mediana da sobrevivência global foi de 20,3 meses nos doentes a receber placebo e de 21,2 meses nos doentes tratados com bevacizumab, HR = 0,94, IC 97,5% = [0,75 ; 1,16]; valor de p = 0,4937; os resultados correspondentes no subgrupo de tratamento com XELOX foram de 19,2 vs. 21,4 meses, HR = 0,84, IC 97,5% = [0,68 ; 1,04]; valor de p = 0,0698.
ECOG E3200
Este foi um estudo de fase III, aleatorizado, controlado por substância activa, aberto, para investigação de Avastin 10 mg/kg em associação com folinato de cálcio e 5-fluorouracilo em bólus, seguido de perfusão de 5-fluorouracilo com oxaliplatina por via intravenosa (FOLFOX-4), administrado cada 2 semanas em doentes previamente tratados (segunda linha) com cancro do cólon ou do recto avançado. Nos braços com quimioterapia, o regime de FOLFOX-4 utilizou as mesmas doses e posologia referidas na Tabela 5 para o Estudo NO16966.
O parâmetro primário de eficácia do ensaio foi a sobrevivência global, definida como o tempo desde a aleatorização à morte por qualquer causa. Foram aleatorizados 829 doentes (292 FOLFOX-4, 293 Avastin + FOLFOX-4 e 244 para Avastin em monoterapia). A adição de Avastin a FOLFOX-4 resultou num aumento estatisticamente significativo da sobrevivência. Observaram-se também melhorias estatisticamente significativas na sobrevivência livre de progressão e na taxa de resposta objectiva (ver Tabela 7).
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Tabela 7 Resultados de eficácia obtidos no Estudo E3200
E3200
FOLFOX-4
FOLFOX-4 + Avastina
Número de Doentes
292
293
Sobrevivência Global
Mediana (meses)
10,8
13,0
Intervalo de confiança de 95%
10,12 – 11,86
12,09 – 14,03
Hazard Ratiob
0,751
(valor de p = 0,0012)
Sobrevivência Livre de Progressão
Mediana (meses)
4,5
7,5
Hazard Ratio
0,518
(valor de p < 0,0001)
Taxa de Resposta Objectiva
Taxa
8,6%
22,2%
(valor de p < 0,0001)
a 10 mg/kg de 2 em 2 semanas
b Relativamente ao braço de controlo
Não foi observada diferença significativa na duração da sobrevivência global entre doentes que receberam Avastin em monoterapia comparativamente a doentes tratados com FOLFOX-4. A sobrevivência livre de progressão e a taxa de resposta objectiva foram inferiores no braço com Avastin em monoterapia comparativamente ao braço com FOLFOX-4.
O benefício de re-tratamento com Avastin em doentes com cancro do cólon ou do recto metastizado anteriormente expostos a Avastin em tratamentos prévios, não foi avaliado em ensaios clínicos aleatorizados.
Cancro da mama metastático
O estudo E2100 foi um ensaio clínico aberto, aleatorizado, controlado por comparador activo, multicêntrico, para avaliar o Avastin em associação com paclitaxel no cancro da mama localmente avançado ou metastático em doentes não anteriormente tratados com quimioterapia para a doença metastática ou localmente avançada. Os doentes foram aleatoriamente distribuídos para o braço de tratamento com paclitaxel sozinho (90 mg/m2 IV durante 1 hora, uma vez por semana, durante três semanas em cada quatro) ou no braço em associação com Avastin (10 mg/kg IV por perfusão, administrado de duas em duas semanas). Foi permitida terapêutica hormonal anterior, para tratamento da doença metastática. A terapêutica adjuvante com taxanos foi permitida apenas nos casos em que tivesse sido concluída, pelo menos, 12 meses antes do doente entrar para o estudo. Dos 722 doentes do estudo, a maioria (90%) apresentava doença HER-2 negativa e um número pequeno de doentes tinha status HER-2 desconhecido (8%) ou positivo confirmado (2%). Neste pequeno número doentes, incluíam-se doentes anteriormente tratados com trastuzumab e doentes para os quais este tratamento não foi considerado adequado. Adicionalmente, 65% dos doentes tinham sido anteriormente submetidos a quimioterapia adjuvante, incluindo taxanos (19%) e antraciclinas (49%). Foram excluídos doentes com metástases do sistema nervoso central, incluindo doentes com lesões cerebrais anteriormente tratadas ou sujeitas a ressecção.
No estudo E2100, os doentes foram tratados até progressão de doença. Em situações em que a descontinuação precoce da quimioterapia era necessária, o tratamento com Avastin em monoterapia manteve-se até progressão de doença. As características dos doentes eram semelhantes nos braços do
19
estudo. O objectivo primário deste ensaio clínico era a sobrevivência livre de progressão, baseada na avaliação, pelo investigador, da progressão de doença. Adicionalmente, foi também efectuada uma revisão independente do objectivo primário. Os resultados deste estudo são apresentados na tabela 8.
Tabela 8 Resultados de eficácia do estudo E2100:
Sobrevivência livre de progressão
Avaliação do Investigator*
Avaliação Independente
Paclitaxel
(n=354)
Paclitaxel/Avastin
(n=368)
Paclitaxel
(n=354)
Paclitaxel/Avastin
(n=368)
PFS Mediana (meses)
5,8
11,4
5,8
11,3
HR
(IC 95%)
0,421
(0,343 ; 0,516)
0,483
(0,385 ; 0,607)
Valor de p
<0,0001
<0,0001
Taxas de Resposta (em doentes com doença mensurável)
Avaliação do Investigator
Avaliação Independente
Paclitaxel
(n=243)
Paclitaxel/Avastin
(n=229)
Paclitaxel
(n=243)
Paclitaxel/Avastin
(n=229)
% doentes com resposta objectiva
23,4
48,0
22,2
49,8
Valor de p
<0,0001
<0,0001
* análise primária
Sobrevivência global
Paclitaxel
(n=354)
Paclitaxel/Avastin
(n=368)
OS Mediana (meses)
24,8
26,5
HR
(IC 95%)
0,869
(0,722 ; 1,046)
Valor de p
0,1374
O benefício clínico do Avastin, medido pela sobrevivência livre de progressão, foi observado em todos os subgrupos testados pré-especificados (incluindo intervalo livre de doença, número de locais metastáticos, tratamento anterior com quimioterapia adjuvante e status do receptor de estrogénio).
Cancro do pulmão de células não pequenas
A segurança e eficácia de Avastin em associação a quimioterapia com base em platinos, no tratamento em primeira linha de doentes com cancro do pulmão de células não pequenas não escamosas, foram estudadas nos estudos E4599 e BO17704. No estudo E4599 foi demonstrado um benefício em termos de sobrevivência global com uma dose de bevacizumab de 15 mg/kg, administrada cada 3 semanas. O estudo BO17704 demonstrou o aumento da sobrevivência livre de progressão e da taxa de resposta com ambas as doses de bevacizumab, 7,5 mg/kg, administrada cada 3 semanas e 15 mg/kg, administrada cada 3 semanas. Devido à curta duração do período de seguimento (follow-up) do estudo BO17704, não é possível retirar conclusões sobre o benefício na sobrevivência global.
O estudo E4599 foi um estudo aberto, aleatorizado, controlado activamente, multicêntrico para avaliação de Avastin no tratamento de primeira linha de doentes com cancro do pulmão de células não pequenas localmente avançado (estádio IIIb com derrame pleural maligno), metastático ou recidivante, excluindo histologia com predomínio de células escamosas.
Os doentes foram aleatoriamente distribuídos para o braço de quimioterapia à base de platinos (200 mg/m2 de paclitaxel e carboplatina AUC = 6,0; ambos administrados por perfusão IV) (PC), administrada no dia 1 de cada ciclo de 3 semanas até um total de 6 ciclos ou para o braço com PC em associação com Avastin na dose de 15 mg/kg, administrado por perfusão IV, no dia 1 de cada ciclo de
20
3 semanas. Após a conclusão dos seis ciclos de quimioterapia com carboplatina – paclitaxel ou após descontinuação prematura da quimioterapia, os doentes no braço de Avastin + carboplatina-paclitaxel continuaram a receber Avastin em monoterapia cada 3 semanas até progressão da doença. Foram randomizados para os dois braços de tratamento 878 doentes.
Durante o estudo, dos doentes que receberam medicação de ensaio, 32,2% (136/422) receberam 7-12 administrações de Avastin e 21,1% (89/422) receberam 13 ou mais administrações de Avastin.
O endpoint primário foi a duração da sobrevivência. Os resultados são apresentados na Tabela 9.
Tabela 9 Resultados de eficácia do estudo E4599
Braço 1
Carboplatina/
Paclitaxel
Braço 2
Carboplatina/ Paclitaxel + Avastin 15 mg/kg cada 3 semanas
Número de doentes
444
434
Sobrevivência Global
Mediana (meses)
10,3
12,3
Hazard Ratio
0,80 (p=0,003)
IC 95% (0,69; 0,93)
Sobrevivência Livre de Progressão
Mediana (meses)
4,8
6,4
Hazard Ratio
0,65 (p< 0,0001)
IC 95% (0,56; 0,76)
Taxa de Resposta Global
Taxa (percentagem)
12,9
29,0 (p< 0,0001)
Numa análise explanatória, a magnitude do benefício de Avastin na sobrevivência global foi menos pronunciada no subgrupo de doentes que não apresentava histologia de adenocarcinoma.
O estudo BO17704 foi um estudo de fase III, aleatorizado, duplamente cego, com Avastin em associação a cisplatina e gemcitabina versus placebo, cisplatina e gemcitabina, em doentes com cancro do pulmão de células não pequenas não escamosas, localmente avançado (estádio IIIb com metástases no gânglio linfático supraclavicular ou com derrame pleural ou pericárdico maligno), metastático ou recidivante, que não foram previamente tratados com quimioterapia. O endpoint primário foi a sobrevivência livre de progressão (PFS).
