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Metotrexato uracilo

Isovorin Levofolinato de cálcio bula do medicamento

Neste folheto:
1. O que é Isovorin e para que é utilizado
2. Antes de utilizar Isovorin
3. Como utilizar Isovorin
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Isovorin
6. Outras informações


FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR

Isovorin 25 mg/ 2,5 ml Solução injectável
Isovorin 175 mg/ 17,5 ml Solução injectável
Levofolinato de Cálcio

Leia atentamente este folheto antes de utilizar este medicamento.
-Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
-Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamentopode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
-Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitossecundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

Neste folheto:

1. O QUE É ISOVORIN E PARA QUE É UTILIZADO

Isovorin é um medicamento cuja substância activa se designa de levofolinato decálcio e pertence ao grupo de medicamentos utilizados no tratamento deintoxicações.
É utilizado para reduzir a toxicidade de metotrexato e da sobredosagem acidentalcom antagonistas do ácido fólico. Também pode ser utilizado em associação com o
5-fluorouracilo na terapêutica anticancerígena do cancro colorrectal.

2. ANTES DE UTILIZAR ISOVORIN

Não utilize Isovorin
-Se tem alergia (hipersensibilidade) ao levofolinato de cálcio ou a qualquer outrocomponente de Isovorin;
-Se tem uma anemia perniciosa ou outra anemia resultante da deficiência devitamina B12;
-Em associação com o metotrexato ou o 5-fluorouracilo, caso haja contra-indicaçõesem relação ao metotrexato ou 5-fluorouracilo, em particular, se estiver grávida ou aamamentar.

Tome especial cuidado com Isovorin

Geral
-Isovorin não deve ser administrado no líquido espinal (via intratecal).

-Isovorin só deve ser usado em associação com o 5-fluorouracilo ou com ometotrexato sob supervisão directa de um médico experiente em terapêuticaanticancerígena.

-Se estiver a ser tratado com certas substâncias citotóxicas (destruidoras decélulas), como a hidroxicarbamida, a citarabina, a mercaptopurina e a tioguanina,pode desenvolver uma macrocitose (glóbulos vermelhos com tamanho aumentado).
Esta macrocitose não deve ser tratada com Isovorin.

-Se sofrer de epilepsia, que é tratada com substâncias como fenobarbital, fenitoína,primidona ou succinimidas, há um risco acrescido de convulsões. Isto resulta deuma diminuição da concentração de substâncias antiepilépticas no sangue. O seumédico realizará, provavelmente, análises sanguíneas durante a administração de
Isovorin e após a sua descontinuação, para, se necessário, ajustar a dose damedicação antiepiléptica.

Precauções especiais para a utilização de Isovorin em associação com o
5-fluorouracilo

-Numa terapêutica combinada com o 5-fluorouracilo, Isovorin pode aumentar o riscode toxicidade do 5-fluorouracilo. As manifestações mais comuns, que podem serlimitativas da dose, são: um número reduzido de leucócitos (um tipo de glóbulosbrancos), inflamação da boca e diarreia. Se tiver diarreia (fezes líquidas) e/ouinflamação da boca, deve consultar imediatamente o seu médico.

-Não lhe poderá ser administrada uma terapêutica combinada de 5-fluorouracilo com
Isovorin nem deve ser mantida uma terapêutica combinada, se apresentar efeitossecundários que afectem o tracto gastrointestinal, independentemente da suagravidade.
Em particular, se desenvolver diarreia, o médico terá de monitorizá-locuidadosamente, visto que o seu estado pode deteriorar-se rapidamente e podemocorrer efeitos secundários graves. O seu médico iniciará ou retomará a terapêuticacombinada de Isovorin com 5-fluorouracilo, depois de os sintomas gastrointestinaisterem desaparecido por completo.
Os doentes idosos ou debilitados, ou doentes submetidos anteriormente aradioterapia, devem ter um cuidado especial porque Isovorin pode aumentar o riscode toxicidade do 5-fluorouracilo.

Precauções especiais para a utilização de Isovorin em associação com ometotrexato

-O seu médico certificar-se-á de que Isovorin não é administrado em dosesexcessivas, visto que estas podem incapacitar a actividade antitumorígena dometotrexato.
No entanto, uma sobredosagem acidental de um antagonista do ácido fólico, como ometotrexato, será tratada, de imediato, como uma emergência médica.

