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Bromexina

Características do BISOLVON bula do medicamento

COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA DO BISOLVON
Cada comprimido contém 8 mg de
cloridrato de N-ciclohexil-N-metil-(2-amino- 3,5-dibromobenzil)amina (cloridrato de bromexina)

Excipientes:
Lactose mono-hidratada 74 mg
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.

Resumo das Características do Medicamento
BISOLVON

1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO BISOLVON
BISOLVON 8 MG COMPRIMIDO

2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA DO BISOLVON
Cada comprimido contém 8 mg de
cloridrato de N-ciclohexil-N-metil-(2-amino- 3,5-dibromobenzil)amina (cloridrato de bromexina)

Excipientes:
Lactose mono-hidratada 74 mg
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.

3. FORMA FARMACÊUTICA DO BISOLVON

Comprimido.

4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS DO BISOLVON

4.1 Indicações terapêuticas

Adjuvante mucolítico do tratamento antibacteriano das infecções respiratórias em presença de hipersecreção brônquica.

4.2 Posologia e modo de administração
Administração por via oral.
Adultos e crianças com mais de 12 anos: 8 mg (1 comprimido), 3 vezes ao dia Crianças 6-12 anos: 4 mg (1/2 comprimido), 3 vezes ao dia Crianças 2-6 anos: 4 mg (1/2 comprimido), 2 vezes ao dia

No inicío do tratamento, poderá ser necessário aumentar a dose diária total, até um máximo de 48 mg, nos adultos.

NOTA: Doentes tratados com Bisolvon devem ser informados de um aumento esperado no fluxo das secreções.

4.3 Contra-indicações

Bisolvon não deve ser usado em doentes com conhecida hipersensibilidade à bromexina ou a qualquer um dos excipientes.
Bisolvon não deve ser usado em doentes que sofram de úlcera gastroduodenal. No caso de doenças hereditárias raras em que haja incompatibilidade com um excipiente do medicamento (ver Advertências e precauções especiais de utilização), o uso do medicamento é contra-indicado.

4.4 Advertências e precauções especiais de utilização

Não associar com um antitússico nem com um secante de secreções. O uso do mucolítico implica a diminuição da viscosidade do muco e o aumento da remoção do mesmo, quer através da actividade ciliar do epitélio, quer pelo reflexo da tosse, sendo portanto de esperar um aumento da expectoração e da tosse. Convém chamar a atenção dos doentes para a possibilidade de um aumento notório da secreção brônquica durante o tratamento.
Devido aos mucolíticos possuírem a capacidade de afectar a barreira mucosa gástrica, estes deverão ser utilizados com precaução em indivíduos susceptíveis a úlceras gastroduodenais.
A eliminação da bromexina ou dos seus metabolitos encontra-se reduzida em caso de doença hepática ou de insuficiência renal. A sua administração em doentes com estas patologias deverá ser efectuada com aconselhamento médico. Recomenda-se uma administração igualmente cuidadosa aos doentes asmáticos. Muito raramente foram notificadas lesões cutâneas graves, tais como síndrome de Stevens Johnson e síndrome de Lyell, em associação temporária com a administração de substâncias mucolíticas, tal como a bromexina. A maioria pode ser explicada pela gravidade da doença subjacente ou da medicação concomitante. Caso ocorram novas lesões cutâneas ou das mucosas, deve-se consultar imediatamente um médico e, como precaução, o tratamento com bromexina deve ser descontinuado.

A dose máxima diária recomendada de Bisolvon comprimidos contém 222 mg de lactose. Doentes com doenças hereditárias raras de intolerância à galactose, deficiência de lactase ou malabsorção de glucose-galactose não devem tomar este medicamento.

4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção

Não associar antitússicos nem secantes de secreções, pois possuem um efeito contrário ao pretendido.
Nenhuma interacção clinicamente relevante com outros medicamentos foi relatada.

4.6 Gravidez e aleitamento
Os estudos pré-clínicos disponíveis bem como a experiência clínica até à data demonstraram não existir evidência de efeitos prejudiciais durante a gravidez. No entanto, devem ser observadas as precauções habituais respeitantes ao uso de medicamentos na gravidez, especialmente durante o primeiro trimestre.