Os doentes foram aleatoriamente distribuídos para o braço de quimioterapia à base de platinos, cisplatina 80 mg/m2, administrada por perfusão IV no dia 1 e 1250 mg/m2 de gemcitabina, administrada por perfusão IV, nos dias 1 e 8 de cada ciclo de 3 semanas até um total de 6 ciclos (CG) com placebo ou para o braço de CG com Avastin na dose de 7,5 mg/kg ou 15 mg/kg, administrado por perfusão IV, no dia 1 de cada ciclo de 3 semanas. Nos braços contendo Avastin, os doentes podiam receber Avastin em monoterapia cada 3 semanas até progressão de doença ou toxicidade inaceitável. Os resultados do estudo mostram que 94% (277/296) dos doentes elegíveis continuaram a receber bevacizumab em monoterapia no ciclo 7.
Os resultados de eficácia são apresentados na Tabela 10.
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Tabela 10 Resultados de eficácia do estudo BO17704
Cisplatina/Gemcitabina + placebo
Cisplatina/Gemcitabina + Avastin 7,5 mg/kg cada 3 semanas
Cisplatina/Gemcitabina+ Avastin 15 mg/kg cada 3 semanas
Número de doentes
347
345
351
Sobrevivência livre de progressão
Mediana (meses)
6,1
6,7
(p= 0,0026)
6,5
(p=0,0301)
Hazard Ratio
0,75
[0,62; 0,91]
0,82
[0,68;0,98]
Melhor Taxa de resposta global a
20,1%
34,1%
(p< 0,0001)
30,4%
(p=0,0023)
a doentes com doença mensurável na baseline
Cancro de células renais avançado e/ou metastizado
Avastin em associação com Interferão alfa-2a no tratamento de primeira linha do cancro de células renais avançado e/ou metastizado (BO17705)
Este foi um ensaio de fase III, aleatorizado, com dupla ocultação, para avaliar a eficácia e a segurança de Avastin em associação com interferão (IFN) alfa-2a (Roferon®), versus IFN alfa-2a em monoterapia, no tratamento de primeira linha do cancro de células renais avançado e/ou metastizado. Os 649 doentes aleatorizados (641 tratados) apresentavam um Karnofsky Performance Status (KPS) ≥70%, não tinham metástases no SNC nem alterações funcionais dos órgãos. Os doentes foram nefrectomizados para carcinoma primário de células renais. Foi administrado Avastin 10 mg/Kg a cada 2 semanas até à progressão de doença. O INF alfa-2a foi administrado até às 52 semanas ou até à progressão de doença, numa dose inicial recomendada de 9 MUI, três vezes por semana, sendo permitida a redução de dose, em duas etapas, para 3 MUI três vezes por semana. Os doentes foram estratificados de acordo com o país e a pontuação Motzer, e os braços de tratamento demonstraram estar bem equilibrados em relação aos factores de prognóstico. À data de cut-off tinham ocorrido 505 casos de progressão, 111 doentes permaneciam em tratamento, 287 tinham descontinuado (as descontinuações da terapêutica do estudo devido a acontecimentos adversos foi de 12% com IFN alfa-2a versus 28% com IFN alfa-2a + Avastin) e 251 tinham morrido. Noventa e sete (97) doentes no braço de tratamento com IFN alfa-2a e 131 doentes no braço de tratamento com Avastin reduziram a dose de IFN alfa-2a de 9 MUI para 6 ou 3 MUI, três vezes por semana, tal como pré-especificado no protocolo. A redução de dose de IFN alfa-2a não pareceu afectar a eficácia da associação de Avastin e IFN alfa-2a, baseada nas taxas livres do evento PFS ao longo do tempo, tal como demonstrado numa análise de subgrupo. Os 131 doentes no braço de tratamento Avastin + IFN alfa-2a, que reduziram e mantiveram a dose de IFN alfa-2a de 6 ou 3 MUI durante o estudo, demonstraram aos 6, 12 e 18 meses taxas livres do evento PFS de 73, 52 e 21%, respectivamente, quando comparado com 61, 43 e 17% na população total de doentes tratados com Avastin + IFN alfa-2a. A adição de Avastin ao IFN alfa-2a aumentou significativamente a PFS e a taxa de resposta objectiva do tumor (Tabela 11). Aquando da análise interina, os dados sobre a sobrevivência global não eram definitivos.
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Tabela 11 Resultados de eficácia do estudo BO17705
BO17705
Placebo + IFNa
Bvb + IFNa
Número de doentes
322
327
Sobrevivência Livre de Progressão
Mediana (meses)
5,4
10,2
Hazard Ratio
IC 95%
0,63
0,52; 0,75
(valor de p < 0,0001)
Taxa de Resposta Objectiva (%) em doentes com doença mensurável
n
289
306
Taxa de resposta
12,8%
31,4%
(valor de p < 0,0001)
a Interferão alfa-2a, 9 MUI 3x/semana
b Bevacizumab 10 mg/kg cada 2 semanas
AVF2938
Este foi um estudo clínico de fase II, aleatorizado, com dupla ocultação, para investigação de Avastin 10 mg/kg, administrado cada 2 semanas, com a mesma dose de Avastin em associação com 150 mg por dia de erlotinib, em doentes com cancro renal de células claras metastizado. Neste estudo, um total de 104 doentes foi aleatorizado para tratamento, 53 para o braço de Avastin 10 mg/kg cada 2 semanas e placebo, e 51 para o braço de Avastin 10 mg/kg cada 2 semanas e erlotinib 150 mg por dia. A análise do objectivo primário mostrou não haver diferença entre os braços de Avastin + placebo e Avastin + erlotinib (mediana da PFS de 8,5 versus 9,9 meses). Sete doentes em cada braço apresentaram resposta objectiva. A adição de erlotinib ao bevacizumab não resultou na melhoria da Sobrevivência Global (Hazard Ratio = 1,764; p = 0,1789), duração da resposta objectiva (6,7 versus 9,1 meses) ou tempo até à progressão de sintomas (Hazard Ratio = 1,172; p = 0,5076).
AVF0890
Este foi um estudo clínico de fase II, aleatorizado, para comparação da eficácia e segurança de bevacizumab versus placebo. Um total de 116 doentes foi aleatorizado para tratamento com 3 mg/kg de bevacizumab cada 2 semanas (n=39), 10 mg/kg cada 2 semanas (n=37) ou placebo (n=40). Uma análise interina demonstrou um prolongamento significativo do tempo até à progressão da doença no grupo a receber 10 mg/kg comparativamente ao grupo placebo (Hazard Ratio de 2,55; p < 0,001). Houve uma pequena diferença, de significância marginal, entre o tempo até à progressão da doença no grupo tratado com 3 mg/kg e no grupo placebo (Hazard Ratio = 1,26; p = 0,053). Quatro doentes tiveram resposta objectiva (parcial) e todos tinham recebido a dose de 10 mg/kg de bevacizumab; a taxa de resposta global (ORR) da dose de 10 mg/kg foi de 10%.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Os dados farmacocinéticos do bevacizumab foram obtidos em oito ensaios clínicos realizados em doentes com tumores sólidos. Em todos os ensaios clínicos, o bevacizumab foi administrado sob a forma de perfusão intravenosa. A velocidade de perfusão foi determinada pela tolerabilidade tendo a perfusão inicial durado 90 minutos. A farmacocinética do bevacizumab revelou ser linear para doses entre 1 e 10 mg/kg.
Absorção
Não aplicável.
23
Distribuição
Com base numa análise da farmacocinética populacional de 491 indivíduos tratados com Avastin 1 vez por semana, de 2 em 2 semanas ou de 3 em 3 semanas, com doses entre 1 e 20 mg/kg, o volume do compartimento central (Vc) foi de 2,92 l. Os resultados indicaram também que, após correcção para o peso corporal, os indivíduos do sexo masculino tinham um Vc maior (+ 22%) do que os do sexo feminino.
Metabolismo
A avaliação do metabolismo do bevacizumab em coelhos, após administração de uma dose única intravenosa de 125I-bevacizumab, indicou que o perfil metabólico era similar ao esperado para uma molécula de IgG nativa que não se ligue ao VEGF. O metabolismo e a eliminação do bevacizumab é semelhante ao da IgG endógena, isto é, primariamente catabolismo via proteolítica em todo o organismo, incluindo células endoteliais, e não assenta primariamente na eliminação através dos rins ou do fígado. A ligação da IgG ao receptor FcRN resulta na protecção do metabolismo celular e na semi-vida terminal longa.
Eliminação
A depuração do bevacizumab foi de 0,231 l/dia. O volume do compartimento central (Vc) e a depuração correspondem a uma semi-vida inicial de 1,4 dias e a uma semi-vida terminal de cerca de 20 dias. Esta semi-vida é consistente com a semi-vida de eliminação terminal da IgG endógena humana, que é de 18 a 23 dias. Em doentes com valor baixo de albumina (≤29g/l) e valor elevado de fosfatase alcalina (≥484U/l) (ambos marcadores da severidade da doença), a depuração foi aproximadamente 20% mais elevada do que em doentes com valores laboratoriais normais.
Farmacocinética em populações especiais
Os parâmetros farmacocinéticos populacionais foram analisados de forma a avaliar os efeitos das características demográficas. Os resultados mostraram não haver diferenças significativas na farmacocinética do bevacizumab relativamente à idade.
Crianças e adolescentes: A farmacocinética do bevacizumab foi estudada num número limitado de doentes pediátricos. Os dados farmacocinéticos resultantes sugerem que o volume de distribuição e a depuração do bevacizumab foram comparáveis aos dos adultos com tumores sólidos.
Compromisso renal: Não se realizaram estudos para determinar a farmacocinética do bevacizumab em doentes com compromisso renal, uma vez que os rins não são um órgão principal para metabolização ou eliminação do bevacizumab.
Compromisso hepático: Não se realizaram estudos para determinar a farmacocinética do bevacizumab em doentes com compromisso hepático, uma vez que o fígado não é um órgão principal para metabolização ou eliminação do bevacizumab.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Em estudos com duração até 26 semanas, realizados no macaco cynomolgus, observou-se displasia fiseal em animais jovens, com cartilagens epifisárias não encerradas, para concentrações séricas médias de bevacizumab inferiores ao valor médio das concentrações séricas terapêuticas no ser humano. No coelho, o bevacizumab revelou inibir a cicatrização de feridas com doses inferiores à dose clínica proposta. Os efeitos na cicatrização das feridas revelaram ser completamente reversíveis.