-Se já sofrer de insuficiência renal ou se esta for induzida pelo metotrexato, aexcreção do metotrexato pode ser retardada pela acumulação de líquido, como porexemplo, na cavidade peritoneal ou no espaço entre o tórax e os pulmões.
Nestas circunstâncias, pode ser necessário a administração de doses mais elevadasde Isovorin ou a sua utilização durante mais tempo.

Ao utilizar Isovorin com outros medicamentos
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomadorecentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receitamédica.

Quando Isovorin é administrado conjuntamente com um antagonista do ácido fólico
(como por exemplo, cotrimoxazol, pirimetamina), a eficácia do antagonista do ácidofólico pode ser reduzida ou completamente neutralizada.
O efeito de um dos seguintes medicamentos pode ser diminuído, se for tomado com
Isovorin: fenobarbital, primidona, fenitoína, succinimida (medicamentos para otratamento da epilepsia).
O uso concomitante de Isovorin com 5-fluorouracilo pode aumentar os efeitoscitotóxicos do 5-fluorouracilo.

Gravidez e aleitamento
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Se estiver grávida, só lhe deve ser administrado Isovorin quando estritamentenecessário.
Se estiver a amamentar, só lhe deve ser administrado Isovorin se os benefícios parasi superarem os possíveis riscos para o bebé.

Condução de veículos e utilização de máquinas
Não há conhecimento que Isovorin afecte a capacidade de conduzir e utilizarmáquinas.

Informações importantes sobre alguns componentes de Isovorin
Doses inferiores a 7,5 ml: Este medicamento contém menos de 1 mmol de sódio (23mg) por dose, ou seja, é praticamente ?isento de sódio?.
Doses de 7,5 ml ou acima: Este medicamento contém 0,132 mmol/ml de sódio. Estainformação deve ser tida em consideração em doentes com ingestão controlada desódio.

3. COMO UTILIZAR ISOVORIN

Isovorin será sempre preparado e administrado por um médico ou outro profissionalde saúde.
Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.

Posologia
O seu médico decidirá qual a dose indica para si, de acordo com a sua situaçãoclínica.

Modo de Administração
Para administração intravenosa e intramuscular
Para perfusão intravenosa, a solução estéril de Isovorin pode ser diluída até seobterem concentrações de 0,5 mg/ml, usando como solvente solução injectável decloreto de sódio a 0,9% e solução injectável de dextrose a 5%.
No caso de administração intravenosa, não devem ser administrados mais de
160 mg de Isovorin por minuto devido ao conteúdo em cálcio da solução.

Se utilizar mais Isovorin do que deveria
Uma sobredosagem acidental de Isovorin pode diminuir a eficácia dos antagonistasdo ácido fólico, como o metotrexato. Caso ocorra uma sobredosagem da associaçãode 5-fluorouracilo com Isovorin, devem ser seguidas as instruções em caso desobredosagem com 5-fluorouracilo.

Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento fale com o seumédico ou farmacêutico.

4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS

Como todos os medicamentos, Isovorin pode causar efeitos secundários, no entantoestes não se manifestam em todas as pessoas.

A frequência (probabilidade de ocorrência) dos efeitos secundários é classificada daseguinte forma:
Muito frequentes: Afecta 1 ou mais do que 1 doente em 10
Frequentes: Afecta 1 a 10 doentes em 100
Pouco frequentes: Afecta 1 a 10 doentes em 1.000
Raros: Afecta 1 a 10 doentes em 10.000
Muito raros: Afecta menos de 1 doente em 10.000
Frequência desconhecida: A frequência não pode ser calculada a partir dos dadosdisponíveis

Doenças do sistema imunitário
Frequência desconhecida: Reacções alérgicas e urticária
Muito raros: Reacções anafilactóides/anafilácticas (reacções alérgicas que podemcolocar a vida em risco, incluindo choque, uma diminuição acentuada e brusca datensão arterial)

Doenças do sistema nervoso
Raros: Convulsões e/ou desmaio

Perturbações gerais e alterações no local de administração
Frequência desconhecida: Febre

Foram notificados casos de síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmicatóxica (reacção grave de formação de bolhas e de perda de pele), que são efeitossecundários muito graves, em doentes a receber Isovorin em associação com outrosagentes conhecidos por estarem associados a estas perturbações. O contributo delevofolinato de cálcio para estes acontecimentos de síndrome de Stevens-Johnson enecrólise epidérmica tóxica não pode ser excluído.