O medicamento passa ao leite materno e por isso deve ser evitado durante a lactação.

4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas

Não está descrito qualquer efeito deste medicamento sobre a capacidade de condução e utilização de máquinas.

4.8 Efeitos indesejáveis

Bisolvon é geralmente bem tolerado. Foram relatados diarreia, naúseas, vómitos, dor epigástrica e outros efeitos gastrointestinais moderados. Foram também relatadas reacções alérgicas incluíndo rash cutâneo, urticária, broncoespasmo, angioedema e choque anafilático.

4.9 Sobredosagem

Não foram relatados sintomas de sobredosagem no Homem, até à data. Caso surjam, o tratamento sintomático deve ser providenciado.

5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS DO BISOLVON
5.1 Propriedades farmacodinâmicas

Grupo Farmacoterapêutico:
5.2.2 Aparelho respiratório. Atitússicos e expectorantes. Expectorantes
Código ATC:
R05CB02: Bromexina

A bromexina possui a capacidade farmacodinâmica de diminuir a viscosidade do muco e de estimular a actividade do epitélio ciliado, permitindo o aumento da depuração mucociliar.
Ensaios clínicos demonstraram que a bromexina tem um efeito secretolítico e secretomotor do aparelho brônquico permitindo uma acção fluidificante e expectorante

Na sequência da administração de bromexina, há um aumento das concentrações de antibiótico (amoxaciclina, eritromicina, oxitetraciclina) na expectoração e nas secreções broncopulmonares.

5.2 Propriedades farmacocinéticas
A bromexina evidencia uma farmacocinética proporcional à dose . É completa e rapidamente absorvida no tracto gastrointestinal. Após administração de bromexina marcada radioactivamente, cerca de 97,9+1,9% da dose foi recuperada na urina sob a forma radioactiva, sendo menos de 1% como composto inicial. A bromexina é um fármaco com elevada depuração (CL ~ 843-1073 ml/min), resultando numa elevada variabilidade inter e intra-individual (CV> 30%).

Após administração oral, as formulações sólidas e líquidas apresentam uma biodisponibilidade semelhante. A biodisponibilidade absoluta do cloridrato de bromexina é de cerca de 22,2+8,5% até 26,8+13,1% para os comprimidos e solução de BISOLVON, respectivamente.

A administração intravenosa revela um volume médio de distribuição (Vss) de 1209+206 L. Foi estudada a distribuição no tecido pulmonar (brônquico e parênquimal), após administração iv (8 mg, 16 mg) e oral (32 mg, 64 mg). As concentrações de bromexina nos tecidos, duas horas pós dose, foram três a quatro vezes superiores no tecido pulmonar comparativamente com o plasma. O tecido parênquimal parece apresentar um enriquecimento maior em bromexina do que o tecido brônquico, especialmente após absorção oral.
A bromexina inalterada apresenta uma ligação às proteínas plasmáticas de 95% (ligação não restritiva).

A bromexina é quase completamente metabolizada numa variedade de metabolitos hidroxilados e em ácido dibromantranílico. Todos os metabolitos e a própria bromexina são provavelmente conjugados sob a forma de N-glucoronidos e O-glucorunidos. Uma parte menor da bromexina é metabolizada em ácido dibromantranílico, provavelmente via citocromo P450 3A4. Não há indícios significativos de alteração do padrão metabólico devido à sulfonamida, oxitetraciclina ou eritromicina. Assim são improváveis quaisquer interacções com o citocromo P450 2C9 ou 3A4.

As concentrações plasmáticas de bromexina evidenciam um declínio exponencial. A semi-vida relevante para previsão da farmacocinética de dose múltipla é de cerca de 1 hora, não se verificando, por isso, acumulação após dose múltipla. (factor de acumulação 1,05).

Não há dados sobre a farmacocinética da bromexina nos idosos ou em doentes com insuficiência renal ou hepática. A larga experiência clínica não originou preocupações de segurança relevantes nestas populações.

A ingestão concomitante de alimentos leva ao aumento das concentrações plasmáticas de bromexina.