Não se realizaram estudos de avaliação do potencial mutagénico e carcinogénico do bevacizumab.
Não se realizaram estudos específicos em animais para avaliação do efeito na fertilidade. No entanto, podem ser esperados efeitos adversos na fertilidade feminina uma vez que os estudos de toxicidade por dose repetida, realizados em animais, mostraram a inibição da maturação dos folículos do ovário e uma diminuição/ausência de corpos lúteos, com a correspondente diminuição do peso dos ovários e útero, bem como da diminuição no número de ciclos menstruais.
24
O bevacizumab mostrou ser embriotóxico e teratogénico quando administrado em coelhos. Os efeitos observados incluíram diminuição do peso corporal materno e fetal, aumento do número de reabsorções fetais e aumento da incidência de malformações fetais específicas, macroscópicas e a nível do esqueleto. Observaram-se efeitos adversos nos fetos com qualquer uma das doses testadas. A dose mais baixa testada resultou num valor médio das concentrações séricas aproximadamente 3 vezes maior do que o observado em indivíduos tratados com 5 mg/kg de 2 em 2 semanas.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Trealose di-hidratada
Fosfato de sódio
Polissorbato 20
Água para preparações injectáveis
6.2 Incompatibilidades
Observou-se um perfil de degradação do bevacizumab, dependente da concentração, quando este foi diluído com soluções de glucose (5%).
6.3 Prazo de validade
2 anos
A estabilidade química e física durante a utilização foi demonstrada durante 48 horas a 2°C-30°C em solução injectável de cloreto de sódio 0,9%. Do ponto de vista microbiológico, o produto deve ser utilizado imediatamente. Se não for utilizado imediatamente, a duração e as condições de armazenagem após a preparação são da responsabilidade do utilizador, não devendo ser superiores a 24 horas a 2°C-8°C, excepto se a diluição ocorrer em condições de assepsia, controladas e validadas.
6.4 Precauções especiais de conservação
Conservar no frigorífico (2°C-8°C)
Não congelar.
Manter o frasco para injectáveis dentro da embalagem exterior para proteger da luz.
Condições de conservação do medicamento diluído, ver secção 6.3.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Frasco para injectáveis para uso único (vidro Tipo I) com tampa de borracha butílica, contendo 100 mg de bevacizumab em 4 ml de concentrado para solução para perfusão
Frasco para injectáveis para uso único (vidro Tipo I) com tampa de borracha butílica, contendo 400 mg de bevacizumab em 16 ml de concentrado para solução para perfusão
Embalagens de 1 frasco para injectáveis contendo 4 ml.
Embalagens de 1 frasco para injectáveis contendo 16 ml.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Avastin não contém qualquer conservante antimicrobiano, pelo que se deve ter cuidado em assegurar a esterilidade da solução preparada.
25
Avastin deve ser preparado por um profissional de saúde, por meio de técnica asséptica. Retirar a quantidade necessária de bevacizumab e diluir até ao volume de administração necessário com solução injectável de cloreto de sódio 0,9%. A concentração final da solução de bevacizumab deve ser mantida dentro do intervalo 1,4-16,5 mg/ml.
Rejeitar qualquer porção não utilizada deixada no frasco para injectáveis uma vez que o produto não contém conservantes. Antes da administração, os medicamentos para administração parentérica devem ser inspeccionados visualmente quanto à presença de partículas ou coloração.
Não foram observadas incompatibilidades entre Avastin e sacos ou dispositivos de perfusão de cloreto de polivinilo ou poliolefine.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Roche Registration Limited
6 Falcon Way
Shire Park
Welwyn Garden City
AL7 1TW
Reino Unido
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/04/300/001 – frasco para injectáveis de 100 mg/4 ml
EU/1/04/300/002 – frasco para injectáveis de 400 mg/16 ml
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
12 de Janeiro de 2005
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO
26
ANEXO II
A. FABRICANTE(S) DA SUBSTÂNCIA ACTIVA DE ORIGEM BIOLÓGICA E TITULAR(ES) DA AUTORIZAÇÃO DE FABRICO RESPONSÁVEL PELA LIBERTAÇÃO DO LOTE
B. CONDIÇÕES DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
27
A FABRICANTE DA SUBSTÂNCIA ACTIVA DE ORIGEM BIOLÓGICA E TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE FABRICO RESPONSÁVEL PELA LIBERTAÇÃO DO LOTE
Nome e endereço dos fabricantes da substância activa de origem biológica
Genentech, Inc.
1 DNA Way
South San Francisco, CA 94080-4990
EUA
Genentech, Inc.
1000 New Horizons Way
Vacaville, CA 95688
EUA
Genentech, Inc.
1 Antibody Way
Oceanside, CA 92056
EUA
Nome e endereço do fabricante responsável pela libertação do lote
Roche Pharma AG
Emil-Barrell-Str.1,
D-79639 Grenzach-Wyhlen
Alemanha
B. CONDIÇÕES DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
• CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RELATIVAS AO FORNECIMENTO E UTILIZAÇÃO
IMPOSTAS AO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Medicamento de receita médica restrita, de utilização reservada a certos meios especializados (ver anexo I: Resumo das Características do Medicamento, secção 4.2.).
• CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RELATIVAS À UTILIZAÇÃO SEGURA E EFICAZ DO MEDICAMENTO
Não aplicável.
• OUTRAS CONDIÇÕES
Plano de Gestão de Risco
O Titular da Autorização de Introdução no Mercado compromete-se a desenvolver estudos e actividades de farmacovigilância adicionais, descritas no Plano de Farmacovigilância, conforme acordado na versão 4.0 do Plano de Gestão de Risco (PGR) apresentado no Módulo 1.8.3 do pedido de Autorização de Introdução no Mercado e quaisquer actualizações subsequentes do PGR acordado com o CHMP.
Tendo em conta a Norma Orientadora do CHMP sobre Sistemas de Gestão de Risco para medicamentos de uso humano, o PGM actualizado deve ser submetido em simultâneo com o próximo Relatório Periódico de Segurança (RPS).
Adicionalmente, deve submeter-se um PGR actualizado:
• Quando é recebida nova informação que possa ter impacto nas Especificações de Segurança, Plano de Farmacovigilância ou actividades de minimização de risco actuais
28
• No prazo de 60 dias após a concretização de um acontecimento importante (farmacovigilância ou minimização de risco)
• A pedido da EMEA
29
ANEXO III
ROTULAGEM E FOLHETO INFORMATIVO
30
A. ROTULAGEM
31
INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO
EMBALAGEM EXTERIOR
1. NOME DO MEDICAMENTO
Avastin 25 mg/ml concentrado para solução para perfusão
Bevacizumab
2. DESCRIÇÃO DA(S) SUBSTÂNCIA(S) ACTIVA(S)
Cada frasco para injectáveis contém 100 mg de bevacizumab.
3. LISTA DOS EXCIPIENTES
Trealose dihidratada, fosfato de sódio, polissorbato 20, água para preparações injectáveis.
4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO
Concentrado para solução para perfusão
100 mg
1 frasco para injectáveis de 4 ml
5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO
Para administração intravenosa após diluição
Consultar o folheto informativo antes de utilizar
6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS
Manter fora do alcance e da vista das crianças
7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO
Este medicamento não contém conservantes
8. PRAZO DE VALIDADE
VAL.
9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO
Conservar no frigorífico (2ºC-8ºC)
Não congelar
Manter o frasco para injectáveis dentro da embalagem exterior
32
10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE APLICÁVEL
11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Roche Registration Limited
6 Falcon Way
Shire Park
Welwyn Garden City
AL7 1TW
Reino Unido
12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/04/300/001
13. NÚMERO DO LOTE
Lote
14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO
Medicamento sujeito a receita médica
15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO
16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE
Não aplicável
33
INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO
FRASCO PARA INJECTÁVEIS
1. NOME DO MEDICAMENTO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO
Avastin 25 mg/ml, concentrado para solução para perfusão
Bevacizumab
2. MODO DE ADMINISTRAÇÃO
Para administração intravenosa após diluição
3. PRAZO DE VALIDADE
VAL.
4. NÚMERO DO LOTE
Lote
5. CONTEÚDO EM PESO, VOLUME OU UNIDADE
100 mg, 4 ml
6. OUTRAS
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INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO
EMBALAGEM EXTERIOR
1. NOME DO MEDICAMENTO
Avastin 25 mg/ml concentrado para solução para perfusão
Bevacizumab
2. DESCRIÇÃO DA(S) SUBSTÂNCIA(S) ACTIVA(S)
Cada frasco para injectáveis contém 400 mg de bevacizumab.
3. LISTA DOS EXCIPIENTES
Trealose dihidratada, fosfato de sódio, polissorbato 20, água para preparações injectáveis.
4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO
Concentrado para solução para perfusão
400 mg
1 frasco para injectáveis de 16 ml