Isovorin em associação com 5-fluorouracilo:

Geralmente, o perfil de segurança depende do regime aplicado de 5-fluorouracilo,devido à potenciação das toxicidades induzidas pelo 5-fluorouracilo.

Efeitos secundários adicionais quando utilizado em associação com 5-fluorouracilo:

Doenças gastrointestinais
Muito frequentes: Náuseas, vómitos, diarreia

Doenças do figado
Frequência não conhecida: Níveis elevados de amónia no sangue

Doenças da pele

Frequência não conhecida: Sensação de formigueiro nas palmas das mãos eplantas dos pés, acompanhada de vermelhidão

Perturbações gerais e alterações no local de administração
Frequência não conhecida: Inflamação nas mucosas (incluindo lábios e gengivas)

Ocorreram casos muito graves como resultado de efeitos no tracto gastrointestinal
(predominantemente inflamação nas mucosas e diarreia) e diminuição da formaçãode células sanguíneas. O estado dos doentes com diarreia pode piorar rapidamente.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitossecundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

5. COMO CONSERVAR ISOVORIN

Conservar no frigorífico (2ºC?8ºC). Não congelar.
Manter o frasco para injectáveis dentro da embalagem exterior para proteger da luz.

Após diluição, com solução injectável de cloreto de sódio a 0,9% ou soluçãoinjectável de dextrose a 5%, a solução resultante deve ser conservada no frigoríficoentre 2ºC e 8ºC e usada no prazo de 24 horas, dado que o produto não contémconservantes.

Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Não utilize Isovorin após o prazo de validade impresso no frasco para injectáveis,após VAL. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.

Não utilize Isovorin se verificar que a solução está turva ou apresentar partículasvisíveis.

A solução injectável ou para perfusão de Isovorin destina-se a utilização única.

Os produtos não utilizados ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com asexigências locais.

6. OUTRAS INFORMAÇÕES

Qual a composição de Isovorin

-A substância activa é o levofolinato de cálcio.
Cada frasco para injectáveis de Isovorin 25 mg/2,5 ml solução injectável contém 27mg de levofolinato de cálcio, equivalente a 25 mg de ácido levofolínico.
Cada frasco para injectáveis de Isovorin 175 mg/17,5 ml solução injectável contém
189 mg de levofolinato de cálcio, equivalente a 175 mg de ácido levofolínico.

-Os outros componentes são cloreto de sódio, hidróxido de sódio (ajuste de pH),
ácido clorídrico (ajuste de pH) e água para injectáveis.

Qual o aspecto de Isovorin e conteúdo da embalagem

A solução injectável deve ser uma solução límpida e amarelada. A solução deve serrejeitada se estiver turva ou apresentar partículas visíveis.

Isovorin apresenta-se em embalagens de 1 frasco para injectáveis de 2,5 ml ou
17,5 ml de solução injectável.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.

Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante

Titular da Autorização de Introdução no Mercado

Interfarma ? Produtos Químicos e Farmacêuticos, Lda.
Rua Dr. António Loureiro Borges, 2
Arquiparque ? Miraflores
1495 ? 131 Algés
Portugal
Tel.: 21 412 82 00
Fax: 21 412 01 11
E-mail: wyeth-portugal@wyeth.com

Fabricante

Wyeth Lederle S.p.A.
Via Franco Gorgone ? Zona Industriale
95100 Catania
Itália

Ou

Haupt Pharma Wolfratshausen GmbH
Pfaffenrieder Strasse 5
82515 Wolfratshausen
Alemanha

Este folheto foi aprovado pela última vez em

A informação que se segue destina-se apenas aos médicos e aos profissionais doscuidados de saúde:

Posologia

? Isovorin como tratamento de resgate após terapêutica com altas doses demetotrexato
O levofolinato de cálcio não pode ser administrado por via intratecal.
A posologia varia de acordo com a dose de metotrexato. Com base numa posologiade 12 g/m2 de metotrexato, administrado por perfusão intravenosa durante 4 horas,a dose recomendada de Isovorin para o tratamento de resgate de altas doses demetotrexato é de 7,5 mg (aproximadamente 5 mg/m2), de 6 em 6 horas, com início
24 horas após o começo da perfusão de metotrexato e durante 60 horas (10 doses).
Caso se verifique toxicidade gastrointestinal, náuseas ou vómitos, o Isovorin deve

ser administrado por via parentérica (injecção intramuscular, injecção por bólusintravenoso ou perfusão intravenosa).
Os valores séricos da creatinina e de metotrexato devem ser determinados, pelomenos, uma vez por dia. A administração do Isovorin, a hidratação e a alcalinizaçãoda urina (pH?7,0) devem manter-se até que o nível sérico do metotrexato atinjavalores inferiores a 0,05 µM.

A dose e o tempo de administração do Isovorin devem ser ajustadas de acordo comas seguintes recomendações:

POSOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO DO ISOVORIN NO TRATAMENTO DE
RESGATE DO METOTREXATO
Situação
Valores
Posologia de Isovorin
Clínica
Laboratoriais
e duração do tratamento
Eliminação normal Nível sérico de metotrexato 7,5 mg IM ou IV de 6 em 6de metotrexato
aproximadamente 10 µM, às horas, num total de 60
24 horas, 1 µM às 48 horas, horas (10 doses), 24e inferior a 0,2 µM às 72 horas após o início dahoras, após a administração.
perfusão de metotrexato.
Eliminação
Nível sérico de metotrexato Manter 7,5 mg IM ou IV de
prolongada e tardia permanece acima de 0,2 µM 6 em 6 horas, até que ode metotrexato
às 72 horas, e superior a nível de metotrexato seja

0,05 µM às 96 horas, após a inferior a 0,05 µMadministração.
Eliminação
Nível sérico do metotrexato 7,5 mg IV de 3 em 3
prolongada e
igual ou superior a 50 µM às horas, até que o nível do
precoce do
24 horas, igual ou superior a metotrexato seja < 1 µM;
metotrexato e/ou
5 µM às 48 horas, após a depois, 7,5 mg IV de 3 em
evidência de lesão administração, ou um
3 horas até que o nível de
renal aguda
aumento da creatinina sérica metotrexato seja inferior a

igual ou superior a 100%, 24 0,05 µMhoras após a administração de metotrexato (por ex.: umaumento de níveis de
0,5 mg/dl para 1 mg/dl ousuperior).

Quando se observam alterações laboratoriais ou toxicidade clínica, deve ter-sesempre em atenção a possibilidade de o doente estar submetido a outrosmedicamentos que possam interferir com o metotrexato (eliminação do metotrexatoou ligação às albuminas séricas).

? Isovorin em casos de sobredosagem acidental com medicamentos inibidores dadihidrofolato redutase (pirimetamina, trimetoprim e triantereno) ou de eliminaçãodeficiente de metotrexato

Após uma sobredosagem acidental com o metotrexato deve iniciar-se, tão rápidoquanto possível, e no prazo de 24 horas, a correcção com Isovorin, quando há umaeliminação prolongada. Deve ser administrada uma dose de Isovorin de 5 mg/m2 IVou IM, de 6 em 6 horas até que o valor sérico do metotrexato seja inferior a 0,01 µM.
Caso se verifique toxicidade gastrointestinal, náuseas ou vómitos, o Isovorin deveráser administrado por via parentérica.

Os valores séricos da creatinina e do metotrexato devem ser determinados emintervalos de 24 horas. Se a creatinina sérica, após 24 horas, sofrer um aumento de
50% relativamente ao valor inicial, ou se o nível sérico de metotrexato for superior a
5 µM, ou superior a 0,9 µM às 48 horas, deve aumentar-se a dose de Isovorin para
50 mg/m2 IV, de 3 em 3 horas, até que o nível sérico de metotrexato seja inferior a
0,01 µM.