A farmacocinética da bromexina não é afectada, de modo relevante, pela co-administração de ampicilina ou oxitetraciclina. De acordo com uma comparação histórica, não foi evidenciada nenhuma interacção relevante entre a bromexina e a eritromicina.
Não foram realizados estudos de interacção com anticoagulantes orais ou digoxina. A falta de qualquer relato relevante de interacção durante o longo período de comercialização do medicamento sugere que não há potencial de interacção substancial com estes fármacos.

5.3 Dados de segurança pré-clínica

O cloridrato de bromexina possui um baixo indice de toxicidade: os valores da DL50 oral foram > 5 g/kg em ratos, > 4 g/kg em coelhos, > 10 g/kg em cães e > 1 g/kg em ratos recém nascidos. A DL50 parentérica em ratos foi de 2 g/kg. Os valores da DL50 para o xarope foram > 10 ml/kg em murganhos e em ratos. Não foram observados sinais clínicos com estas doses agudas.

Em estudos toxicológicos de dose oral repetida durante 5 semanas, os murganhos toleraram doses de 200 mg/kg (NOAEL). A 2000 mg/kg, a mortalidade foi mais elevada. Os poucos murganhos sobreviventes demonstraram um aumento reversível no peso do fígado e no colesterol sérico. Os ratos toleraram 25 mg/kg durante 26 ou 100 semanas, enquanto com doses de 500 mg ocorreram convulsões e mortes. Os hepatócitos centrilobulares alargaram devido a alterações dos vacúolos. Um outro estudo de 2 anos confirmou que doses superiores a 100 mg/kg são bem toleradas, enquanto que com doses de 400 mg/kg as convulsões ocorrem esporádicamente em alguns ratos. Durante 2 anos os cães toleraram doses de 100 mg/kg (NOAEL).

O xarope de Bisolvon (0,8 mg/ml) foi bem tolerado até 20 ml/kg em ratos mas observou-se uma esteatose hepática centrolobular reversível simples. Uma dose intramuscular de 8 mg de solução injectável foi localmente e sistemicamente bem tolerada em cães tratados durante 6 semanas.

Bisolvon não foi nem embriotóxico nem teratogénico no segmento II com doses orais superiores a 300 mg/kg (ratos) e 200 mg/kg (coelhos). A fertilidade não diminui no segmento I com doses superiores a 300 mg/kg. O “NOAEL” durante o desenvolvimento peri e pós- natal no segmento III foi de 25 mg/kg.
Um injecção intrarterial única de 4 mg de bromexina foi bem tolerada em coelhos e cães. As lesões após injecção intramuscular em coelhos foram comparáveis às obtidas após administração de soro fisiológico. In vitro , 1 ml de solução injectável demonstrou acção hemolítica quando misturada com 0,1 ml de sangue humano.

Em dois estudos (Ames e Teste dos micronúcleos) a bromexina não apresentou potencial mutagénico.
Bisolvon não apresentou um potencial tumorigénico em estudos de 2 anos em ratos , após administração de doses superiores 400 mg/kg, bem como em cães após administração de doses superiores a 100 mg/kg.

6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS DO BISOLVON

6.1 Lista dos excipientes

Lactose monohidratada Amido de milho, anidro Estearato de magnésio Água purificada

6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.

6.3 Prazo de validade
3 anos

6.4 Precauções especiais de conservação
Conservar a temperatura inferior a 25 °C. Conservar na embalagem de origem.

6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Acondicionamento primário: blister PVC/PVDC/ALU branco opaco

6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Não existem requisitos especiais.

7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

UNILFARMA – União Internacional de Laboratórios Farmacêuticos, Lda Av. de Pádua, 11
1800-294 Lisboa
Portugal

8. NÚMEROS DE AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Número de registo: 9254813 – 20 comprimidos, 8 mg, blister de PVC/PVDC/ALU

9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da autorização de introdução no mercado: 25-06-1970
Data de revisão: 17-11-1997
Data da renovação da autorização de introdução no mercado: 01-12-2003

10. DATA DE REVISÃO DO TEXTO
04-07-2007

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