5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO
Para administração intravenosa após diluição
Consultar o folheto informativo antes de utilizar
6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS
Manter fora do alcance e da vista das crianças
7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO
Este medicamento não contém conservantes
8. PRAZO DE VALIDADE
VAL.
9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO
Conservar no frigorífico (2ºC-8ºC)
Não congelar
Manter o frasco para injectáveis dentro da embalagem exterior
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10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE APLICÁVEL
11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Roche Registration Limited
6 Falcon Way
Shire Park
Welwyn Garden City
AL7 1TW
Reino Unido
12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/04/300/002
13. NÚMERO DO LOTE
Lote
14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO
Medicamento sujeito a receita médica
15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO
16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE
Não aplicável
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INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO
FRASCO PARA INJECTÁVEIS
1. NOME DO MEDICAMENTO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO
Avastin 25 mg/ml concentrado para solução para perfusão
Bevacizumab
2. MODO DE ADMINISTRAÇÃO
Para administração intravenosa após diluição
3. PRAZO DE VALIDADE
VAL.
4. NÚMERO DO LOTE
Lote
5. CONTEÚDO EM PESO, VOLUME OU UNIDADE
400 mg, 16 ml
6. OUTRAS
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B. FOLHETO INFORMATIVO
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FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Avastin 25 mg/ml concentrado para solução para perfusão
Bevacizumab
Leia atentamente este folheto antes de utilizar este medicamento.
– Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
– Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
– Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes
prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
– Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
Neste folheto:
1. O que é Avastin e para que é utilizado
2. Antes de utilizar Avastin
3. Como utilizar Avastin
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Avastin
6. Outras informações
1. O QUE É AVASTIN E PARA QUE É UTILIZADO
Avastin é um medicamento utilizado para o tratamento do cancro avançado do intestino grosso, isto é, do cólon ou recto. Avastin será administrado juntamente com quimioterapia que contém medicamentos com fluoropirimidinas.
Avastin também é utilizado para o tratamento do cancro da mama metastático. Quando utilizado em doentes com cancro da mama, será administrado com paclitaxel, um medicamento para quimioterapia.
Avastin também é utilizado para o tratamento do cancro do pulmão de células não pequenas avançado. Avastin será administrado em associação com um regime de quimioterapia contendo platinos.
Avastin também é utilizado para o tratamento do cancro renal avançado. Quando utilizado em doentes com cancro renal, será administrado com outro tipo de medicamento denominado interferão.
Avastin contém a substância activa bevacizumab, que é um anticorpo monoclonal humanizado.
Os anticorpos monoclonais são proteínas que reconhecem e se ligam, especificamente, a outras proteínas únicas do organismo. O bevacizumab liga-se selectivamente a uma proteína designada por factor de crescimento do endotélio vascular humano (VEGF), que se encontra no revestimento dos vasos sanguíneos e linfáticos do organismo. O VEGF induz o crescimento dos vasos sanguíneos dos tumores, estes vasos sanguíneos abastecem o tumor de nutrientes e oxigénio. Quando o bevacizumab se liga ao VEGF, impede-o de actuar adequadamente. Esta acção impede o crescimento do tumor através do bloqueio do crescimento dos vasos sanguíneos que fornecem nutrientes e oxigénio ao tumor.
Cada embalagem de Avastin concentrado para solução para perfusão contém um frasco para injectáveis. Este frasco para injectáveis contém 4 ml ou 16 ml de um líquido concentrado estéril, ligeiramente opaco, incolor a castanho claro. Antes da utilização, o concentrado deve ser diluído de forma a torná-lo numa solução para perfusão intravenosa.
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2. ANTES DE UTILIZAR AVASTIN
Não utilize Avastin se:
– tem alergia (hipersensibilidade) ao bevacizumab ou a qualquer outro componente de Avastin.
– tem alergia (hipersensibilidade) a derivados de células de ovário de hamster Chinês (CHO) ou
a outros anticorpos recombinantes humanos ou humanizados.
– tem um cancro no cérebro, ainda não submetido a tratamento.
– está grávida.
Tome especial cuidado com Avastin:
– se tiver doenças que causem inflamação no interior do abdómen (ex. diverticulite, úlceras no estômago, colite associada à quimioterapia), uma vez que é possível que a utilização de Avastin aumente o risco de desenvolvimento de orifícios na parede do intestino.
– se vai ser submetido a uma operação cirúrgica, se tiver sido submetido a uma grande
intervenção cirúrgica nos 28 dias anteriores ou se tiver uma ferida cirúrgica não cicatrizada, não
deve ser tratado com este medicamento uma vez que Avastin pode aumentar o risco de
hemorragia ou de problemas de cicatrização após a cirurgia.
– se tem tensão arterial elevada que não é controlada com anti-hipertensivos, uma
vez que Avastin pode aumentar a incidência de tensão arterial elevada. Antes de iniciar o tratamento com Avastin o seu médico deverá certificar-se de que a sua tensão arterial está controlada.
– se tem tensão arterial elevada, uma vez que pode ter um risco aumentado de ter proteínas na urina.
– se tem mais de 65 anos e se também tiver tido coágulos sanguíneos numa artéria (um tipo de
vaso sanguíneo), uma vez que estes factores podem aumentar o risco de se voltarem a formar
coágulos sanguíneos nas artérias.
– se tiver, ou alguém da sua família tiver tendência para ter problemas de hemorragias ou se estiver a tomar medicamentos que tornam o sangue menos espesso, para tratamento dos coágulos sanguíneos.
– se tem tosse ou expectoração com sangue ou tenha tido qualquer hemorragia nos pulmões.
– se foi alguma vez submetido a tratamento com antraciclinas (por exemplo doxorrubicina, um tipo específico de quimioterapia utilizada para o tratamento de alguns cancros) ou foi submetido a radioterapia no tórax ou se tem alguma doença de coração, uma vez que Avastin pode aumentar o risco de desenvolvimento de problemas cardíacos.
Não deixe de informar o médico, mesmo que algum dos problemas descritos acima tenha ocorrido já
há algum tempo.
Ao tomar Avastin com outros medicamentos:
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.
Informe o seu médico se fez recentemente ou está a fazer radioterapia.
Gravidez e aleitamento
Não pode usar Avastin se estiver grávida. Avastin pode afectar o bebé que se está a desenvolver no útero uma vez que pode parar a formação de novos vasos sanguíneos. O seu médico deve aconselhá-la a utilizar contracepção durante o tratamento com Avastin e durante pelo menos 6 meses após a última dose de Avastin.
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Informe de imediato o seu médico se estiver grávida, se engravidar durante o tratamento com este medicamento ou se pretende engravidar num futuro próximo.
Não pode amamentar o seu filho durante o tratamento com Avastin e durante pelo menos 6 meses após a última dose de Avastin, uma vez que este pode interferir com o crescimento e desenvolvimento do seu bebé.
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas:
Avastin não mostrou efeitos na capacidade de conduzir ou utilizar quaisquer ferramentas ou máquinas.
3. COMO UTILIZAR AVASTIN
Dose e frequência de administração
A dose necessária de Avastin depende do seu peso corporal e do tipo de cancro a que está a ser tratado. A dose recomendada é de 5; 7,5; 10 ou 15 mg por quilograma do seu peso corporal. O seu médico vai prescrever a dose de Avastin adequada ao seu caso. A administração de Avastin vai ser feita 1 vez, de 2 em 2 ou de 3 em 3 semanas. O número de perfusões vai depender da forma como responder ao tratamento; deve prosseguir o tratamento até o Avastin deixar de conseguir impedir o crescimento do tumor. O seu médico irá discutir este assunto consigo.
Modo e via de administração
Avastin é um concentrado para solução para perfusão. Antes da utilização, uma parte ou a totalidade, consoante a dose que lhe foi prescrita, do conteúdo do frasco para injectáveis de Avastin será diluída com uma solução salina. Um médico ou enfermeiro irá administrar-lhe a solução diluída de Avastin por meio de perfusão intravenosa. A primeira perfusão ser-lhe-á administrada durante 90 minutos. Se esta for bem tolerada, a segunda perfusão pode ser administrada durante 60 minutos. As perfusões seguintes podem ser administradas durante 30 minutos.
A administração de Avastin deve ser temporariamente interrompida:
– se desenvolver tensão arterial elevada grave, que necessite de tratamento com anti-hipertensivos,
– se tiver problemas de cicatrização depois de uma cirurgia,