Simultaneamente deve hidratar-se o doente (3 litros/dia) e proceder à alcalinizaçãoda urina com bicarbonato de sódio (NaHCO3). A dose de bicarbonato deve serajustada de modo a manter o pH urinário ?7,0.

? Isovorin no cancro colorrectal avançado
A dose de Isovorin para o tratamento paliativo do cancro colorrectal avançado é de
100 mg/m2, administrada por via intravenosa lenta, seguida de 5-fluorouracilo nadose de 370 mg/m2, IV, lentamente. O tratamento é repetido durante 5 diasseguidos, com intervalos de 28 dias, desde que o doente recupere completamentedos efeitos tóxicos do ciclo anterior.

Nos ciclos de tratamento subsequentes deve ajustar-se a dose de 5-fluorouracilo, deacordo com a toxicidade determinada pelo ciclo anterior, segundo os seguintescritérios:

Diarreia e/ou
Nadir
Nadir
Dose de
estomatite
leucocitário/µl
plaquetário/µl
5-fluorouracilo
Moderada
1.000 – 1.900
25.000 ? 75.000 Diminuir
20%
Grave <
1.000 <
25.000 Diminuir
30%

As doses de Isovorin não são ajustadas em relação à toxicidade.

? Os doentes tratados com associação de Isovorin com 5-fluorouracilo devem ter umhemograma e uma contagem de plaquetas, antes de cada tratamento. Durante osprimeiros dois ciclos, o hemograma e a contagem de plaquetas devem ser repetidossemanalmente, e posteriormente antes de cada ciclo.
? A avaliação da função hepática e o ionograma devem ser feitos antes de cadatratamento durante os três primeiros ciclos e posteriormente antes de todos osoutros ciclos.
? O tratamento deve ser deferido até que o número de leucócitos seja 4.000/µl e deplaquetas 130.000/µl. Se estes valores não forem atingidos em duas semanas, otratamento deve ser descontinuado.
? Os doentes, durante o tratamento, deverão ser submetidos a um exame físicoantes de cada ciclo e exames radiológicos, se necessário. O tratamento deverá serdescontinuado sempre que houver uma evidência clara de progressão da doença.

Incompatibilidades

Foram reportadas incompatibilidades entre formas injectáveis de Isovorin e dedroperidol, fluorouracilo, foscarnet e metotrexato.

Droperidol:

Para administração de Isovorin e droperidol, o braço do sistema em Y deve serlavado entre injecções aquando da administração sequencial dos fármacos numsistema em Y.

Fluorouracilo:
Isovorin não deve ser misturado na mesma perfusão com o 5-fluorouracilo porquepode precipitar.

Foscarnet:
Verificou-se a formação de uma solução amarela turva quando se misturou foscarnet
24 mg/ml com levofolinato de cálcio 20 mg/ml.

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Tegafur uracilo

UFT bula do medicamento

Neste folheto:
1.O que é UFT e para que é utilizado
2.Antes de tomar UFT
3.Como tomar UFT
4.Efeitos secundários UFT
5.Como conservar UFT
6.Outras informações

UFT 100 mg/224 mg

Cápsulas

Tegafur/uracilo

Leia atentamente este folheto antes de tomar este medicamento. Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.

Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

1.O que é UFT e para que é utilizado

UFT é composto por duas substâncias. Uma é denominada tegafur e a outra uracilo. O tegafur é um medicamento usado para o tratamento do cancro (citostático) e o uracilo ajuda a que o tegafur tenha uma melhor acção. O seu efeito é reduzir a taxa à qual o tegafur é excretado do organismo.

UFT é usado para tratar o cancro avançado do cólon e do recto. É usado em associação com outro medicamento, que contém folinato de cálcio.

2.Antes de tomar UFT

Não tome UFT

  • se tem alergia (hipersensibilidade) ao tegafur, uracilo, 5-fluorouracil ou a qualquer outro componente de UFT
  • se tem um problema no fígado, que o impede de funcionar devidamente
  • se sabe ter uma deficiência em algumas enzimas do fígado, que ajudam a excretar UFT
  • do organismo (CYP2A6, dihidropirimidina-desidrogenase)
  • se está, ou esteve recentemente, a ser tratado para a zona (herpes zoster) com medicamentos, tais como a brivudina, que bloqueia a enzima dihidropirimidina- desidrogenase (ver também “Tomar UFT com outros medicamentos”)
  • se tiver alteração da medula óssea, causada por tratamentos de radioterapia anteriores ou tratamento com outros fármacos neoplásicos
  • se estiver grávida ou se planear engravidar (consulte abaixo “Gravidez”)
  • se estiver a amamentar (consulte “Aleitamento” abaixo).