– se for submetido a uma cirurgia.
A administração de Avastin deve ser permanentemente interrompida se tiver:
– tensão arterial elevada grave não controlada pelos medicamentos anti-hipertensivos; ou uma subida grave, súbita, da tensão arterial,
– presença de proteínas na urina, acompanhada por inchaço no seu corpo,
– um orifício na parede do seu intestino,
– uma ligação ou passagem anormal, em forma de tubo, entre a traqueia e o esófago ou entre órgãos internos e a pele ou outros tecidos que não são normalmente conectados, e que seja considerada grave pelo seu médico,
– um coágulo de sangue nas suas artérias,
– um coágulo nas veias dos pulmões,
– uma hemorragia grave.
Se for administrada uma quantidade excessiva de Avastin:
– pode ter uma enxaqueca muito forte. Se isto acontecer contacte imediatamente o seu médico ou
farmacêutico.
Se não for administrada uma dose de Avastin:
– o seu médico decidirá quando deve receber a próxima dose de Avastin. Deve falar disso com o
seu médico. 41
Se parar de tomar Avastin:
Interromper o tratamento com Avastin pode parar o seu efeito no crescimento do tumor. Não pare o tratamento com Avastin excepto se o assunto tiver sido discutido com o seu médico.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.
4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS
Como todos os medicamentos, Avastin pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
Os efeitos secundários abaixo descritos foram observados quando Avastin foi administrado juntamente com quimioterapia. Isto não significa necessariamente que estes efeitos secundários tenham sido causados unicamente pelo Avastin.
Os efeitos secundários descritos como muito frequentes foram sentidos em mais de 1 em 10 doentes.
Os efeitos secundários descritos como frequentes foram sentidos em até 1 em 10 doentes.
Deve procurar ajuda imediatamente se tiver algum dos efeitos secundários abaixo descritos.
Os efeitos secundários frequentes (até 1 em 10 doentes) mais graves são:
– perfuração intestinal,
– hemorragia, incluindo hemorragia do pulmão em doentes com cancro do pulmão de células não pequenas,
– bloqueio de uma artéria por um coágulo sanguíneo;
– bloqueio de veias nos pulmões por um coágulo sanguíneo.
Os efeitos secundários graves que podem ser muito frequentes (mais de 1 em 10 doentes) incluem:
– tensão arterial elevada,
– problemas de cicatrização de feridas após cirurgia,
– sensação de adormecimento ou formigueiro das mãos ou pés,
– diminuição do número de células sanguíneas, incluindo glóbulos brancos, que ajudam a combater infecções e células que ajudam na coagulação do sangue,
– falta de energia ou cansaço,
– náusea e vómito.
Os efeitos secundários graves que podem ser frequentes (até 1 em 10 doentes) incluem:
– diminuição do número de células do sangue, estas incluem glóbulos brancos (pode estar associada com febre) e de glóbulos vermelhos,
– hemorragia associada ao tumor,
– falta de energia,
– dor abdominal,
– boca seca associada a sede e/ou diminuição do volume ou escurecimento da urina,
– diarreia,
– dor, incluindo dor de cabeça,
– coágulo sanguíneo numa veia das pernas, ou dificuldades na coagulação do sangue,
– acumulação localizada de pus,
– infecção, em particular infecção no sangue ou na bexiga,
– redução da circulação de sangue no cérebro ou acidente vascular cerebral,
– coágulos sanguíneos nas artérias que podem conduzir a enfarte e a ataque cardíaco,
– adormecer ou desmaiar,
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– problemas cardíacos acompanhados de dificuldades respiratórias,
– hemorragia nasal,
– aumento do ritmo cardíaco (pulso),
– obstrução no intestino,
– resultados anormais no teste da urina (proteínas na urina),
– dificuldades respiratórias ou baixos níveis de oxigénio no sangue.
Raramente, podem ocorrer efeitos secundários tais como convulsões (ataques), dor de cabeça, confusão, alterações na visão ou uma ligação anormal, em forma de tubo, entre a traqueia e a passagem para o estômago (esófago).
Deve procurar ajuda logo que possível se tiver algum dos efeitos secundários abaixo descritos.
Entre os efeitos secundários muito frequentes (mais de 1 em 10 doentes) que não foram graves incluem-se:
– tensão arterial elevada,
– dor,
– falta de energia,
– obstipação, hemorragia pela parte inferior do intestino grosso, inflamação da boca,
– perda do apetite,
– proteínas na urina,
– hemorragia nasal,
– febre,
– dor de cabeça.
Entre os efeitos secundários frequentes (até 1 em 10 doentes), que não foram graves incluem-se:
– dificuldade respiratória,
– hemorragia nasal,
– corrimento nasal,
– pele seca, descamação e inflamação da pele, alteração da cor da pele,
– alteração do paladar,
– problemas nos olhos (lacrimejar),
– alterações da voz, rouquidão.
Outros efeitos secundários menos frequentes, de qualquer gravidade, que foram notificados incluem insuficiência cardíaca, hemorragia do revestimento da boca ou da vagina, e uma ligação anormal, em forma de tubo, entre órgãos internos e a pele ou outros tecidos que não são normalmente conectados.
Têm havido casos muito raros de doentes que desenvolveram um orifício no septo do nariz – a estrutura que separa as narinas.
Alguns efeitos secundários são mais frequentes em doentes idosos. Estes efeitos secundários incluem coágulos sanguíneos nas artérias, que podem levar a um AVC (acidente vascular cerebral) ou a um ataque cardíaco. Além disso, os doentes idosos estão em maior risco de sofrer uma diminuição no número de glóbulos brancos no sangue e de células que ajudam na coagulação do sangue. Outros efeitos secundários notificados com uma maior frequência em doentes idosos incluem diarreia, enjoo, dor de cabeça e fadiga.
Avastin pode ainda causar alterações nas análises pedidas pelo seu médico. Estas incluem: diminuição do número de glóbulos brancos, em particular de neutrófilos (um tipo de glóbulo branco que ajuda na protecção contra infecções) no sangue; presença de proteínas na urina; diminuição dos níveis de potássio, sódio ou fósforo (um mineral) no sangue; aumento do nível de açúcar no sangue; aumento do nível de fosfatase alcalina (uma enzima) no sangue e diminuição do nível da hemoglobina (presente nos glóbulos vermelhos, que transportam oxigénio), que pode ser grave.
43
5. COMO CONSERVAR AVASTIN
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Conservar no frigorífico (2°C – 8°C).
Não congelar.
Conservar o frasco para injectáveis na embalagem exterior.
Não utilize após o prazo de validade impresso na embalagem exterior e no rótulo do frasco para injectáveis após VAL. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
A solução para perfusão deve ser utilizada imediatamente depois da diluição. Rejeite qualquer porção não utilizada do medicamento.
6. OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição de Avastin
– A substância activa é o bevacizumab.
– Os outros componentes são a trealose dihidratada, o fosfato de sódio, o polissorbato 20 e água para preparações injectáveis.
Qual o aspecto de Avastin e conteúdo da embalagem
Avastin é um líquido transparente, incolor a castanho claro num frasco para injectáveis de vidro, com
uma tampa de borracha. Cada frasco para injectáveis contém 100 mg de bevacizumab em 4 ml de
solução ou 400 mg de bevacizumab em 16 ml de solução.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado:
Roche Registration Limited, 6 Falcon Way, Shire Park, Welwyn Garden City, AL7 1TW, Reino Unido.
Fabricante:
Roche Pharma AG, Emil-Barell-Str. 1, 79639 Grenzach-Wyhlen, Alemanha.
Para quaisquer informações sobre este medicamento, queira contactar o representante local do titular da autorização de introdução no mercado.
België/Belgique/Belgien
N.V. Roche S.A.
Tél/Tel: +32 (0) 2 525 82 11
Luxembourg/Luxemburg
(Voir/siehe Belgique/Belgien)
България
Рош България ЕООД
Тел: +359 2 818 44 44
Magyarország
Roche (Magyarország) Kft.
Tel: +36 – 23 446 800
Česká republika
Roche s. r. o.
Tel: +420 – 2 20382111
Malta
(See United Kingdom)
Danmark
Roche a/s
Tlf: +45 – 36 39 99 99
Nederland
Roche Nederland B.V.
Tel: +31 (0) 348 438050
44
Deutschland
Roche Pharma AG
Tel: +49 (0) 7624 140
Norge
Roche Norge AS
Tlf: +47 – 22 78 90 00
Eesti
Roche Eesti OÜ
Tel: + 372 – 6 177 380
Österreich
Roche Austria GmbH
Tel: +43 (0) 1 27739
Ελλάδα
Roche (Hellas) A.E.
Τηλ: +30 210 61 66 100
Polska
Roche Polska Sp.z o.o.
Tel: +48 – 22 345 18 88
España
Roche Farma S.A.
Tel: +34 – 91 324 81 00
Portugal
Roche Farmacêutica Química, Lda
Tel: +351 – 21 425 70 00
France
Roche
Tél: +33 (0) 1 46 40 50 00
România
Roche România S.R.L.
Tel: +40 21 206 47 01
Ireland
Roche Products (Ireland) Ltd.
Tel: +353 (0) 1 469 0700
Slovenija
Roche farmacevtska družba d.o.o.
Tel: +386 – 1 360 26 00
Ísland
Roche a/s
c/o Icepharma hf
Simi: +354 540 8000
Slovenská republika
Roche Slovensko, s.r.o.
Tel: +421 – 2 52638201
Italia
Roche S.p.A.
Tel: +39 – 039 2471
Suomi/Finland
Roche Oy
Puh/Tel: +358 (0) 10 554 500
Kύπρος
Γ.Α.Σταμάτης & Σια Λτδ.
Τηλ: +357 – 22 76 62 76
Sverige
Roche AB
Tel: +46 (0) 8 726 1200
Latvija
Roche Latvija SIA
Tel: +371 – 7 039831
United Kingdom
Roche Products Ltd.
Tel: +44 (0) 1707 366000
Lietuva
UAB “Roche Lietuva”
Tel: +370 5 2546799
Este folheto foi aprovado pela última vez em { MM/AAAA } 45

Categorias
Enalapril

Tensazol 5 mg / 20 mg bula do medicamento

Neste folheto:

1.  O que é Tensazol e para o que é utilizado.
2.  Antes de tomar Tensazol.
3.  Como tomar Tensazol.
4.  Efeitos secundários Tensazol.
5.  Como conservar Tensazol.
6.  Outras informações.

Tensazol 5 mg / 20 mg

Comprimidos

Maleato de enalapril

Leia atentamente este folheto antes de utilizar este medicamento. Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.

Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial, mesmo que apresentem os mesmos sintomas.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

1. O QUE É TENSAZOL E PARA O QUE É UTILIZADO

Grupo farmaco-terapêutico:

Aparelho cardiovascular. Anti-hipertensores. Modificadores do eixo renina angiotensina. Inibidores da enzima de conversão da angiotensina (IECA)

O seu médico receitou-lhe Tensazol para tratar a hipertensão (pressão arterial elevada) ou a insuficiência cardíaca (fraqueza do músculo cardíaco, débito cardíaco insuficiente). Tensazol é também utilizado na prevenção da insuficiência cardíaca com sintomas.

Em muitos doentes com insuficiência cardíaca com sintomas, Tensazol retarda o seu agravamento, diminui a necessidade de hospitalização devida a insuficiência cardíaca, e ajuda alguns destes doentes a viver durante mais tempo.

Em doentes em fase precoce de insuficiência cardíaca (ainda sem sintomas), Tensazol ajuda a evitar o enfraquecimento do músculo cardíaco e retarda o desenvolvimento de sintomas, tais como, falta de ar, cansaço após actividade física ligeira (por ex: andar a pé), inchaço dos tornozelos e pés. A necessidade de hospitalização por insuficiência cardíaca será menos provável nestes doentes.

Tensazol diminui o risco de ataque cardíaco em doentes com insuficiência cardíaca.

COMO ACTUA TENSAZOL?

Tensazol promove o relaxamento dos vasos sanguíneos, facilitando a capacidade do coração bombear o sangue para todas as partes do corpo. Esta acção ajuda a reduzir a pressão arterial. Em muitos doentes com insuficiência cardíaca, Tensazol ajuda o coração a funcionar melhor.

O QUE DEVO SABER SOBRE A MINHA PRESSÃO ARTERIAL? O que é a pressão arterial?

É a pressão que o seu coração transmite, ao bombear o sangue para todas as partes do corpo. Sem pressão arterial, não haveria circulação de sangue pelo organismo. A pressão arterial normal é um dos indicadores de boa saúde. A pressão arterial sofre alterações durante o dia, conforme a actividade, o stress e a excitação a que está sujeito(a).

A sua pressão arterial é representada por dois números, por exemplo 120/80. O primeiro mede a pressão enquanto o seu coração bate, o segundo mede a pressão entre batimentos.

O que é pressão arterial elevada (hipertensão)?

Se a sua pressão arterial permanecer elevada mesmo quando está calmo e descontraído, então tem hipertensão. Esta surge quando os seus vasos sanguíneos estreitam, tornando difícil a passagem do sangue.

Como poderei saber se tenho pressão arterial elevada?

A hipertensão, geralmente, não dá sintomas. A única maneira de saber se a sua pressão arterial está elevada é medindo-a regularmente.

Porque se deve tratar a pressão arterial elevada?

A pressão arterial elevada se não for tratada pode danificar órgãos vitais como o coração e os rins. Poderá sentir-se bem e não ter sintomas, mas se a hipertensão não for tratada, poderá provocar lesões nos vasos sanguíneos do cérebro, do coração e dos rins que resultam em acidentes vasculares cerebrais, insuficiência cardíaca, insuficiência renal e cegueira.

A pressão arterial elevada pode ser tratada e controlada com medicamentos como Tensazol.

O seu médico poderá dizer-lhe qual a pressão arterial que deverá ter e a maneira de a controlar. Siga os conselhos do seu médico.

O QUE DEVO SABER SOBRE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA?

O que é insuficiência cardíaca?

Ter insuficiência cardíaca significa que o seu coração tem dificuldade em bombear, com a força necessária, o sangue para todas as partes do corpo.

Ter insuficiência cardíaca não significa ter ataque cardíaco. No entanto, alguns doentes desenvolvem insuficiência cardíaca depois de terem tido ataques cardíacos. Há, no entanto, outras causas para o aparecimento de insuficiência cardíaca.

Os doentes poderão não ter sintomas no início da doença, mas à medida que ela progride, poderão começar a sentir falta de ar, cansar-se facilmente, mesmo depois de actividade física ligeira (por ex.: andar a pé). Além disso, podem ter diferentes partes do corpo inchadas, começando normalmente nos tornozelos e pés. Na insuficiência cardíaca grave, os doentes poderão ter sintomas, mesmo quando estão em repouso.

Porque se deve tratar a insuficiência cardíaca?

Todos os sintomas de insuficiência cardíaca podem dificultar as suas actividades diárias.

O seu médico poderá recomendar-lhe medicamentos para melhorar os sinais e sintomas da doença (por ex: Tensazol e/ou um diurético). Se seguir os conselhos do seu médico, conseguirá mais facilmente desenvolver as suas actividades diárias, porque poderá respirar melhor, sentir-se menos cansado(a) e reduzir os inchaços no corpo.

No caso de doentes com insuficiência cardíaca, mas ainda sem sintomas, o tratamento com medicamentos, tais como Tensazol, pode ajudar a retardar o agravamento da doença e o início dos sintomas. Nalguns doentes com insuficiência cardíaca com sintomas, Tensazol demonstrou retardar o agravamento da insuficiência cardíaca e ajudar os doentes a viver durante mais tempo. Tensazol demonstrou também reduzir o risco de ataque cardíaco e a necessidade de hospitalização por insuficiência cardíaca, em muitos doentes.

2. ANTES DE TOMAR TENSAZOL

Não tome Tensazol:

  • Se tem alergia (hipersensibilidade) à substância activa, maleato de enalapril ou a qualquer outro componente de Tensazol;
  • Se fez tratamento com algum medicamento do mesmo grupo do Tensazol (inibidores ECA) e teve reacções alérgicas como inchaço da cara, dos lábios, da língua e/ou garganta, com dificuldade em engolir ou respirar; Não deve tomar Tensazol se já teve reacções deste tipo sem causa conhecida, ou se lhe foi diagnosticado angioedema hereditário ou idiopático;
  • Se tiver mais do que três meses de gravidez. (Também é preferível não tomar Tensazol no início da gravidez – Ver secção Gravidez).

Se tem dúvidas quanto ao tratamento com Tensazol, fale com o seu médico ou farmacêutico.

Tome especial cuidado com Tensazol

Fale com o seu médico sobre quaisquer problemas de saúde que possa ter, ou já tenha tido, e sobre as suas alergias.

Informe também o seu médico se sofre de doença cardíaca, perturbações sanguíneas, problemas do fígado, está a fazer diálise ou a ser tratado com medicamentos diuréticos (para urinar) ou teve recentemente vómitos ou diarreia prolongados. Informe também o seu médico se está a fazer dieta pobre em sal, está a tomar suplementos de potássio, medicamentos poupadores de potássio ou substitutos de sal contendo potássio, se tem mais de 70 anos de idade, se tem diabetes ou outros problemas de rins (incluindo transplante renal), uma vez que estes podem originar um aumento dos níveis de potássio no sangue, que podem ser graves. Caso sofra de uma destas patologias, o seu médico poderá ter de ajustar a sua dose diária de Tensazol ou controlar o seu nível de potássio no sangue. Se sofre de diabetes e está a tomar medicamentos antidiabéticos orais ou insulina deve controlar rigorosamente os seus níveis de glucose no sangue, especialmente durante o primeiro mês de tratamento com TENSAZOL.

Informe o seu médico se já teve uma reacção alérgica com inchaço da face, lábios, língua e/ou garganta, com dificuldade em engolir ou respirar. Informe também o seu médico se for fazer um tratamento chamado aferese das LDL, ou um tratamento de dessensibilização para reduzir o efeito alérgico às picadas de abelha ou vespa.

Informe o seu médico se sofre de pressão arterial baixa (pode aperceber-se se tiver sensação de desmaio ou tonturas, especialmente quando está de pé).

Se for ao dentista ou tiver de ser operado, informe o médico cirurgião (ou anestesista) ou o dentista que está a tomar Tensazol, pois em associação com a anestesia poderá ocorrer uma descida acentuada da pressão arterial.