Caso alguma das situações acima descritas se aplique a si, não tome este medicamento e fale com o seu médico.

UFT não deverá ser administrado em adolescentes, crianças e lactentes. Tome especial cuidado com UFT

Caso algumas das situações descritas a seguir seja aplicável a si, fale com o seu médico. O tratamento pode obrigar a uma supervisão mais próxima do seu médico, se: tiver problemas de fígado, ou se aparecerem problemas durante a toma deste medicamento os seus rins não estiverem a funcionar devidamente tiver problemas de coração tiver problemas devidos a obstrução intestinal for idoso tiver diarreia grave durante ou pouco tempo após o tratamento com UFT.

Tomar UFT com outros medicamentos

Informe o seu médico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica. Tome especial atenção caso tome algum dos seguintes medicamentos: Medicamentos que inibem uma determinada enzima do fígado (inibidores da dihidropirimidina-desidrogenase, tais como brivudina, utilizada no tratamento de “herpes zoster”):

Caso sejam usados em combinação com UFT, estes medicamentos podem aumentar o risco de efeitos secundários graves, por vezes ameaçadores da vida. Não tome UFT em combinação com estes medicamentos ou 4 semanas após ter recebido tratamento com estes medicamentos.

Alguns medicamentos usados para fluidificar o sangue (anticoagulantes cumarínicos, tais como a varfarina):

O UFT pode interferir com o modo de acção destes medicamentos. O seu médico poderá necessitar de realizar análises ao sangue com maior frequência, especialmente no início do tratamento com UFT.

Medicamentos com fenitoína, usada no tratamento da epilepsia: Caso estes medicamentos sejam tomados em combinação com UFT, podem aumentar os efeitos secundários da fenitoína. O seu médico poderá necessitar de verificar regularmente os seus níveis sanguíneos de fenitoína.

Medicamentos que bloqueiam uma determinada enzima do fígado (CYP2A6) ou que são por ela decompostos no organismo (tais como a cumarina, usada para fluidificar o sangue, metoxipsoraleno usado em alguns problemas de pele, ou clotrimazol, cetoconazol ou miconazol, usados em infecções fúngicas):

Se algum destes medicamentos for usado em associação com o UFT, podem não ter a acção devida. Podem igualmente impedir o UFT de funcionar devidamente.

Tomar UFT com alimentos e bebidas

A administração de UFT com alimentos pode afectar a sua eficácia e a sua absorção pelo organismo.

Deve tomar este medicamento em jejum, no mínimo uma hora antes ou uma hora depois das refeições.

Gravidez

Consulte o seu médico antes de tomar qualquer medicamento. Antes de tomar o UFT, certifique-se que não está grávida, pois pode prejudicar gravemente o seu bebé. Recomenda-se vivamente que não engravide durante o tratamento com este medicamento.

Certifique-se que está a fazer uma contracepção fiável durante e até 3 meses após o fim do tratamento. Tal aplica-se tanto a homens como a mulheres.

Se acha que está grávida ou a sua companheira possa estar grávida, fale imediatamente com o seu médico.

Aleitamento

Consulte o seu médico antes de tomar qualquer medicamento.

Não se sabe se as substâncias activas do UFT passam para o leite humano. Deste modo, não amamente durante o tratamento com este medicamento, para prevenir que o seu bebé sofra efeitos secundários graves.

Condução de veículos e utilização de máquinas

Este medicamento, por si só, não influencia a sua capacidade de conduzir ou utilizar máquinas. Contudo, alguns doentes podem sentir confusão, como efeito secundário. Caso tal lhe aconteça, não conduza nem utilize máquinas até este sintoma desaparecer.

3.Como tomar UFT

O seu tratamento com UFT será acompanhado por um médico com experiência no uso de medicamentos antineoplásicos. Tome este medicamento sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico se tiver dúvidas.