Deve informar o seu médico se pensa que está (ou pode vir a estar) grávida. Tensazol não está recomendado no início da gravidez e não deve ser tomado após o terceiro mês de gravidez, uma vez que pode ser gravemente prejudicial para o bebé se utilizado a partir desta altura.

Se lhe foi diagnosticada uma intolerância a alguns açúcares, contacte o seu médico antes de tomar este medicamento.

Ao tomar Tensazol com outros medicamentos

Geralmente, Tensazol pode ser tomado com outros medicamentos. No entanto, deve informar o seu médico sobre todos os medicamentos que está a tomar, incluindo aqueles que são comprados sem receita médica, pois alguns deles poderão interferir entre si.

Para que o seu médico possa receitar-lhe a dose adequada de Tensazol, ele precisa de saber se está a tomar outro (s) medicamento (s) para baixar a pressão arterial, diuréticos, medicamentos contendo potássio (incluindo os substitutos de sal para dieta), medicamentos para a diabetes (incluindo antidiabéticos orais e insulina), lítio (um medicamento receitado para tratar um certo tipo de depressão), antidepressivos tricíclicos, medicamentos antipsicóticos, medicamentos simpaticomiméticos, alguns medicamentos para a dor ou para a artrite incluindo o tratamento contendo sais de ouro, ou álcool.

Utilização nas crianças e nos adolescentes

Tensazol foi estudado em crianças. Para mais informações, consulte o seu médico. Utilização nos idosos (mais de 65 anos de idade)

O seu médico poderá determinar uma posologia diferente de acordo com a sua função renal.

Gravidez e aleitamento

Se estiver grávida ou a amamentar deve consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.

Gravidez

Deve informar o seu médico se pensa que está (ou pode vir a estar) grávida. O seu médico normalmente aconselhá-la-á a interromper Tensazol antes de engravidar ou assim que estiver grávida e a tomar outro medicamento em vez de Tensazol. Tensazol não está recomendado no início da gravidez e não deve ser tomado após o terceiro mês de gravidez, uma vez que pode ser gravemente prejudicial para o bebé se utilizado a partir desta altura.

Aleitamento

Deverá informar o seu médico de que se encontra a amamentar ou que pretende iniciar o aleitamento. Não é recomendado o aleitamento de recém-nascidos (primeiras semanas após o nascimento) e, especialmente bebés prematuros, enquanto a mãe toma Tensazol.

No caso de uma criança mais velha, o seu médico deverá aconselhá-la sobre os benefícios e riscos de tomar Tensazol enquanto amamenta, comparativamente com outros medicamentos.

Condução de veículos e utilização de máquinas

As respostas individuais a este medicamento podem variar. Poderá sentir tonturas e fadiga, principalmente no início do tratamento ou quando se aumenta a dose. Alguns efeitos secundários relatados com Tensazol podem afectar a capacidade de alguns doentes para conduzir ou utilizar máquinas. (Ver 4. EFEITOS SECUNDÁRIOS TENSAZOL)

3. COMO TOMAR TENSAZOL

Tome Tensazol sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.

Tensazol pode ser tomado durante ou no intervalo das refeições. A maioria das pessoas toma Tensazol com água.

O seu médico decidirá qual a dose de Tensazol apropriada para si, consoante a sua doença e os medicamentos que estiver a tomar na altura.

Tome Tensazol todos os dias, conforme indicado pelo seu médico. É importante que tome Tensazol durante o tempo que o seu médico considerar necessário. Não altere a dose receitada.

Hipertensão Arterial

Na maioria dos casos, a dose inicial recomendada é de 5 mg (um comprimido de 5 mg) a 20 mg (um comprimido de 20 mg ou quatro comprimidos de 5 mg), uma vez por dia. Alguns doentes poderão precisar de uma dose inicial mais baixa.

A dose de manutenção usual é de 20 mg (um comprimido de 20 mg ou quatro comprimidos de 5 mg) tomados uma só vez ao dia.

A posologia não deverá exceder 40 mg por dia.

Se já estiver a tomar medicamentos diuréticos ou a fazer uma dieta com pouco sal, o seu médico recomendar-lhe-á que interrompa o diurético 2 ou 3 dias antes de começar o tratamento com Tensazol, ou poderá reduzir a dose inicial de Tensazol.

Insuficiência Cardíaca:

A dose inicial normalmente recomendada é de 2,5 mg (meio comprimido de 5 mg), uma vez por dia. O seu médico procederá a aumentos graduais de posologia até atingir a dose de manutenção adaptada ao seu caso.

A dose de manutenção usual é de 20 mg (um comprimido de 20 mg ou quatro comprimidos de 5 mg) tomados uma só vez ao dia ou em duas doses (meio comprimido de 20 mg ou dois comprimidos de 5 mg, duas vezes por dia).

Tenha especial cuidado quando tomar a sua primeira dose ou quando a sua posologia for aumentada. Informe o seu médico imediatamente no caso de sentir tonturas ou vertigens.

Se tomar mais Tensazol do que deveria

No caso de tomar uma dose excessiva, contacte o seu médico imediatamente, para que ele o(a) observe. O sintoma mais provável será uma sensação de tonturas ou vertigens, devido a uma queda brusca ou excessiva da pressão arterial.

Caso se tenha esquecido de tomar Tensazol

Deve tomar Tensazol dentro do horário recomendado pelo seu médico, ou assim que puder. Mas, se estiver quase na hora de tomar a próxima dose, não o faça. Não tome uma dose dupla.

Volte a tomar o (s) comprimido (s) dentro do horário previsto.

4. EFEITOS SECUNDÁRIOS TENSAZOL

Como todos os medicamentos, Tensazol pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.

Os efeitos indesejáveis mais frequentes do Tensazol são tonturas, visão turva, tosse, náuseas e fraqueza. Os efeitos indesejáveis frequentes são dores de cabeça, depressão, estonteamento devido a uma queda da pressão arterial (incluindo a queda da pressão arterial ao levantar-se com rapidez), desmaios, dor no peito, angina, alterações no ritmo cardíaco, taquicardia, respiração ofegante, diarreia, dor abdominal, alterações no paladar, exantema cutâneo (erupções na pele), reacções alérgicas com inchaço da face, lábios, língua, e/ou garganta com dificuldade em engolir ou respirar, cansaço, valores elevados de potássio sanguíneo, e valores elevados de creatinina no sangue.

Outros efeitos indesejáveis podem ocorrer menos frequentemente ou raramente, e alguns deles poderão ser graves, como ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral, possivelmente devido a tensão arterial demasiado baixa em doentes de alto risco (doentes com alterações do fluxo sanguíneo do coração e/ou cérebro) . Peça ao seu médico ou ao farmacêutico informações mais detalhadas sobre os efeitos colaterais. Ambos têm uma lista mais completa.

Pare de tomar Tensazol e contacte o seu médico imediatamente, nos seguintes casos:

  • se ocorrer inchaço da face, lábios, língua e/ou garganta causando dificuldade em engolir ou respirar;
  • se as suas mãos, pés ou tornozelos incharem;
  • se tiver urticária.

Os doentes de raça negra têm um maior risco de apresentarem este tipo de reacções aos inibidores ECA.

A dose inicial pode provocar uma descida maior na pressão arterial do que a que ocorre ao longo do tratamento. Pode aperceber-se disto se tiver sensação de desmaio ou tonturas, que podem melhorar se se deitar. Se isto o preocupa, por favor consulte o seu médico.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

5. COMO CONSERVAR TENSAZOL

Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Não conservar acima de 30°C e evitar expor a temperaturas ocasionais superiores a 50°C.

Não utilize Tensazol após o prazo de validade impresso na embalagem exterior e blister. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês. Os dois primeiros algarismos indicam o mês, os quatro últimos indicam o ano.

Não utilize Tensazol se verificar sinais visíveis de deterioração.

Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

6.  OUTRAS INFORMAÇÕES

Qual a composição de Tensazol 5 mg

-A substância activa é o maleato de enalapril. Cada comprimido contém 5 mg de maleato de enalapril.

-Os outros componentes são: bicarbonato de sódio, lactose, amido de milho, estearato de magnésio e amido de milho pré-gelificado.

Qual a composição de Tensazol 20 mg

-A substância activa o maleato de enalapril. Cada comprimido contém 20 mg de maleato de enalapril.

-Os outros componentes são: bicarbonato de sódio, lactose, amido de milho, estearato de magnésio, óxido de ferro vermelho (E172), óxido de ferro amarelo (E172) e amido de milho pré-gelificado.

Qual o aspecto de Tensazol e conteúdo da embalagem

Tensazol 5 mg:

Tensazol 5 mg são comprimidos brancos, triangulares, com ranhura numa das faces.

Tensazol 5 mg é acondicionado em blister de alumínio /alumínio e está disponível em embalagens de 20 e 60 comprimidos doseados a 5 mg.

Tensazol 20 mg:

Tensazol 20 mg são comprimidos cor de pêssego, triangulares, com ranhura numa das faces

Tensazol 20 mg é acondicionado em blister de alumínio /alumínio e está disponível em embalagens de 20, 30 e 60 comprimidos doseados a 20 mg.

É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.

Titular da Autorização de Introdução no Mercado

TECNIFAR – Indústria Técnica Farmacêutica Rua Tierno Galvan, Torre 3-12° 1099-036 Lisboa

Tel: 210330700 – Fax: 210330709 Linha de Farmacovigilância:213 860 929 e-mail: farmalerta@tecnifar.pt

Fabricante

Merck Sharp & Dohme, B.V. Waarderweg, 39 NL-2031 BN – Haarlem Holanda

Este folheto foi aprovado pela última vez em 30-04-2009.