Como referido na secção 2, este medicamento não pode ser tomado por lactentes, crianças e adolescentes, com idade inferior a 18 anos.

Dose habitual

A dose habitual oscila entre 3, 4, 5, ou 6 cápsulas de UFT por dia, dependendo da sua superfície corporal. O seu médico determinará a sua dose diária. Tome a sua dose diária em três tomas, de manhã, à tarde e à noite, da seguinte forma:

Cápsulas de UFT por dia Manhã Tarde Noite
3 1 1 1
4 2 1 1
5 2 2 1
6 2 2 2

Como tomar UFT

Tome cada dose pelo menos uma hora antes ou uma hora depois das refeições. Engula cada cápsula com um copo de água. Não abra as cápsulas.

Durante quanto tempo tomar UFT

UFT é administrado em ciclos de tratamento. Cada ciclo é composto por 28 dias de tratamento com UFT e folinato de cálcio, como explicado adiante, interrompendo-se o tratamento nos 7 dias seguintes.

Se tomar mais UFT do que deveria

Se tomar mais cápsulas de UFT do que deveria, os efeitos secundários poderão aumentar ou agravar-se, incluindo náuseas, vómitos, diarreia, úlceras do estômago ou intestino, hemorragia ou depressão da medula óssea. Como alguns destes efeitos secundários podem ter consequências graves, fale com o seu médico de imediato.

Caso se tenha esquecido de tomar UFT

Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar. Retome a dose na próxima toma.

Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.

Tomar folinato de cálcio

Ser-lhe-á igualmente prescrito um medicamento contendo folinato de cálcio. A dose diária habitual é de 90 mg (miligramas)

A dose diária deve ser administrada em três tomas: 30 mg de manhã, 30 mg à tarde e 30 mg à noite.

Tome cada dose ao mesmo tempo que tomar UFT. Isto é importante para garantir a eficácia do seu tratamento.

4.Efeitos secundários UFT

Como todos os medicamentos, UFT pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.

Fale com o seu médico caso sinta algum dos seguintes efeitos secundários:

Efeitos secundários muito frequentes (afectam mais de 1 em 10 doentes) Redução do número de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos ou plaquetas sanguíneas (anemia, trombocitopenia, leucopenia, neutropenia), depressão da medula óssea resultando na redução da produção de células sanguíneas. Estes efeitos indesejáveis podem causar fraqueza, aumentar o risco de infecções, hemorragias ou hematomas. Caso observe algum destes efeitos secundários, consulte o seu médico. O médico poderá aconselhá-lo a parar temporariamente o tratamento com o UFT, ou alterar a dose.

Diarreia. Em caso de persistência da diarreia, consulte o seu médico. O médico poderá aconselhá-lo a parar temporariamente o tratamento com o UFT, ou alterar a dose.

Outros efeitos secundários possíveis:

Efeitos secundários muito frequentes (afectam mais de 1 em 10 doentes) Náuseas, vómitos, dor abdominal, aftas na boca, anorexia. Sensação de fraqueza.

Aumento dos níveis sanguíneos de algumas enzimas do fígado (fosfatase alcalina, ALT, AST) ou bilirrubina.

Efeitos secundários frequentes (afectam menos de 1 em 10 doentes) Infecções fúngicas. Desidratação, má nutrição.

Alteração ou perda do paladar, sedação, tonturas, insónias, depressão, dormência ou picadas nos pés ou mãos, confusão.

Corrimento lacrimal, inflamação dos olhos (conjuntivite).

Edema dos joelhos.

Inflamação das veias.

Dificuldade em respirar, aumento da tosse, inflamação da garganta.

Obstipação, flatulência, indigestão, inflamação das membranas mucosas, boca seca, arrotos (eructação), obstrução intestinal.

Queda de cabelo, exantema, descamação, descoloração da pele, comichão, sensibilidade à luz, suor, pele seca, alterações das unhas.

Dores musculares, dor nas costas, dor nas articulações.

Febre, dor de cabeça, mal-estar, arrepios, dor.

Perda de peso.

Efeitos secundários pouco frequentes (afectam menos de 1 em 100 doentes) Infecção, sepsis.

Dificuldades de coagulação sanguínea, redução do número de glóbulos brancos acompanhada de febre (neutropenia febril).

Batimento cardíaco irregular, falha cardíaca, ataque cardíaco, paragem cardíaca. Colapso circulatório.

Embolia pulmonar (obstrução repentina de uma artéria pulmonar causada por um coágulo sanguíneo).

Inflamação do estômago ou intestino, perfuração intestinal.

Inflamação do fígado, icterícia, falha do fígado.

Funcionamento irregular dos rins, retenção urinária, sangue na urina.

Impotência.

Dor no peito.

Efeitos secundários raros (afectam menos de 1 em 1000 doentes) Alterações na substância branca cerebral (leucoencefalopatia). Distúrbios ou perda do olfacto (anosmia, parosmia). Pneumonia intersticial. Cansaço.

Efeitos secundários muito raros (afectam menos de 1 em 10000 doentes) Perturbações sanguíneas graves (anemia hemolítica, síndroma mielodisplástico, leucemia mielóide aguda, leucemia promielocítica aguda, agranulocitose, pancitopenia), coagulação intravascular disseminada.

Perda de memória, perturbações motoras incluindo movimentos descontrolados e paralisia de mãos e pés, perturbações da fala, distúrbios ao andar, distúrbios da consciência, diminuição anormal da sensibilidade ao toque (hipoestesia). Pneumonia.

Inflamação aguda do pâncreas, úlcera do estômago ou intestino, inactividade intestinal (íleo paralítico), fluidos abdominais (ascite), inflamação intestinal (colite isquémica). Cirrose hepática, fibrose hepática, inflamação hepática grave com rápida progressão (hepatite fulminante).

Alterações cutâneas semelhantes a lúpus eritematoso, outras perturbações cutâneas incluindo vesículas, erupção com lesões avermelhadas e papulosas, reacção cutânea grave (síndroma de Stevens-Johnson), palmas das mãos ou solas dos pés avermelhadas e inflamadas com possibilidade de descamação (síndroma da mão-pé). Falha renal aguda, síndroma nefrótica (uma doença renal), incontinência urinária. Falha múltipla de órgãos.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

5.Como conservar UFT

Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Não utilize UFT após o prazo de validade impresso na embalagem exterior. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.

Não conservar acima de 25°C.

Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

6.Outras informações
Qual a composição de UFT

As substâncias activas são tegafur e uracilo. Cada cápsula contém 100 mg de tegafur e 224 mg de uracilo.

Os outros componentes são hidroxipropilcelulose e laurilsulfato de sódio na cápsula; gelatina e dióxido de titânio (E171) no corpo da cápsula; dióxido de titânio (E171), óxido de ferro vermelho sintético (E172), cera de carnaúba, goma laca e monooleato de gliceril na impressão do corpo da cápsula (tinta edível).

Qual o aspecto de UFT e conteúdo da embalagem

As cápsulas UFT apresentam cor branca opaca com o código TC434 impresso. Estão disponíveis em caixas de 21, 28, 35, 36, 42, 56, 70, 84, 112, 120, 140 ou 168 cápsulas. É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.

Titular da Autorização de Introdução no Mercado

Merck, s.a.

Rua Alfredo da Silva, 3 C 1300-040 Lisboa

Fabricante

Bristol-Myers Squibb S.r.l.

Via del Murillo km 2,800

04010 Sermoneta, Latina Itália

ou

Bristol Myers Squibb S.L. C/J.A: Clavé 95-105

089950 Esplugues deLlobregat, Barcelona Espanha

ou

Merck KGaA Frankfurter Str. 250 64293 Darmstadt

Alemanha

Este medicamento encontra-se autorizado nos Estados Membros do Espaço   Económico Europeu (EEE) sob as seguintes denominações:

Áustria: UFT
Bélgica: UFT
Dinamarca: Uftoral
Finlândia: UFT
França: UFT
Alemanha: UFT
Grécia : UFT
Islândia: UFT
Irlanda: UFT
Itália: UFT
Luxemburgo: UFT
Holanda: UFT
Noruega: UFT
Portugal: UFT
Espanha: UFT
Suécia: UFT
Reino Unido: Uftoral

Este folheto foi aprovado pela última vez em 25-02-2008.