Categorias
Lacidipina

TENS 2 mg / 4 mg bula do medicamento

Neste folheto:

1. Indicações terapêuticas

2. Efeitos secundários TENS

3. Interacções medicamentosas e outras formas de interacção

4. Advertências e precauções especiais de utilização

5. Posologia TENS

6. Recomendações aos utentes

TENS 2 mg / 4 mg

Comprimido revestido por película

Lacidipina

Composição

Cada comprimido de TENS contém 2 mg ou 4 mg de lacidipina.

1. Indicações Terapêuticas

TENS é utilizado no tratamento da hipertensão como terapêutica única ou em associação com outros fármacos anti-hipertensores, como por exemplo beta-bloqueantes, diuréticos ou IECAs.

Contra-Indicações

Antes de iniciar o tratamento, contacte o seu médico caso tenha alergia conhecida à lacidipina ou a qualquer outro componente de TENS.

As dihidropiridinas demonstraram reduzir o fluxo sanguíneo arterial coronário em doentes com estenose aórtica. A lacidipina está contra-indicada nos doentes com estenose aórtica grave.

2. Efeitos secundários TENS

TENS é normalmente bem tolerado. No entanto, alguns doentes podem experimentar efeitos indesejáveis menores relacionados com a sua conhecida acção farmacológica vasodilatadora periférica: dores de cabeça, rubor, edema, tonturas e palpitações. Estes efeitos são, normalmente, transitórios desaparecendo, em geral, com a continuação da administração de TENS à mesma dosagem.

Foram relatados com pouca frequência fraqueza (astenia), erupções da pele (incluindo eritema e prurido), problemas gástricos, náuseas, maior frequência em urinar e inchaço das gengivas.

Num pequeno número de doentes, foi referido agravamento de angina subjacente principalmente após o início do tratamento. Esta situação é mais provável em indivíduos com doença cardíaca isquémica sintomática.

A administração de TENS não foi associada a quaisquer alterações significativas nos parâmetros laboratoriais ou hematológicos. Em casos muito raros, observou-se um aumento reversível da fosfatase alcalina.

3. Interacções medicamentosas e outras formas de interacção

Poderão ocorrer interacções medicamentosas nas seguintes situações:

–  Co-administração de TENS com outros medicamentos anti-hipertensores como p.ex. diuréticos, beta-bloqueantes ou IECAs (pode ocorrer adição dos efeitos hipotensores);

–  Administração simultânea com cimetidina (aumento dos níveis sanguíneos de lacidipina);

–  Doentes com transplante renal em tratamento com ciclosporina (a lacidipina reverte a diminuição do fluxo plasmático renal e da taxa de filtração glomerular induzida pela ciclosporina).

–  Administração simultânea de inibidores e indutores do CP3A4

A lacidipina tem uma elevada taxa de ligação à albumina e à OC-1 -glicoproteína (proteínas plasmáticas).

Em estudos efectuados, não foram demonstradas interacções específicas com medicamentos anti-hipertensores comuns como beta-bloqueantes e diuréticos, ou com digoxina, tolbutamida e warfarina.

TENS não deve ser tomado com sumo de toranja.

4. Advertências e precauções especiais de utilização

Recomenda-se precaução na administração de TENS em doentes com:

–  Problemas cardíacos como p.ex. doentes com anomalias pré-existentes na actividade dos nódulos sino-auricular e auriculo-ventricular ou com fraca reserva cardíaca, pois os antagonistas do cálcio podem, teoricamente, interferir com o funcionamento cardíaco;

–  Angina de peito instável, tal como com outros antagonistas do cálcio dihidropiridínicos;

–  Enfarte do miocárdio recente;

–  Insuficiência hepática; o efeito anti-hipertensor de TENS pode estar aumentado;

–    Prolongamento QT congénito ou documentado, tal como com outros antagonistas do cálcio dihidropiridínicos;

–    Terapêutica concomitante que prolongue o intervalo QT, tal como antiarrítmicos classe I e III, antidepressivos tricíclicos, alguns antipsicóticos, antibióticos (ex.: eritromicina) e alguns antihistamínicos (ex.: terfenadina).

Em estudos efectuados, a lacidipina não diminuíu a tolerância à glucose nem alterou o controlo diabético.

TENS comprimidos revestidos por película contém lactose. Se foi informado pelo seu médico que tem intolerância a alguns açúcares, contacte-o antes de tomar este medicamento.

Gravidez e aleitamento

Não existindo dados sobre a segurança da lacidipina na gravidez humana, TENS só deve ser utilizado em mulheres grávidas quando os potenciais benefícios para a mãe justificarem os possíveis efeitos adversos para o feto ou recém-nascido.

Deve considerar-se a possibilidade de o TENS provocar relaxamento do músculo uterino no termo da gravidez.

Os estudos realizados no animal mostraram, que a lacidipina (ou os seus metabolitos) pode, provavelmente, ser excretada no leite. TENS apenas deve ser usado durante o aleitamento quando os potenciais benefícios para a mãe justificarem os possíveis efeitos adversos para o feto ou recém-nascido.

Efeitos na capacidade de conduzir e utilizar máquinas

A possibilidade de ocorrência de tonturas pode comprometer a capacidade de conduzir e utilizar máquinas, sobretudo no início do tratamento ou quando se alteram as dosagens.

Excipientes

Lactose, povidona K30, estearato de magnésio, metilhidroxipropilcelulose, dióxido de titânio, álcool metilado industrial, benzoato de sódio.

5. Posologia TENS

Adultos:

O tratamento da hipertensão deve ser adaptado à gravidade da situação clínica e à resposta terapêutica obtida.

A posologia inicial é de 2 mg uma vez ao dia.

A dose pode ser aumentada para 4 mg e, se necessário, para 6 mg após decorrido o período de tempo adequado para obtenção do completo efeito farmacológico. Na prática, este período não deve ser inferior a 3-4 semanas, a menos que o estado clínico do doente exija um ajuste mais rápido da dose.

Geralmente doses superiores a 6 mg diárias não promovem uma redução acentuada da pressão arterial. A maioria dos doentes serão controlados com uma dose de 4 mg uma vez ao dia.

TENS deve ser tomado todos os dias à mesma hora, de preferência pela manhã, com ou sem alimentos.

O tratamento pode ser prolongado por tempo indefinido. Insuficientes hepáticos, insuficientes renais e idosos:

Em doentes com insuficiência hepática, recomenda-se precaução na administração do TENS,uma vez que a biodisponibilidade do TENS pode estar aumentada e o efeito anti-hipertensor pode ser exacerbado. Na medida em que a lacidipina não é excretada por via renal, não é necessário ajuste da dose em insuficientes renais.

Não é necessário proceder a ajuste da dose em doentes idosos.

Instruções sobre a atitude a tomar quando for omitida uma ou mais doses

Caso se esqueça de tomar uma dose deve tomar esta assim que se lembrar. Se estiver perto da hora da próxima dose, deve esperar até essa hora, não tomar dose dupla e continuar como anteriormente a tomar à mesma hora a dose seguinte.

Sobredosagem

Sintomas

Não foram registados casos de sobredosagem com TENS. Nesta situação, uma vasodilatação periférica prolongada associada a tensão baixa (hipotensão) e a uma aceleração do ritmo dos batimentos cardíacos (taquicardia) será a consequência mais provável.

Teoricamente, poderá ocorrer diminuição do ritmo dos batimentos cardíacos (bradicardia) ou_aumento do tempo de condução aurículo-ventricular.

Tratamento

Não existe antídoto específico. Devem ser tomadas as medidas gerais padronizadas para a monitorização da função cardíaca e medidas terapêuticas e de suporte apropriadas.

6. Recomendações ao utente

Caso sinta efeitos indesejáveis não referidos neste folheto, comunique ao seu médico ou farmacêutico. Antes de tomar TENS verifique o prazo de validade inscrito na embalagem.

TENS deve ser conservado a temperatura inferior a 30°C, protegido da luz. Por conseguinte, só deve retirar os comprimidos do blister de alumínio imediatamente antes da administração.

Caso seja necessário tomar metade do comprimido de 4 mg, a metade não utilizada deve ser mantida no blister original e utilizada nas 24 horas seguintes.

Manter fora do alcance e das vista das crianças.

Forma farmacêutica e apresentação

Comprimidos revestidos por película contendo 2 mg de lacidipina, acondicionados em embalagens de 14 e 28 comprimidos por película.

Comprimidos revestidos por película divisíveis contendo 4 mg de lacidipina, acondicionados em embalagens de 14, 28 ou 56 comprimidos por película.

Propriedades

Classificação do medicamento: 3.4.3- Bloqueadores da entrada do cálcio. Código ATC: C08CA09

TENS é um medicamento que actua principalmente por dilatação das arteríolas periféricas com consequente diminuição da pressão sanguínea.

Titular da Autorização de Introdução no Mercado

UNILFARMA – União Internacional de Laboratórios Farmacêuticos, Lda. Av. António Augusto Aguiar, 104-1°

1069-029 Lisboa

Licenciado por

Boehringer Ingelheim International GmbH Sob licença de Glaxo

Data da última revisão do texto: 26-09-2005.